PATOLOGIA

@lia_ambrosio_
LIA MARA AMBRÓSIO
 Pigmentos Pigmentos são substâncias coloridas, algumas das
quais são constituintes normais das células (p. ex.,
melanina), enquanto outros são anormais e acumulam-
se nas células somente sob circunstâncias especiais.
Podem ser exógenos, provenientes de fora do corpo,
ou endógenos, sintetizados dentro do próprio corpo.
PIGMENTOS
Pigmentos são substâncias coloridas,
algumas das quais são constituintes
normais das células (p. ex., melanina),
enquanto outros são anormais e
acumulam-se nas células somente sob
circunstâncias especiais. Podem ser Grânulos de lipofuscina em miócitos cardíacos
mostrados por (A) microscopia óptica (depósitos
exógenos, provenientes de fora do indicados por setas) e (B) microscopia eletrônica
(note a localização intralisossômica perinuclear).
corpo, ou endógenos, sintetizados
dentro do próprio corpo. O acúmulo patológico de lipofuscina está
associada a doença de Alzheimer, doença de
Pigmentos Endógenos Parkinson, esclerose lateral amiotrófica,
Pigmentos Endógenos são substâncias certas doenças lisossómicas, acromegalia,
sintetizadas dentro do próprio corpo. atrofia por desnervação, miopatia lipídica ou
centronuclear, doença pulmonar obstrutiva
LIPOFUCSINA crónica e melanose coli.
A lipofuscina é um pigmento insolúvel,
MACROSCOPIA
também conhecido como lipocromo ou Atrofiada de coloração parda e em tons
pigmento do desgaste. amarronzados, inespecifico (só a olho nu
Pigmentação relacionada ao não dá para identificar).
desgaste celular(atrofias,caquexia e Os órgãos onde há o acúmulo de lipofuscina
adquirem uma coloração parda. Em grande parte
senilidade); dos casos isso ocorre em indivíduos portadores
Lipo-Proteína(derivada dos lipídeos), de doenças caquetizantes ou muito idosos, cujos
órgãos são atróficos. A alteração em questão
Coloração amarronzada; recebe o nome de atrofia fosca.
Orgãos afetados: FIGADO,CORAÇÃO MICROSCOPIA
E CÉREBRO Grânulos pardos amarelados (mostarda) ou
É observada em células sofrendo alterações amarronzados, difusos pelo tecido
regressivas lentas e é particularmente
proeminente no fígado e coração de
pacientes que estão envelhecendo ou
naqueles com desnutrição grave e caquexia
do câncer.
- É um pigmento que serve para detectar o
tempo de vida celular. Normalmente,
quanto mais lipofuscina presente, mais
velha é a célula.
- Associada em geral a animais idosos (na
senilidade a absorção nutrientes começa a
falhar e eles passam a se depositar com
maior facilidade)
 Pigmentos
Pigmentos Endógenos
Pigmentos Endógenos são substâncias
sintetizadas dentro do próprio corpo.
A lipofuscina não é nociva à célula ou às
suas funções.
HEMOGLOBÍNICOS
A hemoglobina (Hb) é composta
basicamente de uma proteína do grupo das
histonas (globina) e de 4 grupos prostéticos
derivados da síntese de porfirinas (Grupo
Heme, cromático, tetrapirrólico). Este grupo
Heme, por sua vez, é constituído de um
grupo férrico (pigmentos ferruginosos) e de
um grupo cromático isento de ferro
(protoporfirina III). Isto explica por que tanto
pigmentos ferruginosos quanto
ferruginosos podem ser formados a partir da
Hb.
Associado à pigmentação
avermelhada (hemoglobina);
Duas frações: Heme e Armazenamento (depósito de ferro);
Globina(dependendo das frações os
achados podem se alterar. Sua
porção protéica é chamada de
globina);
Órgãos afetados: diversos, mas os
principais são os rins;
Pigmento associado a quebra da
hemoglobina e pode ser subdividido
em duas classificações:
HEMOSIDERINA(pigmento
ferruginoso) e
BILIRRUBINA(pigmento não
ferruginoso);
Radicais irão alterar a macroscopia
e microscopia;
HEMOSIDERINA
A hemossiderina é um pigmento granular ou
cristalino, amarelo a castanho-dourado,
derivado da hemoglobina, sendo a principal
forma de armazenamento do ferro.
Grânulos de hemossiderina em células hepáticas. A,
