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Alegre convívio
Depois de provar
para demover os clientes sentados no exte- restaurante. Seja ao balcão, seja nas mesas,
uma das pizzas do rior do Magnólia, inaugurado em julho. Lá promove-se a partilha e o convívio. A equi-
Coppola, saberá bem dentro, é provável que reconheça o fresco pa é peruana, assim como o chefe Teófilo
ficar à conversa entre pintado no teto – era aqui que funciona- Quiñones, que desenhou a carta. O ceviche
o bar de vinhos Black va a Padaria Renascente até o belga Yves El Clandestino, uma mistura de peixes e
Sheep e a Cerveteca;
o Magnólia tem
Callewaert, 46 anos, e a brasileira Camila mariscos brancos com molho de coentros, e
esplanada aberta todo Martins, 36, a transformarem num peque- o tiradito peruano, feito de lâminas de peixe
o dia. Na página ao no bistrô. “O Yves costumava tomar café na branco banhadas com creme cítrico de aji
lado, um dos pratos padaria e um dia pediu à proprietária para amarillo, são os preferidos dos proprietários.
do Cafeh Tehran conversar. Como já tinha vontade de passar Para acompanhar, Duarte, que já foi chefe de
e a esplanada o espaço, chegámos a acordo”, conta Cami- bar, destaca os cocktails com pisco, bebida
do Pão de Canela
la. Começaram por abrir só ao jantar, mas a típica do Peru. Garantida está a boa onda e,
ideia de Camila “foi sempre abrir para o café em breve, uma vertente de bar-disco mais
da manhã e brunch”. O projeto há de crescer, presente com DJ sets.
por agora é possível comer um croissant de A provar que na Praça das Flores cabe o
pistácio quentinho ou o pão de queijo feito mundo, o Coppola é uma viagem a Itália de
na casa ao pequeno-almoço; experimentar olho nas pizzas. O colombiano Kevin Muñoz
a focaccia com tartine de shitake, queijo é o chefe de cozinha deste restaurante de ar
Comté, geleia de pimenta e pickles de cebola industrial e paredes de tijolo burro à vista.
roxa, ao almoço; e partilhar com os amigos As pizzas são feitas com massa de fermen-
a couve-flor assada com molho tahini ou tação lenta e têm um twist. “As combina-
o Camembert folhado com mel e tomilho, ções de ingredientes são muito diferentes
ao jantar. e, de três em três meses, vou a Itália buscar
Ao lado do Magnólia fica o El Cebichero, inspiração”, assegura Kevin. A originalidade
o mais recente inquilino da praça e dedicado comprova-se nas sugestões: a dirty jaca leva
à gastronomia peruana, dos ceviches aos jaca orgânica marinada e desfiada, mozza-
tiraditos, “embora os baos sejam uma coisa rella vegan, molho chipotle fumado, cebola
que também nos distingue”, dizem Duarte caramelizada e salsa; a crispy pancetta vem
Cardeira e João Baptista, dois dos sócios do com mozzarella Fior di Latte, fatias de ba-
N.ºs 25-29
> Pão de Canela
O brunch de domingo
é um clássico deste
restaurante e pastelaria.
diz Bruna Aguiar diz Bruna, que “ama” ir, com Lucas, comer o T. 93 299 8653 > seg-sex
10h-19h (outros horários
prego ao vizinho Indanoite é uma Criança, por marcação)
um dos bares mais antigos de Lisboa.
Julien Boisseau, 41 anos, passou de ge-
rente a proprietário do Flores da Pampa, N.º 56 > Coppola
tatas assadas, pancetta, cebola, amêndoas bar-restaurante onde a música dá o mote Pizzas e cocktails com
e tomilho. Às quartas-feiras, ao jantar, há – ao vivo, em formato DJ ou com o próprio combinações diferentes.
happy hour: por dez euros, come-se uma Julien a pôr os seus discos – e se comple- T. 21 395 0411 > seg-dom
pizza marga acompanhada de um cocktail menta à mesa com uma cozinha baseada nos 18h30-00h30
ou outra bebida. produtos da estação, locais e orgânicos, e
uma seleção de vinhos naturais. O Flores da N.º 62 > Black Sheep
DESPERTAR AO ENTARDECER Pampa há de crescer para uma mercearia de Bar de vinhos com mais de
Há uma esquina da praça que se enche ao produtos portugueses, e quem sabe alguns 200 referências a copo.
final do dia, prolongando-se noite dentro. franceses, diz Julien, a abrir aqui ao lado,
Rui Matias, 43 anos, fundou a Cerveteca há e para uma loja de plantas, que tomará o Ter-qui 19h-23h30,
sex 18h-1h, sáb 19h-24h
nove anos e lembra-se de ver a praça quase lugar da Cavalo de Pau, em frente à vizinha
vazia à noite. Os tempos mudaram e o bar Assembleia da República. Para já, são elas, N.º 63 > Cerveteca
foi-se adaptando. Às cerca de 60 referên- as plantas, que decoram o bar-restaurante Serve cerveja artesanal
cias de cerveja artesanal em garrafa e lata, e – 70, para sermos precisos, tantas quantos e tem noites de quiz.
mais 12 servidas à pressão, juntam-se agora os lugares sentados. Uma onda verde que
os cocktails. Os clientes habituais têm-se parece trazer a bonita Praça das Flores para Qua-sáb 16h30-24h,
mantido: “Tenho orgulho na quantidade de dentro de portas. slopes@visao.pt dom e ter 16h30-22h30
Fora
no domingo, 19. Será Sapatilhas: Marcas
um percurso circular Portuguesas do
de 10 km,
km com partida Estado Novo ao Virar
na aldeia de Galafura do Milénio, exposição
(Peso da Régua), às que, através de uma
10h, e incluirá prova coleção de 500
de vinhos e almoço modelos de marcas
na Quinta Coimbra de portuguesas, procura
Mattos. A atividade traçar o percurso da
custa €40 e a inscrição indústria de calçado
prévia deve ser feita desportivo. Além da
para geral@timeoff.pt. Sanjo e da Cortebel
(as mais conhecidas),
a mostra revela outras
—— Visita marcas, pequenas
guiada séries e diferentes
modelos ligados a
PALÁCIO RATTON
D.R.
vários desportos, a
—— Animação Cameron, volta às O Tribunal par de uma instalação
O que há ATIVIDADES NA
salas de cinema nesta
quinta, 9, numa versão
Constitucional (TC)
comemora 40 anos e
audiovisual que
pretende ativar a
em casa
das Artes do Centro Melhor Filme e Melhor acompanhadas de uma
Cultural de Belém, a Realizador, um recorde explicação sobre a
partir deste sábado, 11, só igualado por Ben história do palácio, as
Do regresso e até junho, com uma Hur (1959) e O Senhor suas salas e as funções
de Titanic, série de atividades dos Anéis: O Regresso do TC, revelando ainda
25 anos depois, para crianças e famílias. do Rei (2003). locais como o jardim e —— Feira
Entre elas, há uma a biblioteca. Todas as
aos bastidores exposição composta sextas, às 10h e às 15h, NA TERRA
da série House por cenários, adereços —— Caminhada por marcação no site DO QUEIJO
of the Dragon e marionetas do do TC. “Defender, valorizar e
filme, de 11 minutos, UM DIA NO DOURO promover o território”
com música de Filipe Ana Maria Pinho, é o mote para mais
Raposo e narração de autora do projeto —— Exposição uma edição da Feira
Sérgio Godinho, que Time Off, propõe uma do Queijo Serra da
marcou presença em caminhada até São NACIONAIS Estrela, desta sexta,
mais de uma centena Leonardo de Galafura, E CHEIAS DE ESTILO 10, até domingo,
de festivais e venceu um dos miradouros Na Casa do Design, em 12, em Celorico da
dezenas de prémios. mais bonitos da região Matosinhos, inaugura- Beira. A decorrer no
do Douro Vinhateiro, se, neste sábado, 11, mercado municipal
da vila, a iniciativa,
—— Cinema que contará com 150
expositores, inclui
O REGRESSO espetáculos musicais,
DE “TITANIC” animação de rua,
É um dos filmes mais mostra de artesanato
vistos de sempre e produtos da região,
e está de regresso bem como sessões
à boleia do 25.º de showcooking
aniversário. Titanic, e degustações de
D.R.
