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Lívia Thaís Rodrigues Costa - 2° período - Medicina

Histologia Médica

✨ Palato
● O palato constituído pelo palato duro, palato mole e pela úvula tem por função separar
separa a cavidade oral da cavidade nasal.

→ Palato Duro: O palato duro, que ocupa uma posição anterior, é fixo e recebe seu nome por
conter uma prateleira óssea, isto é, as maxilas e os palatinos

● Características Diagnósticas do Palato Duro:


- Tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado
- Tecido Ósseo
- Papilas Dérmicas
- Rugas

● Tecido epitelial: Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado


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● Lâmina própria: Tecido conjuntivo denso não modelado que tem por função sustentar e nutrir
o tecido epitelial

● Papilas dérmicas: Cristas de tecido conjuntivo que se projetam no epitélio e tem como função
não só aumentar a adesão entre epitélio e a lâmina própria, mas também colocar os vasos
sanguíneos dessa lâmina em contato com as células epiteliais

● Rugas/Criptas: São sulcos anteriores que se projetam na cavidade oral para ajudam a
segurar - pressionar - os alimentos
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● Periósteo: É uma membrana de tecido conjuntivo denso que reveste externamente os ossos e
da qual podem tanto formar-se elementos ósseos quanto manter os já existentes.

● Palato Duro: Delimitar as cavidades nasais e orais

● Glândulas Salivares Palatinas / Glândulas mucosas: São glândulas exócrinas compostas por
células mucosa responsáveis pela produção de mucina que irá lubrificar o alimento auxiliando na
digestão
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✨ Língua
A língua está dividida em três regiões: os dois terços anteriores, o terço posterior e a raiz.

● Características Diagnósticas:
- Epitélio dorsal estratificado pavimentoso queratinizado (irregular), presença de papilas
gustativas com queratina, Região ventral com epitélio estratificado pavimentoso não
queratinizado (regular) e músculo estriado esquelético

● Sua grande mobilidade lhe é dada por seu principal constituinte, a grande massa de fibras
musculares entrelaçadas
● As fibras musculares podem ser classificadas em dois grandes grupos: as originárias de fora
da língua, os músculos extrínsecos, e as que se originam dentro dela e nela se inserem, os
músculos intrínsecos. Os músculos extrínsecos são responsáveis pela movimentação da língua
para dentro e para fora da boca, assim como pela movimentação lateral, enquanto os músculos
intrínsecos alteram a forma da língua. Os músculos intrínsecos estão dispostos em quatro
grupos: superior e inferior longitudinal, vertical e transverso.
● A língua tem uma superfície dorsal, uma superfície ventral e duas superfícies laterais. A
superfície dorsal possui duas regiões desiguais, uma maior, constituída pelos dois terços
anteriores, e outra menor, o terço posterior. Estas duas regiões estão separadas por um sulco
raso em forma de V, o sulco terminal, cujo ápice é posterior e contém uma concavidade
profunda, o forame cego.
● A superfície dorsal do terço posterior da língua é desigual por causa da presença das tonsilas
linguais. A porção mais posterior da língua é denominada raiz da língua. As papilas linguais,
a maioria das quais se projeta acima da superfície, cobrem os dois terços anteriores da
superfície dorsal da língua.

● Características Diagnósticas:
- Tecido epitelial irregular estratificado pavimentoso queratinizado na região dorsal
- Tecido epitelial regular estratificado pavimentoso não queratinizado na região ventral
- Presença de papilas gustativas
- Tecido muscular estriado esquelético
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● Tecido Epitelial:
- Na região dorsal da língua o tecido epitelial é queratinizado e mais desorganizado, em
virtude das papilas gustativas, enquanto a região ventral da língua o epitélio é mais
organizado
- É estratificado por ser um mecanismo de proteção contra o atrito do alimento

● Tecido Conjuntivo:

- Glândulas mucosas: Secretando a mucina e com a ação de limpeza e tamponante


- Glândulas Serosas: Secretando lipase lingual com a função de remover o lipídio do alimento
evitando a sua adesão à língua

● Tecido muscular estriado esquelético: Dispostos em três feixes perpendiculares entre si para
permitir flexibilidade e precisão nos movimentos da língua.
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● Papilas Linguais: Papilas são elevações do epitélio oral e lâmina própria que assumem diversas
formas e funções. Há quatro tipos de papilas linguais: filiformes, fungiformes, foliadas e
circunvaladas. Todas elas estão localizadas anteriormente ao sulco terminal no aspecto dorsal
ou lateral da língua.

→ Papilas filiformes: São estruturas delgadas mais numerosas no dorso lingual e estão dispostas
uniformemente praticamente em toda região dorsal da língua que dão um aspecto aveludado a essa
superfície. Estas papilas são cobertas por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado e
possuem a função mecânica de fricção. As papilas filiformes não possuem corpúsculos/botões
gustativos.
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→ Papilas fungiformes: O revestimento epitelial desta papila é pavimentoso estratificado não


queratinizado; por isso, o sangue que circula por alças capilares subepiteliais é visível como
pontos vermelhos distribuídos ao acaso entre as papilas filiformes no dorso da língua. As papilas
fungiformes têm poucos corpúsculos/botões gustativos no aspecto dorsal de seu chapéu e por
isso possuem função gustativa. Estão presentes em menor quantidade quando comparadas com as
filiformes.

NOTA: Formato de um fungo, o epitélio se estreita na região basal (Não são todas as células) e
achatada na região apical. Possui uma camada de queratina (mais delgada que a papila filiforme
em virtude de não possuir função mecânica). Localiza-se mais na porção anterior da língua
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→ Papilas Circunvaladas: Dispostas em V imediatamente anteriores ao sulco terminal e, por
isso, localizam-se, em maior quantidade, na raiz da língua. Estas papilas, submersas na superfície da
língua, estão circundadas por um sulco revestido por epitélio. Têm como função a gustação. Na
base do sulco abrem-se delgados ductos de glândulas de von Ebner. O revestimento epitelial do
sulco e o lado (mas não o dorso) destas papilas têm bastante corpúsculos gustativos. As criptas
são depressões do epitélio que aumentam a superfície de contato da papila aumentando a
quantidade de secreções acumuladas nessa região, potencializando a capacidade gustativa.

NOTA: Existe muita glândula serosa na porção basal da papila circunvalada, bem como
presença de MALT
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NOTA: O Tecido Linfóide Associado à Mucosa são os tecidos ao longo das mucosas onde ocorre
a apresentação de antígenos aos linfócitos e consequente ativação destas células. São as regiões
da epiderme onde ocorre a captação de antígenos por células dendríticas para posterior
apresentação aos linfócitos.
→ Papilas Foliadas: As papilas foliadas estão localizadas ao longo do aspecto póstero-lateral
da língua. Elas aparecem como sulcos verticais que lembram as páginas de um livro. Estas
papilas têm corpúsculos gustativos funcionais no recém-nascido, mas estes corpúsculos
degeneram no segundo ou terceiro ano de vida. Dutos delgados de pequenas glândulas salivares
de von Ebner, localizadas no eixo central da língua, abrem-se na base dos sulcos. Apresenta
função gustativa
→ Botões Gustativos: Os botões gustativos são órgãos sensoriais intra-epiteliais, que agem na
percepção do gosto. São constituídos por quatro tipos de células:
• Células basais (células tipo IV)
• Células escuras (células tipo I)
• Células claras (células tipo II)
• Células intermediárias (células tipo III)
Fibras nervosas penetram nos botões gustativo e fazem junções sinápticas com células do tipo I,
tipo II e tipo III, uma indicação de que todos os três tipos celulares provavelmente funcionam na
discriminação do gosto.
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O canal Alimentar

Resumo:
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O canal alimentar, continuação da cavidade oral, é a porção tubular do trato digestivo. É nele que os
alimentos são agitados, liqüefeitos e digeridos; seus elementos nutritivos e a água são absorvidos; e
eliminados os componentes não digeríveis. O canal alimentar, que tem cerca de 9 metros de
comprimento, está subdividido em regiões morfologicamente distintas: esôfago, estômago, intestino
delgado (duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso (ceco, cólon, reto, canal anal e apêndice).
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PLANO GERAL DO CANAL ALIMENTAR

O canal alimentar é constituído pelas seguintes camadas concêntricas: mucosa, submucosa, muscular
externa, e serosa (adventícia). Estas camadas são inervadas por nervos parassimpáticos e simpáticos,
assim como por fibras sensitivas.

Camadas Histológicas

Freqüentemente, a histologia do canal alimentar é discutida em termos de quatro camadas amplas:


mucosa, submucosa, muscular externa e serosa (ou adventícia). Estas camadas são semelhantes em
toda a extensão do trato digestivo, mas apresentam modificações e especializações regionais.

→ Mucosa: A luz do canal alimentar é revestida por um epitélio, abaixo do qual fica um tecido
conjuntivo denominado lâmina própria. Muito vascularizado, este tecido conjuntivo contém
glândulas assim como vasos linfáticos e nódulos linfáticos ocasionais. A muscular da mucosa,
uma capa de músculo liso disposto em duas camadas, uma interna, circular, e outra externa,
longitudinal, envolve a lâmina própria. O epitélio, a lâmina própria e a muscular da mucosa são
denominados, coletivamente, mucosa.
→ Submucosa: A mucosa é envolvida por uma camada de tecido conjuntivo fibroelástico denso
não modelado, a submucosa esta camada não contém glândulas, exceto no esôfago e no duodeno.
A submucosa contém vasos sangüíneos e linfáticos, assim como um componente do sistema
nervoso entérico, denominado plexo submucoso de Meissner. Este plexo, que também contém
corpos de células nervosas pós-ganglionares do parassimpático, controla a motilidade da mucosa
(e, de modo limitado, a da submucosa) e a atividade secretora de suas glândulas.
→ Muscular:
● Externa: Geralmente a muscular externa é constituída por músculo liso disposto em duas
camadas, uma interna, circular, e outra externa, longitudinal

A submucosa está envolvida por uma espessa camada muscular, a muscular própria,
responsável pela atividade peristáltica, que movimenta o conteúdo da luz ao longo do trato
alimentar. A muscular própria é composta por músculo liso (exceto no esôfago) e, geralmente,
está organizada em uma camada circular, interna, e outra longitudinal, externa. Um segundo
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componente do sistema nervoso entérico, denominado plexo mioentérico de Auerbach,
situado entre estas duas camadas, regula a atividade da muscular externa (e, de um modo
limitado, a atividade da mucosa). O plexo de Auerbach também contém alguns corpos de
células nervosas pós-ganglionares do parassimpático. A muscular externa está envolvida por
uma camada delgada de tecido conjuntivo, que pode, ou não, estar circundada pelo epitélio
pavimentoso simples do peritônio visceral. Quando a região do canal alimentar é
intraperitoneal, ela está envolvida pelo peritônio e esta cobertura é denominada serosa.
Quando o órgão é retroperitoneal, ele fica aderido à parede do corpo por sua adventícia.