Coloração em H&E, mostrando pigmento finamente
granular castanho-dourado. B, Coloração pelo azul da
Prússia, específica para ferro(grânulos azuis).
O ferro normalmente é transportado por
proteínas transportadoras específicas, as
transferrinas. Nas células, é armazenado em
associação com uma proteína, a apoferritina,
para formar micelas de ferritina. A ferritina é
um componente da maioria dos tipos
celulares. Quando há um excesso local ou
não sistêmico de ferro, a ferritina forma grânulos
de hemossiderina, que são facilmente vistos à
microscopia óptica
Pigmento ouro à acastanhado (quanto
mais ferro mais nuance de cor);
Processos congestivos nos órgãos alvo
(esses processos derivam da morte
celular e essa congestão é justamente a
morte das células);
Com o rompimento da célula ela libera
hemoglobina no tecido, pigmentando-o;
EXEMPLO: BABESIOSE
Os excessos de ferro, locais ou sistêmicos,
causam acúmulo de hemossiderina dentro das
células. Os excessos locais resultam de
hemorragias nos tecidos. O melhor exemplo de
hemossiderose localizada é a equimose comum.
Quando há sobrecarga sistêmica de ferro, a
hemossiderina pode ser depositada em muitos
órgãos e tecidos, uma condição denominada
hemossiderose. As principais causas de
hemossiderose são: (1) absorção aumentada de
ferro alimentar; (2) anemias hemolíticas, nas
quais quantidades anormais de ferro são
liberadas dos eritrócitos; e (3) transfusões
repetidas porque os eritrócitos transfundidos
constituem uma carga exógena de ferro.
MACROSCOPIA
Placas amarelo alaranjadas ou branco
alaranjadas, regiões crostosas
 Pigmentos
Pigmentos Endógenos
MICROSCOPIA
Grânulos alaranjados,pigmentadas e
difusos
Origem: O Pigmento hemoglobínico é
formado na presença de oxigênio,
obrigatoriamente de forma intracelular, uma
vez que, na forma extracelular ele é
dissolvido. Ele se acumula nas células,
principalmente no reticulo endotelial.
Causa sistêmica da Hemosiderose: Anemias
hemolíticas e transfusões repetidas
EXEMPLO DE HEMOSSIDEROSE:
-HEMATOMA:
Logo após um traumatismo, a hemorragia é
vista como uma área vermelho azulada, ou
negro-azulada, devido a presença de
hemoglobina desoxigenada. Com o início da
degradação da hemoglobina e a formação
de biliverdina (quebra do heme – precursor
da bilirrubina) e bilirrubina, a pele adquire
tonalidade verde-azulada a amarelada.
Finalmente com a formação de
hemossiderina, cor ferruginosa ou amarelo
dourado.
BILIRRUBINA
A bilirrubina é um pigmento normal
importante encontrado na bile. É derivada da
hemoglobina, mas não contém ferro. Suas
formação e excreção normais são vitais para
a saúde, e a icterícia é um distúrbio clínico
comum causado por excessos desse
pigmento dentro das células e tecidos.
Não se relaciona com o ferro é
pigmento biliar;
Pigmento Biliar;
Subproduto da hemoglobina;
Icterícia- Taxa de bilirrubina circulante
degenera e deposita;
Substância amarelada encontrada na
bile, que permanece no plasma
sanguíneo até ser eliminada na urina.
Quanto mais bilirrubina eliminada na
urina, mais amarela ela se
torna.Excesso de bilirrubina
(hiperbilirrubinemia) pode indicar
problemas no fígado, baço, nos rins ou
na vesícula biliar;
A bilirrubina eleva-se no soro na
presença de lesões hepáticas,
obstrução biliar ou quando a velocidade
de destruição dos glóbulos vermelhos
está aumentada. O aumento indireta é
observado na síndrome hemolítica, na
icterícia neonatal. A Bilirrubina está
aumentada nas hepatites agudas e
crônicas, nas reações tóxicas a várias
drogas e nas obstruções do trato biliar;
CAUSAS DO AUMENTO DE BILIRRUBINA:
Pigmento da Icterícia ( pigmentação
amarelada da pele, conjuntiva dos olhos e
órgãos internos causada pelo aumento da
bilirrubina em circulação, esse aumento de
bilirrubina circulante se degenera e se
deposita, impregnando todos os tecidos).
Icterícia Pré- Hepática ( cora antes de
passar pelo fígado):