FERNANDO TOMAZ
em 1991 – e, sozinho, single abre o apetite
ou com Maria José de para os 14 temas, com
Lancastre, sua mulher, edição marcada para
traduziu para italiano 3 de março. A primeira
a obra de Fernando apresentação ao vivo
Pessoa. musicais. Disponíveis em até 30 de abril, está do disco acontece a
misspavlova.pt ou nas aberta a residentes 4 de março, em Faro,
lojas da marca, no Porto em Portugal (ou chegando aos coliseus
—— Festival e em Matosinhos. portugueses residentes de Lisboa e do Porto
no estrangeiro), com a 3 e 10 de novembro,
PROMOVER mais de 18 anos. respetivamente.
A CIDADANIA —— Concurso
D.R.
O Convento São
Francisco, em Coimbra, TALENTOS —— Kit —— Streaming
recebe na sexta e no —— Dia dos NACIONAIS
sábado, dias 10 e 11, Namorados A Fnac quer descobrir RAMEN COM AJUDA OS BASTIDORES
o Festival Política em talentos nacionais A ideia do Ajitama DIY DE “HOUSE OF THE
formato warm-up da QUANTO MAIS na escrita, fotografia, Ramen Kit é pôr-nos a DRAGON”
edição que decorrerá PICANTE, MELHOR música, ilustração, fazer ramen em poucos A HBO estreia, na
em novembro na cidade. A pensar no Dia dos no cinema e nos minutos e, depois, sorvê- segunda, 13, The House
O programa inclui uma Namorados, a Miss videojogos. A 21.ª edição lo, quentinho, como That Dragons Built. Com
conversa com o músico Pavlova criou a Hot do concurso Novos se estivéssemos no mais de 100 entrevistas
Dino D’Santiago (sáb, Stuff Collection. Trata- Talentos reserva dez mil restaurante lisboeta. O e imagens de bastidores,
10h30), uma oficina se de uma edição euros para o vencedor kit inclui os ingredientes a série documental, em
para crianças (dom, especial composta por de cada categoria, eleito necessários para uma dez partes, mergulha na
11h), a exibição do macarons de morango e por um júri composto, dose individual – caldo, produção da primeira
documentário A música malagueta, merengues entre outros, por Tiago noodles, toppings, hashi temporada de House
invisível, de Tiago de chocolate ruby e Guedes (cinema), (pauzinhos) –, bastando of the Dragon, série
Pereira, sobre a música morango e cookies Dulce Maria Cardoso gravada em quatro
cigana (dom, 17h), e um de Nutella (a partir de (escrita), Rui Miguel países – Portugal
espetáculo de humor €10,50). A acompanhar, Abreu (música), Mário incluído –, durante dez
de Hugo van der Ding há postais com Cruz (fotografia) meses, que bateu os
(dom, 21h30). A entrada mensagens “picantes”, e Catarina Sobral recordes de audiência
é livre. inspiradas em êxitos (ilustração). A inscrição, no canal de streaming.
LISBOA E PORTO
Jorge Palma
O mais velho tema do mundo
O festival Às Vezes o Amor convenceu Jorge Palma
a interpretar um repertório só de canções de amor
– suas e de outros –, com orquestra e convidadas PORTO
Mariza
Olhando para a agenda
de concertos de Mariza,
é mais fácil, hoje,
encontrarmos nomes de
Regresso
cidades estrangeiras do que
Depois de ter tocado
ao vivo toda a nacionais. Mas neste sábado,
sua discografia, 11, é no Porto que a fadista vai
Jorge Palma volta celebrar 20 anos de carreira,
aos palcos em num espetáculo em que
nome do amor homenageia aquela que abriu
as portas do mundo ao fado:
Amália Rodrigues. Dedicar
toda uma noite de fados ao
repertório amaliano era um
projeto antigo de Mariza, que
ela finalmente concretizou em
2022.
A
proposta partiu da produção das minhas convidadas. A dada altura,
do festival Às Vezes o Amor, decidimos que faria sentido convi-
LISBOA
que desafiou o músico, cantor dar três mulheres e, a partir daí, estes
e compositor, a reunir um nomes surgiram naturalmente. Em
conjunto de canções subordinadas contextos diferentes, ainda no ano pas- Pedro Moutinho
ao tema do festival, o amor, surgindo sado colaborei com a Marisa Liz e com
assim este espetáculo: As Canções de a Cátia Mazari (A Garota Não); a relação O mais novo dos “irmãos
Amor de Jorge Palma. “Poderiam ser com a Márcia, sendo também recente, fado” (Helder Moutinho é
minhas ou outras que me são caras, e é anterior: em 2018 ambos participá- o mais velho, Camané o do
a encomenda continha ainda a suges- mos no projeto As Canções de Leonard meio) apresenta ao vivo o
tão de que pudesse ser acompanhado Cohen.” Jorge Palma e as três cantoras seu EP Casa, lançado já em
por uma orquestra, o que é algo que serão acompanhados por uma orques- 2023, no qual sublinha um
me dá imenso gozo”, recorda o artista. tra dirigida pelo maestro Cesário Costa. universo que conhece muito
Assim, além de revisitar algumas das Como vem sendo habitual, o festi- bem: o fado tradicional. Em
suas canções, Jorge Palma decidiu fazer val Às Vezes o Amor realiza-se durante palco estará acompanhado
versões de temas que fazem parte do quatro dias (de 11 a 14 de fevereiro, pelos músicos José Manuel
seu universo musical há décadas. “A este ano) em várias salas de 14 ci- Neto (guitarra portuguesa),
visão que tenho do amor vai obviamen- dades, onde será possível assistir a Pedro Soares (viola de fado)
te além do romântico, do cor-de-rosa, espetáculos de artistas como Aurea, e Frederico Gato (baixo
não se espantem que muitas canções Cristina Branco & João Paulo Esteves acústico). Ainda neste ano,
sejam também de desamor, alegria ou da Silva, Fernando Daniel, GNR, João Pedro lançará outro EP, Água,
liberdade”, avisa. Do alinhamento farão Pedro Pais, Lena D’Água, Luísa Sobral, em que veremos o seu lado
também parte algumas criações das três Mafalda Veiga, NEEV, Paulo Gonzo, mais exploratório no mundo
convidadas que o acompanharão em Pedro Abrunhosa e Syro. — Miguel Judas das canções, sempre com o
palco: A Garota Não, Márcia e Marisa fado como raiz.
