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TÍTULO
DO RESUMO
MICROSCOPIA
DO TRONCO
ENCEFÁLICO
CURSO: NEUROANATOMIA
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deste conteúdo em
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4 MICROSCOPIA DO TRONCO ENCEFÁLICO
1 TRONCO ENCEFÁLICO:
VISÕES GERAIS
O tronco encefálico é a porção do sistema nervoso central localizada entre
o diencéfalo e a medula espinal. O conjunto telencéfalo ou cérebro mais
diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo é chamado de encéfalo.
FIGURA 1
FIGURA 2
2 REVISÃO: MACROSCOPIA
DO TRONCO ENCEFÁLICO E
COMPOSIÇÃO DOS NERVOS
CRANIANOS
O estudo macroscópico do tronco encefálico é desejável para melhor com-
preensão da sua microscopia. Confira esse conteúdo na plataforma do Jaleko
ou revise na FIGURA 3 e na FIGURA 4.
FIGURA 3
FIGURA 4
QUADRO 1
TIPOS DE FIBRAS
Tipo Função
Fibra aferente somática geral (FASG) Transmite sensações gerais da superfície corporal.
Fibra aferente visceral geral (FAVG) Transmite sensações gerais oriundas das vísceras. Por
exemplo, dor em cólica.
Fibra aferente somática especial (FASE) Transmite os sentidos especiais não relacionados a
sistemas viscerais – visão, audição e equilíbrio.
Fibra aferente visceral especial (FAVE) Transmite sentidos especiais localizados em sistemas
viscerais: olfato (sistema respiratório) e gustação (siste-
ma digestório).
Fibras eferentes somáticas (FES) Realizam a movimentação da língua e da musculatura
extrínseca do bulbo do olho.
Fibras eferentes viscerais especiais (FEVE) Realizam a motricidade da musculatura esquelética da
cabeça.
Fibras eferentes viscerais gerais (FEVG) Realizam a contração de músculo liso e cardíaco e
secreção de glândulas.
3 BULBO
É a porção caudal do tronco encefálico. Apresenta uma porção fechada (FI-
GURA 5), contínua com a medula espinal e macroscopicamente semelhante a
ela, e uma porção aberta, em secções mais altas, na qual se encontra parte
do assoalho do IV ventrículo.
FIGURA 5
Figura 5: Secção transversal do bulbo (porção fechada) – principais estruturas. Em laranja, substância cinzenta própria
do bulbo.
FIGURA 6
FIGURA 7
Figura 7: Secção transversal do bulbo (porção aberta) – principais núcleos. Em laranja, núcleos da substância cinzenta
própria do bulbo.
4 CORRELAÇÕES
ANATOMOCLÍNICAS – BULBO
Lesões bulbares cursam, em geral, com sintomas de disfagia e disfonia por
lesão do núcleo ambíguo, com dificuldade de movimentação da língua, por
lesão do núcleo do hipoglosso. Paralisias ou alterações sensitivas também
são comuns, mas há variação do território acometido, dependendo do trato
lesionado. Além disso, lesões no bulbo são potencialmente fatais, pelo risco
de disfunção dos centros vasomotor e respiratório. Assim, a apresentação
sindrômica desses sintomas merece investigação de emergência, pois há
risco de morte iminente. Podem ser necessárias intervenções médicas de
emergência.
5 PONTE
Estrutura do tronco encefálico que, literalmente, é a “ponte” (FIGURA 8)
entre o mesencéfalo e o bulbo. Apresenta uma protrusão anterior, chamada
de parte basilar da ponte, e sua porção posterior é chamada de tegmento.
A parte basilar e o tegmento da ponte são separados microscopicamente
por fibras transversais do corpo trapezoide. Corpo trapezoide – recebe
informação auditiva dos núcleos cocleares. Integra a via auditiva.
MICROSCOPIA DO TRONCO ENCEFÁLICO 15
FIGURA 8
Figura 8: Secção transversal da ponte – principais estruturas. Em laranja, núcleos da substância cinzenta própria da
ponte.
FIGURA 9
Figura 9: Fibras do nervo facial contornando o núcleo abducente, criando a impressão do colículo facial, no IV ventrí-
culo.
Outro trato que alcança a ponte é o trato corticopontino. Esse trato tem
início no córtex cerebral e alcança os núcleos pontinos localizados difusa-
mente na parte basal da ponte. As fibras provenientes desses núcleos, fibras
pontocerebelares, são transversais, cruzam o plano mediano, seguem para
a parte posterior da ponte e entram no cerebelo pelo pedúnculo cerebe-
lar médio. Todas essas estruturas estão associadas ao planejamento e à
correção dos movimentos, circuitos complexos, que podem ser estudados
detalhadamente no e-book sobre cerebelo do Jaleko.
MICROSCOPIA DO TRONCO ENCEFÁLICO 17
FIGURA 10
Figura 10: Vista posterior do tronco encefálico – retirada do cerebelo e exposição do assoalho do IV ventrículo.
Na ponte, estão a maioria dos núcleos associados aos nervos VI, VII e VIII
que aparecem no ângulo pontocerebelar e ao nervo trigêmeo.
18 MICROSCOPIA DO TRONCO ENCEFÁLICO
6 CORRELAÇÕES
ANATOMOCLÍNICAS – PONTE
Os sintomas decorrentes das lesões na ponte podem estar associados a
disfunções sensitivas ou motoras dos nervos trigêmeo, facial, abducente e
vestibulococlear, como alterações de equilíbrio e paralisia da face. Além de
disfunções associadas aos tratos sensitivos ou motores que atravessam a
ponte, a depender do local acometido.
7 MESENCÉFALO
Sua porção anterior é chamada de pedúnculo cerebral, enquanto a porção
posterior compõe o teto do mesencéfalo. O aqueduto do mesencéfalo
(aqueduto cerebral) separa as duas regiões (FIGURA 11).
20 MICROSCOPIA DO TRONCO ENCEFÁLICO
FIGURA 11
Obs.: o nome rubro deve-se à cor avermelhada que esse núcleo apresenta
in vivo. Nas peças anatômicas, é comum que ele esteja desbotado, devido
ao contato com o formol.
8 CORRELAÇÕES
ANATOMOCLÍNICAS –
MESENCÉFALO
Lesões de mesencéfalo cursam, em geral, com sintomatologia por lesão dos
nervos associados a ele: nervos oculomotor, troclear e abducente. Podem
levar a rebaixamento do nível de consciência, como o estado de coma, caso
ocorra lesão dos núcleos da rafe na formação reticular.
9 SISTEMATIZAÇÃO – TRATOS
MOTORES
Estudamos sobre a topografia microscópica das fibras que compõem os
tratos motores:
10 REFERÊNCIAS
1. MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 7ªed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan.
2. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed,
2000.