Você está na página 1de 56

Introdução

A sociedade atual requer da formação de um homem novo, capaz de conviver


nos distintos cenários sociais, de saber mudar os espaços de acordo aos
interesses, necessidade, inclinações, vivermos uma era da exacerbadas
espectacularização do fenómeno como a agressão física e verbal, de
predomínio das NTIC-S, onde as crianças são influenciadas em seus
momentos de espaçamento e diversão por mensagem nocivas para sua idade
e maturidade.

Daqui a necessidade de que os distintos agentes socializadores sejam capazes


de mudar os ambientes sócios comunitários. Pelo que, a Recreação é uma
prática prazerosa em que os alunos participam de atividades descontraídas.
Ela pode ser uma importante estratégia de inclusão e socialização, além de
desenvolver as habilidades psicomotoras das crianças. Assim, a recreação
transfere-se para o quotidiano e aproxima-se de uma vida permeada de
informações. Esse processo de educação se dá através da convivência de
diversos desses indivíduos, mais especificamente crianças, dentro de locais
especializados que transmitem tais valores indiretamente, por meio da
recreação (Ferreira, 2000).

Por meio da recreação é possível educar. As crianças buscam em seu interior


algo estimulante, que saia da rotina diária, podendo a recreação ser utilizada,
até mesmo dentro da sala de aula. Hoje, o que se vê é uma sociedade
totalmente voltada para o bem comum, que continua em transformação, mas
que busca maneiras alternativas que contribuam no processo de reestruturação
social. Os pais estão muito preocupados com a educação de seus filhos, que
necessitam de uma contribuição externa, ou seja, novas alternativas na busca
de melhor qualidade de vida em vários aspetos, tais como, psicológico, afetivo
e social, já que os valores atuais são outros e foram transferidos, também, a
outras pessoas.

A responsabilidade de educar um indivíduo e transformá-lo é peça fundamental


numa sociedade; deixou de ser apenas papel da família e passou a ser de
responsabilidade da escola. De acordo com Brotto (2001), a recreação é uma

pág. 1
forma específica de atividade, uma atitude ou disposição, uma área de vida rica
e abundante, a vida fora das horas de trabalho.

Na linguagem cotidiana, é sinônimo de entretenimento, divertimento, alegria.


As crianças cobram uma maior importância, tendo em conta que este é um
setor da sociedade que precisa utilizar esse espaço de tempo com trabalhos
edificadoras, que enalteçam e desenvolvam suas mentes, sua personalidade e
suas vidas. A criança não tem as mesmas obrigações que os adultos, portanto
tem mais tempo desocupado, além disso precisa expandir-se, e sentir-se. O
não possuir opções adequadas para empregar este tempo pode provocar
frustrações, retrocessos e pode desvirtuar as personalidades, assim como
danificar o curso da vida de qualquer criança.
Pelo anterior citado, a ocupação do tempo livre, é um elemento reitor na
sociedade actual. Em realidade é a primeira fronteira da luta ideológica sobre
tudo o que diz respeito a criança.
São vários os investigadores como (BRAMAO, María Beatriz Fernández - 2000,
p.147-162 e A Gama · 2008 ), que analisam a importância da ocupação do
tempo livre e o papel da recreação física comunitária . De salientar que o
tempo livre não é um elemento secundário e residual da sociedade. Em
realidade, é a primeira fronteira da luta ideológica, sobre tudo respeito à
criança:
É por isso que se faz indispensável falar e refletir a respeito das necessidades
e interesses recreativos nas pessoas, e mais ainda nos meninos. Devemos ser
capazes de oferecer a criança atividades recreativas que atendam e
respondam a seus gostos e preferências.

Sobre essa base, o sistema de educação no contexto Angolano, na Lei de base


da Educação 32/20, de 12 de Agosto, oferece prioridades a formação integral
do indivíduo para as exigências da vida individual e coletiva, e desenvolver a
convivência humana, onde em articulação com artigo 25, línha (a) “A segurar
uma formação harmoniosa e integral de qualidade que permite o
desenvolvimento das cidades intelectuais, laborais, civis, morais, éticas,
estéticas e físicas”

pág. 2
Em Angola a Lei da Actividade de Jogos é apresentada no Diário da República
1ª série Nº 97 de Sexta-feira, 23 de Maio de 2014. A Legislação sobre as
actividades recreativas em Angola expressa “o direito social é um investimento,
assegurado pelo Estado, que visa reduzir progressivamente as desigualdades,
controlar os excessos dos interesses privados e dar oportunidade a todos de
acesso a determinados bens sociais indispensáveis a uma vida digna e a uma
participação cívica consciente”.

Lei da Actividade de Jogos - Lei n.º 5/16, de 17 de Maio SUMÁRIO: Aprova a


Lei da Actividade de Jogos. - Revoga a Portaria n.º 517/70, de 16 de Outubro,
a alínea o) do n.º 1 do artigo 9.º do Código do Imposto sobre a Aplicação de
Capitais, aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de
Outubro, e toda a legislação que contrarie o estipulado na presente Lei.
APROVADO POR: Lei n.º 5/16, de 17 de Maio

Segundo Gomes (2006) e Cury (2006, p. 22), refletem sobre o lazer como um
direito social, garantido em nossa constituição, desloca o foco de discussão
para as conquistas sociais que se vinculam a ele. E nesse sentido, estamos
falando da limitação da jornada de trabalho e do final de semana, férias e
feriados remunerados. De certa maneira, esses são os momentos
“consagrados” ao lazer no mundo.

Tendo em conta o expressado anteriormente, na comunidade do Barrio Piloto


do município Cuito, na província do Bié se visualiza esta temática de igual
forma. Aprecia-se de maneira geral que tanto crianças, jovens e adultos
maiores, carecem de satisfazer as necessidades recreativas nas comunidades
para ocupar os seus tempos livres. Isto provoca que tanto as instituições
educativas, encarregados das comunidades, assim como as famílias,
organizem ou pensem em actividades com o fim de resgatar e manter a cultura
desde as diferentes ofertas.

A presente realidade, constata-se também da zona 4 no Bairro Piloto, no


município de Cuito-Bié. Os autores fizeram observações a população do dito
bairro durante os dias da semana e finais de semana, também realizou-se

pág. 3
entrevistas ao Soba, aos encarregados de educação e as crianças. Os
resultados obtidos conduziram-nos a definir um grupo de insuficiências que
deram via a realização do presente estudo.

Insuficiências

 Limitados espaços para a realização de actividades físicas-recreativas


saudáveis para as crianças da localidade do Bairro Piloto.
 Insuficiente gestão dos líderes de comissão de moradores, coordenadores
do bairro e Sobas para a realização de actividades físicas-recreativas para
ocupar o tempo livre.
 Carências de meios para a realização e direção de actividades físico-
recreativas para ocupar o tempo livre das crianças.
 As crianças de 8 a 10 anos ocupam o seu tempo livre em actividades in
adequadas para a sua idade, como; vendas e compras de álcool e o uso
constante de telemóveis.
Dada as insuficiências detectada, levou a descrever a seguinte Situação
problemática:

Observa-se que depois do seu tempo de estudo os meninos na zona 4 do


Bairro Piloto, durante e finais de semanas, realizam atividades inapropriadas;
pelo qual faz-se necessário ocupar o seu tempo livre em actividades com base
os seus gostos, preferências, interesses e necessidades. Especialmente para
as crianças de 8 a 10 anos de idade.

Daqui derivou-se o Problema Científico;

Como contribuir na ocupação do tempo livre das crianças dos 8 a 10 anos da


zona 4 do Bairro Piloto de Cuito-Bié?

Objecto do Estudo
A recreação física comunitária para as crianças de 8 à 10 anos da zona 4 do
Bairro Piloto do Cuito Bié.
Campo de acção
Atividades físico-recreativas para as crianças de 8 à 10 anos.

Objectivo Geral

pág. 4
Elaborar um plano de atividades físico-recreativas para a ocupação do tempo
livre nas crianças de 8 aos 10 anos de idade da Zona 4 do Bairro Piloto de
Cuíto-Bié.

Perguntas e Tarefas científicas:

1) Quais são os fundamentos teóricos que sustentam a recreação física


comunitária para ocupação do tempo livre?
2) Qual é o estado atual das actividades físico-recreativas para a ocupação do
tempo livre das crianças de 8 à 10 anos da zona 4 do Bairro Piloto de Cuito-
Bié?
3) Quais atividades físico-recreativas devem ser elaboradas para melhorar
a ocupação do tempo livre das crianças de 8 à 10 anos da zona 4 do
Bairro Piloto de Cuito-Bié tendo em conta o seus gostos, preferências,
interesses e necessidades?
Tarefas científicas:

1) Determinar os fundamentos teóricos que sustentam a recreação física


comunitária na ocupação do tempo livre.

2) Diagnóstico das actividades físico-recreativas para a ocupação do tempo


livre das crianças em estudo.

3) Selecionar as actividades físico-recreativas para a ocupação do tempo livre


de acordo com o seus gostos, preferências, interesses e necessidades das
crianças de 8 à 10 anos da zona 4 do Bairro Piloto de Cuito-Bié.

Modelo de investigação: misto (qualitativo e quantitativo) o modelo de


investigação é misto, por ser um modelo que está centralizado na objetividade dos
fenómenos e na observação classificando-os qualitativamente, mas também
possibilita quantificar o resultado dos instrumentos aplicados no estudo.

Tipo do Investigação: descritiva; pois descrevem-se as características da


realidade do contexto e tem como objectivo descrever o fenómeno em
investigação.

MÉTODOS CIENTÍFICOS

De nível teórico:

pág. 5
Histórico-Lógico: utilizou-se para o estudo da evolução histórica da recreação
física comunitária e suas teorias.

Análise-Síntese: facilitou organizar a investigação a partir das informações


obtidas nas bibliografias consultadas, assim como determinar ás principais
teorias e conceitos relacionados ao tema investigado sobre a recreação como
fenómeno social.

Indutivo-Dedutivo: permitiu refletir a lógica dos principais aspectos da


proposta de atividades físico-recreativas a partir das características da
população.

De nível empírico:

Análise documental: baseou-se na revisão das literaturas especializadas, ao


nível nacional e internacional da recreação e seus tipos. Assim outros
documentos oficiais em Angola, como a Lei da Atividades de Jogos.
Entrevista: efetuou-se aos encarregados de educação das crianças da
comunidade de estudo, aos coordenadores de zona, o soba e nas crianças
para conhecer gostos, preferências, necessidades e interesses recreativos.
Observação: empregou-se para observar as actividades cotidianas feitas as
crianças da zona 4 do Bairro Piloto e diagnosticar as insuficiências na amostra
de estudos respeito a sua forma de recreação.

Matemático-estatístico: aplicou-se a estatística descritiva como procedimento


do cálculo percentual para realizar a análise dos resultados quantitativos
obtidos.

Descrição da População e Amostra

Sendo o Bairro Piloto uma comunidade habitacional bastante ampla,


desenvolveu-se o estudo aos populares ligados a Zona 4, que compreende as
imediações da loja comercial-AC e

Essa zona é constituída em média com uma população entre crianças e


adolescentes de aproximadamente de 180, das quais 92 se encontram entre 8
e 10 anos. Participaram do estudo, 65 crianças o que corresponde à 71%. Por
outra parte utilizou-se como fontes de informação os 27 encarregados de

pág. 6
educação das mesmas crianças, que representam 29% e o soba da
comunidade.
Para a seleção das crianças, utilizou-se o tipo de amostragem probabilístico,
onde todos os representantes da amostra têm a mesma probabilidade de
participar e predominou o critério aleatório simples a qual fez-se mediante a
disponibilidade e interesse das crianças.
Já para os encarregados de educação das crianças, o tipo de amostragem é
não probabilístico, onde nem todos têm a mesma probabilidade de participar e
o critério de amostragem é não intencional.

Gráfico no 1
População e amostra

População e Amostra

29%

71%

Crianças Encarregados

Fonte de elaboração: própria

Contributo prático
O contributo prático da presente investigação está baseado na proposta de
actividades físico-recreativas, a partir de gostos, preferências, interesses e
necessidades de recreação das crianças de 8 à 10 anos da zona 4 do Bairro
Piloto de Cuito-Bié, com o fim de ocupar o seu tempo livre de forma
espontânea, educativa e orientadora.

