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Capítulo 14

Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.

Gerenciamento dos
riscos do projeto

É fato sabido que existem riscos em qualquer atividade, em especial


nas empresas, basta verificar os fracassos empresariais, causados por
problemas gerados por falta de visão antecipada de ameaças, que são
eventos negativos, ou pela perda de oportunidades, que são eventos
positivos. Para evitar isso, o gerenciamento de riscos em projetos passa
a ser atividade de alta importância para que se saiba como lidar com
riscos, no intuito de obter sucesso organizacional.

Dessa maneira, é muito importante que, por meio de um gerencia-


mento de riscos proativo, se busque o aumento da probabilidade e o
impacto dos eventos positivos e, ao mesmo tempo, se procure reduzir a
probabilidade e o impacto dos eventos negativos.

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Assim, no que tange aos projetos, o PMBOK® (PMI, 2013, p. 309-354)

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tratou do gerenciamento dos riscos do projeto e seus processos, que
são: planejar o gerenciamento dos riscos; identificar os riscos; realizar a
análise qualitativa dos riscos; realizar a análise quantitativa dos riscos;
planejar as respostas aos riscos; e controlar os riscos. Falaremos sobre
processos neste capítulo.

1 Gerenciamento dos riscos do projeto


Conforme o PMI, o “risco do projeto é um evento ou condição incer-
ta que, se ocorrer, provocará um efeito positivo ou negativo em um ou
mais objetivos do projeto” (PMI, 2013, p. 310). Os riscos são entendidos
pelas organizações como resultantes da incerteza nos projetos e nos
objetivos organizacionais.

A aceitação de vários graus de risco por parte das organizações e


stakeholders, de acordo com o PMBOK® (PMI, 2013, p. 310-311), de-
pende da atitude em relação aos riscos, e a atitude é influenciada por
fatores classificados em três tópicos:

•• Apetite de risco, que é o grau de incerteza que uma entidade está


disposta a aceitar na expectativa de uma recompensa.

•• Tolerância a riscos, que é o grau, a quantidade ou o volume de ris-


co que uma organização ou um indivíduo está disposto a tolerar.

•• Limite de riscos, que se refere às medidas ao longo do nível de incer-


teza ou nível de impacto no qual uma parte interessada pode ter um
interesse específico. A organização aceitará o risco abaixo daquele
limite. A organização não tolerará o risco acima daquele limite.

Em outras palavras, o apetite de risco é a quantidade de risco que


uma organização pretende aceitar, com perspectiva de crescimento ou

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para facilitar o alcance de objetivos, ou seja, se houver a possibilida-
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de de recompensas altas a organização poderá assumir riscos altos.


Dessa forma, caso uma organização esteja disposta a aceitar riscos,
seu apetite de risco é alto, e, naturalmente, se a organização não pre-
tende assumir riscos, seu apetite de risco é baixo.

A tolerância a riscos mostra o quanto a organização está disposta


a assumir riscos, ou seja, alta tolerância quer dizer que há disposição
para suportar alto risco, e baixa tolerância significa que a organização
não suporta ou não consegue suportar riscos. Um exemplo de tole-
rância pode ser uma margem de 2% a 6% de custos ultrapassados,
outro caso poderia ser o de se aceitar de 4% a 10% de variação no
cronograma.

Pelo exposto, na tolerância existe uma faixa aceitável, por sua vez o
limite de riscos quantifica a tolerância a riscos com um número exato,
além do qual a organização não vai aceitar o risco. Exemplificando, se
uma organização assumir o risco de ultrapassar o orçamento em até
R$15.000,00, esse é o limite de risco.

Resumindo, o apetite de risco é a tendência para assumir riscos; a


tolerância ao risco é uma faixa aceitável dentro da qual de assumem
riscos; e limite é um valor exato além do qual não se assumem riscos.

Com essas informações iniciais, serão tratados a seguir os seis


processos que compõem o gerenciamento de riscos do projeto.

1.1 Planejar o gerenciamento dos riscos

O “processo de definição de como conduzir as atividades de ge-


renciamento dos riscos de um projeto”, como coloca o PMBOK® (PMI,
2013, p. 313), é chamado de planejar o gerenciamento dos riscos.

Gerenciamento dos riscos do projeto 191


A definição é bastante simples, entretanto suas implicações são

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complexas, uma vez que se trata de risco, ou seja, algo totalmente in-
certo. Assim, o planejamento criterioso e minucioso diminui a proba-
bilidade de impactos negativos, causados por ameaças, e aumenta a
probabilidade de impactos positivos, provocados por oportunidades.

