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Gabriela Vieira
INTRODUÇÃO À HEMATOPOIESE
• A formação do sangue (hematopoiese ou hematopoese) começa no
embrião na 5ª semana.
células
linfoides células
mieloides
TEREPÊUTICA FLUXO
CONTÍNUO
AFÉRESES
NÃO FLUXO
TERAPÊUTICA INTERMITENTE
AFÉRESE NÃO TERAPÊUTICA
• Doação de plaquetas
• Doação de células-tronco (stem cells)
• Doação de linfócitos
Possibilidades • Doação de granulócitos
• Doação de plasma (fatores de coagulação)
• Doação de hemácias
LEGISLAÇÕES:
DOAÇÃO POR AFÉRESE PORTARIA nº 158, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2016
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO nº 5 de 28/09/2027
• Art. 159. O volume sanguíneo extracorpóreo não deve superar 15% da volemia do doador. (Origem: PRT
MS/GM 158/2016, Art. 160)
• Art. 165. Os doadores de componentes sanguíneos por aférese serão submetidos aos mesmos exames de
qualificação do doador de sangue total, além dos exames específicos para cada tipo de doação.
(Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 166)
§ 1º Os exames de triagem laboratorial para infecções transmissíveis pelo sangue serão realizados
em amostra colhida no mesmo dia do procedimento. (Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 166, § 1º)
§ 2º Para coleta de granulócitos, linfócitos e células progenitoras hematopoiéticas, os
exames de que trata o "caput" poderão ser realizados em amostras colhidas até 72 (setenta e duas)
horas antes da doação. (Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 166, § 2º)
DOAÇÃO POR AFÉRESE
Art. 208. Os casos de suspeita de reação por
contaminação microbiana ou lesão pulmonar aguda
relacionada à transfusão (TRALI) serão comunicados ao
serviço de hemoterapia produtor do componente
sanguíneo para rastreamento do(s) provável(veis)
doador(es) envolvido(s) e dos demais componentes
sanguíneos dele(s) porventura coletado(s), de acordo com
o procedimento operacional do serviço.
§ 2º Os doadores associados ou implicados com
caso de TRALI serão liberados para doação de
sangue total, mas não para doação de plaquetas
por aférese.
§ 3º O concentrado de hemácias obtido da doação
de que trata o § 2º será liberado para transfusão
após o procedimento de lavagem e o plasma será
utilizado apenas para fracionamento industrial.
(Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 209)
PLAQUETAFÉRESE
Plaquetas: pequenos fragmentos citoplasm áticos derivados dos megacariócitos produzidos na
medula óssea que apresentam as seguintes funções: adesão e liberação de eventos contrateis,
agregação e retração do coágulo.
PLAQUETAFÉRESE
§ 2º O candidato a doador não deve ser submetido a uma plaquetaférese se a sua contagem de
plaquetas for inferior a 150 x 10e3 plaquetas/μL.
§ 5º Se um doador de plaquetas por aférese doar uma unidade de sangue total, ou se a perda de
hemácias durante o procedimento for superior a 200 mL, deverão transcorrer, pelo menos, 4 (quatro)
semanas antes que um novo procedimento de plaquetaférese seja realizado.
PLAQUETAFÉRESE
Art. 108. Os CPs obtidos de sangue total Art. 109. O CP obtido por aférese, de um único doador,
conterão, no mínimo, 5,5 x 10e10 plaquetas deve conter, no mínimo, 3,0 x 10e11 plaquetas em, pelo
por bolsa em, pelo menos, 75% das unidades menos, 90% das unidades avaliadas.
avaliadas. § 1º No caso de obtenção de componentes duplos,
a contagem deve ser superior ou igual a 6,0 x
10e11 plaquetas em, pelo menos, 90% das
unidades avaliadas.
§ 5º O CP obtido por aférese será utilizado em
pacientes que possuam antecedentes de reação
febril não hemolítica ou quando estiver indicada
a profilaxia da aloimunização a antígenos Art. 110. Os CP desleucocitados são obtidos pela
leucocitários. remoção de leucócitos por meio de filtros para este fim
ou por meio de equipamento de aférese
PLAQUETAFÉRESE
I - o doador deve pesar, no mínimo, 70 kg, e ter uma dosagem de hemoglobina superior a
14g/dL;
II - o intervalo mínimo entre as doações será de 4 (quatro) meses para os homens e de 6
(seis) meses para as mulheres; e
III - o volume total dos componentes coletados deve ser inferior a 8 mL/kg de peso do
doador do sexo feminino e 9 mL/kg do sexo masculino.
Art. 112. Os Concentrados de Granulócitos (CG) são suspensões de granulócitos em plasma, obtidas por
aférese de doador único
§ 1º O CG deve conter, no mínimo, 1,0 x 10e10 granulócitos em todas as unidades coletadas, a menos
que seja preparado para recém-nascidos.
