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Humberto Calixto - Odontologia UFPE

Emergências médicas no consultório ● Situações clínicas:


odontológicos 1 - Alterações do nível de consciência;
- Sofrimento respiratório;
● Introdução: - Dor torácica;
- Reações alérgicas;
● Urgência: Situações críticas que não podem
ser adiadas, que precisam ser resolvidas o mais ● Recomendações básicas:
rápido possível, mas que NÃO apresentam - Manter Calma
ameaça imediata à vida. - Pedir ajuda (quando e a quem)
● Emergência: Situações críticas que não podem - Estar treinado para as manobras de
ser adiadas, que precisam ser resolvidas o mais Suporte Básico de Vida (SBV)
rápido possível, mas que apresentam ameaça
imediata à vida. ● Anamnese e avaliação dos SSVV:

● Como prevenir? ● Anamnese dirigida: segue um padrão de


- Exame clínico (exame físico: inspeção, entrevista pré definido, com perguntas prontas
palpação… + anamnese) feitas pelo profissional, ela pode ser formulada
- Exames complementares ( laboratoriais e de de acordo a necessidade de cada paciente.
imagem) Construir uma identificação da pessoa, ou seja,
1. Evitar estresse frente ao procedimento saber o perfil do paciente que vai ser atendido
odontológico (ex: não montar mesa na - Idade
frente do paciente/ mesa deve estar - Problemas de saúde ou alergias
montada e forrada) musicoterapia - Uso de medicações (regular ou no dia)
2. Avaliar a quantidade de medicações - Cirurgias prévias
3. Consultas iniciais devem ser mais - Internação hospitalar
longas - Estresse ou problemas recentes

● Ansiedade: A ansiedade odontológica é um ● Avaliação dos SSVV:


estado emocional que precede o encontro com
um objeto ou situação temida, caracterizada por - Pulso: qualidade, ritmo e FC. (FC 60 - 100)
sentimentos de apreensão, tensão, nervosismo
ou preocupação relativo às consultas Idade BPM
preventivas e terapêuticas com o
cirurgião-dentista, sem necessariamente estar Bebês 100-170
conectado a um estímulo externo específico.
2 - 10 anos 70-120
- Ansiedade de Associação: Certos 10 anos - adulto 60-100
estímulos são gatinhos para excitação (ex:
visão da agulha)
- Ansiedade de Atribuição: Causa relacionada
a uma situação ou procedimento que acontece
na cadeira odontológica.
- Ansiedade de Avaliação: Ocorre pela
rememoração de experiências negativas
associadas ao tratamento odontológico.
Humberto Calixto - Odontologia UFPE

tabagistas sem DPOC, histórico de IAM há +6


meses.
- Frequência respiratória (FR 14- 18 IPM) - Asa 3: portador de doença sistêmica severa
limitante, obesidade mórbida, fim de gestação,
diabetes tipo 1 controlada, HAS estágio 2,
Idade FR/min
angina de peito após exercícios leves,
Bebês 30 - 40 convulsões ou crises asmáticas frequentes.

1-2 25 - 30 - Asa 4: doença sistêmica severa sob


2-8 20 - 25 constante risco de morte, angina em repouso,
acordam a noite com dor no peito ou falta de ar,
8 - 12 18 - 20 IAM ou AVE < 6 meses, HAS > 200mmHg ou >
100mmHg.
Adultos 14 - 18
- Asa 5: paciente moribundo (não sobrevive
- Pressão arterial (PA 120x80)
sem a cirurgia), doença renal, hepática ou
infecções em estágio final, câncer terminal.
Categoria Sistólica Diastólica
(mmHg) (mmHg) - ASA 6: morte cerebral declarada, órgãos
serão removidos para adoção.
Normal > 120 > 80

Pré hipert. 120-129 80 - 89

Hipertensão*

Estágio 1 140 - 159 90 - 99

Estágio 2 =/< 160 =/< 100

- Classificação ASA: A classificação de estado


físico ASA (Sociedade Americana de
Anestesiologistas) é uma ferramenta importante
para a avaliação pré-anestésica do paciente.
Assim, é utilizada em diversos estudos por
possuir estreita relação com a morbidade e a
mortalidade anestésica. O objetivo da
classificação é avaliar e informar as
comorbidades médicas pré anestésicas de um
paciente.

