1) O réu teve sua casa invadida pela polícia sem mandado judicial, baseado apenas em denúncias anônimas.
2) A defesa alega que a invasão foi ilegal e violou o direito à inviolabilidade do domicílio garantido pela constituição.
3) A defesa pede a absolvição do réu com base na nulidade das provas colhidas durante a invasão ilegal.
Descrição original:
ALEGAÇÕES FINAIS CRIME DE TRÁFICO NULIDADE ILEGALIDADE BUSCA DOMICILIAR
1) O réu teve sua casa invadida pela polícia sem mandado judicial, baseado apenas em denúncias anônimas.
2) A defesa alega que a invasão foi ilegal e violou o direito à inviolabilidade do domicílio garantido pela constituição.
3) A defesa pede a absolvição do réu com base na nulidade das provas colhidas durante a invasão ilegal.
1) O réu teve sua casa invadida pela polícia sem mandado judicial, baseado apenas em denúncias anônimas.
2) A defesa alega que a invasão foi ilegal e violou o direito à inviolabilidade do domicílio garantido pela constituição.
3) A defesa pede a absolvição do réu com base na nulidade das provas colhidas durante a invasão ilegal.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA
DA COMARCA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ – PA
PROCESSO nº:
NOME COMPLETO, já devidamente qualificado nos
autos do processo em epígrafe, vem, por sua advogada inn fine vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, com fulcro nos art. 403, § 3º do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS
Consta nos autos do referido processo que o Réu
NOME estava em sua residência, dormindo, quando o mesmo teve sua casa invadida por policiais.
Policiais esses que invadiram sua casa mediante
denúncias anônimas e sem mandado judicial e por terem ‘’ fama de traficante’’, sendo então uma operação totalmente ilícita, demonstrando total descaso com a constituição federal, que estabelece como a máxima fundamental de que a morada é seu asilo inviolável. Foi alegado nos autos que foram encontradas drogas em sua residência, só que a droga encontrada era para uso pessoal.
Os policiais deram continuidade na operação e
invadiram a casa de Anthony Carlos, e novamente o motivo da ação policial foi por via de denúncia anônima e sem mandado judicial e por terem ‘’ fama de traficante’’.
II – DA PRELIMINAR DA NULIDADE ABSOLUTA –
ILEGALIDADE DA INVASÃO DA RESIDENCIA DO ACUSADO
O art. 5º, XI, da Constituição Federal consagrou o direito
fundamental à inviolabilidade do domicílio, ao dispor que "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial".
A inviolabilidade de sua morada é uma das expressões
do direito à intimidade do indivíduo, o qual, sozinho ou na companhia de seu grupo familiar, espera ter o seu espaço íntimo preservado contra devassas indiscriminadas e arbitrárias, perpetradas sem os cuidados e os limites que a excepcionalidade da ressalva a tal franquia constitucional exige. O direito à inviolabilidade de domicílio, dada a sua magnitude e seu relevo, é salvaguardado em diversos catálogos constitucionais de direitos e garantias fundamentais.
O ingresso regular em domicílio alheio, na linha de
inúmeros precedentes dos Tribunais Superiores, depende, para sua validade e regularidade, da existência de fundadas razões (justa causa) que sinalizem para a possibilidade de mitigação do direito fundamental em questão. É dizer, apenas quando o contexto fático anterior à invasão permitir a conclusão acerca da ocorrência de crime no interior da residência - cuja urgência em sua cessação demande ação imediata - é que se mostra possível sacrificar o direito à inviolabilidade do domicílio.
A conduta Policial partiu de um ato ilegal, um ato de
adentrar em uma residência, sem ao menos seguir os fundamentos legais, que seriam os fundamentos do flagrante delito, consentimento do morador, caso de desastre, prestação de socorro, ordem judicial (durante o dia). Ficando claro que em momento algum esses fatos típicos foram aplicados.
Inexistindo em momento algum um lastro probatório
mínimo da existência de crime, não havendo causa provável, transformando-se assim uma invasão ilegal, mesmo que seja uma invasão produtiva, como cita a doutrina. Ora, se o próprio juiz (um terceiro neutro e desinteressado) só pode determinar a busca e apreensão durante o dia e , mesmo assim, mediante decisão devidamente fundamentada, após previa analise dos requisitos autorizadores da medida, não seira razoável conferir a um servidor da segurança publica total discricionariedade para, a partir de avaliação subjetiva e intuitiva, entrar de maneira forçada na residência de alguém para verificar se nela há ou não alguma substância entorpecentes.