- É uma resposta associada à uma hemólise
excessiva (várias hemácias se rompendo),
para o fígado conter essa hemólise ele faz
com que a produção de bilirrubina aumente.
Nesse cenário, sobra hemoglobina e
também sobra bilirrubina (essa por sua vez
supera a capacidade do fígado de
metabolizar, com essa sobra o sangue é
acidificado e o que deveria acidificar para
conter a quebra das hemácias acaba se
depositando);
 Pigmentos
Icterícia Pré- Hepática ( cora Compressão dos calículos hepáticos;
antes de passar pelo fígado: Acumula bilirrubina-fígado reabsorve;
Reduz urobilinogênio;
Hemólise excessiva-Aumento da Produz fezes-sem cor-fezes
bilirrubina(indireta); esbranquiçadas;
Sobra hemoglobina-Supera a
capacidade de metabolização; Observação: Pré e Pós podem levar a uma
Icterícia Hepática, ambas são sem lesão,
Deposita nos tecidos; mas tem potencial de gerar uma por conta
Não há uma lesão hepática, mas a da sobrecarga do fígado;
quantidade de bilirrubina é maior do que
o fígado consegue conjugar/ metabolizar
(Exemplo: Babesia)
Icterícia Hepática (bilirrubina não
consegue ser conjugada/quebrada):
-Produção normal de bilirrubina, mas os
hepatócitos são incapazes de quebrar e
ela se excede
-É consequência de uma lesão hepática, o
fígado não dá conta tá de conjugar a
bilirrubina já presente e aí cora o tecido
-Associado a infecções, intoxicações,
neoplasias, ocorre a redução da
metabolização e excreção;
(Exemplo: Cirrose, intoxicação por
medicamentos co o o tilenol, tumores, etc)
Consequência de lesão hepática;
Redução da capacidade funcional dos
hepatócitos;
Associados a Infecções, intoxicações,
neoplasias;
Redução da metabolização e excreção;
Icterícia Pós- Hepática: (não
consegue sair do fígado)
-O fígado está conjugando, mas não
consegue liberar, se ela não sai, então vai
se acumular pois libera pouco;
-Ocorre decido a compreensão dos
canalículos hepáticos (obstrução);
-Acumula a bilirrubina indireta (pois ela já
foi conjugada) e o fígado reabsorve;
- Reduz o urobilinogênio;
- Não tem lesão, o órgão está sadio;
(Exemplo: intoxicação medicamentosa)
 Pigmentos
MELANINA As lesões relacionadas a melanina ocorrem
A melanina, termo derivado do grego quando encontradas em locais ou
(melas, preto), é um pigmento endógeno quantidades superiores ao normal da
preto acastanhado, não derivado de espécie.
hemoglobina, formado quando a enzima ACANTOSE NIGRICANS
tirosinase catalisa a oxidação da tirosina em
diidroxifenilalanina nos melanócitos. A acantose nigricans é uma condição
marcada pela presença de pele
A melanina é um pigmento endógeno, cuja cor
hiperpigmentada e espessa com textura do
varia do castanho ao negro, sendo
“tipo aveludada” que frequentemente
amplamente encontrada em animais e
aparece nas áreas flexoras (axilas, dobras
plantas. O acúmulo de melanina é a melanose.
da pele nas regiões do pescoço, virilha e
Vários fatores afetam a síntese de melanina anogenital).
na pele, como os genéticos (cor da pele), a
radiação (metabolismo da melanina) e os Reação cutânea - estímulo aos
hormonais (metabolismo da melanina). melanócitos;
Pigmento granular, amarelo, pardo ou Podendo ser primária (idiopática) ou
negro, de natureza proteica, secundária (alergias);
Insolúvel nos solventes comuns; Mais comum nos cães teckel e boxer
Pigmento que não contem ferro nem Endocrinopatias;
gordura; Fricção excessiva nas dobras
Confere cor escura à pele, ao cabelo, à cutâneas;
Iris, à retina, corpo ciliar e coróide, a Pode ocorrer (1) como um traço
autossômico dominante com penetrância
mucosa oral, aos cascos e chifres variável, (2) em associação a obesidade ou
(conforme a raça); anormalidades endócrinas (particularmente
Função: Proteger contra radiações em com tumores da hipófise ou pineal e
geral (principalmente Ultra Violeta - que diabetes), e (3) como parte de várias
é penetrante. síndromes congênitas raras.

