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Discente: Enfª. Mª.

Gabriela Vieira
INTRODUÇÃO À HEMATOPOIESE
• A formação do sangue (hematopoiese ou hematopoese) começa no
embrião na 5ª semana.

• Primeiramentocorre ao longo da aorta, depois no mesênquima


embrionário.

• Muda para o fígado entre o 3º e o 4º mês de gestação e


gradualmente vai sendo assumida pela medula óssea.

• Ao nascimento, a hematopoese está acontecendo principalmente


nos ossos por todo o esqueleto.

• Durante o crescimento, gradualmente vai se restringindo à medula


dos ossos chatos, de tal modo que na puberdade, a hematopoese
ocorre principalmente no esterno, nas vértebras, nos ossos ilíacos e
nas costelas.
INTRODUÇÃO À HEMATOPOIESE
• Medula óssea: estrutura reticular esponjosa
localizada entre as trabéculas - espaço que
contêm uma rede de sinusóides, preenchidos por
sangue e revestidos por células endoteliais
ligadas a uma membrana basal descontínua.
• Fora dos sinusóides, estão grupos de precursores
de células sanguíneas, em vários estágios de
desenvolvimento.

• Os precursores das células sanguíneas


amadurecem e migram pelas membranas basais
dos sinusóides e entre as células endoteliais,
entrando no ambiente intravascular.

• A lesão na medula pode levar excepcionalmente


a uma produção extramedular, mais frequente
em fígado e baço.
INTRODUÇÃO À HEMATOPOIESE
Admite-se que todas as células do sangue são
originadas de um único tipo celular da medula
óssea > célula-tronco hematopoiética
(hematopoietic stem cell-HSC)
HSC
pluripotentes

células
linfoides células
mieloides

SANGUE: tecido conjuntivo especializado, constituído


por células e plasma e estes componentes podem ser
separados por centrifugação se o sangue for
coletado com anticoagulantes, ou seja, por
procedimentos de aférese
CONCEITO GERAL DE AFÉRESE
 Procedimento que consiste na remoção de um ou
mais componente do sangue, por centrifugação,
através de processadoras automáticas e semi-
automáticas.

 A separação dos componentes celulares por


centrifugação é possível devido a diferenças
entre a densidade de cada componente;

 Maior densidade: hemácias

 Menor densidade: plasma pobre em plaqueta


CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DAS AFÉRESES

TEREPÊUTICA FLUXO
CONTÍNUO

AFÉRESES

NÃO FLUXO
TERAPÊUTICA INTERMITENTE
AFÉRESE NÃO TERAPÊUTICA

Objetivo de utilizar o componente retirado para fins transfusionais

A doação pode ser alogênica ou autóloga

• Doação de plaquetas
• Doação de células-tronco (stem cells)
• Doação de linfócitos
Possibilidades • Doação de granulócitos
• Doação de plasma (fatores de coagulação)
• Doação de hemácias
LEGISLAÇÕES:
DOAÇÃO POR AFÉRESE PORTARIA nº 158, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2016
PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO nº 5 de 28/09/2027

Art. 20. Os materiais e substâncias que entrarem


diretamente em contato com o sangue ou
componentes a serem transfundidos em humanos
serão estéreis, apirogênicos e descartáveis.
(Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 20)

Art. 155. Aplicam-se à seleção e ao cuidado dos


doadores por aférese as normas estabelecidas
para a doação de sangue total. (Origem: PRT
MS/GM 158/2016, Art. 156)
Parágrafo Único. A coleta de granulócitos,
linfócitos e células progenitoras hematopoiéticas
por aférese será precedida de avaliação médica.
(Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 156,
Parágrafo Único)
DOAÇÃO POR AFÉRESE

• Art. 159. O volume sanguíneo extracorpóreo não deve superar 15% da volemia do doador. (Origem: PRT
MS/GM 158/2016, Art. 160)