Nesse diapasão, a prova que foi colhida sem
observância da garantia da inviolabilidade de domicílio é ilícita, não necessariamente porque ausente mandado de busca e apreensão, mas sim, porque ausentes, no momento da diligencia, mínimos elementos indiciários da ocorrência do delito cujo estado flagrancial se protrai no tempo em face da natureza permanente.
Ficando demonstrado nos autos do processo que não
houve consentimento do réu para que os policiais adentrassem em sua residência, portanto, o consentimento deve ser documentado, a fim de que se evitem abusos pelas forças policiais, como ocorreu no caso em questão, um abuso pelas forças policiais.
Portanto, o consentimento não se presume; ao
contrário, deve ser provado pelo Estado:
PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO.
HABEAS CORPUS. POSSE ILEGAL DE ARMAS DE FOGO DE USO PERMITIDO E RESTRITO E DE MUNIÇÕES. CRIMES PERMANENTES. VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO. INOCORRÊNCIA. CONSENTIMENTO EXPRESSO PELO ADMINISTRADOR DO IMÓVEL RURAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 5º, XI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Nos termos do art. 5º, XI, da Constituição Federal, o consentimento do morador é apto a excepcionar a regra da inviolabilidade do domicílio, não exigindo o texto constitucional que a autorização seja feita somente pelo proprietário do imóvel. 2. Na espécie, tendo restado incontroverso nos autos que houve o consentimento expresso do administrador da fazenda para que os policiais militares ingressassem no domicílio rural do paciente, resta prejudicada a análise acerca da existência de fundadas razões que caracterizem a suspeita de uma situação que autorize o ingresso em domicílio ou da legalidade da decisão judicial que autorizou a busca e apreensão. 3. Recurso ordinário improvido. (RHC 81.339⁄MG, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 16⁄5⁄2017, DJe 24⁄5⁄2017.)
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.
FLAGRANTE. DOMICÍLIO COMOEXPRESSÃO DO DIREITO À INTIMIDADE. ASILO INVIOLÁVEL. EXCEÇÕESCONSTITUCIONAIS. INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA. INGRESSO NO DOMICÍLIO.EXIGÊNCIA DE JUSTA CAUSA (FUNDADA SUSPEITA). CONSENTIMENTO DOMORADOR. REQUISITOS DE VALIDADE. ÔNUS ESTATAL DE COMPROVAR AVOLUNTARIEDADE DO CONSENTIMENTO. NECESSIDADE DE DOCUMENTAÇÃO EREGISTRO AUDIOVISUAL DA DILIGÊNCIA. NULIDADE DAS PROVAS OBTIDAS.TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA. PROVA NULA. ABSOLVIÇÃO.ORDEM CONCEDIDA.1. O art. 5º, XI, da Constituição Federal consagrou o direito fundamental à inviolabilidade do domicílio, ao dispor que "a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial".1.1 A inviolabilidade de sua morada é uma das expressões do direito à intimidade do indivíduo, o qual, sozinho ou na companhia de seu grupo familiar, espera ter o seu espaço íntimo preservado contra devassas indiscriminadas e arbitrárias, perpetradas sem os cuidados e os limites que a excepcionalidade da ressalva a tal franquia constitucional exige.1.2. O direito à inviolabilidade de domicílio, dada a sua magnitude e seu relevo, é salvaguardado em diversos catálogos constitucionais de direitos e garantias fundamentais.
Devendo o réu ser absolvido das acusações na hipótese
trazida pelo art. 386, IV, V e VII do Código de Processo Penal.
A jurisprudência oriunda do Superior Tribunal de Justiça
emana o entendimento de que ‘’ a denúncia anônima, desacompanhada de outros elementos indicativos da ocorrência de crime, não legitima o ingresso de policiais no domicílio indicado, inexistindo, nessas situações, justa causa para a medida. Não se presta a fundamentar a devassa domiciliar, igualmente, a má fama do ambiente. Por esse motivo, se reconhece a ilicitude da apreensão policial.
A ilegalidade deve ser decretada porquanto não foram
demonstrados fundamentos razoáveis da existência de crime permanente dentro do domicílio que foi invadido apenas por sua má reputação, senão vejamos:
HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.