- ASA 1: Paciente saudável, sem


anormalidades, pouca ou nenhuma ansiedade.

- ASA 2: Paciente portador de doença


sistêmica moderada, extremamente ansiosos,
>65 anos, obesidade moderada, 1º trimestre de
gestação, HAS controlada por medicação,
Diabete tipo 2 controlada (dieta/medicação),
Humberto Calixto - Odontologia UFPE

- Sinais:

● Classificação: quanto às situações

1. Alteração ou perda da consciência:


- Lipotímia e síncope: Mal estar / Desmaio
(síncope), fator ansiogênico pode ser o
causador.
- Protocolo de atendimento: interromper
tratamento, conversar com o paciente. Se ele
passar mal: deitar a cadeira/paciente (manobra - Protocolo de atendimento: Interromper o
de trendelenburg), afrouxar roupas, liberar vias tratamento! Leve: administrar fonte de glicose
aéreas, monitorar resp e pulso, seguir via oral, monitorizar SSVV, consultar um médico
conversando com paciente, aguardar melhora antes da próxima consulta se não souber a
por 2-3min (até 5min). Após recuperação causa. Moderada: administrar fonte de glicose,
aguardar 10-15 min. Se não retornar monitorar ssvv, Se não melhorar: administrar
consciência: suspender a consulta e solicitar o 50ml de glicose a 50% ou 1 mg de glucagon
socorro, administrar O2 e monitorar SSVV. IM/IV. Graves: administrar 50ml de glicose a
50% IV/IM ou 1 mg de glucagon, chamar
suporte, monitorizar SSVV, administrar O2 e
encaminhar para emergência.

- Hipotensão ortostática: queda excessiva da


pressão arterial (PA) quando se assume a
*Posição de Trendelenburg: manter o corpo posição ortostática. A definição consensual
do paciente deitado de costas num ângulo de envolve queda da pressão sistólica > 20 mmHg,
15 a 30 com os pés mais altos do que a cabeça. queda da pressão diastólica acima de 10 mmHg
Objetiva aumentar a perfusão sanguínea em ou ambas.
órgãos vitais e estimular a perfusão sanguínea - Risco de queda,
em pacientes com problemas respiratórios. - Protocolo de atendimento: posição de
Trendelenburg, Realizar Chin lift se necessário,
Monitorizar e avaliar SSVV, dispensá-lo
acompanhado após recuperação.

- Hipoglicemia aguda: Pode ser dividida em - AVE/AVC: alteração de fluxo sanguíneo


sintomas suaves, moderados e intensos. cerebral por obstrução. Isquêmico (obstrução,
Glicemia abaixo de 70mg/dL (falta/baixa de trombo, causa ausência de O2) ou
açúcar no sangue) hemorrágico (rompimento de aneurisma ou
pseudoaneurisma, vaso, causa hemorragia).
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- Identificar sinais: Sorriso com déficit motor


(lábio ou olho), Abraço (fraqueza em um
braço), Mensagem (dificuldade na
verbalização), Chamar imediatamente suporte
ou levar a emergência de imediato. Em vez de
deixar o paciente deitado pode deixar sentado
para diminuir a pressão sanguínea na
cabeça.

- Protocolo de atendimento:
- Episódio isquêmico transitório: Precede o
AVE. interromper o tratamento e sentar o
paciente, monitorizar SSVV, avaliar se os sinais
e sintomas desaparecem em até 5
minutos,encaminhar para emergência.
- AVE: não regresse pós 5 minutos, solicitar
assistência médica de urgência, monitorizar
SSVV, se estiver inconsciente colocá-lo deitado
com cabeça mais elevada, realizar prontamente
as manobras de RCP caso não haja sinais de
respiração e/ou pulso.

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