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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA

DA COMARCA DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ – PA

PROCESSO nº:

NOME COMPLETO, já devidamente qualificado nos


autos do processo em epígrafe, vem, por sua advogada inn
fine vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, com fulcro nos art. 403, §
3º do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a
seguir expostas:

I – DOS FATOS

Consta nos autos do referido processo que o Réu


NOME estava em sua residência, dormindo, quando o mesmo teve
sua casa invadida por policiais.

Policiais esses que invadiram sua casa mediante


denúncias anônimas e sem mandado judicial e por terem ‘’ fama de
traficante’’, sendo então uma operação totalmente ilícita,
demonstrando total descaso com a constituição federal, que
estabelece como a máxima fundamental de que a morada é seu
asilo inviolável.
Foi alegado nos autos que foram encontradas drogas
em sua residência, só que a droga encontrada era para uso
pessoal.

Os policiais deram continuidade na operação e


invadiram a casa de Anthony Carlos, e novamente o motivo da ação
policial foi por via de denúncia anônima e sem mandado judicial e
por terem ‘’ fama de traficante’’.

II – DA PRELIMINAR DA NULIDADE ABSOLUTA –


ILEGALIDADE DA INVASÃO DA RESIDENCIA DO ACUSADO

O art. 5º, XI, da Constituição Federal consagrou o direito


fundamental à inviolabilidade do domicílio, ao dispor que "a casa é
asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial".

A inviolabilidade de sua morada é uma das expressões


do direito à intimidade do indivíduo, o qual, sozinho ou na
companhia de seu grupo familiar, espera ter o seu espaço íntimo
preservado contra devassas indiscriminadas e arbitrárias,
perpetradas sem os cuidados e os limites que a excepcionalidade
da ressalva a tal franquia constitucional exige.
O direito à inviolabilidade de domicílio, dada a sua
magnitude e seu relevo, é salvaguardado em diversos catálogos
constitucionais de direitos e garantias fundamentais.

O ingresso regular em domicílio alheio, na linha de


inúmeros precedentes dos Tribunais Superiores, depende, para sua
validade e regularidade, da existência de fundadas razões (justa
causa) que sinalizem para a possibilidade de mitigação do direito
fundamental em questão. É dizer, apenas quando o contexto fático
anterior à invasão permitir a conclusão acerca da ocorrência de
crime no interior da residência - cuja urgência em sua cessação
demande ação imediata - é que se mostra possível sacrificar o
direito à inviolabilidade do domicílio.

A conduta Policial partiu de um ato ilegal, um ato de


adentrar em uma residência, sem ao menos seguir os fundamentos
legais, que seriam os fundamentos do flagrante delito,
consentimento do morador, caso de desastre, prestação de
socorro, ordem judicial (durante o dia). Ficando claro que em
momento algum esses fatos típicos foram aplicados.

Inexistindo em momento algum um lastro probatório


mínimo da existência de crime, não havendo causa provável,
transformando-se assim uma invasão ilegal, mesmo que seja uma
invasão produtiva, como cita a doutrina.
Ora, se o próprio juiz (um terceiro neutro e
desinteressado) só pode determinar a busca e apreensão durante o
dia e , mesmo assim, mediante decisão devidamente
fundamentada, após previa analise dos requisitos autorizadores da
medida, não seira razoável conferir a um servidor da segurança
publica total discricionariedade para, a partir de avaliação subjetiva
e intuitiva, entrar de maneira forçada na residência de alguém para
verificar se nela há ou não alguma substância entorpecentes.

Nesse diapasão, a prova que foi colhida sem


observância da garantia da inviolabilidade de domicílio é ilícita, não
necessariamente porque ausente mandado de busca e apreensão,
mas sim, porque ausentes, no momento da diligencia, mínimos
elementos indiciários da ocorrência do delito cujo estado flagrancial
se protrai no tempo em face da natureza permanente.

Ficando demonstrado nos autos do processo que não


houve consentimento do réu para que os policiais adentrassem em
sua residência, portanto, o consentimento deve ser documentado, a
fim de que se evitem abusos pelas forças policiais, como ocorreu no
caso em questão, um abuso pelas forças policiais.

Portanto, o consentimento não se presume; ao


contrário, deve ser provado pelo Estado:

PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO.