MELANOMA

MELANINA
Todas as formas de acantose nigricans têm
aspectos histológicos similares. A epiderme e
a papila dérmica subjacente aumentada
estão claramente onduladas para formar
numerosas saliências e depressões
repetitivas. Pode-se observar uma
ACANTOSE MELANOSE hiperplasia variável, além de hiperqueratose
e ligeira hiperpigmentação da camada de
células basais (mas não a hiperplasia
melanocítica).
 Pigmentos
MACROSCOPIA
Hiperpigmentação, liquenificação, seborréia
e alopecia axilar, podendo se estender para
membros torácicos e regiões ventral do
pescoço, perineal, peri-ocular e de pavilhão
auricular.
MICROSCOPIA
MELANOSE
Ocorre a melanina ectópica (não
deveria ocorrer);
Mais frequentes em animais jovens;
Não relacionada à patologias;
Pigmento em órgãos não pigmentados
- Fígado, pulmões, rins, útero;
A melanose ocorre quando há um
armazenamento anormal de melanina, com
acumulação desse pigmento nos tecidos.
Caracteriza-se pela presença de uma
pigmentação negra, castanha ou cinzenta,
nos tecidos ou órgãos, sem alteração da
estrutura deles
MACROSCOPIA

Melanose pulmonar em equinos

MICROSCOPIA

Todas as formas de acantose nigricans têm

aspectos histológicos similares. A epiderme e
a papila dérmica subjacente aumentada
estão claramente onduladas para formar
numerosas saliências e depressões
repetitivas. Pode-se observar uma
hiperplasia variável, além de hiperqueratose
e ligeira hiperpigmentação da camada de
células basais (mas não a hiperplasia
melanocítica).
 Pigmentos
MELANOMA Nos cães, as áreas mais comuns são a
cavidade oral, a cabeça, as falanges (dedos),
Neoplasias comuns em cães, eqúinos os membros e escroto; nos gatos, ocorrem
tordilhos ou albinos; com maior frequência intraocular, em porção
Incomuns em bovinos e suínos; e raros de íris.
em gatos e ovinos;
MACROSCOPIA
Região ocular ou oral - cão;
Períneo - equinos;
Lesão pigmentada que comece a
crescer - venha a sangrar;
Microscopia;
O câncer de pele melanoma tem origem nos
melanócitos (células produtoras de
melanina, substância que determina a cor
da pele) e é mais frequente em adultos Apresentação clínica do melanoma em cães. A-
brancos. O melanoma pode aparecer em Massa enegrecida na íris com extensão
qualquer parte do corpo, na pele ou extraocular. Fonte: PERLMANN (2010). B-
mucosas, na forma de manchas, pintas ou Melanoma em digito de cão.
sinais. Fonte:CriticalCareDVM (2017). C- Lesões múltiplas
Os melanócitos são as células pigmentadas de melanoma em pele de cão. Fonte: TEIXEIRA
(2011).
da pele, que lhe dão a sua cor distinta. A luz
solar estimula os melanócitos a produzir
MICROSCOPIA
mais melanina (o pigmento que escurece a
pele), aumentando o risco de melanoma.
Os melanomas podem surgir na pele
normal ou em nevos já existentes.
Podem formar placas da pele de cor
marrom, irregulares, planas ou salientes,
com pontos de cores diferentes, ou
caroços duros pretos ou cinzentos.
Para diagnosticar um melanoma, os
médicos fazem uma biópsia.
Os melanomas são removidos.
Os Melanomas são formados a partir de
melanoblastos e melanócitos, células capazes
de produzir melanina, um pigmento importante
que atua no bloqueio endógeno dos raios
ultravioletas da luz solar. Esta neoplasia é de
ocorrência comum em cães, porém é incomum
em outras espécies domésticas, como o gato.
Trata-se de uma lesão geralmente pigmentada
(escura), e diferente dos humanos, nos cães,
apresenta diversas formas, nódulos,
tumorações, placas, máculas e lesões
ulceradas, possui crescimento rápido, difuso e
invasivo na dependência de sua localização. As
lesões mais agressivas com pior prognóstico
são as localizadas na cavidade oral e nos
dígitos
 Pigmentos
VITILIGO
Doença progressiva representada por
manchas acrômicas, isto é, despigmentação
da pele devido a diminuição ou ausência
total de melanócitos epidérmicos (células
responsáveis pelo desenvolvimento da
melanina, a qual é um pigmento que dá
coloração à pele, aos cabelos e aos olhos)
nas partes afetadas, possuindo bordas que
são bem delimitadas, com tamanhos e
formas diversas.

Acometendo especialmente nas áreas

periorificiais (ao redor dos olhos, nariz, lábios
e genitália), nas mãos, nos pés, nas faces
flexoras dos punhos, tornozelos, cotovelos,
joelhos e nas grandes dobras cutâneas.
Perda de atividade enzimática local
dos melanócitos;
Pode ser estendida por fatores
intrínsecos;
Estress, ação imunomediada;
Em geral simétrica, irregular e
delimitada, com hipercromia periférica;
MACROSCOPIA
diminuição ou ausência total de melanócitos
epidérmicos
Pele e pêlo sem pigmento
Olho sem coloração (vermelho)*
Albinismo e o pseudo albinismo
ALBINISMO
Despigmentação generalizada
congênita (toal ou parcial);
Condicionada por gene recessivo;
Incapacidade de sintetizar a tirosinase
(ou tirosina oxidase), importante na
sintese da melanina;
Descrito em equinos* (geralmente
estéreis);
Coelhos;
Cães (principalmente collie e bulldog);
Gatos (geralmente surdos, hipoplasia
do órgão de Corti);
coelhos, jacarés, pavões..

despigmentação da pele devido a diminuição ou O Albinismo é um distúrbio congénito

ausência total de melanócitos epidérmicos caracterizado pela ausência total ou parcial
de pigmentos tanto na pele, como nos
MICROSCOPIA olhos e cabelo. Este distúrbio resulta de
uma deficiência ao nível da enzima
responsável pela produção de melanina.
 Pigmentos
ALBINISMO MICROSCOPIA
MACROSCOPIA
O albinismo é uma condição genética que se
caracteriza pela ausência total ou parcial de
uma enzima, a tirosinase, envolvida na síntese
da melanina, pigmento marrom-escuro
produzido nos melanócitos, que confere cor à
pele, cabelos, pelos e olhos, e funciona como
agente protetor contra os raios ultravioleta do
sol.

