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"

- William Shakespeare, A Tempestade.


Por Favor preste atenção na descrição da Carta.
Pois será seu único aviso.

O Demônio (XV) é a décima quinta carta de trunfo ou triunfo


no baralho de tarô traditional.

O Demônio é a carta que a humanidade deseja. Representa


ser seduzido pelo mundo material e prazer físico. Também
viver no medo, dominação e ser enjaulado por um exagero de
luxuria. Discrição deveriam ser usadas em questões
pessoais e negócios.

O Demônio também indica interesse sexual como


submissão, bissexualidade e fetiches. Na sua forma mais
escura, o Demônio pode representar escravidão sexual e
obsessão.
Eles tem que te ter de qualquer jeito.
:

A carta do Demônio ilustra o demônio como o antigo deus


bode Dioniso, mostrado sentado na seu trono enquanto
assiste um homem e uma mulher prisioneiros em algemas
nus ao pódio no qual o Demônio senta. Os amantes são
escravos para seu desejo, impulsos e paixão crua. Cada um
tem chifres pequenos na cabeça, semelhantes a do demônio
– sinal de que eles estão se transformando mais e mais como
o demônio quanto mais eles ficam. Ambos tem caudas - um
simbolo mais profundo de suas tendências animalescas e
instintos puros.
Eles aparentam estar presos contra a sua vontade, mas se
olhar mais de perto, você vai perceber as correntes ao redor
de seus pescoços está solta.
Eles estão livres para sair quando quiserem.
Este livro é um prelúdio.
E é melhor que você entre cego.

Aviso:
Não há heróis nesta história.
Apenas demônios.
Prólogo

A obsessão é uma coisa peculiar. Ao contrário de outras


emoções, isso não acontece instantaneamente. Em vez disso,
ela cresce lentamente, como um fungo invadindo os cantos
escuros da sua mente, contaminando todos os seus
pensamentos.

Até que de repente você fica doente. Infectado com uma


doença incurável.

O objeto da sua neurose é tudo em que você pode se


concentrar.

Você gasta todos os momentos acordados pensando


nesta pessoa. Se perguntando o que ela está fazendo. Em
quem está pensando.

Seus dias são gastos conjurando imagens da sua


obsessão e a pessoa com quem ela pode estar. Você passa a
noite sonhando com o momento em que vai vê-la novamente.

Com o dia em que você vai poder tocá-la. Prová-la. Ter


essa determinada pessoa à sua mercê... Cumprindo cada
desejo que você mandar.

Até que finalmente, você não aguenta mais. As linhas


entre fantasia e realidade tornam-se confusas e você começa
a traçar meticulosamente passos estratégicos para encontrá-
la.

Olhando para trás, percebo que foi aqui que minha


obsessão ficou fora de controle.
Eu deveria ter mantido distância. Mas eu não pude.

Onze anos não diluíram o meu desejo, apenas o fizeram


apodrecer. Minha doença está muito avançada e só piora.
Minha necessidade é forte demais para ser ignorada ou
contida.

Então continuei planejando. Buscando o momento


perfeito para entrar definitivamente em sua vida. Uma vez
que acontecer... A única coisa a fazer é esperar o momento
perfeito para atacar.

O problema sobre planos é...

Eles nunca tem exatamente o resultado que você espera


que eles tenham.

Às vezes a vida te lança uma bola curva, jovem, inocente


e loira.
Capítulo 1

"Você está animada para Baile Anual das Máscaras


Negras neste sábado?” A repórter, pergunta.

Tudo que posso fazer é tentar não revirar os olhos. Essa


garota ganhou oficialmente um lugar na minha lista negra,
e não foi só por fazer a mesma pergunta que os outros já me
fizeram.

Eu coloco um sorriso falso no meu rosto. "Muito.”

Negativo. A única coisa que eu estou animada para fazer


é assistir Netflix e comer massa de biscoito cru.

Ela continua, empurrando o iphone na minha cara.


"Você está saindo com alguém?”

É tarde demais para tentar ignorar sua pergunta. Sinto


um arrepio brutal rastejando dos dedos dos pés até o meu
couro cabeludo.

A cadela se parece com um gato que comeu um canário.


"Eu sabia. Garotas bonitas como você nunca passam
despercebidas, não é?’’

Há um indício inconfundível de mesquinhez em sua


declaração, e eu sei, sem dúvida, que esta entrevista está
prestes acabar aqui.
Eu provavelmente deveria ter percebido isso antes, já
que ela ainda não tinha me feito uma única pergunta sobre
a campanha de Cain para prefeito. Em outras palavras, essa
é a principal razão pela qual estamos tendo esta entrevista
em primeiro lugar.

Eu olho em volta, mas sua próxima pergunta faz com


que eu olhe com atenção de volta para ela. "Só entre
meninas, é estranho ter um pai que é apenas alguns anos
mais velho que você?" Ela se abana com o papel em sua
mão. “Deus sabe que eu não poderia viver sob o mesmo teto
com o solteiro mais cobiçado de Black Hallows. Não sem
dormir em sua cama todas as noites.’’ Seu olhar se torna
calculista. "Você sabe sobre os rumores sobre você não é? De
que você gosta de homens mais velhos..."

"Ele é meu padrasto." Balanço meus ombros, com


determinação. "E ele é o solteiro mais cobiçado de Black
Hallows porque minha mãe está morta, sua cadela sem
coração."

Ela começa a falar, mas eu a corto. "Esta entrevista


acabou."

"O que está acontecendo aqui?" Uma voz profunda ecoa


do outro lado da sala.

Eu encontro seus olhos escuros quando ele entra, me


recusando a olhar em outro lugar por medo de que minhas
pernas se transformem em geléia e a repórter tenha motivos
para continuar me questionando. Tarde demais... Meu
controle está diminuindo. Hoje, Cain está usando uma
gravata verde que faz as sutis manchas douradas em suas
órbitas se destacarem. Meus Deus. Estou tão ferrada.
Jogando meu longo cabelo loiro para trás, dou de
ombros e me dirijo para a saída. "Nada."

Um toque no meu cotovelo me interrompe e sinto


minhas entranhas se contorcerem.

“Essa idiota do Independent Chronicle veio aqui para me


lembrar que quando minha mãe morreu, você tornou-se o
solteiro mais cobiçado de Black Hallows… E porque a cidade
ainda não encontrou uma nova prostituta para apontar os
dedos, ela acha que eu devo estar abrindo minhas pernas
para você.”

Como um bom político prestes a enfrentar um


escândalo, Cain me libera e volta sua atenção para a
repórter, parecendo indignado. “Isso é um absurdo. Ela é
filha da minha falecida esposa.’’

Meu coração, machucado se torce no meu peito e eu


olho para a repórter. "Vá se foder." Eu olho para ele. "E você
também."

Um arrepio de prazer percorre meu corpo quando vejo


seu aborrecimento fervendo sob a sua superfície.

Talvez agora ele entenda como estou me sentindo desde


o incidente.

Aquele que terminou com ele me descartando como se


eu não fosse nada além de um trapo sujo, que ele só usa
quando for conveniente.

Como todos na minha vida.


“Onde está o David? Eu pensei que todos nós
concordamos que ele iria supervisionar você durante a
entrevista?’’

"Isso é engraçado." Eu faço um gesto entre nós. “Nós não


concordamos em nada. Você me disse que alguns repórteres
queriam me entrevistar está semana e disse para eu não falar
com ninguém sem ele presente.’’

"Eden," ele diz em um tom afiado, e eu me xingo na


minha mente por me perguntar se é assim que ele grunhiria
meu nome se terminássemos o que começamos naquela
noite. "Onde ele está?"

Eu lhe dou um grande sorriso. "Eu disse a ele para ir


pegar seu almoço." Meu sorriso cai. "Você sabe, eu não sou
uma criança que precisa de uma babá."

Com isso, subo as escadas para o meu quarto.

“De que jornal você disse que ela era? Porque ela será
demitida até o final do dia.” Cain grita da sala de estar. Sua
voz ilumina todas as minhas terminações nervosas, mesmo
estando tão longe. Até eu ouvir as próximas palavras que
saem da sua boca. "Pelo amor de Deus, o corpo da minha
esposa ainda não está frio. Que tipo de pessoa entra na casa
de alguém e diz esse tipo de merda para uma criança que
ainda está de luto pela mãe."

Trancando a porta atrás de mim, eu luto contra a


vontade de rir. Minha mãe está morta há mais de um ano e
Deus sabe que não passei mais de um segundo sofrendo pela
mulher que me tratou como o maior erro de sua vida em vez
de sua filha.

Nem Cain.
Apesar dele ter ficado bravo com a repórter, qualquer
um que more nessa cidade sabe que o casamento deles era
uma merda.

Ele tinha vinte e cinco anos e ela trinta e nove quando


se casaram, eu tinha apenas catorze anos na época.

Quando ela concorreu a uma vaga para Procuradora


Distrital há quatro anos, sua campanha foi focada nos
valores familiares, mesmo ela não tendo uma família, além
de uma filha problemática que a fazia passar vergonha
causando um grande escândalo naquele ano. Ela precisava
encontrar alguém para preencher o buraco que meu doador
de esperma deixou. Para dar a entender as outras pessoas
que ela possuía uma família perfeita.

Então, ela conheceu Cain Carter, na ocasião ele parecia


o candidato perfeito, mesmo diante de fofoca e indignação,
ele se casou com ela. Muito provavelmente porque sendo um
escândalo ou não, ela conhecia as pessoas certas. Pessoas
que, ironicamente, o levaram para onde ele estava agora.

Atualmente, ele estava concorrendo à vaga de prefeito,


e com toda certeza vai ganhar. O que oficialmente fará dele o
mais jovem prefeito que Black Hallows já teve.

Bem, desde que não haja escândalos nos próximos onze


dias. Eu sei que ele quer isso há algum tempo, mas para ser
honesta. Meus sentimentos estão confusos. Metade do meu
coração quer que ele ganhe, porque sei que é um trampolim
para o seu verdadeiro sonho, tornar-se presidente um dia.
Mas a outra metade quer que ele perca e se livre de pelo
menos um obstáculo entre nós.

Mas, se ele perder, quem sabe o que vai acontecer


comigo? A partir de amanhã, sou legalmente adulta, o que
significa que ele não tem mais nenhuma obrigação legal de
cuidar de mim.

Pouco depois que minha mãe morreu em um acidente


de carro, Cain revelou seus planos de concorrer a prefeito e
me deu duas opções: ou eu poderia acabar com uma
adolescente sem-teto na rua, porque minha mãe não me
deixou um centavo; ou eu poderia ficar com ele que cuidaria
de mim, desde que fizesse tudo que ele dissesse, que eu
fizesse o papel da boa enteada e não causasse nenhum
problema durante sua campanha.

Foi uma escolha fácil. Eu me apaixonei por Cain desde


o momento em que coloquei os olhos nele... Apesar de
conhecê-lo enquanto eu estava no meu pior.

Infelizmente para mim, ele é tão indiferente a tudo que


não se refere a ele, que sempre parece estar nem ai para
meus problemas.

Exceto por aquela noite.


Capítulo 2

Três semanas atrás


"Não sabia que você estava aqui."

Eu me assusto com o som de sua voz, embora tenha


escutado a porta da frente abrir seguida por seus passos.

Me atrapalhando com o controle remoto, pauso a série


que mal estava prestando atenção e olho para ele.

A luz da televisão ilumina sua forma alta e tonificada


enquanto ele descansa contra parede ao lado da porta e eu
luto contra um arrepio. Se ele não gostasse muito de política,
tenho certeza de que poderia ter tido uma carreira de sucesso
como modelo. Ele é uma combinação intrigante de boa
aparência musculosa e juvenil. Seus cabelos castanhos
claros estão cortados em um estilo adequado para um
homem de negócios. Seus grandes olhos castanhos são
cheios de determinação, como se estivesse sempre
trabalhando para o próximo grande objetivo. E seu queixo,
quadrado, tem uma covinha sexy no centro dele.

No entanto, minha característica favorita de Cain são


seus lábios. O homem tem o tipo de lábios que as mulheres
de todo o mundo gostariam de beijar. Eles são cheios e
sensuais, às vezes ele me olha com um leve sorriso, como se
soubesse o quanto quero beija-lo.
"É sábado à noite, você não deveria estar saindo com
suas amigas?" Eu recuo interiormente, não por causa de seu
tom frio ou porque sei que ele bebeu essa noite, mas pelo fato
de que ele sabe muito bem que eu não tenho amigas.

Eu sou praticamente a isolada da cidade, graças a um


incidente que ocorreu quando tinha quatorze anos, que levou
minha mãe a me tirar da escola regular e a continuar meus
estudos em casa. Mesmo agora, a dor do constrangimento é
tão forte que minha respiração falha. Eu nunca quis que
alguém pegasse as cartas que escrevi para o meu professor
da sétima série, o Sr. Delany.

Desde pequena, sempre gostei de pessoas mais velha,


algo que o Sr. Delany parecia entender e assim ficamos
amigos.

No entanto, meus pensamentos particulares sobre ele


nunca deveriam serem expostos a luz do dia. Essas cartas
eram apenas para mim.

Infelizmente, uma vez que Tricia Rosenberg as


encontrou... Todos na cidade souberam imediatamente das
cartas.

Dada a minha linguagem expressiva e detalhes gráficos


de tudo o que queria que ele fizesse comigo... Metade das
pessoas na cidade achava que ele era algum tipo de
molestador de crianças.

A outra metade pensava que eu era um tipo de Lolita...


Tentando arruinar um homem bom com uma boa família
porque eu vinha de um lar desfeito e tinha problemas com a
ausência de meu pai.
Minha vida rapidamente se tornou um inferno. Fui
intimidada pelos meus colegas de escola e verbalmente
acusada pelos adultos que deveriam me proteger.

Minha mãe, era uma advogada muito conhecida, fez a


ofensiva a princípio, alegando que sua filha estava sendo
abusada, não importando quantas vezes eu tentasse dizer a
ela que nada havia acontecido entre nós e que eram apenas
fantasias estúpidas de uma adolescente.

No entanto, as coisas só pioraram quando cometi o erro


de encontrar o Sr. Delany no meio da noite para me
desculpar por todos os problemas que eu causei a ele. Sua
esposa apareceu pouco depois e nos encontrou, ela ficou
louca e contou para a cidade inteira.

Minha vida ficou ainda pior, mas eu não me importei,


minha única preocupação era com o Sr. Delany. No final de
tudo, só fiquei ainda mais machucada, porque Sr. Delany,
assim como todos os outros homens da minha vida deu as
costas para mim. Ele acabou dizendo a todos que eu o estava
chantageando, que era uma perseguidora doente obcecada e
com raiva, porque ele recusará meus avanços.

Não havia como contestar meu fascínio por ele graças


às cartas, a cidade agia como juiz, júri e executor.
Especialmente depois que descobriram que o Sr. Delany era
parente de alguém envolvido com a política da nossa cidade.

Minha mãe não teve escolha a não ser salvar sua


carreira, alegando que sua filha adolescente tinha sérios
problemas psicológicos, e decidiu fazer a coisa certa e me
tirar da escola para que eu pudesse receber o tratamento
adequado.
Eu estive presa dentro desta casa desde então. Me tornei
uma prisioneira de rumores, más escolhas, uma mãe egoísta
e o mal funcionamento de minha própria mente.

Há muito pouco tempo comecei a interagir com pessoas


fora de casa novamente, em parte graças à ajuda de Cain e
do meu terapeuta, David.

Eu ainda não consigo me aventurar fora de casa na


maioria dos dias, nem mesmo até a caixa de correio porque
minha ansiedade e medo, me proíbem. Mas, pelo menos
agora, eu finalmente sou capaz de manter conversas com
algumas pessoas.

A maioria das garotas da minha idade não podem


esperar pela liberdade de explorar o universo em seus
próprios termos. No entanto, eu não quero nada mais do que
ficar presa dentro dessas quatro paredes para sempre...
Porque eu sei em primeira mão que lugar cruel o mundo
exterior pode ser.

"Oh, é mesmo." Cain reflete, me tirando dos meus


pensamentos. “Você não é realmente uma pessoa sociável,
não é mesmo princesa?’’

"Noite difícil?" Eu digo pra ele, porque odeio quando


intencionalmente me provoca. Tenho certeza de que ele não
gosta muito disso também.

No entanto, fizemos esse tipo de joguinho tantas vezes


que já perdi as contas e estou acostumada. Talvez nos
ressentimos secretamente porque no fundo ambos queremos
o que nunca poderemos ter. Talvez essas provocações
dissimuladas que atiramos um ao outro sejam nossa
maneira doentia de manter esses sentimentos reais à
distância, já que sabemos que nunca poderemos agir de
acordo com elas.

Ou talvez... Eu esteja apenas fantasiando como eu fiz


com o Sr. Delany todos esses anos atrás e Cain não pode
esperar pelo meu próximo aniversário para que ele possa se
livrar de mim para sempre.

Pelo menos é que suas atitudes me dizem ultimamente.


O que significa que eu preciso estar no meu melhor
comportamento, porque tenho certeza que vou morrer se ele
me expulsar de casa. Não é só porque eu vou estar com o
coração partido, mas eu não tenho o que é preciso para
seguir com a minha vida sozinha. Eu mal saio de casa sem
começar a transpirar e ter um ataque de pânico.

Tirando a gravata do pescoço, ele solta um longo


suspiro. "Se você diz."

Eu me endireito observando-o enquanto ele caminha em


direção ao sofá. "Quer falar sobre isso?"

Ele me dá um sorrisso sombrio e zombeteiro. "Eu estou


bem."

Colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha,


olho em volta, sem saber o que fazer ou dizer.

"Estou te deixando ansiosa?" O tom cínico em sua voz é


substituído por preocupação genuína. "Quer que eu vá
embora?"

"Sim. Não."

Ele levanta uma sobrancelha, e diversão ilumina seu


rosto. "Sua resposta não ajuda."
Eu rio, e meu corpo relaxa um pouco. "Sim, você está
me deixando ansiosa." Quando ele se vira para sair, eu
rapidamente acrescento: "Mas eu não quero que você vá." Eu
aponto para a mesa de café. "A pipoca está queimada e o
refrigerante está quente, mas ainda é comestível." Ele me dá
um sorriso juvenil enquanto se senta onde estou
descansando meus pés. Acho estranho ele escolher o assento
mais próximo de mim, quando ele geralmente faz o oposto.
Alguns segundos depois me sinto uma idiota, quando ele
enfia a mão na tigela de pipoca e percebo que se sentou ali
para ficar mais perto do lanche... Não de mim.

Ele faz uma careta. "Isso é horrível." Eu dou de ombros.

"Eu te avisei."

Empurrando a tigela, ele pega uma lata de refrigerante


e toma um grande gole. "Justo. Mas por que você come
pipoca queimada? Por que não a jogou fora e faz uma nova
tigela?’’

Eu pego uma corda solta na minha camiseta. “Bem, se


eu jogasse fora e recomeçasse, todo o meu tempo e esforço
teria sido para nada. E se eu fizesse uma nova tigela de
pipoca, teria que passar por todo o processo monótono de
esperar... Por algo que eu já estraguei uma vez hoje à noite.”
Eu mastigo minha bochecha. "Eu odeio desperdiçar meu
tempo tentando refazer algo que eu já fiz e não deu certo."

Ele passa a mão pelo queixo, parecendo confuso, mas


não diz nada.

"O que?" Eu digo depois de alguns minutos.

"Nada." Quando olho para ele, que diz: "Nós somos


muito parecidos." Ele solta um longo suspiro. "Eu não gosto
de pensar em perder meu tempo ou começar tudo de novo
também."

"Eu acho que é por isso que você está tão estressado
sobre a eleição." Eu coloco a mão sobre a minha boca quando
percebo que eu disse isso em voz alta. "Desculpa."

"Não se desculpe." Sua mão acidentalmente toca o meu


pé. "Uma das coisas que eu mais gosto sobre você, é sua
honestidade."

Meus lábios se contorcem. "Uau, um político que admira


a honestidade."

Um estrondo em seu peito faz meu coração levantar vôo


apenas para mergulhar na boca do meu estômago um
segundo depois, quando ele agarra meu pé de brincadeira e
o aperta. "Espertinha."

Eu engulo a bola de nervos alojada na minha garganta


quando ele coloca meu pé em seu colo e olha para mim.
"David diz que você está fazendo progresso."

Eu concordo. Eu odeio quando ele fala sobre a minha


terapia. Isso só me lembra o quanto estou confusa e como
não há nenhuma chance de nós ficarmos juntos.

Isso também me lembra que nosso tempo está chegando


ao fim. Eu não sou uma idiota. Eu sei que Cain insistiu que
eu iniciasse terapia intensiva para lidar com minha
agorafobia e dos outros problemas que tive depois da morte
de minha mãe porque ele me quer fora de sua vida assim que
completar dezoito anos.
Não posso dizer que o culpo. Quem em sã consciência
gostaria de continuar sendo responsável por uma pessoa
como eu? Cain já fez mais por mim do que minha mãe
biológica jamais tinha feito.

E embora eu não ache que poderei sair sem me


preocupar sobre as pessoas fofocando e dizendo coisas
horríveis nas minhas costas… Eu espero que um dia, possa
voltar a ser alguém normal.

Mas isso não muda o fato de que estou absolutamente


petrificada que Cain possa me mandar embora em breve. Não
importa o quanto ele mereça viver sua própria vida. "O que
há de errado?”

"Nada." Ele me dá um olhar. "Eu vou fazer dezoito anos


em três semanas."