Inervação do trato digestivo

O sistema nervoso entérico, que inerva o canal alimentar, é modulado pelos sistemas nervosos
simpático e parassimpático O sistema nervoso entérico é um sistema nervoso independente
constituído por uma seqüência de numerosos gânglios que formam o plexo submucoso de
Meissner e o plexo mioentérico de Auerbach

✨ Esôfago
O esôfago é um tubo muscular com aproximadamente 25 cm de comprimento, que transporta
o bolo alimentar da faringe oral para o estômago.

● Características Diagnósticas do Esôfago


- Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e glândulas mucosas presentes na região
da submucosa

Histologia do Esôfago
→ Mucosa: A mucosa do esôfago é constituída por um epitélio pavimentoso estratificado, uma
lâmina própria fibroelástica e uma camada de músculo liso disposto longitudinalmente, a
muscular da mucosa.
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● Tecido Epitelial: A luz do esôfago, revestida por epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado (Em condições normais, pois alimentos muito quentes, cigarro, bebidas
alcoólicas lesam o epitélio da mucosa e causa a sua queratinização) geralmente encontra-se
colabada e abre-se somente durante o processo da deglutição. Dispersas pelo epitélio
encontram-se células apresentadoras de antígeno, denominadas células de Langerhans, que
fagocitam e cindem antígenos reduzindo-os a pequenos polipeptídeos denominados epitopos.
● Lâmina Própria: A lâmina própria não apresenta nada de especial e é composta de tecido
conjuntivo denso e irregular. Ela contém as glândulas cardíacas esofágicas, situadas em duas
regiões do esôfago, um grupo fica perto da faringe e o outro perto da junção com o estômago
As glândulas cárdicas esofágicas produzem muco, que cobre o revestimento do esôfago,
lubrificando-o para proteger o epitélio quando da passagem do bolo alimentar para o
estômago. Como estas glândulas se assemelham a glândulas da região do cárdia do estômago,
alguns pesquisadores sugeriram que elas são manchas ectópicas de tecido gástrico.
● Muscular da Mucosa: A muscular da mucosa não é usual, pois é constituída por somente uma
única camada longitudinal de fibras de músculo liso, que se tornam mais espessas na
proximidade do estômago.

→ Submucosa: A submucosa do esôfago contém glândulas mucosas denominadas glândulas


esofágicas propriamente ditas. A submucosa do esôfago é constituída por tecido conjuntivo denso
fibroelástico, que contém as glândulas esofágicas propriamente ditas. O esôfago e o duodeno são
as duas únicas regiões do canal alimentar contendo glândulas na submucosa. A microscopia
eletrônica destas glândulas túbulo acinosas (glândulas esofágicas propriamente ditas) indica que
suas unidades secretoras são compostas por dois tipos de células, células mucosas e células
serosas. As células mucosas têm núcleos achatados basais e acúmulos apicais de grânulos de
secreção cheios de muco. O segundo tipo celular parece ser constituído por células serosas, cujo
núcleo é redondo e central. Os grânulos de secreção destas células contêm a proenzima
pepsinogênio e o agente antibacteriano lisozima. Os dutos destas glândulas lançam a secreção na
luz do esôfago.
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O plexo submucoso (Meissner) fica em sua posição usual dentro da submucosa, na proximidade
da camada circular interna da muscular externa e controla, basicamente, a secreção
gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local.
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??????? (conferir se é o plexo nessa img)

→ Muscular Própria: A muscular externa do esôfago é composta por células musculares


esqueléticas e lisas
A muscular externa do esôfago está disposta em duas camadas, uma circular interna e outra
longitudinal externa. Entretanto, estas camadas musculares não são usuais, pois são compostas
por fibras musculares esqueléticas e lisas. A muscular externa do terço superior do esôfago tem
principalmente músculo esquelético; o terço médio possui músculo esquelético e liso; e o terço
inferior tem somente fibras musculares lisas. Entre as camadas musculares existe tecido
conjuntivo frouxo (Lâmina Própria para separar os tecidos) que comportam plexos nervosos
denominados de mioentéricos ou auerbachs que fazem parte do SNA com a finalidade de
controlar o movimento muscular (Contração da actina e miosina)
- Interna: Fibras circulares (achatadas) que contornam o esôfago (Camada muscular circular
interna)
- Externas: Fibras em sentido longitudinal (Bolinhas) (Camada muscular externa longitudinal )
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O plexo de Auerbach (mioentérico) ocupa sua posição usual entre as camadas musculares circular
interna e longitudinal externa da muscular externa.

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→ Adventícia: A túnica adventícia é uma camada de tecido conjuntivo frouxo fibroelástico do
esôfago recobre essencialmente as porções cervical e torácica do órgão, sendo inclusive
compartilhada por órgãos adjacentes (principalmente a traqueia, situada ventralmente ao
esôfago). Após sua passagem pelo hiato esofágico do diafragma, o esôfago recebe externamente
uma reflexão do peritônio, o qual assim constitui uma túnica serosa para o seu segmento
intra-abdominal.
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Histofisiologia do Esôfago: O esôfago não possui um esfíncter anatômico, mas possui dois
esfíncteres fisiológicos (o esfíncter faringoesofágico e o esfíncter gastroesofágico), que impedem o
refluxo do esôfago para a faringe e do estômago para o esôfago, respectivamente. Ao chegar ao
esôfago, o bolo alimentar é levado através dos movimentos peristálticos da muscular externa para o
estômago a uma velocidade de cerca de 50mm/s.

✨ Junção Gastroesofágica
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● Características Diagnósticas:
- Transição abrupta entre epitélio estratificado para epitélio simples
- No estômago as glândulas estão na lâmina própria e no esôfago na submucosa

- Células mucosas para proteger o órgão do HCL


- Presença das fossetas/criptas gástricas

✨ Estômago
● O estômago é responsável pelo processamento do alimento ingerido transformando-o em um
fluido ácido, espesso, denominado quimo.
● O bolo alimentar passa pela junção gastroesofágica e penetra no estômago onde é
processado, transformando-se em um fluido viscoso denominado quimo. Através da valva
pilórica, o estômago lança, de modo intermitente, pequenas alíquotas de seu conteúdo no
duodeno.
● Regiões anatômicas do estômago: Cárdia, fundo, corpo, piloro
● Histologicamente, o fundo e o corpo são idênticos.

● Características diagnósticas do Estômago


- 4 camadas
- Dobras epiteliais com as fossetas
- Epitélio simples cilíndrico com células mucosa de revestimento e secreção
- Porção da Cárdia: células mucosa; mais rosado
- Fundo: Predominância de células parietais
- Piloro: Células mucosas com fossetas muito profundas; cor mais roxa
- Muitas glândulas na lâmina própria com 3 células (mucosas, principais e parietais)
- Lâmina própria bastante espessa
- Presença das três camadas de musculo na camada muscular externa
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● Histologia Gástrica

→ Mucosa: A mucosa da região fúndica do estômago é constituída pelos três componentes usuais:
(1) epitélio revestindo a luz; (2) tecido conjuntivo subjacente, a lâmina própria; e (3) as camadas de
músculo liso formando a muscular da mucosa.

Característica diagnóstica da camada mucosa: epitélio simples cilíndrico com fossetas, lâmina
própria com várias glândulas com três tipos de células e a musculatura da mucosa é mais espessa

● Epitélio: O revestimento epitelial do estômago secreta um muco visível, que adere e protege o
revestimento gástrico. A luz da região fúndica do estômago está revestida por um epitélio colunar
simples composto por células de revestimento superficial, que produzem uma camada espessa de
muco, denominada muco visível. muco visível é semelhante a um gel e adere ao revestimento do
estômago protegendo-o da autodigestão. Além disso, íons bicarbonato presos nesta camada de muco
são capazes de manter um pH relativamente neutro na sua interface com a membrana celular que
reveste a superfície, a despeito do pH baixo (ácido) do conteúdo da luz. As células de revestimento
superficial penetram nas fossetas gástricas formando o revestimento epitelial destas.

- Núcleo mais basal, por produzir


muco que ficam na porção apical


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● Lâmina Própria: O tecido conjuntivo frouxo, altamente vascularizado, da lâmina própria tem uma
abundante população de plasmócitos, linfócitos, mastócitos, fibroblastos, assim como células
musculares lisas ocasionais. Grande parte da lâmina própria está ocupada pelos 15 milhões de
glândulas gástricas, intimamente próximas, denominadas glândulas fúndicas (oxínticas) da região
fúndica
Glândulas Fúndicas: Cada glândula fúndica estende-se da muscular da mucosa até a base da
fosseta gástrica e está subdividida em três regiões: (1) istmo, (2) colo e (3) base, das quais a
base é a mais comprida. O epitélio colunar simples que constitui a glândula fúndica é
composto por seis tipos celulares: as células de revestimento superficial, células parietais
(oxínticas), células regeneradoras (tronco), células mucosas do colo, células principais
(zimogênicas) e células do sistema neuroendócrino difuso ( D N E S , diffuse neuroendocrine
system) (também denominadas A P U D , amine precursor uptake and decarboxylation e
células enteroendócrinas).
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- Células Mucosas do Colo: As


células mucosas do colo
produzem um muco solúvel, que
se mistura com e lubrifica o
quimo, reduzindo o atrito
quando este se move ao longo do
trato digestivo. Encontradas
mais na lâmina própria da região
da cárdia
- Células Parietais (Oxínticas):
Glândulas encontradas mais na
região do fundo gástrico. As
células parietais produzem ácido
clorídrico e o fator gástrico
intrínseco; ambos são liberados
na luz do estômago.
- Células Principais
(Zimogênicas): As células
principais produzem as enzimas
pepsinogênio, renina e lipase
gástrica e as liberam na luz do
estômago.
- Células DNES (APUD ou
Células Enteroendócrinas): As
células DNES podem ser abertas ou fechadas; elas produzem hormônios endócrinos,
parácrinos e neurócrinos.
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● Células Mucosas: (Encontradas mais na lâmina própria da região da cárdia , produz muco)

● Células Parietais: Glândulas encontradas mais na região do fundo gástrico, produz HCl,
citoplasma rosa, ovóides e núcleo grandes, são as maiores)

● Células principais: Produz o pepsinogênio, citoplasma com granulocítico


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● Muscular da Mucosa: As células musculares lisas que constituem a muscular da mucosa


dispõem-se em três camadas. As camadas circular interna e longitudinal externa são b e m definidas;
entretanto, ocasionalmente é evidente uma terceira camada (circular externa). Portanto, são duas
camadas de músculo liso que invadem a lâmina própria para ajudar na secreção das glândulas.