Seção de pele corada por hematoxilina-eosina,

aumento de 400 x. As flechas identificam
melanócitos com grumos de pigmento.
Observar a distribuiçãoIrregular, esparsa e a
camada córnea sem melanina.

Corte de cabelo com grumos de melanina com

distribuição medular.

as alterações na pigmentação da pele, dos

cabelos, cílios e sobrancelhas.
É importante destacar que os sinais do
albinismo vão além da cor da pele e dos
cabelos. Em geral, todos os portadores do
transtorno apresentam comprometimento da
visão provocado pela falta de melanina, uma
proteína fundamental para o
desenvolvimento dos olhos e a anatomia dos
nervos óticos, que levam a imagem para ser
decodificada no cérebro.
 Calcificações
CALCIFICAÇÕES PATÓLOGICAS
A calcificação patológica é a deposição
tecidual anormal de sais de cálcio,
juntamente com quantidades menores de
ferro, magnésio e outros minerais. Há duas
formas de calcificação patológica. Quando
o depósito ocorre localmente em tecidos
que estão morrendo, é conhecido como
calcificação distrófica; ocorre a despeito de
níveis séricos normais de cálcio e na
ausência de perturbações no metabolismo
do cálcio. Em contraste, o depósito de sais
de cálcio em tecidos normais é conhecido
como calcificação metastática, e quase
sempre resulta de hipercalcemia secundária
a algum distúrbio do metabolismo do cálcio.
É a deposição patológica de minerais e
sais de cálcio;
Pode ser uma evolução de necrose
principalmente em tecidos moles;
Há presença de Cálcio e outros
componentes minerais;
Pode acontecer em todos os tecidos
moles.
Podem ser classificada em: Calcificação
Distrófica ou Calcificação Metastática
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
A calcificação distrófica é encontrada em
áreas de necrose, sejam estas do tipo
coagulativa,caseosa ou liquefativa, e em
focos de necrose enzimática da gordura. A
calcificação quase sempre está presente
nos ateromas da aterosclerose avançada
Deposição de sais minerais em tecidos
submetidos a lesões: degenerativa,
necrótica, inflamatória.(tecido já lesado);
Cálcio no meio intracelular (+ferro,
Chumbo, ions);
Ocorre, em geral, com níveis normais de
cálcio sanguíneo;
Deposição de cálcio para ajudar na
cicatrização;
A calcificação patológica é a deposição
tecidual anormal de sais de cálcio,
juntamente com quantidades menores de
ferro, magnésio e outros minerais.
Também se desenvolve comumente nas
valvas cardíacas envelhecidas ou
danificadas, prejudicando ainda mais a sua
função . Qualquer que seja o local do
depósito, os sais de cálcio aparecem
macroscopicamente como grânulos ou
grumos finos brancos, muitas vezes
palpáveis como depósitos arenosos. Às
vezes, um linfonodo tuberculoso é
praticamente convertido em pedra.
Calcificação distrófica da valva aórtica. Vista a
partir de baixo da valva aórtica não aberta, em
um coração com estenose aórtica calcificada.
Esta está acentuadamente estreitada
(estenose). As cúspides semilunares estão
espessadas e fibróticas, e atrás de cada cúspide
observam-se massas irregulares e empilhadas
de calcificação distrófica
A calcificação patológica também pode ser
denominada de mineralização patológica,
pois junto ao cálcio se deposita muitas vezes
magnésio, fósforo e uma série de outros íons.
A calcificação patológica é um processo no
qual os sais de cálcio e alguns minerais se
acumulam nos tecidos moles, tornando-os
mais rígidos.
LOCAIS MAIS COMUNS
Miocárdio necrosado (infarto do
miocárdio).
Musculatura esquelética necrosada.
Granulomas (tuberculose bovina), faz a
calcificação que fica inerte.
Locais que possuem parasitas mortos ou
encistados.
 Calcificações
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
MACROSCOPIA
Áreas esbranquiçadas, firmes e bem
delimitadas normalmente, lesão faz o
ranger de facas (associado a
tuberculose, nódulos bem delimitados e
arenosos).
AO CORTE: consistência arenosa.