Art. 164. A coleta de leucócitos por leucocitaférese será objeto de protocolo especialmente elaborado pelo
serviço de hemoterapia.
§ 2º A coleta de que trata o "caput" só poderá ser feita se a contagem de leucócitos no doador for
superior a 5,0 x 10e3/µL.
PLASMAFÉRESE
• O PFC é o plasma separado de uma unidade de sangue total por centrifugação ou por aférese e
congelado completamente em até 8 (oito) horas depois da coleta, atingindo temperaturas
iguais ou inferiores a -30ºC.
• O volume de plasma por coleta não excederá 10 mL por Kg de peso até o máximo de 600 mL.
• Se um doador de plasma por aférese doar uma unidade de sangue total, ou se a perda de
hemácias durante o procedimento for superior a 200 mL, devem transcorrer, pelo menos, 8 (oito)
semanas antes que um novo procedimento de plasmaférese seja realizado.
Art. 160. A doação de plasma por aférese poderá ser feita em situações especiais, com o objetivo
de suprir a necessidade transfusional de determinados pacientes.
§ 3º O número máximo anual de doações de plasma por aférese, por doador, não será maior
que 12 (doze).
COLETA DE CÉLULA-TRONCO HEMATOPOÉTICA POR SANGUE
PERIFÉRICO - STEMCELL
Após a mobilização, a constante circulação de CTH da medula óssea para o sangue periférico,
possibilita sua coleta realizada através de aférese do doador.
Método bastante conveniente e de escolha para TMO autólogo e maioria dos TMO alogênicos
atualmente.
Algumas condições clinicas necessitam de avaliação e liberação de um médico especialista (tais como
cardiologista, endocrinologista, neurologista, nefrologista, pneumologista, etc).
No caso de doador com idade igual ou inferior a 12 anos é necessária a avaliação e liberação do seu
pediatra.
avaliação e definição do acesso venoso a ser utilizado para a coleta - veia periférica (uma em cada
braço) ou cateter venoso central.
Pré doação da célula progenitora hematopoética:
• Uma nova amostra de sangue deve ser coletada para repetir e confirmar os resultados da tipagem
dos antígenos de histocompatibilidade.
• Uma nova amostra de sangue também é necessária para repetir os testes laboratoriais para
detecção de agentes infecciosos transmissíveis pelo sangue (descritos no item e) quando o intervalo
entre o resultado destes testes e a doação da célula progenitora for superior a 30 dias, de acordo
com as diretrizes especificas do Ministério da Saude.
• No caso de doação de linfócitos a repetição destes testes é necessária quando o intervalo entre os
resultados e a doação é maior que 7 dias
STEMCELL / DOAÇÃO DE LINFÓCITOS
A seleção de
doadores de
linfócitos seguirá
critérios específicos
e pré-definidos em
protocolo
A coleta de terapêutico de A transfusão destes
linfócitos do(a) transplante de linfócitos é uma das
doador(a) da células progenitoras alternativas no
célula progenitora alogênicas. tratamento do(a)
hematopoiética paciente no(a) qual a
pode ser doença retorna após o
necessária para transplante de medula
o(a) mesmo(a) óssea alogênico. A coleta
paciente. de linfócitos pode ser
solicitada semanas, meses
ou até anos após a
doação da célula
progenitora.
FLUXO INTERMITENTE: https://www.youtube.com/watch?v=Pbz6Wlq1wjU
https://www.youtube.com/watch?v=RJ1k1Xu_yCw
Art. 167. A aférese terapêutica será efetuada apenas mediante a solicitação escrita do
médico do paciente e com a concordância do médico hemoterapeuta. (Origem: PRT MS/GM
158/2016, Art. 168)
I - a identificação do paciente;
II - o diagnóstico;
III - o tipo de procedimento terapêutico;
IV - o método empregado;
V - o volume sanguíneo extracorpóreo processado;
VI - o tipo e quantidade do componente removido ou tratado;
VII - o tipo e quantidade dos líquidos utilizados; e
VIII - qualquer reação adversa ocorrida e medicação administrada.
PLASMAFÉRESE TERAPÊUTICA
Tratamento médico no qual usamos uma máquina para remover elementos do plasma sanguíneo
que possam ser responsáveis por algumas doenças.
O plasma sanguíneo, que é a parte líquida (sem células), corresponde a 55% do volume de
sangue. Ele é composto por 90% de água e 10% de proteínas, anticorpos, enzimas, glicose, sais
minerais, fatores da coagulação, hormônios e outras substâncias diluídas do sangue.
Possíveis indicações:
• Miastenia Gravis
• Síndrome de Guillain-Barré
• Mieloma múltiplo
• Macroglobulinemia de Waldenstrom
• Lúpus
• Esclerose múltipla
• Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)
https://www.youtube.com/watch?v=mk0NbziTeVE
ERITROCITAFÉRESE TERAPÊUTICA X SANGRIA TERAPÊUTICA
• Ambas possuem o intuito da remoção de eritrócitos, com alteração qualitativa ou quantitativa devido a
alguma patologia/desordem.