Eu vejo o seu pomo de adão tremer. "Eu sei." Sua


expressão me diz que ele pensa sobre isso tanto quanto eu.

Meu estômago dá um nó. Eu praticamente posso ouvir


o relógio correndo. "Eu acho que vou ficar doente."

Eu tento levantar, mas ele coloca meu outro pé em seu


colo e descansa seu antebraço em cima dos meus tornozelos,
me mantendo no lugar. "O que está acontecendo com você?"
Eu abro minha boca, mas ele grita. "Não me diga que é nada."

Lágrimas enchem meus olhos. Eu não tenho ideia de


como dizer isso sem soar como uma maluca desesperada,
mas estou com tanto medo que vou correr o risco.

“Eu não estou pronta para sair ainda. Eu preciso de


mais tempo.” Eu encontro seus olhos. “Eu sei que é pedir
muito. Eu sei que não é justo para você. Eu sei que sou uma
sobra...’’

"Sobra?" Ele olha para mim como se não fizesse sentido


o que eu acabei de falar. "Eden, do que diabos você está
falando?"

"Você não vai me mandar embora quando eu completar


dezoito anos?"

"Não."

Eu olho para ele com ceticismo. "Tem certeza?"

Ele ri. "Eu estou falando a verdade."

Eu dobro meus braços na frente do meu peito. “Oh.”


Metade de mim parece uma tola… E a outra metade é grata
por nada mudar. "Obrigado."

"Não sei exatamente porque você está me agradecendo,


mas de nada." Ele balança a cabeça. "Eu provavelmente
deveria deixá-la voltar para o que quer que você estivesse
fazendo."

Ele começa a se levantar, mas uma marca vermelha em


seu pescoço chama minha atenção e meu estômago revira
violentamente. "Onde você estava?"

Eu não sou estúpida, eu sei que Cain fez sexo com


outras mulheres depois que minha mãe morreu.

Caramba, eu estou quase certa de que ele estava


fazendo sexo com outras mulheres antes dela morrer, dado
que os dois tinham absolutamente química zero.
Mas nunca fui confrontada com evidências como estás
antes.

"Eu não acho que isso seja da sua conta."

Ele está certo, não é... Mas meu coração não recebeu o
memorando. Já era ruim o suficiente ter que saber que ele
estava com minha mãe, não acho que posso lidar com o
pensamento dele estar envolvido com outra pessoa.

Se as coisas fossem do meu jeito, eu seria o pequeno


segredo sujo, que ele levaria para a cama toda noite. Eu seria
a única a satisfazer cada necessidade dele, para que ele
nunca tivesse que procurar em outro lugar.

Se as coisas fossem do meu jeito, Cain sentiria por mim


pelo menos uma fração do que sinto por ele.

Mas Cain nunca me viu assim e acho que ele nunca


verá. Sua moral e ética não permitem isso.

Não a menos que eu faça algo para que isso aconteça.

Me encostando no travesseiro, inclino os pés no colo


dele novamente, esticando intencionalmente minha fina
camisa. “Vamos, Cain. Eu pensei que eramos amigos."

Se ele percebeu o tom provocativo de minha voz, não


fala nada. Como de costume, ele permanece em silêncio. A
sua mandíbula se aperta.

Mas ele não se levantta... O que significa que deve haver


uma pequena parte dele que gosta de estar perto de mim.
"Você tem visto ela há muito tempo?”
Ele olha para mim. "Eu não vou te falar nada sobre
isso."

"Por que não?” Eu pergunto timidamente. “Quero dizer,


sou quase uma adulta agora. Certamente podemos falar
sobre isso... Certo?’’

Seus olhos seguem a unha que eu estou deslizando pelo


meu peito. "Eu não vou falar sobre minha vida sexual com
minha filha."

“Nós dois sabemos que não sou sua filha, Cain.”

Meus mamilos se arrepiam quando seu olhar se fixa em


minhas pernas nuas. "Não, você não é. Mas não significa que
teremos esse tipo de conversa."

Meu coração está praticamente pulando no meu peito.


Esta é a primeira vez que ele me olha dessa maneira, mas se
eu jogar minhas cartas corretamente... Não será a última vez.

Lentamente, eu deslizo meu pé até sua coxa. “Nós


somos amigos. Amigos falam sobre sexo.”

Ele bufa. "Eu não vou falar sobre sexo com alguém que
ainda nem deu seu primeiro beijo."

Não sei se isso foi um tipo de elogio, ou se ele acha que


insinuando que sou pura de mais, me deixará chateada. "Eu
já fui beijada."

"Quando?" Seus olhos se estreitam. “Você me disse que


nada aconteceu com aquele pervertido”

"Não foi ele."

"Então quem foi?”


O tom de ciúme em seu tom de voz faz com que minhas
entranhas se misturem.

Eu mordo meu lábio e mexo um pouco meus dedos,


certificando-me de que eles acariciem um certo apêndice de
seu corpo que está ficando mais espesso a cada segundo. "Eu
vou te contar meu segredinho sujo, se você me contar o seu."

"Não." Seu polegar traça o arco do meu pé e eu tremo.


"Você primeiro."

"Bem. Meu primeiro beijo foi com uma garota que eu


costumava ser amiga.’’

Ele me olha com ceticismo. "Qual é o nome dela?”

"Viola Cesario." Eu coloco um braço embaixo da minha


cabeça, um movimento intencional que fez minha camiseta
se levantar, expondo minha calcinha branca de algodão. "Eu
costumava ir para a casa dela depois da escola, e um dia
enquanto estávamos fazendo nosso dever de matemática, ela
perguntou se podia me beijar." Eu respiro vagarosamente e
seus olhos caem em meus seios. "Eu estava um pouco
nervosa, mas ela era tão gentil comigo." Eu lambo meu lábio
inferior. "Até hoje, eu ainda me lembro de como sua boca
tinha gosto de chiclete." Eu lhe dou um sorriso irônico. “Nós
nos beijamos por tanto tempo que pensei que nossos lábios
cairiam. Se não fosse por seu irmão mais velho ter entrado
em seu quarto, eles poderiam ter caído mesmo.”

Ele engole em seco. "O que ele disse quando viu vocês?”

Meu sorriso cresce. "Ele pediu que fizessemos de novo."


Desta vez, eu não sou sutil quando eu passo com o meu pé
sua ereção agora inchada. "Mas ele tinha um pedido
especial.”
Cain faz um barulho com a garganta. "E qual era?"

Eu passo meus dedos pelo comprimento do meu corpo,


parando quando alcanço minha calcinha. "Ele pediu a ela
para me beijar aqui."

Seu pênis pulsa abaixo de mim."O que você disse?”

Eu faço um círculo preguiçoso sobre o tecido, me


aproximando do meu clitóris. "O que você acha?”

Ele se concentra no ponto úmido que se forma sob meus


dedos. "Eu acho que você é uma garota que é facilmente
corrompida por todas as coisas ruins da vida."

Eu deslizo dois dedos dentro da minha calcinha, sentido


a humidade em minha entrada. "É meio doce você achar que
sou tão inocente."

Sua expressão fica dolorida com luxúria e sei que o


tenho exatamente onde eu o quero. "Isso é porque você é."

Removendo minha mão da minha entrada, levanto


meus dedos brilhantes. "Bem, se eu sou um anjo, o que isso
faria de você?”

"Agora?" Ele se inclina, e sua boca fica a um mero


centímetro do fluido dos meus dedos. "O Diabo." Ele chupa
meus dedos e geme. "Porque um gosto de você não será
suficiente."

Borboletas enchem minha barriga, mas uma onda cruel


de excitação às afugenta quando ele começa a me acariciar
pela minha calcinha. "Diga o que aconteceu depois."
Eu sinto que preciso me beliscar para ter certeza de que
isso está realmente acontecendo e que não é outra fantasia
minha. "Ela disse que não sabia o que fazer... Então o irmão
dela... ele....”

“Ele o quê?"

Sua junta roça meu clitóris e eu respiro fundo. "Ele se


ofereceu para mostrar a ela."

"Foda-se." Ele aperta sua ereção através de suas calças.


"Eles provaram sua linda buceta ao mesmo tempo?”

"Sim." Estou tão excitada que mal posso respirar. "Foi


tão bom."

"Eu aposto que sim." Um arrepio percorre meu corpo


quando ele move minha calcinha para o lado e desliza o dedo
por meus lábios inchados, facilitando o seu caminho para
dentro "Deus, você é tão apertada." Um gemido escapa da
minha boca enchendo a sala enquanto ele aprofunda seus
dedos em minha entrada, enquanto eu seguro sua mão. "Tão
apertada, porra."

Com um grunhido, ele fica de joelhos. "Abra suas


pernas."

No momento em que faço o que manda, ele enterra o


rosto entre as minhas coxas e começa me lamber como um
viciado que está consumindo sua ultima dose.

"Eles te beijaram assim?” Ele grunhe entre minhas


pernas tremulas. Eu começo a falar, mas o som do zíper dele
me interrompe. Calor sobe ao meu rosto quando eu olho para
o seu pênis. É espesso e volumoso, a cabeça é rosada e
brilhante. É uma loucura finalmente ver o que venho
fantasiando há anos.

Colocando outro dedo dentro de mim, ele me estica


tanto que quase dói. "Você não respondeu a pergunta."

"Sim,” eu sussurro e ele beija um caminho lânguido até


a minha fenda, me recompensando. Cravo minhas unhas em
seu ombros quando seus beijos se tornam frenéticos, sua
língua bate em todos os pontos certos. "Por favor, não pare."

Ele suga meu clitóris em sua boca e eu balanço contra


sua mandíbula, buscando mais.

"É isso," ele diz enquanto começa a me foder com os


dedos. "Seja uma boa menina e goze na minha cara."

Seus lábios prendem meu clitóris e a pressão entre


minhas pernas se torna quase insuportável, me fazendo
explodir de desejo. "Oh Deus."

Cain segura meu olhar enquanto eu choramingo e me


contorço, gemendo seu nome como se fosse à última palavra
que fosse dizer pelo resto da vida enquanto ele consome meu
orgasmo.

Eu permaneço deitada e sem fôlego, tão longe que não


tenho certeza se algum dia poderia voltar. Eu sabia que seria
bom com Cain, mas a coisa real excedeu em muito minhas
expectativas.

Com um sorriso, ele tira os dedos da minha boceta, e os


esfrega sobre o seu pau, e o bombeia bem devagar.

Então ele se levanta, posicionando sua ereção


diretamente na minha frente, me dando um lugar
privilegiado na primeira fila do seu show. Estou tão
paralisada que tudo o que posso fazer é olhar fixamente para
ele, fascinada, quando uma gota perolada se forma em sua
ponta.

Curiosa, tiro minha língua para fora e ele geme,


trabalhando a mão para cima e para baixo em seu eixo
rapidamente. "Abra."

Quando eu faço o que manda, ele enrola meu cabelo em


seu punho e empurra seu pau tão fundo na minha garganta
que eu engasgo.

"Engula."

Esse é o único aviso que recebo antes que o corpo dele


fique tenso e sua liberação encha minha boca. Há tanta que
começou a escorrer pelo meu queixo, mas eu fiz o meu
melhor para aproveitar cada gota. Estava tão empenhada na
tarefa que não entendi a mudança no comportamento de
Cain.

Não até ele me afastar, parecendo tão culpado quanto


um padre que cometeu assassinato. "Porra."

"O que-"

Uma série de maldições saem de sua boca enquanto ele


enfia o pau dentro da calça. "Isso foi um erro."

Limpando minha boca, eu fico em pé. "O que há de


errado?"

Ele gesticula entre nós. "Isso não pode acontecer


novamente."
"Por que-"

"Você sabe o porquê, Eden."

Eu cruzo meus braços sobre o peito, me sentindo


vulnerável e com vontade de chorar. "Eu sin-"

"Não se desculpe." Seu queixo se contrai e ele se afasta.


"E não seja uma mentirosa."

Eu sacudo minha cabeça. "Eu não-”

"Viola Cesario," ele cospe.

Fico envergonhada tão rapidamente que meus joelhos


se dobram. Eu deveria saber que Cain é um fã de
Shakespeare, considerando que eu sei quase tudo sobre ele.

Ele passa a mão pelo rosto. "Eu sou um cara legal,


Eden." Sua expressão se torna séria, como a de um pai
explicando algo para uma criança pequena. “Mas eu ainda
sou um homem. Não me tente assim novamente, porque eu
vou acabar quebrando seu coração, e você precisa de alguém
que mereça...” Sua voz se esvai e ele encolhe os ombros,
impotente. "Não machuque a única pessoa que já se
importou com você, ok?”

“Eu não estou tentando te machucar. Eu amo-"

"Não, você não ama." Seus olhos piscam com raiva e ele
aponta um dedo para o meu rosto. "Pare de dizer a si mesma,
merdas assim antes que você estrague nossas vidas." Ele
chuta a mesa, fazendo a pipoca e refrigerante voarem através
da sala. "Estou tão perto de ganhar esta eleição e um passo
mais perto de onde eu quero estar." Ele dá um soco na parede
com o punho, parecendo tão bravo, que lágrimas enchem
meus olhos. "Estou tão perto de conseguir tudo que eu
sempre quis... E eu não vou deixar você ou qualquer outra
pessoa arruinar meus objetivos."

Com isso, ele se afasta... Me deixando sozinha com o


coração partido e o seu gosto persistente em minha boca.

Eu estava tão perto de conseguir tudo que eu sempre quis


também...
Capítulo 3

Enquanto vejo pela janela de meu quarto a puta da


repórter se afastar meu telefone toca.

Meu coração palpita e eu clico no aplicativo Temptation


tão rápido que eu estou surpresa que meus dedos não soltem
fumaça.

Nem em um milhão de anos, pensei em participar de um


site que fosse usado principalmente encontros amorosos,
mas a curiosidade tomou conta de mim quando recebi um e-
mail há duas semanas dizendo que minha associação estava
ativada e eles me cobrariam duzentos dólares para usar seus
serviços.

Normalmente não teria me importado, mas duas coisas


me impediram. Um, eu posso tentar descobrir se Cain usa
esse aplicativo. E dois, o e-mail do PayPal do qual eles
estavam recebendo o dinheiro é meu.

Eu cliquei na opção responder e disse a eles que a


pessoa que eles estavam procurando é meu padrasto, não
eu. Eu nunca ouvi falar deles e teria que dizer a Cain para
cuidar disso, mas para minha surpresa, o desenvolvedor do
aplicativo respondeu quase imediatamente, pedindo
desculpas pela confusão, e então me ofereceu uma licença
grátis e uma adesão anual.
Quando eu expliquei que, de acordo com os termos e
condições deles, eu não tinha idade suficiente para usar o
aplicativo desde que ainda não tinha dezoito anos, ele disse
que não contaria a ninguém se eu não contasse também.

Então ele me enviou o link privado para baixar o


aplicativo.

No que diz respeito a sites de namoro, ele é básico com


um layout simples. Existem algumas salas de chat para as
pessoas se conectarem e se socializarem e uma opção de
mensagens privadas.

Além do requisito de idade, existem apenas duas regras.


Um, você não pode ter uma foto de perfil. E dois, você não
pode usar seu nome verdadeiro.

Você só pode divulgar essas coisas em uma mensagem


privada á seu próprio critério.

Eu não tinha interesse em usá-lo, mas


aproximadamente duas horas depois de entrar na
Temptation, recebi uma mensagem de um cara que morava
em Black Hallows, vinte e nove anos, envolvido em uma
carreira que não se sente confortável em revelar... E que
sabia muitas coisas sobre mim.

De acordo com seu perfil, ele entrou no site algumas


horas antes de eu entrar.

Em outras palavras, ele é o Cain. Embora ele ainda não


admita. Provavelmente porque as coisas sobre as quais
falamos aqui nem sempre são politicamente corretas.

É como se tivéssemos outra vida, com essas conversas.


Elas são como um vislumbre de como poderia ser.
Devil: Como está minha garota?

AngelBaby123: Você não deveria estar trabalhando?


Ou você sabe, ocupado pelo luto pela sua falecida esposa?

Devil: Estou muito ocupado pensando em uma loira


linda. Uma linda loira que será de maior em duas horas :-P

Eu não posso deixar de rir enquanto digito minha


resposta.

AngelBaby123: Diga a verdade, você está pensando em


todas as maneiras em que você irá me corromper?

Devil: Sempre.

Devil: E por falar em minhas intenções desonestas.


Como minha garota quer celebrar seu dia especial?

Eu me deito em minha cama.

AngelBaby123: Filmes românticos. Massa de biscoito de


chocolate.

Devil: Eu pensei que você estava fazendo dezoito anos.


Não oitenta.

AngelBaby123: Isso é hilário vindo de você, vovô.

Devil: Acho que estou mais para papai.

Eu mordo meu lábio.

AngelBaby123: Então, você finalmente vai me contar


quem é você?
Devil: Não. Mas se um dia revelar minha identidade, não
farei isso por mensagem.

AngelBaby123: Hmm. Então deveríamos terminar o que


começamos há três semanas?

Devil: Talvez. Por que você não me envia uma coisinha


para ajudar minha memória?

AngelBaby123: Acho que você já tem muitas fotos nuas


minhas.

Devil: O que eu posso dizer? Eu sou um bastardo


ganancioso que nunca se cansa de você ou de seus seios
fantásticos.

Devil: Por que você não age como uma boa menina e me
mostra alguma coisa diferente dessa vez?

Minhas bochechas esquentam. Eu lhe enviei fotos de


topless, que não aparecem meu rosto, porque não sou tão
burra para colocar isso no ciberespaço, mas não fui mais
longe do que isso.

Devil: Eu preciso de mais.

AngelBaby123: Que tal isso… Eu prefiro te mostrar


pessoalmente.

Por hábito mastigo meu polegar e espero que ele


responda.

Cain é estranho quando se trata de nossas conversas.


Ele não vai discuti-las pessoalmente e a primeira e única vez
que cometi o erro falar com ele tarde da noite sobre isso,
olhou-me como se eu tivesse louca.
Eu concluí que ele não quer falar sobre nós fora do chat,
ou admitir que é com ele que eu converso, porque eu acho
que ele não confia em mim. Acho que ele quer garantir que
eu possa guardar segredos antes de continuarmos. Acho que
é por isso que ele inventou todo esse plano, mesmo que ele
não admita isso.

AngelBaby123: Você está aí?

Quando ele não responde depois de cinco minutos, eu


mando outra mensagem.

AngelBaby123: Está tudo bem?

Devil: Desculpe bebê. Tive que cuidar de algumas coisas.


Onde nós estávamos?

AngelBaby123: Está tudo bem. Eu estava prestes a


cuidar de algumas coisas sozinha também. Conversamos
depois.

Devil: Você está chateada?

Um pouco.

AngelBaby123: Não.

Devil: Eu esqueci o quanto você é sensível e o quanto


você odeia ser ignorada.

Cain é perceptivo, mas é absolutamente estranho


quando se trata de me interpretar coisas através da tela do
telefone.

AngelBaby123: Estou bem.


Devil: Ok, garota durona. Mas eu te entendo, eu sou do
mesmo jeito.

AngelBaby123: Eu odeio quando você faz isso.

Devil: Fazer o quê?

AngelBaby123: Me conhecer melhor do que eu mesma.

Devil: Por que você odeia isso?

AngelBaby123: Porque isso me faz sentir fraca. Como


você tivesse vantagens sobre mim, e isso me mostra que
estamos jogando de maneira desigual.

Devil : Eu não sabia que estávamos jogando.

AngelBaby123: Nós não estamos. Mas, odeio sentir


como você sabe mais sobre mim do que eu sei sobre você.

Devil: O que você quer saber sobre mim?

Eu digito e excluo minha resposta mais de cinco vezes


antes de ter a coragem de enviá-la. Eu sei quase tudo que há
para saber sobre Cain... Exceto uma coisa que tem me
incomodado desde que eu ouvi sobre isso.

AngelBaby123: Onde você estava na noite em que


aconteceu o incêndio que matou sua família?

AngelBaby123: Você está ai?

AngelBaby123: Olá?

Seu nome de usuário fica cinza... Informando que ele


saiu do aplicativo.
Capítulo 4

A última coisa de que preciso agora é um escândalo.

Correção, a última coisa que preciso é ir até o quarto


dela. No entanto, aqui estou eu... Subindo as escadas. Indo
direto para o playground do diabo.

Um erro há três semanas transformou Eden de minha


pequena fantasia doentia... Em meu maior risco.

Já era difícil o suficiente não pensar nela antes daquela


noite... Mas tem sido impossível não pensar nela desde
então.

Estou tão fodido.

Ela está deitada em sua cama quando entro, com o


telefone na mão, fazendo um beicinho bonitinho; como se
estivesse esperando alguém responde-la.

Ela tem se ocupado muito com seu telefone nas últimas


duas semanas, o que não seria estranho para qualquer outra
garota da idade dela, mas Eden nunca foi o que você
chamaria de normal. Ela tem muitos problemas que a
impedem de fazer e manter amigos.

Ela tem muitos problemas que fazem as pessoas se


aproveitarem dela.
É por isso que cruzar qual quer tipo de limite com ela é
errado. Ela pode ter dezoito anos em poucas horas, mas eu
devo ser o adulto nessa situação.

Mesmo Eden sendo mais madura do que a maioria dos


adultos nesta cidade. Ao contrário deles, ela não é do tipo
que espalha histórias falsas ou faz de tudo para machucar
alguém.

Acredito que seja por isso que sua mãe tinha tanto
ressentimento sobre ela. Karen era incrivelmente inteligente,
mas ela não era boa em outras coisas. Coisas como ser gentil,
leal e carismática. Coisas que tornam uma pessoa
hipnotizante.