Estrutura do trabalho

pág. 7
O presente trabalho está estruturado por uma introdução onde encontram os
seus elementos, como insuficiências, situação problemática, problema
científico, objecto do estudo, campo de acção, objectivo geral, perguntas e
tarefas científicas. Também apresenta-se o capítulo I onde referem-se os
fundamentos teóricos e se faz uma análise teórica dos diferentes autores
quanto as considerações aprofundadas referentes a recreação como fenómeno
sócio cultural e as atividades físico-recreativas e o capítulo II descreve os
resultados do diagnóstico e a proposta de actividades, conclusões e
recomendações.

CAPÍTULO I. FUNDAMENTOS TEÓRICOS


No presente capítulo são abordados os fundamentos teóricos referentes as
diversidades conceituais referentes as teorias expostas pelos diferentes
autores a volta da Recreação, a recreação comunitária e as actividades
recreativas, assim como sua importância de forma geral, para a formação
integral, educativa e toma de decisões na comunidade infantil de forma
específica.

I.1. A comunidade e a recreação comunitária

Na busca de uma aproximação ao conceito de comunidade se constata a


grande variedade de elementos que se sublinham para defini-la, é ao mesmo
tempo se observam diferenças em sua concepção em dependência da aresta
específica que o aborde, já seja antropológica, psicológica, sociológica, de
trabalhos social ou de disciplinas derivadas das anteriores, pudesse mencioná-
la óptica da Educação Popular. Outra diferença desta importância relacionada
com os diferentes períodos ou momentos em que cada autor tem feito uma

pág. 8
análise da comunidade, em especial com o advento da modernidade e o
surgimento das cidades.

Entre os elementos em que se encontram acentos estão os interesses comuns,


a territorialidade compartilhada, os rasgos culturais, étnicos, religiosos,
ocupacionais e outros, do qual se derivam uma perversidade de sentido são
mesmo conceito. Entretanto, no marco mais abstrato e geral se pode
mencionar a definição do Giner (1995, p. x), “que se apoia no caráter
emocional, no seio das quais estas formações sociais, cada indivíduo
considera ao outro indivíduo como um fim em se mesmo, nela os indivíduos se
conhecem pessoalmente, participam mutuamente de suas vidas privadas e
coletivamente também”.

Segundo o próprio autor, na comunidade os sentimentos ocupam um lugar


importante, já que em seu seio se convive, compartilha-se e se tomam
decisões com objetivos comuns.

Esta referência, embora acentua uma das facetas mais importante do conceito,
não revela os marcos objetivos que sustentam essa inter-relação estreita e
duradoura.

São muitos os autores que nesse empenho ressaltam rasgos específicos para
definir o termo comunidade, e ao se feitos do interesse da presente
investigação se podem mencionar, entre outros os seguintes: Rei (1989 p.78)
define a comunidade como um grupo social de qualquer tamanho cujos
membros residem numa localidade especifica, tem uma herança cultural e
histórica comum e compartilham características e interesses comuns”.

Pérez (1998, p. x), “considera que é uma área territorial onde se assenta a
população, com um grau considerável de contato interpessoal e certa base de
coesão”. Sánchez (1999, p. x), diz o seguinte sobre a comunidade: “os
membros compartilham um espaço geográfico e isto tem um significado para
eles de determinado sentimento. Presença de um grupo consistente com pé
durabilidade no tempo, o qual garante uma convivência social formal e informal,
existem instituições ou serviços que identificam ao grupo humano de que se

pág. 9
trate, assim como uma base material que possibilita o desenvolvimento, a
distribuição em prestação de serviços sociais aos membros da comunidade.

Há um componente psicológico de caráter identificativo e relacional em duas


dimensões: vertical (identificação do sentido de pertença à comunidade de que
tem os membros), horizontal (interpessoal, ou seja, um conjunto de relações e
laços que desenvolvem os membros entre si) ”.

Para nós definir a comunidade como conceito segundo a realidade concreta e


histórica vivida na prática social, consideram os que pode ser definida como o
espaço físico ambiental, geograficamente delimitado, onde tem lugar um
sistema de interações sociopolíticas e económicas que produzem um conjunto
de relações interpessoais sobre a base de necessidades. Este sistema resulta
de tradições, história e identidade próprias que se expressam em identificação
de interesses e sentido de pertença que diferenciam ao grupo que integra dito
espaço ambiental dos restantes.

Como se observa na lógica de uma definição conceptual existem dois


momentos: o primeiro, é tomar o objeto a definir e a atribuí-lo a um conjunto
que lhe serve de referente; o segundo, estabelecer dentro desse conjunto que
é o que o distingue de seus semelhantes, neste caso se trata da determinação
das variáveis chaves que permitam estabelecer com precisão a singularidade
do objeto segundo Rezsohazy (1988,p.105) estima que é “um conjunto de
pessoas”, o Projeto de Programa de Trabalho Comunitário Integrado afirma
que“ é um espaço físico ambiental, geograficamente delimitado”

Enquanto que para Árias (1995, p. x), é “ um organismo social “.Os grupos
sociais constituem agrupamentos humanos que emergem dos processos de
diferenciação social que transcorrem no âmbito das relações sociais e que têm
como resultante a estrutura social específica existente na sociedade.

Tal estrutura designa o conjunto de vínculos ordenadores e Inter


condicionadores do sistema social, já que nela se fixam as formas de divisão
social do trabalho, a organização demográfica dos homens e as inter-relações
entre as classes e grupos sociais. As comunidades constituem um tipo de
agrupamento atendendo à componente demográfico de tal estrutura, pois seus

pág. 10
membros compartilham um espaço que se reconhece nas mais diversas
definições que existem sobre a mesma.

Autores como Durkheim (1951 p. x); Follari, e Couve (1984 p. x), coincidem em
suas respectivas classificações de grupos sociais, ao considerar à comunidade
local e às “comunidades se formam sobre uma base territorial, ao povo ou
cidade”. Entretanto, existem outros argumentos que fundamentam tomar ao
grupo social como elemento de partida para uma definição de comunidade.

Tais argumentos se relacionam com a natureza grupal dos processos


comunitários pois em seu interiores tão presente em processos de construção
de identidades, de determinação de posições e encargo, quer dizer, processos
cuja dinâmica escapam ao conteúdo de outros términos que em ocasiões são
empregados para defini-la como o de conjunto, cenário, etc. Nas relações
comunitárias se concretizam atitudes e estereótipos respeito ao próprio grupo
(comunidade) e frente a outros grupos, o qual a sua vez é continente de
atitudes e condutas do suceder individual de seus membros, os problemas de
moradia, as mudanças de estruturas legais, etc.

Aqui também a floram da cotidianidade dos problemas relacionados com a


família, o grupo de amigos, a escola, o sistema educacional, de saúde,
vizinhança, até a aquela de ordem nacional e internacional.

Analisar a comunidade significa estudar e conhecer a comunidade real, a


determinação de sua existência e estádio de desenvolvimento, em suas
gradações de maturação e em sua diversidade. Uma comunidade é muito mais
que um lugar que serve de assentamento e permite, do estrutural, considerá-la
um grupo social. Aceitar um enfoque de tal reducionismo significaria para a
ciência assumir sem questionamento o discurso instalado na consciência
cotidiana de que todo assentamento é comunidade e portanto os problemas
comunitários são separações da suposta normalidade da ordem existente e
devem ser enfrentados como funcionalização social. A ciência supõe uma
abordagem mais rigorosa da realidade, e desde nossa visão, um compromisso
social com a emancipação do homem.

pág. 11
Por isso, da perspectiva que vamos expondo, a comunidade é um grupo social
que compartilha espaço onde a participação e cooperação de seus membros
possibilita na eleição consciente de projetos de transformação dirigidos à
solução gradual e progressiva das contradições potenciadoras de seu auto
desenvolvimento. Nesta definição pode observar-se que o conceito expressa
uma qualidade do desenvolvimento do objeto concreto, quer dizer, estabelece
a premissa de que não todo grupo social que compartilha um espaço em um
âmbito urbano ou lugar específico pode ser considerado uma comunidade.

Os líderes comunitários desenvolvem esta visão por meio da posta em prática


de Plano de Desenvolvimento Lamaçal em Recreação conformado por diversos
projetos integrados nas dimensões Físico-ambiental, econômica, social e
espiritual.

A recreação comunitária se caracteriza por: Ter um ideal de desenvolvimento


que se apoia no respeito e harmonia das pessoas e do meio comunitário.
Martínez, (2009, p. x).

A Recreação comunitária procura:

 Propiciar as oportunidades de contato, comunicação e toma de decisões


comunitárias para fortalecer desta maneira a identidade e pertença ao
Bairro ou comunidade.
 Facilitar o acesso às dotações, equipamentos e centros de trabalho e a
redução das necessidades de deslocamento.
 Valorizar o espaço público como espaço com diversas funções (de
estadia, de socialização, de intercâmbio, e de jogo).
Mediante a recreação comunitária, considera Martínez (2003, p. x), adquirem-
se benefícios pessoais, já que apesar de que os objetivos estão dirigidos em
primeira instância para o coletivo, pensando primeiro no bem da comunidade,
(uma comunidade ampla, consolidada, formada por mulheres, homens e
meninas) repercute diretamente no benefício próprio. Além disso adiciona o
autor, que mediante a recreação comunitária se promove uma democracia a
onde prevalece o respeito, a verdade e a justiça. Esta dimensão social se
expressa quando:

pág. 12
 As pessoas se conhecem, relacionam-se e se sentem parte de
uma grande família.
 Os integrantes da comunidade conseguem fazer contratos de
convivência e promessas que na medida do possível todos põem
em prática.
 Compartilham-se recursos comuns, existe a ajuda mútua e
sentem especial atenção pelos mais necessitados.
 Todas as organizações sociais se unem com o fim de realizar
propósitos comuns.
 Promove-se a diversão, a prevenção de riscos e as práticas de
medicina preventiva.
 A todas as pessoas lhes brinda a oportunidade de um trabalho
significativo de cooperação dentro da comunidade.
 Integram-se os grupos sociais que foram marginados.
 Promove-se a educação permanente da comunidade, sobre tudo
da terceira idade.

I.2.- Critérios teorico-metodologicos da recreação física comunitária na


ocupação do tempo livre das crianças.
Recreação é a “liberdade total da pessoa, não se deve obrigar a pessoa a ficar
quando quiser ir, não constrangê-lo a ir, quando quer ficar. As pessoas devem
ser educada para a liberdade. É preciso que saltem, corram, gritem quando
tiver vontade. ”No conceito de recreação, percebe-se que é englobado o lazer e
o jogo, pois a recreação como atividade e comportamento típico de jogo, está
contida no lazer.

