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Centro Universitário de João Pessoa

Graduação em Biomedicina
Hematologia Clínica e Banco de Sangue

ANEMIA
CARÊNCIAL I:
FERROPRIVA PROFESSORA DRA. ERTÊNIA
PAIVA

2023
CLASSIFICAÇÃO DA ANEMIA FERROPRIVA
AQUISIÇÃO E
METABOLISMO DO
FERRO
MOLÉCULA DE FERRO

• O ferro é um íon inorgânico essencial


para a maioria dos organismos vivos.

• Participa de múltiplos processos vitais


variando desde mecanismos celulares
oxidativo até transporte de oxigênio
nos tecidos.

• Trata-se de um componente
fundamental de moléculas como
hemoglobina, mioglobina, citocromos,
e inúmeras enzimas, além das
proteínas próprias de seu metabolismo.
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AQUISIÇÃO DE FERRO

• ATRAVÉS DA DIETA • RECICLAGEM DAS HEMÁCIAS


• PERDA FISIOLÓGICA:
DESCAMAÇÃO DA
MUCOSA DO
TRATOGASTROINTESTI
AQUISIÇÃO DE NAL, URINA, SUOR,
FEZES,
FERRO MENSTRUAÇÃO.
NECESSIDADE CORPORAL DEPENDE LACTAÇÃO.
DAS FASES DA VIDA.
REQUERIMENRO: 10-20 mg/dieta,
apenas 10% é absorvida (1- • PERDA PATOLÓGICA:
2mg/dia). PARASITOSES,
SUPRE A NECESSIDADE DIÁRIA HEMORRAGIAS E ETC.
PERDIDA.
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ABSORÇÃO DO FERRO

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METABOLISMO DO FERRO

• APRESENTA DUAS CARACTERÍSTICAS


PARTICULARES:

• (1) sua absorção no trato


gastrointestinal intestino (duodeno: 1-
2mg/dia), ocorre na forma Heme (Fe acidez
2+) ou ferrosa e forma férrica ou não-

heme (Fe 3+); a absorção é regulada


pelas necessidades do organismo.

• (2) perda de ferro (1-2mg/dia) ocorre


por descamação da pele e mucosas,
pelo suor, fezes, urina e por
hemorragia/sangramentos.
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METABOLISMO
DO FERRO

• 1/3 da transferrina: ligada com ferro;


• 2/3 da tranferrina: “livre”-
hemoglobina
Capacidade de Transporte do ferro:
medir quanto de ferro pode se ligar;
Eritroblastos
• Índice de saturação da Transferrina
(ITS): % de ferro ligado a
transferrina= 1/3 em situação
fisiológica.
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METABOLISMO DO FERRO

• O ferro no plasma pode se


ligar a ferritina e ir para o
depósito de ferro na medula
óssea e fígado, ou se ligar a
transferrina e seguir para o
eritroblasto (síntese de
hemoglobina).

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METABOLISMO DO FERRO

• O Eritroblasto possui: receptor de transferrina (TRF-Fe);


• O Ferro é internalizado por ENDOCITOSE;
• Ferro se incorpora a porção HEME (mitocôndria).

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METABOLISMO DO FERRO

• Os eritrócitos tem vida útil em


média 120 dias.
• Reciclagem: ocorre a
degradação da Hb pelo
Sistema mononuclear
fagocitário (macrófagos).
• O ferro disponível: se
armazenará (ferritina) ou irá
para o eritroblasto
(transferrina).
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SÍNTESE DE
HEMOGLOBINA

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Depende:

(1)Quantidade de ferro
SÍNTESE DA adequado.
HEMOGLOBINA
(2) Produção intracelular da
porfirina (surge com a
produção da porção HEME).
(3) Produção da cadeia de
globinas.

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HEMOGLOBINA E ERTITROPOESE
DESORDEM DO FERRO

• Quando a desordem ocorre,


e a concentração de ferro
diminuir, ocorre uma
sequência de eventos:

• (1): o estoque diminui


• (2): ferro plasmático reduz

• Tornando a produção da
Hemoglobina inadequada.
PRINCIPAIS CAUSAS DA DESORDEM

• EM ADULTO:

üIngestão insuficiente de ferro: dieta


vegetariana, desbalanceada, baixo nível
socioeconômico.
üPerda sanguínea: período menstrual,
doenças crônicas (úlceras, e etc),
hemorragias.
üAumento de necessidade: gestação,
crescimento na adolescência, e
exercícios competitivos.
PRINCIPAIS CAUSAS DA DESORDEM

• EM CRIANÇA:

üPrematuridade e baixo peso.