Em outras palavras, ela jamais seria como Eden é.

Limpo minha garganta para chamar sua atenção, no


momento em que entro em seu quarto.

Ela estreita os olhos. "Você precisava de algo?”

Eden é muito doce quando quer ser, mas ela também é


atrevida quando está chateada. Eu tento não rir, porque
Eden com raiva é o equivalente a um filhote latindo.

"Eu me livrei da repórter." Enfio as mãos nos bolsos


para não ficar tentado a tocá-la. “Eu também fiz alguns
telefonemas. Vamos apenas dizer que ela não fará mais
entrevistas.”

Graças em parte à minha família e aos contatos da


minha falecida esposa, tenho algumas conexões. Eu sei
segredos das pessoas certas, por isso estou concorrendo a
vaga de prefeito antes de completar trinta anos... Apesar de
todos os rumores e marcas negras do meu passado.
É por isso que me relaciono muito bem com Eden. Eu
sei em primeira mão como as pessoas desta cidade podem
ser venenosas. Eu sei como é ter uma cidade inteira falando
sobre você e sua família pelas suas costas, mas nunca na
sua cara.

Mas ao contrário de Eden, que não tem uma casca


exterior porque sua mãe a manteve escondida para proteger
sua própria reputação - eu fui capaz de me transformar em
uma pessoa dura, e sair por cima. No entanto, ambos
caíremos se alguém descobrir o que aconteceu entre nós.

Todos em Black Hallows já especulem sobre o nosso


relacionamento, dada a nossa idade próxima e o passado de
Eden, graças aquele professor inapropriado.

É uma pena que ele não tenha sido colocado atrás das
grades, porque era óbvio para qualquer um com caráter que
ele estava a aliciando e era apenas uma questão de tempo
antes que fizesse algo hediondo.

Isso realmente mostra que não é o que você é nesta


cidade, é quem você conhece. Aquele pervertido é sobrinho
de um juiz poderoso, e acima de tudo havia sua mãe, a
promotora que só ganharia status, se ficasse contra sua
própria filha.

No dia em que Karen morreu, prometi a mim mesmo


duas coisas. Um, quando eu me tornar prefeito, eu vou mijar
no túmulo de minha ex mulher, por tudo o que ela fez com
Eden. E dois, eu vou ajudar Eden a superar seus demônios
de qualquer maneira que puder.

Mas é difícil fazer isso quando todos ao meu redor


acham que eu devo estar comendo minha enteada.
Isso se torna ainda mais difícil, por que sei que eles não
estão exatamente errados... Porque tive a vontade de tornar
esses rumores uma realidade no ano passado.

Com um suspiro, ando em volta do quarto dela. Estar


tão perto dela, enquanto está deitada em uma cama não é
bom para o meu autocontrole. “Eu não deveria ter
pressionado você para fazer aquelas entrevistas. Eu sinto
muito."

As pessoas na cidade não vêem Eden há anos porque


seus distúrbios a impedem de sair de casa, achei que
arranjar algumas entrevistas com a mídia local em casa seria
uma coisa boa.

Para ela... E para mim.

Mas, o tiro saiu pela culatra quando começaram a


publicar fotos dela. Eden jovem já era considerada uma
Lolita pela cidade. Mas uma Eden mais velha é o pesadelo de
todas as esposas e os sonhos molhados dos homens daqui.

Ela é como a tentação e o pecado embrulhados para


presente. Longos cabelos loiros, grandes olhos azuis, lábios
carnudos, bunda redonda, cheia de curvas, pernas
compridas. E não posso esquecer de suas coxas torneadas.

Soltando um suspiro, eu me forço a parar de pensar com


a cabeça errada. Foder minha enteada está fora de questão.
Não importa o quanto eu queira.

E depois desse fim de semana, espero que as fofocas e


minha fome, a respeito de mim e de Eden se resolvam para
sempre.
Eden ainda não sabe, porque não tenho coragem nem
desejo de dividir isso com ela, mas tenho um acordo com
Margaret Bexley. Ou melhor, com seu pai, o governador, que
por acaso era um velho amigo de meu pai.

Milton Bexley não está apenas investindo uma tonelada


de dinheiro em minha campanha, ele espera que eu ocupe
seu lugar um dia, já que não tem filhos, e sua única filha
Margaret está mais interessada em ser uma esposa perfeita
para um político do realmente entrar na política.

Essa situação toda é perfeita. É melhor do que o arranjo


que tive com Karen, a quem eu estupidamente aceitei casar,
por ser jovem e impulsivo.

Eu só preciso ter cuidado porque a imagem é tudo nesta


cidade. Se eu começar um relacionamento com a filha do
governador muito rapidamente, as pessoas vão pensar que
estou apenas fazendo isso por causa da política.

Mas se eu continuar vivendo como viúvo, com minha


linda enteada que está trancada como uma princesa em uma
torre... Só ajudarei a perpetuar ainda mais fofocas
desconfortáveis.

Se as pessoas que vivem aqui tiverem alguma dúvida


sobre meu personagem quando for à hora de votar, não
ganharei seus votos.

Eu trabalhei duro por isso por um longo tempo,


esperando o momento perfeito para me candidatar. Eu não
podia concorrer enquanto ainda estava casado com Karen,
porque mais da metade das pessoas dessa cidade a odiavam.
Infelizmente, divorciar-se dela antes de concorrer seria
suicídio profissional, já que Karen não era do tipo que ficaria
tranquila sobre essa situação. Ela havia me ameaçado
dizendo que mentiria para a cidade sobre meu
relacionamento com Eden se eu terminasse as coisas com
ela e concorresse para prefeito. Ela não queria que seu
marido tivesse mais poder que ela.

Ela era uma cadela fria que não pensaria duas vezes
antes de arrastar sua filha mentalmente frágil para o centro
das atenções depois que a mesma cidade já a tinha
mastigado e a cuspido, apenas para me arruinar.

Karen era implacável.

Ela era quase tão implacável quanto…

Os cabelos na parte de trás do meu pescoço ficam em


pé e eu cerro os dentes.

Não há um dia que eu não me lembre de Damien King,


e a sua obsessão por mim que quase arruinou a minha vida
há doze anos.

Ouvi dizer que hoje ele é um investidor bem-sucedido,


com mais dinheiro do que todos nesta cidade, e vive do outro
lado do mundo em alguma ilha exótica... O que me deixa
extremamente feliz.

Porque se eu o ver de novo... Não posso garantir que ele


continuará vivo. Há uma razão para as pessoas nesta cidade
se referirem a ele como o Diabo. O homem é puro mal. Um
psicopata.

"Cain? Você está bem?”

A voz de Eden me tira dos meus pensamentos e eu olho


para as minhas mãos apertadas. "Sim."
Eu me viro para sair, mas sua voz me interrompe. "É
assim que vai ser entre nós agora?"

Eu não posso ter essa conversa com ela. "Eu não sei o
que-"

"Sim, você sabe." Ela senta na cama. "Você mal fala


comigo pessoalmente desde aquela noite, e quando fala, age
como se eu fosse outro compromisso em sua agenda de
negócios."

"Eu-" Estou sem palavras. Há tantas coisas que eu


quero contar a ela, mas não vai entender ou aceitar
nenhuma delas.

Ela não vai entender como eu estou tentando salvar a


nós dois, não jogando mais madeira no fogo que há entre
nós.

Ela não vai entender que, se nos envolvermos e formos


descobertos... Eu me ressentiria por arruinar minha
segunda chance e ela não teria mais ninguém para cuidar
dela.

Ela não sabe que eu já cometi o erro de me envolver com


alguém que não deveria, e tenho pago um preço muito caro
por isso... Eu não vou deixar essa história se repetir.

"Por que você continua mexendo com a minha cabeça?"


Sua voz vacila. "Eu não sou algo que você possa usar."

“Eden.” Espero que ela olhe para mim porque eu preciso


que tente entender de uma vez por todas. “Sinto muito por
ter te machucado, mas aquela noite foi um erro. Por favor
compreenda.”
Ela puxa os joelhos até o peito. “Foi um erro porque você
tem medo que as pessoas descubram... Ou porque você não
me quer?”

Não há maneira fácil de responder a sua pergunta. Se


eu lhe disser que é o primeiro, ela pensará que há esperança
quando não há. Mas se eu disser que é o último, eu a
machucarei.

Segurando sua bochecha, digo-lhe o que posso. “O


motivo não importa. O resultado ainda é o mesmo.”

"E se não morássemos mais em Black Hallows? E se


saíssemos e-’’

"Não," eu rosno porque ela não está compreendendo o


que estou dizendo e está começando a me lembrar de alguém
que eu prefiro esquecer. “Não importa aonde formos, as
pessoas saberão quem eu sou porque esse é o meu trabalho.
E mais cedo ou mais tarde eles descobrirão quem você é
também’’

Ela fecha os olhos e suspira. "Eu não sou importante o


suficiente para te fazer desistir da política."

Ela não está errada. A política tem estado no meu


sangue desde o momento em que respirei pela primeira vez...
Literalmente. Meu pai era senador e meu irmão mais velho
acabara de ser aceito em Harvard, ele estava na mesma trilha
política que eu, quando eles morreram. Até minha mãe, de
quem não me lembro muito porque faleceu quando eu tinha
três anos, era uma gerente de campanha bem-sucedida para
funcionários do governo.

Enquanto todos os outros garotos com quem eu cresci


estavam interessados em esportes e festas, eu estava
interessado no conselho estudantil e na equipe de debate,
tentando fazer a diferença e colocar minha marca no mundo.

Meu pai, que governava com mão de ferro, teve minha


futura carreira política traçada desde que eu era criança.
Essa foi à única coisa em que concordávamos.

"Eu não acho que um relacionamento funciona bem


quando se tem que sacrificar uma parte integral de sua vida
para fazer o outro feliz." Eu aperto ambas as bochechas dela.
“Além disso, você realmente quer ser mantida escondida pelo
resto de sua vida? Isso não é uma boa maneira de viver,
Eden.’’

"E se for exatamente isso que eu quero?”

"Você só quer isso, porque é tudo que você já conheceu."


Eu passo meu polegar sobre sua bochecha. “Há um grande
mundo lá fora para você descobrir. Há tantas experiências
esperando por você.’’

"Eu não quero," ela sussurra. "Eu só quero você. Tudo


o que eu sempre quis foi você.’’

Cristo, essa garota. Ela tem um jeito de me olhar como


se eu fosse pessoalmente responsável por fazer o sol nascer
e se pôr todos os dias.

Ela tem um jeito de me fazer sentir como se eu fosse seu


Deus. O pior em tudo isso é que há uma pequena parte de
mim que se deleita com isso.

"Você não me desejou feliz aniversário."


A mudança de assunto me faz verificar meu relógio.
"Tecnicamente seu aniversário é só há daqui dez minutos."
Eu pisco.

Ela começa a rir, mas uma carranca torce suas feições.


"Pena que o baile de máscaras é amanhã à noite."

"Eu sei."

A cidade faz um baile todo Halloween. Normalmente eu


não iria, porque não gosto deste tipo de coisa, mas estamos
há apenas onze dias antes da eleição. O que significa que não
tenho escolha a não ser aparecer. As duas semanas antes de
uma eleição são as mais cruciais. Eden inclina a cabeça para
o lado, me estudando atentamente. Eu provavelmente
deveria contar a ela sobre Margaret já que estamos
conversando... Mas eu não tenho coragem de magoá-la
quando ela fará aniversário daqui a poucos minutos.

"Eu não acho que há alguma chance de você não ir, não
é?” Ela parece tão esperançosa, e isso quase me mata. "Nós
poderíamos assistir a filmes, ou-"

"Eu não posso." Quando seu rosto cai, eu acrescento:


"Mas você poderia ir."

Eu sei que ela não irá, por causa de todas as suas lutas,
mas espero que ela pense seriamente antes de recusar.

Além disso, não há razão para Eden não ir. Não é como
se eu estivesse planejando transar com Margaret em público
amanhã à noite.

E mesmo se fosse esse o caso, não importaria. O


segundo em que Eden entrar por aquelas portas, ela estará
cercada por garotos. Garotos da idade dela que, sem dúvida,
fariam qualquer coisa por sua atenção.

O ciúme me atinge como um soco no estômago, mas eu


consigo escondê-lo muito bem. Eu não tenho o direito de
ficar com ciúmes. Ela é meu fruto proibido.

Portanto, ela merece encontrar alguém que possa lhe


dar todas as coisas, que eu não poderei.

Fico orgulhoso quando eu olho para ela. É adorável o


olhar de concentração em seu rosto, que me diz que ela está
realmente considerando minha oferta. Este é um grande
passo na direção certa.

"Eu não tenho um vestido."

"Use meu cartão de crédito e compre um."

Ela mastiga o lábio inferior. "É tarde demais para


comprar qualquer coisa on-line.”

"Você pode ir comprar um vestido de manhã." Quando


ela estremece, eu digo: "Ou eu posso mandar Claudia
escolher um para você."

Claudia é minha gerente de campanha e assistente


pessoal.

"Claudia?" resmunga Eden. "Ela vai acabar escolhendo


algum vestido de criança cheio de flores psicodélicas que fará
as pessoas falarem sobre mim ainda mais."

Eden está certa. Claudia é ótima no que faz, mas


também é uma hippie autoproclamada, com escolhas de
moda muito questionáveis.
“Anote o que você quer. Cor, tamanho... Essas coisas
que garotas gostam.”

Os cantos dos lábios dela se erguem. "Que garotas


gostam?"

Eu me encolho impotente porque eu estou claramente


fora da minha zona de conforto e ela ri. "OK tudo bem. Vou
escrever o que eu quero.”

Por um segundo, acho que a convenci, mas logo depois


ela pega uma caneta sobre a cabeceira de sua cama, apenas
para solta-la um segundo depois. “Eu não acho que posso
fazer isso. Eu sinto muito."

Suas mãos trêmulas e suas bochechas manchadas de


lágrimas arranham a barreira que coloco entre nós.

Atravessando meus limites, mesmo sabendo que não


deveria, a puxo para os meus braços. “Não se desculpe. Esse
baile acontece todo ano.” Eu inclino seu queixo para cima.
"Você vai poder ir quando estiver pronta"

Ela suspira. "E se eu não puder?"

"Você irá."

"Como você pode ter tanta certeza?"

“Porque existem dois tipos de pessoas neste mundo.


Aqueles que são capazes de conquistar a grandeza, mas não
se incomodam em tentar. E aqueles que ainda tentam,
embora não sejam capazes de conquistá-la.”

"Eu-"
"Você não é nenhuma destas pessoas." Eu limpo suas
lágrimas com meus polegares. "Você é o tipo de garota que
pode fazer qualquer coisa que sua mente definir e ainda
assim ter sucesso em tudo que faz."

Ela inclina a testa no meu peito. "Você realmente acha


isso?"

“Eu tenho certeza. Você nem precisa tentar. Tudo o que


você quizer neste mundo já é seu.” Ela treme e eu passo
meus dedos pela sua nuca, observando os arrepios sobre sua
pele delicada. "Tudo o que você precisa fazer é pegar."

Ela olha para cima, seus olhos azuis escurecem com a


luxúria. "E se tudo o que eu quero estiver bem na minha
frente?”

Meu pau se contorce e eu murmuro uma maldição. Não


tenho certeza se tenho força de vontade suficiente para
continuar recusando-a. Não quando ela está pressionando
seu corpinho quente contra mim agora.

Mas eu preciso. As linhas entre nós estão ficando


embaçadas novamente.

"Eden"

Ela coloca o dedo sobre meus lábios enquanto a outra


mão vai até meu zíper. "Eu sei." Deslizando a mão pela
abertura da minha calça, ela corre um dedo sobre a minha
ereção. "Mas de acordo com o relógio na parede, é
oficialmente meu aniversário." Eu respiro fundo quando ela
envolve a mão em volta de mim e segura meu eixo. "E eu
quero um beijo de aniversário." Ela sorri timidamente e fica
de joelhos.
Eu sou um homem doente porque essas palavras
inocentes deixam meu pau ainda mais duro.

Tenho certeza de que isso me deixa a dois passos dos


portões do inferno.

"Eden," digo seu nome em um gemido baixo quando ela


coloca meu pau em sua boca.

Isto é errado. Tão errado.

Errado. Errado. Errado.

"Chupe mais rápido."

Estou tão doente.

Doente. Doente. Doente.

"Boa menina." Eu enrolo seu cabelo em volta do meu


punho enquanto sua língua molha meu eixo. "Me chupe
assim."

Sons de engasgos enchem seu quarto quando ela chupa


meu pau rapidamente.

Apoiando um braço em uma cadeira, vejo como ela me


dá prazer, de alguma forma parece ainda melhor do que
todas as fantasias que tive com ela no ano passado.

Lábios cor de rosa se esticaram ao redor do meu eixo.


Suas bochechas estão ocas por me chupar. Olho para o meu
pau que bate constantemente na parte de trás de sua
garganta.

Em outras palavras, ela é a perfeição.


E Deus me ajude, porque isso me faz querer descobrir
como ela ficaria se eu estivesse dentro dela.

Ela encontra um ritmo e eu balanço em sua boca.


"Porra."

Eu deveria acabar com isso, mas o diabo no meu ombro


sussurra que, como já estou indo para o inferno, eu posso
aproveitar e aceitar tudo o que ela está oferecendo.

E apesar de ser um homem adulto, eu o ouço. Fazendo


ela se levantar, a empurro na cama.

Seus olhos se arregalam de surpresa. Ela parece tão


inocente que envia outra pontada de desejo direto para o
meu pau.

Eu pairo sobre seu corpo magro. "Você me deixa louco."


Correndo meu nariz ao longo de sua têmpora, eu inalo seu
perfume florido. "O que eu vou fazer com você?"

Seu peito se ergue, chamando minha atenção para seus


seios perfeitos. "Tudo o que você quiser."

"Simples assim?" Com um sorriso, eu enfio uma mão


por baixo da camisa dela e pego sua bunda com a outra. Seus
seios são tão firmes como eu achava que seriam. "Tire a
camisa para que eu possa vê-los."

Ela rapidamente tira a camisa e eu percorro o caminho


para baixo do seu tronco, parando para lamber e sugar cada
centímetro de seu abdômen tonificado.
Circulando sua barriga com a minha língua, eu olho
para ela. Eu me sinto como um maldito adolescente
novamente, porque tudo que posso fazer é olhar para seus
seios fartos e mamilos cor de pêssego.

Suas bochechas ficam rosadas e ela começa a se cobrir,


mas eu balanço minha cabeça. "Não se atreva." Com um
sorriso, eu tiro seu jeans, revelando seus quadris. "Nós não
terminamos."

Meu pau pulsa quando eu vejo partes de sua buceta lisa


e nua espiando para fora da calcinha. "Tão molhada."
Esticando meus dedos, eu a abro. "Tão linda."

Eu dou um beijo em seu clitóris sensível e ela solta um


gemido gutural que vai direto para as minhas bolas. "Você
tem alguma ideia do quanto eu quero isso?” Eu circulo seu
botão sensível com a minha língua. "Quanto eu quero fazer
você gozar com meu pau dentro de você."

"Faça isso," ela diz, me provocando. "Eu te disse, eu sou


todo sua." Com um gemido, eu me posiciono entre suas
coxas. Estou prestes a entrar nela, mas sinto seu corpo ficar
tenso debaixo de mim. "Você está bem?”

"Sim." O rosa de suas bochechas se aprofunda, e sua


respiração fica instável. "Eu só não... Eu nunca fiz isso
antes, então estou um pouco ansiosa."

Eu congelo, a consciência do que estamos prestes a


fazer me dá um soco no estômago. Eu suspeitava que ela era
virgem, mas ouvi-la confirmar isso segundos antes de eu
estar dentro dela, faz essa coisa toda parecer ainda mais...
Errada.
Eu olho para o meu pau cutucando sua entrada, me
perguntando como diabos eu me deixei ir tão longe.

Eu me importo com o Eden. Realmente me importo com


ela. De duas maneiras muito diferentes e muito conflitantes.
Mas um lado está ganhando agora.

"Eu estou tomando pílula." Ela sorri nervosamente.


"Você não precisa se preocupar."

Eu me levanto e coloco meu pau dentro da calça. "Eu


não vou tirar sua virgindade."

"O quê?" Ela senta. "Por quê? Foi tudo perfeito."

"Não, não foi perfeito." Eu pego suas roupas do chão e


as entrego para ela. "Você merece mais do que isso."

“Mas eu amo você, Cain.” O espaço entre nós diminui


quando nos olhamos. "Eu amo tudo sobre você." Seu lábio
inferior treme. "Mesmo quando você me machuca, eu ainda
te amo."

Há uma parte de mim que sabe que vou me arrepender


do que estou prestes a dizer no momento em que as palavras
saírem da minha boca, mas é o único jeito. Isso não pode
continuar acontecendo. Estamos saindo do controle e se eu
não pará-la... Vidas serão arruinadas. Isso já aconteceu
antes.

“Não, você não ama. Você só pensa isso, porque nunca


sai de casa e não sabe nada sobre a vida. Você é uma garota
linda e doce. Mas essa coisa... Essa merda entre nós
acabou.’’
Lágrimas caem pelo rosto dela. "Mas você também me
ama." As lágrimas caem mais rápido, e eu sinceramente me
odeio por fazê-la se machucar assim. "Eu sei que você me
ama."

"Eu amo você, Eden." Então, antes que a sua esperança


cresça, eu acrescento: "Mas não desse jeito. Eu amo você
como p— ”

"Não,” ela engasga, me dando olhar frio. "Saia."