Actividades recreativas e desenvolvimento infantil


Segundo Friedmann (1996), a atividade lúdica na infância, fornece informações
sobre a criança, suas emoções, a forma como interage com seus colegas, seu
desempenho físico-motor, seu estágio de desenvolvimento, seu nível
linguístico, sua formação moral, ou seja, é a forma de expressão e
comunicação com o mundo. E diante dessas informações, o educador sabe
como intervir nas dificuldades e necessidades apresentadas pelas crianças e
pode proporcionar aprendizagens através da brincadeira.

pág. 13
Vygotsky (1989) apud Martins, 1997, em sua teoria, reconhece que o
desenvolvimento humano se constrói a partir das relações sociais que as
pessoas estabelecem no decorrer de sua vida. Nesse sentido, as brincadeiras
proporcionam a convivência e, conviver implica em respeito e no
reconhecimento do próximo, do outro. A brincadeira e o jogo estabelecem
normas, limites, mas também proporcionam prazer, há derrotas e vitórias e, é
neste processo que a criança se constrói como ser social. O brincar está
ligeiramente relacionado ao desenvolvimento da perceção, da memória, da
afetividade, da imaginação, aprendizagem, linguagem, atenção, interesse, ou
seja, um leque enorme de características próprias dos seres humanos que no
decorrer do processamento da brincadeira são experimentadas.
A atividade recreativa é reconhecida como meio de fornecer à criança um
ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a
aprendizagem de várias habilidades, além de trabalhar estas habilidades na
criança, ajudará no desenvolvimento da criatividade, na inteligência verbal-
linguística, coordenação motora, dentre outras. Partindo da consideração de
que as atividades lúdicas podem contribuir para o desenvolvimento Intelectual
da criança, Platão ensinava matemática às crianças em forma de jogo e
preconizava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados por
jogos educativos (Aguiar, 1998, p.36).
Através das atividades recreativas as crianças consegue expressar seus
sentimentos em relação ao mundo social e transformar sua realidade que
muitas vezes é tortuosa devido aos problemas que trás consigo (Verderi,
1999).
Kishimoto (2002) ressalta que a atividade lúdica, devem ter o mesmo propósito:
o desenvolvimento integral da criança, promovendo assim uma proposta
pedagógica de jogos educativos, ou seja, jogos com a função de educar.
É importante ressaltar que o lúdico é de fundamental importância para o
desenvolvimento físico e mental da criança, auxiliando na construção do seu
conhecimento e na sua socialização, englobando aspetos cognitivos e afetivos.
O lúdico também é um importante instrumento pedagógico que tem o poder de
melhorar a autoestima e aumentar os conhecimentos da criança, quando
utilizados com objetivos definidos.

pág. 14
A brincadeira é um dos instrumentos de trabalho indispensável para o
educador na tarefa de mediar à educação de seus alunos e no propósito de
buscar o desenvolvimento integral da criança. A brincadeira e o lúdico,
intermediados pelo professor, oportuniza a criança explorar, aprender
linguagens, solucionar problemas e enriquecer o imaginário. Como aponta
Kishimoto (2002, p.144), “O ato lúdico representa um primeiro nível de
construção do conhecimento, o nível do pensamento intuitivo, ainda nebuloso,
mas que já aponta uma direção”.
Diante do acima exposto, segundo os autores pesquisados, esse é um período
fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. O presente
estudo buscou compreender o universo lúdico, no qual a criança se comunica
consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece
relações sociais, constrói conhecimentos, se desenvolvendo integralmente e os
benefícios que o brincar proporciona no ensino-aprendizagem das crianças.
Utilizando a recreação, método que inclui os jogos e brincadeiras, de forma a
favorecer o aprender brincando junto a crianças, compromisso com o
desenvolvimento integral do educando. (Santos e Sousa; s.d) o que a rodeia,
faz relações com o mundo, e, “vive” no faz de conta com o mundo adulto
(Bettelhein, 1988 apud Alves; (Bianchin, 2010, p. 282-287).
Diante dessas experiências as crianças vão desenvolvendo a afetividade,
começam a conviver e se relacionar com os outros, e, é nesse momento
também, que elas aprendem as regras e os limites.
A partir do momento em que a criança aprende a respeitar regras no jogo,
naturalmente o relacionamento com os outros, melhora. Durante o jogo,
mediante a observação de regras, as crianças vão exercitando o raciocínio e
começam a se posicionar estrategicamente diante das ações e atividades a
serem desenvolvidas. As atividades lúdicas proporcionam também a resolução
de problemas, fazendo com que a criança pense no que deve ser realizado
durante a atividade, sendo estimulada a procurar alternativas e saídas diante
de obstáculos. Assim, ela vai aguçando sua inteligência.
Isso acontece porque o pensamento da criança evolui a partir de suas ações.
Assim, por meio do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar
hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. Os jogos não são
apenas uma forma de divertimento: são meios que contribuem e enriquecem o

pág. 15
desenvolvimento intelectual. Para manter seu equilíbrio com o mundo, a
criança precisa brincar, criar e inventar. Com jogos e brincadeiras, a criança
desenvolve o seu raciocínio e conduz o seu conhecimento de forma
descontraída e espontânea: no jogar, ela constrói um espaço de
experimentação, de transição entre o mundo interno e externo (Alves; Bianchin,
2010, p.285).
Características pró eminentes de recreação
1.Espontaneidade
Essas atividades são realizadas voluntária e naturalmente. Ao desenvolvê-los,
eles não seguem nenhum tipo de esquema ou padrão.
Eles não surgem como um produto de comportamentos compulsivos, uma vez
que promovem a liberdade e o livre arbítrio.
2.Sentido universal
Atividades recreativas são interpretadas igualmente em todo o mundo. Se o
objetivo principal é o estímulo emocional e atitudinal do indivíduo.
Todos têm o direito de a cessar, portanto, sua privação não deve ser permitidas
e qualquer conceito ou pretexto.
3.Uso do tempo livre
Geralmente se desenvolve durante os tempos de lazer. Estes são usados para
o cultivo de habilidades estimulantes para o indivíduo, que proporcionam
felicidade e diversão.
Durante a prática de recreação, todas as obrigações e responsabilidades do
trabalho são reservadas para a livre execução da atividade escolhida.
4.Criação e expressão
Nesse período, o indivíduo tem a possibilidade de se expressar de diferentes
maneiras, cultivando talentos que complementam seu estilo de vida.
É uma oportunidade ideal para deixar a imaginação voar e desenvolver
qualquer tipo de criação original.
5.Concentração e dedicação
Apesar de ser livre e espontâneo, para que os resultados sejam efetivos e
positivos, é necessário que o indivíduo invista uma dose importante de
disciplina. Estar focado durante o desenvolvimento da atividade aumenta a
chance de sucesso.
6.Carácter caridoso

pág. 16
Sua inclusão na rotina das pessoas, representa uma grande contribuição para
seu bem-estar emocional. Estudos mostram que o impacto positivo na saúde
mental e sua grande importância para o desenvolvimento cognitivo e criativo.
De qualquer ponto de vista que a recreação é analisada, ela possui elementos
construtivos do ponto de vista psicológico.
7.Benefícios financeiros
O desenvolvimento de habilidades durante o tempo de lazer, dá ao indivíduo a
oportunidade de cultivar talentos alternativos dos quais eles podem obter
benefícios económicos alternadamente.
8.Prazer e satisfação
Através do prazer, a pessoa experimenta a aquisição de valores que traduzem
como satisfação pessoal. A sensação de recompensa é imediata, uma vez que
o indivíduo pode experimentar em tempo real os benefícios da participação em
atividades recreativas.
9.Integração
Geralmente eles podem ser praticados em grupo, o que incentiva a integração
social do indivíduo com seu ambiente.
Estes podem ser praticados tanto em ambientes internos quanto externos,
permitindo a conexão como ambiente natural e seu ambiente

Análise histórica do processo de recreação física


A recreação teve sua origem na pré-história, quando o homem primitivo se
divertia festejando o início da temporada de caça, ou a habitação de uma nova
caverna.
A origem etimológica do termo recreação pode ser ressaltada a partir de duas
posições diferenciadas. A primeira, proposta por Marinho et al. (1952), aponta
que a palavra recreação foi proveniente do latim recreatio (que representa
recreio, divertimento), sendo derivada do vocábulo recreare, com o sentido de
reproduzir, restabelecer, recuperar. Nesse âmbito, destaca-se a ideia de que o
objetivo da recreação era a renovação/recuperação para o trabalho.

pág. 17
A recreação consiste em promover experiências com forte aspecto lúdico, que
estimulem as atividades físicas e o desenvolvimento psicomotor.

(cit. Dallabona & Mendes, 2004) defendem a ideia de que o brincar é uma
atividade que contribui positivamente para o desenvolvimento da criança. Este
pode ser linguístico, social, cognitivo, motor, físico, sensorial e afetivo.

Para Awad (2012) o jogo é uma atividade natural do homem e de grande


importância para o desenvolvimento infantil. Possui regras e busca-se um
vencedor. Nele a criança aprende a relacionar-se com o mundo,
desenvolvendo questões físicas, afetivas e cognitivas.

Segundo Kishimoto (2000) o principal objetivo, dar á criança um substituto dos


objetivos reais, para que possa manipulá-los. A criança expressa no brinquedo
o mundo real, com seus valores, modos de pensar e agir e o imaginário do
criador do objeto.

Nas décadas de 70 e 80, surge um entendimento diferente de recreação,


influenciado principalmente pelo conceito apresentado por Dumazedier (1975),
que a considera como uma das funções do lazer. Para esse autor, a função
recreativa (que tem o sentido de divertimento) está relacionada com as outras
funções de descanso e desenvolvimento do lazer, e orientada para a criação
permanente do indivíduo por si mesmo. Respaldados por essa ideia, alguns
autores (Brêtas, 1997; Marcellino, 1987) têm expressado o entendimento de
que a recreação não pode mais ser pensada apenas como uma actividade
acrítica, e sim deve ser compreendida num sentido mais amplo, como uma das
possibilidades de lazer.

Marcellino (1987) afirma a necessidade de recuperarmos o sentido de


recreação como “recreare”, que significa criar de novo, dar vida nova, com
novo vigor. E seguindo essa trilha, podemos reconhecer na recreação uma
outra possibilidade, diferente da que vem sendo construída historicamente em
nosso contexto. A recreação pode ser compreendida como maneira de reflexão
e de interacção consciente com a nossa realidade, o que nos pode auxiliar no
encaminhamento de mudanças. É nesse sentido que acredito no trabalho com

pág. 18
a “recreação”, compreendendo-a como a “recriação” que inclui o divertimento,
mas não de uma forma alienada e dominadora e sim numa perspectiva de
educação inovadora, que possibilite a criação, a recriação e, também, o
divertimento.

A segunda posição, que foi expressa pelo “Dicionário Aurélio da Língua


Portuguesa” e por alguns estudiosos do assunto (Marcellino, 1990; Brêtas,
1997), relaciona a origem etimológica do termo recreação com recreare – que
significa recreio, divertimento, mas com outro sentido dos destacados acima.
Nessa ótica, a recreação pode estar ligada à possibilidade de “recriar, criar de
novo, dar novo vigor”. Enquanto a primeira interpretação encaminha o
significado de recreação para o divertimento, com finalidades específicas de
reprodução e de restabelecimento, a segunda, em contrapartida, é tomada na
perspectiva da recriação, que de qualquer maneira não deixa de considerar a
questão do divertimento.

Segundo Brêtas (1997), recreação pode ser entendida como o criar, o recrear e
o recriar-se, que está intimamente atrelado à ação do homem sobre o mundo.
Constitui-se, assim, num espaço privilegiado para a construção coletiva de
novos conhecimentos e, ainda, em possibilidade de influenciar educadores
mais comprometidos com as mudanças necessárias para o surgimento de uma
sociedade pautada em valores mais humanos.

Nos dias de hoje, impera o significado de recreação como a reprodução de


jogos e brincadeiras. Devido à sua tradição histórica e cultural em nossa
sociedade, a recreação continua sendo perpetuada a partir da ênfase em
aspectos técnico-operacionais, em detrimento de outros. (Silva, et al.
2011FALTA PAG.)

Apesar das críticas efetuadas sobre a tradicional visão de recreação,


ressaltamos a importância de diferentes práticas culturais disseminadas até
mesmo nessa perspetiva para a compreensão de seu processo de construção.
Penso, entretanto, ser necessário buscar um entendimento ampliado sobre
essas práticas, por meio da análise dos significados sociais, pedagógicos e
culturais por elas incorporados em nossa realidade. (Silva, et al. 2011)

pág. 19
É importante salientar que ainda existe pouco material escrito sobre essa
concepção de recreação, ou seja, a produção sobre esse tema ainda se tem
restringido a um rol de atividades que devem ser seguidas, e não como um
repertório de vivências críticas e criativas, que deve ser usado com
sensibilidade e com as adaptações que se fizerem necessárias para os
diferentes sujeitos e os grupos sociais envolvidos. (Silva, et al. 2011)

Conceito de lazer

Na história de nossa sociedade, observamos que, com a diminuição das horas


de trabalho e com a crescente preocupação com a melhoria da qualidade da
vida urbana, o lazer é valorizado e para ele, dirige-se o interesse dos
estudiosos de assuntos sociais. São pesquisadas e analisadas suas
contribuições na vida dos indivíduos, diante da riqueza de possibilidades que
ele oferece. (Silva, et.al, 2011)

É preciso ressaltar que os estudos da área associam a origem etimológica da


5palavra lazer ao termo latino licere, que significa lícito, permitido. Segundo
Dumazedier (1979), a sociologia do lazer foi fundada nos Estados Unidos, mas
foi nas décadas de 20 e 30 que os primeiros estudos da sociologia empírica do
lazer surgem nos Estados Unidos e na França, buscando relacionar os
fenómenos do lazer aos outros campos da realidade social. No entanto, foi
somente a partir da Segunda Guerra Mundial que a sociologia do lazer e uma
série de pesquisas sobre o assunto se proliferaram por outros países e
passaram a se relacionar de modo mais frequente com outras áreas sociais,
tais como: política, urbanismo, panejamento económico, saúde e assistência
social.

