UNIVERSIDADE DE CABO VERDE

ESCOLA DE NEGÓCIOS E GOVERNAMENTAÇÃO

1º ANO DO CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO - 2022/2023
UNIDADE CURRICULAR FILOSOFIA POLÍTICA

Contrato Social

Cláudia Pontes
Emerson de Pina
Joyce Cruz
Keila Gomes
Meleniza Balla

Praia, junho de 2023

 UNIVERSIDADE DE CABO VERDE
ESCOLA DE NEGÓCIOS E GOVERNAMENTAÇÃO
1º ANO DO CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO - 2022/2023
UNIDADE CURRICULAR FILOSOFIA POLÍTICA

Contrato Social

Cláudia Pontes
Emerson de Pina
Joyce Cruz
Keila Gomes
Meleniza Balla

Trabalho de grupo realizado no

âmbito da Unidade Curricular
Filosofia Política como parte da
avaliação contínua da mesma.

Docente: Irene Cruz

Praia, junho de 2023

 Índice
Introdução ..................................................................................................................................4

Biografia do Autor .....................................................................................................................5

As principais ideias de Rousseau ...............................................................................................6

O contributo de Jean-Jacques Rousseau ....................................................................................6

Objetivo de Jean-Jacques Rousseau no Contrato Social ........................................................... 7

O contrato social de Jean-Jacques Rousseau: uma análise para além dos conceitos ................ 8

Princípios fundamentais para a formação de um Estado estável e democrático ..................... 11

Ideias inovadoras que visavam a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. ........13

Contrato Social .................................................................................................................... 13

Soberania Popular ................................................................................................................13

Democracia Direta ...............................................................................................................13

Educação e Desenvolvimento Individual ............................................................................ 13

Referências Bibliográficas .......................................................................................................15

Conclusão ................................................................................................................................ 16

Anexo .......................................................................................................................................17
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Introdução
Este trabalho tem como objetivo investigação e análise do livro Do Contrato Social,
de Jean-Jacques Rousseau. O contrato social é fundamentado em um pacto convencional, por
meio do qual os cidadãos, em condições justas, abrem mão de seus direitos individuais e
consentem com o poder de uma autoridade na qual depositam confiança. O Estado, resultante
desse acordo tem o dever de proteger os cidadãos. Como metodologia para sua elaboração,
utilizou-se o próprio livro como fonte primária da pesquisa. Este trabalho propõe-se a:
mostrar como o conceito de contrato se articula com a moral e a política no Contrato Social
de Rousseau; levantar os motivos que fizeram de O Contrato a saída que permite a atenuação
dos males surgidos da ruptura em relação ao estado de natureza do homem; discutir e
conhecer quais os graus e limites do Contrato Social; e por fim tentar explicar as possíveis
condições de um pacto verdadeiro, por meio do qual se possa recompensar os homens de
terem perdido a sua liberdade natural, e ganhado em troca a liberdade civil.
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Biografia do Autor
Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de junho de 1712 – Ermenonville, 2 de julho de
1778), foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor genebrino. As ideias
de Rousseau influenciaram profundamente todo o Direito e outras áreas das ciências humanas
na medida em que desenvolveram e aprofundaram conceitos como Estado, poder e soberania,
tais quais conhecemos atualmente.
Seu primeiro grande texto filosófico, Discurso sobre as Ciências e as Artes, ganhou o
prêmio da Academia de Dijon em 1750, marcando o início de seu sucesso intelectual. Certas
características da filosofia de Rousseau já emergiram em sua primeira obra: a dura crítica à
civilização, entendida como a causa de todos os males e infelicidade na vida humana em
contraste com a predominância da bondade humana em seu estado de natureza.[3] Esses
temas foram retomados e desenvolvidos em sua obra posterior, Discurso sobre a Origem e os
Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, de 1754, mas foi com a obra Do Contrato
Social, de 1762, que Rousseau exerceu maior influência, sobretudo por transferir a
titularidade de soberania da pessoa do governante para o povo.
A filosofia política de Rousseau influenciou o progresso do Iluminismo em toda a
Europa, bem como certos aspectos da Revolução Francesa e o desenvolvimento dos
pensamentos políticos, econômicos e educacionais posteriores, embora grande parte das
reflexões rousseaunianas contraste radicalmente com a corrente iluminista, tendo sido
classificada como romântica ou até mesmo como irracionalista por alguns de seus pares. A
relação de Rousseau com intelectuais iluministas de sua época, assim como com as
instituições da República de Genebra, acabou se deteriorando devido a discordâncias
filosóficas, suspeitas e brigas, levando Rousseau ao isolamento quase completo.
Rousseau propôs uma nova teoria da vida social, na qual a liberdade e a igualdade eram os
principais princípios. Ele defendia que a sociedade deveria ser organizada para o bem-estar
de todos e não para o benefício apenas de alguns. A obra de Rousseau inclui várias obras
sobre política, ética, educação e filosofia. Ele foi um dos principais precursores do
Movimento Romântico.
Sua obra mais conhecida é "O Contrato Social" (1762), que explora a relação entre
o indivíduo e a sociedade, e defende um contrato entre o governo e os cidadãos.
O Contrato Social de Rousseau é uma obra que trata da formação e da organização de
um Estado. Nele, ele propõe a ideia de que o Estado é formado por acordo entre os indivíduos,
através do qual eles cedem parte de sua liberdade para obter segurança e estabilidade. Ele
 6