• Art. 165. Os doadores de componentes sanguíneos por aférese serão submetidos aos mesmos exames de
qualificação do doador de sangue total, além dos exames específicos para cada tipo de doação.
(Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 166)
§ 1º Os exames de triagem laboratorial para infecções transmissíveis pelo sangue serão realizados
em amostra colhida no mesmo dia do procedimento. (Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 166, § 1º)
§ 2º Para coleta de granulócitos, linfócitos e células progenitoras hematopoiéticas, os
exames de que trata o "caput" poderão ser realizados em amostras colhidas até 72 (setenta e duas)
horas antes da doação. (Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 166, § 2º)
DOAÇÃO POR AFÉRESE
Art. 208. Os casos de suspeita de reação por
contaminação microbiana ou lesão pulmonar aguda
relacionada à transfusão (TRALI) serão comunicados ao
serviço de hemoterapia produtor do componente
sanguíneo para rastreamento do(s) provável(veis)
doador(es) envolvido(s) e dos demais componentes
sanguíneos dele(s) porventura coletado(s), de acordo com
o procedimento operacional do serviço.
§ 2º Os doadores associados ou implicados com
caso de TRALI serão liberados para doação de
sangue total, mas não para doação de plaquetas
por aférese.
§ 3º O concentrado de hemácias obtido da doação
de que trata o § 2º será liberado para transfusão
após o procedimento de lavagem e o plasma será
utilizado apenas para fracionamento industrial.
(Origem: PRT MS/GM 158/2016, Art. 209)
PLAQUETAFÉRESE
Plaquetas: pequenos fragmentos citoplasm áticos derivados dos megacariócitos produzidos na
medula óssea que apresentam as seguintes funções: adesão e liberação de eventos contrateis,
agregação e retração do coágulo.
PLAQUETAFÉRESE

§ 2º O candidato a doador não deve ser submetido a uma plaquetaférese se a sua contagem de
plaquetas for inferior a 150 x 10e3 plaquetas/μL.

§ 3º A estimativa de contagem de plaquetas do doador no final do procedimento de coleta não pode


ser inferior a 100 x 10e3 plaquetas/μL.

§ 4º O intervalo mínimo entre duas plaquetaféreses em um doador é de 48 (quarenta e oito) horas,


podendo um mesmo doador realizar doações, no máximo, 4 (quatro) vezes por mês e 24 (vinte quatro)
vezes por ano.

§ 5º Se um doador de plaquetas por aférese doar uma unidade de sangue total, ou se a perda de
hemácias durante o procedimento for superior a 200 mL, deverão transcorrer, pelo menos, 4 (quatro)
semanas antes que um novo procedimento de plaquetaférese seja realizado.
PLAQUETAFÉRESE

Art. 108. Os CPs obtidos de sangue total Art. 109. O CP obtido por aférese, de um único doador,
conterão, no mínimo, 5,5 x 10e10 plaquetas deve conter, no mínimo, 3,0 x 10e11 plaquetas em, pelo
por bolsa em, pelo menos, 75% das unidades menos, 90% das unidades avaliadas.
avaliadas. § 1º No caso de obtenção de componentes duplos,
a contagem deve ser superior ou igual a 6,0 x
10e11 plaquetas em, pelo menos, 90% das
unidades avaliadas.
§ 5º O CP obtido por aférese será utilizado em
pacientes que possuam antecedentes de reação
febril não hemolítica ou quando estiver indicada
a profilaxia da aloimunização a antígenos Art. 110. Os CP desleucocitados são obtidos pela
leucocitários. remoção de leucócitos por meio de filtros para este fim
ou por meio de equipamento de aférese
PLAQUETAFÉRESE

§ 2º As plaquetas obtidas mediante


procedimentos de aférese em circuito fechado
têm validade de até 5 (cinco) dias e exigem as
mesmas condições de conservação que as § 3º A validade do CP obtido por aférese é de
plaquetas de sangue total. 4 (quatro) horas, quando preparado em
sistema aberto. (Origem: PRT MS/GM
158/2016, Art. 111, § 3º)
ERITROCITAFÉRESE
§ 2º Para a coleta de que trata o inciso II do "caput", serão observados os seguintes critérios:

I - o doador deve pesar, no mínimo, 70 kg, e ter uma dosagem de hemoglobina superior a
14g/dL;
II - o intervalo mínimo entre as doações será de 4 (quatro) meses para os homens e de 6
(seis) meses para as mulheres; e
III - o volume total dos componentes coletados deve ser inferior a 8 mL/kg de peso do
doador do sexo feminino e 9 mL/kg do sexo masculino.

Concentrados de hemácias: cada unidade com no mínimo 45g de hemoglobina.

Custo superior ao CH obtido por sangue total;


DOAÇÃO DE GRANULÓCITOS

Art. 112. Os Concentrados de Granulócitos (CG) são suspensões de granulócitos em plasma, obtidas por
aférese de doador único

§ 1º O CG deve conter, no mínimo, 1,0 x 10e10 granulócitos em todas as unidades coletadas, a menos
que seja preparado para recém-nascidos.