Diferenças entre a Mucosa das regiões cárdica e pilórica: A mucosa da região cárdica do estômago
difere daquela da região fúndica por suas fossetas gástricas serem mais rasas e pela base altamente
contorcida das glândulas. A população celular das glândulas cárdicas é composta principalmente por
células de revestimento superficial, algumas células mucosas do colo, algumas células DNES e
células parietais, e ausência das células principais. As glândulas da região pilórica contêm os mesmos
tipos celulares que os da região cárdica, mas as células predominantes no piloro são as células
mucosas do colo. Além de produzirem muco, estas células secretam lisozima, uma enzima
bactericida. As glândulas pilóricas são altamente contorcidas e tendem a se ramificar. Além disso, as
fossetas gástricas da região pilórica são mais profundas do que as das regiões cárdica e fúndica,
estendendo-se até aproximadamente o meio da lâmina própria.

Característica diagnóstica da camada mucosa: epitélio simples cilíndrico com fossetas, lâmina
própria com várias glândulas com três tipos de células e a musculatura da mucosa é mais espessa
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→ Submucosa: O tecido conjuntivo denso não modelado da submucosa gástrica possui uma rica rede
vascular e linfática que supre e drena os vasos da lâmina própria. A população de células da
submucosa assemelha-se à de qualquer tecido conjuntivo propriamente dito. O plexo submucoso está
situado em sua posição usual, dentro da submucosa, nas proximidades da muscular externa.
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→ Muscular Própria: A muscular externa do estômago é constituída por três camadas de músculo
liso: a camada oblíqua interna, a camada circular média, e a camada longitudinal externa. A camada
oblíqua interna não é bem definida, exceto na região cárdica. A camada circular média é bem evidente
em toda a extensão do estômago e é especialmente pronunciada na região pilórica, onde forma o
esfíncter pilórico. A camada muscular longitudinal externa é mais evidente na região cárdica e no
corpo do estômago, mas é pouco desenvolvida no piloro. O plexo mientérico encontra-se situado
entre as camadas circular média e longitudinal externa de músculo liso.

NOTA: Disposto entre as camadas musculares longitudinal e circular, denominado plexo mioentérico ou
plexo de Auerbach. Denominado plexo submucoso ou plexo de Meissner, localizado na submucosa.
Controla, basicamente, a secreção gastrointestinal e o fluxo sanguíneo local.

→ Adventícia: Todo o estômago está envolvido por uma serosa composta por uma delgada camada
de tecido conjuntivo frouxo, subseroso, coberto por epitélio pavimentoso simples liso, úmido. Esta
cobertura externa cria um ambiente quase livre de atrito durante os movimentos contráteis do
estômago.
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Histofisiologia do Estômago: O revestimento interno e as glândulas do estômago produzem e


liberam secreções na luz do estômago; estas secreções são compostas por água, HCl, fator gástrico
intrínseco, pepsinogênio, renina, lipase gástrica, muco visível e muco solúvel.
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✨ Intestino delgado

● O intestino delgado tem três regiões: duodeno, jejuno e íleo. Apesar de estas regiões serem
histologicamente semelhantes, suas pequenas diferenças permitem sua identificação.

Característica diagnóstica do intestino: Presença de vilosidades, epitélio simples cilíndrico com


células caliciformes e borda em escova/microvilos
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Características Histológicas Comuns:
● Modificações da Superfície da Luz: A área da superfície da luz do intestino é ampliada pela
formação de
● pregas circulares, vilosidades, microvilosidades e criptas de Lieberkühn.
● A superfície da luz do intestino delgado apresenta modificações que aumentam a área de sua
superfície. Foram observados três tipos de modificações:
1) As pregas circulares (valvas de Kerckring) são dobras transversais que envolvem a
submucosa e a mucosa formando elevações semicirculares ou mesmo helicoidais, algumas
das quais chegam a ter 8 mm de altura e 5 cm de comprimento. Ao contrário das rugas do
estômago, essas pregas são estruturas permanentes do duodeno e do jejuno e terminal. função
de retardar o deslocamento do quimo para aumentar a absorção de nutrientes. Predomina em
toda a porção do jejuno, mas nem em todas as porções do íleo e do duodeno

2) As vilosidades são protrusões, digitiformes ou foliáceas, da lâmina própria cobertas por


epitélio. O eixo central de cada vilosidade contém alças capilares, um canal linfático em
fundo cego (quilífero, ou lácteo), e algumas fibras musculares lisas, contidos em um tecido
conjuntivo frouxo, rico em células linfóides. As vilosidades são estruturas permanentes e são
mais numerosas no jejuno e no íleo. In vivo, estas estruturas delicadas dão um aspecto
aveludado ao revestimento do órgão. As vilosidades aumentam a área da superfície do
intestino delgado por um fator de 10
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3) As microvilosidades, modificações do plasmalema apical das células epiteliais que cobrem as


vilosidades intestinais, aumentam a área da superfície do intestino delgado em um fator de 20.
Portanto, estes três tipos de modificações da superfície intestinal aumentam a área total da
superfície disponível para a absorção de nutrientes
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● Invaginações do epitélio na lâmina própria, entre as vilosidades, formam as glândulas


intestinais, ou criptas de Lieberkühn, que também aumentam a área da superfície do intestino
delgado. As criptas de Lieberkühn aumentam a área da superfície do revestimento intestinal;
elas são constituídas por células DNES, células absortivas superficiais, células caliciformes,
células regeneradoras e células de Paneth.

→ Mucosa Intestinal: A mucosa do intestino delgado é composta pelas três camadas usuais: epitélio
colunar simples, lâmina própria e muscular
da mucosa.

● Epitélio: O epitélio colunar simples, que recobre as vilosidades e a superfície dos espaços
entre vilosidades, é composto por células absortivas superficiais, células caliciformes e
células DNES
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✤ Células absortivas superficiais: As células absortivas superficiais são células colunares
altas que participam da parte final da digestão e da absorção de água e nutrientes.

✤ Células de Paneth: As células de Paneth produzem o agente antibacteriano lisozima. As


células de Paneth são facilmente distinguíveis por causa da presença de grandes grânulos
eosinófilos de secreção apical. Estas células piramidais ocupam a parte inferior das criptas de
Lieberkühn e produzem o agente antibacteriano lisozima. (Encontrada principalmente na
porção basal, perto da camada muscular da mucosa, produzindo lisozimas e defensinas
(enzimas capazes de permeabilizar e digerir as paredes celulares de algumas bactérias) com
funções antimicrobianas ; citoplasma granuloso, pois possui alta concentração de RER)
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Histologia Médica
✤ Células Caliciformes: As células caliciformes são glândulas unicelulares. O duodeno tem o
menor número de células caliciformes e seu número aumenta ao se aproximar do jejuno. Estas
células produzem mucinógeno, cuja forma hidratada constitui a mucina, um componente do
muco, que constitui uma camada protetora que forra a luz.

→ Lâmina Própria Intestinal: O tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria forma o eixo central das
vilosidades, que, como as árvores de uma floresta, se elevam acima da superfície do intestino delgado.
As numerosas glândulas tubulosas do intestino, as criptas de Lieberkühn, comprimem o restante da
lâmina própria, que se estende até a muscular da mucosa, reduzindo-a a lâminas delgadas de tecido
conjuntivo fortemente vascularizado. A lâmina própria também é rica em células linfóides, que
ajudam a proteger o revestimento intestinal contra a invasão por microorganismos, como será
discutido adiante.
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Histologia Médica
NOTA: No íleo e no intestino grosso, o MALT passa a ser chamado de placas de Placas de Peyers -
GALT, mas possuem a mesma função

→ Muscular da Mucosa: A muscular da mucosa do intestino delgado é composta por uma camada
circular interna e uma camada longitudinal externa de células musculares lisas As fibras musculares
da camada circular interna penetram nas vilosidades, avançam pelo eixo central de tecido conjuntivo
em direção da extremidade livre destas e chegam à membrana basal. Durante a digestão, estas fibras
musculares contraem-se ritmicamente, encurtando a vilosidade várias vezes por minuto
→ Submucosa: A submucosa do intestino delgado é composta por tecido conjuntivo denso, não
modelado, fibroelástico, com um rico suprimento linfático e vascular. A inervação intrínseca da
submucosa provém do plexo submucoso (de Meissner) do parassimpático. A submucosa do duodeno é
diferente, pois contém glândulas denominadas glândulas de Brunner (glândulas duodenais).
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Histologia Médica
✤ Glândulas de Brunner: As glândulas de Brunner são glândulas tubuloalveolares
ramificadas, cuja parte secretora é semelhante a ácinos mucosos. Os dutos destas glândulas
atravessam a muscular da mucosa, geralmente perfuram a base das criptas de Lieberkühn e
lançam seu produto de secreção na luz do duodeno. Ocasionalmente, seus ductos se abrem
nos espaços entre as vilosidades. Após um estímulo do parassimpático, as glândulas de
Brunner secretam um fluido mucoso alcalino. Este fluido ajuda a neutralizar o quimo ácido
que penetra no duodeno vindo do estômago pilórico. Estas glândulas também produzem o
hormônio polipeptídico urogastrona (agora denominado fator de crescimento epidérmico
humano), que é liberado na luz do duodeno juntamente com o tampão alcalino. A urogastrona
inibe a produção de H C l (inibindo diretamente as células parietais) e amplia a velocidade da
atividade mitótica das células epiteliais.