"Eden-"

Ela pega um vaso da mesa de cabeceira e o joga contra


parade "Fora."

Eu ando até a porta, e sinto meu coração na garganta.


"Eu sinto muito."

"Não, você não sente." Ela enterra o rosto nas mãos.


"Você nunca se importa com meus sentimentos."
Capítulo 5

Eu agarro meu peito enquanto a dor me destrói por


dentro. Ela é tão forte que perco o fôlego. É tão brutal... Eu
juro que posso realmente sentir meu coração se partindo em
um milhão de minúsculos pedaços.

Como se eu estivesse morrendo lentamente. E, no


entanto, se Deus me oferecesse um último desejo antes que
minha alma partisse da Terra, sei exatamente o que
desejaria.

A mesma coisa que eu desejei todas as noites nos


últimos quatro anos. Eu gostaria que Cain Carter me amasse
do jeito que eu o amo.

Mas agora eu sei que isso nunca acontecerá... E não é


porque ele não me ama. É porque ele não me ama da maneira
que eu gostaria.

Ele não quer me amar do jeito que eu o amo.

Porque ele compara esse amor com algo doente e errado.

No fundo eu sei que deveria deixá-lo ir e tentar


encontrar uma maneira de seguir em frente, mas não posso.

Porque a coisa fodida sobre o amor é. Nada te impede


continuar amando uma pessoa, mesmo que ela não te ame
de volta.
Isso só faz você amá-la ainda mais, isso faz você se
segurar... Porque o seu amor é a única coisa que ainda o
amarra a está pessoa.

E se o fio se soltar. Se a fundação que você construiu


alguma vez desmoronar. Você é deixado sem nada.

Às vezes a única diferença entre amor e obsessão é um


coração partido.
Capítulo 6

Manchas douradas, azuis, verdes e brancas correm


para frente e para trás diante dos meus olhos. Eu gosto de
me sentar no escuro, e observar os peixes nadando sob luzes
de neon.

É uma pena que o barulho de saltos no chão de


mármore do meu escritório interrompa minha meditação.

“Ainda bem que não me importo com meu trabalho


como repórter, porque a entrevista foi exatamente como você
disse que seria.” A jovem mulher Jodie solta um suspiro
atrás de mim. "Eu já estava vindo para cá, quando recebi um
telefone me informando que fui demitida."

Meus lábios se contorcem. Eu sabia que Cain tinha um


fraco por sua enteada. Não posso dizer que o culpo. Ela é...
Especial.

"Você vai ser bem compensada." De pé, eu polvilho um


pouco de comida no tanque. Meus peixes não foram
alimentados em dois dias.

"Descobriu alguma coisa interessante sobre Eden?”

“Você quer dizer, algo diferente dela ser uma cadela


típica da alta sociedade cujos sapatos custam mais do que o
meu aluguel?”
"Além de inveja ser um pecado, ela é extremamente
pouco atrativa aos meus olhos.”

“Você está chamando a atenção de alguém que tem as


informações que quer? Você vai se virar e olhar para mim em
algum momento, ou você está planejando me dar o meu
dinheiro telepaticamente?”

"Depende."

"De quê?”

"Se olhar para você for uma visão melhor do que a que
tenho agora."

Não é.

A boca da garota se abre. “Espere, o que você acabou de


insinuar? Quer dizer, eu nunca teria nada com você. Você é
Damien King. Eu sei tudo sobre a sua vida.” Ela coloca as
mãos nos quadris. "Eu não sou uma prostituta."

"Vou te dar uma dica. Não entre no meu escritório à


noite esperando ser paga por um trabalho que não concluiu.
Meu tempo é valioso então você pode usar essa sua boca para
me contar sobre a entrevista e sair com um cheque na sua
mão... Ou usá-la para chupar meu pau e sair com nada além
do meu esperma em seu rosto. A escolha é sua."

Ela embaralha os pés nervosamente. "Desculpa."

Eu aperto a ponta do meu nariz quando ela pega um


chiclete de sua bolsa.
A garota está testando minha paciência, e se ela não
tomar cuidado, vou foder seus miolos... Antes de afogá-la no
meu tanque. "Jodie."

“Desculpe, eu tenho que mascar chiclete quando estou


nervosa. De qualquer forma, não falei com ela por muito
tempo. E para dizer a verdade, ela agiu como uma pirralha.”

Respirando fundo, eu me sento em minha cadeira.


"Como assim?”

"Bem, quando eu perguntei a ela se ela estava animada


com a festa amanhã à noite, você sabe, antes de mencionar
que ela era uma prostituta, ela me ofendeu."

Provavelmente porque ela não se aventura fora de casa,


sua idiota.

"Oh droga. Não posso acreditar que quase me esqueci.’’


Ela bate palmas como se estivesse prestes a compartilhar as
últimas notícia sobre seu último encontro com uma amiga.
“Você estava certo. Ele está dormindo com ela.’’

"O que te faz ter tanta certeza?”

Eu sei que Cain quer, mas eu não sabia que eles


cruzaram essa linha… ainda.

"Ele correu para o quarto como um cavaleiro branco


quando eu a deixei chateada."

"Tenho certeza que ele estava apenas preocupado com


sua filha." Ou se desculpando pelo relacionamento
inadequado.
Eu me inclino para trás na minha cadeira e sorrio. Se
ela vai revelar isso a um estranho na internet, o que a impede
de contar a mais alguém?

Ela ri. “Sim, preocupado com a sua imagem. Ele a tocou


quando entrou na sala, nada sexual. No entanto, no segundo
em que ela disse que eu havia insinuado que eles estavam
tendo um caso, ele pulou para trás como se ela fosse feita de
lava.” Ela bufou. “Então ele começou a agir como um santo.
Como se o simples pensamento de foder sua enteada fosse
algo que nunca passou pela sua cabeça antes.’’

"Interessante. Como Eden reagiu?”

"Oh, ela pareceu estar chateada." Ela estala seu


chiclete. “Embora eu não saiba por quê. Se eu estivesse no
lugar dela, eu dormiria com ele, o cara é gostoso pra caralho,
ficaria mais do que feliz em ser fodida por ele todas as noites
e fingir ser sua enteada durante o dia.” Ela revira os olhos.
“Eu sei que ela é loira, mas não pode ser seriamente burra o
suficiente para pensar que será mais do que sexo entre eles.
Quero dizer, olá, ele está prestes a ser prefeito, mas todo
mundo sabe que ele se casou com a sua mãe por interesse.”

Ela mastiga vigorosamente. "Mas, foi basicamente isso."


Ela bate as unhas na minha mesa. “Então, agora que você
tem toda essa informação, o que você está planejando fazer
com isso? Obviamente, há uma razão pela qual você queria
que eu a irritasse.”

Me virando, volto a minha atenção para os peixes.

Eles parecem tão inocentes nadando em seu cativeiro.


Tão contentes que agora eu os alimentei e cuidei deles.

Eles são lindos. Como Eden.


Ela bate o pé. "Você vai olhar para os peixes o tempo
todo que eu estiver aqui?"

"Não."

Pressionando um botão na minha cadeira, libero o


divisor entre o tanque principal e outro que está escondido.
Nele há uma piranha de barriga vermelha muito faminta.

Em menos de um minuto... Todos os meus belos peixes


estaram mortos.

Eles nunca a viram chegando.

Eu giro minha cadeira. "Tire suas roupa.”


Capitulo 7

Ping.

Eu acordo e olho o relógio na minha mesa de


cabeceira. São quase depois das duas da manhã.

Eu abro o aplicativo.

Não vou responder, digo a mim mesma. Eu só quero


saber o que ele tem a dizer.

Devil: Feliz aniversário, linda.

AngelBaby123: Foda-se.

Devil : Você está com raiva de mim?

AngelBaby123: Uau, como você é babaca.

Devil: Quer que eu não fale mais com você?

AngelBaby123: O que eu quero é que você pare de me


machucar.

Devil: Eu nunca quis fazer isso.

AngelBaby123: E ainda assim você continua fazendo.

Devil: Eu não queria te ignorar. Eu tinha algumas coisas


para fazer.
AngelBaby123: Isso não é sobre me ignorar. Isso é sobre
o que aconteceu hoje à noite.

Devil: Me diga o que mais te machucou para que eu


possa te beijar até sarar.

AngelBaby123: Isso não vai resolver. Eu não sou uma


criança com um joelho arranhado.

Eu sou uma garota com um coração partido. Porque


estou apaixonada por um homem que nunca poderei ter.

Devil: Eu posso fazer qualquer coisa por você. Me


entregue suas dores, Eden. Eu não quero que você continue
sofrendo.

Devil: Eu prometo que não vai doer mais quando você


fizer isso.

Eu limpo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto com as


costas da minha mão. Este Cain sempre sabe as palavras
certas para me dizer.

AngelBaby123: Não diga coisas que você não quer dizer.


E não faça promessas que você nunca cumprirá.

AngelBaby123: E não me diga para te dar a minha dor,


porque ao contrário de você, eu nunca machucaria a pessoa
que eu amo.

Devil: Eu não quero te machucar.

AngelBaby123: Então por que você continua fazendo


isso?
Devil: Porque é mais fácil ferir a pessoa que você ama
quando você não deveria amá-la. É mais fácil afastá-la,
porque sua vida seria muito melhor assim.

AngelBaby123: Então por que você continua me


fazendo continuar amando você.

Continua me dando esperanças.

Devil: Porque sou um egoísta. Eu deveria deixar você ir,


mas eu não quero perder você. Não quero perder você, porque
não quero que ninguém mais tenha você. Essa coisa entre nós
é aterrorizante. Está me arruinando.

AngelBaby123: Mas se eu continuar magoada e ferida,


tudo bem para você?

A minha tela diz que ele está digitando, mas depois fica
em branco. Ele apagou tudo o que ele queria dizer.

AngelBaby123: Eu acho que tenho já tenho minha


resposta. Tenha uma boa noite, Prefeito.

Devil: Não me odeie. Eu só estava fazendo o que achava


certo. As próximas duas semanas serão as mais difíceis da
minha vida. Se eu estou agindo como um idiota com você, é
porque estou com medo do futuro.

Estou com medo do futuro também.

AngelBaby123: Estou cansada. Eu vou voltar a dormir.

Devil: Eu não quero que você vá para cama chateada


comigo. Podemos começar de novo?

AngelBaby123: Como podemos começar de novo,


quando nunca começamos?
Devil: Não desista de nós. Me deixe fazer isso direito.

AngelBaby123: Como?

Devil: Vou te fazer uma surpresa em breve.

AngelBaby123: Que tipo de surpresa?

Devil: Eu vou te dar tudo que o você sempre quis. Tudo o


que você precisa fazer é aceitar.

AngelBaby123: O que? Como?

Seu nome de usuário fica cinza.


Capítulo 8

“Você pode verificar a Eden para mim? Ela ainda não


desceu.”

Claudia levanta uma sobrancelha grisalha. "Eu disse a


você há dez minutos que Eden disse que ela não estava se
sentindo bem."

"Você disse?” Eu olho para a papelada na minha mesa.


"Desculpe, tem sido uma daquelas manhãs difíceis.”

“Eu imagino. Hoje será uma grande noite.”

Quando eu olho para ela sem expressão, suspira e diz:


“O baile.”

"Oh, certo."

Ela olha na direção da escada. "Coitadinha está doente


em seu aniversário."

A culpa se instala em mim. Eden não está doente... Não


fisicamente de qualquer maneira.

"Certifique-se de alguém vai ficar de olho nela enquanto


eu passo o dia fora."

Eu não quero estragar o aniversário de Eden, forçando-


a a me ver... Mas eu não quero que ela fique sozinha também.
Claudia concorda com a cabeça. "Você não tem mais
nada agendado para hoje."

A idade avançada de Claudia trabalha a seu favor,


porque se fosse outra pessoa questionando o meu paradeiro,
ela seria expulsa do meu escritório sem nem sequer receber
um cheque de dispensa.

“Vou almoçar com Milton Bexley... E sua filha."

"Hmm."

Eu pego meu paletó na parte de trás da minha cadeira


e o coloco. "Hmm? O que?”

“Eden sabe ?”

"Sabe o que?”

"Que você está namorando Margaret Bexley?”

Claudia é mais perspicaz do que eu lhe dou crédito.


"Mantenha a voz baixa." Eu olho em volta para me certificar
de que Eden não está escutando a nossa conversa. Não seria
a primeira vez. "Eu ainda não tive a chance de contar a ela."

Isso é mentira, eu tive muitas chances de dizer a ela no


último mês… Eu simplesmente não quis.

Eu dou a Claudia um olhar de advertência. "Eu confio


que você vai manter isso em segredo.”

“Meus dias de fofoca já se foram. Além disso, é melhor


que Eden ouça isso de você.”
"Eu vou dizer a ela quando for à hora certa." Eu pego
minha carteira e as chaves na mesa. "Você comprou o
presente como eu pedi a você?"

Ela acena com a cabeça. "Deve ser entregue em breve."

"Perfeito." Eu caminho em direção à porta, mas meus


ouvidos sintonizam com o que está acontecendo na televisão.

"Uma jovem chamada Jodie Gale está desaparecida,” diz


o repórter. “Sua madrasta, Katrina Owens, relata que ela
deveria voltar para casa ontem à noite depois do trabalho,
mas não voltou. Nossas fontes dizem que Jodie é uma
colunista de fofocas júnior no Independent Chronicle.”

Eu congelo quando uma foto da jovem aparece na tela.


"Porra."

"As autoridades precisam de informações que possam


ajudar a encontrá-la. Se você tiver alguma entre em contato."

"Ela não é a repórter que você fez ser demitida ontem?”


Pergunta Claudia.

Eu olho para ela. “Não, ela é a repórter para quem eu fiz


biscoitos para depois recitar algumas das minhas passagens
bíblicas favoritas.” Ela abre a boca, mas bato meu dedo na
madeira da mesa. “Conserte essa merda, Claudia. Ou divirta-
se vivendo apenas com seus cheques do seguro social.”

Eu saio antes que ela possa discutir.


Capítulo 9

Passado...
“Me desculpe, cara. Eu não queria ser o único a te
contar, mas alguém tinha que fazer isso.” Meu amigo e às
vezes rival de debate me diz. "Eu gostaria de saber se fosse
eu."

Eu aceno devagar, com medo de fazer mais do que isso


por medo de que só piore a situação.

Uma coisa é descobrir que sua namorada de um ano e


meio está te traindo com o maior idiota da escola. Outra é ter
um colapso mental na frente de todo o corpo estudantil.

A julgar pela maneira como todos na cafeteria estão


atualmente me encarando... Eu sou o último a saber.
Impressionante.

Eu bato no ombro de Corey. “Obrigado, cara. Aprecio


sua boa ação.” Eu mantenho minha expressão neutra
enquanto atravesso a cafeteria. Não tenho certeza se vou
confrontá-la agora ou depois. Mais tarde, eu decido. Não sei
onde ela está, e não tenho vontade de pegá-la em flagrante.

"Espere," Corey grita e eu paro de andar.

"Eles estão no galpão," ele me informa, mais alto do que


precisava.
Faça isso agora.

Tenho certeza que uma pequena parte dele está


gostando disso. Ele pediu a Katrina Owens, aquela vaca
trapaceira para ir ao baile no início do nosso primeiro ano,
mas ela recusou e foi comigo em vez disso.

Nós estamos juntos desde então.

Até que ela começou a transar com Damien King pelas


minhas costas.

Seria quase cômico se não estivesse acontecendo


comigo. Eu e Damien não poderíamos ser mais diferentes um
do outro. Tão diferentes que eu não sei muito sobre ele e
tenho certeza que ele pode dizer o mesmo sobre mim.

Mas o que eu sei sobre ele não é bom, no entanto. Ele


não anda com pessoas ruins... Ele é a pessoa ruim. Sua mãe
está morta, então ele vive com o pai. O próprio é uma
anomalia nesta cidade, seu pai é um homem de negócios
insensível e a maioria das pessoas de Black Hallows o odeia.
Com um bom motivo.

Há alguns anos atrás, nossa cidade foi atingida por uma


tempestade e uma amada sorveteria foi severamente
danificada. O dono, o Sr. Manning, um bom homem de
oitenta anos, não tinha dinheiro para consertá-la.
Naturalmente, a comunidade se reuniu e organizou um
enorme levantamento de fundos para ajudar. No entanto,
alguns dias antes de contarem que a sorveteria seria
reformada, o Sr. King interveio e entregou um cheque ao Sr.
Manning. O velho ficou tão grato, que não deve ter percebido
o que a papelada assinada implicava.
Uma semana depois, o pai de Damien derrubou a
sorveteria e a transformou em uma academia.

Até hoje ele nunca pisou lá. Ele só fez isso para irritar
todo mundo. A maçã não caiu muito longe do pé, porque a
maioria das pessoas desta cidade podem dizer o mesmo
sobre Damien.

Ele irrita muita gente.

Como eu. Agora.

Porque eu estou vendo ele imprensar minha namorada


contra uma parede em um galpão.

Eu provavelmente deveria detê-los, mas por alguma


razão, tudo o que posso pensar é como Katrina e eu
perdemos nossas virgindade há dez meses atrás.

Teria sido mais cedo se dependesse de mim, mas


Katrina disse que queria esperar. Ela alegou que era uma
boa menina e queria ter certeza de que eu estava falando
sério sobre ela antes de chegar ao próximo nível.

Ela não parece uma boa menina agora.

Suas pernas estão enroladas na cintura dele. Suas


unhas falsas estão cravadas em suas costas. E gemidos
estão saindo de sua boca enquanto ele a fode com tanta força
que o galpão treme.

Não, ela não é uma boa menina. Ou melhor... Ela nunca


foi boa para mim. "Oh meu Deus,” Katrina grita quando me
vê.
Inclinando-me contra a enorme porta, eu lhe dou um
sorriso apertado. "Se divertindo?"

"Cain, eu posso explicar" Ela bate no ombro de Damien.


"Pare. Meu namorado está aqui.”

"Espere," Damien late, e seus impulsos ganham


velocidade. “Você pode falar com ela em um minuto, mano.
Só preciso terminar com essa puta primeiro.”

Eu coloco minhas mãos nos bolsos. “Não tenha pressa,


mano."

Fique tranquilo enquanto fode a puta da minha


namorada enquanto eu estou aqui.

Os olhos de Katrina se enchem de lágrimas. "Eu estou


tão..." Sua voz desaparece e sua respiração acelera.

Eu suponho que é por causa do remorso que ela deve


estar sentindo agora.

Pelo menos é isso o que eu penso, até que sua cabeça


recua e ela geme alto o suficiente para acordar os mortos.
"Oh Deus. Não pare.” Inclinando minha cabeça para o lado,
olho para baixo, onde seus corpos estão unidos... A mão de
Damien está dedilhando sua boceta como um banjo.

Evidentemente, foder minha namorada na minha frente


não é bom o suficiente para ele. Ele precisa derramar sal na
ferida, certificando-se de que eu testemunhe o prazer que ela
está sentindo nesse momento.

Eu moo meus molares. O idiota está intencionalmente


me provocando. E está funcionando porque minha
compostura é semelhante a um elástico prestes a arrebentar.
Nunca deixe ninguém te ver sofrendo. As palavras de
sabedoria do meu pai ecoam pelas paredes do meu crânio. A
chave para sobreviver a qualquer escândalo é agir como se
ele não existisse.

E não vamos esquecer o seu mais recente. Katrina se


parece com uma puta, filho. Sua futura esposa deve ser uma
mulher decente. Meu pai estava certo. Tenho certeza que ele
vai adorar me ouvir admitir isso quando eu for para casa.

"Terminou?” Eu digo através dos dentes cerrados.

“Apenas…” Impulso. “Um.” Empurrão. "Porra. Lá vamos


nós.” Eu quero matar ele.

Eu assisto com desgosto quando eles se afasta dela e


arruma suas roupas. Katrina faz a mesma coisa.

O filho da puta mal coloca seu pênis na calça e acende


um cigarro.

Como uma garota em sã consciência me trocaria por um


cara como ele.

Apesar de sua conta bancária ter mais dinheiro do que


a minha jamais verá, ele parece um lixo. Eu não estou
dizendo isso porque estou com raiva. O cara realmente
parece cheirar mal.

Estreitando meus olhos, continuo minha avaliação. Seu


cabelo escuro é curto, mas graças ao show que acabei de
presenciar, eu sei que há algumas tatuagens na parte de trás
de sua cabeça.

Como se isso não fosse esquisito o suficiente, bem no


centro de seu pescoço há uma enorme tatuagem de caveira
com chamas cobrindo sua garganta. Seus braços também
estão cobertos com tatuagens de crânios, além de algumas
declarações profundas como "Não confie em ninguém.”

Seu corpo pode ser um pouco melhor que o meu,


suponho. Temos mais de um metro e oitenta, mas eu sou
magro e tonificado graças aos meus anos educação física. E
ele… bem eu acho que alguém da sua família imunda está
usando aquela academia, afinal.

Ao contrário dele, estou bem arrumado e limpo.


Infelizmente, a constante barba rala no seu rosto faz pouco
para entorpecer suas características intensas.
Características absolutamente arrepiantes, para ser
honesto. Especialmente por causa de seus olhos azuis
gelados. Eles nem parecem reais. Com certeza esse filho da
puta usa lentes de contato.

Seus olhos incomuns não são sua característica mais


perturbadora, no entanto. É o que passa por trás deles. A
maneira como ele olha para as pessoas. É absolutamente
ameaçador. Quase como se o próprio Satanás o estivesse
usando para roubar sua alma.