HABEAS CORPUS. POSSE ILEGAL DE ARMAS DE
FOGO DE USO PERMITIDO E RESTRITO E
DE MUNIÇÕES. CRIMES PERMANENTES. VIOLAÇÃO
DE DOMICÍLIO. INOCORRÊNCIA. CONSENTIMENTO
EXPRESSO PELO ADMINISTRADOR DO IMÓVEL
RURAL. INTELIGÊNCIA DO ART. 5º, XI,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1. Nos termos do art. 5º, XI, da Constituição Federal, o
consentimento do morador é apto a excepcionar a regra
da inviolabilidade do domicílio, não exigindo o texto
constitucional que a autorização seja feita somente pelo
proprietário do imóvel.
2. Na espécie, tendo restado incontroverso nos autos
que houve o consentimento expresso do administrador
da fazenda para que os policiais militares ingressassem
no domicílio rural do paciente, resta prejudicada a
análise acerca da existência de fundadas razões que
caracterizem a suspeita de uma situação que autorize o
ingresso em domicílio ou da legalidade da decisão
judicial que autorizou a busca e apreensão.
3. Recurso ordinário improvido. (RHC 81.339⁄MG, Rel.
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA
TURMA, julgado em 16⁄5⁄2017, DJe 24⁄5⁄2017.)

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.


FLAGRANTE. DOMICÍLIO COMOEXPRESSÃO DO
DIREITO À INTIMIDADE. ASILO INVIOLÁVEL.
EXCEÇÕESCONSTITUCIONAIS. INTERPRETAÇÃO
RESTRITIVA. INGRESSO NO DOMICÍLIO.EXIGÊNCIA
DE JUSTA CAUSA (FUNDADA SUSPEITA).
CONSENTIMENTO DOMORADOR. REQUISITOS DE
VALIDADE. ÔNUS ESTATAL DE COMPROVAR
AVOLUNTARIEDADE DO CONSENTIMENTO.
NECESSIDADE DE DOCUMENTAÇÃO EREGISTRO
AUDIOVISUAL DA DILIGÊNCIA. NULIDADE DAS
PROVAS OBTIDAS.TEORIA DOS FRUTOS DA
ÁRVORE ENVENENADA. PROVA NULA.
ABSOLVIÇÃO.ORDEM CONCEDIDA.1. O art. 5º, XI, da
Constituição Federal consagrou o direito fundamental à
inviolabilidade do domicílio, ao dispor que "a casa é asilo
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial".1.1 A
inviolabilidade de sua morada é uma das expressões do
direito à intimidade do indivíduo, o qual, sozinho ou na
companhia de seu grupo familiar, espera ter o seu espaço
íntimo preservado contra devassas indiscriminadas e
arbitrárias, perpetradas sem os cuidados e os limites que
a excepcionalidade da ressalva a tal franquia
constitucional exige.1.2. O direito à inviolabilidade de
domicílio, dada a sua magnitude e seu relevo, é
salvaguardado em diversos catálogos constitucionais de
direitos e garantias fundamentais.

Devendo o réu ser absolvido das acusações na hipótese


trazida pelo art. 386, IV, V e VII do Código de Processo Penal.

A jurisprudência oriunda do Superior Tribunal de Justiça


emana o entendimento de que ‘’ a denúncia anônima,
desacompanhada de outros elementos indicativos da ocorrência de
crime, não legitima o ingresso de policiais no domicílio indicado,
inexistindo, nessas situações, justa causa para a medida.
Não se presta a fundamentar a devassa domiciliar,
igualmente, a má fama do ambiente. Por esse motivo, se
reconhece a ilicitude da apreensão policial.

A ilegalidade deve ser decretada porquanto não foram


demonstrados fundamentos razoáveis da existência de crime
permanente dentro do domicílio que foi invadido apenas por sua
má reputação, senão vejamos:

HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.


ILEGALIDADE. ILICITUDE DAS PROVAS. INVASÃO
DE DOMICÍLIO. AUSÊNCIA DE INVESTIGAÇÕES
PRÉVIAS E DE FUNDADAS RAZÕES. ILEGALIDADE.
OCORRÊNCIA. ORDEM CONCEDIDA. 1. Esta Corte
Superior entende serem exigíveis fundamentos razoáveis
da existência de crime permanente para justificarem o
ingresso desautorizado na residência do agente. 2. A
abordagem dos agentes no quintal de uma residência,
em local conhecido como ponto de tráfico, sendo que um
deles empreendeu fuga para dentro do imóvel e o outro
permaneceu parado, sendo encontrado com ele uma
certa quantidade de entorpecentes, não autoriza o
ingresso na residência, por não demonstrar os
fundamentos razoáveis da existência de crime
permanente dentro do domicílio. 3. Habeas corpus
concedido para reconhecer a ilicitude da apreensão da
droga, pela violação de domicílio, e, consequentemente,
absolver os pacientes JAIR DUTRA JUNIOR e DAVID
WELLINGTON MARTINS.
(STJ - HC: 586474 SC 2020/0131639-8, Relator: Ministro
NEFI CORDEIRO, Data de Julgamento: 18/08/2020, T6 -
SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 27/08/2020)

Ou seja, sem consentimento valido ou mandado judicial, a fama de


traficante do suspeito, por si só não legitima a devassa a seu
domicílio.