Vários autores (Requixa, 1977; Marcellino, 1996; Bramante, 1998) afirmam ser
a obra de Ferreira (1959), “Lazer operário: um estudo da organização social
das cidades”, um marco inicial da preocupação com essas questões em nosso
país. O autor realizou uma pesquisa com trabalhadores assalariados da cidade
de Salvador (BA), destacando a importância e os benefícios das atividades de
lazer para a vida das pessoas, mas difunde uma perspetiva de lazer
compensatória.

pág. 20
No estudo realizado por Ferreira (1959), percebe-se novamente a ideia de que
lazer é um tempo, e de que a recreação está relacionada às atividades nelas
desenvolvidas. A recreação representava a possibilidade de organização
racional do lazer, sendo capaz de auxiliar na manutenção do equilíbrio da
sociedade diante dos grandes problemas apresentados pelas mudanças
decorrentes da industrialização e do crescimento desordenado das cidades.

Para Requixa (1977), esse seminário representou um avanço e um alerta para


as discussões sobre o lazer em nossa sociedade. Como principais resultados
desse evento, o autor destacou as seguintes questões: a identificação de um
grande número de pessoas (profissionais ou voluntários) que atuavam no
campo do lazer; a possibilidade de conhecer a produção teórica da área e a
consequente troca de experiências; a ampliação da concepção de lazer,
extrapolando a faixa etária infantil; o despertar do interesse de outras regiões.
(Silva, et.al, 2011)

De acordo com Sant’anna (1994), essa produção sobre o lazer dos anos 70
auxiliou no desenvolvimento de novos instrumentos, mais precisos e
diversificados, de descrição, avaliação, cálculo e organização dos “usos do
tempo livre”, e é nela que se evidenciam esforços mais amplos para
transformar o nosso meio sociocultural. Emergem livros, artigos científicos,
dissertação e teses, bem como se avolumam relatórios de observações das
técnicas empregadas e dos resultados obtidos na aplicação dos programas de
lazer, que, inicialmente, podem parecer um saber homogêneo isento de
contradições, mas que, no fundo, perpetuavam uma série de problemas e de
desigualdades sociais. O conceito de lazer amplamente difundido foi o proposto
por Dumazedier (1979, p.12); apesar de sua importância para a área,
apresenta uma série de questões que necessitavam ser repensadas. O autor
nos fala que:

“...o lazer é o conjunto de ocupações, às quais o indivíduo pode


entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para
divertir-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua informação
ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou
sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se
das obrigações profissionais, familiares e sociais.”

pág. 21
Dumazedier (1979) ainda apresenta um grupo de características que são
fundamentais para caracterização do lazer:

1) Caráter libertário – o lazer é compreendido como a liberação das obrigações


profissionais, familiares, socioespirituais e sociopolíticas, resultando de uma
livre escolha do sujeito;

2) Caráter desinteressado – o lazer não precisa estar vinculado a algum fim


específico, seja de ordem profissional, utilitário, lucrativo, material, social,
político;

3) Caráter hedonístico – a vivência do lazer é marcada pela busca do prazer e


por isso o hedonismo representa o seu motivo principal;

4) Caráter pessoal – as funções de descanso, divertimento e desenvolvimento


pessoal e social do lazer respondem às necessidades do indivíduo perante a
gama de rígidas obrigações impostas pela sociedade.

Ainda entre os autores pioneiros na produção teórica do lazer, podemos citar


Ethel Bauzer Medeiros e Renato Requixa. Medeiros (1980, p. 3) define o lazer
como “espaço de tempo não comprometido, do qual podemos dispor
livremente, porque já cumprimos nossas obrigações de trabalho e de vida”. Já
Requixa (1980, p.35) define o lazer como “Ocupação não obrigatória, de livre
escolha do indivíduo que a vive, e cujos valores propiciam condições de
recuperação psicossomática e de desenvolvimento pessoal e social”.

Essa definição concebe o lazer como tempo liberado das obrigações,


constituindo-se no tempo residual de nossas vidas. Assim, podíamos chamá-lo
de “tempo livre”. Marcellino (1987, p.29), afirma que o tempo não é “livre”, ou
seja, “tempo algum pode ser considerado livre de coações ou normas de
conduta social.” Esse autor propõe, então, o termo tempo disponível, porque é
difícil pensar as vivências do ser humano desconectadas das influências de
sua vida em sociedade.

A partir da década de 80, surgiram no cenário nacional autores que


possibilitaram novo olhar sobre as questões do lazer. Alguns deles participaram
do grupo constituído pelo Sesc e seus trabalhos tiveram influência direta de
Dumazedier (1979). Dentre os estudiosos, destaca-se a contribuição dos

pág. 22
trabalhos de Marcellino (1983;1987;1990) para o avanço nas discussões do
lazer a partir de uma abordagem crítica, fundamentando um grande número de
trabalhos que vêm sendo realizados na atualidade. O autor tem auxiliado
sobremaneira na construção do campo de estudos do lazer no Brasil,
destacando-se, dentre a sua obra, como as mais relevantes: “Lazer e
humanização”, de 1983; “Lazer e educação”, de 1987; “Pedagogia da
animação”, de 1990; “Lazer: formação e atuação profissional”, de 1995, e
“Estudos do lazer: uma introdução”, de 1996.

Na obra de Marcellino (1987), ressaltamos a crítica da visão funcionalista do


lazer, que esteve presente em muitos textos publicados em nosso país. Essa
perspectiva aponta o lazer como algo altamente conservador, que busca a “paz
social” e a manutenção da “ordem”, destacando-o também como instrumento
para suportar a disciplina e as imposições de nossa vida em sociedade.

Repensando esse tema numa visão crítica, Marcellino (1987) situa o lazer
como esfera da vida gerada historicamente, da qual emergem valores
questionadores da sociedade como um todo, e que também pode exercer
influências na estrutura social vigente. O autor afirma que o lazer é a

“Cultura – compreendida no sentido mais amplo – vivenciada no tempo


disponível. Não se busca, pelo menos fundamentalmente, outra recompensa
além da satisfação provocada pela situação. A disponibilidade de tempo
significa a possibilidade de opção pela atividade prática ou contemplativa”
(p.31).

Para Mascarenhas (2000), somente em outra forma de sociedade, quando a


associação autónoma dos trabalhadores puder se concretizar, é que os sujeitos
poderão vivenciar um tempo verdadeiramente livre. O autor afirma ainda que,
em outra sociedade, ainda que não seja possível visualizá-la em um momento
próximo, o trabalho não deverá ser visualizado como um “fardo”, mas como
uma possibilidade dotada de sentido, já que a distribuição igualitária e justa de
seu produto social poderá ser assegurada com o fim da propriedade privada
sobre os meios de produção. Neste outro projeto de sociedade, o tempo livre, e
consequentemente o lazer, será destinado ao desenvolvimento físico e
intelectual do homem com fim em si mesmo.

pág. 23
Ainda sobre o conceito de lazer, Mascarenhas (2001, p. 92), fundamentado no
pensamento Marxista, afirma que “o lazer se constitui como um fenómeno
tipicamente moderno, resultante das tensões entre capital e trabalho, que se
materializa como um tempo e espaço de vivências lúdicas, lugar de
organização da cultura, perpassando por relações de hegemonia”.
Marcarenhas (2006) afirma ainda que o lazer é a forma dominante de
apropriação do tempo livre na sociedade contemporânea, considerado como
expressão de determinações económicas, políticas, sociais e culturais
produzidas pelo modo de produção capitalista.

Melo e Alves Júnior (2003) procuram definir as atividades de lazer pela


conjunção de dois parâmetros: um mais objetivo, de caráter social (o tempo), e
outro mais subjetivo, de carácter individual (o prazer). Os autores apresentam
alguns indicadores que auxiliam no entendimento do conceito de lazer:

 As atividades de lazer são vivências culturais, em seu sentido mais


amplo, que englobam os diferentes interesses humanos, as diversas
linguagens e manifestações;
 As atividades de lazer podem ser realizadas no tempo livre das
obrigações profissionais, familiares, domésticas, religiosas e das
necessidades físicas. Isso não quer dizer que não há obrigações nos
momentos de lazer,
 Pois a diferença está no grau de obrigação. No lazer, pode-se optar com
maior facilidade pelo que se deseja fazer e em qualquer momento;
 Os sujeitos buscam as atividades de lazer tendo como referência o
prazer que possibilitam, embora nem sempre isso ocorra e embora o
prazer não deva ser compreendido como exclusividade das
possibilidades de lazer.
Baseados nas concepções aqui apresentadas, entendemos o lazer de modo
amplo e com características abrangentes, fruto da sociedade contemporânea.
É um espaço privilegiado para vivências críticas e criativas de conteúdos
culturais. É importante também avançar no seu entendimento apenas como
descanso e divertimento, e pensar na possibilidade de proporcionar
desenvolvimento pessoal e social, por meio das diferentes vivências. (Silva et
al, 2011)

pág. 24
O conceito apresentado por Marcellino aponta a cultura como um elemento
central na discussão do lazer. No entanto, o autor afirma que é preciso romper
com a compreensão restrita que se tem de cultura, relacionando-a
principalmente às artes e espetáculos e ao volume de conhecimento adquirido
pelos sujeitos.

Marcellino (2008) apresenta ainda 4 pontos que devem ser considerados para
a caracterização do lazer:

1. Lazer é a “cultura vivenciada no ‘tempo disponível’ das obrigações


profissionais, escolares, familiares e sociais, combinando os aspetos tempo e
atitude”;

2. Lazer é “fenómeno gerado historicamente e do qual emergem valores


questionadores da sociedade como um todo e sobre o qual são exercidas
influências da estrutura social vigente”;

3. Lazer é “um tempo privilegiado para a vivência de valores que contribuam


para mudanças de ordem moral e cultural”;

4. Lazer é “portador de um duplo aspeto educativo, veículo e objeto de


educação”.

Na mesma direção, Gomes (2004, p. 125) entende o lazer como:

“Uma dimensão da cultura constituída por meio da vivência lúdica de


manifestações culturais em um tempo/espaço conquistado pelo sujeito ou
grupo social, estabelecendo relações dialéticas com as necessidades, os
deveres e as obrigações, especialmente com o trabalho produtivo”

Para Gomes (2004), o lazer se caracteriza por 4 elementos interligados –


tempo, espaço-lugar, ações/atitude e manifestações culturais. Estes elementos
são enraizados no lúdico, e, mesmo passível de pressão e interferência do
contexto, bem como não adquirem carácter de obrigação e não são vistos
como um conjunto de ocupações a serem cumpridas. A autora afirma ainda
que esses 4 elementos expressam um exercício coletivamente construído, no
qual os sujeitos se envolvem em função dos seus desejos.

Atividades físicas e recreativas

pág. 25
As atividades recreativas para a idade infantil, distinguem-se dos jogos por
terem regras simples e flexíveis, não se necessitando de quadras, tabuleiros,
instruções, treinamento, peças ou dispositivos especiais para delas se
participar. Numa das vezes, devido à sua simplicidade, brincadeiras são feitas
por crianças. Somente umas poucas, como a mímica, são, ocasionalmente,
feitas, também, por adolescentes ou adultos. A brincadeira de criança, por ser
livre de regras e objetivos pré-estabelecidos, é solta e despreocupada, o que
proporciona uma certa liberdade.

As crianças brincam para gastar energia e se divertirem. Na maioria das vezes,


utilizam um brinquedo em seus jogos. Este brinquedo é visto pelos adultos
como um objeto auxiliar da brincadeira, mas para as crianças isso vai além.
Ela o vê como uma fonte de conhecimentos e um “simulador da realidade”.
Como exemplo, podemos citar a menina que brinca que a boneca é a sua filha.
As atividades físicas recreativas na comunidade têm que integrar as diferentes
forma organizativas de participação, procurando um equilíbrio no uso
educativo, ativo e criativo do tempo livre de meninas e meninos (Reveja, 2014;
Javier e Reis, 2014). Uma segunda maneira de assumir a recreação como
proposta de intervenção, significa elaborar atividades físico-recreativas que
satisfaçam os gostos e preferências dos participantes como no trabalho do
Chávez e Sandoval (2014).

