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DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
MARINGÁ
2023
INTRODUÇÃO
Desde a Antiguidade, tem-se buscado mecanismos para mitigar a dor. Inicialmente,
utilizavam-se extratos de plantas com esse propósito, como a colchicina (Colchicum
autummale) e o murto (Myrtus communis L), que possuíam propriedades anti-inflamatórias e
traços de ácido acetil. Outra planta utilizada com esse fim era a casca da árvore do salgueiro
branco (Salix Alba). A história do uso do salgueiro remonta a um povo antigo, os sumérios,
que já prescreviam, há 4 mil anos, o uso dessa planta para aliviar as dores [1].
A redescoberta das folhas de salgueiro pelo Reverendo Edward Stone, de Chipping
Norton, no condado de Oxford, Reino Unido, ocorreu de maneira acidental. Em 1763, ao
provar a folha, o reverendo notou uma semelhança no gosto amargo com outra planta
chamada Peruvian, conhecida por ser rica em quinino e utilizada no tratamento de pacientes
com malária. Stone, utilizando a antiga Doutrina das Assinaturas, fez uma conexão entre a
alta incidência de malária naquela região e a descoberta da planta [1].
O princípio ativo presente na casca do salgueiro é a salicilina, que foi isolada pela
primeira vez em 1828 pelo químico alemão John A. Buchner. Em 1838, o químico italiano
Raffaele Piria realizou a quebra das moléculas de salicilina, resultando em um açúcar e um
composto aromático chamado salicilaldeído. Posteriormente, por meio de hidrólise e
oxidação, o salicilaldeído foi convertido em um ácido incolor cristalizado, que Piria
denominou de ácido salicílico [1].
Em 1889, o fármaco recebeu o nome comercial de Aspirina®. Acredita-se que esse
nome seja uma combinação de "A" (derivado de acetil) e "spir" da planta Spiraea ulmaria,
que possui o mesmo princípio ativo encontrado na casca do salgueiro. O sufixo "in" era
comumente usado nos nomes de medicamentos daquela época. Outra teoria sugere que o
nome se originou do fato de que o ácido salicílico era inicialmente conhecido como "acidum
spiricum" [1].
Em 6 de março de 1899, a Bayer patenteou a aspirina e lançou uma campanha de
divulgação em todo o mundo por meio de folhetos. Isso tornou o medicamento conhecido e
amplamente utilizado internacionalmente. A aspirina foi o primeiro medicamento a ser
comercializado na forma de comprimidos, em 1900, como solução para a dificuldade de
dissolvê-la. Essa apresentação também ajudou a prevenir adulterações e proporcionou uma
dosagem mais precisa em comparação com a versão em pó, que era o formato inicial. O
medicamento tornou-se extremamente popular e foi chamado pela imprensa da época de "the
wonder drug" (a droga maravilhosa). Em 1950, a aspirina conquistou um lugar no Guinness
Book como o analgésico mais popular do mundo [1].
A aspirina interfere na síntese da prostaglandina ao inibir a enzima ciclooxigenase.
Seus efeitos antipiréticos ocorrem devido à inibição da síntese de prostaglandina no
hipotálamo. Além disso, a aspirina também promove vasodilatação e aumento da
transpiração. A dor desempenha um papel crucial como um sistema de alarme em nosso
corpo, alertando-nos para possíveis distúrbios de saúde ou lesões. Existem milhares de
terminações nervosas distribuídas em todo o corpo que são sensíveis a estímulos térmicos e
químicos. A substância química capaz de estimular essas terminações nervosas é a
prostaglandina, cuja biossíntese é inibida pela aspirina [2].
O processo de síntese consiste em tratar o ácido salicílico com anidrido acético e um
pouco de ácido sulfúrico, que atua como catalisador, conforme mecanismo 01.
Mecanismo 01: Síntese do ácido acetilsalicílico.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ρ=m/v Equação 1
Para se obter a quantidade de matéria (n, mol) referente às massas de cada reagente
disponíveis no meio reacional (Equação 2), aplicou-se a relação de proporção entre massa
disponível no meio reacional e massa molar para cada reagente, relação esta também
demonstrada conforme mostra o Quadro 1.
n = m / MM Equação 2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] HISTÓRIA DA MEDICINA, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo,
2016
[2] JUNIOR, Dimas da Rocha Silva. DOSAMENTO DE ASPIRINA. 2012. Tese (TCC) -
Curso de Química Industrial Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2012.