Planejar o gerenciamento dos riscos assume grande importância,


por destinar tempo e recursos suficientes para as atividades de geren-
ciamento dos riscos e estabelecer uma base para a sua avaliação.

Para a realização desse processo são necessárias cinco entradas,


que estão expostas a seguir, no quadro 1.

Quadro 1 – Entradas do processo planejar o gerenciamento dos riscos

ENTRADAS DESCRIÇÃO

Onde se obtêm informações sobre linhas de base ou a situação atual das


Plano de
áreas afetadas pelos riscos, de forma que o gerenciamento de riscos seja
gerenciamento do
consistente com os planos de gerenciamento auxiliares e linhas de base
projeto
aprovadas.

Termo de abertura Fornece várias entradas, como riscos de alto nível, descrições de alto nível
do projeto do projeto e requisitos de alto nível.

Registro das partes Possui detalhes relacionados com stakeholders e fornece uma visão geral
interessadas dos papéis de cada um.

Informações que possam influenciar as atitudes, limites e tolerâncias em


Fatores ambientais
relação aos riscos que descrevem o grau de risco que uma organização
da empresa
pode suportar.

Ativos de processos
Onde se busca saber quais ativos podem influenciar o processo.
organizacionais

Fonte: PMI (2013, p. 314-315).

São utilizadas três ferramentas e técnicas nesse processo, que es-


tão listas adiante, no quadro 2.

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Quadro 2 – Ferramentas e técnicas do processo planejar o gerenciamento dos riscos
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FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Para compreender e definir o contexto geral de gerenciamento dos riscos


do projeto são usadas, dentre outras: análise do perfil de risco das partes
Técnicas analíticas interessadas para classificar e qualificar seu apetite de risco e tolerância;
e folhas de pontuação dos riscos, para fornecer avaliação de alto nível da
exposição do projeto aos riscos, com base no contexto geral do projeto.

Opinião Para se obter a opinião e o conhecimento de grupos ou pessoas que tenham


especializada treinamento ou conhecimento especializado em riscos.

Para desenvolver o plano de gerenciamento dos riscos. Entre os


participantes dessas reuniões podem-se incluir o gerente de projetos,
Reuniões membros selecionados da equipe do projeto e das partes interessadas,
qualquer pessoa da organização com responsabilidade de gerenciar o
planejamento dos riscos e as atividades de execução e outros.

Fonte: PMI (2013, p. 315-316).

A saída desse processo é o plano de gerenciamento dos riscos, que


contém o que que está exposto no quadro 3.

Quadro 3 – Conteúdo do plano de gerenciamento dos riscos

CONTEÚDOS DESCRIÇÃO

Define as abordagens, ferramentas e fontes de dados que podem ser usadas


Metodologia
para realizar o gerenciamento dos riscos no projeto.

Define o líder, o apoio e os membros da equipe de gerenciamento dos riscos


Papéis e
para cada tipo de atividade do plano de gerenciamento dos riscos, e explica
responsabilidades
suas responsabilidades.

Estima os fundos com base nos recursos designados, compondo a linha de


Orçamento base de custos, e estabelece os protocolos para aplicação das reservas de
contingência e gerenciamento.

Definem quando e com que frequência os processos de gerenciamento dos


riscos serão realizados, estabelecem os protocolos para aplicação das
Prazos
reservas de contingências do cronograma e estabelecem as atividades de
gerenciamento dos riscos a serem incluídas no cronograma do projeto.

(cont.)

Gerenciamento dos riscos do projeto 193


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CONTEÚDOS DESCRIÇÃO

Fornecem um meio de agrupar possíveis causas de riscos, podendo usar


uma estrutura de categorização previamente preparada, que pode ter a
Categorias de riscos
forma de uma simples lista de categorias ou ser estruturada em uma EAR
(Estrutura Analítica de Riscos).

Definição de
Definição de diferentes níveis de probabilidade e impacto dos riscos que
probabilidade e
são específicos ao contexto do projeto.
impacto dos riscos

Matriz de
Matriz utilizada para o mapeamento de probabilidade de ocorrência de cada
probabilidade e
risco e o seu impacto nos objetivos do projeto caso tal risco ocorra.
impacto

Tolerâncias
revisadas das partes Revisão das tolerâncias definidas por stakeholders.
interessadas

Formatos de Definem como os resultados do processo de gerenciamento dos riscos


relatórios serão documentados, analisados e comunicados.