Liz. “O principal critério, e o mais im- Campo Pequeno, Lisboa > 11 fev, sáb 21h30
portante nessa escolha, foi a admiração > €23 a €55 > Coliseu do Porto > 14 fev, ter CCB > Pç. do Império, Lisboa >
que tenho pelo percurso de cada uma 21h30 > €15 a €50 9 fev, qui 21h > €12 a €15
PORTO
Poder felino
A tournée europeia
Farm Fatale
de Cats: Let the As cinco personagens, de
Memory Live Again aparência grotesca, são
termina em palcos
portugueses
um cruzamento entre um
espantalho e um camponês.
O grupo habita uma quinta
e gere uma estação de
rádio independente, em que
produz músicas, discute
problemas ambientais e lança
reflexões filosóficas. A ação
decorre num futuro pós-
apocalíptico, no qual estes
ativistas, que perderam os
seus empregos devido às
mudanças climáticas, sonham
com um mundo melhor e
recordam com nostalgia o
D.R.
canto dos pássaros. Esta
é mais uma experiência
teatral singular assinada por
LISBOA E PORTO
Philippe Quesne, fundador
C
deslumbrando o público com
arrie Willis é bailarina e che- Old Deuteronomy, responsável por es- as suas cenografias. Farm
gou a beliscar-se para acreditar colher um dos gatos para ascender a The Fatale (2019) foi a segunda
que estava no palco a repre- Heaviside Layer e renascer numa nova montagem de Quesne para o
sentar Cats: Let the Memory vida. “Este espetáculo combina músi- Kammerspiele de Munique (a
Live Again, onde pode fazer o papel de ca e dança, e tudo passa pelo detalhe, primeira foi Caspar Western
sete personagens. “Era uma grande fã, em cada coreografia, do movimento e Friedrich, em 2016), uma das
sabia o nome de todos os gatos e agora da expressão dos atores, assim como principais companhias da
sou um também!”, conta. Tal como pelo trabalho de caracterização que os cena teatral alemã. — J.L.
Carrie, que é meticulosa com as notas e transforma em verdadeiros felinos”,
faz ballet bar para aquecer – o trabalho explica Dane Quixall, diretor residente Teatro Municipal Rivoli > Pç.
físico é muito exigente –, também o desta produção. Apresentado em mais D. João I, Porto > T. 22 339 2201
> 10-11 fev, sex-sáb 19h30 > €12
ator Hal Fowler, que veste a pele de três de 40 países, traduzido em 15 idiomas e
gatos, integra o elenco de 29 artistas visto por mais de 73 milhões de pessoas
que subirá ao palco do Campo Pe- em todo o mundo, o musical passa pela
queno, em Lisboa, e do Pavilhão Rosa quarta vez em Portugal, país onde ter-
Mota, no Porto, no regresso do musical mina a digressão europeia de Cats: Let
a Portugal, a partir da próxima terça, 14. the Memory Live Again. Para quem ain-
Composto por Andrew Lloyd Webber da não viu, é uma nova oportunidade,
e baseado na obra Old Possum’s Book para quem repete a experiência, Dane
of Pratical Cats, do poeta americano T. tem algo a dizer: “Cats vive da essência
S. Elliot, o musical, com encenação de de quem representa e de quem vê, por
Trevor Nunn e coreografia de Gillian isso nunca é igual.” — S.L.F.
Lynne, conta a história de um grupo
de gatos, os Jellicle, que numa noite Campo Pequeno, Lisboa > 14-19 fev, ter-
especial se junta num ferro-velho para o -qua, sex 21h, qui e sáb 16h, 21h, dom 11h,
16h > €22,50 a €60 > Super Bock Arena
baile anual. Um por um, Jennyanydots, – Pavilhão Rosa Mota, Porto > 22-26 fev,
Rum Rum Tugger ou Grizabella, conta qua-sex 21h, sáb 16h, 21h, dom 11h, 16h >
as suas histórias para diversão do líder, €30 a €60
PORTO
A Forma
Espontânea
– Ana Hatherly
Pela primeira vez, a Galeria
Nuno Centeno expõe obras
da artista plástica, escritora
e realizadora portuguesa,
que foi também professora
catedrática de Literatura
Barroca. Sob o título A Forma
Espontânea, os 38 trabalhos
de Ana Hatherly (1929-2015)
retratam três décadas da
poeta e ensaísta, desde os
LUÍS BARRA
anos 70 do século passado,
ocupando uma das salas
da gigantesca galeria de mil
metros quadrados, situada
num armazém dos anos 30
LISBOA
onde outrora funcionou a
M
conceptualismo que advém
esmo sem aquelas caretas em plantas, vasos floridos, pássaros do texto, da palavra e da
risonhas, escreveríamos bicudos ou no grupo de Cabeças no Ar representação”, descreve o
sempre que a visita tinha (as tais caretas risonhas) que por detrás galerista Nuno Centeno. Em
valido a pena. Sabemos de sorrisos rasgados escondem defeitos diálogo com a linguagem de
que no antigo Convento da Madre de e vícios (“troca-tintas”, “desbocado”...), Hatherly está a instalação-
Deus há uma vasta coleção que traça ditados e expressões populares – e nos vídeo da portuguesa Beatriz
a história do azulejo ao longo dos sé- desconcertam. Albuquerque, Malevich, e
culos, mas a promessa de um mundo Tudo isto se observa ao ritmo de Everything Is Just Something
colorido, moldado no barro pelas mãos cada um, já se sabe, até porque estas That Happened, obra de
de António Vasconcelos Lapa, no seu Viagens de António Vasconcelos Lapa grandes dimensões do artista
atelier em Lisboa, fez-nos voltar ao be- se prolongam nos jardins, claustros, de rua britânico Richie Culver.
líssimo Museu Nacional do Azulejo. fontes e outras salas do antigo con- — F.A.
O título da exposição, Viagens, foi vento. Raízes, espinhos, frutos exóti-
escolhido pelo ceramista, para con- cos, uma trapezista de salto alto e até Galeria Nuno Centeno > R. da
ferir unidade à diversidade dos seus um mangal sonoro surgem em lugares Alegria, 598, Porto > até 4 mar,
qua-sáb 15h-19h > grátis
trabalhos: painéis de azulejos, altos e inesperados, desviando-nos do trajeto
baixos-relevos, peças tridimensionais, habitual de visita ao museu.
cabeças de animais, árvores que se ele- O ceramista vai conduzir uma série
vam, flora e fauna exóticas. Nem sem- de visitas guiadas à exposição, e a
pre foi assim, é preciso lembrar: com o próxima acontece já neste domingo,
nascimento do neto, em 2001, Vascon- 12, às 11 horas, repetindo-se a opor-
celos Lapa encontrou outras formas de tunidade nos dias 12 de março, 2 e 23
se expressar, um mundo efabulado que de abril. — Inês Belo
alimentava a imaginação de Vicente.
Na sala de exposições temporárias, Museu Nacional do Azulejo > R. da Madre
de Deus, 4, Lisboa > T. 21 810 0340 > até 30
descobre-se esse perfil fantasista e abr, ter-dom 10h-18h (última entrada 17h30)
lúdico do artista em peças feitas para > €5, estudantes e maiores de 65 anos
serem tocadas, numa árvore de fruto, €2,50, grátis até 12 anos
PÓVOA DE VARZIM
Correntes d’Escritas
A festa dos livros
No Cineteatro Garrett, entre os dias
14 e 18, o festival reúne cerca de uma
centena de autores de expressão
ibérica e da América Latina e lança
mais de três dezenas de livros.
Sete destaques do programa
1. 3.