PROCESSO PENAL. RECURSO EM HABEAS


CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E
POSSE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE
USO RESTRITO. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL
POR ILICITUDE DAS PROVAS. NULIDADE. ESTADO
DE FLAGRÂNCIA. DELITOS DE NATUREZA
PERMANENTE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÃO CARACTERIZADO. RECURSO NÃO PROVIDO.
[...]
2. O reconhecimento da inexistência de justa causa para
o exercício da ação penal, dada a suposta ausência de
elementos a demonstrar a materialidade e a
autoria delitivas ou por atipicidade, exige profundo
exame do contexto
3. O art. 5º, XI, da Constituição Federal prevê como uma
das garantias individuais, conquista da modernidade em
contraposição ao absolutismo do Estado,
a inviolabilidade do domicílio: "XI - a casa é asilo
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou,
durante o dia, por determinação judicial".
4. "O ingresso regular em domicílio alheio depende, para
sua validade e regularidade, da existência de fundadas
razões (justa causa) que sinalizem para a possibilidade
de mitigação do direito fundamental em questão. É dizer,
somente quando o contexto fático anterior à invasão
permitir a conclusão acerca da ocorrência de crime
no interior da residência é que se mostra possível
sacrificar o direito à inviolabilidade do domicílio" (REsp
1.558.004⁄RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI
CRUZ, SEXTA TURMA, DJe 31⁄8⁄2017).
[...]
7. Recurso não provido. (RHC 89.853⁄SP, Rel. Ministro
RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em
6⁄3⁄2018, DJe 12⁄3⁄2018.)

HABEAS CORPUS SUBSTITUTO DE RECURSO.


INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. TRÁFICO DE
DROGAS. PROTEÇÃO DO DOMICÍLIO (ART. 5º, XI, DA
CF). ATUAÇÃO DE POLICIAIS COM BASE EM
DENÚNCIA ANÔNIMA. IMPOSSIBILIDADE. ILICITUDE
DA PROVA. ENTRADA NO DOMICÍLIO FRANQUEADA
PELA TIA DO PACIENTE, DIANTE DA ADVERTÊNCIA
DE MONITORAMENTO POLICIAL
PRÉVIO. INDIFERENÇA. RESTABELECIMENTO DA
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA. PARECER MINISTERIAL
PELA CONCESSÃO DA ORDEM.
1. O Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma,
e a Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça,
diante da utilização crescente e sucessiva do
habeas corpus, passaram a restringir a sua
admissibilidade quando o ato ilegal for passível
de impugnação pela via recursal própria, sem olvidar a
possibilidade de concessão da ordem, de ofício, nos
casos de flagrante ilegalidade. 2. O Supremo Tribunal
Federal definiu, em repercussão geral, que o ingresso
forçado em domicílio sem mandado judicial apenas se
revela legítimo - a qualquer hora do dia, inclusive durante
o período noturno - quando amparado em fundadas
razões, devidamente justificadas pelas circunstâncias do
caso concreto, que indiquem estar ocorrendo, no interior
da casa, situação de flagrante delito (RE n. 603.616⁄RO,
Rel. Ministro Gilmar Mendes, DJe 8⁄10⁄2010). (REsp
1498689⁄RS, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI
CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 27⁄02⁄2018, DJe
08⁄03⁄2018) 3. O ingresso regular em domicílio alheio
depende, para sua validade e regularidade, da existência
de fundadas razões (justa causa) que sinalizem para a
possibilidade de mitigação do direito fundamental em
questão. É dizer, somente quando o contexto fático
anterior à invasão permitir a conclusão acerca da
ocorrência de crime no interior da residência é que se
mostra possível sacrificar o direito à inviolabilidade do
domicílio.
4. No caso, embora a tia do paciente tenha franqueado a
entrada dos policiais no imóvel da família, diante da
advertência de monitoramento estatal prévio,
a "autorização" não torna lícito o procedimento policial
que, diante de denúncia anônima, não procedeu
investigação preliminar para confirmar, ou não, os
elementos de suspeita de autoria e de materialidade
delitiva.
5. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de
ofício para declarar a nulidade da prova, restabelecendo
a sentença absolutória. (HC 423.653⁄RS, Rel. Ministro
REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA TURMA,
julgado em 03⁄05⁄2018, DJe 08⁄05⁄2018.)