Documentação da forma como as atividades de risco serão registradas


Acompanhamento para benefício do projeto atual; e como os processos de gerenciamento dos
riscos serão auditados.

Fonte: PMI (2013, p. 316-318).

O principal benefício obtido com a realização desse processo, con-


forme o PMI, é garantir “que o grau, tipo e visibilidade do gerenciamento
dos riscos sejam proporcionais tanto aos riscos quanto à importância
do projeto para a organização” (PMI, 2013, p. 313).

1.2 Identificar os riscos

O PMBOK® define identificar os riscos como “processo de determi-


nação dos riscos que podem afetar o projeto e de documentação de
suas características” (PMI, 2013, p. 319).

194 Elaboração e gestão de projetos


Expandindo a definição, identificar os riscos é o processo que faz a
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verificação da existência de incertezas (riscos) que, de forma positiva


ou negativa, podem afetar um projeto, bem como promove a documen-
tação das características associadas ao risco.

O processo de identificação de riscos é iterativo, quer dizer, não é


feito uma vez só, ao contrário, deve ser feito frequentemente. Tem início
logo no começo do projeto e deve ser realizado de modo recorrente, ao
longo de todo o projeto, uma vez que todas a decisões, realizações e
alterações que acontecem ao longo das diversas fases do projeto po-
dem levar à eliminação de riscos, previamente identificados, e ao apa-
recimento de novos riscos. Colocando de outro modo, alguns riscos
surgem durante a execução do projeto, algumas mudanças aprovadas
fazem surgir novos riscos, mudanças externas trazem novos fatores de
risco e estratégias de respostas aos riscos podem gerar novos riscos,
que seriam riscos secundários.

São treze as entradas necessárias para a realização desse processo,


descritas no quadro 4.

Quadro 4 – Entradas do processo identificar os riscos

ENTRADAS DESCRIÇÃO

Onde se buscam elementos que auxiliam na identificação de riscos, por


exemplo, atribuições de papéis e responsabilidades; a provisão para
Plano de gerenciamento
atividades de gerenciamento dos riscos no orçamento e no cronograma;
dos riscos
e as categorias de riscos, que às vezes são expressas em uma estrutura
analítica dos riscos.

Plano de gerenciamento Informações sobre processos e controles que podem ser usadas para
dos custos identificar os riscos.

Plano de gerenciamento A visão dos objetivos e expectativas de prazo/cronograma do projeto


do cronograma que podem ser impactados pelos riscos.

Plano de gerenciamento Fornece linha de base de medidas e métricas da qualidade para uso na
da qualidade identificação dos riscos.

(cont.)

Gerenciamento dos riscos do projeto 195


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ENTRADAS DESCRIÇÃO

Fornece orientação sobre o modo como os recursos humanos do projeto


devem ser identificados, mobilizados, gerenciados e, por fim, liberados.
Plano de gerenciamento
Também define os papéis, responsabilidades e organogramas do projeto,
dos recursos humanos
além do plano de gerenciamento de pessoal, com um papel fundamental
no processo identificar os riscos.

As incertezas nas premissas do projeto devem ser avaliadas como


Linha de base do escopo
causas potenciais de riscos do projeto.

Permitem identificar riscos, pois fornecem uma avaliação quantitativa


Estimativas dos custos
do custo provável para concluir as atividades programadas e,
das atividades
idealmente, são expressas como um intervalo que indica graus de risco.

Estimativas de duração Importantes na identificação dos riscos relacionados com as provisões


das atividades de tempo para as atividades ou o projeto como um todo.

As informações sobre as partes interessadas são utilizadas, pois


Registro das partes
asseguram que stakeholders sejam entrevistados ou participem do
interessadas
processo de identificação de riscos.

Documentos com informações sobre decisões que auxiliam a


identificar os riscos do projeto, tais como: termo de abertura do projeto;
Documentos do projeto cronograma do projeto; diagramas de rede do cronograma; registro
das questões; lista de verificação da qualidade; e outras informações
consideradas úteis para a identificação dos riscos.

A complexidade e o nível de detalhe dos documentos de aquisição


Documentos de
devem ser consistentes com o valor e os riscos associados com as
aquisição
aquisições planejadas.

Os mais utilizados são: informações publicadas, incluindo bancos de


Fatores ambientais da
dados comerciais; estudos acadêmicos; listas de verificação publicadas;
empresa
benchmarking; estudos do setor; e atitudes em relação ao risco.

Os que podem influenciar a identificação de riscos são: arquivos do


Ativos de processos
projeto, inclusive dados reais; controles organizacionais e de processo
organizacionais
do projeto; modelos de especificação de riscos; e lições aprendidas.