defende que o Estado deve ser organizado de maneira a garantir a liberdade e a igualdade de
todos os seus cidadãos.

As principais ideias de Rousseau

Rousseau era a favor da ideia de formação da sociedade através do “contrato social”.
Segundo ele, os homens eram livres e bons, até que se uniram para formar sociedades e assim
foram corrompidos e aprisionados pela propriedade privada. As principais teorias defendidas
por Rousseau são:
 Contrato social – Rousseau fez um livro com o mesmo nome, no qual defende a
filosofia política do contratualismo, explica mais adiante neste artigo;
 Estado de natureza – os homens na natureza sem a existência de sociedades;
 Pacto social – os homens decidiram se unir em povos, criando estruturas que retiram
a liberdade individual;
 A principal frase de Rousseau, que mostra parte de seu pensamento do estado de
natureza “O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado”.

O contributo de Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau deixou um legado significativo e influente em várias áreas do
pensamento político, social e educacional. Seus principais contributos incluem: Teoria do
Contrato Social: Rousseau é conhecido por sua teoria do contrato social, em que argumentava
que a legitimidade do governo depende do consentimento dos governados. Ele propôs que os
indivíduos se unissem voluntariamente em uma comunidade política e estabelecessem um
contrato social para promover o bem comum. Essa teoria teve um impacto profundo na
filosofia política e contribuiu para o desenvolvimento do conceito de soberania popular e da
democracia moderna.
Valorização da Liberdade e Igualdade: Rousseau defendia a importância da liberdade
individual e da igualdade social. Ele acreditava que todos os seres humanos nascem livres e
iguais, mas que a sociedade e suas instituições corrompem essa condição. Sua defesa da
liberdade individual e da igualdade de direitos influenciou o pensamento sobre os direitos
humanos e a luta por justiça social.
Crítica à Propriedade Privada: Rousseau questionou a instituição da propriedade
privada e argumentou que ela é a fonte de desigualdades e corrupção moral. Sua crítica
influenciou o pensamento sobre a distribuição de riqueza e propriedade, bem como a
compreensão das desigualdades socioeconômicas.
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Contribuições à Educação: Rousseau também teve um impacto significativo no campo

da educação. Ele enfatizava a importância de uma educação que desenvolvesse tanto a mente
quanto o caráter moral. Sua obra propôs um modelo de educação centrado no
desenvolvimento individual, na natureza e nas experiências práticas. Suas ideias
influenciaram o movimento educacional e tiveram um impacto duradouro nas teorias e
práticas educacionais.
O contributo de Rousseau transcendeu seu tempo e suas ideias continuam a ser
discutidas e debatidas até hoje. Seu pensamento foi uma influência significativa no
Iluminismo e teve repercussões na Revolução Francesa e no desenvolvimento da democracia
moderna. Sua defesa da liberdade, igualdade e participação popular ainda ressoa em questões
políticas e sociais contemporâneas.

