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Profª Juliana
⮚ Temos um tecido íntegro que sofre lesão, liberando colágeno, que favorece a agregação
plaquetária.
o Depois disso, temos a ativação das vias intrínseca e extrínseca.
▪ Intrínseca: Depende da ativação por alteração de carga elétrica.
● O exame que a avalia é o PTT (Tempo de Tromboplastia Parcial Ativada),
logo, se ele está alterado, temos problema nela
● Se o paciente é hemofílico com deficiência de fator 8, por exemplo, ele terá
alteração no PTT.
▪ Extrínseca: Depende do contato dos fatores de coagulação com o colágeno (fator
tecidual, sendo extrínseco a via).
● O exame que a avalia é o TAP (Tempo de Protrombina Ativada), logo, se
temos alteração nele, temos alteração no fator VII.
● Toda vez que o problema for na via extrínseca, temos um problema no fator
VII.
● Via comum é composta pelos fatores II, V, X.
● Apresenta um pico de ação, que, após ação dos agentes que inibem a
cascata, começa a enfraquecer.
❖ Se isso começar antes do sangramento estabilizar/tecido for
reparado, ocorrerá um novo sangramento.
❖ Para evitar isso, temos o fator 13.
▪ Como há uma grande variação entre os diversos kits usados, criou-se um índice de
correção (INR: International Normalized Ratio).
● O INR deve ficar entre 1 e 2.
▪ Com isso, temos a alteração, não só nos exames da hemostasia primária (tempo de
sangramento), como também no exame que avalia a via intrínseca (PTT).
▪ O quadro clínico é mais intenso, com sangramentos articulares e musculares, além
da presença de hemartroses.
⮚ Clínica e laboratório: É um quadro brando, quase assintomático.
o A maioria vai apresentar a forma leve, sem sangramentos espontâneos.
▪ O sangramento ocorre após extrações dentárias e cirurgias (procedimentos ou
trauma).
▪ Também podemos ter sangramento mucocutâneo (epistaxe, gengivorragia,
equimoses, petéquias, metrorragia, hemorragia digestiva).
o Na forma moderada, podem ocorrer equimoses, sangramentos em mucosas ou no TGI.
o Principais alterações: Aumento do tempo de sangramento; PTT alargado (pela deficiência
do fator 8).
▪ As outras provas se encontram normais.
Outros distúrbios
⮚ 1. Deficiência de vitamina K: Interfere nos fatores 2, 7, 9, 10.
o Nas primeiras 48h, há diminuição de PTNs C e S, prejudicando os anticoagulantes naturais.
o Em casos leves, repor a vitamina K.
⮚ 2. Trombofilia: Nem todo distúrbio de coagulação leva a sangramento, temos também as
trombofilias (risco aumentado de eventos tromboembólicos).
o Pode ser em decorrência da diminuição dos anticoagulantes naturais (PTNs C, S e
antitrombina III), mas existem outras causas.
o Fatores de risco: História prévia ou familiar (1º grau) de tromboembolismo;
▪ Casos de TVP proximal ou EAP aumentam o risco em 5x;
⮚ 3. Presença de fator V de Leiden: Em condições basais, o fator 5 é inativado pela PTN C ativada.
o Contudo, pode haver uma mutação nele, transformando-o em fator 5 de Leiden, sendo que
ele é resistente a PTN C ativada.
▪ Mesmo na presença dela, esse fator continua estimulando a formação de trombos e
aumentando o risco de trombose.
o Fator V de Leiden homozigoto (aa) + ACO Aumenta em 80% o risco de tromboembolismo.
o Fator V de Leiden heterozigoto (Aa) + ACO Aumenta em 35% o risco de tromboembolismo.
⮚ 4. Mutação da Protrombina: Outra situação genética que aumenta o risco de trombose.
o Leva a uma hiperprodução de fibrinogênio.
⮚ 5. Hiper-homocisteinemia: É a elevação anormal do aminoácido homocisteína.
o Pode ser elevada por: Mutação genética; Causa adquirida.
o Usualmente, é diagnosticada por dosagem plasmática basal e após sobrecarga com
metionina.
⮚ 6. SAAF: Síndrome do anticorpo antifosfolípide.
o Os pacientes a apresentarem quando: Anticoagulante lúpico; Anticardiolipina; Anti-beta-
glicoproteína I.
▪ Qualquer um desses autoanticorpos aumenta o risco de trombose por lesão
endotelial
▪ Após a detecção de algum desses anticorpos no exame de sangue, devemos
refazer o exame em 12 semanas para confirmação.
▪ Após a confirmação, fechamos o diagnóstico de SAAF e o paciente deve manter a
anticoagulação.
⮚ 7. Outros fatores de risco para trombose: ACO; Gestação; Puerpério; Imobilização; Neoplasia;
Reposição hormonal; Doença mieloproliferativa.