JOSÉ VENTURA
Homenagens Novos livros
Ana Luísa Amaral (1956- Dos 37 lançamentos, há
2022), presença constante a destacar dois volumes 4. 6.
no Correntes d’Escritas, de Luís Sepúlveda (1949-
será homenageada nesta 2020): O Caçador Des- Escritores Filme e curso
24ª edição, assim como a cuidado: Poesia Reunida
escritora brasileira Néli- (1967-2016), com textos Quase 100 escritores, de 15 Campo de Sangue, de João
da Piñon (1937-2022). Se inéditos do escritor chileno nacionalidades, vão estar na Mário Grilo, inspirado no
os poemas de Ana Luísa sobre temas como o exílio, Póvoa de Varzim: os por- romance de Dulce Maria
Amaral dão nome às 11 me- a luta política e alguns luga- tugueses João Luís Barreto Cardoso, é exibido no dia 16,
sas redondas, Piñon será o res de afetos; e Mundo Se- Guimarães (Prémio Pessoa no Cineteatro Garrett. Na
tema de Conversas Corren- púlveda, com textos avulsos 2022), Afonso Reis Cabral, biblioteca municipal, Gon-
tes (dia 18), com José Carlos de Sepúlveda e fotografias Rosa Alice Branco e Valter çalo M. Tavares conduz o
de Vasconcelos, diretor do do argentino Daniel Mor- Hugo Mãe, a moçambicana curso Dicionário de Artistas
Jornal de Letras e fundador dzinski, conhecido por ser Paulina Chiziane (Prémio (dias 17 e 18), sobre “o que
da VISÃO, e o escritor bra- o fotógrafo dos escritores Camões 2021), o angolano se pode pensar e escrever a
sileiro António Torres. (17 fev, 19h). No mesmo dia, Ondjaki (Prémio Vergílio partir da obra de alguns ar-
segue-se o pré-lançamen- Ferreira 2023), a espanhola tistas contemporâneos”.
to da biografia de Natália Rosa Montero, os colom-
2. Correia, O Dever de Des- bianos Santiago Gamboa
Debates lumbrar, de Filipa Martins, e Juan Gabriel Vásquez e, 7.
no ano em que se assinala entre outros, o brasileiro
Do programa com 11 mesas o centenário da poetisa e Geovani Martins. Exposições
(a última, no dia 20, decor- escritora açoriana.
re no Instituto Cervantes, Entre as atividades pa-
em Lisboa), destaque para
5. ralelas, destacam-se as
Ficar de Noite no Avesso Conferência mostras Agustina Bessa-
das Coisas (verso do livro -Luís, Vida e Obra, com
O Olhar Diagonal das Coi- No dia 15, o anúncio do ven- curadoria de Inês Pedrosa
sas, de Ana Luísa Amaral), cedor do Prémio Literário e João Botelho, no Centro
que reúne à conversa o Casino da Póvoa (11h), com 11 Coordenador de Transpor-
médico e poeta João Luís obras finalistas, e o lança- tes, e Registo Íntimo, que
Barreto Guimarães, Ond- mento da revista do Cor- reúne livros de artistas de
jaki, Conceição Lima, Ivo rentes d’Escritas, dedicada Ana Vidigal, Albuquerque
Machado e Margarida Fer- ao escritor angolano Manuel Mendes, António Choupi-
ro, com moderação de João Rui, abrem o festival, antes na, Cruzeiro Seixas e Valter
Céu e Silva (dia 16, 17h). da conferência sobre Ciência Hugo Mãe, na biblioteca
e Cultura, com o prof. Ma- municipal.
nuel Sobrinho Simões e José
D.R.
CATE BLANCHETT
SINFONIA PARA
UMA ATRIZ
Todd Field escreveu-lhe uma obra maior e ela
aproveitou-a como ninguém. Tár confirma Cate
Blanchett como uma das grandes atrizes da sua
geração e deve valer-lhe um terceiro Oscar
— POR MANUEL HALPERN
H
ano. A confirmar-se, será a e longa preparação para Tár,
sua terceira estatueta dourada, Blanchett teve, nomeadamen-
depois d’O Aviador (2004) e de te, de aprender alemão, voltar
Blue Jasmine (2013). Blanchett a estudar piano e incorporar
entrará assim no restrito grupo os movimentos dos maestros
de atrizes com três Oscars, ao quando dirigem orquestras.
lado de Ingrid Bergman, Meryl Além do mais, casada há 15
Há atrizes que parecem fei- Streep e Frances McDormand, anos com o argumentista An-
tas para determinados papéis. e logo abaixo de Audrey He- drew Upton, faz novamente o
E há papéis que parecer fei- pburn, a única com quatro. papel de mulher lésbica, como
tos para determinadas atri- Para já, a sua interpretação de acontecera em Carol, contra-
zes. Este último será o caso de Lydia Tár convenceu o Festival cenando desta vez com Nina
Cate Blanchett e de Tár (que de Veneza, ganhando aí o pré- Hoss.
se estreia nesta quinta, 9, nas mio para a melhor atriz, e o júri
salas portuguesas). Um filme dos Globos de Ouro. MÚSICA, MAESTRINA!
desenhado à sua medida ou à É possível especular e di- Cate Blanchett desempenha o
medida da própria capacidade zer que o filme poderia ser papel de Lydia Tár, uma len-
de interpretação e superação, feito com outra atriz de talen- dária e polémica maestrina
porque, em alguns pontos, a to, como Tilda Swinton, mas norte-americana, que atingiu
atriz teve de se transcender. nunca seria a mesma coisa. Tár vários patamares a que nenhu-
Um pouco como aconteceu, é Cate Blanchett, num papel ma mulher tinha chegado, e
por exemplo, em The Wrestler de uma exigência brutal. Este prepara-se para gravar a quinta
– O Lutador (2008), de Darren é um filme centrado numa sinfonia de Mahler, tornando-
Aronofsky, a longa-metragem só personagem, sem narra- -se a primeira a registar todas
que iluminou e salvou Mickey tivas acessórias para papéis as sinfonias do compositor
Rourke, mas com a diferença secundários. Blanchett faz de alemão. Mas o que Tár nos
de que Blanchett não precisava maestrina, mas aqui tem um revela é uma mulher maliciosa
de ser salva: nunca esteve na trabalho de solista. Todo o peso e dominadora, por vezes sem
mó de baixo, há décadas que recai sobre os seus ombros – e escrúpulos, que se alimenta
o mundo sabe que ela é uma ela suporta-o. de pequenas vinganças, apesar
atriz excecional. No entanto, não há aqui de mostrar simultaneamen-
Contudo, Tár é um filme uma simbiose prévia entre te um lado sensível. A forma
que eleva Cate Blanchett a ou- personagem e persona. O que como Blanchett se apropria
tro patamar. E está construído Blanchett faz, a exemplo dos da personagem, da sua frieza,
por forma a ela exibir, com melhores papéis de Meryl das pequenas contradições, é
impacto, todo o seu talento – Streep, é um verdadeiro tra- arrebatadora, com momentos
ao ponto de podermos dizer balho de atriz, ou seja: uma viscerais. Pelo meio, há um
que seria muito surpreendente transformação credível na per- olhar original, crítico e reve-
ver o Oscar para melhor atriz sonagem, levando o que de lador da mais alta esfera do
principal a escapar-lhe, este melhor há em si. Na cuidadosa mundo da música erudita, com
Tár é Cate
Blanchett, num
papel de uma
exigência brutal.
Este é um filme
centrado numa
só personagem,
sem narrativas
acessórias para
papéis secundários.
Blanchett faz de
maestrina, mas
aqui tem um
trabalho de solista.