• Sendo de menor impacto financeiro, a sangria terapêutica é mais facilmente vista e utilizada.
• Quando se tem um aumento importante do número de hemácias (policitemia), que se reflete em uma
elevação do hematócrito, há concomitantemente um aumento exponencial da viscosidade sanguínea. Este
aumento de viscosidade sanguínea pode dificultar o fluxo sanguíneo
• Complicações em pacientes com anemia falciforme: acidente vascular cerebral agudo, síndrome torácica
aguda, priaprismo agudo refratário ETC.
Por volta dos anos 70, vários estudos demonstraram que a irradiação cutânea com ultravioleta (UV) após
a ingestão de 8-MOP era efetiva no tratamento da psoríase e sugeriram o nome PUVA (psoraleno +
radiação ultravioleta A) para esta modalidade terapêutica.
Nova terapia denominada fotoferese extracorpórea (FEC), em que leucócitos eram removidos do paciente
por aférese, tratados com 8-MOP e radiação ultravioleta A (UVA), e reinfundidos, em seguida, ao
paciente.
A eficácia da FEC no tratamento do linfoma cutâneo de células T(LCCT)5 associada a poucos efeitos
adversos encorajou sua utilização em outras doenças mediadas por células T como:
• a doença enxerto-contra-hospedeiro (DECH);
• doenças auto-imunes (artrite reumatóide, esclerose sistêmica, lupus eritematoso sistêmico,
pênfigo vulgar, psoríase artropática, dermatite atópica e doença de Crohn)
Estudos com citometria de fluxo revelam que as moléculas acessórias CD86 e moléculas de adesão
CD36 são rapidamente estimuladas na superfície do macrófago após o término da FEC. Essas
evidência informam que macrófagos tratados com FEC exibem um aumento na habilidade de
fagocitar células T apoptóticas.
o uvadex é adicionado ao
coleta de células periféricas
plasma coletado e exposto a
mononucleares através de
luz UVA, ocorrendo a
aférese
fotoativação do medicamento
https://www.youtube.com/watch?v=V-d72KCZy2E
POSSÍVEIS INTERCORRÊNCIAS DURANTE OS
PROCEDIMENTOS POR AFÉRESE
Falhas mecânicas no equipamento
- pode ser necessário o preparo ACD (mistura de ácido cítrico, citrato de sódio e dextrose)
de outro equipamento para - sintoma principal é a parestesia > hipocalcemia
completar o procedimento.
- Manifestações alérgicas (como prurido, pápulas, inchaço nos olhos
e lacrimejamento, tosse seca, falta de ar, chiado no peito) podem
Hipotensão: ocorrer
•Suor frio
•Tonturas
•Fraqueza
•Visão turva Nos procedimentos em que há mobilização com filgrastim:
•Taquicardia dor de cabeça, dor nas articulações, fadiga, insônia, reações alérgicas
•Taquipneia e febre.
•Sonolência
•Pele úmida e fria
•Desmaio
•Enjoo e vômito
POSSÍVEIS INTERCORRÊNCIAS DURANTE OS
PROCEDIMENTOS POR AFÉRESE
Reposição com albumina: o paciente passa a apresentar um maior risco
de sangramentos.
TODOS OS VÍDEO, COM OU SEM UTILIZAÇÃO DE AUDIO, FORAM EXTRAÍDOS DE CANAIS NO YOUTUBE
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• FERNANDES, MG DAS. SANGUE. ACTA MSM. RIO DE JANEIRO. 2 (2) DEZEMBRO 2014.
• BACAL, NS ET.AL QUANTIFICAÇÃO DE CÉLULAS CD 34+ EM SANGUE PERIFÉRICO, PRODUTO DE AFÉRESE E CORDÃO
UMBILICAL: ESTUDO COMPARATIVO DE TRÊS DIFERENTES METODOLOGIAS. REV. BRAS. HEMATOL. HEMOTER. 23 (2).
2001. HTTPS://DOI.ORG/10.1590/S1516-84842001000200003
• BRASIL . MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. TÓPICOS EM
TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS– RIO DE JANEIRO: INCA, 2012.
• SILVA, MM; BOUZAS, LFS. REV. BRAS. HEMATOL. HEMOTER. 30 (2) • ABR 2008 • HTTPS://DOI.ORG/
10.1590/S1516-84842008000200014
• SCAPIN, . ANALYSIS OF THE MOBILIZATION, COLLECTION AND INFUSION OF PERIPHERAL BLOOD STEM CELLS
(PBSC) FOR AUTOLOGOUS TRANSPLANTATION IN THE UNIVERSITY HOSPITAL OF SANTA MARIA. 2013. 55 F.
DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM FARMACOLOGIA) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA,
2013. HTTP://REPOSITORIO.UFSM.BR/HANDLE/1/6008