Nas investigações consultadas no transcurso de todo o processo inquiridor,


teórica e empiricamente se demonstrou que as atividades recreativas
contribuem de forma positiva na criação de um modelo social ideal (Nogueiras,
1996; Rodríguez e Ajusto, 2003), adequado com as necessidades individuais
das pessoas da comunidade na ocupação do tempo livre com fins recreativos.

Estas atividades tem notáveis benefícios para a saúde, a integração social, a


relevância educativa, além da rentabilidade na economia (Burillo, 2012;
Beníteze Calero,2014).

O jogo constitui o pedestal de uma coluna essencial das atividades físicas-


recreativas (Calero ,2013; Calero e González, 2014), sua origem ao igual a seu
desenvolvimento está estreitamente ligado às relações socioculturais, aspecto
a ter em conta com a investigação de Calero e Suárez, (2011) onde se

pág. 26
estabelecem ações de trabalho que repercutem nos programas educativos. Os
jogos recreativos são todos aqueles que brindam satisfação imediata, é uma
ação livre executada, situada fora da vida corrente, que se realiza dentro de um
determinado tempo e espaço, podendo absorver por completo ao jogador por
sua alta carga emotiva.

O término desenvolvo motor ou motriz está relacionado com uma mudança


permanente e relativa no comportamento humano locomotor (Caldeirão,
Legido, 2002; Rigal, 2006; Antoranze Villalba, 2010). No desenvolvimento das
habilidades motrizes a motivação ao novo é um imperativo da evolução
anatômica do menino (Leão, Calero e Chávez, 2014), pois estes percebem
estímulos no ambiente que os motivam a atuar utilizando suas percepções para
estimular seus movimentos corporais.

De acordo com os aspectos evolutivos nestas idades do menino respeito ao


desenvolvimento psicomotor, terá que tomar as acções pertinentes para
implementar estratégias efetivas, e em correspondência com ela, cercar uma
estratégia avaliativa que permita lhe dar um seguimento ao processo (Calero e
Suárez, 2005; Iglesias, Calero e Fernández, 2012; Friol, Calero, Díaz e Guerra,
2012), tomando consciência dos diferentes segmentos corporais,
possibilidades de relaxamento global e segmentado, independência funcional
de diversos segmentos e elementos corporais-

1.3.- Papel das actividades físicas recreativas na ocupação do tempo livre


nas crianças de 8 a 10 anos.
Na atualidade os programas de recreação e a orientação do tempo livre,
dirigidos às comunidades como alternativa para a ocupação do tempo livre da
população e/ou grupos poblacionais, permite um referente sobre nosso
trabalho, seu assessoramento, coordenação e orientação, constituem insumos
significativo para o trabalho avaliativo proposto, em tal sentido alguns deles.
Rodríguez, Stiven, e Castelo(2004).
Os autores em s ua investigação concluem que existem insatisfações por parte
da população da comunidade diagnosticada em relação a cuidados que lhes
deve brindar aos diferentes grupos de idades e sexos, inferem que podem ser
minimizado como desenvolvimento de atividades recreativas generais que

pág. 27
suportem à ocupação do tempo livre e o incrementoda qualidade de vida
destes habitantes.
Também demonstraram que as poucas atividades recreativas que se
desenvolvem na comunidade não se tomam em conta os gostos, preferências,
idades, sexo, tradições, entre outros aspectos que requerem de um diagnóstico
para satisfazer as necessidades recreativas da população, assim como a
limitação de recursos materiais e pessoal qualificado para obter tais fins, o que
pode ser resolvido na própria comunidade e minimizar sortes insatisfações.

Por outra parte, a pósta em prática de programas de atividade física recreativas


deram resultados positivos que possibilitaram que na comunidade se
incremente o nível de satisfação dos habitantes pelo desenvolvimento das
atividades recreativas, assim como a ocupação do tempo livre e da qualidade
de vida na comunidade, e ainda quando não todas as ações realizadas são
totalmente físico-recreativas têm uma alta significaçãoes e encontram
estreitamente vinculadas com a ocupação do tempo livre, para o que se
pretende incrementar na participação. Martínez (2002).

A investigação realizada se apoia em oferecer condições ótimas de prática e


aproveitamento do tempo livre a nível recreativo dirigido aos meninos, jovens e
a comunidade em geral, como médio para elevar o nível participativo. Como
conclusões ,expõe-se que a estrutura conceptualdas atividades recreativas em
um processo que consta de bases que se caracterizam por um aspecto
dinâmico desde seu início e que culmina com um resultado que está
relacionado com o processo de desenvolvimento do mesmo.
1.4 Características biopsicossociais das crianças de 8 a 10 anos e suas
actividades recreatívas.
Segundo planeta Arranz as crianças entre as idades de oito a dez anos devem
ser envolvidas em atividades físicas com os jogos e outras atividades simples,
fazer cortes e colagens e montar quebra-cabeças. Para que o adulto conceda-
lhe independência.

 O desenvolvimento cognitivo se caracteriza pela capacidade para


entender as transformações.

pág. 28
 Os jogos se desenvolvem em torno de habilidades manipulativas e jogos
de identificação.
 Definem-se os grupos de amigas e começam a emergir lideranças.
 Existência de condutas pró social e apoiadas no altruísmo.
 As normas sociais são seguidas de uma forma um tanto rígida.
 Auto valoração relacionada com a execução e suas condutas com
respeito às normas sociais.
 É necessário que possa mostrar suas habilidades especiais e realizar
atividades em grupo, como jogos e dramatizações, mas respeite a opção
ocasional da criança de trabalhar individualmente.
 Por outra parte as crianças de oito a dez anos devem realizar atividades
que exijam maior coordenação para o trabalho em grupo, a cooperação
e a generosidade., e permitam à criança gastar suas energias e a
desenvolver determinadas habilidades.

Características das crianças dos 8 á 10 anos de idade

 É muito ativa, tem um bom senso de equilíbrio e está adquirindo maior


coordenação motora. É capaz de chutar uma bola com precisão, pode
muito bem caminhar em linha reta, saltitar, pular e marchar. Gosta de
desenhar, colorir e participar de atividades e jogos.
 Está aprendendo a amarrar e desamarrar os sapatos e abotoar suas
roupas.
 Conhece as letras, palavras e números. Gosta de falar. Suas perguntas,
respostas e comentários denotam certo grau de compreensão.
 É capaz de solucionar problemas. É curiosa e ávida por novidades. Está
começando a distinguir a verdade da fantasia.
 Sua capacidade de concentração ainda é pequena, mas está
aumentando. Gosta de tarefas bem-definidas. Aprecia piadas e
travessuras, consegue rir de si mesma. Gosta de histórias, músicas,
poemas e dramatizações.
 É amigável e está sempre disposta a agradar e cooperar. Está
começando a preferir estar em pequenos grupos de crianças, mas pode

pág. 29
ser que tenha um melhor amigo. Cria menos conflitos em brincadeiras
de equipa.
 Está começando a querer ajustar-se e critica quem não o faz. Já inicia a
compreender regras, mas muitas vezes tenta mudá-las em seu
benefício.
 Seus principais interesses são o lar e a família. Demonstra afeto pelos
adultos e deseja agradar-lhes. Fica constrangida facilmente,
principalmente com os próprios erros.
 Precisa aprender conceitos de forma concreta. Sua memória está
melhorando. Gosta de falar e faz muitas perguntas. Está aprendendo a
tomar decisões, mas muitas vezes se mostra indecisa. Sua capacidade
de concentração está aumentando. Gosta de ler, escrever, cantar, ouvir
histórias e participar de atividades de faz de-conta.
 Interessa-se mais por atividades em grupo e por interagir com os
colegas, mas ainda é egocêntrica. Às vezes é dominadora, agressiva e
indelicada com as outras crianças. Suas amizades são instáveis.
 Preocupa-se com o tratamento que lhe é dispensado e anseia pela
aprovação social.
 Gosta de vangloriar-se entusiasma-se facilmente. Em algumas vezes,
age de forma tola e ri à toa. Por vezes é generosa, afetuosa e afável,
mas pode mudar de temperamento repentinamente.
 Preocupa-se com o comportamento bom e ruim, particularmente no que
diz respeito aos familiares e amigos. Às vezes, culpa as pessoas pelos
seus erros.
 Brinca em grupos com certa frequência, mas às vezes gosta de ficar
sozinha e brincar sossegada. Deseja ser como os colegas e ser aceite
por eles. É menos dominadora e menos determinada a fazer tudo a sua
maneira.
 Gosta demais responsabilidade e independência. Preocupa-se muito
com a possibilidade de não fazer as coisas direito. Não gosta de críticas.
 Mostra-se mais sensível a seus próprios sentimentos e aos alheios.
Tende a ser perfeccionista e a ter elevada autocrítica. Gosta de

pág. 30
brincadeiras em grupo com regras simples. Prefere brincar com crianças
do mesmo sexo.
 É mais propensa a cooperar e insiste menos em fazer tudo a seu modo.
Quer ter um melhor amigo. Apresenta acentuado senso de
independência, mas ao mesmo tempo se apoia nos adultos em busca de
orientação e segurança.
 Em geral, é afetuosa, prestativa, alegre, extrovertida e curiosa, mas
também pode ser indelicada, egoísta, autoritária e exigente. É sensível a
críticas. Critica a si mesma e outras pessoas. Tem sentimentos de culpa
e vergonha.
 Tem bom controlo do corpo. Interessa-se por desenvolver sua força,
velocidade e outras habilidades. Aprecia trabalhos manuais e artesanais
mais elaborados.
 Tem a capacidade de conservar o interesse em assuntos ou atividades
por um período maior. Quer saber os fatos reais; não gosta muito da
fantasia. Gosta de memorizar. Tem interesses definidos e é curiosa.
Gosta de ler, escrever e manter registros. Demonstra interesse pela
comunidade e por outros povos e culturas. Gosta de aprender sobre o
passado e o presente. Gosta de colecionar objetos.
 Em geral, encontra-se em uma fase de rápido crescimento. Aprecia
exportes que exijam força física, rapidez e habilidade. Há momentos em
que gosta de brincar, empurrar, brigar, esmurrar e de rir. É inquieta,
ativa e impaciente. Pode diferir de colegas da mesma idade quanto à
altura e ao grau de coordenação. Não gosta de ser tratada como
criança. Preocupa-se com a aparência física.
 Gostam de ideias e conceitos abstratos. Chega a conclusões com base
em conhecimentos anteriores. Gosta de desafios mentais. É
determinada e racional. Aprecia a memorização. Gosta de traçar metas.
Pensa de forma mais lógica. Gosta de aprender. Tem boa capacidade
de concentração. Entende com mais precisão o significado das palavras
e é capaz de definir termos abstratos. Seu senso de humor pode parecer
ridículo aos adultos.

pág. 31
 É sociável e competitiva. É muito leal aos grupos a que pertence.
Interage com os colegas ora de forma positiva ora negativa. Suas
amizades são mais complexas e intensas. Confia nos melhores amigos.
 Valoriza mais os padrões e opiniões dos amigos do que a dos adultos.
Às vezes, critica os julgamentos dos adultos e os sentimentos alheios.
Gosta de provocar e de participar de brincadeiras agressivas. Às vezes,
mostra-se indelicada e pouco disposta a cooperar, noutras situações, é
amigável e prestativa.
 Tem elevada autocrítica, mas se ressente de críticas que lhe são
dirigidas. Pode ser levada a crer que tudo o que faça é errado,
principalmente se for alvo constante de censuras. Tem preocupações e
temores no que tange à escola e aos amigos. É muito sensível,
principalmente em relação a si mesma. Tem dúvidas e inseguranças. Às
vezes, é melindrosa e irritadiça e exige ser tratada com justiça. É capaz
de portar-se com cortesia, seriedade, honestidade e sinceridade. Deseja
ser independente e ter responsabilidades.