§ 2º A validade do CG é de 24 (vinte quatro) horas, devendo ser administrado o mais rapidamente


possível depois que a sua coleta for concluída, obrigatoriamente em ambiente hospitalar.

§ 3º A temperatura de conservação do CG é de 22 ± 2 °C.

§ 4º A indicação terapêutica do CG restringe-se a pacientes gravemente neutropênicos com infecção


comprovada, refratários à terapêutica antimicrobiana adequada.
DOAÇÃO DE GRANULÓCITOS

Concentrado de granulócitos por aférese: Volume menor que 500mL

Os concentrados de granulócitos irradiados mantêm as suas datas de validade original.

Art. 164. A coleta de leucócitos por leucocitaférese será objeto de protocolo especialmente elaborado pelo
serviço de hemoterapia.

§ 1º É permitida a utilização de agentes mobilizadores de granulócitos, tais como G-CSF e/ou


corticosteroides, quando não contraindicados, e de agentes hemossedimentantes nos doadores que
deverão estar especificados no protocolo.

§ 2º A coleta de que trata o "caput" só poderá ser feita se a contagem de leucócitos no doador for
superior a 5,0 x 10e3/µL.
PLASMAFÉRESE

• O PFC é o plasma separado de uma unidade de sangue total por centrifugação ou por aférese e
congelado completamente em até 8 (oito) horas depois da coleta, atingindo temperaturas
iguais ou inferiores a -30ºC.

• O volume de plasma por coleta não excederá 10 mL por Kg de peso até o máximo de 600 mL.

• Se um doador de plasma por aférese doar uma unidade de sangue total, ou se a perda de
hemácias durante o procedimento for superior a 200 mL, devem transcorrer, pelo menos, 8 (oito)
semanas antes que um novo procedimento de plasmaférese seja realizado.

• A realização de procedimento de plasmaférese para obtenção de insumos para indústria de


hemoderivados é atividade exclusiva dos serviços de hemoterapia públicos.
PLASMAFÉRESE

Art. 160. A doação de plasma por aférese poderá ser feita em situações especiais, com o objetivo
de suprir a necessidade transfusional de determinados pacientes.

§ 1º O intervalo mínimo entre duas plasmaféreses em um doador é de 48 (quarenta e oito)


horas, podendo um mesmo doador realizar doações, no máximo, 2 (duas) vezes em um
período de 7 (sete) dias e 4 (quatro) vezes em um período de 2 (dois) meses.

§ 2º Depois da quarta doação efetuada em menos de 60 (sessenta) dias, haverá um intervalo


de, no mínimo, 2 (dois) meses até a doação subsequente.

§ 3º O número máximo anual de doações de plasma por aférese, por doador, não será maior
que 12 (doze).
COLETA DE CÉLULA-TRONCO HEMATOPOÉTICA POR SANGUE
PERIFÉRICO - STEMCELL

Células-tronco Células de um Células com Células tronco


do próprio doador Irmão gêmeo anticorpo infundidas em um
paciente são aparentado indivíduo após a
monoclonal quimioterapia e/ou
coletadas e ou não são
utilizadas para coletadas e CD34 radioterapia
a recuperação utilizadas na representam as ablativas da medula
após a recuperação óssea, instalam-se na
células
medula óssea, sendo
quimioterapia de um paciente hematopoéticas responsáveis pela
e/ou tronco regeneração
radiação.
hematopoética
COLETA DE CÉLULA-TRONCO HEMATOPOÉTICA POR SANGUE
PERIFÉRICO - STEMCELL
 Transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) é uma modalidade de tratamento baseado
na infusão de células tronco hematopoéticas (CTH) do próprio paciente (autólogo) ou de doador
da mesma espécie (alogênico), aparentado ou não aparentado

 Requer mobilização com estímulo com fator de crescimento (G-CSF) – PACIENTES OU


DOADORES

 Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) – NÃO APARENTADOS

 Após a mobilização, a constante circulação de CTH da medula óssea para o sangue periférico,
possibilita sua coleta realizada através de aférese do doador.

 Método bastante conveniente e de escolha para TMO autólogo e maioria dos TMO alogênicos
atualmente.

 Modalidade “rápida” e possibilita coleta de grande quantidade de CTH.