→ Muscular Própria: A muscular externa do intestino delgado é composta por uma camada
circular interna e uma camada longitudinal externa de músculo liso. O plexo mioentérico de
Auerbach, situado entre as duas camadas musculares, constitui o suprimento nervoso
intrínseco da capa muscular externa. A muscular externa é responsável pela atividade
peristáltica do intestino delgado.

Diferenças Regionais:

✤ Duodeno: O duodeno difere do jejuno e do íleo por suas vilosidades que são mais largas,
mais altas e mais numerosas por unidade de área. Ele tem menos células caliciformes por
unidade de área do que os outros segmentos e possui as glândulas de Brunner em sua
submucosa.
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Histologia Médica
● Características diagnósticas do duodeno:
- Presença de glândulas mucosas na submucosa
- Lúmen considerado pequeno

✤ Jejuno: As vilosidades do jejuno são mais estreitas, mais curtas e mais escassas do que as do
duodeno. O número de células caliciformes por unidade de área é maior no jejuno do que no duodeno
● Características diagnósticas do jejuno:
- Presença das pregas circulares
- Ausência de glândulas na submucosa
- Vilosidades longas
- Lúmen reduzido em relação ao duodeno
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Histologia Médica
✤ Íleo: As vilosidades do íleo são as mais escassas, mais curtas e estreitas das três regiões do intestino
delgado. A lâmina própria do íleo contém grupos permanentes de nódulos linfáticos, denominados
placas de Peyer. Estas estruturas estão localizadas na parede do íleo que fica oposta à inserção do
mesenteric.
● Características diagnósticas do íleo
- Vilosidades curtas e largas
- Lúmen maior
- Maior quantidade de Galt

✨ Intestino Grosso
● O intestino grosso está subdividido em ceco, cólon, reto e ânus; o apêndice é uma pequena
evaginação em fundo cego do ceco
● Histologicamente, o ceco e o cólon são indistinguíveis, e são apresentados como uma única
entidade denominada cólon
● Ele absorve a maior parte da água e íons do quimo proveniente do intestino delgado, e
compacta o quimo em fezes que são eliminadas
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Histologia Médica
CÓLON

● Características Diagnósticas: Epitélio de revestimento simples colunar com a presença de


microvilos na membrana apical dos enterócitos e células caliciformes e ausência de projeções
digitiformes/vilosidades assim como a presença de tênias do cólon e microvilosidades
● O cólon corresponde a quase todo o comprimento do intestino grosso. Ele recebe o quimo do
íleo na valva ileocecal, um esfíncter anatômico e fisiológico, que impede o refluxo do
conteúdo do ceco para o íleo.
Histologia do Cólon
O cólon não possui vilosidades, mas tem grande riqueza em criptas de Lieberkuhn de composição
semelhante às do intestino delgado, exceto pela ausência de células de Paneth. O número de
células caliciformes aumenta do ceco para o cólon sigmóide, mas as células absortivas
superficiais (enterócitos) são as mais numerosas de todos os tipos celulares.

→ Mucosa:
Epitélio: Tecido epitelial simples prismático / células colunares simples com microvilosidades
(borda em escova). Presença de muitas células caliciformes que secretam muco
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Histologia Médica
Lâmina Própria: Tecido conjuntivo frouxo. Abundante entre as seções transversais das criptas.
Vários tipos de células, incluindo células plasmáticas, linfócitos, eosinófilos e macrófagos podem
ser vistos.

Glândulas de Lieberkuhn:
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Histologia Médica
Muscular da Mucosa: Músculo liso com grande quantidade de MALT

→ Submucosa: Tecido conjuntivo denso não modelado com a presença do plexo de missler
auxiliando na função motora e secretora
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Histologia Médica
→ Muscular Própria: A muscular externa é diferente, pois a camada longitudinal externa não
é contínua por toda a superfície, mas está agrupada em três fitas estreitas de feixes musculares
denominadas tênias do cólon. O tônus constante mantido pelas tênias do cólon leva o intestino
grosso a formar sacos, denominados haustros do cólon. Camada interna: circular . Camada
externa: Longitudinal, em algumas porções do cólon existem feixes difusos de músculo liso
(Tênias do cólon)

Plexo Mioentérico
→ Serosa: Tecido conjuntivo frouxo
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Histologia Médica

Apêndice
● O aspecto histológico do apêndice assemelha-se ao do cólon, exceto por ter um diâmetro
muito menor, uma abundância muito maior de elementos linfóides e por conter muito mais
células DNES nas suas criptas de Lieberkühn
● O apêndice vermiforme é um divertículo do ceco, com 5 a 6 cm de comprimento, e uma luz
estrelada geralmente ocupada por resíduos.

● Características diagnósticas: Epitélio simples cilíndricos com pouca quantidade de células


caliciformes e microvilos, ausência de vilosidades, criptas de lieberkuhn reduzidas, grande
quantidade de GALT e presença de células M
● Epitélio: Tecido epitelial colunar simples, composto por células absortivas superficiais,
células caliciformes e células M nos locais em que os nódulos linfóides se encostam no
epitélio. Ausência de vilosidades e pregas (plicas) circulares, mas presença de microvilos na
porção apical dos enterócitos (borda em escova)
● Lâmina Própria: Tecido conjuntivo frouxo com numerosos nódulos linfóides e criptas de
Lieberkühn rasas, em virtude da grande quantidade de GALT. As células que constituem essas
criptas são células absortivas superficiais, células caliciformes, células regeneradoras e
numerosas células DNES e raras células de Paneth
● A muscular da mucosa, submucosa e muscular própria não se desviam do plano geral do canal
alimentar, apesar de nódulos linfáticos e infiltrados adiposos ocasionais estarem presentes na
submucosa. Muscular da mucosa m. liso e não é contínua. Submucosa tecido conjuntivo
denso não modelado. Entre as camadas circulares internas e longitudinal externa existe tecido
conjuntivo frouxo com os plexos mioentéricos
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Histologia Médica

● Adventícia: Tecido conjuntivo frouxo


● Células M: Apresentadoras de antígenos para os linfócitos contidos no GALT; Permeia o
tecido epitelial, mas o seu núcleo é bem menor, mais redondinho e mais roxo
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Histologia Médica
Reto e Canal Anal

● Característica diagnóstica de reto: Presença de pregas retais, grande quantidade de células


caliciformes e a camada circular interna bem mais espessa que a longitudinal externa
● Característica diagnóstica de ânus: Tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado,
ausência de submucosa, presença de glândulas sebáceas e sudoríparas e a camada muscular é
formada por músculo estriado esquelético
● Histologicamente, o reto assemelha-se ao cólon, mas as suas criptas de Lieberkühn são mais
profundas e em menor número por unidade de área
● O canal anal, a continuação mais estreita do reto, tem cerca de 3 a 4 cm de comprimento. Suas
criptas de Lieberkühn são curtas e escassas, e estão ausentes na metade distal do canal. A
mucosa também apresenta pregas longitudinais, as colunas anais (colunas de Morgagni do
reto). Estas se encontram umas com as outras formando evaginações semelhantes a bolsas, as
valvas anais com os seios anais entre elas. As valvas anais auxiliam o ânus a suportar a coluna
de fezes
→ Mucosa Retal:
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Histologia Médica
Pregas Retais: É um prolapso das três camadas da mucosa (Epitélio, lâmina própria e muscular da
mucosa) e a porção mais apical da submucosa

Epitélio: Epitélio simples prismático, células absorventes (ou enterócitos) - células colunares simples
com microvilosidades (ou borda em escova). Quantidade abundante de células caliciformes - secretam
muco para lubrificação.
Lâmina Própria: Tecido conjuntivo frouxo que sustenta o epitélio e forma o núcleo das vilosidades.
Criptas de Lieberkuhn

Muscular da Mucosa: Camada de músculo liso.


Submucosa: Tecido conjuntivo denso não modelado com plexo de missler
Muscular própria: Camada circular interna mais espessa
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Histologia Médica
→ Mucosa Anal:
Epitélio: O epitélio da mucosa anal é cubóide simples, do reto até a linha pectinada (situada ao nível
das valvas anais), pavimentoso estratificado não queratinizado da linha pectinada até o orifício anal
externo (anoderma), e pavimentoso estratificado queratinizado (epiderme) no ânus (cutânea).
Lâmina Própria: A lâmina própria, constituída por tecido conjuntivo fibroelástico, contém as
glândulas anais, na junção retoanal, e as glândulas perianais, na extremidade distai do canal anal.
Além disso, folículos pilosos e glândulas sebáceas estão presentes no ânus.
Muscular da Mucosa: A muscular da mucosa é constituída por uma camada circular interna e uma
camada longitudinal externa de músculo liso. Estas camadas musculares não se estendem além da
linha pectínea.
→ Submucosa Anal:
A submueosa do canal anal é constituída por tecido conjuntivo fibroelástico. Ela contém dois plexos
venosos, o plexo hemorroidário interno, situado acima da linha pectinada, e o plexo hemorroidário
externo, situado na junção do canal anal com o orifício externo, o ânus.

→ Muscular Própia Anal:


A muscular externa é constituída por uma camada circular interna e outra longitudinal externa de
músculo liso. A camada circular interna torna-se mais espessa ao circundar a região da linha pectinada
formando o músculo do esfíncter anal externo. As células musculares lisas da camada longitudinal
externa continuam como uma lâmina fibroelástica envolvendo o esfíncter anal interno

✨ Junção Reto-Anal

● Linha Pectínea: Transição entre o epitélio simples prismático (Retal) para o estratificado
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Histologia Médica

● Glândulas anais: Tem a função de secretar muco no canal anal; composta por células
absorventes (células colunares simples com microvilosidades) e abundância de células
caliciformes, que secretam muco

● Esfíncter anal interno: É uma expansão da camada circular interna da muscular externa
comandado por inervação autônoma com função. Além do controle da defecação, uma de
suas funções específicas é a de contenção dos gases.
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Histologia Médica

● Esfíoncter anal externo: Músculo esquelético que faz parte do assoalho pélvico.