Inferno, talvez Katrina não seja uma vagabunda, afinal


de contas, este é o trabalho do diabo.

Ou talvez, eu preciso parar de procrastinar e chutar sua


bunda agora. Porra, isso é uma merda. Apesar das reservas
de meu pai, Katrina se encaixa perfeitamente em minha vida.
Ela conhece minhas aspirações, sabe o que se esperava dela,
e apesar de ser uma vadia, teria sido uma boa esposa.

Seu tio é um congressista, então a política não é um


conceito estranho para ela ou sua família. Seus pais não são
ricos, mas são pessoas trabalhadoras. Algo que teria feito às
pessoas apoiá-la e, por sua vez, me apoiar.

Para não mencionar que as pessoas gostam de uma


história de amor que se formou nos tempos de escola.

Mas não há como eu ficar com ela, já que todo mundo


sabe que ela me traiu com Damien King.

Ela estragou tudo. E agora que a poeira está começando


a se acomodar… Dói. Perder ela é como perder um bloco de
madeira que gastei muito tempo esculpindo para criar uma
escultura milimetricamente projetada.

Um ano e meio da minha vida acabou de ser jogado no


ralo. Simples assim.

Deus, eu odeio perder meu tempo. Especialmente


quando sei que ela pode acabar com algum outro aspirante
a político que vai lucrar com todo o trabalho duro que tive
com ela.

"Eu sinto muito, Cain,” Katrina diz.

Eu cruzo meus braços sobre o peito. "Eu também."

Seu olhar percorre o galpão, evitando olhar para mim.


"É que... Você está sempre tão ocupado o tempo todo, e
Damien..."

"Não faz nada além de foder e fumar maconha o dia


todo." Ela pisca.

"Bem, sim." Ela olha para ele. "Sem ofensa."

Ele acende seu cigarro. “ Tranquilo."


“É só que… Eu não sei. Tudo entre nós parecia que
estava no piloto automático ultimamente,” continua Katrina.
“Nós mal nos vemos porque você está sempre tão ocupado
com o conselho estudantil e com a equipe de debate. E
quando saímos, é sempre a mesma coisa. Nós vamos ao
Fatty's, nos encontramos com seus amigos, e então damos
uns amassos por cinco minutos na parte de trás do seu carro
até você me deixar em casa.” Damien bufa.

Eu estreito meus olhos para ele antes de falar com


Katrina. “Primeiro de tudo, eram muito mais do que cinco
minutos. Em segundo lugar, se você quisesse mudar a nossa
rotina, deveria ter aberto a boca e dito alguma coisa.”

"Eu fiz isso." Linhas de rímel se alinham suas


bochechas. "Eu te disse na semana passada e você me
ignorou."

“Na semana passada eu estava preenchendo os


formulários da faculdade. Eu estava um pouco distraído.”

Especialmente desde soube que meu irmão já descobriu


que foi aceito em Harvard. Ele é apenas seis minutos mais
velho que eu, mas ele também me supera em quase tudo que
importa. Notas, esportes, política, aparência... A aprovação
do nosso pai.

Ela inclina o queixo para Damien, que está observando


nossa conversa com uma expressão humorística no rosto.
Ela abotoa o cardigã. “Sinto muito, Cain mas-”

"Espere,” eu grito porque não há nenhuma maneira no


inferno que eu vou deixar ela transar com esse babaca na
minha frente e ainda terminar comigo. As pessoas podem
estar escutando do lado de fora, e eu não vou deixar ela me
fazer parecer um idiota. "Você está transando com ele desde
a semana passada?"

Ela acena com a cabeça. Ele encolhe os ombros.

"Nós fizemos sexo ontem," eu a lembro.

Damien parece não se incomodar com essa informação.


Katrina, no entanto, parece culpada. "Eu sin-"

É tudo que preciso.

"Eu não quero ouvir suas desculpas, Katrina." Eu grito


alto o suficiente, para que ela pule. "Dê o fora daqui, eu sei
que você está mentindo, sua vagabunda."

Sua boca se abre e ela olha para Damien para defender


sua honra.

Eu me preparo para uma luta, mesmo não querendo


isso, mas sei que é praticamente inevitável neste momento,
graças ao meu desabafo.

Para minha surpresa e espanto, Damien permanece em


silêncio enquanto pega outro cigarro, parecendo
inegavelmente indiferente.

“Tudo bem, está resolvido. Acabamos.” Endireitando a


espinha, Katrina bate os cílios para Damien. "Me liga mais
tarde?”

Damien olha para ela sem expressão. "Eu não quero


nada com você.”

Ela parece tão confusa quanto eu. “Eu e Cain não temos
mais nada. Nós…” Damien parece positivamente perturbado.
"Eu não namoro ninguém."
"Claro que não," Katrina ri. “Só saímos há uma semana.
É muito cedo para esse tipo de compromisso.”

"Porra,” Damien diz rindo. "Eu comi você duas vezes na


mesma semana." Ele dá outra longa tragada no cigarro. "E
foi só porque eu pensei que por você já ter um namorado não
estaria procurando por um."

Bem, isto é constrangedor.

Katrina sorri nervosamente. “Não podemos falar sobre


isso na frente de Cain. Eu não quero aborrecê-lo mais do que
ele já está.”

Jesus Cristo. De repente me sinto como uma criança no


meio de um divórcio.

“Eu não estou chateado.” Eu estou muito chateado.

“Desculpe fazer isso com você querida, mas só porque


eu compartilhei a mesma boceta com seu namorado, não
significa que eu quero continuar a compartilhar ou herdar
seus problemas de relacionamento. A sua boceta é a única
parte em que estava interessado.” Damien apaga o cigarro.
"Infelizmente para você, eu jamais te levaria a sério."

Droga, ele não só transa com a minha garota, mas


também é melhor do que eu para colocar um ponto final em
seu quase relacionamento.

Katrina, compreensivelmente, parece ofendida. "Você é


um idiota." Dizer a Damien King que ele é um idiota é como
falar com uma pessoa surda. É totalmente sem sentido.

Ela pega sua bolsa. "Vocês dois podem ir para o inferno."


Ela deve ser cega, porque tenho certeza de que já estou
nele. Damien ri quando ela fecha a porta do galpão atrás
dela. "Algo engraçado?"

Ele olha em volta. "Você está falando comigo?"

“Lógico que é com você. Quem mais está aqui…” O som


do barulho do lado de fora chama a minha atenção. "O que
foi isso?” Ele amaldiçoa em voz baixa. "Esse som quer dizer
que estamos trancados.” Ele caminha até a porta e a
empurra. "Ela nos trancou aqui."

Eu tento abrir a porta "Merda."

Ele revira os olhos e tira o celular do bolso. "Vou ligar


para alguém nos tirar daqui."

Eu olho em volta. “Nós provavelmente podemos dar um


jeito de sair daqui. Estamos em um galpão velho.”

Sua língua encontra sua bochecha. "Você vê algum


maçarico por aqui?” Não. Não há nada além de madeira e
ferramentas manuais básicas. Nada disso pode nos ajudar,
já que estamos trancados de fora para dentro.

"Exatamente." Ele coloca o telefone no ouvido. “Ei,


Bagels, é D. Ouça, eu preciso de um favor. Eu estava fodendo
uma vadia no galpão da escola, mas ela acabou ficando um
pouco chateada e acabou me trancando aqui. Meu telefone
está com pouca bateria, então não me ligue de volta. Traga
sua bunda até aqui com alguns alicates.” Ele está prestes a
desligar, mas faz uma pausa. “E um oitavo daquela dama
verde.”

Eu olho para ele. "Você realmente ligou para o seu


traficante de drogas para pedir ajuda?"
A última coisa que preciso é ser descoberto no galpão da
escola com o irmão há muito perdido de Cheech e Chong ii e
um oitavo de maconha à quatro meses antes da formatura.

Meu pai vai me matar.

"Se você está tão preocupado, ligue para um de seus


próprios contatos e cuide disso."

"Eu vou." Eu procuro por meu telefone. "Merda."

“Qual é o problema, senhor presidente? Encontrou um


buraco na sua camisa polo?”

Aborrecimento desliza pela minha espinha. "Eu deixei


meu telefone na cafeteria."

Ele joga o seu para mim. “Use o meu."

Quando começo discar, a tela do telefone fica preta.


“Acabou a bateria" Sinto que vou entrar em pânico. "A única
pessoa que pode nos ajudar agora é um traficante de drogas
chamado Bagels, que provavelmente está muito chapado
para lembrar seu nome real e principalmente onde estamos."
Eu franzo a testa. "Como diabos minha namorada me traiu
com alguém como você. "

Ele acende outro cigarro. “Bagels vai nos ajudar. O cara


não pode dizer não a uma venda. É por isso que pedi a ele
para trazer maconha.” Ele encolhe os ombros. “Quanto a sua
garota… É simples. Eu sou mais rico e fodo melhor.”

Por um momento, penso em como matá-lo e sair


impune. O dinheiro é um assunto extremamente doloroso
para mim. Sempre foi. Do lado de fora, minha família parece
ser rica. E nós seríamos... Se não fosse pelo mau hábito do
meu pai de comprar coisas que não precisa. Seus gastos
ficaram descontrolados depois da morte da minha mãe. Em
pouco tempo eu e meu irmão não teremos dinheiro algum.

Nos últimos três anos, nosso pai comprou dois barcos,


quatro carros, uma casa de férias e muitas outras coisas
caras que ele nunca poderá terminar de pagar.

Eu não posso nem me dar ao luxo de ir para a faculdade


a menos que eu receba uma bolsa de estudos integral ou
tente conseguir um empréstimo enorme. O que, claro, vou
ser forçado a fazer porque meu pai não me permite ser uma
desgraça e envergonhá-lo.

E, no entanto, Damien pode gastar todo o dinheiro de


seu pai em drogas e andar intencionalmente parecendo um
vagabundo.

“Seu pai é rico Damien, você não. E mesmo assim não é


segredo para ninguém que ele adquiriu seu dinheiro
trapaceando pessoas. Você não é nada além de um garoto
mimado que acabará morrendo de overdose de heroína aos
trinta anos.” Eu olho para ele. “Não se preocupe, no entanto.
Você vai deixar para trás três ex-esposas que pegariam o que
puderem de sua fortuna, e terá cinco crianças que o
odiariam, porque você vai ser um pai de merda. Quanto às
minhas habilidades no quarto, você não sabe de nada,
porque tenho certeza de que não vou transar com você."

Ele sopra uma nuvem de fumaça no meu rosto. “Um


pouco hipócrita, não acha? Você acabou de me contar meu
futuro e nem me conhece.”

"Você não me conhece também, seu idiota."


"Não, eu não conheço." Ele olha para mim por um longo
momento, ponderando suas palavras. "Bem... Na verdade eu
sei algumas coisas." Eu me odeio por querer saber o que é
mas a curiosidade não deixa passar. "Como o quê?”

Não sei como interpretar a expressão no rosto dele. Eu


não posso dizer se ele me odeia tanto quanto eu o odeio, ou
ele se diverte, tentando me irritar.

“Eu sei que seu pai é senador. Eu sei que você é uma
merda prepotente que usa calça cáqui e polo. Eu sei que você
está na equipe de debate. Eu ouvi você algumas vezes, você
não é ruim... Mas poderia ser melhor.” Ele dá um passo na
minha direção. "Eu sei que seu irmão gêmeo é um pouco
menos idiota... É por isso que as pessoas o respeitam mais
do que você." Ele sorri. "Eu sei que Gerald Douglas perdeu a
corrida contra você para presidente do corpo estudantil,
porque você fraudou os votos. Eu sei que o cartão de crédito
do seu pai foi recusado no clube de campo outro dia porque
eu fodo uma das garçonetes e ela não conseguia parar de rir
disso quando a vi mais tarde naquela noite.”

Ele chega mais perto e tudo o que posso fazer é encará-


lo. "E eu sei que você nunca deu a mínima para a sua
namoradinha, porque se fizesse isso, você teria ido atrás
dela... Em vez disso, você está trancado aqui comigo." A
tensão trava minha mandíbula quando seus lábios pairam
sobre minha orelha. “Você está simplesmente bravo por ela
ter feito você parecer um otário. Porque Cain Carter não pode
ser nada menos que perfeito, pode? Ele tem que permanecer
no controle e ser um anjo em todos os momentos. Ele tem
que seguir seu script perfeito. Assim como o pai dele ensinou
a ele.” Sua voz cai para um sussurro e os cabelos minúsculos
na parte de trás do meu pescoço ficam em pé. “Nós dois
sabemos que você não me odeia porque eu transei com sua
namorada... Você me odeia porque eu transei com ela melhor
do que você e porque eu vivo a minha vida do jeito que você
gostaria de ter coragem de viver.”

Eu abro minha boca para responder, mas o som de algo


batendo do lado de fora me chama a atenção.

Damien, ri baixinho. “Deve ser o Bagels." Ele joga o


cigarro no chão e pisa nele. "Te vejo mais tarde." Ele começa
a andar em direção à porta, mas faz uma pausa. "Se você
quiser parar de ser uma buceta e se divertir, você sabe onde
me encontrar."

"Vá se foder."

Sua risada é cruel e zombeteira e quando ele sai do


galpão penso em maneiras de machucá-lo.

Mas também me pergunto como seria ser Damien King


por um dia e viver a vida do jeito que ele vive.

Como seria quebrar todas as regras e não dar a mínima


para as conseqüências?
Capítulo 10

"O que é isso?”

Claudia encolhe os ombros, parecendo confusa


segurando três caixas grandes. "Eu não faço ideia. Veio para
a aniversariante.”

Eu olho para ela com ceticismo. Eu sei ela tem um


péssimo gosto para roupas, mas todos os presentes que
recebi de Cain este ano foi ela quem comprou.

Eu olho para a pulseira de diamante no meu pulso, um


presente de Cain. É fina, delicada e perfeita. Um dos
melhores presentes de aniversário que já recebi. Claudia
pode ter um gosto medonho por roupas… Mas seu olho para
joias está no ponto.

"Oh, veio com uma nota." Ela faz uma careta enquanto
me entrega um envelope pardo.

Isso está ficando mais estranho a cada segundo.

Vou pegar as caixas, mas paro, tentando descobrir uma


maneira educada de dizer para ela para sair. Cain disse que
ele me enviaria uma surpresa em breve, e se for isso, eu não
quero abrir as caixas na frente dela.
Felizmente, não preciso porque Claudia coloca o
envelope na cama ao meu lado e diz: "Vou lhe dar um pouco
de privacidade.”

Eu pego o envelope, mas percebo que uma das caixas, a


maior das três, tem “ABRA” rabiscado nela.

Eu mordo o interior da minha bochecha enquanto tiro a


parte de cima da caixa e abro caminho pelas montanhas de
papel de seda. Não quero sorrir, pois ainda estou triste e
zangada com Cain... Mas não posso me conter.

Até eu ver o que tem dentro.

Por que no mundo Cain me daria um vestido?


Especialmente um tão extravagante quanto esse?

Tiro ele da caixa e o examino. Ele é sem mangas e o


corpete é preto e justo destacando a forma de sereia do
vestido. Pequenas pedras vermelhas decorram seu decote, o
deixando ainda mais elegante. Só isso é suficiente para me
deixar apaixonada, mas minha parte favorita do vestido é a
parte de baixo. Ele tem uma fenda perigosa no meio da coxa
que mostra o tule preto com bordas vermelhas.

É lindo e sexy. Mas muito extravagante para minhas


noites habituais de cinema.

Meu coração cai quando vejo um par de sapatos pretos


com tiras sob outra camada de papel de seda.

Ele sabe que não posso ir ao baile hoje à noite. Eu não


sei porque ele se incomodou em fazer tudo isso em primeiro
lugar. Tudo o que isso faz é me lembrar o quanto sou uma
aberração.
Eu abro a segunda caixa, esperando encontrar uma
nota dizendo para não me preocupar com a festa, porque
teremos nosso próprio baile de máscaras em casa.

Dizer que estou confusa seria um eufemismo, porque


quando eu olho para dentro, tudo o que vejo é uma
minúscula calcinha de renda preta. Eu engulo em seco
quando percebo que é um fio-dental e o fio de trás é como
um colar de pérolas… há uma nota.

Use isso para mim está noite.

PS: Não desanime. Abra a última caixa.

Minha frequência cardíaca acelera. É um sentimento


tão agridoce querer tanto algo... Mas saber que nunca
poderei ter, porque minha própria mente não deixa...

Eu amo Cain, mas não sou forte como ele é. Eu não


posso entrar em uma sala cheia de pessoas que odeiam a
minha existência. Eu não posso ficar lá e sorrir enquanto
todos eles sussurram coisas horríveis e falsas sobre mim.

Meu estômago se agita com uma guinada maligna


quando tiro a tampa da última caixa e vejo uma bela máscara
que combina com o meu vestido, há outra nota.

Todos nos escondemos atrás de uma máscara, Eden.

Mostre a eles a sua e eu vou tirar a minha esta noite.

Lágrimas brotam em meus olhos porque ele não está


jogando limpo. Ele sabe que não sou forte o suficiente para
fazer isso.
Enxugando minhas bochechas, pego meu celular e abro
o aplicativo.

AngelBaby123: Isso não é justo. Eu não posso fazer


isso.

Devil: Sim, você pode.

AngelBaby123: Eu não posso ligar e desligar minha


doença como uma lâmpada. Não funciona assim.

Devil: Qual é o seu pior medo?

AngelBaby123: Como assim?

Devil: O que mais te assusta com relação à está festa?

AngelBaby123: As pessoas. Eu tenho medo que elas


dêem risada de mim e digam coisas cruéis por causa de quem
eu sou. O pelo o que elas pensam que eu sou... Graças aos
rumores.

Devil: E se você não for está Eden essa noite?

AngelBaby123: Um vestido extravagante e uma


máscara não mudam quem eu sou. Todo mundo vai saber.

Devil: Coloque a máscara agora.

AngelBaby123: Isso é estúpido.

Apesar de tudo, faço o que ele diz. Pronto.

Devil: Boa menina. Agora se olhe no espelho.

Eu vou até a minha penteadeira e me sento.


AngelBaby123: Ok.

Devil: O que você vê? Quero dizer, não o que você pensa
que vê, mas o que você realmente vê quando se olha no
espelho.

AngelBaby123: Uma garota com uma máscara no rosto.

Devil: Diga-me quem ela é.

AngelBaby123: Isso é uma pergunta complicada.

Devil: Não. Quem é a garota que você está olhando?


Quem você quer que ela seja hoje à noite?

AngelBaby123: Não tenho certeza se sei responder a


isso.

Devil: Sim, você sabe.

Eu fecho meus olhos. Eu não preciso olhar no espelho


para ver tudo o que eu queria ser. Eu imagino isso todos os
dias

AngelBaby123 : Eu quero ser uma mulher corajosa.

Devil: Então você será. Seja hoje a mulher que você


quiser e não tenha medo de ir atrás disso.

AngelBaby123 : Eu quero ser uma mulher linda.

Devil: Você será a mulher mais bonita da festa.

AngelBaby123 : Eu quero ser sua.

Devil: Então me encontre hoje à noite. Vou mandar um


motorista buscá-la em algumas horas.
Antes que eu possa protestar, seu nome de usuário fica
cinza.
Capítulo 11

Passado...
"Você vai ao baile de primavera?” Julia Brown me
pergunta, quase como um sussurro.

Descascando meu olhar do quadro cheio de perguntas


sobre trigonometria, olho para ela. "Eu não sei. Não pensei
muito sobre isso.”

A caneta que ela está mastigando como um animal


raivoso quase se rompe. "Puxa, eu sou tão burra."

Julia é uma garota estranha.

No entanto, ela também é uma garota inteligente suas


pontuações no SAT estão acima da média. E agora que estou
olhando para ela por mais de um segundo, percebo que ela é
meio bonita. Ela é um pouco gordinha… Mas é fofa. E ela é
sem dúvida alguém que meu pai aprovaria.

Pena que não me sinto atraído por ela.

O que significa que ela é ideal para mim. Ele deve ser
muito melhor do que Katrina, que tinha um rosto e corpo
bonitos, mas que é uma vadia.

Soltando um suspiro, pondero sobre a ideia de namorar


Julia.
Eu não estou orgulhoso de mim mesmo por classificar
garotas com base no que elas podem fazer por mim, mas isso
tem sido incutido em mim desde que era criança. Meu pai
me disse desde cedo que eu tinha uma escolha a fazer. Se eu
seguisse a política, teria que me casar com uma garota que
fosse boa para mim no papel, não importa quais forem meus
sentimentos românticos ou sexuais. Ou então, eu poderia ser
um dentista que vai para casa ficar com mulher que eu amo
com todo seu coração e alma, noite após noite.

Porque eu não poderia ter os dois.

Emoções, especialmente amor, não têm lugar na


política.

"Você não é burra." Eu dou um sorriso para Julia. Eu


posso não ser atraído por ela, mas ela está oficialmente na
minha lista de possíveis opções. "Obrigado por me lembrar
sobre o baile."

Ela cora. "Sem problemas. Eu não tinha certeza se você


iria ou não... Você sabe. Você e Katrina.” Ela abaixa a voz.
“Sempre achei que ela não te merecia.”

Eu lhe dou um aceno de cabeça.

Katrina e eu estamos separados há pouco mais de uma


semana. Ela me ligou duas vezes desde então, mas não tenho
nada a dizer para ela. Ao contrário do resto dos meus colegas
que ainda estão fofocando sobre ela me traindo com Damien.

Mesmo que não estejam falando mal de mim. Ainda


assim... Eles estão falando sobre mim.