MICROSCOPIA
Coloração azulada: hematoxilina-eosina
gera a coloração azulada para o cálcio.
Grânulos amorfos.
Intracelulares e extracelulares.
Histologicamente, com a coloração rotineira de
hematoxilina e eosina, os sais de cálcio exibem
aparência granular, amorfa e basofílica,
algumas vezes agregada. Podem
intracelulares, extracelulares, ou em ambas
localizações. No decorrer do tempo, osso
heterotópico pode ser formado no foco da
calcificação.
ETIOLOGIA
Necroses caseosa;
Nódulos (Parasitas ou larvas mortas);
Trombos venosos crônicos (Cronificados);
Processos inflamatórios ósseos
CALCIFICAÇÃO METASTÁSICA
Deposição de sais minerais em tecidos
hígidos em condição de hipercalcemia;
Elevação do Cálcio circulante
(plasmático) prolongada;
É um processo difuso, sendo o acúmulo de cálcio
em tecidos moles após alteração na
concentração de cálcio sérico, secundário a
alteração sérica/sistêmica.
O cálcio é necessário para a contração muscular.
ser Quando o cálcio se acumula na corrente
sanguínea, ele tende a se acumular em tecidos
moles, lesionando a célula que acarreta em danos,
para isso, precisa regular o cálcio sérico.
A entrada de cálcio na célula causa lesão na
mitocôndria diminuindo ATP.
 Calcificações
CALCIFICAÇÃO METASTÁSICA A calcificação metastática pode ocorrer
A calcificação metastática pode ocorrer em amplamente no corpo, mas afeta
tecidos normais sempre que há principalmente os tecidos intersticiais da
hipercalcemia. mucosa gástrica, rins, pulmões, artérias
A hipercalcemia também acentua a sistêmicas e veias pulmonares. Embora de
calcificação distrófica. localização bastante diferente, todos esses
Há quatro causas principais de tecidos excretam ácido e, portanto, têm um
hipercalcemia: compartimento interno alcalino que os
(1) aumento da secreção de paratormônio predispõe à calcificação metastática. Em
(PTH) com subsequente reabsorção óssea, todos esses locais, os sais de cálcio
como no hiperparatireoidismo devido a assemelham-se aos descritos na
tumores das paratireoides, e secreção calcificação distrófica. Assim, podem
ectópica de proteína relacionada ao PTH por ocorrer como depósitos amorfos não
tumores malignos ; cristalinos ou, em outras vezes, como
(2) destruição de tecido ósseo, decorrente cristais de hidroxiapatita.
de tumores primários da medula óssea (p. MACROSCOPIA
ex., mieloma múltiplo, leucemia) ou
metástases esqueléticas difusas (p. ex.,
câncer de mama), turnover ósseo acelerado
(p. ex., doença de Paget) ou imobilização;
(3) distúrbios relacionados à vitamina D,
incluindo intoxicação por vitamina D,
sarcoidose (na qual macrófagos ativam um
precursor da vitamina D) e hipercalcemia
idiopática da lactância (síndrome de
Williams), caracterizada por sensibilidade
anormal à vitamina D e
(4) insuficiência renal, que causa retenção
de fosfato, levando ao hiperparatireoidismo
secundário. Causas menos comuns incluem Calcificação Metastática
intoxicação por alumínio, que ocorre em Hiperplasia de paratireóide em Gato
pacientes sob diálise renal crônica, e na Hiperparatireoidismo Primário
síndrome do leite-álcali, que resulta da
ingestão excessiva de cálcio e antiácidos
absorvíveis como o leite ou carbonato de
cálcio.
Ocorre em tecidos normais.
Secundários à hipercalcemia.
Entrada de grande quantidade de cálcio
dentro das células.
precipitação das organelas, principalmente
nas mitocôndrias.
Geralmente os sais de minerais não causam
disfunção clínica, mas às vezes o envolvimento
maciço dos pulmões produz achados radiográficos
e déficits respiratórios. Depósitos maciços no rim
(nefrocalcinose) podem causar lesão renal com o
tempo
 Calcificações
MICROSCOPIA
Calcificação Metastática Renal - Cão
Calcificação Metastática no pulmão
ETIOLOGIA
Massas tumorais (alteração na absorção
de calcio)
Hiperparati;reoidismo - paratormônio;
Plantas calcinogênicas - Samambaia,
Tingui;
Alvos - Artérias, endocárdio, tecidos
moles,tendões;
CÁLCULOS/ LITÍASES
Dá-se o nome de cálculos (do latim
"calculus" - pedra de contar) ou concreções
endógenas (do latim "concretione" - material
endurecido) ou ainda litíase (do grego
"lithos"- pedra) às massas esferoidais,
ovóides ou facetadas, sólidas, concretas e
compactas, de consistência argilosa a
pétrea, que se formam no interior de órgãos
ocos (bexiga, vesícula biliar), cavidades
naturais do organismo (peritoneal, vaginal
do testículo), condutos naturais (ureter,
colédoco, ducto pancreático ou salivar) e
mesmo no interior de vasos
Congressões ou litíases
> Local+ sufixo (litíase-fenômeno e lito-
cálculo)
Ex: Urolitíase (fenômeno de haver deposição
de cálculos no ureter
Deposição de matriz orgânica que vai
ser motivada pela sobra de sais, que ao
longo do tempo produz de pequenas à