Todo o peso recai
GETTY IMAGES
sobre os seus
ombros
9 FEVEREIRO 2023 VISÃO 101
“Tár” No novo filme de
Todd Field, Cate Blanchett
interpreta o papel de
uma maestrina, por vezes
maliciosa e sem escrúpulos
QUATRO GRANDES
INTERPRETAÇÕES
De Bob Dylan a rainha de Inglaterra, Cate Blanchett já fez
um pouco de tudo e recebeu os mais importantes prémios
D.R.
Cate Blanchett foi uma Scorsese fez do excêntrico
convincente rainha Isabel I no bilionário e pioneiro da
filme de época de Shekhar aviação Howard Hughes,
que sempre que faz um filme mais de 90 interpretações.
Kapur, em que se mostravam protagonizado por Leonardo abundam prémios e nomea- Entre outros filmes, podemos
as dificuldades da jovem DiCaprio, Cate Blanchett ções. vê-la em O Talentoso Sr. Ri-
Isabel em adaptar-se às teve a oportunidade de pley, de Anthony Minghella;
exigências da Coroa. O filme representar uma das atrizes A RAINHA AUSTRALIANA O Dom, de Sam Raimi; Ban-
valeu-lhe uma nomeação para que mais admira. Em Cate Blanchett nasceu nos ar- didos, de Barry Levinson; O
os Oscars. Quase 20 anos O Aviador, Blanchett é, nada redores de Melbourne, na Aus- Preço da Coragem, de Joel
depois, Kapur voltou a confiar mais, nada menos, do que trália, em 1969. Começou por Schumacher; Desaparecidas,
no talento da atriz para a Katharine Hepburn, a figura fazer teatro, ganhando desta- de Ron Howard; O Aviador,
interpretação da mesma maior de Hollywood que teve que ao interpretar Oleanna, de Martin Scorsese; Babel, de
rainha, agora numa fase mais um relacionamento longo peça de David Mamett, ao lado Alejandro González Iñárri-
avançada do reinado, em com Hughes. A convincente do compatriota Geoffrey Rush, tu; O Bom Alemão, de Steven
Elizabeth – A Idade de Ouro, interpretação valeu-lhe o na Ópera de Melbourne. De- Soderbergh; Diário de Um Es-
que lhe valeu nova nomeação. primeiro Oscar da carreira. pois disso, muitas importantes cândalo, de Richard Eyre; I’m
peças se seguiram. Not There, de Todd Haynes;
A sua primeira aparição O Estranho Caso de Benja-
no grande ecrã aconteceu em min Button, de David Fincher;
1990, com um papel secun- Blue Jasmine, de Woody Allen;
dário, quase de figuração, em Carol, de Todd Haynes e Onde
Kaboria, do realizador egípcio Estás Bernadette?, de Richard
Khairy Beshara, em que inter- Linklater.
pretava o papel de cheerleader. Além de dois Oscars e de
A primeira estreia internacio- sete nomeações, Cate Blanchett
nal deu-se sete anos depois, venceu quatro Globos de Ouro
no papel de uma enfermei- (em 12 nomeações), três BAFTA
ra australiana raptada pelo (oito nomeações), um César,
I'm Not There – Não Estou Aí Blue Jasmine 2013
Exército japonês, durante a II dois Volpi (Festival de Veneza) e
2007 Woody Allen abandonou por
Guerra Mundial, em Paradi- muitos outros prémios em im-
O mais louco filme de momento a sua Nova Iorque
se Road, de Bruce Beresford. portantes festivais de cinema.
Todd Haynes conta com e rumou a São Francisco, na
seis atores a fazer de Bob Costa Oeste, levando Cate
Ainda em 1997, teve o primeiro Casada com o argumentis-
Dylan, em diferentes fases Blanchett com ele. Naquele papel de protagonista, em Os- ta Andrew Upton, com quem
da carreira do músico. que é um dos melhores car e Lucinda, contracenando tem quatro filhos, também faz
O que mais deu nas vistas foi, filmes de Allen da década com Ralph Fiennes, mas foi no trabalho de encenação teatral
na verdade, uma atriz: Cate passada, Blanchett brilha ano seguinte que aconteceu o e, com o marido, assume as
Blanchett interpreta Dylan bem lá em cima, no papel grande salto, com Elizabeth, funções de diretora da Sydney
em meados da década de de uma mulher que se vê filme de época de Shekhar Theatre Company. Entretanto,
60, quando passou a usar forçada a reinventar a sua Kapur, em que desempenhou entre outros projetos, Blanche-
guitarra elétrica. Alguns anos vida. Uma interpretação que o papel da rainha Isabel I, que tt irá participar nos filmes The
depois, Haynes resgatou lhe valeu o primeiro Oscar lhe valeu um globo de ouro e a New Boy, de Warwick Thorn-
Blanchett para protagonizar para melhor atriz principal, primeira nomeação aos Oscars. ton, e Manual para Mulheres
Carol (2015), outro dos mais depois de ter arrecadado o A partir daí, a sua carreira de Limpeza, a adaptação do
emblemáticos papéis da sua de atriz secundária em ganhou grande fôlego. Só em romance de Lucia Berlin por
carreira. O Aviador, de Scorsese. filmes e séries televisivas são Pedro Almodóvar.
Com Amor
e com Raiva
Binoche,
Lindon e os
Tindersticks
O filme que deu a Claire
Denis um Urso de Ouro
em Berlim
D.R.
E
m Com Amor e com Raiva, que atravessa toda a narrativa sem a gulo aberto, que no lado masculino só
Claire Denis põe frente a frente, necessidade de grandes explicações. se completa com a amizade. Uma per-
disputando o espaço do ecrã, Com Amor e com Raiva, que valeu sonagem sólida nas suas contradições,
dois dos maiores atores fran- um Urso de Ouro para melhor reali- que, ao mesmo tempo, parece perdida
ceses da sua geração: Juliette Binoche zação em Berlim, apoia-se sobretudo e assertiva na sua determinação em
e Vincent Lindon. Se imaginarmos isto no trabalho dos atores e na densidade conciliar o inconciliável.
como sendo uma verdadeira disputa, psicológica das personagens. Nesse Uma chamada de atenção ainda
podemos verificar que Binoche leva aspeto, Binoche e Lindon sustentam para a banda sonora que, como é hábi-
claramente a melhor, o que até é bas- e conduzem o filme: Jean com uma to nos filmes de Denis, conta com mú-
tante natural, porque, por assim dizer, fragilidade masculina e terna, que sica original dos Tindersticks. — M.H.
está a jogar em casa, já que tem sido a chega a ser desconcertante; Sara, na
atriz de eleição da realizadora. sua constante audácia e instabilidade De Claire Denis, com Juliette Binoche,
Claro que tudo isto é figurado. Os emocional. Ela é o eixo daquele triân- Vincent Lindon, Grégoire Colin > 116 min
atores não estão em disputa nem nun-
ca poderia haver uma competição real.
Em última análise, é a realizadora que
determina como e quando aparecem
no ecrã, e eles, na verdade, comple-
mentam-se e crescem juntos. Mas,
fruto da própria história contada, fica
a sensação de que algo assim acontece,
pois ficcionalmente há também uma
disputa de amor e de orgulho entre as
personagens, num triângulo amoroso
completado pelo (muito) mais discreto
Grégoire Colin.