Objetivo de Jean-Jacques Rousseau no Contrato Social

O objetivo principal de Jean-Jacques Rousseau em sua obra O Contrato Social era
estabelecer os fundamentos de uma sociedade justa e equitativa. Ele procurou responder à
questão fundamental de como conciliar a liberdade individual com a necessidade de viver em
sociedade.
Rousseau argumentava que a existência de um contrato social era necessária para
superar os problemas e as desigualdades que surgiam na sociedade. Ele acreditava que a
liberdade natural do ser humano estava sendo corrompida pelas instituições sociais existentes,
levando à opressão, desigualdade e injustiça.
O objetivo de Rousseau era estabelecer um sistema político baseado na vontade geral,
em que todos os membros da sociedade tivessem igualdade de voz e poder. Ele defendia a
ideia de que o governo deveria ser baseado no consentimento dos governados, e não na
imposição de uma autoridade arbitrária.
Por meio do contrato social, Rousseau propôs que os indivíduos renunciassem a parte
de sua liberdade natural em favor do bem comum. Eles se uniriam em uma comunidade
política na qual todos teriam direitos e deveres iguais, e a soberania residiria no povo como
um todo.
Dessa forma, o objetivo de Rousseau no Contrato Social era estabelecer os princípios
e as bases para uma sociedade justa e igualitária, em que a liberdade individual fosse
preservada e o bem comum fosse promovido. Ele buscava uma forma de governo que
garantisse a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões políticas, evitando assim a
opressão e a exploração presentes em sua época.
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O contrato social de Jean-Jacques Rousseau: uma análise para além dos conceitos
O Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, é um tratado político publicado em
1762. Seus argumentos defendem a ideia de que a soberania deve residir no povo, e não na
monarquia, bem como um governo baseado na igualdade e na liberdade. Rousseau começa o
livro argumentando que a natureza humana é boa, mas que é corrompida pela sociedade. Ele
acredita que uma sociedade ideal é aquela onde os indivíduos cedem alguns de seus direitos
naturais para obter a segurança e o bem-estar de todos. Esse processo de criação de uma
sociedade é o que ele chama de Contrato Social. Rousseau afirma que a lei é a expressão da
vontade geral - ou seja, a vontade de todos os membros da sociedade - e que ela deve
prevalecer sobre qualquer outra lei.
Ele defende também que os governantes devem servir às necessidades dos cidadãos, e
não aos seus próprios interesses. Por fim, Rousseau argumenta que, para manter a liberdade
individual, é necessário que exista um governo limitado, que seja capaz de proteger os
direitos de todos os membros da sociedade. Ele defende ainda que os governantes devem ser
responsabilizados pelas suas ações e que os cidadãos devem ter o direito de resistir à tirania.
Portanto, o Contrato Social de Rousseau é uma defesa da democracia e da liberdade.

É uma obra filosófica que busca estabelecer o fundamento e o fundamento das

relações sociais. O livro se divide em quatro partes:
I) as vantagens do contrato social;
II) a vontade geral e seus princípios;
III) as leis fundamentais;
IV) a formação e a execução do contrato social.

O livro debate sobre a natureza da sociedade, do Estado e do poder. Rousseau

argumenta que a sociedade é uma fonte de direitos e deveres, e que os direitos e deveres
variam entre indivíduos e grupos. Ele defende que o Estado é a fonte desses direitos e deveres,
e que o governo deve ser limitado por leis fundamentais.
Ele também argumenta que o governo deve ser limitado por leis fundamentais, e que
as leis devem ser formadas com base na vontade geral.
Rousseau defende que a vontade geral é um princípio de justiça e de equidade, e que
os cidadãos devem obedecer a ela. O livro também debate sobre a importância da educação e
da criação de leis fundamentais para a formação de um Estado justo.
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Além disso, Rousseau acredita que a participação dos cidadãos é necessária para a
formação de um Estado democrático. O Contrato Social de Rousseau é considerado um dos
trabalhos mais importantes da filosofia política moderna.
É frequentemente citado como um marco na história das ideias políticas e tem
influenciado muitos filósofos e pensadores modernos.
Rousseau criou O Contrato Social para abordar a questão da origem do Estado e a
natureza dos direitos e deveres de seus cidadãos. Ele desenvolveu a ideia de que os
indivíduos naturais têm direitos inatos, mas que a sociedade organizada é necessária para
proteger esses direitos.
Ele acreditava que por meio de um contrato social, os cidadãos poderiam optar por
abrir mão de alguns de seus direitos naturais em troca de proteção. O Contrato Social de
Rousseau propõe que os cidadãos criem um governo comum que possa proteger seus direitos,
mas que eles também se submetam às leis e às autoridades desse governo.
Rousseau criou o livro, O Contrato Social, para explorar as ideias de liberdade e
igualdade, e para desenvolver a noção de que o poder não deveria residir em um único
governante, mas em todos os cidadãos. Ele defendeu a ideia de que o governo deve ser
estabelecido de acordo com os princípios da liberdade, da igualdade e da fraternidade. A obra
de Rousseau também apontou para a necessidade de um governo responsável e justo para
proteger os direitos fundamentais dos cidadãos e garantir a igualdade entre todos.”
Também sabemos que o Contrato Social de Rousseau é um dos trabalhos mais
importantes do pensamento político moderno. Ele fornece um modelo de governo baseado no
contrato entre governantes e governados. O livro trata da justiça e da igualdade entre os
indivíduos, e também da liberdade. Rousseau defende a ideia de que a liberdade individual é
mais importante que o governo e que o homem deve ser livre para governar a si mesmo. Ele
também defende a ideia de que a liberdade é um direito humano inalienável. Estas ideias
tiveram um impacto significativo na formação de governos modernos e na formação de
muitas sociedades. O Contrato Social de Rousseau proporciona uma base sólida para uma
sociedade mais justa, livre e democrática.
Rousseau pretendia investigar a origem, a natureza e a justificação do poder político e
da autoridade do Estado em sua obra O contrato social. Ele argumentava que o Estado
deveria ser governado por um contrato entre todos os membros da sociedade, na qual os
direitos e responsabilidades de cada membro eram estabelecidos. Ele também defendia que a
autoridade do Estado deveria emanar da vontade da maioria, e não de um único indivíduo ou
de uma única classe.
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No que se refere na obra O Contrato Social, de Rousseau, a vontade geral é definida