Fonte: PMI (2013, p. 321-324).

As sete ferramentas e técnicas utilizadas nesse processo são as que


constam adiante, no quadro 5.

196 Elaboração e gestão de projetos


Quadro 5 – Ferramentas e técnicas do processo identificar riscos
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FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Revisão estruturada da documentação do projeto, incluindo planos,


Revisões de
premissas, arquivos de projetos anteriores, acordos e outras informações,
documentação
que podem ser indicadores de riscos no projeto.

Técnicas de coleta Podem ser usadas: brainstorming; técnica Delphi; entrevistas; e análise da
de informações causa principal.

Análise de listas de verificação de riscos desenvolvidas com base nas


Análise de listas de
informações históricas e no conhecimento acumulado, com base em projetos
verificação
anteriores semelhantes e outras fontes de informações.

A análise de premissas verifica a validade das premissas em relação ao


Análise de
projeto, permitindo identificar os riscos do projeto decorrentes do caráter
premissas
inexato, instável, inconsistente ou incompleto das premissas.

Técnicas de Podem ser usados: diagramas de causa e efeito; fluxogramas; e diagramas


diagramas de influência.

Análise de forças,
Técnica que analisa forças e fraquezas, oportunidades e ameaças do projeto,
fraquezas,
aumentando a abrangência dos riscos identificados, incluindo os riscos
oportunidades e
gerados internamente.
ameaças (SWOT)

Opinião Os riscos podem ser identificados diretamente por especialistas com


especializada experiência relevante em projetos ou áreas de negócios semelhantes.

Fonte: PMI (2013, p. 324-327).

O registro dos riscos é a saída desse processo, e contém o que está


exposto a seguir, no quadro 6.

Quadro 6 – Conteúdo do registro dos riscos

CONTEÚDOS DESCRIÇÃO

Lista dos riscos Onde os riscos identificados são descritos com o maior número de
identificados detalhes possível.

As respostas potenciais a um risco às vezes podem ser identificadas


Lista de respostas durante o processo identificar os riscos. Essas respostas, se
potenciais identificadas nesse processo, podem ser úteis como entradas para o
processo planejar as respostas aos riscos.

Fonte:PMI (2013, p. 327).

Gerenciamento dos riscos do projeto 197


Realizado esse processo, é obtido o benefício da “documentação

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dos riscos existentes e o conhecimento e a capacidade que ele fornece
à equipe do projeto de antecipar os eventos” (PMI, 2013, p. 319).

1.3 Realizar a análise qualitativa dos riscos

A análise qualitativa dos riscos, conforme estabelece o PMBOK®, “é


o processo de priorização de riscos para análise ou ação adicional atra-
vés da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e
impacto” (PMI, 2013, p. 328).

Após a identificação dos riscos do projeto, é feita a sua análise qua-


litativa. Trata-se de uma análise subjetiva, com a finalidade de priorizar
riscos baseados na probabilidade de impacto.

Significa, então, que é feito um cálculo da dimensão da ameaça ou


da oportunidade, baseado na coleta de informações sobre os resul-
tados possíveis para cada um dos riscos que foram identificados no
processo de identificação dos riscos do projeto, de forma a permitir a
priorização da atenção aos riscos, com base na combinação da proba-
bilidade de ocorrência e do impacto nos objetivos do projeto. Priorizar
significa definir em que riscos a equipe do projeto deve centrar o esforço
de planeamento das ações de resposta.

Uma vez que a identificação dos riscos é iterativa, consequentemen-


te a análise qualitativa dos riscos também é um processo recorrente,
ou seja, deve ser reavaliado ao longo da execução do projeto, de modo
a garantir que os riscos e as respectivas prioridades se encontram
atualizados.

Esse processo possui cinco entradas, que estão relacionadas e des-


critas no quadro 7.

198 Elaboração e gestão de projetos


Quadro 7 – Entradas do processo realizar a análise qualitativa dos riscos
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ENTRADAS DESCRIÇÃO

De onde são utilizados elementos como: papéis e responsabilidades para


Plano de conduzir o gerenciamento dos riscos; orçamentos, atividades do cronograma
gerenciamento para gerenciamento dos riscos; categorias de riscos; definições de
dos riscos probabilidade e impacto; a matriz de probabilidade e impacto; e a revisão das
tolerâncias a riscos das partes interessadas.

O exame da linha de base do escopo permite melhor entendimento dos riscos


Linha de base do nos projetos de tipo comum ou recorrente, assim como nos projetos que usam
escopo tecnologias de ponta ou pioneiras, ou que são altamente complexos e tendem
a ter mais incertezas.