CONCLUSÕES PARCIAIS DO CAPÍTULO I


Depois de desenvolvido o tema de enorme pertinência como é o presente
concluímos o seguinte:

 As atividades físico-recreativas gozam um papel de enorme relevância


para os meninos pois para além de ser um mecanismo de passagem de
tempo tem um impacto enorme na socialização dos alunos assim como
na sua saúde física e psicológica;
 As saúdes como um dos direitos fundamentais do ser humano as
atividades físico-recreativas tornam-se uma mola impulsionadora da
saúde humana e um dos principais mecanismos de socialização das
crianças.
CAPÍTULO II: ANÁLISE DOS RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO E
PROPOSTA
No presente capítulo apresenta-se as técnicas aplicadas correspondentes aos
métodos empíricos assim como a verificação dos resultados provenientes das
análises delas, que levaram a constatar as dificuldades que os populares do

pág. 32
Bairro Piloto têm para a realização de atividades físico-Recreativas no seu dia-
a-dia assim como a dificuldade em impulsionar esses hábitos saudáveis.

2.1- Análise dos resultados do diagnóstico

Instrumento

O instrumento utilizado para avaliar o estado atual das atividades físico-


recreativa e a ocupação do tempo livre foi o Jogo de Amarelinha (pedro
Menezes)
Que consiste em um circuito que liga a terra ao céu através de casa
numeradas a regra principal é que em linha simples, composta por uma casa,
apenas um dos pés deve tocar no chão. Em linhas duplas, compostas por duas
casas numeradas os pés devem tocar ao chão simultaneamente, cada pé em
uma casa
Há também o lançamento de uma pedra que deve caie dentro de um das casas
numeradas. A casa com a pedra não pode ser pisada e ele deve ser
recuperada pelo jogador em sua passagem. Também é proibido pisar em
qualquer uma das linhas. E tem com objetivo avaliar o estado atual da
ocupação do tempo livre das crias dos 8-10 anos da zona 4 do Bairro Piloto do
Cuíto/Bié

RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL

Para a realização da presente investigação foram analisados os documentos


normativos como a Lei da Atividades de Jogos é apresentada no Diário da
República 1ª série Nº 97 de Sexta-feira, 23 de Maio de 2014.Legislação sobre
as atividades recreativas em Angola expressa “o direito social é um
investimento, assegurado pelo Estado, que visa reduzir progressivamente as
desigualdades, controlar os excessos dos interesses privados e dar
oportunidade a todos de acesso a determinados bens sociais indispensáveis a
uma vida digna e a uma participação cívica consciente”.

RESULTADO DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

Resultado das observações das atividades fico-recreativa

pág. 33
Para a identificação oficial do estado atual das atividades físico-recreativas
para a ocupação saudável do tempo livre das crianças de 8-10 anos da zona 4
do bairro piloto do Cuíto Bié.
Aplicou-se uma observação as crianças para saber o estado atual das
atividades físico-recreativas

Realizada a observação verificou-se os seguintes:

Observação das actividades Aplica-se Aplica-se Não se Mal


fisico-recreativo levemente aplica aplicado
Utilização dos elementos
didácticos
Descrição das actividades X
Objectivos didácticos X
Métodos de ensino X
As actividades fisico-recreativa
são dosificadas ? X

Se observam actividades fisico- X


recreativa para ocupação
saudavel do tempo livre?
Aplicam-se meios de ensino?
X

Entrevista aos encarregados de educação

Realizou-se uma entrevista com o objectivo Identificar o nível de conhecimento


dos encarregados de educação sobre os benefícios do exercício físico e a
importância das actividades físico-recreativas para as crianças.

pág. 34
Aplicado o guia de entrevista com sete perguntas aos 27 encarregados de
educação, moradores da zona 4 do Bairro Piloto verificou-se o seguinte:

1- Perguntou-se se já ouviram falar de actividades físico recreativas, dessa


questão verificou-se que 23 integrantes o equivalente a 85% afirmam
que sim e quatro deles, o equivalente a 15%, afirmam que não.
Gráfico no 2

Já ouviram falar de actividades fisico-recreativas

15% Sim
Não

85%

2- Alguma vez no Bairro Piloto realizou-se uma actividade fisico-recreativa? 27


Dos entrevistados o equivalente a 100% afirma que não.

Gráfico no3

Já realizaram actividades fisico-recreativas

Sim
Não

100%

3- Achas que as actividades físico-recreativas são boas para as crianças?

Dessa questões 27 integrantes o equivalente a 100% afirmam que sim, porque


as crianças se divertem ocupam seu tempo brincando, as crianças sentem-se
bem com as actividades que realizam. Outros afirmam que facilita na interação
com outras crianças; enquanto outros afirmam que ajuda na saúde das

pág. 35
crianças e que ajudam no fortalecimento fisiológico das crianças e alivia o
stress.

4-Tem-se realizado actividades físico-recreativas para as crianças? Os 27


integrantes afirmam que não (100%).

5-Em que local se desenvolvem as respectivas actividades?

Constatou-se que dos encarregados seleccionados as respostas divergem da


seguinte maneira: sete encarregados (equivalente a 26%) afirmam que
praticam na rua, outros sete igualmente correspondente a 26% afirmam que
praticam em casa, 10 encarregados (o equivalente a 37%) afirmam que
praticam no largo da Praça da Solidariedade e três encarregados (o
equivalente a 11%)não tem conhecimento sobre actividades recreativas
dirigidas as crianças.

Gráfico no4

Local de actividades

11% Rua
26% Casa
Largo da solidariedade
Nada dizem
37%
26%

6- Há locais suficientes para a prática de actividades físio-recreativas?

Os 27 encarregados (100%) afirmam que nãoHá locais sulficientes para a


prática de actividades físio-recreativas.

7- Perguntou-se aos encarregados de educação oque deve ser feito para


melhorar a prática de actividades físio-recreativaspara as crianças da zona 4
do Bairro Piloto.

Dessa questão os encarregados enumeraram as seguintes alternativas:

pág. 36
 Incentivar constantemente as crianças a prática de actividades físio-
recreativas;
 Organizar espaços apropriados para que as crianças realizem as suas
actividades;
 Construção de parques infantis.

Resultados da análise das entrevistas às crianças do Bairro Piloto

Realizou-se uma entrevista às 65 crianças da zona 4 do Bairro Piloto com o


objectivo de identificar o nível de conhecimento das crianças sobre os
benefícios e a importância das actividades físico-recreativas.

Você pratica actividades físico-recreativas junto aos seus amigos? Dessa


pergunta verificou-se que 21 crianças o correspondente a 32% afirmam que
sim e 44 crianças o correspondente a 68% afirmam que não.

Gráfico no5

Praticas actividades físico-recreativas

32% Sim
Não

68%

Perguntados o local aonde as crianças realizam as actividades físio-


recreativas: 20 crianças o correspondente a 31% afirmam que praticam na rua,
10 crianças o correspondente a 15% afirmam que praticam no quintal, 15
crianças o correspondente a 23% afirmam que no largo das escolas e 20
crianças o correspondente a 31% afirmam que praticam na Praça da
Solidariedade.

Gráfico no6

pág. 37
Onde praticam actividades físico-recreativas

Rua
31% 31% Quintal
Largo das escolas
Largo da Solidariedade

23% 15%

Que tipos de exercícios ou actividades físio-recreativas você pratica com os


seus amigos?. Desses 50 crianças o correspondente a 77% afirmam que
jogam bola (futebol) e 15 crianças o correspondente a 32% afirmam que
gostam de correr.

Gráfico no7

Tipos de exercicios que praticas com seus amigos

23% Jogar Bola


Correr

77%

Os espaços para fazer exercícios físicos ou actividades físico-recreativas são


suficientes?

Quanto a essa questão 27 crianças o correspondente a 42% afirmam que sim e


os outras 38 crianças o correspondente a 58% afirmam que não.

Gráfico no8

pág. 38
Os espaços são suficientes

Sim
42% Não
58%

Quantas vezes gostaria realizar actividades físicas recreativas em teu bairro?.

Dessa questão 25 crianças correspondente a 38% afirmam que uma vez por
semana e os outros 40 crianças o correspondente a 62% afirmam que 5 vezes
por semana.

Gráfico no9

Quantas vezes praticas

Uma vez por semana


38% Cinco vezes por semana

62%

Onde realizas essas actividades? A maioria das crianças afirmam que praticam
na rua, no quintal e no largo das escolas. Dos meninos que afirmam, que
precisam de um espaço brande e aberto, materiais como bolas, cordas, arcos,
garrafas, cisnas e um orientador.

Quando não jogas bola que outras actividades físicas realizas?

Dessa questão 8 crianças correspondente a 12% afirmam que saltar a corda, 9


crianças correspondente a 14% afirmam que correr com arco e peneu, 19
crianças correspondente a 29% afirmam que jogam wacho, 29 crianças
correspondente a 45% afirmam que jogam zera.

pág. 39
Gráfico no10

Outras actividades

12% Saltar corda


Correr com arco
14% Jogar wacho
45%
jogar zera

29%

2.2.- Fundamentação da proposta de actividades físico-recreativa para as


crianças de 8 a 10 anos de idade da zona 4 do Bairro Piloto do Cuito-Bié
CARACTERÍSTICAS DAS ATIVIDADES RECREATIVAS

Para Martini (2006) o jogo busca a criação e a contribuição de todos, busca


eliminar a agressão física contra os outros, busca desenvolver atitudes de
empatia, cooperação, estima e comunicação. O mesmo poder que têm os
jogos de impedir que as pessoas sejam honestas e amorosas pode ser
invertido para estimular esses comportamentos. Existem numerosas
oportunidades dentro dos jogos competitivos para educar valores. É necessário
saber trabalhar de forma coerente com jogos competitivos para que não se
perca o foco do caráter educativo.
O orientador deve conhecer conceitos fundamentais para que possa trabalhar
de forma eficaz na educação infantil, pois, é importante que a criança saiba
desde pequena, condutas básicas do movimento como: levantar, rolar, andar,
apanhar, pegar entre outros, e de que forma ela possa utilizar essas condutas
e movimentos para resolver problemas no seu cotidiano (Brolesi; Steinle; Silva,
2015).
Em termos gerais, as actividades recreativas são caracterizadas pelo seguinte:
São realizados para puro prazer próprio, ou seja, sem qualquer tipo de
obrigação ou mandato.
Realizam-se sempre durante o tempo livre, quer dentro do tempo
administrado por uma instituição (como o intervalo nas escolas), quer durante o
tempo restante após o fim do dia produtivo. Não são, portanto, atividades
utilitárias, ou seja, não fornecem qualquer recompensa material.

pág. 40
Podem ser individuais ou em grupo, e estes últimos podem ser competitivos
ou colaborativos. Podem também ser espontâneos ou organizados.
São indispensáveis para uma vida saudável, uma vez que permitem a
redução do stress e o prazer da vida, pelo que fazem parte dos direitos
humanos fundamentais.
São classificadas da seguinte forma:

Actividades desportivas-recreativas, que consistem na prática não profissional


de um desporto, ou seja, a prática de um desporto para o prazer do próprio
desporto.

Actividades recreativas, que consistem em algum tipo de jogo de tabuleiro, jogo


de salão, jogo de vídeo, etc., em que o tempo é gasto em troca de distração e
diversão.

Actividades ao ar livre, que são realizadas em ambientes exteriores, tais como


caminhadas no parque, trekking, natação no mar, etc.

Actividades artísticas e manuais de criação, nas quais o indivíduo explora os


seus talentos criativos, artísticos ou literários sem qualquer pretensão de
profissionalização, ou seja, para o puro gozo da criatividade.

Actividades de consumo cultural, que consistem em assistir a um evento ou


espetáculo de valor cultural, social ou espiritual como público, tais como
concertos, representações teatrais, missas religiosas ou mesmo a leitura de um
livro.

Actividades sócio-familiares, que consistem em fomentar os laços sociais e o


diálogo entre amigos e família, pelo puro prazer de nos vermos e partilharmos.

Atividades de relaxamento, que visam promover uma existência mais gentil


através de técnicas específicas tais como meditação, massagem, etc.

