Você está na página 1de 1

  

Dr Eduardo Gerber
Wietzikoski

Abrir

 sábado, novembro 12, 2022

    

ENFERMAGEM ILUSTRADA
Desde 2016, criando ilustrações de Enfermagem para você
estudar! – "Quer que eu desenhe?"
ILUSTRAÇÕES RECENTES

Aspiração Manual Intra


Uterina (AMIU)

AMIU ou “Aspiração Manual


Intra-Uterina”, é um procedim...

Bloqueio Atrioventricular (BAVT)

Patrocinado por
Abrir
sigaantenado.com.br

Um Bloqueio atrioventricular (BAVT) é um distúrbio


elétrico cardíaco definido como condução deficiente
(tardia ou ausente) dos átrios para os ventrículos.

Patrocinado por
Abrir
pucsp.br

A intensidade da anormalidade de condução é descrita


em graus: primeiro grau; segundo grau, tipo I
(Wenckebach ou Mobitz I) ou tipo II (Mobitz II); e
bloqueio AV de terceiro grau (total).

Esse esquema de classificação deve ser aplicado


somente durante ritmo sinusal e não durante arritmias
atriais rápidas ou em caso de batimentos atriais
prematuros.

Principais Fatores
presença de fatores de risco;
idade >50-60 anos;
síncope;
frequência cardíaca <40 bpm;
sexo masculino;
fadiga;
dispneia;
dor torácica, palpitações e náuseas ou vômitos;
alterações degenerativas no sistema de condução
relacionadas à idade;
tônus vagal elevado;
agentes bloqueadores do nó AV;
doença arterial coronariana crônica estável.

Como é identificado o BAVT?


O bloqueio atrioventricular (AV) pode ser descrito pelo
grau (com base na aparência ao eletrocardiograma
[ECG]) ou pelo nível anatômico do bloqueio. O grau do
bloqueio AV ou o nível anatômico do bloqueio não se
correlaciona, necessariamente, com a gravidade dos
sintomas subsequentes.

Os objetivos da terapia são tratar os sintomas e evitar


síncope e morte súbita cardíaca decorrentes de
frequências ventriculares muito lentas ou ausentes.

Patrocinado por
Abrir
pucsp.br

Pacientes com bloqueio AV avançado (geralmente


bloqueio de segundo grau tipo II, terceiro grau ou AV
infranodal) de causa irreversível devem ser submetidos
à colocação de um marca-passo permanente.

Classificação
Os bloqueios AV são classificados em três graus,
dependendo de sua gravidade.

Bloqueio AV de primeiro grau.


Bloqueio AV de segundo grau.
Bloqueio AV de segundo grau, tipo I, Mobitz I ou
Wenckebach.
Bloqueio AV de segundo grau, tipo II ou Mobitz II.
Bloqueio AV de terceiro grau ou bloqueio AV
completo.

Bloqueio atrioventricular de
primeiro grau
No bloqueio AV de primeiro grau, há um atraso na
passagem do estímulo pelo nó AV ou o sistema de His-
Purkinje, retardando o início do complexo QRS.

As alterações características no eletrocardiograma é o


prolongamento do intervalo PR (maior que 0,20
segundos), com QRS estreito na ausência de outras
anormalidades.

Além disso, no bloqueio AV de primeiro grau, não existe


interrupção da condução AV, de modo a que todas as
ondas P são seguidas por QRS, ao contrário de outros
tipos de bloqueios AV.

Bloqueio atrioventricular de
segundo grau
No bloqueio atrioventricular de segundo grau, ocorre
uma interrupção descontínua da passagem do estímulo
das aurículas para os ventrículos. Observado ondas P
não conduzidas (não seguidas de QRS) no
eletrocardiograma.

De acordo com suas características no


eletrocardiograma, são classificados como de bloqueio
AV de segundo grau tipo I (Mobitz I ou Wenckebach) e
tipo II (Mobitz II).

Bloqueio AV de 2.º grau tipo I


(Mobitz I ou Wenckebach)
No bloqueio AV de segundo grau tipo I, é observado um
atraso progressivo da condução AV até a interrupção da
passagem do impulso.

No ECG observamos:

Prolongamento progressivo do intervalo PR até que


uma onda P não é conduzida.
O intervalo RR se encurta gradualmente até a onda P
bloqueada.
Complexo QRS de características normais, se não há
outra alteração.
O intervalo RR que contém a onda P bloqueada é
mais curto do que dois intervalos RR anteriores.

Bloqueio AV de 2.º grau, tipo II


(Mobitz II)
O bloqueio AV de segundo grau tipo II, é menos comum
do que os anteriores, e geralmente envolve doença
cardíaca subjacente 3.

Este tipo de bloqueio AV é caracterizado por um súbito


bloqueio de condução AV, sem prolongamento
do intervalo PR prévio.

No ECG observamos:

Onda P bloqueada, intervalos PR anteriores e


posteriores de duração semelhante.
O intervalo RR que inclui a onda P bloqueada é igual à
soma de dois intervalos R-R anteriores.
Complexo QRS de características normais, se não há
outra alteração.

Em certos casos, pode seguir uma determinada


sequência (cada três intervalos PR normais, uma onda
P bloqueada) ou ser variável. Nos bloqueios de alto grau
(avançados) pode ser vista mais de uma onda P
consecutiva bloqueada.

Este bloqueio AV pode progredir para bloqueio AV


completo inesperadamente e, geralmente, requer
implante de marcapasso definitivo.

Bloqueio atrioventricular de
terceiro grau (bloqueio AV
completo)
O bloqueio atrioventricular completo (ou total) é
caracterizado pela interrupção completa da condução
AV. Nenhum estímulo gerado nos átrios passa para os
ventrículos, de modo que os átrios e os ventrículos são
contraídos cada um ao seu próprio ritmo.