Registro dos
Contém as informações que serão usadas para avaliar e priorizar os riscos.
riscos

Fornecem a visão e o contexto para avaliação dos riscos, em especial os


Fatores ambientais estudos do setor de projetos semelhantes por especialistas em riscos
da empresa e bancos de dados de riscos disponibilizados pelo setor ou por fontes
proprietárias.

Ativos de
Onde são localizadas informações de projetos semelhantes concluídos
processos
anteriormente.
organizacionais

Fonte: PMI (2013, p. 304-306).

No quadro 8, a seguir, estão relacionadas as seis ferramentas e téc-


nicas utilizadas nesse processo.

Quadro 8 – Ferramentas e técnicas do processo realizar a análise qualitativa dos riscos

FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Avaliação de A análise de probabilidade de riscos investiga a probabilidade de


probabilidade e impacto ocorrência de cada risco específico; a avaliação do impacto de riscos
dos riscos investiga o efeito potencial sobre um objetivo do projeto.

Matriz de probabilidade Matriz que permite o mapeamento de probabilidade de ocorrência de


e impacto cada risco e o seu impacto nos objetivos do projeto, caso tal risco ocorra.

(cont.)

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FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Técnica para avaliar o grau em que os dados sobre riscos são úteis
Avaliação de qualidade para o gerenciamento dos riscos. Envolve o exame do nível em que o
dos dados sobre riscos risco é compreendido, e também precisão, qualidade, confiabilidade e
integridade dos dados relativos ao risco.

Os riscos são categorizados por fontes de risco, por área afetada do


Categorização de
projeto ou outras categorias úteis para determinar as áreas do projeto
riscos
mais expostas aos efeitos da incerteza.

Avaliação da urgência Usada para detectar os riscos que exigem respostas a curto prazo e
dos riscos podem ser considerados mais urgentes.

Buscar informações para avaliar a probabilidade e o impacto de cada


Opinião especializada risco com especialistas e pessoas com experiência em projetos
semelhantes e recentes.

Fonte: PMI (2013, p. 330-333).

A realização desse processo resulta em atualizações nos documen-


tos do projeto, que estão expostos no quadro 9.

Quadro 9 – Documentos atualizados no processo realizar a análise qualitativa dos riscos

DOCUMENTOS DESCRIÇÃO

Conforme novas informações são disponibilizadas por meio da análise


Registro dos riscos
qualitativa dos riscos, o registro dos riscos é atualizado.

Registro das Quando novas informações são disponibilizadas por meio da análise
premissas qualitativa dos riscos, as premissas podem mudar.

Fonte: PMI (2013, p. 333).

O principal benefício obtido com esse processo “é habilitar os geren-


tes de projetos a reduzir o nível de incerteza e focar os riscos de alta
prioridade” (PMI, 2013, p. 328).

200 Elaboração e gestão de projetos


1.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos
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O PMBOK® define que realizar a análise quantitativa dos riscos “é o


processo de analisar numericamente o efeito dos riscos identificados
nos objetivos gerais do projeto” (PMI, 2013, p. 333).

A definição leva a entender que são atribuídos valores numéricos aos


impactos dos riscos identificados. Normalmente, essa análise é feita
respeitando-se a análise qualitativa, portanto, os riscos a serem analisa-
dos nese processo acabam seguindo as prioridades estabelecidas na
análise qualitativa, ou seja, serão analisados prioritariamente os riscos
que podem trazer maior impacto significativo ao projeto.

Assim, a análise quantitativa dos riscos, ao atribuir valoração nu-


mérica a cada um dos riscos, permite, dentre outros objetivos: quan-
tificar melhor os resultados possíveis do projeto; identificar os riscos
que necessitam de mais atenção, justificada pela contribuição relativa
para o risco global do projeto; fazer com que as estimativas sejam mais
realistas.

São necessárias seis entradas para a realização desse processo, que


podem ser verificadas no quadro 10.

Quadro 10 – Entradas do processo realizar a análise quantitativa dos riscos

ENTRADAS DESCRIÇÃO

Plano de gerenciamento Onde são obtidas informações das diretrizes, métodos e ferramentas a
dos riscos serem usados na análise quantitativa dos riscos.

Plano de gerenciamento Fornece diretrizes sobre o estabelecimento e gerenciamento das reservas


dos custos de riscos.

Plano de gerenciamento Contém as diretrizes para o estabelecimento e gerenciamento das reservas


do cronograma de riscos.

