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Classificação do Crime: O crime de violação de correspondência é um crime comum, que pode ser
praticado por qualquer pessoa.
Sujeito Ativo: Pode ser qualquer pessoa que pratique o ato de violar a correspondência alheia.
Sujeito Passivo: É a pessoa prejudicada pela violação da correspondência, geralmente o destinatário
legítimo.
Objeto Material: O objeto material do crime é a própria correspondência que foi violada sem autorização.
Objeto Jurídico: O objetivo jurídico da norma é proteger a inviolabilidade da correspondência, garantindo a
privacidade das comunicações.
Elemento Subjetivo: O crime é doloso, o que significa que o agente deve ter a intenção de violar a
correspondência, sabendo que não tem autorização para isso.
Próprio: O crime é próprio, pois só pode ser praticado por quem tem acesso à correspondência e a viola
intencionalmente.
Impróprio: Não se aplica.
Formal: O crime é formal, pois se consuma com a simples violação da correspondência, independentemente
de eventuais danos causados.
Material: O crime é material, pois exige a efetiva violação da correspondência.
Forma Livre: A forma é livre, o que significa que o agente pode escolher o meio pelo qual irá realizar a
violação da correspondência.
Forma Vinculada: Não se aplica.
Comissivo: O crime é comissivo, pois exige uma ação positiva do agente, que é a violação da
correspondência.
Omissivo: Não se aplica.
Instantâneo: O crime é instantâneo, pois se consuma no momento em que a correspondência é violada.
Habitual: Não se aplica.
Permanente: Não se aplica.
De Perigo Concreto: O crime exige um perigo concreto, ou seja, é necessário que a violação da
correspondência represente efetivamente uma ameaça à privacidade das comunicações.
De Perigo Abstrato: Também pode ser considerado um crime de perigo abstrato, pois a mera violação da
correspondência já é suficiente para configurar o delito.
Unissubjetivo: O crime pode ser cometido por um único agente, não sendo necessariamente plurissubjetivo.
Plurissubjetivo: O crime também pode ser cometido por mais de uma pessoa, como em situações de
conivência ou cumplicidade na violação da correspondência.
Unissubsistente: O crime é unissubsistente, ou seja, se consuma com a simples violação da correspondência,
independente do resultado obtido.
Plurissubsistente: Não se aplica.
Admite Tentativa: Sim, o crime admite tentativa, quando o agente tenta violar a correspondência, mas não
obtém sucesso.
Ao trancar a ação penal, a Sexta Turma determinou a remessa dos autos ao Ministério Público e ao Conselho
Regional de Medicina ao qual o médico está vinculado, para que os órgãos tomem as medidas que
entenderem pertinentes. De acordo com o processo, a paciente teria aproximadamente 16 semanas de
gravidez quando passou mal e procurou o hospital. Durante o atendimento, o médico suspeitou que o quadro
fosse provocado pela ingestão de remédio abortivo e, por isso, decidiu acionar a Polícia Militar. Após a
instauração do inquérito, o médico ainda teria encaminhado à autoridade policial o prontuário da paciente
para comprovação de suas afirmações, além de ter sido arrolado como testemunha. Com base nessas
informações, o Ministério Público propôs a ação penal e, após a primeira fase do procedimento do tribunal
do júri, a mulher foi pronunciada pelo crime do artigo 124 do CP. CPP proíbe médico de revelar segredo
profissional obtido durante atendimento: No pedido de habeas corpus, além de sustentar a tese de quebra de
sigilo profissional pelo médico, a defesa apontou suposta incompatibilidade entre a criminalização do aborto
provocado e os princípios constitucionais, requerendo a declaração de não recepção, pela Constituição de
1988, do artigo 124 do CP.
O ministro Sebastião Reis Júnior, relator, destacou que o habeas corpus não é a via judicial adequada para a
realização do controle difuso de constitucionalidade, mesmo porque a definição sobre o tema está pendente
de análise pelo Supremo Tribunal Federal (ADPF 442). O relator lembrou que, segundo o artigo 207 do
CPP, são proibidas de depor as pessoas que, em razão de suas atividades profissionais, devam guardar
segredo – salvo se, autorizadas pela parte interessada, queiram dar o seu testemunho. "O médico que
atendeu a paciente se encaixa na proibição, uma vez que se mostra como confidente necessário, estando
proibido de revelar segredo de que tem conhecimento em razão da profissão intelectual, bem como de depor
sobre o fato como testemunha", concluiu.
O ministro mencionou também o Código de Ética Médica – citado em voto vencido no julgamento do caso
em segundo grau –, cujo artigo 73 impede o médico de revelar segredo que possa expor o paciente a
processo penal e determina que, se convocado como testemunha, deverá declarar o seu impedimento.
II - O crime previsto no art. 154-A do CP possui dois núcleos de conduta típica não cumulativos: (i)
invadir dispositivo informático alheio, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações
sem autorização do titular e (ii) instalar vulnerabilidades, visando obter vantagem ilícita. Pela
literalidade do dispositivo, a ausência de violação de dispositivo de segurança impede a configuração
típica apenas da conduta de invadir.
III - Pratica a conduta tipificada no art. 154-A , § 3º, do CP aquele que, sem o conhecimento de sua
então namorada, instala programa espião no notebook dela, com o fim de monitorar as conversas e
atividades e, diante dessa vulnerabilidade, consegue violar os dispositivos de segurança e, com isso, ter
acesso ao conteúdo das comunicações eletrônicas privadas e outras informações pessoais, inclusive
diversas senhas.
IV - A constatação de que a conduta do réu causou transtornos de ordem psicológica que excederam a
normalidade do tipo justifica a avaliação desfavorável das consequências do crime. V - Ausente
determinação legal acerca do quantum de aumento da pena-base, a par da análise desfavorável de
circunstância judicial, a jurisprudência entende adequada a fração de 1/8 (um oitavo) sobre o
intervalo entre os limites mínimo e máximo abstratamente cominados no tipo legal.
VI - A pena de multa é sanção que integra o preceito secundário do tipo penal sob exame e de
aplicação cogente. Deve, ainda, ser estabelecido observando os mesmos parâmetros utilizados para
fixação da pena corporal.
VII - Em se tratando de crime cometido no contexto das relações domésticas, mas sem o emprego de
violência ou grave ameaça, admite-se a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de
direitos, desde que presentes os requisitos do art. 44 do CP .