● Glândulas sudoríparas e sebáceas

- As glândulas sebáceas produzem uma secreção, denominada de sebo, que é rica em lipídios,
tais como os triglicerídeos, ácidos graxos e colesterol. É essa substância que garante a
lubrificação da pele, evita o ressecamento de pelos e impede a perda de água de maneira
excessiva.
- As glândulas sudoríparas são glândulas apócrinas e responsáveis pela produção do suor, uma
substância que atua na termorregulação do organismo e na eliminação de produtos que o
corpo não necessita.
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Histologia Médica
✨ Fígado
● Identificar: Hepatócitos, veia centro-lobular, células de Kupffer e a tríade hepática no espaço
porta.
● O fígado está subdividido em quatro lobos — direito, esquerdo, quadrado e caudado
— dos quais os dois primeiros constituem a quase totalidade
● De modo semelhante ao pâncreas, o fígado tem funções exócrinas e endócrinas;
entretanto, ao contrário do pâncreas, a mesma célula (o hepatócito ) do fígado é
responsável pela produção da sua secreção exócrina, a bile, e por seus numerosos
produtos endócrinos.
● O aspecto inferior, côncavo, do fígado contém a porta hepatís, através da qual a veia
porta e a artéria hepática trazem sangue para o fígado e através da qual os dutos
biliares drenam a bile do fígado.
● O parênquima (Lóbulos - composto pelos hepatócitos) do fígado é a porção funcional e o
estroma (tecido conjuntivo que reveste o parênquima) é a porção de sustentação

Parênquima Hepático
● Hepatócitos: são células cúbicas, ovóides com núcleo central, com grãos de glicogênio,
enfileirados ou em cordões que irradiam a partir da veia centro lobular até a região periférica.
Entre os cordões existem os capilares sinusóides que desembocam na veia centro-lobular
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Histologia Médica

● Células de Kupffer: Fagocitose inespecífica e apresentadora de antígenos; ficam nos vasos


sinusóides

● Veia centro-lobular: É o ramo inicial da veia hepática e o local onde os capilares sinusóides
desembocam
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Histologia Médica

● Capilares sinusóides: São os espaços vasculares entre os cordões de hepatócitos, espaços


estes forrados por células de revestimento sinusoidal

● Espaço Porta: É o estroma composto por tecido conjuntivo, com uma região específica
contendo a veia porta, uma artéria hepática e o ducto biliar (células epiteliais cúbicas e o
citoplasma não cora tão forte quanto aos hepatócitos, roxo mais claro)

- Artéria hepática: Fornecem sangue rico em oxigênio aos sinusóides


- Veia hepática: Fornece sangue rico em nutrientes do trato gastrointestinal para os sinusóides
- Ducto Biliar: Constituido de células epiteliais cúbicas que drenam a bile dos hepatócitos para
a periferia
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Histologia Médica
✨ Vesícula Biliar
● Identificar: As três camadas (mucosa, túnica fibromuscular e serosa)
● A vesícula biliar é constituída por quatro camadas: epitélio, lâmina própria, músculo liso e
serosa/adventícia.

● Pregas/Dobras: Projeções da mucosa que permite a distensão do órgão quando se enche de


bile

● Epitélio: Tecido epitelial colunar simples


● Lâmina Própria: A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo frouxo, vascularizado,
rico em fibras elásticas e de colágeno.
● Túnica fibromuscular: A delgada camada de músculo liso da vesícula biliar é constituída
principalmente por fibras com orientação difusa, o que permite a contração do órgão.
Presença de fibras colágenas que auxiliam na contração
● Serosa: Tecido conjuntivo frouxo
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Histologia Médica

● Mesotélio: É tecido epitelial simples pavimentoso encontrado revestindo cavidades, como a


cavidade pleural, pericárdico

✨ Pâncreas

● Identificar: Estroma, os septos que adentram o parênquima, identificar os ácinos e as ilhotas


● O pâncreas é uma glândula exócrina, que produz suco digestivo, e endócrina, que produz
hormônios.
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Histologia Médica
● Sua delicada cápsula de tecido conjuntivo forma septos, que subdividem a glândula em lóbulos. O
suprimento vascular e nervoso do pâncreas, assim como seu sistema de dutos, percorre estes
septos de tecido conjuntivo
● Possui estroma ( cápsula de tecido conjuntivo que circunda o órgão e se introjeta no órgão
formando septos) e parênquima (ácinos pancreáticos e ilhotas de langerhans)

Pâncreas Exócrino
● 95% do pâncreas possui função endócrina, com isso as células que predominam nesse órgão são
os ácinos pancreáticos
● A presença de células centroacinosas no centro do ácino é um aspecto que caracteriza esta
glândula
NOTA: As células acinosas do pâncreas possuem receptores para colecistocinina e acetilcolina,
enquanto as células centroacinosas e os ductos intercalares possuem receptores para secretina e,
talvez, para acetilcolina
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Histologia Médica
● Ácinos pancreáticos: Responsáveis por fabricar o suco pancreático. Células grandes com núcleo
ovóide e basal

NOTA: Observar que nas porções basais do ácinos predomina a cor roxa, em virtude da presença de RER
que auxilia na produção da secreção pancreática. Já a porção mais apical predomina a cor mais rosada
devido a concentração de zimogênios

Célula epitelial no centro do lúmen que faz parte do ducto de condução


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Histologia Médica

Ducto de condução

Pâncreas Endócrino

● O pâncreas endócrino é composto por agregações esféricas de células, denominadas ilhotas de


Langerhans, que estão dispersas entre os ácinos
● Cada ilhota de Langerhans constitui um conglomerado esférico, ricamente vascularizado
● Cada ilhota está circundada por fibras reticulares, que também penetram na ilhota envolvendo
a rede de capilares que a permeia
● O parênquima das ilhotas de Langerhans é constituído por cinco tipos celulares: células beta(
β), células alfa (α), células delta (∆), células PP e células G. Estas células não podem ser
identificadas nas colorações histológicas de rotina, mas procedimentos imunocitoquímicos
permitem distingui-las.
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Histologia Médica

Capilares que irão receber os produtos, como a insulina e o glucagon

Células que compõe as ilhotas


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Histologia Médica

● O sistema cardiovascular é constituído por dois circuitos: o circuito pulmonar para os


pulmões, e o circuito sistêmico para os tecidos do corpo.
● O sistema cardiovascular é constituído pelo coração, um órgão muscular que bombeia o
sangue para dois circuitos distintos: o circuito pulmonar, que leva o sangue de e para os
pulmões, e o circuito sistêmico, que distribui o sangue de e para todos os órgãos e tecidos do
corpo. Estes circuitos são constituídos por:
- Artérias, uma série de vasos que retiram sangue do coração, ramificam-se em vasos
de diâmetro cada vez menor, e suprem de sangue todas as regiões do corpo.
- Capilares, que formam leitos capilares, são uma rede de vasos de paredes delgadas
através dos quais gases, nutrientes, resíduos metabólicos, hormônios e substâncias
sinalizadoras são trocados entre o sangue e os tecidos do corpo a fim de manter as
atividades metabólicas normais.
- Veias, vasos que drenam os leitos capilares e formam vasos cada vez maiores
trazendo o sangue de volta para o coração.
● Túnicas dos Vasos: Três camadas de tecido, concêntricas distintas, ou túnicas, formam a
parede de um vaso sangüíneo típico

● Íntima: A íntima é composta por um epitélio pavimentoso simples e por tecido conjuntivo
subendotelial.Estas células, achatadas, são alongadas formando uma lâmina na qual os eixos
mais longos das células são mais ou menos paralelos ao eixo maior do vaso, o que permite
que cada célula endotelial circunde intimamente a luz de um vaso de pequeno calibre.As
células endoteliais não somente criam uma superfície excepcionalmente lisa, mas também
funcionam secretando colágeno dos tipos II, IV e V. Uma camada subendotelial fica
imediatamente abaixo das células endoteliais. Esta é composta por tecido conjuntivo frouxo e
algumas células musculares lisas dispersas, ambos orientados longitudinalmente. Abaixo da
camada subendotelial fica a limitante elástica interna, especialmente bem desenvolvida nas
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Histologia Médica
artérias musculares. A limitante elástica interna, que separa a íntima da média, composta por
elastina, é uma lâmina fenestrada que torna possível a difusão de substâncias para as regiões
mais profundas da parede arterial e a nutrição das células ali localizadas.

● Média: A média é formada principalmente por camadas concêntricas de células musculares


lisas dispostas helicoidalmente. As artérias musculares maiores têm uma limitante elástica
externa, mais delicada do que a limitante elástica interna, que separa a túnica média da
adventícia, mais externa. Capilares e vênulas pós-capilares não possuem u m a túnica média;
nestes pequenos vasos, perfeitos substituem a média
● Adventícia: A adventícia cobre a superfície externa dos vasos e é composta principalmente
por fibroblastos, fibras de colágeno tipo I e fibras elásticas dispostas longitudinalmente. Esta
camada torna-se contínua com os elementos do tecido conjuntivo que envolvem o vaso.
● VASA VASORUM: São pequenos vasos que cruzam as paredes do vaso e se ramificam
profusamente para irrigar as células localizadas basicamente na média e na adventícia

● Nervi Vasorum: Estes nervos amielínicos, pós-ganglionares, do simpático são responsáveis


pela vasoconstrição das paredes dos vasos.
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Histologia Médica
Artérias
● Características diagnósticas: Lúmen reduzido, parede mais espessa e prevalece túnica média
● As artérias são vasos aferentes que levam sangue do coração para os leitos capilares. As duas
grandes artérias que saem dos ventrículos direito e esquerdo do coração são o tronco
pulmonar e a aorta, respectivamente

Classificação das Artérias


As artérias são classificadas em três tipos principais com base em seu tamanho relativo, nas suas
características morfológicas ou em ambos

Elásticas: São elas a aorta e os ramos que se originam do arco aórtico (braquiocefálica, carótida
comum esquerda e subclávia), as artérias ilíacas e o tronco pulmonar. Elas são artérias condutoras
porque conduzem sangue do coração para as artérias distribuidoras de calibre médio.
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Histologia Médica
● Uma das principais diferenças dessa artéria para as musculares é a grande presença de
membranas fenestradas, ao contrário das musculares que apresentam, em grande parte da túnica
média, células musculares lisas, bem como a túnica média ser mais espessa que a adventícia e
apresentar uma membrana limitante interna menos desenvolvida que a artéria muscular
● Túnica adventícia: Presença do vaso vasorum são vasos que irão nutrir a túnica médica e a túnica
adventícia e nervos (nervos vasorum) que controlam o funcionamento do músculo liso na túnica
média

Musculares: As artérias de médio calibre, em sua grande parte no organismo, são as musculares e
caracterizadas por uma espessa túnica média composta por células musculares lisas. Também estão
presentes fibras elásticas, cuja presença vai aumentado com o próprio calibre da artéria até que seja
considerada uma artéria elástica e não mais muscular.

