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e-mail: patricie.barricelli@yahoo.com.br
Processamento de proventos
EUA: Minuciosa e descritiva criminosos para disfarçar sua
origem ilegal
Lei nº 9613/1998
Lei nº 12863/2012
OCULTAR
DISSIMULAR
CONSUMAÇÃO
CONSUMAÇÃO
“ E, pelo prisma objetivo, nos parece que os “O crime de lavagem pode tanto ser
crimes de lavagem de dinheiro, na forma do considerado permanente quanto instantâneo
caput, têm caráter instantâneo. O ato de de efeito permanente. Permanente porque a
ocultar ou dissimular consuma o delito no conduta do agente lavador permite, em face
instante de sua prática. A manutenção do de suas características, que o ilícito se
bem oculto ou dissimulado é mera prolongue voluntariamente no tempo. (...)
decorrência ou desdobramento do ato Entretanto, de acordo com as circunstâncias
inicial. Trata-se de crime instantâneo de do caso concreto, o crime de lavagem pode
efeitos permanentes, no qual a ser instantâneo de efeito permanente. Isto é,
consumação cessa no instante do ato, mas aquele no qual a lesividade se protrai ou se
seus efeitos perduram no tempo.” repete pontilhada no tempo, a partir de uma
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI ação delituosa perfeita e acabada.” MARCO
GUSATAVO BADARÓ ANTÔNIO DE BARROS
STJ: (...) 4. O risco de lavagem de capitais persiste até a data atual e está apoiado nas
investigações policiais, o que é reforçado pela menção, em colaboração premiada, de
outros valores transferidos ao paciente e demais investigados, ainda sob apuração.
Outrossim, não se desprezam, para a avaliação quanto à afirmada reiteração delitiva,
o momento em que o juiz natural tomou conhecimento dos novos crimes atribuídos
ao paciente, a par dos indícios de que cifra milionária desviada dos fundos públicos
continua em lugar incerto, com a origem dissimulada.
5. A alegação de que as contas no exterior teriam sido movimentadas entre os anos
de 2011 a 2015, por si só, não indica necessariamente o fim da atividade ilícita;
sinaliza, antes, a contínua ocultação e branqueamento de capitais. Ademais, a
aventada ausência de contemporaneidade não se sustenta ante a natureza do
crime previsto no art. 1º da Lei n. 9.613/1998, de cunho permanente, em que a
agressão ao bem jurídico se perpetua enquanto não desfeito o escamoteio ilícito.(...)
(STJ, HC 412846, 6ª Turma, Rogério Schietti Cruz, DJe. 02.03.2018)
LAVAGEM DE
INFRAÇÃO PENAL DINHEIRO
STJ: (...) 6. Importa salientar que a denúncia, embora narre também a atividade voltada à sonegação
tributária, não imputou este delito aos pacientes, dada a pendência de procedimentos fiscais.
Lembre-se, contudo, que o crime de quadrilha é autônomo, independendo da consumação dos
delitos para os quais foi constituída. Assim, pouco importa, neste momento processual, para efeito
de deflagração da ação penal especificamente pela associação delitiva, a conclusão do processo
administrativo fiscal.
7. O crime de lavagem de dinheiro também é autônomo, conforme reiteradamente tem
proclamado a nossa jurisprudência, e, conquanto exija o delineamento dos indícios de cometimento
de uma infração penal antecedente, com ela não guarda qualquer relação de dependência para
efeito de persecução penal, inclusive na hipótese de ocultação de valores oriundos de sonegação
tributária. (...) (STJ, HC 235900, 6ª Turma, OG Fernandes, DJe. 21.06.2013)
LAVAGEM DE
INFRAÇÃO PENAL DINHEIRO
AUTOLAVAGEM:
OBS:
NÃO INCLUI INSTRUMENTO DO CRIME;
OCULTAÇÃO/ DISSIMULAÇÃO DE BENS DE POSSE ILÍCITA => NÃO CONSTITUEM LAVAGEM, POIS SÃO
PUNÍVEIS COMO CRIMES AUTÔNOMOS.
CAUSALIDADE + QUANTIDADE DE
CASOS DE MESCLA CAPITAL SUJO
Lei 9.613/98:
Art. 9º, inciso I: Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas
físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou eventual, como
atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em
moeda nacional ou estrangeira
Identificação de clientes
Manutenção de registros
Comunicação de operações
financeiras
PESSOAS OBRIGADAS:
Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente
ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
(...)