É um ponto de referência para a execução da análise quantitativa dos


Registro dos riscos
riscos.

(cont.)

Gerenciamento dos riscos do projeto 201


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ENTRADAS DESCRIÇÃO

Fatores que permitem a percepção e o contexto para a análise dos riscos,


Fatores ambientais da tais como: estudos do setor de projetos semelhantes por especialistas
empresa em riscos; e bancos de dados de riscos disponibilizados pelo setor ou por
fontes proprietárias.

Ativos de processos Em especial, informações de projetos semelhantes realizados


organizacionais anteriormente.

Fonte: PMI (2013, p. 335-336).

As ferramentas e técnicas utilizadas nesse processo são três, e


constam no quadro 11.

Quadro 11 – Ferramentas e técnicas do processo realizar a análise quantitativa dos riscos

FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Técnicas de coleta e
Notadamente são utilizadas entrevistas e distribuições de probabilidade.
apresentação de dados

Técnicas de modelagem
São usadas análise de sensibilidade; análise do valor monetário
e análise quantitativa
esperado; e modelagem e simulação.
dos riscos

Busca de opiniões para identificar os impactos potenciais no custo


e no cronograma e avaliar a probabilidade; para definir entradas, tais
como distribuições de probabilidades; para as ferramentas. Além disso,
é utilizada na interpretação dos dados, e para identificar os pontos
Opinião especializada
fracos das ferramentas, assim como seus pontos fortes. Ademais, os
especialistas podem determinar quando uma ferramenta específica
pode ou não ser adequada, considerando os recursos e a cultura da
organização.

Fonte: PMI (2013, p. 336-341).

Esse processo gera como saída atualizações no registro dos riscos,


que estão relacionados em seguida, no quadro 12.

202 Elaboração e gestão de projetos


Quadro 12 – Atualizações no registro dos riscos
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ATUALIZAÇÕES DESCRIÇÃO

Em que são feitas estimativas dos resultados potenciais dos custos


e do cronograma, listando as possíveis datas de término e os custos
com os níveis de confiança dos associados; distribuição de frequência
Análise probabilística
cumulativa usada com as tolerâncias a riscos para a quantificação
do projeto
das reservas para contingências de custo e tempo. Essas reservas
para contingências são necessárias para colocar o risco de exceder os
objetivos definidos do projeto em um nível aceitável para a organização.

Probabilidade de atingir Em face dos riscos existentes, a probabilidade de atingir os objetivos


os objetivos de custo definidos no plano pode ser estimada usando-se os resultados da
e tempo análise quantitativa dos riscos.

Lista que inclui os riscos de maior ameaça ou que são a maior


Lista priorizada de oportunidade para o projeto. Eles incluem os riscos que podem ter o
riscos quantificados maior efeito na contingência de custos e os mais prováveis de influenciar
o caminho crítico.

Tendências nos
À medida que a análise quantitativa é repetida, pode ficar aparente uma
resultados da análise
tendência e as conclusões podem afetar as respostas aos riscos.
quantitativa dos riscos

Fonte: PMI (2013, p. 341).

Esse processo, após sua conclusão, traz como principal benefício


“a produção de informações quantitativas dos riscos para respaldar a
tomada de decisões, a fim de reduzir o grau de incerteza dos projetos”
(PMI, 2013, p. 333).

1.5 Planejar as respostas aos riscos

O PMBOK® expõe o conceito de planejar as respostas aos riscos


como “o processo de desenvolvimento de opções e ações para aumentar
as oportunidades e reduzir as ameaças aos objetivos do projeto” (PMI,
2013, p. 342).

Gerenciamento dos riscos do projeto 203


Naturalmente, o processo de planejamento das respostas aborda os

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riscos por prioridade, criando alternativas de ações para cada risco, por
meio da inserção, conforme o necessário em cada caso, de recursos e
atividades no orçamento, no cronograma e no plano de gerenciamento
do projeto.

Portanto, as respostas planejadas devem, no mínimo, ser adequadas


à relevância do risco; eficazes no que tange aos custos, de modo a aten-
der as contingências; realistas dentro do âmbito e contexto do projeto;
fruto de acordo entre todas as partes envolvidas; oportunas.

Somente duas entradas são necessárias para a realização desse


processo, e são as relacionadas em seguida, no quadro 13.

Quadro 13 – Entradas do processo “planejar as respostas aos riscos”

ENTRADAS DESCRIÇÃO

De onde são utilizados papéis e responsabilidades; definições de análise


Plano de gerenciamento
de riscos; intervalos de tempo para revisões; e limites para riscos baixos,
dos riscos
moderados e altos.