- Túnica íntima: Endotélio (tecido epitelial simples pavimentoso) composto por epitélio
simples pavimentoso e de tecido conjuntivo subendotelial
- Túnica média: Maior predomínio de músculo em relação às fibras elásticas, não são camadas
alternadas. Mais espessa que as demais

NOTA: Membrana limitante elástica interna é espessa em virtude de haver uma maior
quantidade de fibras musculares

- Túnica adventícia é composta por tecido conjuntivo denso não modelado possuindo vaso
vasorum e nervi vasorum com alguns feixes de músculos liso
● Características: Apresentam, em grande parte da túnica média, células musculares lisas, túnica
adventícia bem espessa e membrana limitante interna bem espessa.
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Histologia Médica
Arteríola

As arteríolas são vasos terminais que regulam o fluxo sanguíneo para os capilares. Possuem
mais ou menos a mesma estrutura das artérias de médio calibre, mas geralmente as
membranas limitantes elásticas interna e externa estão ausentes. Também a túnica adventícia é
pouco desenvolvida. A túnica íntima das arteríolas é escassa e é representada por tecido
conjuntivo fibroelástico com poucos fibroblastos. Em contrapartida da túnica adventícia e da
íntima, a túnica média é bastante espessa e bem delineada, composta por uma camada de
células musculares lisas

Veias
Em linhas gerais, as veias são os vasos sanguíneos que levam o sangue da circulação de volta ao
coração. O começo do retorno venoso se dá por intermédio das vênulas, capilares da extremidade
distal as quais conduzem o sangue aos órgãos e tecidos de volta pro coração

● Características diagnósticas: Lúmen maior, parede mais delgada e prevalência da túnica


adventícia, túnica média com pouquíssimas fibras elásticas
● As camadas não são bem delimitadas
● Túnica adventícia: Tecido conjuntivo denso não modelado, vaso vasorum, nervi vasorum,
com maior presença de feixes de músculos liso
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Histologia Médica

Classificação das veias

Vênulas

As vênulas (vasos bastante finos) lançam o seu conteúdo às veias maiores que retornam ao
coração – e, assim, iniciando um novo ciclo circulatório. Cabe salientar que, numericamente,
existem mais veias e vênulas no organismo que artérias e arteríolas. Além disso, o calibre das
veias e vênulas são maiores que nos vasos arteriais, logo, 70% do sangue do corpo se encontram
nesses vasos venosos.
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Histologia Médica
Veias de Médio de Calibre
Veias médias são as que drenam a maior parte do corpo, incluindo muitas das regiões das
extremidades. Sua íntima contém endotélio com a lâmina basal e fibras reticulares. Por vezes,
uma rede elástica circunda o endotélio, mas estas fibras elásticas não formam lâminas
características de uma limitante elástica interna. As células de músculo liso da média estão
organizadas em uma camada frouxa entremeada por fibras de colágeno e fibroblastos. A
adventícia, a túnica mais espessa, é constituída por feixes de colágeno e fibras elásticas,
juntamente com algumas fibras musculares lisas dispersas dispostas longitudinalmente

Veias de Grande Calibre

As grandes veias incluem as veias cavas, pulmonares, porta, renal, jugular interna, ilíaca e ázigo.
A íntima das grandes veias é semelhante à das veias médias, exceto que as grandes veias têm
uma espessa camada subendotelial de tecido conjuntivo contendo fibroblastos e uma rede de
fibras elásticas. Apesar de somente algumas das veias principais (como as veias pulmonares)
terem uma camada de músculo liso bem desenvolvida, a maioria destas veias não possui uma
túnica média; esta é substituída por uma adventícia bem desenvolvida. Uma exceção são as veias
superficiais das pernas, que possuem uma parede muscular bem definida, talvez para resistir à
distensão causada pela gravidade. A adventícia das grandes veias contém muitas fibras elásticas,
abundantes fibras de colágeno e vasa vasorum
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Histologia Médica

✨ O Coração

● Tanto os átrios quanto os ventrículos apresentam três camadas que constituem sua parede,
homólogos à túnica íntima, média e adventícia, respectivamente, dos vasos sanguíneos, sendo
elas o endocárdio (mais interna), miocárdio e epicárdio
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Histologia Médica
Os Átrios
● Possuem uma parede mais delgada quando comparada aos ventrículos, pois a pressão
exercida nos ventrículos é maior que nos átrios
● O volume de sangue que chega ao átrio direito é maior, em virtude de receber sangue da
circulação sistêmica
● Aurícula: É uma estrutura oca que auxilia na recepção do grande volume sanguíneo que chega
aos átrios
● Músculos pectíneos: Presente em maior proporção no lado direito na aurícula e na parede
posterior do átrio e do ventrículo. Já no lado esquerdo, os músculos ficam mais restritos à
aurícula

O Átrio Direito

● Característica diagnóstica do átrio direito: Presença dos músculos pectíneos na região do


miocárdio, camada subendocárdica reduzida, grande quantidade de fibras de purkinje
● Endocárdio: O endocárdio é contínuo com a íntima dos vasos sangüíneos que entram e saem
do coração. Ele é constituído pelo endotélio, epitélio pavimentoso simples, e por uma camada
subjacente (subendotelial) de tecido conjuntivo frouxo com fibroblastos esparsos. Abaixo do
endocárdio, fica a camada subendocárdica de tecido conjuntivo frouxo, que contém pequenos
vasos sangüíneos, nervos e fibras de Purkinje do sistema de condução do coração. A camada
subendocárdica constitui o limite do endocárdio, que se liga ao endomísio do músculo
cardíaco.
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Histologia Médica

● Fibras de Purkinje: As fibras de Purkinje estão contidas na camada subendotelial do


endocárdio e são estruturas fundamentais no processo de propagação do estímulo elétrico do
coração. Para que ocorra a contração dos músculos dos ventrículos é necessário que estas
fibras estimulem o miocárdio de maneira sincronizada. E possuem como características uma
menor quantidade de miofibrilas e maior quantidade de glicogênio, o que permite um
citoplasma menos eosinofílico

● Miocárdio: Músculo estriado cardíaco. O miocárdio é uma espessa camada média do coração
composta por células musculares estriadas cardíacas e bastante vascularizada que irá fazer a
nutrição desse tecido .
● Epicárdio: Mesotélio (tecido epitelial simples pavimentoso) e a camada submesotelial (tecido
conjuntivo denso não modelado)
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Histologia Médica
O Átrio Esquerdo

● Característica diagnóstica do átrio esquerdo: Camada de endocárdio e miocárdio são mais


desenvolvida que o AD, presença de feixes de músculo liso na camada subendotelial do
endocárdio, camada subendocárdica desenvolvida, o miocárdio fica entre camadas de
adipócitos e poucas fibras de purkinje
● Endocárdio: Composto pelo endotélio (tecido epitelial simples pavimentoso), seguido de
tecido conjuntivo denso não modelado associado a fibras musculares lisas (camada
subendotelial)
● Subendocárdica: Tecido conjuntivo frouxo e muitos adipócitos
● Miocárdio: Músculo estriado cardíaco. O miocárdio é uma espessa camada média do coração
composta por células musculares estriadas cardíacas e bastante vascularizado que irá fazer a
nutrição desse tecido .
● Epicárdio: Mesotélio (tecido epitelial simples pavimentoso) e camada submesotelial (tecido
conjuntivo denso não modelado), bem como a camada subepicárdica

Os Ventrículos

● A parede do ventrículo esquerdo é mais espessa, em virtude de - por meio da artéria


aorta - necessitar de uma sístole vigorosa para fornecer sangue à circulação sistêmica
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Histologia Médica
● Nos ventrículos o endocárdio é bastante delgado e ocorre a prevalência do miocárdio,
por isso, não se encontra fibras de purkinje nos ventrículos
● No miocárdio, as fibras musculares estão dispostas em sentidos distintos
(longitudinais e transversal) para aumentar a força de contração

O Ventrículo Direito
● Característica diagnóstica: Presença de músculo pectíneo,

● Endocárdio: Tecido epitelial simples pavimentoso (endotélio); a camada de tecido conjuntivo


denso não modelado (subendotelial) é extremamente delgada

● Miocárdio: Músculo estriado cardíaco


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Histologia Médica
● Epicárdio: Essa estrutura se trata da camada mais externa da parede do coração, constituída
por um epitélio simples pavimentoso denominado mesotélio sustentado por tecido conjuntivo
denso não modelado

O Ventrículo Esquerdo

● Características diagnósticas: Camada do miocárdio extremamente espessa

● Os tecidos das camadas seguem as anteriores

Características das Fibras

● Fibras Transversais: Célula redonda com núcleo central, células individuais (visível a
diferenciação)
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Histologia Médica
● Fibras Longitudinais: Fibras unidas de ponta a ponta; podem ser vistos dois núcleos; Os
discos intercalares mantém as fibras unidas.

NOTA: As células musculares são unidas entre si através das suas extremidades por meio de
junções especializadas denominadas discos intercalares, cuja função é dar uma propagação
rápida e sincronizada às contrações do músculo cardíaco e unir as fibras.

NOTA: Pigmento de lipofucsina são pigmentos intracelulares ricos em lípidos que representam
a acumulação de resíduos não digeridos de membranas da célula em vacúolos de autofagia.
Presente em tecidos com baixa capacidade de mitose, como os neurônios, e pode ser utilizado
como fonte de estimativa de idade tecidual. Pode ser utilizado no diagnóstico de doenças
como Alzheimer e Parkinson
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Histologia Médica
Válvas

● São prolongamento do epicárdio


● Composta por uma camada de endotélio, seguida de tecido conjuntivo denso não modelado e,
posteriormente, outra camada de endotélio

● No tecido conjuntivo da valva não possui vasos sanguíneos (avascular), são nutridas por
difusão pelo endocárdio
● Esqueletos cárdicos das válvas: São os locais onde as válvas se prendem; Tecido conjuntivo
fibroso
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Histologia Médica

● O sistema respiratório tem como função fornecer oxigênio (O,) para as células do corpo e
eliminando dióxido de carbono (CO,) das células do corpo. Para realizar este objetivo, é necessária
a execução dos quatro seguintes eventos distintos, coletivamente denominados respiração

1) Movimento de ar para dentro e para fora dos pulmões (respiração ou ventilação)


2) Troca de O , do ar inspirado pelo dióxido de carbono do sangue (respiração externa)
3) Transporte de O , e C O , para e das células (transporte de gases)
4) Troca de Co2 por O2 na proximidade das células (respiração interna)
2

● O sistema respiratório está subdividido em duas porções principais, uma porção condutora e
uma porção respiratória.