DA ABSOLVIÇÃO POR INSUFICIENCIA DE PROVAS

Por último, observa-se através do depoimento do


acusado e sua genitora que na residência do acusado embora
tivesse uma arma de fogo, fato este devidamente confessado pelo
mesmo é certo que não havia qualquer droga no interior da sua
residência.
Estamos diante de um flagrante forjado quanto ao crime
de tráfico de drogas para justificar a ação arbitrária da polícia que
invadiu o domicílio do acusado.

Ressalta-se Exa. que se o acusado estivesse mentindo


nem o porte de arma de fogo o mesmo assumiria.

Por outro lado, observa-se que pelo depoimento dos


policiais que realizaram a prisão do acusado não é verossímil
quanto a alegação de que o acusado estaria dormindo em sua
residência, com uma arma de fogo visível pra quem quisesse ver,
haja vista que a janela da casa estava aberta e como bem explicou
o acusado e sua companheira, da janela da casa não tem visão
completa de onde o acusado se encontrava no momento da invasão
do seu domicilio pela policia, ressalta-se que neste momento o
acusado estaria até dormindo.

Por óbvio Exa. que o depoimento dos policiais tem


presunção de veracidade, mas esta presunção não é absoluta,
cabendo prova ao contrário e esta prova se encontra no depoimento
do acusado e da sua companheira.

Por outro lado, tem se verificado que o depoimento do


acusado é sempre desprezado por completo quando é para
inocentar o mesmo de alguma acusação, todavia, quando é para
condenar o mesmo, exemplo, no caso em exame o mesmo
confessou possuir uma arma de fogo em sua residência,
certamente esta parte do seu depoimento em juízo servirá para
condenar o mesmo, já quanto a segunda parte a negativa da
existência de droga em sua residência tal depoimento não servirá
para inocentá-lo, o que é um grande contrassenso, pois não pode
haver um peso e duas medidas.

In dubio pro reo é uma expressão latina que


significa “na dúvida, em favor do réu”. É um princípio jurídico e está
baseado na presunção da inocência, segundo a qual ninguém é
culpado até que se prove o contrário.

Isso significa que alguém só pode ser condenado se


existirem provas concretas. Se houver dúvidas ou falta de provas
em relação à autoria ou à materialidade do fato, a ação será julgada
em favor do réu, isto é, ele será absolvido.

O princípio da presunção de inocência foi consagrado


no Brasil com a Constituição de 1988, que o determinou como
direito fundamental e cláusula pétrea, isto é, que não pode ser
alterado.

O princípio da presunção da inocência é utilizado,


especialmente, no Direito Penal. Este é o ramo do Direito que trata
das punições do Estado sobre os indivíduos, decorrentes de delitos
praticados. Segundo o Código do Processo Penal:

Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa


na parte dispositiva, desde que reconheça:

(...)

VII – não existir prova suficiente para a condenação.


Em um processo penal, a carga probatória é daquele
que faz a acusação. Ou seja, a pessoa que foi acusada também
deve fazer sua defesa, mas quem deve provar que ela é culpada é
quem faz a acusação.

O princípio do in dubio pro reo também está garantido


no artigo 11, item 1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos:

todo homem acusado de um ato delituoso tem o direito


de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido
provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe
tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua
defesa.

E na Convenção Europeia dos Direitos Humanos de


1950, no artigo 6º, item 2:

“(...) qualquer pessoa acusada de uma infracção


presume-se inocente enquanto a sua culpabilidade não tiver sido
legalmente provada.”(...)

Diante do exposto, deve o acusado ser absolvido por


insuficiência de provas.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:


I. O recebimento das Alegações Finais por
Memoriais.

II. Acolhimento da Preliminar arguida – NULIDADE


ABSOLUTA ILEGALIDADE DA INVASÃO DA
RESIDÊNCIA, conforme descrito e fundamentado
na presente peça.

III. A absolvição na hipótese trazida pelo art. 386, IV,


V e VII do Código de Processo Penal.

Nestes Termos, pede e aguarda deferimento.

CIDADE, 11 de agosto de 2023.

ADVOGADA

OAB

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