Importante entrada por englobar os riscos identificados; as causas


principais dos riscos; listas de respostas possíveis; os proprietários
dos riscos; sintomas e sinais de alerta; a classificação relativa ou lista
Registro dos riscos de prioridades dos riscos do projeto; riscos que exigem respostas a
curto prazo; riscos para análise adicional e resposta; tendências nos
resultados da análise qualitativa; e uma lista de observação, que é uma
lista de riscos de baixa prioridade dentro do registro dos riscos.

Fonte: PMI (2013, p. 343).

As quatro ferramentas e técnicas utilizadas nesse processo são as


que estão relacionadas adiante, no quadro 14.

204 Elaboração e gestão de projetos


Quadro 14 – Ferramentas e técnicas do processo planejar as respostas aos riscos
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FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Para lidar com riscos de impacto negativo, quatro estratégias podem ser
adotadas: prevenir (ações para eliminar a ameaça ou proteger o projeto
contra o seu impacto); transferir (transferência de riscos para terceiros,
por exemplo por meio de seguros, seguros-desempenho, garantias,
fianças ou, ainda, contratos ou acordos para transferir a responsabilidade
Estratégias para riscos
de determinados riscos para outra parte); mitigar (ações para reduzir
negativos ou ameaças
a probabilidade de ocorrência, ou impacto do risco); e aceitar (essa
estratégia é adotada quando não é possível ou econômico abordar
um risco específico de qualquer outra forma, não se altera o plano de
gerenciamento do projeto para lidar com um risco e só há ação se o risco
se concretizar).

São usadas quatro estratégias para lidar com riscos de impacto positivo:
explorar (estratégia que procura eliminar a incerteza associada com um
determinado risco positivo, garantindo que a oportunidade realmente
Estratégias para aconteça); melhorar (usada para aumentar a probabilidade e/ou os
riscos positivos ou impactos positivos de uma oportunidade); compartilhar (alocação
oportunidades integral ou parcial da responsabilidade da oportunidade a um terceiro
que tenha mais capacidade de explorar a oportunidade para benefício do
projeto); e aceitar (disposição para aproveitar uma oportunidade caso ela
ocorra, mas não persegui-la ativamente).

Estratégias de
Desenvolvimento de plano de respostas que só será executado sob
respostas de
determinadas condições predefinidas.
contingência

Busca de opinião especializada fornecida por pessoas experientes em


Opinião especializada
relação às ações a serem adotadas para um risco específico e definido.

Fonte: PMI (2013, p. 343-346).

Duas são as saídas resultantes desse processo, ambas descritas a


seguir, no quadro 15.

Gerenciamento dos riscos do projeto 205


Quadro 15 – Saídas do processo planejar as respostas aos riscos

Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.
SAÍDAS DESCRIÇÃO

Podem sofrer atualizações os seguintes elementos: plano de gerenciamento


Atualizações
do cronograma; plano de gerenciamento dos custos; plano de gerenciamento
no plano de
da qualidade; plano de gerenciamento das aquisições; plano de gerenciamento
gerenciamento do
dos recursos humanos; linha de base do escopo; linha de base do cronograma;
projeto
e linha de base dos custos.

Atualizações nos
documentos do Basicamente, o documento que passa por atualizações é o registro dos riscos.
projeto

Fonte: PMI (2013, p. 346-348).

Uma vez realizado esse processo, será obtida como principal bene-
fício “a abordagem dos riscos por prioridades, injetando recursos e ati-
vidades no orçamento, no cronograma e no plano de gerenciamento do
projeto, conforme necessário” (PMI, 2013, p. 342).

1.6 Controlar os riscos

A definição de controlar os riscos, que consta no PMBOK®, é “pro-


cesso de implementação de planos de respostas aos riscos, acompa-
nhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residu-
ais, identificação de novos riscos e avaliação da eficácia do processo de
riscos durante todo o projeto” (PMI, 2013, p. 349).

A definição leva ao entendimento de que controlar os riscos é o pro-


cesso que envolve a identificação, a análise e o replanejamento dos ris-
cos que se vão concretizando, bem como o acompanhamento dos ris-
cos constatados, reanalisando e recalculando o seu impacto no projeto.
Além disso, deve-se monitorar as condições que podem desencadear,
ou dar início, às ações de contingência, monitorar os riscos residuais
(aqueles que permanecem mesmo com a implementação de respostas)
e rever a execução das respostas aos riscos avaliando a sua eficácia.