como um desejo coletivo mais profundo e moralmente correto da sociedade, ao invés de
simplesmente o desejo da maioria. Rousseau argumenta que a vontade geral é a única forma
de governo que pode garantir a liberdade e a igualdade de seus cidadãos. Ele acredita que a
vontade geral deve prevalecer sobre qualquer outra forma de governo ou lei, pois ela
representa a vontade comum e justa da sociedade como um todo.
Rousseau exprime o contrato social como "um pacto da comunidade com o indivíduo e do
indivíduo com a comunidade". Desse pacto, nasceria uma "vontade geral" que se distinguiria
das vontades individuais, constituindo os "fundamentos de todo o poder político". O Contrato
Social" é considerado uma das obras fundamentais da filosofia política. Rousseau parte do
pressuposto de que é impossível retornar ao estado de natureza. O homem em estado de
natureza participa de uma condição sem lei nem moralidade. Só um contrato com seus
semelhantes oferece as bases legítimas para uma vida em sociedade. Sendo assim é preciso,
então, criar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa do uso da força. Longe
de ser um pacto de submissão, o contrato social é um pacto de associação entre os homens.
No estado civil, preconizado por Rousseau, o soberano é a vontade geral.
As principais ideias de Jean-Jacques Rousseau influenciaram as monarquias europeias
da época, a Revolução Francesa, o pensamento de Karl Marx e ainda basearam grande parte
da visão de mundo do pensamento modernista. Após a publicação de seu livro “Do Contrato
Social”, o mundo nunca mais foi o mesmo.
Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo do Iluminismo que teve uma influência
significativa no desenvolvimento do pensamento político e social. Embora seja conhecido por
uma ampla gama de ideias, três dos principais aspectos do pensamento de Rousseau que
podem ser destacados são: liberdade, igualdade e bom governo.
Liberdade: Rousseau defendia a importância da liberdade individual e da
autodeterminação. Ele acreditava que os seres humanos são naturalmente livres, mas que a
sociedade e suas instituições frequentemente restringem essa liberdade. Ele argumentava que
a liberdade genuína só poderia ser alcançada através da participação ativa e direta de todos os
membros da sociedade na tomada de decisões políticas, em vez de ser delegada a governantes
ou representantes.
Igualdade: Rousseau também enfatizava a importância da igualdade social e política.
Ele criticava a desigualdade existente em sua época, tanto econômica quanto social, e
argumentava que a desigualdade era uma fonte de conflitos e injustiças. Rousseau propunha a
ideia de uma sociedade em que todos os cidadãos compartilhassem igualmente o poder
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político e desfrutassem de direitos e oportunidades iguais. Ele influenciou o pensamento