O ritmo ventricular dependerá do ponto do sistema de


condução onde o ritmo de escape tem origem, no nó
AV, feixe de His ou endocárdio ventricular (quanto mais
alto o ponto do bloqueio, maior é a frequência cardíaca
e os QRS mais estreitos).

Seus características no ECG são as seguintes:

Ondas P e complexos QRS sem relação entre eles,


sendo maior a frequência das ondas P.
Ondas P localizadas perto dos QRS, inscritos no QRS
ou na onda T.
A morfologia e a frequência dos complexos QRS
dependem da origem do ritmo de escape. Se
proveniente do nó AV, a frequência será maior e os
QRS estreitos. Se proveniente dos ramos distais do
feixe de His, haverá marcada bradicardia e QRS
semelhantes ao bloqueio de ramo.

Tratamento
Os bloqueios atrioventriculares de primeiro grau e de
segundo grau tipo I (fenômeno de Wenckebach)
geralmente não requerem tratamento, mas podem
progredir para bloqueios de grau superior.

Os bloqueios atrioventriculares de segundo grau tipo II


e de terceiro grau, normalmente exigem implante de
marcapasso definitivo para o tratamento.

Patrocinado por
Abrir
pucsp.br

Antes de indicar um marcapasso permanente devem


ser descartadas causas reversíveis de bloqueio AV,
como a cardiopatia isquêmica ou o tratamento com
drogas (beta-bloqueadores ou antiarrítmicos).

Veja também:

Marcapasso Temporário
Transvenoso
O Marcapasso Temporário ou Provisório
Transvenoso consiste em um dispositivo que no
qual é introduzido através de um acesso venoso
Central (Veia jugular ou subclávia), percorrendo o
trajeto venoso até o nível do átrio direito, e se
aloja contra a superfície endocárdica do
ventrículo direito. Geralmente são utilizados em
casos de tratamento de bradicardias reversíveis
… Continue lendo

Enfermagem Ilustrada

Marcapasso
O marcapasso cardíaco ou marca-passo é um
pequeno aparelho que é colocado no peito ou
abdômen para ajudar a controlar ritmos anormais
do coração. O marcapasso usa pulsos elétricos
para fazer com que o coração bata em ritmo
normal. O coração tem seu próprio sistema
elétrico que controla a freqüência e ritmo do
batimento cardíaco. … Continue lendo

Enfermagem Ilustrada

Interpretando Arritmias
Cardíacas
Ainda um assunto um pouco complexo para
alguns profissionais técnicos em uma UTI, sendo
fundamental aprender pelo menos o básico de
uma interpretação dos traçados
eletrocardiográficos, para poder distinguir certas
arritmias precoces. É de extrema importância,
que o profissional técnico saiba manusear
corretamente um aparelho para realização do
ECG. Entendendo o básico: O quê é … Continue
lendo

Enfermagem Ilustrada

Eventos do Eletrocardiograma e
as Arritmias Cardíacas
Ainda um assunto um
pouco complexo para
alguns profissionais
técnicos em uma UTI,
sendo fundamental
aprender pelo menos
o básico de uma
interpretação dos traçados eletrocardiográficos,
para poder distinguir certas arritmias precoces. É
de extrema importância, que o profissional
técnico saiba manusear corretamente um
aparelho para realização do ECG. O quê é
Arritmia cardíaca? As … Continue lendo

Enfermagem Ilustrada

Como Interpretar o
Eletrocardiograma (ECG) de
forma divertida e facilmente
Achamos uma maneira divertida de entender
como o traçado do Eletrocardiograma (ECG)
funciona juntamente com o seu coração!

Enfermagem Ilustrada

Referências:

1. Vogler J, Breithardt G, Eckardt L. Bradiarritmias y


bloqueos de la conducció́ n. Rev Esp Cardiol.
2012;65(7):656–667.
2. 2. Goldberger A, Goldberger Z, Schvilkin A. Clinical
Electrocardiography: A Simplified Approach, 7th
ed. Philadelphia: Mosby Elservier; 2006.
3. 3. Castellano C, Pérez de Juan MA, Attie F.
Electrocardiografía Clínica, 2ª Ed. Madrid:
Elservier España S. A. ; 2004.
4. 4. Brignole M, Auricchio A et al. 2013 ESC
Guidelines on cardiac pacing and cardiac
resynchronization therapy. Eur Heart J; 2013.

Comentários

Compartilhe isso:

 Twitter  Facebook  Pinterest 3

 Tumblr  E-mail  Reddit  Pocket


 WhatsApp

Curtir isso:

Carregando...

Outras Ilustrações

Que Medicamento é
Esse?: Cloridrato de A Hiponatremia: O que
Amiodarona é?

Insuficiência Mitral Dissecção de Aorta

Desfibrilador
Automático Externo
Ecocardiograma (DEA)

Cateteres Periféricos:
Que Medicamento é Novas Recomendações
Esse?: Buprenorfina da ANVISA

ANÚNCIOS

Patrocinado por
Abrir
pucsp.br

ANÚNCIOS

PARTICIPE DA PÁGINA SE VOCÊ CURTIU O


BLOG!

LOJA ONLINE

Procedimentos Gerai…
R$ 77,90 12x R$ 8,54

Manual De Estágio En…


R$ 46,90 12x R$ 5,14

Kit 6 Cadernos Enfer…


R$ 318,80 12x R$ 34,96
Para otimizar sua experiência durante a
navegação, fazemos uso de cookies. Ao
continuar no site, consideramos que OK
você está ciente de nossa Política de
privacidade.

YOUTUBE OFICIAL!

Blog Experiências de um Técnico de Enfermagem

YouTube 999+

Você também pode gostar