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RÉPLICA À CONTESTAÇÃO
da açã o que move em face de ODORICA PEREIRA CASTELO e seu (companheiro) ARTUR.
também, devidamente qualificados nos autos epigrafado. Em atençã o à defesa apresentada
em todos os termos e na forma de contestaçã o oferecida pelos RÉUS à s (fls. 53 / 74), em
nada fragiliza a pretensõ es AUTORAIS, que se reporta integralmente aos termos da petiçã o
inicial de (fls. 01/13), vez que restou comprovada a invasã o e “esbulho “ perpetrada pelos
RÉUS, o que o faz pelas razõ es de fato e de direito, a seguir aduzidos,
I. PRELIMINARMENTE
a) DA TEMPESTIVIDADE DA RÉPLICA
Salienta-se que a presente réplica é devidamente tempestiva, cumpre rito e prazos
processuais da demanda. Haja vista, que o prazo para sua apresentaçã o em réplica é de 15
(quinze) dias, contados da intimaçã o das AUTORAS, nos moldes dos artigos 350 e 351,
CPC, publicaçã o no Diá rio Oficial ou Diá rio da Justiça Eletrô nico.
Assim, considerando que a intimaçã o foi feita no Diá rio da Justiça Eletrô nico em
04/06/2018, à s (fls. 361), em tese, o prazo final, tecnicamente, ocorre em 25/06/2018, o
que demonstra a tempestividade do presente Instituto.
b) DA DATA DO ÓBITO DE MARIA JOSE CASTELO
Inicialmente, em respeito à lealdade processual, este patrono, equivocadamente na inicial
à s (fls. 04), digitou a data do óbito.de Maria Jose Castelo “ 05 abril de 2016” quando de
fato a data do óbito foi dia 04/04/2016, conforme certidã o de ó bito carreado à s (fls.86.)
trazido aos autos pelos RÉUS.
Portanto, o imó vel foi invadido (esbulhado) pela senhora ODORICA CASTELO e seu
(companheiro) ARTUR, ora REUS, em 05/abril /de2016, um dia apó s o falecimento da
senhora Maria.
b) DA CESSÂO POSSESSORIA RECONHECIDA PELOS RÉUS
Trata-se de uma açã o de reintegraçã o de posse, cumulada com perdas e danos. Tal açã o
visa a reintegrar o bem imó vel, esbulhado pelos RÉUS, descrito na exordial.
Os RÉUS foram citados para apresentar contestaçã o, no entanto em que pese a contestaçã o
arquitetada pelos RÉUS nã o ter alcançado a finalidade de atingir os argumentos expostos
na inicial, em sua defesa alegaram de forma evasiva e protelató ria. Opta-se por impugná -la
para melhor auxiliar na formaçã o do convencimento do juízo
A contestaçã o genérica apresentada pelos RÉUS em nada fragiliza as pretensõ es
AUTORAIS, que se reporta integralmente, como reiterados todos os termos contidos na
exordial.
Data máxima vênia, Excelência, a contestaçã o trazida e arguida pelos RÉUS nã o merece ser
acolhida, nem prosperar, vez que igualmente carecedora de fundamentos fá ticos e
jurídicos, denotando apenas o intuito dos RÉUS de tentarem defender o indefensá vel com
meras alegaçõ es desprovidas de amparo legal, sendo em tese, peça procrastinató ria, que
serã o impugnados a seguir.
III.- DO MÉRITO
Excelentíssimo senhor julgador, as alegaçõ es trazidas e arguidas pelos RÉUS nã o merecem
serem acolhidas, vez que desprovida de fundamentos fá ticos e jurídicos, aliado ao fato de
que se confundem com o mérito da causa, devendo serem julgadas por ocasiã o da sentença
de mérito.
Convém destacar ainda, que os RÉUS numa tentativa desesperada de desviar a aná lise do
mérito dos presentes autos, utilizou-se de preliminares totalmente infundadas, tentando
afastar-se assim do cerne da questã o que é a reintegração de posse, esbulhada pelos
RÉUS com a consequente devoluçã o do bem imó vel aos seus legítimos possuidores e
proprietá rios, qual sejam, as AUTORAS .