grandes massas -
Formatos podem ser: esferoidais,
ovoides, facetadas e compactadas, em
geral, o tipo de matéria orgânica define o
seu formato ( esse formato ajuda a
associar de que cálculo estou falando)
Consistência de argilosa à pétrea
(firmes e essas são necessárias a
remoção) , mas alguns é possível
desfazer e destruir (consistência mais
porosa) com laser. Se formam no
interior de órgãos ocos (vesícula biliar e
bexiga) e vão se unindo
Cavidades naturais/condutos naturais
(ureter, ducto pancreático, salivar (em
seu interior ocluem eles)
Ex: Icterícia Hepática
 Cálculos/Litíases
CÁLCULOS/ LITÍASES
BRONQUICOS
ETIOLOGIA
Essa deposição sucessiva de sais
inorgânicos em núcleos orgânicos,
compostos por uma base proteica (sangue,
células epiteliais, fibrina, bactérias -
combate de processos infecciosos, o corpo
tenta isolar com os sais o agente) > Se SALIVARES CÁLCULOS URINÁRIOS
depositam por meio de precipitação
sucessiva de sais inorgânicos ao redor de
um núcleo orgânico;
- Lesões epiteliais podem induzir- parasitas
ou corpos estranhos (encistamentos por
ciclos erráticos a medida que tenho Cálcio
circulante) ; BILIARES
- Cálcio e fósforo principalmente (casca ao
redor da base proteica) - Semelhantes às
calcificações distróficas (não só nos
tecidos, mas nos locais) ; CÁLCULOS URINÁRIOS
-Porém, em órgãos tubulares ou canalículos
podem levar a interrupção de fluxo Urolitíase: Produzida por urólitos
(obstrução, inflamação e infecção); Compostos:
> Estruvita (39%) ;
Se deposita por precipitações > Oxalato de Cálcio (36%);
sucessivas de sais inorgânicos ao redor > Compostos mistos (10%);
de um núcleo orgânico; > Urato (10%) ;
Em geral composta de uma fonte de Urólitos de c;istina, purina, fosfato de
proteína-sangue, células epiteliais, Cálcio, misto e sílica ;
fibrina, bactérias; Nosso principal desafio são os
Lesões epiteliais podem induzir - compostos, pois nele eu tenho mais de
parasitas ou corpos estranhos; uma matriz) ;
Cálcio e Fósforo principalmente;
ESTRUVITA: porosos, formato ovoides,
Semelhante às calcificações distróficas; formados na pelve renal, ficam no cálice
Porém em orgãos tubulares ou renal e obstruem o ureter .
canalículos;
MACROSCOPIA
Podem levar a interrupção de fluxo
(obstrução, inflamação e infecção); Mais arredondado,poroso,levemente ovoide,
parecem um Ferrero rocher
LOCALIZAÇÃO
MICROSCOPIA
Depende de que tipo de cálculo estou Quanto mais cristais de estruvita maior é o
falando, os principais de importância cálculo, cálculos de estrutura retangular e em
veterinária são: os bezoários, urinários, prisma
biliares e salivares
Urinários são os mais conhecidos na
rotina med.vet e o menos comum são
os biliares
 Cálculos/Litíases
Menos comuns na rotina veterinária,
geralmente não são patológicos, mas
tem potencial para se tornarem, eles são
um achado pos mortem (sem sinais
clínicos);
Colelitíase (colesterol elevado por
consumo elevado de gorduras);
Achados em ultrassonografias (antes) e
post mortem (depois);
Mais comum em cães, menos comum
em felinos;
Um dos responsáveis pela Icterícia pós
hepática;
OXALATO DE CÁLCIO: são menores em São achados macroscópicos de
tamanho em comparação com a pequenos cálculos (1- 2cm) lisos e
estruvita, dificilmente superam 2cm (oq é facetados, não encontro isso em
muito para uma pelve renal), em geral de microscopia é um achado de US;
bordas irregulares. Levemente amarelados ou bem
MICROSCOPIA enegrecidos (dependendo do tipo de
Cristais de formato de diamante brilhoso, gordura ingerida);
pequenos, mas em grande quantidade.
URATO: cálculos grandes, mais
CÁLCULOS SALIVARES
esferoidais e de superfície lisa não Sialócito - Sialocele - Siaalolitiase;
facetada . Impedimento da excreção de saliva;
Cistos salivares;
MICROSCOPIA
São bem frequentes e em todas as
Assume formato de losango e pode ser possível
a visualização de sua matriz orgânica (nucleo) espécies;
e a inorgânica (casquinha) é o único que dá pra Sialócitos- sialocele- sialolitíase;
ver isso. Impedimento da excreção de saliva ;
URÓLITOS DE CISTINA: apresentam Com o consumo exacerbado e
formato irregular, rugoso, em geral em desequilibrado de sais, é produzido um
tons amarelados, lembra pepitas de ouro sialócito, a complicação disso é a
oclusão e formação de uma sialocele (
MICROSCOPIA acúmulo de saliva ao redor do
Formato hexagonal.
canalículo-ele se torna uma cavidade
por destendimento) ;
CÁLCULOS BILIARES Serão encontrados em massas firmes
de formato ovoide em boca ou pescoço
Colelitíase - colesterol elevado
(sub-mandibular);
(consumo elevado);
Achado de US e post mortem;
Mais frequente em cães;
Um dos responsáveis pela icterícia pós
hepática;
 Cálculos/Litíases
CÁLCULOS BILIARES LOCALIZAÇÃO