Talvez ir a esse baile estúpido com Julia provará a todos


que eu me mudei e eles também deveriam.
Eu me inclino. "Quando é o baile mesmo?”

Ela quase engasga com a caneta. “Próxima sexta às oito.


No ginásio da escola.” Ela freneticamente anota algo em uma
folha de papel e entrega para mim. "Aqui, anotei para você
não esquecer." Ela diz suspitando "O tema é festa é baile de
máscaras.”

Eu interiormente solto um gemido. Porque essa cidade


é obcecada por festas de máscaras? Já é ruim o suficiente
termos uma a cada ano no antigo castelo de Vanderbilt para
o Halloween. É realmente necessário que eles transformem a
festa de primavera em uma também?

Eu pego o papel dela. "Obrigado." Começo a perguntar


se ela tem companhia, mas o sinal me interrompe.

Julia fica de pé e faço o mesmo quando os alunos saem


da sala de aula após o sinal bater. Eu, no entanto ficarei
aqui, porque depois da escola tenho uma reunião do
conselho estudantil.

Ela mastiga a caneta timidamente, o que poderia ser fofo


se ela não parecesse com um Shepard Alemão. "Então, isso
significa que você vai?”

Eu coloco meu livro de trigonometria no meu braço.


“Sim, parece divertido. Além disso, devo participar de todas
as festas da escola.”

"Certo, dãh." Ela balança a cabeça. "Você é nosso


presidente."

Meu sorriso é presunçoso. “Eu sou."


“E você é tão bom nisso. Deus, você é o melhor
presidente estudantil de todos os tempos.”

Hmm. Talvez namorá-la não seja tão ruim assim. Ela


gosta de inflar meu ego.

Eu esfrego a parte de trás do meu pescoço, tentando o


meu melhor para parecer humilde. “Você é muito doce. Mas
eu sou apenas um cara normal tentando fazer o que é melhor
para todos. Eu não sou ninguém especial.”

Ela acredita no meu falso moralismo. “Isso aí é o que te


faz ser ainda mais incrível. Você é tão gentil e legal. Mas
você também é decidido e poderoso…”

"Onde diabos está meu telefone, Carter?” Damien grita


na porta da sala de aula.

Merda.

"Me desculpe, cara. Esqueci de novo.” Eu trago amanhã.

"Você disse isso ontem." Ele dá um passo mais perto. "E


um dia antes." Outro passo. "E um dia antes desse." Outro
passo. "E-"

"Um dia antes desse,” eu termino por ele. “Eu entendi.


Olha, lamento informar, mas minha vida não gira em torno
de você. Eu sou um homem ocupado e dar prioridade ao seu
telefone não está na minha lista de coisas para fazer.”

Julia olha para nós cautelosamente. "Devo ir?”

"Não,” eu digo ao mesmo tempo Damien assobia, "Sim.”

Julia parece um cervo hipnotizado por faróis e só piora


quando Damien vira seus olhos assustadores para ela.
Instantaneamente, ela pega a bolsa da mesa, quase
derrubando minha pilha de livros.

“Confirme se você vai na festa, Cain,” ela grita enquanto


corre para a porta. "Eu escrevi meu número no papel."

Eu olho para Damien. "Isso tudo é mesmo necessário?”

Seus lábios se contraem. "Não é minha culpa, se


pequena Miss Gordinha é nervosa." Sua expressão fica séria.
"O que você está fazendo com o meu telefone?”

"Eu não estou fazendo nada com o seu telefone,” Eu digo


irritado, fazendo uma anotação mental para apagar meus
rastros hoje à noite antes de devolvê-lo. “Eu tenho meu
próprio telefone. O que eu iria querer com o seu?”

Ele fica desconfortavelmente perto do meu rosto. “Você


tem até amanhã para devolvê-lo. Senão."

"Senão o que?”

"Há algum problema aqui?” Pergunta Sr.Turner,


colocando a cabeça dentro da sala de aula.

Damien arruma meu colarinho. "Não. Só estou pedindo


ao garoto prodígio algumas dicas de estudo.”

O Sr. Turner não parece acreditar. "Considerando que


você não entregou o dever de casa para mim em dois anos,
acho difícil de acreditar." Ele olha para mim. "Você está bem,
Cain?”

"Sim.” Eu levanto minha mochila no meu ombro. “Eu


peguei um livro emprestado de Damien na semana passada
e esqueci de devolver. Nós estávamos apenas revisando
nossos horários para ele ter aulas de reforço.”

Damien acena com a cabeça. "Sim.” Ele bate no meu


ombro com tanta força que eu quase estremeço. “Eu tenho
aula com a Sra. Miller no oitavo período amanhã. Certifique-
se de vir até mim, amigo.”

Com isso, ele sai com o Sr. Turner colado em seus


calcanhares. Um momento depois, o telefone no meu bolso
vibra. Eu espio pela sala de aula para ter certeza de que está
vazia antes de tirá-lo do bolso.

Kristy: Você é tão sujo, Damien.

Outro texto chega imediatamente.

Kristy: Meu corpo está desejando você. Eu preciso que


você me foda como se sua vida dependesse disso depois que
as aulas terminarem amanhã.

Eu dou outra olhada antes de digitar minha resposta.

Damien: Me fale tudo o que você quer que eu faça com


a sua bocetinha gostosa e eu vou considerar isso.
Capítulo 12

AngelBaby123: Eu não acho que posso fazer isso.

Seu nome de usuário está cinza e sei que ele


provavelmente não verá minha mensagem até depois da
festa. Eu perdi minha única chance.

Eu não sou idiota. Eu sei que está é uma maneira de


Cain me testar. Ele provavelmente quer ter certeza de que
posso lidar com o medo de estar fora da minha zona de
conforto, fazendo a única coisa que mais me assusta. Ele
quer ver se eu tenho o que é preciso para fazer nosso
relacionamento funcionar, porque há tantos obstáculos em
nosso caminho.

Respirando profundamente, eu agarro meu peito. Deus,


estou tão nervosa. Meu coração está batendo tão forte que
dói.

“Tudo bem, senhorita?” Pergunta o motorista.

Não, tudo não está bem. Cain está me ignorando e eu


chegarei no castelo de Vanderbilt em dez minutos.

Eu o amo tanto.

E se eu quizer tudo o que ele está disposto a me dar...


Tudo que eu sonhei desde a primeira vez que ele olhou para
mim e roubou meu coração, eu não tenho escolha a não ser
entrar nessa festa.

Eu posso fazer isso. Eu posso fazer isso por ele. Eu


posso fazer isso por nós.

"Estou bem,” digo ao motorista. “Mas, você se


importaria de baixar a janela? Está um pouco quente esta
noite.”

Ele concorda. “Sem problema, senhorita."

Fechando meus olhos, eu inalo o ar fresco.

Quando meus nervos ameaçam disparar de novo, eu me


forço a respirar fundo e de maneira calma.

Eu posso ser quem quiser hoje à noite, eu me lembro.


Assim como Cain disse.

E hoje à noite? Eu não sou mais a Eden que está


danificada e com medo de sua própria sombra.

Está noite, eu sou a Eden confiante, sexy e bonita.

Está noite, está Eden é corajosa.

Hoje à noite, eu não sou mais a garota com o coração


partido. Eu sou a garota que pega o que ela quer.
Capítulo 13

Passado…
É estranho tomar decisões sobre uma vida que não
pertence a você.

Não que eu tenha orgulho do que fiz. Fingir ser alguém


que você não é, me parece tão errado. Não importa quão
divertido possa ser.

Kristy: Eu estou nua. Esperando que você venha aqui


para que você possa me amarrar e enfiar seu grande pau no
meu rabo.

Eu quase choramingo enquanto leio suas mensagens.


Eu quero responder... Não, foda-se isso.

Eu quero encontrá-la e enfiar meu pau na bunda dela,


mas é o fim do dia e tenho que devolver o telefone de Damien.

Não que isso realmente importasse. Tenho certeza que


Kristy, ou quem quer que seja, chamaria a polícia se eu
aparecesse em vez de Damien. Meus dedos coçam para
responder, mas eu os enfio o celular no bolso. Ontem à noite,
peguei o telefone de Damien e apaguei todos os textos que
enviei para Kristy e para outras mulheres que falam com ele.
O último texto que Kristy enviou diz que ela sabe de um bom
lugar para reacender o relacionamento deles.

Cristo, eu o odeio. O cara tem tudo o que quer.


Meu humor fica sombrio enquanto continuo andando
pelo corredor até a sala de aula da Sra. Miller. Estou dez
minutos atrasado, mas considerando que Damien não veio
atrás de mim para pegar seu celular, isso é um bom sinal.

Ou talvez não, visto que a sala de aula está vazia quando


eu chego. Com um suspiro, vou até uma das mesas do
laboratório. A Sra. Miller é a professora de ciências. Ela
também é quente como o inferno. Todos os caras da minha
turma do último ano, até os idiotas, conseguiram obter um
B+ ou uma nota superior em ciência neste ano. Acho que é
seguro dizer que todos na escola a adoram.

É uma pena que eu não possa voltar para assistir suas


aulas depois de me formar. Reprovaria mais um ano só para
ver suas pernas assassinas que sempre estão à mostra por
causa de suas saias curtas. O marido dela, o assistente de
treinador de futebol, é um sortudo filho da puta.

Coloco o telefone de Damien na mesa, porque tenho


coisas melhores para fazer com a minha vida do que esperar
que ele apareça e me viro para ir embora.

Estou a meio caminho da porta quando ouço alguém


gemer. É um gemido feminino.

Eu deveria cuidar da minha vida, mas minha


curiosidade toma conta de mim quando percebo que vem
depósito do laboratório.

Erguendo os pés, e olho através da pequena janela de


vidro da porta... E quase desmaio.

Porque tem uma Sra. Miller... Que está sendo fodida no


rabo por ninguém menos que Damien King.
“Se agarre nas minhas coxas, Sra. Miller,” Damien
instrui. Deus essa merda é melhor que a pornografia.
Especialmente quando não é sua namorada que ele está
transando.

Ajustando minha mochila no meu ombro, eu coloco


minha mão sobre o vidro para que possa ver melhor.

"Eu disse para você me chamar de Kristy,” a Sra. Miller


diz gemendo.

Eu congelo, esperando ouvir mais coisas.

"Se você me deixar esfregar meu esperma em todo o seu


rabo e lamber depois, eu falo o que você quiser."

Porra. Eu deveria sair.

"Combinado."

Minhas pernas não me deixam sair do lugar... Porque


tanto meu cérebro quanto o meu pau estão ocupados demais
assistindo Damien espalhar as nádegas da Sra. Miller
enquanto ele continua metendo seu pau dentro dela.

Jesus. Passei um ano e meio com Katrina e ela nunca


me deixou ver sua bunda. A coisa mais louca que fizemos foi
meia e nove... E isso só acontecia em ocasiões especiais.

No entanto, aqui está Damien, fodendo a bunda da


professora mais quente que eu já vi na minha vida, enquanto
ela pede a ele para chamá-la pelo seu primeiro nome.

O que diabos ele tem que eu não tenho?

O que quer que seja, deve ser bom, porque um momento


depois, ele goza por todo o traseiro dela e ela faz exatamente
o que prometeu. Minhas bolas se contorcem enquanto eu a
vejo lambendo o porra de seus dedos… Elas começam a doer
quando ela fica de joelhos e lambe seu pau para limpa-lo.

Eu dou alguns passos em direção a porta sentindo um


tesão furioso. Estou quase na porta quando pego o celular
na mesa. Porque eu não quero que Damien saiba que estava
por aqui enquanto ele estava fazendo sexo com a Sra.
Miller... Mas eu também não quero mais falar com ele.

Infelizmente, minha fração de segundo de hesitação


custa um preço muito alto, porque ouço a porta ser aberta.

Como um garoto pego com a mão dentro do pote de


biscoitos, entro em pânico e começo a correr para a porta.
Infelizmente, não consigo levar em consideração as cadeiras
e mesas do meu caminho. Desesperado, viro à esquerda,
tentando encontrar um caminho para a saída.

"Oh meu Deus,” a Sra. Miller, ou Kristy grita.

Eu me sinto como um animal selvagem prestes a ser


enjaulado. "Eu não vi nada,” eu grito.

"Ele... ele..." Sra Miller balbucia quando Damien sai


atrás dela. "Cain está aqui."

Damien, como de costume, permanece imperturbável.


"Eu te disse para cobrir a janela da porta."

"Eu não posso cobrir a janela,” ela grita. "É contra a


política da escola."

Damien encolhe os ombros. “Assim como foder um


estudante.”
Ela olha para ele. “Se me perguntarem de algo eu digo
que você ficou depois da aula para conseguir créditos extra.
Eu estava simplesmente ajudando você a encontrar os
materiais necessários para realizar seu projeto.” Ela me dá
um sorriso. "Eu lhe garanto que nada inapropriado estava
acontecendo."

Damien revira os olhos. “Cain não é burro. A pior coisa


a fazer quando alguém tem influência contra você é agir
como se fosse estúpido ou delirante.”

Ele não está errado. Embora eu não me importasse de


rebobinar os últimos dez minutos.

Com a exceção de ver o traseiro da Sra. Miller.

Soltando um suspiro, ela agarra o peito. "Você está


certo." Ela olha para mim. "Cain, por favor, não diga nada.”

"Esse é o meu telefone?” Damien se aproxima da mesa


e o pega.

"Estava na hora."

A Sra. Miller pisca. "Cain estava com o seu telefone?”

Oh merda. "Não."

"Sim" Os olhos assustadores de Damien encontram os


meus. "Qual é o seu problema Carter?”

Merda.

Eu posso ver as rodas girando na cabeça da Sra. Miller,


mas antes que eu possa explicar, ela deixa escapar: "Quanto
tempo seu telefone está com ele?”
Assim como a Sra. Miller estava agora pouco, eu estou
ferrado. Damien não só vai bater na minha cara por fingir
ser ele, mas essas coisas têm um jeito de voltar para morder
sua bunda quando você menos esperar.

Ser cauteloso em relação ao meu comportamento é algo


que meu pai sempre me ensinou. A pior coisa do mundo seria
finalmente se tornar um senador, ou o meu objetivo final,
Presidente, no futuro e ter meus textos vulgares para uma
professora revelados.

As pessoas insistem em fazer com que aqueles com


poder sofram por seus pecados.

Não importa quantos tenham se comprometido a fazer o


mundo um lugar melhor.

É por isso que eu sempre jogo dentro das regras. Não é


apenas no meu presente que tenho que pensar... É no meu
futuro. Sempre meu futuro.

A boca de Damien se curva em um sorriso cruel e sei


que ele está prestes a me foder tão duro quanto fodeu nossa
professora de ciências.

"Um pouco mais de uma semana." Seus lábios se


contorceram quando ele se vira para ela. "Por quê?”

Suas bochechas assumem uma cor de tomate e é


suficiente para Damien juntar as peças. "Eu sabia " Para
minha surpresa, ele ri. “Droga, Cain. Não achei que você
tivesse coragem. ”Ele aperta alguns botões em seu telefone.
"Você até se livrou das evidências como um bom político."

Eu engulo seco. Eu preciso dar o fora desta sala. "Olhe,


Sra. Miller, seu segredo está seguro comigo.”
"Não." O dedo de Damien passa entre nós. "Isso não está
certo."

Eu me sinto confuso. "Eu não entendo."

Ele estala as juntas e as circunda lentamente, como um


abutre pairando sobre sua presa. "Do jeito que eu vejo, só há
um jeito de consertar isso." Ele aponta para si mesmo.
“Quero dizer, não sou eu quem tem nada a perder com o que
aconteceu hoje. Ao contrário da Sra. Miller, sou apenas um
espectador inocente.” Ele para na frente dela. "Se eu
estivesse em sua posição, eu descobriria uma maneira de
ganhar a confiança de Cain." Ele desliza a mão pelo seu
braço e olha para mim. “Ela é uma boa professora, Cain. Ela
chega aqui cedo, fica até tarde.” Ele bate na bunda dela. "Ela
gosta muito de seus alunos, e ela está sempre disponível
quando presisam de ajuda." Ele lambe os dedos e desliza a
mão sob a saia dela. "Tenho certeza que ela ficaria mais do
que feliz em ajudá-lo também." Eu vejo seu braço se mover
para frente e para trás,minha mente evoca todos os tipos de
imagens sujas do que ele está fazendo com ela lá embaixo.
"Não é verdade, Kristy?"

A Sra. Miller acena com a cabeça. "Claro." Seu peito se


ergue e ela morde o lábio inferior. "Apenas me diga em que
área você quer ajuda."

Tenho certeza que parei de respirar. Pensei que ficar


com o telefone de Damien e fingir ser ele estava errado, mas
vê-lo enfiar o dedo na Sra. Miller e manipulá-la para me fazer
favores sexuais me dá calafrios.

E no fundo, talvez não tão no fundo, eu adoraria aceitar


sua oferta.
Mas, minha consciência não me deixa. Eu não sou
perfeito, mas na maioria das vezes, eu me considero um ser
humano decente. Ao contrário da maioria dos políticos,
escolhi a política pelos motivos certos. Eu sinceramente
acredito que posso fazer uma diferença positiva no mundo.

E, ao contrário de Damien, meus desejos egoístas não


superam minha ética e moral.

"Isso não será necessário, Sra. Miller." Eu levanto


minhas mãos. “Damien tem dezoito anos. Portanto, vocês são
ambos adultos. O que você faz em particular não é da minha
conta e certamente não me deve nada pelo meu silencio.”

Não sei o que pensar com o olhar que a Sra. Miller e


Damien trocam.

“Isso realmente não é um problema." Seus olhos ficam


encapuzados e ela olha para a minha virilha. "Apenas me
diga o que você gostaria e eu ficarei feliz em ajudar."

Eu me pergunto se algo no laboratório explodiu e eu


estou tendo alucinações. Isso explicaria porque estou prestes
a recusá-la. “Eu agradeço a oferta, mas-”

"Ele gostaria de um boquete,” diz Damien. "Ver você nua


o fez ficar duro como uma rocha, o pobre coitado deve estar
com as bolas azuis. Você deveria fazer algo para aliviá-lo.”

"É isso que você quer?” Pergunta a Sra. Miller. “Você


quer que eu cuide de você? Talvez faça aquilo que você falou
ontem à noite.” Meu pau tende contra o meu zíper, gostando
muito do que eu acabei de ouvir.

Eu abro minha boca para recusar novamente, mas


nenhuma palavra sai. Tudo o que posso pensar é nos lábios
dela em volta de mim. Talvez eu possa convencê-la a me
deixar ficar onde Damien estava e fazê-la me limpar também
depois que terminarmos.

Como se sentisse minha luta interna, Damien se inclina


e sussurra: “Você vai se arrepender se não fizer isso. Ela tem
uma boca incrível.” Meu coração bate no meu peito quando
ele tira a mão debaixo de sua saia e empurra os dedos em
sua boca para que ela possa demonstrar suas habilidades.

Cristo, estou tão excitado que é quase doloroso. Um


movimento errado e eu sou ser capaz de estourar o zíper da
minha calça.

Certamente, colocar minha moral de lado para que uma


professora quente possa me chupar é a melhor maneira de
terminar essa provação.

"A única maneira de parar a tentação é se entregar a


ela,” lamenta Damien enquanto ele abre os primeiro botões
da blusa da senhora Miller, permitindo que eu veja seu sutiã
branco rendado. "Pare de ser uma buceta e viva um pouco."

Eu adoraria viver a vida no limite como Damien, mas ao


contrário dele, tenho um futuro com o qual me preocupar.

E uma consciência que não vai parar de me atormentar.

Como se ele soubesse o quanto estou perto de quebrar,


ele dá um passo na minha direção. "Ninguém tem que saber."
Sua mão vai para meu cinto e ele puxa meu zíper para baixo.
"Será nosso pequeno segredo." Antes que eu tenha tempo de
reagir à intrusão, ele se afasta. "Saia do seu cavalo moral e
enfie o pau na boca dela."

Como se na sugestão, a Sra. Miller fica de joelhos.


Eu olho para Damien, que agora está em pé na frente
da porta da sala de aula fechada. "Você só vai ficar aí e
assistir?”

Ele sorri. "Alguém tem que ficar de guarda e se certificar


de que ninguém entre enquanto ela está chupando você." Ele
morde uma maçã que ele deve ter pegado da mesa da Sra.
Miller e dá uma mordida. "Não se preocupe, eu vou cuidar
disso"

É oficial. Damien King é o demônio no meu ombro. E


Deus me ajude porque estou começando a ouvi-lo.

“Ande logo com isso,” ordena Damien.

Eu olho para ele. "Ela não tem que fazer nada que ela
não queira." Eu olho para ela. "Você não tem que fazer-"
prazer me atravessa como um trem de carga quando ela me
leva em sua boca. "Jesus Cristo, Sra. Miller."

Damien ri baixo. "Eu te disse que ela é boa."

Ela é mais do que boa, ela é a maldita deusa do boquete.

Eu sinto que estou prestes a gozar, porque minhas bolas


começam a formigar e eu sei que vou gozar mais cedo do que
eu gostaria. Eu me forço a pensar em algo... Qualquer coisa
para adiar esse momento, mas não está funcionando.

Especialmente quando ela acelera seus movimentos.

"Aposto que você está tentando não gozar, né?" Damien


diz.

"Você vai calar a boca?"


A única coisa pior do que gozar antes de querer... É ter
outro cara testemunhando isso.

Só há uma maneira de salvar minha reputação.