posterior sobre a igualdade, especialmente durante a Revolução Francesa.
Bom governo: Rousseau discutiu amplamente a natureza e a forma do governo ideal.
Ele argumentava que o governo deveria ser baseado no consentimento dos governados e que
deveria existir um contrato social entre o povo e seus governantes. Rousseau via o bom
governo como aquele que atendia aos interesses gerais da sociedade, preservava a liberdade e
a igualdade dos cidadãos e promovia o bem comum. Ele defendia a democracia direta, em
que todos os cidadãos participariam ativamente das decisões políticas.
Esses três aspectos do pensamento de Rousseau refletem seu desejo de criar uma
sociedade mais justa, livre e igualitária, em que os indivíduos tivessem um papel ativo na
governança e na tomada de decisões políticas. Suas ideias continuam a ser debatidas e
influenciam o pensamento político e social até os dias atuais.
O autor descreve a formação de um contrato social como o meio pelo qual um grupo
de indivíduos se une em uma sociedade política. De acordo com Rousseau, uma vez que as
pessoas têm um interesse comum em manter a ordem e preservar sua liberdade, elas devem
ceder algumas de suas liberdades individuais para criar uma entidade maior, um Estado. Essa
entidade, então, teria autoridade sobre as ações dos indivíduos e forneceria regulamentos e
leis para manter a ordem e a segurança. Essa entidade também seria responsável por
estabelecer um sistema de governo que representasse os interesses de todos os membros da
sociedade. A execução do contrato social, de acordo com Rousseau, depende da vontade dos
indivíduos de seguir as leis de seu governo e de sua disposição para ceder algumas de suas
liberdades individuais em troca da segurança e da estabilidade.

Princípios fundamentais para a formação de um Estado estável e democrático

Rousseau estabeleceu uma série de princípio, que incluem:
1. A soberania popular: Rousseau defende que o governo deve ser responsável
perante o povo, e não ao contrário. É o povo quem tem o direito de estabelecer as leis e
escolher os governantes.
2. O princípio da igualdade: Rousseau argumenta que todos os indivíduos são iguais
perante a lei e têm os mesmos direitos e deveres. Esta igualdade é fundamental para garantir
que o Estado seja justo e que o governo não abuse do seu poder.
3. O direito à liberdade: Rousseau acreditava que todos os indivíduos têm o direito à
liberdade, e que o Estado não deve interferir com esta liberdade.
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4. O direito à propriedade: Rousseau argumenta que a propriedade é um direito

fundamental, que deve ser respeitado por todos os membros da sociedade.
5. O direito à integridade física: Rousseau acredita que todas as pessoas têm o
direito de viver sem medo de violência ou abuso.
Estes princípios fundamentais do contrato social de Rousseau ainda são relevantes hoje.
Embora os Estados modernos possam ter diferentes abordagens para a formação de governos,
ainda se baseiam nos princípios estabelecidos por Rousseau há mais de 250 anos.
Portanto, para Rousseau, ceder à força não é um dever, pois se trata de uma relação
entre estados e não entre homens. O contrato social deve ser obedecido para que o bem
comum seja preservado. A vontade geral é um ato de soberania que deve ser obedecido, a fim
de que todos os indivíduos possam desfrutar dos seus direitos e deveres. Penas de morte são
permitidas desde que a lei seja cumprida e que não exista perigo para a sociedade.
Rousseau defende a pena de morte para quem violar o contrato social, pois a
desobediência à lei é a desobediência à vontade geral. O contrato social não é apenas um
contrato de troca de bens, mas também um contrato de fidelidade. Quem desrespeita o
contrato social desrespeita a todos. A pena de morte é uma punição adequada para quem
viola a lei e desobedece a vontade geral do povo.
De acordo com Jean-Jacques Rousseau, o homem é inerentemente bom por natureza,
ou seja, ele acreditava que os seres humanos nascem livres, iguais e moralmente puros, mas
que a sociedade e suas instituições corrompem essa bondade natural.
A questão da propriedade e da posse desempenha um papel fundamental nessa
corrupção. Rousseau argumentava que a introdução da propriedade privada foi o ponto de
virada na história da humanidade. Antes do estabelecimento da propriedade privada, os seres
humanos viviam em um estado de natureza, caracterizado pela simplicidade, igualdade e
ausência de instituições sociais complexas.
Nesse estado primitivo, os seres humanos eram livres e não havia desigualdades
sociais ou conflitos. No entanto, Rousseau argumentava que a introdução da propriedade
privada trouxe consigo a noção de criação uma divisão entre os seres humanos.
A partir desse momento, começaram a surgir desigualdades, competição, inveja e
conflitos. A propriedade privada levou ao surgimento da desigualdade econômica, em que
alguns indivíduos acumulavam riquezas e poder, enquanto outros ficavam desprovidos.
Rousseau via a propriedade privada como uma fonte de corrupção moral. A posse de
bens materiais, o desejo de acumulação e a busca pelo poder levaram os seres humanos a agir
 13