Com Amor e com Raiva é um me-
lodrama naturalista, que assenta na re-
lação de um casal de meia-idade. Uma
relação aparentemente feliz, ou pelo
menos funcional, na qual se adivinha o
perigo que surge com a reaproximação
do terceiro elemento – o ex-namorado
dela, o melhor amigo dele, com o qual
estabelece uma ligação de dependên-
cia laboral. Essa tensão cresce dentro
do casal, mas é desenvolvida de forma
mais subtil e contundente na persona-
gem feminina, Sara.
O filme tem uma narrativa se-
cundária em torno da disfuncional
relação, de semiabandono, de Jean
(Lindon) com o filho e com a mãe, mas
é de tal forma lateral e desinteressan-
te que se torna um dos pontos pouco
conseguidos da longa-metragem. Mais
interessante é a sombra do passado,
Q
Bastidores uando Rita Gaspar abre a porta veremos alfinetes (fíbulas) do período Romano
As coleções de das duas salas que guardam as e taças do Neolítico encontradas numa esca-
colibris da América reservas de antropologia e et- vação em Chaves.
do Sul, de borboletas
noturnas e o herbário nografia do Museu de História Abertas a pequenos grupos (4 pessoas),
são reveladas nas Natural e da Ciência da Univer- as visitas às reservas do MHNC-UP guiadas
visitas conduzidas sidade do Porto (MHNC-UP), pelos curadores pretendem abrir as portas
pelos curadores percebemos porque antes a antropóloga e deste museu universitário em construção
de cada área às curadora nos havia dito ser “um cofrezinho (ver caixa) “que conta a história da educa-
reservas do museu
(da esquerda de tesouros”. Em gavetas, armários e caixas ção e da evolução da Ciência ao longo dos
para a direita) guardam-se memórias de um passado lon- tempos”, realça Fátima Vieira, vice-reitora
gínquo. A maioria das peças (não cabem aqui para a cultura da UP. É o caso das lanças,
todos os 120 mil objetos da coleção) data do arcos e flechas (alguns trazidos de Timor,
final do século XIX, oriundas de Ásia, África nos anos 60, por um antigo estudante) que
ou Oceânia, fruto de doações particulares ou nos mostrará Rita Gaspar, exímia a contar as
trocas com museus europeus. Mas também histórias por detrás de cada objeto. Veem-se
LISBOA
Original
Carpaccio de Son of a Burger
beterraba, queijo
de caju, chicória Rui Silvestre, chefe de
e millet salgado, cozinha do restaurante
uma das opções algarvio Vistas (distinguido
da carta com uma Estrela Michelin),
e Francisco Bessone, do
lisboeta Nómada, juntaram-se
para abrir a Son of a Burger,
uma foodtruck que, por estes
dias, já está a funcionar junto
à Fanzone do Estádio da
Luz, em Benfica. O resultado
são três hambúrgueres,
feitos com carne de vaca
ligeiramente maturada, em
pão brioche da padaria The
Millstone Sourdough. O Son
of a Burger leva um molho de
D.R.
especiarias e salada asiática
(€12); o Cheeseburger (€9)
é servido com cheddar,
PORTO
molho cheddar e pimenta-
É
dias de jogo (e não só) ou em
num ambiente elegante que se Coach and Horses at Soho, e, já em casa, através das plataformas
prova esta cozinha do mundo, Portugal, trabalhou na Enoteca 17.56, de entrega. A ideia, dizem Rui
feita com legumes e vegetais em Vila Nova de Gaia. Silvestre e Francisco Bessone,
da época e com sabores de A carta do Jardineiro conta com, é ter outras foodtrucks, com
diversas latitudes. “Não é só francesa entre as opções simples, a sopa de ce- diferentes tipos de comida,
ou portuguesa, mas de várias origens bola caramelizada e sementes de abó- de norte a sul do País, e, no
e com pratos que se adequam à carta”, bora picantes (€9), e, nas elaboradas, verão, marcar presença em
concretiza Jerónimo Pinto de Abreu, o de autor, com o tártaro de cenoura, festivais de música. — S.P.
mentor do Jardineiro, aberto em maio pastinaca e lentilhas-belugas (€10)
de 2022. O restaurante-bar ocupa o ou carpaccio de beterraba, queijo de Estádio do Sport Lisboa e
logradouro da guesthouse Jardins do caju, chicória e millet salgado (€10). Benfica (junto à Fanzone),
Lisboa > seg-dom 12h-15h,
Porto e tem ligação direta à Rua do Al- Além destas, surgem sabores ins- 19h-22h30
mada, junto à Praça da República. pirados noutras geografias, como o
Avançando pelo bar, chega-se ao dhal de lentilhas, abóbora e espina-
pátio com cobertura de vidro, muitas fres (€18); tagliatelle, beurre blanc de
plantas e mesas com guardanapos raiz de aipo e azeite de trufa (€20),
floridos. Ao fundo da sala, fica a co- wellington de tofu com cogumelos
zinha, à vista de todos, permitindo (€21), e ainda tripas à moda do Porto,
observar a coreografia da brigada, com arroz-selvagem (€19). Nos doces
consistente e atenta. Inspirado em (€9), desfilam opções gulosas, como
produtos sazonais e biológicos, Je- cannoli crocante de mousseline de li-
rónimo compôs uma carta com cerca mão, crumble de maçã servido à fatia
de 20 propostas de sabor familiar, em e jardim de chocolate, com amen-
que “ninguém sente falta da carne ou doim salgado, framboesas frescas e
do peixe”. Em parte, isso deve-se ao flores. Uma viagem com muito sabor
seu percurso. Formado em França, do mundo. — Susana Silva Oliveira
com passagem por vários restauran-
tes de fine dining, esteve em Londres, R. do Almada, 609, Porto > T. 22 976 8850
onde chefiou o pub vegetariano The > ter-sáb 16h-23h
Horário contínuo
Gunkan de robalo
e amêijoa, uma
das opções da
ementa do Sea
Me – Next Door,
para picar a
qualquer hora
D.R.
H
á 12 anos, abria no Chiado, perto da sável pela alimentação da equipa de futebol do
Praça Luís de Camões, o Sea Me – Pei- Sporting. Das três ostras servidas, prefere as da
xaria Moderna, restaurante que encheu ria de Aveiro, mas sabe que as do Sado, em Se-
as medidas dos lisboetas e de todos os túbal, e as da ria Formosa, no Algarve, também
que visitam a capital. Logo à entrada, um balcão são bons cartões de visita, de preferência acom-
chama por nós; ao fundo da sala, à vista, a ban- panhadas de champanhe, sem flute.
ca do peixe e do marisco. O ambiente sempre São muitas as redes de pescas a decorar a
cosmopolita e o nigiri de sardinha – como este sala, trazidas do porto de Olhão e que forram o
nigiri de sardinha se tornou sinónimo de prazer teto, assim como os covos utilizados na apa-
à mesa – fazem o resto. nha do polvo, vindos da Fuzeta, transformados
É preciso recuar no tempo para voltar ao em candeeiros. Reparamos nestes pormenores
presente e entrar no mais recente membro do enquanto provamos algumas das novidades da
grupo Sea Me. Este Next Door (porta ao lado) carta: peixinhos que não são da horta, feitos
fica na mesma rua, a poucos passos de distância, com o tradicional polme, mas, no interior, com
e o objetivo é ter mais 40 lugares – uma dezena lingueirão a substituir o feijão-verde. Para co-
ao balcão e os restantes em mesas altas. Des- mer à mão e de uma vez só.