Eu puxo o cabelo da Sra. Miller até que sua cabeça fique


para trás e meu pau saia de sua boca.

"Abra."

Com o objetivo de me agradar, ela tenta me colocar na


boca mais uma vez, mas eu puxo o cabelo dela novamente.
Muito mais forte desta vez. "Eu te disse para chupar?"

Balançando a cabeça, ela olha para Damien.

O ciúme corre pelas minhas veias. Eu não quero que ela


olhe para Damien enquanto meu pau está na frente de seu
rosto.

Antes que eu possa me convencer do contrário, eu


enrolo o cabelo dela no meu punho e dou um tapa na
bochecha dela com o meu pau. "Não olhe para ele."

É uma coisa tão vil e cruel de se fazer. Mas foda-se, isso


desperta um inferno de luxúria dentro de mim.

Competir com Damien é uma mistura intoxicante e


perigosa.

Eu acaricio meu pau pulsante. “Você vai ser uma boa


menina? Ou eu tenho que dar um tapa nessa cara bonita
com meu pau de novo?”

Seus olhos se iluminam como árvores de Natal. "Eu


serei qualquer coisa que você quer que eu seja."
"Bem...,” diz Damien. "Isso está ficando interessante."

Eu puxo seu cabelo mais uma vez e com mais força. “Me
mostre seus peitos."

No segundo que ela faz, eu gozo por toda sua boca, rosto
e peitos. Isso me deixa bêbado com uma satisfação
primordial. Eu marquei meu território na frente do meu rival.

Só que Damien não é o inimigo.

Ele é mais como um mestre de marionetes... Puxando


as cordas de todos para fazê-los se movimentarem para seu
próprio prazer. Há algo estranhamente fascinante nisso. É
como se você conseguisse sair de você temporariamente e
entrar no mundo dele.

A Sra. Miller se levanta e Damien lhe joga um rolo de


papel toalha. "Você pode querer se limpar antes de ir para
casa e ver seu marido."

É como se ele tivesse despejado um tanque de água


gelada sobre minha cabeça. Não só gozei no rosto da minha
professora. Eu, inadvertidamente, a ajudei a trair o marido.

Eu tento sair, mas ele coloca um braço em volta do meu


ombro e o outro em volta da Sra. Miller. "Nós três vamos nos
divertir muito."

A Sra. Miller ri, mas eu tiro o braço dele e me afasto.


"Isso acaba aqui para mim."

"Besteira." Ele sorri. "Você gostou demais para parar


agora." Ele tem razão. É viciante.
Mas experimentar uma droga uma vez não faz de você
um viciado. "Eu tenho que ir. Estou atrasado para uma
reunião do conselho estudantil.”

Estou na metade do corredor vazio quando ouço passos


se aproximando atrás de mim. Eu nem preciso me virar para
saber quem é.

"Estou desapontado com você, senhor presidente."

"Foda-se, Damien."

“Não preciso, obrigado. Já me aliviei no depósito do


laboratório.”

“Eu aposto que você não pode esperar para contar a


todos sobre o que aconteceu e arruinar vida dela, quando ela
menos esperar."

Mais rápido do que eu posso piscar, ele me joga contra


um armário.

“É esse o seu problema? Você acha que eu sou algum


tipo de espião?”

"Não." Eu falo. "Eu acho que você é um idiota


manipulador que usa pessoas para se divertir."

Eu não tenho certeza de onde esse veneno está saindo,


tudo que eu sei é que é bom não me segurar. Estou cansado
de manter todos os meus sentimentos, bons e ruins,
escondidos sob a fachada de bom garoto.

Seus assustadores olhos azuis escurecem. "Não estou


usando as pessoas se, na verdade, elas gostarem."
Ele tem razão. Mais ou menos. "Desfrutar de algo não te
dá o direito dizer que isso está certo."

"Você não está cansado cagar regras o tempo todo?"

Estou me sentindo tão doente que sinto que poderia


desmoronar. Mas eu sei o que quero... E sei qual caminho
devo seguir para chegar lá.

Devo seguir os passos de Damien e transar com


professoras casadas.? Não. Eu preciso manter minhas mãos
limpas e meu foco.

"Você sabe o que você quer ser quando crescer?”

Linhas de diversão atravessam seu rosto. "Uau, você


recebe um boquete de uma professora e se acha o super
adulto."

"Estou falando sério. Você sabe o que quer fazer da sua


vida?”

"Não tenho certeza. Investidor talvez?” Ele encolhe os


ombros. "Não tenho pensado muito sobre isso."

Isso não me surpreende. Somos duas pessoas


totalmente diferentes. Como óleo e água, não nos
misturamos.

"Eu sei o que eu queria ser desde que eu tinha cinco


anos." Um barulho de escárnio escapa dele. "Eu sei cara.
Todo mundo por aqui sabe que você quer seguir os passos
do seu pai e correr para o senado.”

"Eu gostaria de ser político mesmo se meu pai não fosse


um." Eu começo a andar e ele me segue. “Pode parecer
estúpido para alguns, mas parece certo para mim. É meu
chamado.”

Espero que ele ria, mas ele não faz isso. "Então você
deve fazer o que acha certo." Nós andamos até o
estacionamento e ele acende um cigarro. "Eu não vejo como
ter algum divertimento e trepar com algumas garotas seja
um crime."

“Você sabe tanto quanto eu que as pessoas são


inerentemente egoístas. Elas vão jogar alguém debaixo de
um ônibus se isso significar algum tipo de ganho pessoal.
Não posso confiar que o que faço agora, não voltará a me
assombrar mais tarde.”

Ele dá uma longa tragada no cigarro. "Por que vale a


pena, e eu nunca deixaria qualquer garota com quem
transarmos fazer isso com você." Ele pega seu telefone e
entrega para mim. “Pode ficar com ele.”

Eu pisco, sem entender. "Mas é o seu telefone."

"Não tem sido por mais de uma semana." Quando eu


levanto uma sobrancelha, ele pega outro telefone. "Eu
comprei outro."

Eu sinto que estou na zona do crepúsculo. Nada dessa


merda faz algum sentido. "Por que você quer que as pessoas
pensem que eu sou você?"

Ele deixa cair o cigarro e pisa nele. “Então você pode ser
você sem ter que sofrer as consequências. Você pode enviar
mensagens para a Sra. Miller ou qualquer outra pessoa
através do meu número de telefone. Ninguém será capaz de
rastreá-lo. Portanto, você não precisa se preocupar com o
seu passado voltando para assombrá-lo.”
Sua declaração só me confunde ainda mais. "Por que
você faria isso?"

"Eu não tenho certeza. Talvez eu esteja com vontade de


ter um amigo.”

"Você não tem amigos."

"Exatamente."

"Ok, digamos que eu aceite sua oferta... O que você


ganha com isso? Como sei que posso confiar em você?”

"Você não sabe."

Eu devolvo o telefone. "Obrigado pela oferta, é tentadora,


mas vou recusar."

"Por quê?"

“É sério? Você acabou de dizer que não tem como saber


se posso confiar em você... Por que no mundo eu permitiria
cair em uma armadilha em potencial? Há muitas garotas da
minha idade com quem posso conversar sem toda essa
besteira”

"Você está certo." Ele para de andar quando chegamos


ao meu carro.

“Há muitas garotas doces e saudáveis que dariam o seu


braço esquerdo te fazer um boquete… Mas você e eu sabemos
que não é tão simples assim. Pessoas como nós precisam de
mais do que isso. Para algumas pessoas, a ideia de emoção
seria dar uns amassos na namoradas em um cinema. Mas
nós somos diferentes.”

“Eu não sou igual você."


"É aí que você está errado." Ele me empurra contra o
meu carro. “Eu te vi naquela sala de aula, irmão. Você é como
uma maldita bomba pronta para explodir. E se você não
aliviar um pouco dessa tensão reprimida dentro de você,
mais cedo ou mais tarde vai detonar.” Ele bate na lateral do
meu carro. “Boom"

“Sem ofensa, mas você é doido. Eu não sei o que você


acha que sabe sobre mim, mas seja o que for, garanto que
está errado. Estou bem, Damien. Ao contrário de você, eu
sou normal.” Abro a porta do meu carro. "Vá encontrar
alguém que queira fazer parte dos seus joguinhos doentios."

Sinto meu corpo queimar quando ele agarra meu


pescoço.

"Você tem uma contusão do tamanho do Texas nas suas


costas, cara." Ele me solta, mas fico quieto, com muito medo
de me mexer ou falar. “E antes que você me acuse de
persegui-lo, há alguns dias atrás eu tive educação física no
oitavo período. Eu suponho que você tinha aula no sétimo
porque você ainda estava no vestiário se trocando quando
cheguei.”

Finalmente, encontro minha voz. "Eu acho que você está


enganado."

Ele bufa. “Eu vi os machucados descendo pelo seu


pescoço até a sua bunda. Ou seu pai te espanca, ou ele fode
você.”

Em dois movimentos fluidos, minha mão envolve sua


garganta. "Você não sabe do que diabos está falando." Eu
aperto seu pescoço observando seu rosto mudar de cor. "Eu
caí das escadas na semana passada."
É uma mentira e ele sabe disso. Mas admitir que meu
pai ainda me bate mesmo estando prestes a terminar o
ensino médio não é algo que um homem faz.

Muito menos revelar o fato de que meu próprio irmão


também faz isso. O que começou como uma discussão
regular na semana passada terminou com meu irmão
jogando uma cadeira nas minhas costas. O que, claro, levou
meu pai a tirar o cinto enquanto eu estava fraco demais para
me defender,porque, de acordo com ele, devo ter provocado
seu filho favorito.

Minha família tem problemas... Toda família tem. No


entanto, os problemas da minha família são da minha conta,
não da dele.

Apesar de seu rosto vermelho, Damien não luta. Em vez


disso, seus olhos azuis brilham, me desafiando. Como se ele
quisesse ver o quão longe posso ir.

Ele tosse quando eu o solto. "Como eu disse... Boom."

"Eu pensei que você tinha dito que sempre tem aula
com a Sra. Miller no oitavo período?” Eu grito quando ele se
afasta.

Entre o fato de eu estar com seu telefone e sua fixação


na minha vida pessoal, não posso deixar de sentir que ele
intencionalmente armou para que tudo isso acontecesse
hoje.

E se ele não estivesse tão longe, acho que diria que até
gosto da nossa amizade estranha.

Ele se vira de braços abertos. "Pensei que você tivesse


dito que tinha uma reunião do conselho estudantil hoje?” Ele
se vira e continua caminhando. "Parece que somos dois
mentirosos."
Capítulo 14

“Eu providenciei para o jornal local vir esta semana e


fazer uma reportagem sobre o noivado,” Milton Bexley me
informa, olhando ao redor do salão. “Onde está aquela
maldita garçonete com os espetinhos? Juro que este evento
parece pior a casa ano.”

“Você já terminou seu segundo prato de canapés, papai.


O médico disse que você precisa cuidar de sua dieta e do seu
colesterol,” rebate Margaret, cutucando-o com o bastão de
sua máscara roxa.

Uma garçonete aparece ao meu lado um momento


depois. "Vocês gostariam de mais?"

"Sim." Eu bebo o resto do meu uísque e coloco o copo


vazio em sua bandeja. "Faça um duplo."

Milton acena com a cabeça. "Eu também."

"Duplo, senhor?,” a garçonete pergunta ao mesmo


tempo que Margaret sussurra: "Papai.”

"Não comece,” Milton resmunga. "Você não consegue ver


que nós dois estamos celebrando as grandes novidades?"

Ele pode estar comemorando. Mas eu estou de luto.


O plano era anunciar nosso noivado alguns meses após
a eleição. No entanto, Milton acha que fazer isso de antemão
incentivará as pessoas a votarem em mim. De acordo com
várias fontes de notícias, estou começando cair nas
pesquisas. Não é o suficiente para me deixar em pânico, já
que ainda estou à frente... Mas quedas nunca são boas.

As pessoas estão começando a duvidar de mim e das


minhas capacidades.

É por isso que eu não fiz muito protesto quando o que


deveria ser um almoço de negócios se transformou troca de
anéis de noivado.

Mas agora? Estou tendo dúvidas sobre tudo isso.

“Você tem certeza de que um compromisso logo antes


da eleição não vai sair pela culatra? Eu não quero que os
eleitores em potencial se preocupem com uma possível
mudança de foco da minha campanha para minha noiva e o
casamento.” Margaret bufa, claramente ofendida.

Merda. É ela a responsável por isso.

"Pessoalmente, eu estou mais preocupado sobre como


sua enteada vai lidar com as notícias." Ela toma um gole
delicado de seu champanhe. “Eu costumava ser voluntária
no hospital psiquiátrico local. Vamos apenas dizer que as
meninas com seus problemas podem ser muito dependentes.
Vai ser um período difícil de adaptação quando ela tiver que
sair de casa.”

"Eden não vai se mudar." Eu examino o salão de baile


procurando pela garçonete, porque eu preciso que mais uma
bebida agora. “E ela não é psicótica. Ela só tem alguns
problemas e precisa de um pouco de tempo para melhorar.”
"Todos nós temos,” diz Milton.

"Desculpe, mas eu não ficarei confortável sabendo que


meu marido vive sob o mesmo teto com alguém como ela." A
máscara protegendo o seu rosto faz pouco para esconder seu
aborrecimento. "Eu não conheço nenhuma mulher que
ficaria."

Se eu não colocar um fim nisso agora, ela continuará


falando sobre esse assunto. "Eu não não vou expulsar Eden
da casa da sua mãe."

“Ótimo. Deixe ela lá e nos mudaremos para uma casa


nova.”

"Eu não me sinto bem por deixa-la sozinha."

"Por que não? Não é como se ela fosse sua verdadeira


filha.”

"Essa questão não é negociável.”

Margaret cruza os braços. "Papai."

Milton suspira. “Cain, Margaret tem um ponto. Você não


quer dar movivo para as pessoas falarem de você.”

Eu estava esperando que nós três pudéssemos viver


como uma família feliz, isso provaria a todos que, uma vez
por todas, que Eden não é uma destruidora de lares e
acabariam todas as fofocas.

Como se sentisse a tensão se formando em nosso


círculo, a garçonete entrega nossas bebidas.
Eu tomo um grande gole antes de falar. “Ela não tem
outra família. Sua mãe só faleceu há um ano. Eu não me
sentiria bem em deixá-la sozinha tão cedo.”

"Traga mais kebabs,” Milton diz a garçonete.

Margaret revira os olhos. “Por favor, ela não é uma


criança. Além disso, não é como se você estivesse saindo da
cidade. Você pode ligar e checar ela de vez em quando.” Seus
lábios formam uma linha apertada. "A maioria das garotas
da idade dela está indo para a faculdade e morando
sozinhas."

Milton pega uma bandeija de kebabs de uma garçonete


que está próxima de nós. "Pense sobre isso, não é uma má
idéia."

Eu levanto uma sobrancelha. "O que não é uma má


ideia?"

“Mandar a garota para a faculdade. Se você está tão


preocupado com seu bem-estar, garantir que receba uma
educação adequada é a melhor coisa que você pode fazer por
ela e seu futuro.”

"Papai está certo." Margaret diz. “A educação é muito


importante. Quem sabe? Ela pode se tornar uma grande
biofísica e encontrar uma cura para o câncer. ”

Milton ri. "Não vamos nos antecipar."

Apesar do nó que se forma no meu estômago, eu sei que


é a melhor solução para todos os envolvidos. Eden precisa
abrir suas asas... E preciso esquecer dela e manter meu foco
onde realmente deveria estar.
Mas, eu sei que ela nunca aceitará isso.

Eu limpo minha garganta. "Ela já está matriculada em


alguns cursos online.”

Margaret acena com a mão. "Isso não é um problema,


ela pode transferir seus créditos."

Eu sorrio porque as pessoas estão começando a olhar


para nós.

“Deixar Black Hallows não é uma opção para a Eden


neste momento."

Milton morde um pedaço de seu kebab. "Por que não?"

"Porque ela não sai de casa,” diz Margaret. “E isso faz o


quê, Cain? Três, quatro anos agora?’’

Minhas mãos coçam com o desejo de colocá-las sobre


sua boca. Ela está começando a me lembrar de Karen e eu
me recuso a casar com outra mulher que me deixa infeliz.

Eu empurro minha máscara para cima e solto minha


gravata, esperando que isso me ajude a respirar.

Não adianta. Eu sinto que as paredes estão se fechando


em minha volta.

Milton deve ter sentido a minha irritação porque ele diz:


"Chega de falar sobre isso, Margaret."

"Mas, papai-"

"Esse comportamento insistente é o motivo pelo qual


você ainda estava solteira com quase trinta anos."
Seu lábio inferior treme. “Eu sou assertiva. Não há nada
de errado com isso.”

"Você está errada,” Milton estala. "Os homens não


gostam disso."

Piscando com os olhos cheios de lágrimas, ela inala


bruscamente. “Sinto muito, Cain. Este não é o momento
certo para falar sobre isso.” Ela segura a máscara sobre o
rosto. "Afinal, estamos em uma festa."

Os olhos de Milton encontram os meus, sem dúvida ele


está se perguntando se o pedido de desculpas aliviou meus
nervos.

Não que isso realmente importe. Como todos os bons


políticos, ele está me dando à ilusão de controle.

No final do dia, nós dois sabemos que preciso dele muito


mais do que ele precisa de mim. Ele pode encontrar outro
político aspirante para se casar com sua filha amanhã. Mas
eu não conseguirei encontrar alguém com as mesmas
conexões que ele tem.

O homem é uma lenda na indústria porque conquistou


o respeito de ambas as partes, independentemente de suas
opiniões.

Ele também doou um monte de dinheiro para minha


campanha, e sem isso eu não teria nada.

Lembrando de tudo o que tenho a perder, e aceno com


a cabeça. "Está tudo bem." Eu arrumo minha máscara e
ajusto minha gravata borboleta. “Vou pegar alguns panfletos
da faculdade e abordar o assunto com Eden depois que as
eleições terminarem. Talvez ela esteja aberta as
possibilidades depois de fazer uma pesquisa.”

Milton e Margaret trocam sorrisos. Milton pode ser duro


com sua filha, mas todo mundo sabe que ela é quem faz o
que quiser com o pai. "Parece uma boa ideia." Milton levanta
o copo. “Você vai longe, Cain. Seu pai ficaria orgulhoso.”

A sala balança um pouco. "Obrigado." Eu olho para


Margaret. "O que você acha de esquecermos essa conversa e
irmos dançar?"

Ela segura minha mão. "Isso seria adorável." Ela acena


para Milton. "Vejo você daqui a pouco, papai."

Ele pisca para mim. “Eu vou falar com o juiz Kennedy.
Ouvi por aí que que ele está inclinado a votar em seu
oponente, mas tenho a sensação de que posso fazer ele
mudar de ideia. Ele pode até mesmo contribuir para a
causa.”

“Isso seria incrível. Obrigado, senhor.”

"Isso será antes ou depois que ele mande te prender?"


Uma voz zomba atrás de mim.

Um sentimento de raiva rasteja pelo meu intestino e,


quando me viro, sei o que, ou melhor, quem disse isso.

"Olá, Katrina."
Capítulo 15

Minhas pernas tremem enquanto eu caminho até o


castelo, e sinceramente sinto que vou desmaiar antes de
chegar à entrada. Eu posso ouvir a música vindo do que deve
ser o salão de baile e me amaldiçoo por ser uma mini
aberração.

A última coisa que quero fazer é chamar a atenção por


estar atrasada. Outra onda de tontura passa sobre mim e
quando penso que estou prestes desmaiar, sinto meu celular
vibrar.

Devil: Há uma entrada lateral pela qual você pode


entrar. Ela fica no lado esquerdo do castelo. Está aberta.

Eu juro que há momentos em que Cain está tão


sintonizado comigo que é quase como se me conhecesse
melhor do que eu mesma.

Acelerando meus passos, eu me dirijo para o lado


esquerdo do castelo.

AngelBaby123: Quase lá.

Devil: Depois de atravessar a porta, há um pequeno


corredor. O salão de festas estará à sua direita.
Chego à porta depois do que parece uma eternidade e
continuo pelo corredor. O som da música e as pessoas
tagarelando fazem meu estômago revirar.

Em poucos passos, estarei dentro do salão de baile com


todos eles.

AngelBaby123: Estou com medo.

Eu me amaldiçoo sob a minha respiração. Eu deveria


estar provando que posso lidar com isso.

Tudo o que eu quero é voltar para meu quarto.

Agora não é hora de ser um bebê. Respirando fundo,


forço minhas pernas a começar a andar.

Meus joelhos se dobram quando eu entro. Mesmo com


a máscara, não posso deixar de sentir que todo mundo sabe
quem sou eu.

Eu busco desesperadamente por Cain, mas isso é inútil.


Parece que todo homem aqui está usando o mesmo smoking
preto, gravata borboleta e uma máscara preta.

Meu celular vibra.

Devil: Você está linda.

Eu paro de me mexer. Ele pode me ver? Claro, que sim.


Ele comprou tudo o que estou vestindo. Incluindo a calcinha
com pérolas que deslizam pelas minhas áreas mais sensíveis
com o menor dos movimentos, tornando absolutamente
impossível esquecer o que está debaixo do meu vestido.

AngelBaby123: Onde você está?


Devil: Observando você.

Eu juro que coro cinco tons diferentes de vermelho. Eu


sei que ele não queria parecer sujo, mas isso envia uma onda
de calor entre as minhas pernas de qualquer maneira.

Isso também me deixa ainda mais ansiosa, porque me


lembra que estou em uma sala cheia de pessoas e não em
casa, no meu quarto.