de forma egoísta, negligenciando os interesses dos outros e violando os princípios morais

fundamentais.
Para Rousseau, a sociedade moderna estava corrompida pela busca excessiva pela
propriedade e pela desigualdade resultante. Ele acreditava que a restauração da bondade e da
virtude moral exigia uma rejeição da propriedade privada e uma busca pela igualdade e pelo
bem comum.
Em resumo, a questão da propriedade e da posse estraga a bondade inata do homem,
ao introduzir desigualdades, competição e corrupção moral. Ele via a propriedade privada
como um dos principais obstáculos para a criação de uma sociedade justa e harmoniosa. Sua
crítica à propriedade privada influenciou o pensamento político e social posterior,
especialmente no que diz respeito à desigualdade e às noções de justiça social.

Ideias inovadoras que visavam a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
Jean-Jacques Rousseau propôs várias ideias inovadoras que visavam a construção de
uma sociedade mais justa e equitativa. Suas propostas abrangiam diferentes aspectos da vida
social e política, e buscavam superar as desigualdades e injustiças presentes em sua época.
Algumas das suas principais propostas incluem:
Contrato Social: Rousseau propôs a ideia de um contrato social entre os membros da
sociedade. Segundo ele, os indivíduos devem se unir voluntariamente e formar uma
comunidade política na qual todos se comprometem a viver de acordo com a vontade geral.
Esse contrato social estabelece a base para a legitimidade do governo e a busca do bem
comum.
Soberania Popular: Rousseau defendia a ideia de que a soberania reside no povo
como um todo. Em vez de governantes absolutos ou monarcas, ele defendia a participação
ativa dos cidadãos na tomada de decisões políticas. Ele argumentava que a vontade geral,
expressa pela maioria, deveria ser a força orientadora nas políticas públicas, garantindo assim
a representação e a igualdade de todos os membros da sociedade.
Democracia Direta: Rousseau acreditava na importância da participação direta dos
cidadãos na tomada de decisões políticas. Ele propunha a criação de assembleias populares
em que todos os cidadãos pudessem se reunir para debater e votar em questões importantes.
Essa forma de democracia direta permitiria que cada indivíduo participasse ativamente na
governança e na formação das leis.
Educação e Desenvolvimento Individual: Rousseau enfatizava a importância da
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educação na formação de cidadãos virtuosos e na construção de uma sociedade justa. Ele

propôs um modelo educacional que visava desenvolver o potencial humano e incentivar a
liberdade de pensamento, equilibrando o ensino acadêmico com a educação moral e social.
Ele acreditava que uma educação adequada poderia ajudar a superar as influências negativas
da sociedade e a moldar indivíduos virtuosos e comprometidos com o bem comum.
Essas propostas de Rousseau foram inovadoras para sua época e tiveram um impacto
significativo no pensamento político e social subsequente. Suas ideias influenciaram a
formação de governos democráticos, a busca pela igualdade de direitos e a valorização da
vontade popular. Sua visão de uma sociedade mais justa e igualitária continua a ser debatida
e discutida até os dias de hoje.
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Referências Bibliográficas

extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/
2011/08/o-contrato-social.pdf

https://fr.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
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Conclusão
Damos por terminado o nosso trabalho, deixando um agradecimento especial a nossa
profecia por nos ter dado esse trabalho, ampliou acima de tudo o nosso conhecimento e nos
vez descobrir novos vocabulários e assuntos interessantes. Sobre o trabalho concluímos que,
Rousseau foi um importante filósofo do século XVIII, cujas ideias foram fundamentais para o
desenvolvimento da filosofia política moderna. Sua obra "O Contrato Social" foi um marco
na história, pois defendia que a sociedade deveria ser organizada para o bem-estar de todos e
não apenas para o benefício de alguns. Ele defendia a liberdade individual, a igualdade entre
todos os cidadãos e o Estado de Direito.
Suas ideias continuam sendo relevantes até hoje e servem como importantes
princípios para a organização de uma sociedade justa e igualitária.
Sabemos então, que a força não cria o direito e que obedecer à força é um ato de
necessidade. Sabemos que o homem que renúncia à sua liberdade renúncia à sua qualidade de
homem.
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Anexo:

Figura 1: Jean-Jacques Rousseau