Hobbies ou passatempos, que consistem em atividades não produtivas mas


altamente concentradas e atentas que são feitas para puro prazer, tais como
fazer modelos ou filatelia.
Já Para Cavallari e Zacharias (2008) a atividade que a pessoa pratica e através
da qual ela consegue atingir a sua recreação chamamos de atividade lúdica ou
atividade recreativa.De acordo com Lopes (2015), as atividades lúdicas são

pág. 41
adaptações de movimentos, ou exercícios menos complexos cujo objetivo é
propiciar ao participante prazer, satisfação e a diversão, fortalecendo a
motivação, a relação interpessoal, autoimagem e a autoestima. Através do
lazer as crianças podem construir um pensamento mais crítico com relação ao
ambiente, reflexão das situações vividas em sala, buscas por alternativas para
lidar com aquela determinada situação, descobertas de novas possibilidades e
na construção da personalidade.
As atividades lúdicas e recreativas são as principais ferramentas utilizadas pela
Educação Física para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem
para alunos da Educação Infantil.
De acordo com Corrêa (2020), nesse ponto é necessário que alunos aprendam
a perder, pois o sentimento da derrota faz parte da vida. Mas os jogos
competitivos têm grandes pontos positivos e podem ser focados para um bom
desenvolvimento e bem sucedidos. Um trabalho em equipe desenvolvido em
caráter cooperativo ou competitivo, traz consigo ferramentas importantíssimas
para os alunos e professores. As atividades em equipes possuem um papel
fundamental na formação das pessoas quanto cidadão, pois as vantagens ao
se trabalhar desta forma abrem um leque de saberes, deveres, respeito, tanto
para si quanto para o próximo, tudo aliado a cidadania, pois o saber respeitar é
algo benéfico e valoroso para a vida inteira.

2.2.1- Proposta de actividades físico- recreativas


Ao começar com as actividades ou jogos recreativos, é necessário explicar aos
adolescentes os sobre o jogo ou Actividade que será realizado e quais
benefícios eles irão adquirir ao participar dele.
No decorrer da actividade, explicamos as regras oficiais e justificamos que elas
foram modificadas para esse jogo com a finalidade de facilitar a prática para
essa faixa etária. Pedimos-lhes que dêem sugestões de outras regras.
Organização e
Depois fizemos acondicionamento articular, aquecimento geral, vem o
aquecimento específico para o determinado Jogo ou actividade, e, depois
realizamos o respectivo Jogo.
Nome: : ”Pinga-bola .
Objectivo: Uma ocupação saudavel

pág. 42
Material: bola
Participantes: 30
Organização: divida o espaço ao meio, com corda ou rede, a uma altura de
1,60 cm, aproximadamente, e distribua a turma igualmente nos dois lados
Desenvolvimento: : um estudante de posse da bola lança a mesma para o
lado adversário com o braço acima da cabeça, imitando o saque por cima. Ao
ultrapassar a corda ou a rede, a recepção deve ser feita somente de manchete,
após a bola pingar uma vez no solo. E deverá dar três passes de manchetes
pingadas antes de passar a bola para o outro lado, que realiza o mesmo
procedimento. O grupo que errar propicia um ponto e a posse da bola para o
outro grupo sacar
Variante: pode-se diminuir ou aumentar o número de manchetes, bem como
trabalhar somente o toque-pingado ou os dois: toque e manchete pingados de
acordo com a possibilidade e evolução dos participantes
Classificação:
Pela sua localização: Interno/Externo
Pela intecidade: Média
Por suas características: Pré – desportivo

Nome: : Morto Vivo.


Objectivo: Uma ocupação saudavel
Material: Corda, cones.
Participantes: 30
Organização: Fila
Regras do Jogo: um grupo de crianças escolhe o que vai ser o chefe através
de sorteio como por exemplo par ou ímpar. Ele é quem virá de frente para as
demais crianças, começando a dar os comandos, que todas as demais deverão
obedecer.
À medida que o tempo for passando, o chefe vai alternando a velocidade com
que dá as ordens, tentando confundir as crianças. Para dificultar ainda mais,
ele também pode começar a fazer os movimentos de se abaixar e levantar,
porém com os comandos invertidos.
Quem for errando vai saindo do jogo. A última a permanecer será a vencedor.
Ganha a brincadeira a última criança que restar, que assume o lugar do chefe.

pág. 43
Desenvolvimento: o chefe passa a falar aleatoriamente: "Vivo" ou "Morto". No
caso de "vivo/sol" os participantes devem manter-se de pé. Quando ele gritar
"morto/chuva" os participantes devem abaixar-se, ficando acocorados. Isso
deve ser feito instantaneamente após o grito do chefe.
O chefe do jogo deve procurar fazer as crianças ficarem confusas, repetindo a
mesma ordem mais de uma vez, por exemplo:
"Morto", "Morto", "Morto", "Vivo".
Variante: Terra/Mar: no caso de Terra/Mar, a brincadeira funciona da mesma
forma, só que uma linha deve ser traçada no chão (faz-se isso com um giz ou
utilizando uma corda), então um lado é considerado a Terra e o outro é o Mar,
os participantes começam na terra, então o orador começa a gritar 'terra' ou
'mar', e os participantes ficam pulando de um lado pro outro da corda! Vale
lembrar que o grito pode ser 'repetido', por exemplo: "terra, mar, mar , terra,
terra, terra..."
Classificação:
Pela sua localização: Interno/Externo
Pela intecidade: Média
Por suas características: Pequeno

Nome: : ”Pinga-bola .
Objectivo: Uma ocupação saudavel
Material: bola
Participantes: 30
Organização: divida o espaço ao meio, com corda ou rede, a uma altura de
1,60 cm, aproximadamente, e distribua a turma igualmente nos dois lados
Desenvolvimento: : um estudante de posse da bola lança a mesma para o
lado adversário com o braço acima da cabeça, imitando o saque por cima. Ao
ultrapassar a corda ou a rede, a recepção deve ser feita somente de manchete,
após a bola pingar uma vez no solo. E deverá dar três passes de manchetes
pingadas antes de passar a bola para o outro lado, que realiza o mesmo
procedimento. O grupo que errar propicia um ponto e a posse da bola para o
outro grupo sacar

pág. 44
Variante: pode-se diminuir ou aumentar o número de manchetes, bem como
trabalhar somente o toque-pingado ou os dois: toque e manchete pingados de
acordo com a possibilidade e evolução dos participantes
Classificação:
Pela sua localização: Interno/Externo
Pela intecidade: Média
Por suas características: Pré – desportivo

Nome: : Gato e Rato


Objectivo: Uma ocupação saudavel
Material: Cones.
Participantes: 30
Organização: Circulo
Regras do Jogo: As crianças na roda devem parar com os braços estendidos;
o Gato passa a perseguir o Rato.
A brincadeira acaba quando o Gato pega o Rato. Para os bem pequenos é
preferível que os que estão na roda fiquem parados até que o gato pegue o
rato. Para crianças maiores as que estão na roda podem ajudar o rato a fugir
ou atrapalhar o gato, sem desfazer o círculo.
Pode-se repetir a brincadeira algumas vezes, dando chance a quem quiser ser
rato e gato. Procure parar a atividade antes que as crianças percam o
interesse.
Desenvolvimento: Os Adolescentes formam uma roda. Uma delas, o Rato,
fica dentro da roda. Outra, o Gato fica fora da roda.
O Gato pergunta: "Seu Ratinho está?"
Os adolescentes da roda respondem : "Não"
O Gato pergunta: "A que horas ele chega?"
Os adolescentes respondem um horário a escolha.
Os adolescentes começam a rodar e o Gato vai perguntando: "Que horas
são?" e as crianças respondem: "Uma hora" - "Que horas são?" - "Duas Horas"
e assim até chegar ao horário combinado.
Variante: Em Círculo e em Fila..
Classificação:
Pela sua localização: Interno/Externo

pág. 45
Pela intecidade: Alta
Por suas características: Tradicional

CONCLUSÕES PARCIAIS DO CAPÍTULO II


Depois de realizado os estudos investigativo conclui-se o seguinte:
 Existe dificuldade na realização de actividades físico-recreativas nas
crianças do Bairro Piloto uma vez que há poucos locais de realização de
actividades recreativas e não há instrutores para a realização de
actividades em massa de uma forma geral assim tanto os encarregados
de educação, como as crianças concordam que as actividades físico-
recreativas é pouca a sua realização devido as dificuldades de espaços.
 Existem muitas actividades fisico-recreativas que podem ser colocadas
em práticas para as crianças do Bairro Piloto mas a falta de pessoal
especializado para guiar a devida realização com ordens devidas e
orientações específicas torna dificil a implementação das mesmas.

pág. 46
CONCLUSÕES GERAIS
Depois de desenvolvida essa investigação de forma minunciosa chegou-se as
seguintes conclusões:

 As referências bibliográficas analisadas expostas pelos diferentes


autores afirmaram a necessidade e importância das actividades físico-
recreativas nas idades correspondentes 8 a 10 anos para o
desenvolvimento geral destas.

 A aplicação dos métodos empíricos permitiu diagnosticar o estado das


actividades físico-recreativas da zona 4 do Bairro Piloto as quais não se
realizavam por falta de orientadores, espaços e desconhecimento dos
interesses, gostos e preferencias nas crianças de 8 a 10 anos.

 Foram propostos variados jogos e actividades físico-recreativas para


reduzir a carência de actividades fisico-recreativas nos meninos de 8 a
10 anos de idade da zona 4 do Bairro Piloto.

pág. 47
RECOMENDAÇÕES
Depois de desenvolvido esse trabalho investigativo recomenda-se o seguinte:

 Aos encarregados da zona 4 do Bairro Piloto que elaborem e realizem


outras actividades físico-recreativas dirigidas as crianças de outras
idades, adolescentes, jovens e adultos maiores.

 Aos populares a insentivarem seus filhos a participarem à realização de


actividades físicas para estimular os hábitos saudáveis e a prática de
actividades físicas futuras;

 Aos moradores do Bairro Piloto que coordenem em conjunto actividades


de caracter recreativos para os meninos e bem elaboradas de acordo
com o espaço de ealização, a fim de se promover a saúde pública e
comunitária dos meninos dos 8 aos 10 anos de idade.

pág. 48
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Acadêmica da 8ª fase do curso de Educação Física do Centro Universitário


UNIFACVEST.
Aguiar, J. S. (1998). Jogos para o ensino de conceitos. Campinas: Papirus,.
Alves S. S, Silva, SRC, Ribeiro RS, Vertematti AS, Fisberg M.( 2000).
Avaliação de atividade física, estado nutricional e condição social em
adolescentes. Folha méd.; 119: 26-33.

Alves, L. Bianchin, M. A.( 2010) O jogo como recurso de aprendizagem. Rev.


Psicopedagogia. São José do Rio Preto, SP, v.27, p. 282-287.
Arribas, T. L. (2008). A Educação Física de 3 a 8 anos. 7 ed. Porto Alegre:
Artmed.
Barbosa D. J. (1991). O adolescente e o esporte. In: Maakaroun MF, Souza
RP, Cruz A. R. Tratado de adolescência: um estudo multidisciplinar. Rio de
Janeiro: Cultura Médica.

Baxter Jones D. G, Helms P, Maffulli N, Bainnes Preece JC, Preece M. (1995).


Growth and development of male gymnasts, swimmers, soccer and tennis
players: a longitudinal study. Ann Hum. Biol.; 22:381-94.

Bodgan, R; Biklen, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação: uma


introdução à teoria e aos métodos. Tradução Maria José Alvares, Sara Bahia
dos Santos, Telmo Mourinhio Baptista. Porto: Porto.
Bramante, N. C. (1998). Concepções e Significados de Lazer. Licere, Belo
Horizonte, v. 1, n.1, p.

Brolesi, M.; Steinle, M. C. B; SIlva, S. L. P. O. (2015). Jogos, brinquedos e


brincadeiras. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional.
Brownell, K. D. (1995).Exercise and obesity treatment: psychological aspects.
Int. J. Obes.; 19:S122-S125.

Capistrano, N. J. (2005). Um breve histórico da educação física na escola


infantil. In: Melo, J. P; Pontes, G.M.D. ; Capistrano, N. J. (2005). Livro Didático
1. O Ensino de Arte e Educação Física na Infância. Natal: UFRN/Paideia/MEC,
2005 p. 79-94.

pág. 49
Carazzato J.G. (1999). Atividade física na criança e no adolescente. In:
Ghorayeb N & Barros Neto T L O Exercício: preparação fisiológica, avaliação
médica, aspectos especiais e preventivos. São Paulo: Atheneu.

