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NÍVEL FUNDAMENTAL - DISFORIA:

Haja vista a desumanidade que é o racismo, percebe-se aqui que há uma constatação
de que o racismo religioso, mais uma das formas de racismo, é comum, com o
agravante de ser naturalizado por muitas pessoas no dia a dia, sem haver
preocupação em combater essa forma de inferiorização. Ou seja, a partir do
enunciado “o racismo religioso existe e não esconde suas faces”, sugere-se que há
uma forma de discriminação baseada na religião, e essa discriminação não está
oculta, mas é evidente e clara. O uso da expressão “não esconde suas faces” indica
que o fenômeno do racismo religioso está visível e manifesto na sociedade. Isto se
confirma por meio do texto ao lado.

NÍVEL NARRATIVO - MANIPULAÇÃO E COMPETÊNCIA

Manipulação: Entende-se que por meio dessa publicação há uma tentativa de


manipulação, que caracterizo como alarmismo, porque há uma intenção de alarmar e
conscientizar sobre essa forma de exclusão que está tão impregnada na sociedade.

Competência: A competência, entendida como a possibilidade de que algo ocorra, é


aquilo que confere poder a alguém para obter algo. Sendo assim, a competência,
neste contexto, vai se dar a favor do racismo, como uma possível forma de manter os
privilégios dos brancos. O racismo, por si só, já é uma forma de manutenção de
hierarquias sociais, nas quais os brancos ocupam o topo. Portanto, essa forma de
racismo em relação às crenças só nos mostra como ele está enraizado nas instituições
sociais, prejudicando de todas as formas os negros.

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Euforia: embora o negro sofra com racismo, percebe-se que há euforia no fato dele
alcançar o ensino superior. Pois o lado negativo está na pós formação. A desigualdade
racial persiste mesmo após a conquista educacional, refletindo-se no mercado de
trabalho e nas oportunidades profissionais.

Novamente, há disforia nas dificuldades provocadas pelo racismo: que apesar


dos esforços do sujeito negro para quebrar um ciclo ao qual ele está fadado,
enfrentando a pobreza e a marginalização, persistem obstáculos profundamente
enraizados. Este ciclo perpetuado pelo racismo sistêmico evidencia a necessidade
urgente de abordar questões estruturais, promovendo a igualdade de oportunidades
e combatendo preconceitos arraigados que continuam a limitar o progresso e o
sucesso de indivíduos negros. A despeito das habilidades, talentos e esforços
investidos, o impacto do racismo persiste como uma barreira significativa, destacando
a importância de mudanças sociais e políticas abrangentes para alcançar verdadeira
equidade.

NÍVEL DISCURSIVO

No nível discursivo, entende-se que os negros buscam e tentam entrar em conjunção


dentro da sociedade, assumindo papéis importantes que, por ora, lhes são negados.
Negados através do sistema que, com racismo institucional e enraizado, como
supracitado, privilegia mais os indivíduos brancos, cerceando as oportunidades dos
negros, reduzindo a pobreza e todo o sofrimento que muitos vivem, a meras “escolhas
erradas”. Desse modo, há entre os negros e aquilo lhes é negado, o racismo, os
impedindo de saíram do ciclo de pobreza, dos estereótipos, estigmas etc.

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Glória Maria: - Nada blinda preto do racismo, e ainda mulher preta. Nós somos mais
abandonadas, mais discriminadas... o homem preto não quer a mulher preta. Então,
assim, nada blinda a gente. Você tem que aprender a se blindar da dor. Pois é que é
importante, pois se você for esperar um blindamento universal, você está perdida.
Então você tem que fazer a vida tem que fazer a se blindar. Isso foi o que eu vim
aprendendo ao longo da minha. Hoje nada me faz sofrer, porque eu aprendi a me
autoblindar.

Nesse trecho, a pessoa está expressando a percepção de que ser negro,


especialmente sendo uma mulher negra, não oferece uma proteção total contra o
racismo e a discriminação. Ela destaca a sensação de abandono e discriminação
enfrentada por mulheres negras, afirmando que, muitas vezes, os homens negros
também não as apoiam. A ideia de "nada blinda" sugere que não há uma defesa
completa contra as dificuldades que enfrentam devido à sua identidade racial e de
gênero.

A expressão "aprender a se blindar da dor" indica a necessidade de desenvolver uma


resistência emocional para lidar com as adversidades. A pessoa enfatiza a
importância de não depender de um "blindamento universal", sugerindo que esperar
que todos os aspectos da sociedade ofereçam proteção pode levar à desilusão. Em
vez disso, ela encoraja a tomar medidas para "se autoblindar" e encontrar maneiras
de lidar com a dor e as dificuldades pessoais.

Em resumo, o texto destaca a realidade das dificuldades enfrentadas por pessoas


negras, especialmente mulheres negras, no contexto do racismo e da discriminação
de gênero, e sugere uma abordagem de desenvolver uma resistência pessoal para
enfrentar essas questões.

NÍVEL FUNDAMENTAL

Disforia: Ela retrata que a mulher negra sofre mais, até mesmo pelo motivo de o
homem negro renegá-las, não as apoiar.

Euforia: E nesse contexto de fala dela, o “autoblindamento” foi algo positivo pois
amenizou, ou como ela mesmo disse, não permitiu com que ela sofresse mais com as
dores da discriminação.

NÍVEL NARRATIVO
Enunciado de estado: A partir do verbo “somos” na primeira pessoa do plural, pode
ser entendido que, num contexto geral, ela afirma que as mulheres enfrentam mais a
discriminação, ou seja, ela confirma um estado disjuntivo.

Enunciado de fazer: Há um enunciado de fazer, percebido no ver verbo “aprendi” no


pretérito perfeito, o que quer dizer que uma ação teve início e fim. E no contexto de
fala dela, para ela não sentir mais dor, ela teria primeiro que sentir, nesse caso ela
estava em um estado disjuntivo, ao qual passou para um estado conjuntivo.

→ Configura-se, ainda, um estado de liquidação da privação.

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