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Rogério
COLÉGI O
BAHI EN SE Disciplina: Sociologia Data:
1)
A sociologia surge no século XIX intimamente relacionada com o processo de industrialização, com o fortalecimento do
capitalismo, com o aumento da população das cidades e com o surgimento da classe operária e de novas formas de
governo. Tudo isso pode ser considerado como fruto das revoluções burguesas. É nesse contexto que nasce a
sociologia e o interesse do homem burguês de compreender o mundo social no qual é inserido.
“Nossas próprias atitudes frente a outros grupos sociais com os quais convivemos nas grandes cidades são, muitas
vezes, repletas de resquícios de atitudes etnocêntricas. Rotulamos e aplicamos estereótipos através dos quais nos
guiamos para o confronto cotidiano com a diferença. As ideias etnocêntricas que temos sobre as “mulheres”, os
“negros”, os “empregados”, os “paraíbas de obra”, os “colunáveis”, os “doidões”, os “surfistas”, as “dondocas”, os
“velhos”, os “caretas”, os “vagabundos”, os “gays”, e todos os demais “outros” com os quais temos familiaridade, são
uma espécie de “conhecimento”, um “saber” baseado em formulações ideológicas que, no fundo, transforma a
diferença pura e simples num juízo de valor perigosamente etnocêntrico.”
(ROCHA, Everardo P.G. O que é Etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1988. Adaptado)
B) Relativizamos o significado de um ato que é visto não na sua dimensão absoluta, mas no contexto em que
acontece; a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado.
C) Criamos um conjunto de “outros” que servem para reafirmar, por oposição, uma série de valores de um grupo
dominante que se autopromove como modelo.
D) Compreendemos o “outro” nos seus próprios valores e não nos nossos e, então, vemos que a riqueza está na
diferença.
E) Consideramos o outro em sua individualidade cultural e nas relações que este estabelece com sua própria cultura,
entendendo ser ela digna de se tornar a referência para as demais culturas.
2) “Pedir que eu tire o lenço é a mesma coisa que pedir para me despir”, afirma a libanesa naturalizada brasileira Iman
Alloul, 45, que vive há 28 anos no Brasil.
Moradora de Foz do Iguaçu (PR), teve que tirar o véu ao posar para fotos de documentos. Ela diz que o pedido surgiu
em 2010, num curso do Detran.
“A moça falou que eu tinha que tirar o lenço. Aí eu fiquei assustada. Perguntei onde eu iria tirar, e ela disse que ali
mesmo”, afirma Iman.
“Daí eu falei: ‘moça, não posso tirar o meu lenço aqui. Não é uma fitinha que você tira e coloca na hora que quiser. Não
é um acessório, é parte da vestimenta muçulmana’.”
Fonte: PAULO HENRIQUE ARAUJO. ‘Não é um lacinho que você tira quando quer’, diz mulher. Folha on-line.
Disponível em: <http://folha.com/no1162395>.Acesso em 02 out. 2012.
A) O que há é um exemplo claro de relativismo cultural. O DETRAN demonstra estar claramente preparado para lidar
com a diversidade dos significados religiosos.
B) A mulher em questão queria se esconder através do véu para não ser identificada caso cometesse algum crime.
C) De acordo com os Direitos Humanos, a Lei do Estado deve estar acima de qualquer norma cultural.
3) Franz Boas (1858-1942) foi professor de Kroeber e formou-se em geografia, tendo assistido, na Alemanha, aulas de
Ratzel. Por ser judeu, de origem alemã, Boas se erradica nos Estados Unidos, onde tem sua obra reconhecida pela
comunidade acadêmica, formando muitos discípulos, bem como a escola da História Cultural (CUCHE, 2002, p. 68).
Cuche, informa-nos que devemos a Franz Boas a História cultural que advoga...
5) A sociologia no Brasil, criada e desenvolvida a partir de núcleos institucionais e autorais diversos, se voltou desde o
princípio a um exame de nossa formação histórica. Entre as mais respeitadas (e ao mesmo tempo controversas)
interpretações desse processo, está a contribuição de Gilberto Freyre e seu entendimento de nossa realidade social de
fundo colonial. Para esse autor, era fundamental redimensionar a leitura de nossa construção política inicial:
B) negligenciando o papel da política portuguesa para criar um foco de pesquisa adequado ao Brasil.
C) criticando a diferença dos grupos humanos brasileiros no que toca nosso desenvolvimento econômico.
D) buscando reforçar a validade dos estudos promovidos por Euclydes da Cunha e Nina Rodrigues sobre a ideia de
cultura.
E) valorizando o aspecto cultural e histórico do brasileiro em detrimento de análises raciais simplistas e biologizantes