✨ Principais Características do Aparelho Respiratório


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Histologia Médica

● A porção condutora do sistema respiratório, apresentada em ordem de fora para dentro do


pulmão, é constituída pela cavidade nasal, boca, nasofaringe, faringe, laringe, traquéia, brônquios
primários, brônquios secundários (brônquios lobares), brônquios terciários (brônquios segmentares),
bronquíolos e bronquíolos terminais. Estas estruturas não somente transportam mas também filtram,
umedecem e aquecem o ar inspirado antes de este chegar à porção respiratória dos pulmões.
● A histologia do tecido pulmonar tem por intuito filtrar aquecer e umidificar o ar inspirado
para que a hematose ocorra nos alvéolos

Cavidade Nasal
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Histologia Médica
Epitélio Respiratório: É o tecido exclusivo das vias
respiratórias (Não entra em contato com o dig).
Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com
células caliciformes

NOTA: Células mucosas irão filtrar o ar, cílios irão


criar uma corrente de limpeza (hidroplanagem)
levando as partículas presas no muco para a faringe,
onde serão deglutidas ou expectoradas

Palato Duro:
- Epitélio: Tecido epitelial estratificado pavimentoso (voltado para a boca) e epitélio
respiratório (voltado para a cavidade nasal)

Concha Nasal: É uma saliência óssea que se projeta lateralmente na cavidade nasal

● Característica diagnóstica: Tecido ósseo

- Epitélio: Tecido epitelial respiratório


- Lâmina própria: Tecido conjuntivo denso não modelado com muitas glândulas seromucosas e
muitos vasos sanguíneos

NOTA: Nas glândulas seromucosas, as células mucosas tem por função secretar mucina que irá filtrar as
impurezas que adentram no trato respiratório, já as células serosas irão umedecer o ar. Ademais, os
vasos sanguíneos presentes em abundância na lâmina própria irá aquecer este ar. Portanto, essas
glândulas têm por função limpar e umedecer o ar, já os vasos sanguíneos irão aquecer o ar.
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Nasofaringe:
Como saber se ainda é nasofaringe? Repare se existe a presença de epitélio respiratório e de glândulas
seromucosas. A nasofaringe está revestida por epitélio respiratório, enquanto as regiões oral e laríngea
estão revestidas por epitélio pavimentoso estratificado
Tecido Conjuntivo: Lâmina própria de tecido conjuntivo denso não modelado, altamente
vascularizado

Palato mole: Músculo estriado esquelético, estratificado pavimentoso não queratinizado, lâmina
própria com glândulas seromucosas

Epiglote
- Porção superior: O epitélio é
completamente estratificado pavimentoso não
queratinizado (Contato com o bolo alimentar)
- Porção inferior: Epitélio anterior (porção
que comunica com os dois aparelhos) é
estratificado pavimentoso, já o posterior (porção
que comunica apenas com o respiratório; laringe) é
exclusivamente epitélio respiratório
- Lâmina própria: Tecido conjuntivo denso
não modelado, com glândulas seromucosas

← Contém cartilagem hialina, pois é um órgão


cartilaginoso

Característica diagnóstica da epiglote: Presença do epitélio estratificado e epitélio respiratório

Laringe:
- Prega vestibular: Proporciona defesa e
proteção da prega vocal. Composta por epitélio
respiratório, lâmina própria de tecido conjuntivo
denso não modelado com glândulas seromucosas,
feixes de músculo estriado esquelético
- Prega Vocal: Grande quantidade de tecido
estriado esquelético. Presença de dois tipos de
epitélio:

No ligamento vocal (porção superior) existe tecido


epitelial estratificado pavimentoso não
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Histologia Médica
queratinizado e não tem glândulas seromucosas e alta predominância de colágeno
Na porção inferior ocorre predomínio de glândulas e do tecido epitelial respiratório

Traqueia:

Como identificar a traqueia? Anel cartilaginoso incompleto (Cartilagem em forma de


ferradura)

Porção Ântero-Lateral
1) Epitélio: Tecido epitelial respiratório
2) Lâmina Própria: Tecido conjuntivo denso não modelado
3) Cartilagem hialina na região anterô-lateral
4) Mais Lâmina própria
5) Adventícia: Tecido conjuntivo frouxo
Porção Posterior
1) Epitélio: Tecido epitelial respiratório
2) Lâmina Própria: Tecido conjuntivo denso não modelado
3) Músculo liso
4) Camada adventícia

NOTA: Da traqueia para baixo ocorre músculo liso e não mais esquelético. A contração do
músculo traqueal diminui o diâmetro da luz da traquéia, o que resulta em um fluxo de ar mais
rápido, auxiliando assim o deslocamento, pela tosse, de material estranho (ou muco ou outros
irritantes) presente na laringe
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Brônquios
Os tecidos brônquicos:

- Epitélio Respiratório
- Lâmina própria com tecido conjuntivo denso não modelado, presença de glândulas
seromucosas
- Tecido cartilaginoso
- Músculo liso

Brônquio Primário:

A estrutura dos brônquios primários é idêntica à da


traquéia, exceto em que o diâmetro dos brônquios é
menor e sua parede é mais delgada. O brônquio direito
(mais reto que o esquerdo) se trifurca dirigindo-se para
os três lobos do pulmão direito, enquanto o brônquio
esquerdo se bifurca e penetra no pulmão esquerdo.
Estes brônquios penetram, então, no parênquima dos
pulmões passando a constituir os brônquios
intrapulmonares.

NOTA: Brônquios e bronquíolos


possuem lúmen estrelados (Devido à
contração da musculatura pós morte)

Características Diagnósticas:
Cartilagem e epitélio respiratório
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Histologia Médica

Bronquíolos Primários : Cada bronquíolo (ou bronquíolo primário) fornece ar para um lóbulo
pulmonar.

Características Diagnósticas:

Epitélio simples colunar


Ausência de cartilagem hialina
Ausência de glândulas seromucosas
Músculo liso

Células Claras: As células de Clara são


colunares com ápice em domo dotados de
microvilosidades curtas e grossas. Seu
citoplasma apical possui numerosos grânulos de
secreção contendo glicoproteínas produzidas em
seu REG abundante. Acredita-se que as células
de Clara protejam o epitélio dos bronquíolos
revestindo-o com seu produto de secreção.
Adicionalmente, estas células degradam toxinas,
presentes no ar inspirado, através de enzimas do
citocromo P-450 de seu retículo endoplasmático
liso.

Bronquíolos Terminais:

- Epitélio simples cúbico ciliado c/


presença de células clara
- Lâmina própria c/ feixes de músculo
liso
- Ausência de cartilagem hialina
- Ausência de glândulas
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Histologia Médica

A porção respiratória do sistema respiratório é composta por bronquíolos respiratórios, dutos


alveolares, sacos alveolares e alvéolos.

Bronquíolos Respiratórios:
Os bronquíolos respiratórios
são a primeira região do
sistema respiratório em que
pode ocorrer a troca de gases.

- Epitélio irregular, pois


não é uma única estrutura
isolada.

Outras visões:
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Histologia Médica
Alvéolos:

Pneumócitos tipo I: Os pneumócitos do tipo I


formam junções de oclusão uns com os outros
impedindo, desta maneira, o extravasamento de
fluido extracelular (fluido tecidual) para a luz
do alvéolo. Responsáveis pela hematose.
Células Pavimentosas

Pneumócitos tipo II: Produção de surfactante.


Mantém os alvéolos abertos para favorecer a
respiração. Células cúbicas

O sistema urinário remove do


sangue subprodutos tóxicos
do metabolismo e retira urina
do corpo. Estas ações são
realizadas pelos rins, que não
somente retiram as toxinas
do sangue, mas também
conservam sais, glicose,
proteínas e água, assim como
outros materiais essenciais
para u m a saúde adequada.

Região Cortical: É uma região


granulosa e mais escura
Região Medular: É uma região
estriada e mais clara

NOTA: Identificar os glomérulos, túbulos contorcidos proximais e distais


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Histologia Médica
Glomérulos: O glomérulo é constituído por tufos de capilares fenestrados supridos pela arteríola
glomerular aferente e drenados pela arteríola glomerular eferente. Constituído pelo folheto visceral e
parietal separados por um espaço virtual

Epitélio: Na porção mais externa, folheto


parietal, o epitélio é simples pavimentoso. Na
porção interna, folheto visceral, o tecido é
simples cúbico (podócitos)

NOTA: Os podócitos são células epiteliais


cúbicas, que compõe o folheto visceral da
cápsula de bowman que está em íntimo
contato com o glomérulo e tem por função
auxiliar na filtração por reter proteínas

Sistema tubular dos rins:

Como diferenciar o túbulo proximal do distal?


1) O proximal é mais numeroso em relação ao
distal
2) O lúmen do proximal é menor em relação
ao distal que é mais dilatado
3) As células epiteliais que formam os túbulos
proximais são mais robustas e eosinofílicas (maiores
e mais gordinhas; células cúbicas altas) que as
células que formam o túbulo contorcido distal
(células cúbicas baixas)

Na microscopia óptica, a porção contorcida do


túbulo proximal apresenta-se constituída por epitélio
cubóide simples com citoplasma eosinófilo
granuloso

Os túbulos contorcidos distais são curtos; a luz


destes túbulos está b e m aberta, o citoplasma das
células do epitélio de revestimento, cubóide baixo,
tem aspecto granuloso e é mais claro do que o dos
túbulos contorcidos proximais e, como as células destes túbulos são mais estreitas, nos cortes
transversais eles apresentam um maior número de núcleos.
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Histologia Médica

- Identificar os Túbulos Coletores

Como diferenciar os ductos


coletores do túbulo contorcido
distal? As células epiteliais da
porção lateral do ducto coletor
se acumulam e se enfileiram na
região anterior e posterior, bem
como apresenta células menos
eosinofílicas

Os túbulos coletores,
constituídos por epitélio cubóide
simples, transportam e
modificam o ultrafiltrado do
néfron para os cálices menores
do rim.