üIngestão insuficiente de ferro:
amamentação, especialmente
se for exclusiva após os 6 meses.
üVerminoses.
PATOGENIA: DESORDEM DO FERRO

Progressão Estágio (1)-depleção dos estoque de ferro: níveis


de eventos de hemoglobina normais, e ferritinas baixos.
ocorre em Paciente sem sintomas.
três
estágios: Estágio(2)-eritropoese ineficaz: hemoglobina e
ferritina diminuem. Sintomas podem estar
clássicos.
Estágio (3) Anemia: diminuição da hemoglobina
abaixo do limiar e anemia instalada.

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MANIFESTAÇÕES • DEPENDE DA RAPIDEZ
DA INSTALAÇÃO DA
CLÍNICAS ANEMIA.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

ANEMIA FERROPRIVA NÃO PODE SER


DIAGNOSTICADA DE MODO CONFIÁVEL
APENAS COM O QUADRO CLÍNICO.

É NECESSÁRIO A UTILIZAÇÃO DE
TESTES E CORRELACIONAIS COM
OS SINAIS E SINTOMAS.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• OBSERVA-SE:

• FADIGA
• PALIDEZ

• SONOLÊNCIA

• TONTURAS
• CEFALEIA

• ALTERACÕES DE VISÃO
MANIFESTAÇÕES
CLÍNICAS

• PODE SER OBSERVADO TAMBÉM:

VONTADE DE COMER TERRA, GELO, ARGILA,


CABELO, E ETC,
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO
• TEM-SE NO HEMOGRAMA O EXAME DE
TRIAGEM PARA DIRECIONAR A SUSPEITA
DIAGNÓSTICA.

• ALÉM DISSO, OS NÍVEIS DE FERRITINA


SÉRICA SÃO CONSIDERADOS O MELHOR
MARCADOR PARA O DIAGNÓSTICO DE
DETECÇÃO DE DEFICIÊNCIA DE FERRO,
POIS É O PRIMEIRO PARÂMETRO A
DIMINUIR.

• ISSO OCORRE PORQUE SUA


CONCENTRAÇÃO É PROPORCIONAL AO
TOTAL DE RESERVAS DE FERRO DO
ORGANISMO.
ACHADOS LABORATORIAIS
• NO HEMOGRAMA OBSERVA-SE:

• VCM (<80 fL) E HCM (<26 pg) E AS VEZES, CHCM (< 32 g/dL)

• MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS

• RDW ELEVADO INDICANDO (ANISOCITOSE)

• ANISOCROMIA

ü PRESENÇA DE PECILOCITOSE:

ü ELIPTÓCITOS

ü HEMÁCIAS EM LÁGRIMA

ü HEMÁCIAS HIPOCRÔMICAS

Ø PLAQUETOSE DE DISCRETA A MODERADA INTENSIDADE

Ø GERALMENTE, A CONTAGEM DE RETICULÓCITOS ENCONTRA-SE DIMINUÍDA ou NORMAL.


ACHADOS LABORATORIAIS
MARCADORES DO METABOLISMO DO FERRO VALORES EM RELAÇÃO À REFERÊNCIA

FERRITINA DIMINUÍDA

TRANSFERRINA ELEVADA

CTLF* baixa especificidade ELEVADA

ÍNDICE DE SATURAÇÃO DE TRANSFERRINA DIMINUÍDA

FERRO SÉRICO DIMINUÍDA

RECEPTOR DA TRANSFERRINA (rTF) AUMENTADO

CONCENTRAÇÃO DE HB NO RETICULÓCITO (CHr) DIMINUÍDA

CARACTERÍSTICAS DOS MARCADORES DO METABOLISMO DO FERRO NA ANEMIA FERROPRIVA


* rTF é um importante parâmetro para avaliar a anemia ferropriva e diferenciar da anemia
de ADC (NORMAL) pois não está presente na fase aguda da doença.
ACHADOS LABORATORIAIS

Título da Apresentação
DIAGNÓSTICO
• REPOSIÇÃO DE FERRO

ü ADULTOS – 60 mg / 3 – 4X
AO DIA, POR 6 MESES A 1
ANO OU APÓS
TRATAMENTO NORMALIZAR
HEMATÓCRITO

ü CRIANÇAS – 3 A 6
mg/kg/dia – 3 a 4 MESES,
APÓS 2 MESES DO
HEMATÓCRITO
NORMALIZADO
REFERÊNCIAS
UTILIZADAS

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