de que abriu em novembro, com um ambiente Os chips de carabineiro acompanham um
descontraído, serve em horário contínuo. Ape- Brás de carabineiro com ovo escalfado, mas
sar de não ter montra de peixe, partilha a oferta existe em dose, tipo snack. Os ravioli de ro-
dos frescos diários de marisco, porque ali tam- dovalho são tão gulosos de se comer como o
bém apetece picar camarão ao alho, berbigão, Bollycao de choco, o míni hot dog de polvo e a
gunkan de robalo e amêijoa, além do clássico bola de Berlim de carabineiro. E porque o frio
nigiri de sardinha, que continua a fazer fechar assim o pede, estão a ser afinados tachinhos de
os olhos quando se come. arrozes e uma sopa de peixe. — Sónia Calheiros
À frente da cozinha está o chefe Elísio Ber-
nardes, natural do Porto, que também é respon- R. do Loreto, 57-59, Lisboa > seg-dom 12h30-24h
N
esta segunda temporada de Opera- (como os dos atores brasileiros Leandro Firmino e
ção Maré Negra continua a matar- Bruno Gagliasso), surgem novos (o papel do por-
-se e a morrer por causa do tráfico tuguês Pêpê Rapazote, um recluso e manda-chu-
de droga, um dano colateral quando va, protetor de Nando), mas o elenco é renovado.
falham os negócios. Nando, interpretado pelo ator chileno Jorge López
Há um ano, estreava-se a pri- (Elite), está preso na Galiza há dois anos quando
meira produção luso-espanhola original, para fica a conhecer a sentença final: 11 anos para os
um canal de streaming, o Prime Video, com o três tripulantes e multas de 300 milhões de euros.
apoio da RTP, com um argumento escrito a par- Revoltado e desesperado, encara com espírito de
tir de um caso policial verídico: 3 068 quilos de sobrevivência a venda de droga dentro das celas,
cocaína foram transportados, pela costa galega, à descarada e com as conivências certas.
no primeiro navio semissubmersível, entretanto As aulas de boxe, as conversas com a advogada
apreendido na Europa por tráfico de droga, em (Esther Acebo de La Casa de Papel), as visitas do
novembro de 2019. avô, uma fuga inesperada e uma troca de favores
Se nos primeiros episódios, tudo era baseado com a polícia, aqui com Soraia Chaves no papel
na realidade, que deu para múltiplas notícias, de inspetora, dão fôlego a uma história criada,
reportagens e até um livro, nos novos cinco im- novamente, em torno de uma Galiza que continua
pera somente ficção, com a narrativa centrada à a ser o local perfeito para fazer entrar cocaína na
mesma em Nando, que comandou a operação e Europa. “O narcotráfico é uma luta endémica, o
foi apanhado pela polícia, já na prisão. ideal é ter alguém a trabalhar a partir de dentro da
Nesta coprodução – agora com a portuguesa rede”, conselho de juíza ficcionada. — Sónia Calheiros
Lightbox (de Luís Ismael e J.D. Duarte, mento-
res de Balas & Bolinhos) e a espanhola Ficción Estreia 10 fev, sex (12h RTP Play, 22h45 RTP1)
Producciones –, alguns personagens mantêm-se > 5 episódios
Elenco renovado
O ator galego
Xosé Barato
ganha uma nova
colega da polícia
portuguesa, papel
interpretado por
Soraia Chaves
D.R.
Belém
O “oitavo céu” Recomeçar pós-1940
Segundo Paraíso: Do A Lição de Eneias, Sombras do Império,
Cinema como Ficção Andrea Marcolongo João Paulo Martins (org.)
do Nosso Sobrenatural,
Eduardo Lourenço Numa reinvenção
Haverá uma boa altura muito interessante da
para ler os clássicos? sua missão, o Pavilhão
O cinema não é um
tema que associemos Uma biblioteca A resposta de Andrea
Marcolongo é a
dos Descobrimentos
tem associado à sua
imediatamente à vasta
obra de Eduardo “imoral” conhecida “todas as
alturas são boas”. Ainda
assim, reconhece,
vertente turística um
olhar crítico sobre o
passado português,
Lourenço. Mas o
ensaísta, nascido na Obras Proibidas e Censuradas há umas melhores nomeadamente no que
Beira Alta em 1923, no Estado Novo do que outras, em diz respeito à expansão
marítima e ao império
pertencia a essa velha particular se estivermos
estirpe de intelectuais a falar da Eneida. colonial. Depois do
A 26 de Abril de 1974, menos de 24 horas catálogo Visões do
que sentia curiosidade Nascida em 1987, a
depois do golpe militar que derrubou escritora e jornalista Império, a Tinta-da-
por tudo. E não era
o Estado Novo, a sede dos Serviços de italiana, especialista China edita agora
possível olhar para o
século XX passando ao
Censura, em Lisboa, foi ocupada por po- em literatura clássica, Sombras do Império,
lado do cinema… Neste pulares que, num ímpeto revolucionário, sempre teve uma referente à mostra
12º volume da exaustiva atiraram pela janela centenas de papéis e relação difícil com homónima encerrada
publicação das obras documentos como forma de enterrar de a obra maior de em janeiro passado.
completas de Eduardo vez o machado que coartava a liberdade Virgílio. Recentemente Trata-se de uma
Lourenço, levada a de expressão. O outrora diretor da Biblio- percebeu a razão: revisitação dos edifícios
cabo pela Fundação teca Nacional (BN), o historiador Oliveira “A Eneida não é e monumentos criados
C. Gulbenkian, com Marques, pediu então a um seu colabora- um poema para para a Exposição do
seleção de textos e dor para ir à Rua da Misericórdia resgatar tempos de paz. Os Mundo Português de
introdução de Pedro todos os livros que ainda lá conseguisse seus versos não se 1940 e sobretudo para
Mexia, fala-se desse encontrar. Ao contrário do que acontecia ajustam ao curso sem o que deveria ser a
“sonho exterior que com a imprensa, habitualmente os livros fricção das coisas.” reconfiguração total da
faz da vida, e não só eram visados pela censura depois de É nos momentos em zona de Belém. Dessa
do sonho, o lugar impressos – “proibido”, “autorizado com que precisamos de vontade sobraram,
sobrenatural por cortes”, “autorizado”, sentenciava o censor recomeçar a partir do principalmente,
excelência” (Mexia zero que este épico “projetos, hesitações e
no exemplar que era guardado, justifi-
sobre a visão que sobre os sobreviventes inércia”, como salienta
cando, a maioria das vezes, a suspensão
Lourenço tinha derrotados da guerra o subtítulo do livro.
do livro por ser “imoral”, “comunista”
do cinema). Aqui, de Troia, que mais Com organização de
ou “pornográfico”. É essa Biblioteca da João Paulo Martins
podemos ler sobre tarde fundarão a
Censura que aqui se apresenta, em muitos cidade eterna, faz mais e profusamente
Marilyn, Brigitte Bardot,
casos com a reprodução da capa e cita- sentido. À luz dessa documentado com
Mastroianni, Woody
Allen, Bergman, António
ções dos relatórios dos censores, junta- convicção, Marcolongo plantas e fotografias, o
Reis ou Charlot – mente com a secção Obras Proibidas da propõe uma leitura volume integra ensaios
personagens que nos BN, ou seja, os livros que na biblioteca que expõe momentos de Pedro Rito Nobre,
levam para o “irreal não podiam ser consultados pelo público. críticos, ligações a Joana Brites, Sebastião
em estado puro”, o São 1322 títulos no total. O investigador outros clássicos e Carmo-Pereira e
“oitavo céu”, que é o Álvaro Seiça e o jornalista José Pedro Cas- a sua atualidade, Natasha Revez. L.R.D.
cinema, nas palavras tanheira analisam as listas em dois textos, tendo em conta as — Tinta-da-China,
de Eduardo Lourenço. debruçando-se o primeiro sobre os livros guerras, pandemias e 176 págs., €29,90
P.D.A. na área da literatura e o segundo sobre os instabilidades políticas
editores. Cláudia Lobo que vivemos. L.R.D.