 Escolha do(a) doador(a) alogênico de célula progenitora: similaridade dos antígenos de
histocompatibilidade (tipagem HLA). O doador ideal é aquele que tem os resultados da tipagem
HLA idênticos ao do paciente. Em alguns casos, o resultado da tipagem HLA do(a) doador(a)
selecionado(a) não é totalmente idêntico ao do(a) paciente.

 Probabilidade de um indivíduo obter um irmão compatível é de 25%

 Outros membros da família, a probabilidade é inferior a 5%

 TCTH alogênico não-aparentado - idade do receptor até 60 anos

 TCTH autólogo – idade receptor até 75 anos


 Os critérios de seleção do doador alogênico de célula progenitora são determinados por normas
específicas do Ministério da Saúde.

 Algumas condições clinicas necessitam de avaliação e liberação de um médico especialista (tais como
cardiologista, endocrinologista, neurologista, nefrologista, pneumologista, etc).

 No caso de doador com idade igual ou inferior a 12 anos é necessária a avaliação e liberação do seu
pediatra.

 Realização de exames complementares. A equipe médica do banco de sangue solicita exames


adicionais sempre que julgar necessário.

 Teste gravidez se doadora em idade fértil;

 avaliação e definição do acesso venoso a ser utilizado para a coleta - veia periférica (uma em cada
braço) ou cateter venoso central.
Pré doação da célula progenitora hematopoética:

• Uma nova amostra de sangue deve ser coletada para repetir e confirmar os resultados da tipagem
dos antígenos de histocompatibilidade.

• Uma nova amostra de sangue também é necessária para repetir os testes laboratoriais para
detecção de agentes infecciosos transmissíveis pelo sangue (descritos no item e) quando o intervalo
entre o resultado destes testes e a doação da célula progenitora for superior a 30 dias, de acordo
com as diretrizes especificas do Ministério da Saude.

• No caso de doação de linfócitos a repetição destes testes é necessária quando o intervalo entre os
resultados e a doação é maior que 7 dias
STEMCELL / DOAÇÃO DE LINFÓCITOS

A seleção de
doadores de
linfócitos seguirá
critérios específicos
e pré-definidos em
protocolo
A coleta de terapêutico de A transfusão destes
linfócitos do(a) transplante de linfócitos é uma das
doador(a) da células progenitoras alternativas no
célula progenitora alogênicas. tratamento do(a)
hematopoiética paciente no(a) qual a
pode ser doença retorna após o
necessária para transplante de medula
o(a) mesmo(a) óssea alogênico. A coleta
paciente. de linfócitos pode ser
solicitada semanas, meses
ou até anos após a
doação da célula
progenitora.
FLUXO INTERMITENTE: https://www.youtube.com/watch?v=Pbz6Wlq1wjU
https://www.youtube.com/watch?v=RJ1k1Xu_yCw

FLUXO CONTÍNUO: https://www.youtube.com/watch?v=8lzdniwYAR4


AFÉRESE TERAPÊUTICA

Art. 167. A aférese terapêutica será efetuada apenas mediante a solicitação escrita do
médico do paciente e com a concordância do médico hemoterapeuta. (Origem: PRT MS/GM
158/2016, Art. 168)

§ 1º O médico hemoterapeuta responsável pelo procedimento determinará o volume de


sangue a ser processado, a frequência do procedimento e a necessidade de cuidados
especiais.

§ 2º O serviço de hemoterapia terá protocolo escrito para a execução dos procedimentos


de aférese terapêutica, descrevendo a metodologia empregada.
AFÉRESE TERAPÊUTICA

Os registros do procedimento serão mantidos e conterão as seguintes informações:

I - a identificação do paciente;
II - o diagnóstico;
III - o tipo de procedimento terapêutico;
IV - o método empregado;
V - o volume sanguíneo extracorpóreo processado;
VI - o tipo e quantidade do componente removido ou tratado;
VII - o tipo e quantidade dos líquidos utilizados; e
VIII - qualquer reação adversa ocorrida e medicação administrada.
PLASMAFÉRESE TERAPÊUTICA
Tratamento médico no qual usamos uma máquina para remover elementos do plasma sanguíneo
que possam ser responsáveis por algumas doenças.

O plasma sanguíneo, que é a parte líquida (sem células), corresponde a 55% do volume de
sangue. Ele é composto por 90% de água e 10% de proteínas, anticorpos, enzimas, glicose, sais
minerais, fatores da coagulação, hormônios e outras substâncias diluídas do sangue.