206 Elaboração e gestão de projetos


As entradas desse processo estão descritas no quadro 16.
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.

Quadro 16 – Entradas do processo controlar os riscos

ENTRADAS DESCRIÇÃO

Plano de gerenciamento
Fornece orientação para o monitoramento e controle dos riscos.
do projeto

Contém informações dos riscos do projeto que facilitam e orientam o


Registro dos riscos
controle.

Dados de desempenho Em especial dados sobre andamento das entregas; progresso do


do trabalho cronograma; e custos incorridos.

Relatórios de
Onde são obtidas informações de medições do desempenho, analisadas
desempenho do
para fornecer informações sobre o desempenho do trabalho do projeto.
trabalho

Fonte: PMI (2013, p. 350-351).

São necessárias seis ferramentas e técnicas nesse processo; elas


estão descritas no quadro 17.

Quadro 17 – Ferramentas e técnicas do processo controlar os riscos

FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Reavaliação dos riscos atuais e encerramento dos riscos que estão


Reavaliação de riscos
desatualizados.

Exame e documentação da eficácia das respostas para lidar com os riscos


Auditorias de riscos identificados e suas causas principais, bem como da eficácia do processo de
gerenciamento dos riscos.

Análises de variação
Utilizadas para monitorar o desempenho geral do projeto.
e tendências

Medição de Comparação das realizações técnicas durante a execução do projeto com o


desempenho técnico cronograma de realizações técnicas.

(cont.)

Gerenciamento dos riscos do projeto 207


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FERRAMENTAS E
DESCRIÇÃO
TÉCNICAS

Comparação da quantidade restante de reservas para contingências com a


Análise de reservas quantidade de risco restante, no intuito de determinar se as reservas restantes
são adequadas.

Reuniões para discussão sobre riscos; para aumentar a probabilidade de as


Reuniões
pessoas identificarem as ameaças e as oportunidades.

Fonte: PMI (2013, p. 351-352).

Esse processo resulta em cinco saídas, apresentadas em seguida,


no quadro 18.

Quadro 18 – Saídas do processo controlar os riscos

SAÍDAS DESCRIÇÃO

Informações sobre o Fornecem meios para comunicar e apoiar o processo decisório


desempenho do trabalho do projeto.

As solicitações mais expressivas são as relativas a ações


Solicitações de mudança
corretivas e a ações preventivas.

Caso as solicitações de mudança aprovadas afetem os processos


Atualizações no plano de de gerenciamento dos riscos, os documentos correspondentes
gerenciamento do projeto no plano de gerenciamento do projeto serão revisados e
republicados.

Atualização do registro de riscos, no que se refere aos resultados


Atualizações nos documentos de reavaliações de riscos, às auditorias de riscos e revisões
do projeto periódicas dos riscos; e aos resultados reais dos riscos do projeto
e das respostas aos riscos.

Dentre outros, são atualizados: modelos do plano de


gerenciamento dos riscos, que inclui a matriz de probabilidade
Atualizações nos ativos de
e impacto e o registro dos riscos; estrutura analítica dos riscos;
processos organizacionais
e lições aprendidas nas atividades de gerenciamento dos riscos
do projeto.

Fonte: PMI (2013, p. 346-348).

208 Elaboração e gestão de projetos


O principal benefício obtido com a realização desse processo, de
Material para uso exclusivo de aluno matriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo.

acordo com o PMI, “é a melhoria do grau de eficiência da abordagem


dos riscos no decorrer de todo o ciclo de vida do projeto a fim de otimi-
zar continuamente as respostas aos riscos” (PMI, 2013, p. 349).

Considerações finais
Este capítulo abordou os seis processos do gerenciamento dos ris-
cos do projeto, com suas entradas, ferramentas e técnicas utilizadas, e
suas saídas.

Esclareceu-se que, quando se pensa em riscos, deve ser quebrado o


paradigma de que só geram impactos negativos, ou seja, ricos podem
ser ameaças ou oportunidades.

Ficou evidente que ocupar-se com riscos é uma atividade complexa


que requer muito conhecimento sobre eles, assim como sobre as técni-
cas a serem utilizadas, motivo pelo qual é recomendável muito estudo e
aperfeiçoamento na desafiante tarefa de lidar com riscos.

Referência
PMI. PROJECT Management Institute. Um guia do conjunto de conhecimen-
tos em gerenciamento de projetos (Guia PMBOK®). 5. ed. São Paulo: Project
Management Institute, 2013.

Gerenciamento dos riscos do projeto 209

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