Desta forma, requerem as AUTORAS, o afastamento das alegaçõ es suscitadas, pelos
motivos abaixo delineados, prosseguindo-se o feito em seus ulteriores trâ mites
processuais, por medida da mais lídima justiça.
Nã o assiste razã o ao pleito dos RÉUS quanto à preliminar de falta de Ô NUS DA PROVA do
exercício do direito de açã o. Senão vejamos:
Conforme preconizado na legislaçã o adjetiva, o ô nus da prova, nas açõ es possessó rias,
incumbe ao autor, nos precisos termos do que dispõ e o art. 561 do Có digo de Processo
Civil, In Verbis:
Art. 561. Incumbe ao autor provar:
I – a sua posse;
II – a turbaçã o ou o esbulho praticado pelo réu;
III – a data da turbaçã o ou do esbulho;
IV – a continuaçã o da posse, embora turbada, na açã o de manutençã o, ou a perda da posse,
na açã o de reintegraçã o.
No caso vertente, verifica-se que as AUTORAS provaram e comprovaram, nos termos do
art. 561 do Estatuto Processual Civil, que foram possuidores do imó vel e sã o legítimas
proprietá rias do imó vel, cujas provas encontram-se nos autos, dentre as quais se destacam
as guias de IPTU e Cadastro Imobiliá rio da Prefeitura de Manaus expedidas pelo Município
de Manaus ; Contrato Particular de Compra de Imó vel, e registro na Amazonas Energia e
Manaus Ambiental comprovantes de tarifas de energia e á gua, conforme salientado pelos
pró prios RÉUS, sã o expedidas somente com a apresentaçã o do título de domínio.
Desta forma, apresenta-se totalmente descabida a preliminar sobre a suposta falta de
comprovaçã o do “ Ô NUS DA PROVA NAS AÇÕ ES POSSESSÓ RIAS”, devendo ser julgada
improcedente, confirmando-se o pedido inicial.
VI. - DA ARGUIÇÃO DA USUCAPIÃO COMO DEFESA
Nã o assiste razã o ao pleito dos RÉUS quanto à preliminar da ARGUIÇÃ O DA USUCAPIÃ O
COMO DEFESA do exercício do direito de açã o. Senã o vejamos:
Conforme preconiza o art 183, da CFRB, In verbis:
“Art. 183. Aquele que possuir como sua á rea urbana de até duzentos e cinqü enta metros
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que nã o seja proprietá rio de
outro imó vel urbano ou rural.”
Dispõ e, também, o art. 9.º, caput, da Lei n.º 10.257, de 10 de julho de
2001:
“Art. 9º. Aquele que possuir como sua á rea ou edificaçã o urbana de até 250 m², por 5
(cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua
família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que nã o seja proprietá rio de outro imó vel urbano
ou rural”.
Neste contexto, a invasã o e esbulho se operou de fato pelos RÉUS em 05/04/2016, um dia
apó s o falecimento da senhora, Maria Castelo ,ao qual ocupava o imó vel de forma mansa e
pacifica até a data se seu ó bito, autorizada pelas AUTORAS.
Portanto, apó s o ó bito de Maria Castelo, os RÉUS, se recusaram a sair do imó vel, apesar
das insistentes tentativas das AUTORAS que, sem sucesso, tentaram amigavelmente fazer
com que os invasores, ora RÉUS restituíssem o imó vel. A verdade é que estes permanecem
irredutíveis, negando-se a devolver a posse à s AUTORAS.
Razã o pela qual foi manejado a presente demanda de reintegraçã o de posse opondo–se
totalmente, aos RÉUS, nos termos do ordenamento jurídico acima descrito e demais
legislaçõ es pertinentes..
Desta forma, apresenta-se totalmente descabida a preliminar sobre a “ARGUIÇÃO DA
USUCAPIÃO COMO DEFESA”, devendo ser julgada improcedente, confirmando-se o pedido
inicial.