PILO

BENZOARES

CÁLCULOS SALIVARES

FITO

> PILO
> FITO
> LACTO
> FÁRMACO

BENZOÁRIOS/BENZOARES
Acumulo de materiais não digerido em
esôfago ou estômago;
Em todas as faixas de idade;
Fibras diversas de que podem ser
expelidas ou não;
Muito comuns na medicina veterinária;
São acúmulos de materiais não
digeridos em esôfago ou estômago
(pode chegar a intestino em algumas
espécies);
Em geral, tem origem orgânica, mas não
conseguem ser digerido (quebrar e
absorver);
> Capins com alto teor de lignina;
Ocorre em qualquer fase de idade, mas
em geral, em jovens adultos;
Fibras podem chegar a serem expelidas
ou não (exame de achado)
PILOBEZOARES
Pequenos animais, são massas de pelo
ingeridas por lambedura (felinos são um
classico);
Assumem tons escurecidos por
queimamento do ácido estomacal, a
medida que não vão sendo digeridos,vão
se acumulando (em geral, não
causariam efeitos deletérios, porém
podem compactar- ocupa espaço e
pode vir a ser um problema)
Cães e gatos, bovino é menos frequente,
mas pode acontecer;
Muito associado a faltas alimentares;
Nos felinos, compacta em região de
cardia(regurgitamento até expulsao);
Formato de charuto, alongado (em
bovinos e cães é arredondado);
Em casos extremos de muito pelo,
forma grandes massas compactadas,
tão grande que ele não consegue
colocar para fora (cirurgico);
 Cálculos/Litíases
PILOBEZOARES Tons acinzentados
> Pilo e Tricobenzoar: clinicamente são facetados,geralmente não é único,
usados como sinônimos, no pilo o pelo não sempre tem mais (de 10 a 18
ultrapassa 4 cm, no trico pode passar ( pode espécimes), com isso, o animal não
encontrar além de cabelo pedaços de tecido consegue mais evacuar, ocorrendo
e outros corpos); distensão e hipomotilidade, sem cirurgia
o animal vem a óbito;
Massas de pêlos escurecidos pelo ácido Obs: nem todo fecaloma é um enterólito e
estomacal; nem todo enterólito tem somente Cálcio,
Pelos se enovelam aos poucos pós eles possuem origens e matrizes diferente
lambedura;
Em geral não causariam efeitos
deletérios porém bodem compactar
Cães, gatos, bovinos - menos frequente
em suínos;
FITOBENZOARES
Massas compactadas de fibras vegetais
(cascas de árvore, sementes, folhas,
raízes, tudo isso vira uma massa firme );
Nos grandes animais se agrupam no TGI
( forma no rumen e fica retido no
reticulo) ;
Contém grande quantidade de material
não digerível (como por exemplo fibras
de baixa qualidade, em geral não se tem
pelo e sim matéria vegetal) ;
Possui tamanhos variados, são porosos
por serem fibras e tem uma tonalidade
esverdeada (rúmen) e amarronzada
(retículo), a cor depende de sua
localização e ao que o material está
exposto ;
Fecaloma: quando a espécie não
consegue regurgitar e o benzoar segue
pelo TGI, forma um acúmulo de fezes,
pelos e fibras ao longo do percurso,
ocorrendo sua compactação (remoção
cirurgica);
Enterolito: é o mesmo quadro do
fecaloma, só que o corpo ao identificar o
corpo estranho utiliza ions para
calcificar o fecaloma (1-5cm) - em
equinos essas compactações podem
chegar até 10 cm (são achados
cirúrgicos);