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras,
comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer das atividades referidas
neste artigo;
X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades.
XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem a sua comercialização ou
exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie;
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos; (...)
XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação, comercialização, agenciamento ou negociação de
direitos de transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares;
XVI - as empresas de transporte e guarda de valores;
XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de origem rural ou animal ou intermedeiem a sua
comercialização; e
XVIII - as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a
residentes no País.
Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter
permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
(...)
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
(...)
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria,
contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações:
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações societárias de
qualquer natureza;
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou
estruturas análogas;
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas
profissionais;
Art. 9º Sujeitam-se às obrigações referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter
permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:
(...)
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:
(...)
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria,
contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações:
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais ou participações societárias de
qualquer natureza;
b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;
c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;
d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou
estruturas análogas;
e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e
f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas
profissionais;
Art. 7º, inciso XIX: Direito do advogado - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou
deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
Patrocínio infiel
Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo
patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa
Resolução nº 24, de 16/01/2013 (efeitos a partir de 01/03/2013), do COAF, que, de seu artigo 1º, consta a
obrigatoriedade de informar por aquelas pessoas físicas ou jurídicas "não submetidas à regulação de órgão próprio
regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria,
aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas seguintes operações: (
Resolução nº 24, de 16/01/2013 (efeitos a partir de 01/03/2013), do COAF, que, de seu artigo 1º, consta a
obrigatoriedade de informar por aquelas pessoas físicas ou jurídicas "não submetidas à regulação de órgão próprio
regulador que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria,
aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas seguintes operações: (
Consulta n 49.0000.2012.006678-6/OEP:
"Lei 12.683/12, que altera a lei 9.613/98, para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de
lavagem de dinheiro. Inaplicabilidade aos advogados e sociedades de advogados. Homenagem aos princípios
constitucionais que protegem o sigilo profissional e a imprescindibilidade do advogado à Justiça. Lei especial, estatuto
da Ordem (lei 8.906/94), não pode ser implicitamente revogado por lei que trata genericamente de outras profissões.
Advogados e as sociedades de advocacia não devem fazer cadastro no COAF nem têm o dever de divulgar dados
sigilosos de seus clientes que lhe foram entregues no exercício profissional. Obrigação das seccionais e comissões de
prerrogativas nacional e estaduais de amparar os advogados que ilegalmente sejam instados a fazê-los."
Elementos:
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de
tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação
STJ: (...) 3. Este STJ já fixou orientação nesse sentido, afirmando que em razão das
peculiaridades do caso, em que mais de 3.000 (três mil) pessoas são investigadas
pela prática dos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, a Terceira Seção
desta Corte entendeu pela fixação da competência no domicílio do réu, local onde
as provas podem ser colhidas com maior celeridade (CC 74.329/RJ, Rel. Min. MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, DJU 04.10.07); com igual diretriz: CC 87.775/MG, Rel.
Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJU 01.02.08).
4. Ordem concedida, para determinar a remessa do feito à Justiça Federal da Seção
Judiciária do Rio de Janeiro, local da consumação dos ilícitos e do domicílio do
paciente, em que pese o parecer ministerial em sentido contrário. (STJ, HC 85951, 5ª
Turma, Napoleão Nunes Maia Filho, Dje. 23.06.2008)
STJ: (...) 1. Os autos dão conta da imputação de múltiplas ações delituosas - fatos
típicos praticados em comarcas diversas - cujos resultados alcançam vasta região
territorial. Dessa forma, mostra-se inviável a aplicação da regra prevista no caput
do art. 70 do Código de Processo Penal, que dispõe que a competência será,
de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, porquanto
impossível precisar um único local de consumação dos delitos.
2. Dada a natureza permanente do crime de tráfico de drogas, praticado em
território de duas ou mais jurisdições, incide a regra descrita no art. 71 do Código de
Processo Penal, segundo a qual, em hipóteses tais, a competência firmar-se-á pela
prevenção. (...) (STJ, RHC 67558, 6ª Turma, Rogério Schietti Cruz, DJe. 06.10.2016)