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A propriedade resolúvel se dá quando o título aquisitivo (do bem móvel ou imóvel) está
subordinado a uma condição resolutiva ou advento do termo. A propriedade deixa de ser
plena, passando a ser limitada. A hipótese encontra-se descrita no art. 1.359 do Código
Civil, que preceitua, sendo resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou
pelo advento do termo, desaparecem os direitos reais concedidos em sua pendência, e o
proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa de quem a
possua ou detenha. Um exemplo de propriedade resolúvel é a propriedade fiduciária,
onde há a transmissão do bem ao credor fiduciário, em garantia de uma dívida, sendo o
bem resgatado pelo devedor no momento da quitação do débito (condição resolutiva).
Já o art. 1.360 do Código Civil, dispõe acerca de hipótese distinta. Trata-se do que
alguns autores chamam de propriedade ad tempus ou revogável. Neste caso, a
propriedade se resolverá por causa superveniente, sendo considerado proprietário
perfeito o possuidor que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, restando à
pessoa em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se
resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.
Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o
possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será
considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a
resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria
coisa ou o seu valor.