- Identificar os túbulos coletores, alças néfricas, túbulos retos proximais e distais, papilas,
cálice renal menor

Alça néfrica é constituída por


tecido epitelial simples
pavimentoso

O ramo fino descendente é


altamente permeável à água e
razoavelmente permeável a uréia,
cloreto de sódio e outros íons

NOTA: Eles podem ser distinguidos dos capilares pois suas células epiteliais de revestimento são
levemente mais espessas, seus núcleos coram-se menos intensamente e sua luz não contém células
sangüíneas
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Histologia Médica

Papila Renal: A papila é constituída por porções finas da alça de Henle, por dutos coletores e por
ductos papilares. Cada ducto papilar resulta da reunião de alguns dutos coletores. Já é possível perceber
epitélio de transição (Células epiteliais bem globosas, com as da camada mais superficial mudando de
formato conforme o grau de vacuidade do órgão) na sua parte mais apical.

NOTA: Somente as células epiteliais superficiais do epitélio de transição são chamadas de células
guarda-chuva
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Histologia Médica
Ureteres: Lúmen estrelado

Tecido epitelial: Epitélio de transição (Urotélio)

NOTA: Na região proximal dos ureteres pode existir


até três camadas de epitélio, mas à medida que vai
ficando distal o número de camadas tende a
aumentar

Lâmina própria: Tecido conjuntivo denso não


modelado

Muscular Externa (Camada longitudinal interna e


circular externa)

Adventícia: Tecido conjuntivo frouxo com adipócitos

Bexiga: Lúmen estrelado

Tecido epitelial: Epitélio de transição

Lâmina própria: Tecido conjuntivo denso não


modelado

Muscular Externa: Camada muscular interna e externa


são longitudinais e a média é circular

Característica diagnóstica da bexiga: Camada muscular


mais espessa que o ureter, pois possui três camadas
muscular

Adventícia: Tecido conjuntivo frouxo com adipócitos


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Histologia Médica

Hipófise

A hipófise se localiza na sela


túrcica do osso esfenóide e se
comunica com o hipotálamo pelo
infundíbulo para armazenar os
produtos produzidos na hipófise

✨ ADENOHIPÓFISE
A Adenohipófise é subdividida em três regiões: A adeno-hipófise é constituída pela parte distalis,
parte intermédia e parte tuberalis.

Parte distalis: As células do parênquima da pars distalis são constituídas por células cromófilas e
células cromófobas.

NOTA: Estas designações referem-se à afinidade para com os corantes dos grânulos de secreção das
células, e não do citoplasma das células parenquimatosas.
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Histologia Médica

Células Cromófobas: As células cromófobas


têm muito pouco citoplasma; por isso, não se
coram com facilidade.
- É bem visualizado apenas o núcleo.
- Não secretam hormônios
- Geralmente, estas células têm menos
citoplasma que as cromófilas, e elas podem
representar células-tronco inespecíficas, ou
células cromófilas parcialmente desgranuladas,
pois algumas destas
retêm grânulos secretores. Como há evidência
da natureza cíclica da função secretora das
cromófilas, é mais provável que as cromófobas
sejam cromófilas desgranuladas

Células Cromófilas: Os grânulos de secreção das células cromófilas têm afinidade por corantes
histológicos: os que se coram em laranja-vermelho com corantes ácidos (acidófilas- eosina) e os que
se coram em azul com corantes básicos (basófilas - Hematoxilina ).

Células Acidófilas: Secretam GH


(somatotrofos) e a prolactina
(mamotróficas)

Células basófilas:
1) Células corticotróficas: Secretam
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
e o hormônio lipotrófico (LPH)
2) Células tireotróficas: Secretam
TSH
3) Células gonadotróficas:
Secretam LH e FSH
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Histologia Médica

Parte Intermédia:
Como identificar? Quando começar a surgir os colóides

- Presença de células cromófobas e cromófilas basófilas

Característica diagnóstica:
Presença do colóide

Colóides são precursores


hormonais contidos dentro de
vesículas formadas pelas
cromófilas basófilas

✨ NEUROHIPÓFISE
É tecido nervoso e, por isso, se encontra células nervosas
Neurônios: Células
principais de transmissão do
impulso
Neuróglias (Ptuicitos): São
células acessórias que
auxiliam na transmissão do
impulso nervoso. Essas
células armazenam
hormônios (ADH e a
ocitocina) produzidos pelo
hipotálamo. Ainda não
foram elucidadas outras
funções além das de sustentação dos elementos nervosos da pars nervosa
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Histologia Médica
Corpos de Hering: São as terminações nervosas do axônio que contém hormônios (ADH e ocitocina)
para secreção pulsátil durante a sinapse nervosa

Tireóide
A tireóide fica abaixo da laringe, anterior à junção das cartilagens tireóide e cricóide. A tireóide está
envolvida por uma cápsula delicada de tecido conjuntivo denso não modelado (estroma), Septos de
tecido conjuntivo partem da cápsula e invadem o parênquima constituindo um caminho para os vasos
sangüíneos e linfáticos e fibras nervosas. E sua parte funcional é denominada de parênquima

Parênquima: Ao contrário da maioria das glândulas endócrinas, que armazenam suas substâncias
secretoras nas células parenquimatosas, a tireóide armazena suas substâncias secretoras na luz de
folículos

- Estas estruturas semelhantes a cistos são


constituídas por um epitélio cubóide simples
- que produzem e secretam os precursores
hormonais T3 e T4 - em condições
fisiológicas, delimitando uma luz central
cheia de colóide.

Hipertireoidismo: Célula epitelial cilíndrica,


pois produz muito hormônio com pouco
colóide

Hipotireoidismo: Célula epitelial pavimentosa


com muito colóide dentro do folículo
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Histologia Médica
Células Parafoliculares:

As células parafoliculares secretam calcitonina; são


encontradas na periferia do folículo, isoladas ou
formando pequenos grupos. Possuem núcleos bem
maiores que as foliculares e citoplasma levemente
claras com pouca predominância no parênquima.

Paratireóide:
Como diferenciar da tireóide? Presença de adipócitos (Na tireóide não tem) e ausência de folículos com
colóide
Função: Estas glândulas funcionam produzindo PTH , que age sobre os ossos, rins e intestino
mantendo u m a concentração ótima de cálcio no sangue e no fluido intersticial dos tecidos

As paratireóides, geralmente quatro, estão localizadas na superfície posterior da tireóide; cada


glândula está envolvida por sua própria cápsula, delicada, de tecido conjuntivo (estroma) e a porção
funcional é constituída pelas células principais (secretam o PTH), células oxifilas, células claras e
adipócitos.

Células Principais: As células principais,


as células funcionais do parênquima das
paratireóides mais abundantes, são
levemente eosinófilas. As células
principais sintetizam o paratormônio.

Células Oxífilas: Acredita-se que as


células oxífilas sejam células principais
em fase inativa. As células oxífilas são
menos numerosas, maiores e coram-se
mais fortemente com a eosina do que as
células principais.
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Células Claras: São células em repouso, isto é, são células que já foram principais, mas começam a
envelhecer (antes era principal, produzia PTH). Não cora por conter grânulos de glicogênio e
principalmente de lipídeos

Suprarrenal:

As adrenais, localizadas no pólo superior dos rins, estão contidas dentro de tecido adiposo. As
adrenais, direita e esquerda, não são imagens especulares uma da outra; a adrenal direita tem forma
piramidal e está colocada diretamente sobre o topo do r i m direito, enquanto a adrenal esquerda tem
mais uma forma de crescente e fica localizada ao longo da borda do rim esquerdo entre o hilo e o pólo
superior

O parênquima da glândula está dividido em duas regiões histológica e funcionalmente distintas: uma
porção externa, amarelada, que constitui de 80 a 90% do órgão, denominada córtex da adrenal, e uma
porção, interna, pequena e escura, denominada medula da adrenal

O córtex da adrenal produz um grupo de hormônios denominados corticosteróides, sintetizados a


partir do colesterol. A secreção destes hormônios, que incluem o Cortisol e a corticosterona, é
regulada pelo ACTH , u m hormônio secretado pela hipófise anterior. A medula da adrenal é
funcionalmente relacionada ao e é regulada pelo sistema nervoso simpático; ela produz os hormônios
adrenalina e noradrenalina

Córtex Renal: Se divide em zona glomerulosa, zona


fasciculada e a zona reticular (de fora para dentro)

NOTA: A zona glomerulosa e a fasciculada não coram


os núcleos, pois contém muitos lipídeos já a reticular
cora

Como diferenciar a região glomerulosa da fasciculada?


Na região glomerulosa as células se agrupam em
cordões arredondados, já na região fasciculada as
células se agrupam em cordões longitudinais
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Zona glomerulosa: Quando
estimuladas pela angiotensina II e
pelo ACTH, as células do
parênquima da zona glomerulosa
sintetizam e liberam os hormônios
aldosterona e desoxicorticosterona.
As pequenas células colunares que
compõem esta zona estão dispostas
em cordões e grupos. Seus núcleos
pequenos, escuros, contêm um ou
dois nucléolos e seu citoplasma,
acidófilo. Citoplasmas Claros

Zona fasciculada: Quando estimuladas pelo ACTH, as células do parênquima da zona fasciculada
(espongiócitos) sintetizam e liberam os hormônios Cortisol e corticosterona. Citoplasmas Claros

Zona Reticular: Secretam os


precursores da testosterona.
Citoplasmas escuros

Medula Adrenal: A medula da adrenal, que se origina da crista neural ectodérmica (extensão da parte
simpática do sistema nervoso autônomo), compreende duas populações de células parenquimatosas:
as células cromafins, que produzem as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), e as células do
gânglio simpático, que estão dispersas pelo tecido conjuntivo

NOTA: A medula da adrenal funciona como um gânglio simpático modificado, contendo células
pós-ganglionares do simpático que não possuem dendritos ou axônios.

Células Cromafins: As catecolaminas sintetizadas pelas


células cromafins são os transmissores do simpático
adrenalina e noradrenalina. Estes transmissores são
secretados pelas células cromafins em resposta a
estímulos pelos nervos simpáticos pré - ganglionares
(colinérgicos) esplâncnicos.

Células Ganglionares: Transmissão do impulso nervoso


por neurônios eferentes
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Histologia Médica
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