Possíveis indicações:

• Miastenia Gravis
• Síndrome de Guillain-Barré
• Mieloma múltiplo
• Macroglobulinemia de Waldenstrom
• Lúpus
• Esclerose múltipla
• Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)

https://www.youtube.com/watch?v=mk0NbziTeVE
ERITROCITAFÉRESE TERAPÊUTICA X SANGRIA TERAPÊUTICA
• Ambas possuem o intuito da remoção de eritrócitos, com alteração qualitativa ou quantitativa devido a
alguma patologia/desordem.

• Contudo, há diferença significativa nos custos;

• Sendo de menor impacto financeiro, a sangria terapêutica é mais facilmente vista e utilizada.

• Quando se tem um aumento importante do número de hemácias (policitemia), que se reflete em uma
elevação do hematócrito, há concomitantemente um aumento exponencial da viscosidade sanguínea. Este
aumento de viscosidade sanguínea pode dificultar o fluxo sanguíneo

• Complicações em pacientes com anemia falciforme: acidente vascular cerebral agudo, síndrome torácica
aguda, priaprismo agudo refratário ETC.

• O procedimento é bastante simples e muito seguro: o sangue retirado é descartado.

• Reposição de volume pode ser feita com solução solução salina


FOTOFERESE EXTRACORPÓREA

Por volta dos anos 70, vários estudos demonstraram que a irradiação cutânea com ultravioleta (UV) após
a ingestão de 8-MOP era efetiva no tratamento da psoríase e sugeriram o nome PUVA (psoraleno +
radiação ultravioleta A) para esta modalidade terapêutica.

Nova terapia denominada fotoferese extracorpórea (FEC), em que leucócitos eram removidos do paciente
por aférese, tratados com 8-MOP e radiação ultravioleta A (UVA), e reinfundidos, em seguida, ao
paciente.

A eficácia da FEC no tratamento do linfoma cutâneo de células T(LCCT)5 associada a poucos efeitos
adversos encorajou sua utilização em outras doenças mediadas por células T como:
• a doença enxerto-contra-hospedeiro (DECH);
• doenças auto-imunes (artrite reumatóide, esclerose sistêmica, lupus eritematoso sistêmico,
pênfigo vulgar, psoríase artropática, dermatite atópica e doença de Crohn)

8-metoxipsoraleno = 8-mop = UVADEX


FOTOFERESE EXTRACORPÓREA
 A FEC se trata de um tratamento imunomodulador, que leva à apoptose das células T, por dano ao
DNA, em 48 horas.

 Em contraste, macrófagos sangüíneos periféricos parecem comparativamente mais resistentes aos


efeitos apoptóticos do 8-MOP e UVA.

 Estudos com citometria de fluxo revelam que as moléculas acessórias CD86 e moléculas de adesão
CD36 são rapidamente estimuladas na superfície do macrófago após o término da FEC. Essas
evidência informam que macrófagos tratados com FEC exibem um aumento na habilidade de
fagocitar células T apoptóticas.

 Portanto, pode-se sugerir que a fagocitose, o processamento e a apresentação de antígenos de


células T apoptóticas (oriundos de clones de células T patogênicas), pelos macrófagos e células
dendríticas, explicariam a indução da imunidade anticlonotípica pela FEC, conferindo ação
prolongada ao tratamento.
FOTOFERESE EXTRACORPÓREA

o uvadex é adicionado ao
coleta de células periféricas
plasma coletado e exposto a
mononucleares através de
luz UVA, ocorrendo a
aférese
fotoativação do medicamento

dano da membrana celular e modificações antigênicas da


membrana, intercalamento ao DNA e ligação a várias
proteínas, culminando com a apoptose dos linfócitos e
ativação das células apresentadoras de antígenos.
volume coletado no tratamento
x
0,017
= reinfusão das células
Dose em ml de 8-MOP tratadas ao paciente
A queda de hematócrito e hemoglobina
constitui efeito frequente e transitório.

