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Páginas 129-130

Leitura | Compreensão

1. O Escudeiro mostra-se “mui agastado”, pois considera que o canto de Inês é


uma afronta à sua autoridade. Deseja que a moça seja “avisada” (v. 766) e se
mantenha calada e “encerrada” (v. 777) em casa.

1.1. Inês fica perplexa com o comportamento do Escudeiro, tendo em conta o


desfasamento entre a imagem que este transmitira antes do casamento e a sua
atuação atual. Fica espantada por ser repreendida por fazer aquilo que em casa
de sua mãe faria sem restrições, isto é, cantar.

2. As palavras do Escudeiro lembram ironicamente a Inês que foi ela quem


procurou um homem com estas características, responsabilizando-a pelas
consequências da sua escolha.

3. Brás da Mata assume uma atitude muito mais autoritária e repressiva do que
a Mãe, trancando--a e não lhe dando, sequer, o direito de dizer o que pensa.

4. a. vv. 806-807; b. vv. 809-810, 818-819.

5. Inês serve-se da ironia para criticar a fidelidade do Moço a Brás da Mata,


lembrando-lhe (pela afirmação do inverso) a alimentação que o Escudeiro não
lhe fornece e que deveria fazer com que ele se insurgisse ou não respeitasse as
suas ordens.

6.1. A cantiga de Inês sugere o reconhecimento da sua má escolha e o seu


arrependimento, pois as aspirações da jovem, que pareciam plenamente
cumpridas, revertem-se com a revelação de um marido tirano.

6.2. Inês denuncia a tirania do marido que, apesar do seu estatuto, revela um
comportamento pouco digno. As referências nos versos 840 a 844 permitem-
nos depreender que a crítica pretende atingir uma nobreza arrogante, que vive
das aparências.

6.3. (a) aborrecida e irritada; (b) libertar-se da influência da Mãe através do


casamento; (c) um homem discreto, não necessariamente bonito ou rico e
meigo; (d) dececionada e triste; (e) ficar novamente solteira para poder
escolher um marido diferente; (f) um homem honesto, pacífico, que a deixe
fazer o que ela quiser.

6.3.1. Depois de um momento fugaz de alegria, Inês retoma o estado de


espírito do início do auto, lamentando a sua situação e a opção que tomou. Ao
mostrar uma mudança de opinião, torna-se uma personagem modelada, capaz
de evoluir psicologicamente.
7.1. a. F. O Escudeiro foi morto enquanto fugia. b. F. O facto de Inês
perguntar se o marido já partira de Tavila mostra que esta vivencia a
passagem do tempo de forma lenta, pela situação de cativeiro em que se
encontra. c. V. d. F. Inês pretende arranjar um marido manso em vez de
discreto.

8. a. 6; b. 2; c. 4; d. 3; e. 8.

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Oralidade

1.1. a. Publicidade institucional; b. Vítimas de maus-tratos por parte dos


maridos.; c. “A violência doméstica não tem que ser para sempre. Fale agora”.

1.2. a. A reprodução dos votos, que são normalmente proferidos pelos noivos
no dia do casamento, contribui para a recriação de uma situação-tipo, em que
tudo decorre segundo os rituais da cerimónia religiosa. As últimas frases, que
constituem o slogan, contrastam com os enunciados anteriores, uma vez que
se dirigem à vítima de violência, alertando-a de que a perpetuação dessa
situação só depende de si. b. As imagens e a música criam uma articulação
perfeita com o texto verbal, dado que recriam o cenário de felicidade e ternura
de um casamento. Esse ambiente de felicidade fica como que suspenso pela
visão do rosto da noiva, que apresenta marcas de violência e que revela
apreensão e medo.

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