— Fundação Calouste
Gulbenkian, 210 págs., — Biblioteca Nacional de Portugal, 484 págs., — Edições 70, 272 págs.,
€22 €15 €17,90
Cor
Nos quartos, À MESA
destaca-se o papel DO DAVVERO
de parede com
O restaurante do
formas geométricas
de diferentes hotel aposta numa
tonalidades ementa italiana
e padrões e tem preparadas
algumas iniciativas
Dia dos
Namorados
Tártaro de
camarão da
costa, caviar,
tapioca crocante
e maionese de
yuzo e risoto
de beterraba,
gorgonzola,
alcaparras, nozes
e pera desidratada
são duas das
D.R.
sugestões do
menu especial
(€95, vinhos
LISBOA
incluídos) para
O
vinhos), composta
passo vai abrandando de ritmo, venezianos comprados em lojas de antigui- por quatro pratos.
à medida que percorremos o dades, e o mobiliário da marca suíça Vitra, As boas-vindas
Sublime Lisboa, para apreciar a como o pequeno armário usado como serão feitas com
escultura de grandes dimensões mesa de cabeceira ou de apoio. o cocktail
do artista Rui Chafes, assim como diversos Misturando uma estética vintage com preparado com
quadros que decoram as paredes deste hotel detalhes mais modernos, o atelier portu- vodka, amora,
de charme. Entre as Amoreiras e o Marquês, guês Andringa Studio assina o projeto de framboesa,
trata-se da segunda unidade hoteleira do renovação e decoração do Sublime Lisboa, amarena, goma
grupo Sublime e vem juntar-se ao resort na considerado um dos 42 melhores hotéis do canela, clara de
Comporta, numa herdade com 17 hectares mundo, para 2022, pela National Geogra- ovo e limão.
rodeados por pinheiros-mansos, sobreiros e phic Traveller. A visita – sempre acompa-
dunas selvagens. nhada pelo perfume dos ambientadores,
A fachada, a escadaria, os tetos altos e feito com plantas e flores do jardim do Su- Prova de vinhos
os estuques originais lembram-nos de que blime Comporta – termina inevitavelmente Organizam provas
estamos no interior de um antigo palacete à mesa do restaurante Davvero (eleito pela de vinhos de
do início do século XX. Do piso térreo ao Condé Nast Traveller como um dos 16 me- diversas regiões,
sótão, vamos descobrindo diferentes to- lhores restaurantes de Lisboa), que aposta que podem ser
nalidades, padrões e texturas, que se unem numa ementa italiana clássica, na qual se acompanhadas
de forma harmoniosa, não só na biblioteca inclui, entre outros pratos, o spaghetto- por charcutaria
como também nos 15 quartos (incluindo ni de Gragnano Cacio e Pepe, com queijo e queijos italianos.
as duas suítes com terraço). Embora cada pecorino e pimenta-preta. O sabor é subtil,
um tenha uma identidade e dimensões mas fica na memória – tal como tudo neste
distintas, a utilização de papel de parede hotel, de resto. — Sandra Pinto
com formas geométricas é comum a todos.
Em alguns, destacam-se, ainda, os painéis R. Marquês de Subserra, 10, Lisboa > T.: 21 846 2121
de azulejo da Viúva Lamego, os espelhos > a partir de €255
estudo. Possivelmente é
como o “primeiro interesse”
e também o seu maior gosto PINTURA E COLAGENS
pessoal. “Reunir a família; Na pintura, tanto aprecia os
Lançou —— Refúgio
recentemente PRAIA DAS MAÇÃS SINTRA
o livro Salazar “É hoje o meu refúgio
preferido. Uma casa que
e a Educação a Teresa e eu imaginámos.
no Estado Novo, O sítio onde me afasto do
bulício de Lisboa, onde leio
um ensaio sobre e escrevo e sobretudo onde,
a educação no inverno, passo horas a
no Estado olhar para a lareira e, no
verão, vivo na excitação
Novo que é, permanente de ver se o Sol
simultaneamente, aparece ou se temos todo o
dia com o céu encoberto.”
um livro de
memórias — Sandra Pinto
PALAVRAS CRUZADAS
> > HORI ZON TAIS > > 1. Cerimónia pública e solene (pl.).
Surpreender com a vista (gír.). // 2. Recipiente próprio para se urinar
e defecar. Agradável aos sentidos, aprazível. // 3. Incapacidade
para a marcha por incoordenação dos movimentos próprios.
Outra coisa (ant.). // 4. Une ao nome o seu complemento. Auroque.
Parte inferior ou pendente de certas peças de vestuário. // 5. Provida
de asas. Restabelecer ou recuperar a saúde. // 6. Galho. Sacerdote
budista tibetano. // 7. Goza. Espaço ocupado por um corpo. // 8.
Acontecimento. No caso de, dando-se a circunstância de. // 9. Que
conserva ou revela ódio, rancoroso. Correios e Telecomunicações
de Portugal (sigla). // 10. Cortar com serra ou serrote. Artefacto de
matéria preciosa, metal ou pedrarias. // 11. Conjunto de circunstâncias
propícias a algo, num determinado momento. Superfície inferior do
pão. Registo Oncológico Regional (sigla). >> VERTICAIS >> 1. Prover
de abade. Cor vermelho-desmaiada. // 2. Fixar o preço de. Nove mais
um. // 3. Casa coberta de colmo, geralmente circular, usada por índios
brasileiros para habitação de uma ou mais famílias. Árvore da família
das betuláceas, frequente nas terras húmidas. // 4. Que tem semblante
carregado ou sombrio, carrancudo. Perceber ou conhecer por meio
dos olhos. // 5. Enfeita com oiro. Venoso. // 6. Contr. da prep. “a” com
o artigo ou pronome “o”. Bebedeira (pop.). // 7. Ósmio (s.q.). Pulo.
// 8. Que é próprio dela. Arrufo. // 9. Guardaram silêncio. Substância
para pintar. // 10. Avenida (abrev.). Bário (s.q.). Estação do ano
intermédia à primavera e ao outono. // 11. Atenção que se presta a
alguma coisa. Estação de Tratamento de Águas Residuais (sigla).
SUDOKU QUIZ
— DIFÍCIL — PO R PED RO D IAS D E ALM EI DA
// 6. Ao, Lontra. // 7. Os, Salto. // 8. Sua, Amuo. // 9. Calaram, Cor. // 10. Av, Ba, Estio. // 11. Reparo, ETAR.
SOLUÇÕES >> VERTICAIS >> Abadar, Rosa. // 2. Tabelar, Dez. // 3. Oca, Amieiro. // 4. Sisudo, Ver. // 5. Oira, Venal.
// 6. Ramo, Lama. // 7. Ri, Volume. // 8. Evento, Se. // 9. Odiento, CTT. // 10. Serrar, Joia. // 11. Azo, Lar, ROR.
>> HORIZON TAIS >> 1. Atos, Toscar. // 2. Bacio, Suave. // 3. Abasia, Al. // 4. De, Uro, Aba. // 5. Alada, Sarar.