ILEGALIDADE. ILICITUDE DAS PROVAS. INVASÃO DE DOMICÍLIO. AUSÊNCIA DE INVESTIGAÇÕES PRÉVIAS E DE FUNDADAS RAZÕES. ILEGALIDADE. OCORRÊNCIA. ORDEM CONCEDIDA. 1. Esta Corte Superior entende serem exigíveis fundamentos razoáveis da existência de crime permanente para justificarem o ingresso desautorizado na residência do agente. 2. A abordagem dos agentes no quintal de uma residência, em local conhecido como ponto de tráfico, sendo que um deles empreendeu fuga para dentro do imóvel e o outro permaneceu parado, sendo encontrado com ele uma certa quantidade de entorpecentes, não autoriza o ingresso na residência, por não demonstrar os fundamentos razoáveis da existência de crime permanente dentro do domicílio. 3. Habeas corpus concedido para reconhecer a ilicitude da apreensão da droga, pela violação de domicílio, e, consequentemente, absolver os pacientes JAIR DUTRA JUNIOR e DAVID WELLINGTON MARTINS. (STJ - HC: 586474 SC 2020/0131639-8, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO, Data de Julgamento: 18/08/2020, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/08/2020)
Ou seja, sem consentimento valido ou mandado judicial, a fama de
traficante do suspeito, por si só não legitima a devassa a seu domicílio.
PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS
CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL POR ILICITUDE DAS PROVAS. NULIDADE. ESTADO DE FLAGRÂNCIA. DELITOS DE NATUREZA PERMANENTE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO CARACTERIZADO. RECURSO NÃO PROVIDO. [...] 2. O reconhecimento da inexistência de justa causa para o exercício da ação penal, dada a suposta ausência de elementos a demonstrar a materialidade e a autoria delitivas ou por atipicidade, exige profundo exame do contexto 3. O art. 5º, XI, da Constituição Federal prevê como uma das garantias individuais, conquista da modernidade em contraposição ao absolutismo do Estado, a inviolabilidade do domicílio: "XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial". 4. "O ingresso regular em domicílio alheio depende, para sua validade e regularidade, da existência de fundadas razões (justa causa) que sinalizem para a possibilidade de mitigação do direito fundamental em questão. É dizer, somente quando o contexto fático anterior à invasão permitir a conclusão acerca da ocorrência de crime no interior da residência é que se mostra possível sacrificar o direito à inviolabilidade do domicílio" (REsp 1.558.004⁄RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, DJe 31⁄8⁄2017). [...] 7. Recurso não provido. (RHC 89.853⁄SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 6⁄3⁄2018, DJe 12⁄3⁄2018.)
HABEAS CORPUS SUBSTITUTO DE RECURSO.
INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. TRÁFICO DE DROGAS. PROTEÇÃO DO DOMICÍLIO (ART. 5º, XI, DA CF). ATUAÇÃO DE POLICIAIS COM BASE EM DENÚNCIA ANÔNIMA. IMPOSSIBILIDADE. ILICITUDE DA PROVA. ENTRADA NO DOMICÍLIO FRANQUEADA PELA TIA DO PACIENTE, DIANTE DA ADVERTÊNCIA DE MONITORAMENTO POLICIAL PRÉVIO. INDIFERENÇA. RESTABELECIMENTO DA SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. PARECER MINISTERIAL PELA CONCESSÃO DA ORDEM. 1. O Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma, e a Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, diante da utilização crescente e sucessiva do habeas corpus, passaram a restringir a sua admissibilidade quando o ato ilegal for passível de impugnação pela via recursal própria, sem olvidar a possibilidade de concessão da ordem, de ofício, nos casos de flagrante ilegalidade. 2. O Supremo Tribunal Federal definiu, em repercussão geral, que o ingresso forçado em domicílio sem mandado judicial apenas se revela legítimo - a qualquer hora do dia, inclusive durante o período noturno - quando amparado em fundadas razões, devidamente justificadas pelas circunstâncias do caso concreto, que indiquem estar ocorrendo, no interior da casa, situação de flagrante delito (RE n. 603.616⁄RO, Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 8⁄10⁄2010). (REsp 1498689⁄RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 27⁄02⁄2018, DJe 08⁄03⁄2018) 3. O ingresso regular em domicílio alheio depende, para sua validade e regularidade, da existência de fundadas razões (justa causa) que sinalizem para a possibilidade de mitigação do direito fundamental em questão. É dizer, somente quando o contexto fático anterior à invasão permitir a conclusão acerca da ocorrência de crime no interior da residência é que se mostra possível sacrificar o direito à inviolabilidade do domicílio. 4. No caso, embora a tia do paciente tenha franqueado a entrada dos policiais no imóvel da família, diante da advertência de monitoramento estatal prévio, a "autorização" não torna lícito o procedimento policial que, diante de denúncia anônima, não procedeu investigação preliminar para confirmar, ou não, os elementos de suspeita de autoria e de materialidade delitiva. 5. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício para declarar a nulidade da prova, restabelecendo a sentença absolutória. (HC 423.653⁄RS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 03⁄05⁄2018, DJe 08⁄05⁄2018.)