https://www.youtube.com/watch?v=V-d72KCZy2E
POSSÍVEIS INTERCORRÊNCIAS DURANTE OS
PROCEDIMENTOS POR AFÉRESE
Falhas mecânicas no equipamento
- pode ser necessário o preparo ACD (mistura de ácido cítrico, citrato de sódio e dextrose)
de outro equipamento para - sintoma principal é a parestesia > hipocalcemia
completar o procedimento.
- Manifestações alérgicas (como prurido, pápulas, inchaço nos olhos
e lacrimejamento, tosse seca, falta de ar, chiado no peito) podem
Hipotensão: ocorrer
•Suor frio
•Tonturas
•Fraqueza
•Visão turva Nos procedimentos em que há mobilização com filgrastim:
•Taquicardia dor de cabeça, dor nas articulações, fadiga, insônia, reações alérgicas
•Taquipneia e febre.
•Sonolência
•Pele úmida e fria
•Desmaio
•Enjoo e vômito
POSSÍVEIS INTERCORRÊNCIAS DURANTE OS
PROCEDIMENTOS POR AFÉRESE
Reposição com albumina: o paciente passa a apresentar um maior risco
de sangramentos.

Reposição com plasma fresco: pode apresentar complicações semelhantes


àquelas que ocorrem nas transfusões de sangue.

Internação na véspera ou no dia da doação quando é


necessária a passagem de cateter venoso central.

As complicações ou efeitos adversos associados a este


procedimento incluem dor, hematoma local e, mais
raramente, perfuração da parede venosa, sangramento
ou extravasamento de ar para o espaço intratorácico,
infecção e/ou trombose
DIREITOS DE IMAGEM, VÍDEO E SOM
TODAS AS IMAGENS AQUI UTILIZADAS FORAM EXTRAÍDAS DO GOOGLE IMAGENS.

TODOS OS VÍDEO, COM OU SEM UTILIZAÇÃO DE AUDIO, FORAM EXTRAÍDOS DE CANAIS NO YOUTUBE
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• FERNANDES, MG DAS. SANGUE. ACTA MSM. RIO DE JANEIRO. 2 (2) DEZEMBRO 2014.

• BACAL, NS ET.AL QUANTIFICAÇÃO DE CÉLULAS CD 34+ EM SANGUE PERIFÉRICO, PRODUTO DE AFÉRESE E CORDÃO
UMBILICAL: ESTUDO COMPARATIVO DE TRÊS DIFERENTES METODOLOGIAS. REV. BRAS. HEMATOL. HEMOTER. 23 (2).
2001. HTTPS://DOI.ORG/10.1590/S1516-84842001000200003

• KERBAUY, FR; RIBEIRO, AAF. TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO HEMATOPOÉTICAS. HTTPS://WWW.EINSTEIN.


BR/DOCUMENTOS%20COMPARTILHADOS/TRANSPLANTE%20DE%20C%C3%A9LULAS%20TRONCO%20HEMATOPO%
C3%A9TICAS.PDF

• BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.600, DE 21 DE OUTUBRO DE 2009. APROVA O REGULAMENTO


TÉCNICO DO SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES.

• BRASIL . MINISTÉRIO DA SAÚDE. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. TÓPICOS EM
TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS– RIO DE JANEIRO: INCA, 2012.

• BRASIL. PORTARIA CONJUNTA Nº 5, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2018. APROVA O PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES


TERAPÊUTICAS DA DOENÇA FALCIFORME.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• BRASIL. PORTARIA Nº 158, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2016. REDEFINE O REGULAMENTO TÉCNICO DE
PROCEDIMENTOS HEMOTERÁPICOS.

• BRASIL. PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5 DE 28 DE SETEMBRO DE 2017. INSTITUÍDO O REGULAMENTO


TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS HEMOTERÁPICOS.

• SEBER, A. INFUSÃO DE LEUCÓCITOS DO DOADOR PARA O TRATAMENTO DA RECIDIVA DE DOENÇAS


HEMATOLÓGICAS MALIGNAS APÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA ALOGÊNICO. DISSERTAÇÃO DE
MESTRADO. HTTPS://REPOSITORIO.UNIFESP.BR/HANDLE/11600/16789... 2000. 235

• SILVA, MM; BOUZAS, LFS. REV. BRAS. HEMATOL. HEMOTER. 30 (2) • ABR 2008 • HTTPS://DOI.ORG/
10.1590/S1516-84842008000200014

• SCAPIN, . ANALYSIS OF THE MOBILIZATION, COLLECTION AND INFUSION OF PERIPHERAL BLOOD STEM CELLS
(PBSC) FOR AUTOLOGOUS TRANSPLANTATION IN THE UNIVERSITY HOSPITAL OF SANTA MARIA. 2013. 55 F.
DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM FARMACOLOGIA) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, SANTA MARIA,
2013. HTTP://REPOSITORIO.UFSM.BR/HANDLE/1/6008

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