Carol N, Dwyer J. D. (1991).Nutrition and exercise: effects on adolescent


health. Annu. Rev. Publ. Health; 12: 309-33.

Cooper D. M. (1994). Evidence for and mechanisms of exercise modulation of


growth and overview. Med. Sci. Sports Exercise; 26: 733-40.

Daolio, J. (2010). Educação Física Escolar: olhares a partir da cultura.


Campinas, SP: Autores associados.
Darido, S. C. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan.
Denadai R.C, Vítolo M.R, Macedo A.S, Teixeira L, Cezar C, Damaso AR,
Fisberg M. (1998). Efeitos do exercício moderado e da orientação nutricional
sobre a composição corporal de adolescentes obesos avaliados por
densitometria óssea. Revista Paulista de Educação Física; 12:210-18.

Diário da República 1ª série Nº 97 de Sexta-feira, 23 de Maio de 2014.

Diário da República 1ª série Nº 97 de Sexta-feira, 23 de Maio de


2014.Legislação sobre as actividades recreativas em Angola

Durant R.H, Baranowski T, Rhodes T, Gutin B, Thompson W. O, Carrol R, Puhl


J, Greaves K. A. (1993). Association among serum lipid and lipoprotein
concentration and physical activity, physical fitness and body composition in
young children. The Journal of Pediatrics; 123:185-192.

Ferreira, A. (1959). Lazer Operário: Um Estudo da Organização Social das


Cidades. Salvador: Livraria Progresso

French S. A; Erry C. L, Leon G.R, Fulkerson J.A. (1994). Food preferences,


eating patterns, and physical activity among adolescents: correlations of eating
disorders symptoms. J. Adolesc. Health;15: 286-94.

Friedmann, A. (1996). Brincar: crescer e aprender – O resgate do jogo infantil.


São Paulo: ed. Moderna,.

pág. 50
Friedmann, A. B. (1996). Crescer e aprender – O resgate do jogo infantil. São
Paulo: ed. Moderna,

Gallahue, D. L. Donnelly, F. C. (2008). Educação Física desenvolvimentista


para todas as crianças. 4.ed. São Paulo: Phorte.
Garcia, J. A. (2007). recreação enquanto elemento norteador no processo de
socialização da 4ª série A do ensino fundamental da escola José Alexandre
Sávio no município de Campo Largo. Revista eletrônica de Educação Física.
Curitiba: nov, 2007. Disponível em:
http://uniandrade.br/pdf/edfisica/2010/juliane_garcia.pdf. Acessado em: 2013.
Acessado em: 15 Abril de 2023
Gil, A. C. (2002). Como elaborar um projeto de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas,.
GOMES, Christianne L. Lazer - concepções. In: GOMES, Christianne L.
(2004.). Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica Editora,.

Gomes, Christianne L. Lazer. (2006). Trabalho e Educação: Relações


Históricas, questões contemporâneas. 2 ed. Belo Horizonte: Ed. da UFMG,.

Gonçalves, M. A. S. (1997). Sentir, Pensar, Agir – Corporeidade e Educação –


2º ed. Campinas – SP.
Guedes D.P & Guedes J. E. R. P. (1995). Influência da prática de atividade
física em crianças e adolescentes: uma abordagem morfológica e funcional.
Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina; 10: 3-
25.

Harsha D.W.(1995). The benefits of physical activity in childhood. Am. J. Med.


Scienc. 1995; 310 (suppl. 1): S109-S13.

Kanders B, Dempster DW, Lindsay R. (1988). Interaction of calcium nutrition


and physical activity on bone mass in young women. J. Bone Min. Res.; 3:145-
49.

Kishimoto, T. M. (2002). O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira.

Kishimoto, T. M. (2000) Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. São Paulo.

Le Boulch. (1988). O Desenvolvimento Psicomotor do nascimento até 6 anos: a


psicocinética na idade pré-escolar. Porto Alegre: Artes Médicas.

pág. 51
Lei da Actividade de Jogos - Lei n.º 5/16, de 17 de Maio

Malina R.M. (1994). Physical growth and biological maturation of young


athletes. Exercise Sport Sci. Rev.; 22: 759-66.

Martinéz J.A, Hu F.B, Gibney M.J, Kearney J, Martineéz-Gonzáles M.A. (1999).


Physical activity, sedentary lifestyle and obesity in the European Union. Int. J.
Obes. Relat. Metab. Disord.; 23:1.192-201.

Martini, R. G. Jogos cooperativos na recreação e no lazer. In: Cavallari, V. M.


(2006). Recreação em ação. São Paulo: Ícone.
Martins, J. C. Vygotsky (1997). e o papel das interações sociais na sala de
aula: reconhecer e desenvolver o mundo. Série Idéias n. 28. São Paulo: FDE,
p. 111-121,. Disponível em: www.crmariocovas.sp.gov.br/amb_a.php?t=012
Acessado em: 31 março. 2023.

Mascarenhas, F. (2006). Em busca do ócio perdido: idealismo, panacéia e


predição histórica à sombra do lazer. In: Valquíria Padilha. (Org.). Dialética do
lazer. São Paulo: Cortez. p. 53-74.

Mascarenhas, F.( 2000). Tempo de Trabalho e Tempo Livre: Algumas


Reflexões a partir do Marxismo Contemporâneo. Licere, Belo Horizonte, v. 3, n.
1, p. 72-89.

Mascarenhas, F. (2001). O lazer e o príncipe eletrônico. Licere, Belo Horizonte,


v. 4, n. 1, p. 46-60.

Medeiros, E. B. (1980). Educação para o Lazer. Boletim Intercâmbio. Rio de


Janeiro, SESC (3), p. 37-54, jul/set,.

Mello, A. S; Santos, W. ;Klippel, M. V; Rosa, A. P; Votre, S. J. (2014).


Educação Física na educação infantil: produção de saberes no cotidiano
escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, [S.L.], v. 36, n. 2, p. 467-
484, abr. 2014. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0101-
32892014000200013.
Melo, V. A. (2003). Lazer e Minorias Sociais. São Paulo: Ibrasa.

Melo, V. A; Junior, E.D. A. (2003). Introdução ao lazer. Barueri: Manole.

pág. 52
Melz J. I. e Varoto F. A. (2015). atividades recreativas na educação física
escolar: importância no desenvolvimento integral das crianças do 1º ciclo do
ensino fundamental. Centro Universitário UNIFAFIBE – Bebedouro, São Paulo,
Brasil
Parizková J. (1974). Particularities of lean body mass and fat development in
growing boys to their motor activity. Acta Paediatr. Belg.; suppl. 28:232-42.

Parizková J. (1977). Body fat and physical fitness. The Hague: Martinus Nijhhoff
BV.,.

Rabelo L.M, Viana R.M, Schimith M.A, Patin R.V, Valverde M.A, Denadai R.C,
Cleary A.P, Lemes S, Fisberg M, Martinez T.L.R. (1999). Fatores de risco para
doença aterosclerótica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia; 72: 569-00.

Requixa, R. (1977). O Lazer no Brasil. São Paulo: Brasiliense.

Requixa, R. (1980). Sugestões e Diretrizes para uma Política Nacional de


Lazer. São Paulo: SESC.

Rodrigues, R. Gonçalves, J. C. (2014). Procedimento de Metodologia


Científica. 7. ed. Lages: Papervest,.
Sant’anna, D. B. (1994). O Prazer Justificado: História e Lazer. São Paulo:
Marco Zero/PNCR/BIC/MCT-CNP.

Santos D. S. E. e Sousa F. J. F. (s.d). A importância das atividades recreativas


nas aulas de educação física no processo ensino aprendizagem.
Santos R. do N. (2020). A Educação Física nas práticas recreativas
pedagógicas na educação infantil. Humaitá - AM
Silva D. A. M., Edmur A. S., H. Isayama F, Marcellino N. C. Melo V. A., (2011),
A importânciA da recreAção e do lazer. 1ª Edição Tiragem: 1000 exeplares

Sousa C.C. (1997). Níveis séricos e parâmetros antropométricos de


adolescentes obesas pré e pós intervenção com exercício físico e controle
alimentar de forma combinada e isolada. São Paulo. Tese de Mestrado –
Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina.

Tavares, M.de L.(2007). A psicomotricidade no processo de aprendizagem.


2007, 43f. Monografia (Especialista em Psicomotricidade) – Universidade
Cândido Mendes, Rio de Janeiro.

pág. 53
Tezani, T. C. R. (2006). O jogo e os processos de aprendizagem e
desenvolvimento: aspectos cognitivos e afetivos. Educação em Revista.
Marília, v.7, n.1, p. 1-16.

Tucker L.A & Friedman G.M. (1989). Television viewing and obesity in adult
males. Am. J. Public Health; 79: 516-8.

Verderi, E. (1999). Encantando a Educação Física. Rio de Janeiro: Sprint.

pág. 54
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 FERREIRA, A.B.H. Dicionário escolar Aurélio Buarque de Holanda


Ferreira, 4ª ed, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
 Cury, C. R. J. (2006). Lazer, Cidadania e Responsabilidade Social.
Brasília: SESI/DN,.

 2006. Alves, L. Bianchin, M. A.( 2010) O jogo como recurso de


aprendizagem
 Diário da República 1ª série Nº 97 de Sexta-feira, 23 de Maio de 2014.
 Diário da República 1ª série Nº 97 de Sexta-feira, 23 de Maio de
2014.Legislação sobre as actividades recreativas em Angola

 Lei da Actividade de Jogos - Lei n.º 5/16, de 17 de Maio SUMÁRIO:


Aprova a Lei da Actividade de Jogos.

 BROTTO, F.O. Jogos Cooperativos. Santos, SP: Editora Projeto


Cooperativo, AGUIAR, J.S. Jogos para o ensino de conceitos.
Campinas: Papirus, 1998, p.33-40.

 AGUIAR, J.S. Jogos para o ensino de conceitos. Campinas: Papirus,


1998, p.33-40.

 BRAMAO, Maria Beatriz Fernandes - A educação para o tempo livre :
uma reflexão breve sobre ATL. Saber e Educar. N.º5 (2000), p.147-162

Dumazedier, J. (1975). Questionamento Teórico do Lazer. São Paulo: SESC.

 Dumazedier, J. (1979). Sociologia empírica do lazer. São Paulo:


Perspectiva:
 Sant’anna, D. B. (1994). O Prazer Justificado: História e Lazer. São
Paulo: Marco Zero/PNCR/BIC/MCT-CNP.
 Requixa, R. (1977). O Lazer no Brasil. São Paulo: Brasiliense.
 Requixa, R. (1980). Sugestões e Diretrizes para uma Política Nacional
de Lazer. São Paulo: SESC.
 Marcellino, N. C. (1987). Lazer e Educação. Campinas: Papirus.
 Marcellino, N. C. (1996). Estudos do Lazer: uma introdução. Campinas:
Autores Associados.
 Marcellino, N. C. (2008). Lazer e Sociedade: Múltiplos Olhares.
Campinas: Editora Alínea.

pág. 55
 Ferreira, A. (1959). Lazer Operário: Um Estudo da Organização Social
das Cidades. Salvador: Livraria Progresso

 Verderi, E. (1999). Encantando a Educação Física. Rio de Janeiro:


Sprint
 Tavares, M.de L.(2007). A psicomotricidade no processo de
aprendizagem. 2007, 43f. Monografia (Especialista em
Psicomotricidade) – Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro.
 CURY, Carlos Roberto Jamil. Lazer, Cidadania e Responsabilidade
Social. Brasília: SESI/DN, . Rev. Psicopedagogia. São
José do Rio Preto, SP, v.27, p. 282-287.
 Friedmann, A. (1996). Brincar: crescer e aprender – O resgate do jogo
infantil. São Paulo: ed. Moderna,.
 Friedmann, A. B. (1996). Crescer e aprender – O resgate do jogo infantil.
São Paulo: ed. Moderna,
 Mascarenhas, F.( 2000). Tempo de Trabalho e Tempo Livre: Algumas
Reflexões a partir do Marxismo Contemporâneo. Licere, Belo Horizonte,
v. 3, n. 1, p. 72-89.

pág. 56

Você também pode gostar