DA ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIENCIA DE PROVAS
Por último, observa-se através do depoimento do
acusado e sua genitora que na residência do acusado embora tivesse uma arma de fogo, fato este devidamente confessado pelo mesmo é certo que não havia qualquer droga no interior da sua residência. Estamos diante de um flagrante forjado quanto ao crime de tráfico de drogas para justificar a ação arbitrária da polícia que invadiu o domicílio do acusado.
Ressalta-se Exa. que se o acusado estivesse mentindo
nem o porte de arma de fogo o mesmo assumiria.
Por outro lado, observa-se que pelo depoimento dos
policiais que realizaram a prisão do acusado não é verossímil quanto a alegação de que o acusado estaria dormindo em sua residência, com uma arma de fogo visível pra quem quisesse ver, haja vista que a janela da casa estava aberta e como bem explicou o acusado e sua companheira, da janela da casa não tem visão completa de onde o acusado se encontrava no momento da invasão do seu domicilio pela policia, ressalta-se que neste momento o acusado estaria até dormindo.
Por óbvio Exa. que o depoimento dos policiais tem
presunção de veracidade, mas esta presunção não é absoluta, cabendo prova ao contrário e esta prova se encontra no depoimento do acusado e da sua companheira.
Por outro lado, tem se verificado que o depoimento do
acusado é sempre desprezado por completo quando é para inocentar o mesmo de alguma acusação, todavia, quando é para condenar o mesmo, exemplo, no caso em exame o mesmo confessou possuir uma arma de fogo em sua residência, certamente esta parte do seu depoimento em juízo servirá para condenar o mesmo, já quanto a segunda parte a negativa da existência de droga em sua residência tal depoimento não servirá para inocentá-lo, o que é um grande contrassenso, pois não pode haver um peso e duas medidas.
In dubio pro reo é uma expressão latina que
significa “na dúvida, em favor do réu”. É um princípio jurídico e está baseado na presunção da inocência, segundo a qual ninguém é culpado até que se prove o contrário.
Isso significa que alguém só pode ser condenado se
existirem provas concretas. Se houver dúvidas ou falta de provas em relação à autoria ou à materialidade do fato, a ação será julgada em favor do réu, isto é, ele será absolvido.
O princípio da presunção de inocência foi consagrado
no Brasil com a Constituição de 1988, que o determinou como direito fundamental e cláusula pétrea, isto é, que não pode ser alterado.
O princípio da presunção da inocência é utilizado,
especialmente, no Direito Penal. Este é o ramo do Direito que trata das punições do Estado sobre os indivíduos, decorrentes de delitos praticados. Segundo o Código do Processo Penal:
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa
na parte dispositiva, desde que reconheça:
(...)
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
Em um processo penal, a carga probatória é daquele que faz a acusação. Ou seja, a pessoa que foi acusada também deve fazer sua defesa, mas quem deve provar que ela é culpada é quem faz a acusação.
O princípio do in dubio pro reo também está garantido
no artigo 11, item 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:
todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito
de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
E na Convenção Europeia dos Direitos Humanos de
1950, no artigo 6º, item 2:
“(...) qualquer pessoa acusada de uma infracção
presume-se inocente enquanto a sua culpabilidade não tiver sido legalmente provada.”(...)
Diante do exposto, deve o acusado ser absolvido por
insuficiência de provas.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
I. O recebimento das Alegações Finais por Memoriais.
II. Acolhimento da Preliminar arguida – NULIDADE
ABSOLUTA ILEGALIDADE DA INVASÃO DA RESIDÊNCIA, conforme descrito e fundamentado na presente peça.
III. A absolvição na hipótese trazida pelo art. 386, IV,