Meus nervos vibram minha barriga e eu olho para o


chão. Toda vez que eu vejo o que me rodeia, minha cabeça
gira como um ciclone. Eu me sinto muito melhor ficando em
um canto, e olhando para os meus sapatos.

Infelizmente, acabo batendo em um garçom segurando


uma bandeja cheia de pratos.

Meu coração pula para minha garganta quando a


bandeja balança.

Um segundo antes de cair, um homem surge do nada e


a estabiliza. Em vez de acontecer uma catástrofe, a única
coisa que cai no chão é um único copo.

O garçom parece aliviado. Eu, no entanto, eu continuo


tensa. Eu só estou aqui por um minuto e já estou causando
problemas. As pessoas estão começando a olhar.

"Obrigado, cara,” diz o garçom. "Eu te devo uma."

"Não precisa,” uma voz rouca e profunda responde.

"Eu sinto muito." Sinto um tipo de náusea quando eu


me abaixo para pegar os pedaços de vidro. "Eu deveria
prestar mais atenção para onde eu estava indo-"
Eu congelo quando uma mão envolve meu pulso. "Deixe
o garçom cuidar disso."

Eu olho para cima e todo o oxigênio é sugado para fora


dos meus pulmões. Estou olhando para os olhos azuis mais
intensos que já vi.

"Você pode se machucar se não for cuidadosa."

Eu tento responder, mas minha garganta fica seca.


Jesus. Dói quase olhar para esses olhos, é como se estivesse
olhando para um eclipse.

Transfixada, observo o resto de suas características.


Sua pele é bronzeada, como se ele passasse a maior parte do
tempo no sol. Sua mandíbula é forte e bem delineada, e está
coberta por uma fina camada de barba por fazer. Não e o
suficiente para ser considerado uma barba, mas ainda assim
sombreia ainda mais seu rosto. Sua boca tem uma forma
interessante. Ela é cheia e bem desenhada. O resto de seu
rosto está protegido por uma máscara preta, eu me sinto
grata porque, se as características que vejo são tão
penetrantes, posso imaginar como ele se parece sem essa
máscara em seu rosto.

Meu olhar se dirige para seus lábios novamente, mas a


tinta que sai debaixo da gola de seu smoking chama minha
atenção. Suas tatuagens não combinam com a sua
vestimenta.

Curiosamente, isso é reconfortante. Parece que eu não


sou a única que não pertence a este lugar.

De alguma forma, consigo encontrar minha voz. "Isso


não é um problema. Foi minha culpa."
"O que te faz pensar isso?”

Estou tentando pensar em como responder isso, mas


meu dedo começa a latejar. Quando olho para baixo vejo
sangue. "Acho que você estava certo."

Eu procuro por Cain, porque sei que ele está me


observando, mas o homem vira meu pulso, examinando meu
dedo. “Há um pequeno pedaço de vidro ai. Dói?”

"Não muito." Eu faço uma careta. "Um pouco."

Fico sem reação quando ele leva meu dedo aos lábios.
Estou prestes a informá-lo de que não precisa assoprar meu
ferimento, mas para minha completa perplexidade, ele coloca
meu dedo sangrento em sua boca.

Estou chocada demais para protestar e hipnotizada


demais para me afastar. A respiração que eu estava
segurando se solta rapidamente quando começa a chupar
meu dedo. Ele é tão gentil, tão terno... E quase erótico.

Esta é sem dúvida a experiência mais inusitada que já


tive na minha vida. "O pedaço de vidro saiu."

Ele fica de pé e olho para o meu dedo sangrando.

"Obrigado..." Eu começo a dizer, mas ele já se foi.


Capítulo 16

“Obrigado por salvar minha bunda antes. Se houver


algo que eu possa fazer por você, ou se houver algo que você
precisar hoje à noite, me avise.”

De longe eu observo para meu anjo caído e trêmulo que


está tentando o seu melhor para se fundir a parede, eu olho
para o garçom. "Que tal você dar o fora da minha frente e a
gente fingir que nada aconteceu?”

Sua expressão é cômica, como se ele não soubesse se


fica calado ou me insulta. Ele é mais esperto do que parece,
porque ele some da minha frente.

Eu olho para o salão e concentro minha atenção nas


minhas duas pessoas favoritas.

Cain ainda está conversando com seu futuro sogro e sua


nova noiva. A julgar pela linha tensa de sua mandíbula, a
conversa não é agradável.

É lamentável... Porque a noite dele só vai piorar.

Girando meu olhar para o outro lado da sala, procuro


por Eden. É muito fácil a encontrar... Ela parece um gatinho
assustado sendo segurado sobre a água.

Cristo, ela está tão desconfortável, que se torna quase


doloroso testemunhar.
Acariciando meu queixo, continuo examinando-a.
Mesmo que o rosto dela esteja coberto por uma máscara e
ela esteja desconfortável… Ela ainda é a uma garota
lindamente fascinante.

Ela me lembra meus peixes quando os coloco no meu


aquário pela primeira vez.

Temerosa em seu novo ambiente. Sozinha e exposta...


Apesar de estar cercada por sua própria espécie.

Sorrindo, eu me abaixo para ajustar minha crescente


ereção.

Tão vulnerável... Porque não sabe que há um peixe com


dentes afiados a observando... E ele está com fome.

Minhas bolas formigam quando seu lábio inferior treme


e seu peito se ergue, acentuando os seus seios perfeitos. A
coitadinha continua checando o celular e olhando em volta...
Desesperada para se conectar com o homem a quem ela deu
seu coração.

A razão pela qual ela está se colocando nessa situação


de tortura. Meu anjo não tem idéia de que o homem que ela
ama vai esmagar sua alma antes que a noite acabe.

Meu pau se contorce, lutando contra o meu zíper. É


como ver dois trens prestes a colidirem... Boom.

Se eu ainda tivesse um coração, seria quebrado por ela.


A garota não pediu para fazer parte do meu plano... Ela é
apenas uma infeliz vítima.

Cain, no entanto, merece tudo acontecer a ele.


Eden pode ser ingênua... Mas Cain é o único culpado
nesse cenário devido a seus modos egoístas.

Não importa quem ele tenha que pisar ou cujo coração


ele tenha que quebrar... Cain Carter sempre consegue o que
quer no final.

Exceto desta vez.

Porque estou de volta... E não vou embora sem


conseguir o que quero. E o que eu quero... É lhe ensinar uma
lição.

É hora de Cain Carter aprender o que é sacrifício.

Como é perder.

Moendo meus molares, eu esmago a pequena lasca de


vidro na minha boca, me perguntando se Eden tem um gosto
tão doce quanto o sangue dela.

Há apenas uma maneira de descobrir.

Pegando meu telefone, abro o aplicativo e envio uma


mensagem.

Devil: Que tal eu fazer algo para ajudá-la a relaxar?


Capítulo 16

Devil: Que tal eu fazer algo para ajudá-la a relaxar?

Eu suspiro de alívio. Eu tenho tentado entrar em


contato com Cain desde que entrei no salão de baile vinte
minutos atrás, mas ele não respondeu até agora.

Eu estava começando a pensar que ele ainda tinha


dúvidas sobre nós.

AngelBaby123: Tudo que eu preciso é você. Estou perto


do estande do DJ.

Devil: Que tal você me encontrar em algum lugar mais


privado?

AngelBaby123: Ok. Onde?

Devil: Vá para a escadaria no átrio1, ele fica no segundo


andar. Quando você chegar ao segundo andar, vire à direita
e caminhe pelo corredor. A terceira porta à esquerda é um
depósito. Eu te encontrarei lá.

AngelBaby123: Você quer que eu te encontre em um


depósito?

1
ÁTRIO - gregas e romanas.Ou também pode ser área com um pequeno tanque no centro que
captava a água das chuvas. É aplicado também ao vestíbulo de uma Igreja Paleocristã e ao espaço
coberto que antecede uma Igreja, nartex.
Devil: Sim.

AngelBaby123: Por que?

Devil: Eu quero brincar com suas pérolas.

Meu pulso esquiva. Meu corpo inteiro parece mais leve


e pesado ao mesmo tempo.

Devil: Se você não quiser…

AngelBaby123: Não, eu quero.

Devil: Eu suba as escadas. Vou te dar mais instruções


depois que você chegar lá.

Meu coração pula no meu peito enquanto eu subo a


grande escada em espiral. A ideia de encontrar Cain em um
depósito durante uma festa é igualmente emocionante e
estressante.

Minhas pernas ficam moles quando encontro o local e


abro a porta.

AngelBaby123: Estou aqui.

O depósito é maior do que eu pensava que seria, mas


não grande o suficiente para ser considerado espaçoso. Há
espaço suficiente para duas pessoas se encaixarem
confortavelmente dentro dele. Eu procuro por um interruptor
de luz, mas não há um.

Um arrepio percorre meu corpo ao mesmo tempo que


meu telefone vibra.

Devil: Eu quero sua bunda de frente para a porta.


Minhas coxas apertam quando eu me viro. Eu amo esse
lado de Cain.

AngelBaby123: Pronto.

Devil: Agora, leia minhas palavras com cuidado.


Obedeça tudo o que eu mandar você fazer. Entendeu ?

AngelBaby123: Ok.

Devil: Eden. Se você me desobedecer, eu vou embora, e


isso vai acabar aqui.

AngelBaby123: Eu entendo.

Devil: Boa menina.

Devil: Depois de colocar o telefone no chão, quero que


você coloque as duas mãos na barra acima da sua cabeça.
Não se vire e não retire suas mãos da barra, a menos que você
tenha minha permissão. Eu estarei aí em sessenta segundos.

Largo o telefone e seguro a barra acima da minha


cabeça.

Então eu começo a contar até sessenta.

A porta do armário se abre aos cinquenta e nove.

O cheiro amadeirado de sua loção pós-barba é familiar


e reconfortante e a tensão no meu peito diminui.

"Oi,” eu sussurro na escuridão. O leve tremor na minha


voz ecoa pelas paredes. Ele não responde.

Estou prestes a perguntar se algo está errado, mas ele


se pressiona contra mim.
Minha boca fica seca quando seu pênis cutuca minha
bunda. Só de saber que ele quer isso tanto quanto eu, faz os
pelos minúsculos dos meus braços ficarem em pé.

"Cain?”

Ele dá uma mordida no meu ombro que me faz sacudir.


Mas com a mesma rapidez sua língua está acalma minha
dor.

Eu me assusto quando ele empurra o topo do meu


vestido para baixo.

Eu não sei porque estou tão nervosa. Eu nunca estive


tão nervosa com Cain antes.

Na verdade, geralmente sou eu quem faz o primeiro


movimento.

Talvez seja esse o meu problema.

Desde que eu não posso tirar minhas mãos de onde elas


estão, eu esfrego minha bunda contra ele. O movimento
provoca um delicioso atrito entre minhas partes íntimas e as
pérolas.

Aperto com mais força a barra quando o atrito entre nós


fica mais intenso e ele corre seus dedos calejados sobre meus
mamilos, os fazendo ficar pontudos e duros. Todos os meus
sentidos estão intensificados neste momento, tornando-me
ainda mais sensível do que o habitual. Calafrios surgem nas
minhas costas quando sua grande mão encontra a fenda no
meu vestido e ele passa os dedos pela minha coxa. Apesar de
suas ações sem pressa, seu toque parece um pouco mais
áspero do que da última vez, mas não de um jeito ruim.
Colocando meu cabelo para um lado, ele acaricia meu
pescoço. Sua barba rala raspa minha pele.

Por mais que eu ame o que ele está fazendo, está se


tornando impossível não tocá-lo.

"Deixe-me tocar você." Eu digo um pouco nervosa. "Eu


quero fazer você se sentir bem também."

Estou preparada para ele recusar, mas para minha


surpresa, ele pega uma das minhas mãos e a leva até sua
ereção. Ansiosamente, eu o acaricio através de suas calças,
amando o jeito que seu pênis se agita sob a minha palma.

Não posso esperar mais um segundo, eu puxo o zíper


para baixo e deslizo minha mão para dentro. Ele está sem
cueca. Há apenas pele quente e firme. Me sentindo mais
ousada, eu envolvo minha mão em torno de seu
comprimento e o aperto. Ele faz um barulho baixo e o som
vai direto para o meu núcleo. Quando vou senti-lo
completamente, ele pega minha mão e a coloca em cima da
minha outra.

Eu quero perguntar o que ele está fazendo, mas fica


claro quando ele amarra meus dois pulsos na barra com
algum tipo de pano feito de seda.

Eu engulo em seco. "Isso é uma punição ou


recompensa?”

Sua resposta é um tapa rápido na minha bunda que me


faz chorar.

"Ambos,” ele diz, sua voz rouca mal está acima de um


sussurro. Ele deve estar com tanto tesão quanto eu, porque
sua voz está mais rouca do que de costume.
Meu coração dispara quando a mão dentro do meu
vestido começa a traçar as pérolas do meu fio-dental,
aplicando uma pressão suave ao longo do caminho. É tão
bom que sinto que vou perder a cabeça completamente.

"Cain"

Ele puxa a corda e assobia. A sensação é tão aguda e


inesperada que minha respiração fica parada. Jesus. Há algo
incrivelmente sensual em estar à mercê de outra pessoa.

Arrastando os dentes ao longo do meu pescoço, ele


pressiona uma pérola no meu clitóris e a rola. O chão abaixo
de mim se inclina e eu esqueço de respirar.

Ele é tão meticuloso em sua provocação, que isso me dá


pequenas faíscas de prazer, mas ele para antes que eu tenha
um orgasmo.

Estou tão excitada que sinto que posso explodir a


qualquer momento.

"Por favor,” eu imploro enquanto ele continua sua


deliciosa tortura. "Coloque o dedo dentro de mim."

Um grunhido escapa dele, um tão escuro que eu nunca


ouvi antes, mas ele não realiza meu pedido. Em vez disso, ele
acaricia os lábios da minha buceta com os dedos.

A tensão no meu núcleo aperta, cada terminação


nervosa do meu corpo está implorando por liberação.

"Por favor."

Seus dentes raspam meu ombro em alerta, mas eu não


me importo. Se ele não estiver dentro de mim em breve, eu
vou enlouquecer. É agonizante não poder vê-lo, tocá-lo ou
ouvi-lo.

"Eu preciso sentir você."

A ponta do seu dedo circunda minha abertura, apenas


o suficiente para me fazer tremer. Meu coração bate nas
minhas costelas. Eu não consigo respirar. Eu vou entrar em
combustão espontânea se ele me fizer esperar mais.

"Cai..."

Ele mergulha o dedo dentro de mim com força e eu


suspiro, meu coração bate como uma britadeira.

Eu estou tentando pegar seu ritmo quando ele desliza o


dedo para fora... Só para afundar de volta em um momento
depois, mais fundo desta vez.

Eu me contorço contra ele quando ele pega velocidade e


começa a me foder com o dedo. Sons abafados preenchem o
espaço entre nós, mas eu estou muito focada nas coisas
incríveis que ele está fazendo para ficar envergonhada.

Isso, até que ele que coloca um segundo dedo dentro de


mim, causando pressão no meu corpo não preparado, e eu
grito de dor.

Ele congela e meu coração afunda. Eu não quero


estragar tudo como fiz da última vez.

"Não pare,” eu sufoco. "Eu posso aguentar, eu juro." Eu


digo como se tentasse provar que estou certa, eu me aperto
ao redor dele, tentando mantê-lo dentro de mim.
Não funciona porque ele remove seus dedos. A perda me
entorpece. Eu e minha virgindade estúpida estragaram tudo
pela segunda vez. O que é muito irônico para alguém que
uma cidade inteira chama de prostituta.

Uma lágrima cai pela minha bochecha e isso só faz tudo


piorar. Estou completamente mortificada. Eu só quero
passar por essa barreira entre nós, mas parece que nunca
vai acontecer.

"Eu sou virgem… Mas" As palavras não saem da minha


garganta, porque ele tira meu vestido completamente.

Então ele fica de joelhos.

Minhas sobrancelhas se unem em confusão. Eu pensei


que ele estava chateado como da última vez. "O que-"

Ele coloca um o dedo dentro de mim novamente, de uma


forma muito mais lenta do que antes. Sinto sua respiração
em minha entrada. Esse ângulo torna tudo mais profundo e
a nova posição rouba minha respiração.

"Oh, Deus." Estou tão molhada que posso sentir isso


entre minhas coxas. Ele me empurra para frente, fazendo
com que o tecido belisque meus pulsos, mas eu não me
importo, a dor só aumenta o meu desejo. O prazer toma
conta do meu corpo quando ele separa meus lábios e coloca
sua língua na minha boceta.

"Cain"

Eu grito quando ele me morde suavemente antes de


remover sua boca completamente.
Lágrimas enchem meus olhos. Eu me sinto castigada.
Como se ele estivesse me trazido para o mais alto dos
penhascos... Apenas para me jogar dele.

"Eu sinto muito,” eu sussurro. Minhas emoções se


descontrolaram e eu sei que esse é o fim. Ele está
controlando todos os aspectos de mim.

Estou começando a me sentir como um animal de


estimação que está tentando, mas falhando miseravelmente
agradar seu dono. "Eu sinto muito."

Nervos se agrupam no meu estômago quando ele abre


ainda mais minhas pernas. Eu nunca me senti tão
vulnerável antes.

"Shhh,” ele diz, coletando minha umidade em seu


polegar. E assim, meu coração parece mais leve. Estou me
aquecendo em seu calor mais uma vez.

Até que seu polegar se mova vários centímetros e ele


pressione uma pérola em meu ânus. Eu me contorço, sem
saber o que fazer com essa sensação. Parece incrível e
assustador ao mesmo tempo.

Minha respiração engata quando ele planta um beijo


onde a pérola está e sua outra mão acaricia minha boceta.

Ouço meu coração em meus ouvidos quando ele sopra


a pérola e me lambe novamente.

E então ele faz uma pausa. Tudo isso é ilícito e sujo e...

Um gemido gutural rasga minha garganta quando sua


língua substitui a pérola e seu dedo bombeia dentro da
minha buceta. É tão inesperado, tão agradável, que meu
cérebro se embaralha. Ao contrário de sua lenta tortura de
antes, isso é carnal. Ele está me fodendo em um deposito.

Como se eu fosse à última gota de água que nunca vai


tocar seus lábios. Ele geme, empurrando a língua mais
fundo. Deus. Ele é como um homem das cavernas voraz e
imundo, sem limites ou restrições. Cada parte do meu corpo
é dele e eu amo isso.

Com um grunhido, ele aperta meu clitóris entre dois


dedos e gira a ponta da língua dentro da minha bunda,
fazendo com que pequenos pontos brilhos se formem diante
dos meus olhos.

Eu sinto que não posso aguentar mais. Minhas pernas


tremem como árvores em um furacão. Eu não posso
aguentar. Isso é demais. É bom demais.

“Cain.” É a primeira e única palavra a sair dos meus


lábios antes que um tremor comece dos meus pés e
transcenda, ganhando velocidade ao longo do caminho,
como uma pedra rolando ladeira abaixo.

Já tive orgasmos antes, mas esse agita todo o meu corpo


de dentro para fora. É tão extremo que é quase assustador.
Isso me puxa em cinquenta direções diferentes, devastando
minha base até eu finalmente me despedaçar.

Eu não tenho forças para ficar em pé sozinha.

Eu me solto contra sua ordem, mas Cain envolve seu


braço em volta da minha cintura e me mantém firme, como
ele tem feito nos últimos quatro anos.

"Eu te amo." Eu puxo uma respiração instável. “Eu sei


que isso te assusta e sei que você não sente as coisas da
mesma maneira que eu, mas preciso que você saiba que
meus sentimentos por você são reais. Não é uma paixão, não
é simples afeto, e não é errado.”

Ele fica de pé, mas eu continuo. Eu preciso que ele saiba


o quão sério estou falando.

"Falar com você no aplicativo é a melhor parte do meu


dia,” eu sussurro enquanto ele me segura. "Eu nunca fui
capaz de dizer a ninguém as coisas que te digo." Eu pego a
barra quando minhas mãos ficam livres, lembrando o que ele
disse sobre não se mover até que tivesse a permissão dele.
“Eu sei que você está preocupado com a eleição e que você
não acha que eu não vivi o que é preciso para saber essas
coisas, mas eu sei. Eu farei qualquer coisa no mundo por
você, Cain. Eu amo-"

O som da porta se abrindo e fechando me interrompe e


me sinto uma idiota.

Meu coração dispara quando meu telefone toca um


momento depois. Eu o pego com as mãos trêmulas,
petrificada pelo medo do que ele vai dizer.

Devil: Me encontre na pista de dança em cinco minutos.

E assim, o órgão no meu peito levanta vôo. Cain estava


certo... Tudo que eu queria estava aqui o tempo todo. Tudo
o que eu tinha que fazer era pegar.
Capítulo 18

Passado...
"Há uma tenda da sorte aqui,” brinca Julia quando
entramos no ginásio da escola para a festa da primavera.
"Nós podemos ir?”

Tento não revirar os olhos. “Tudo bem."

Ela pega minha mão. "Vamos nos divertir muito hoje à


noite." Considerando que é o nosso terceiro encontro em
duas semanas e a única coisa que fizemos foi nos beijar... Eu
duvido.

Colocando um sorriso no meu rosto, eu seguro sua mão.


Meu sorriso cai quando a cartomante tira sua máscara. "Oi,
senhora Miller."

“Oi pessoal. Vocês estão se divertindo?”

"Acabamos de chegar aqui,” Julia responde, apontando


para a máscara que nos entregaram na porta. "Eu estava
esperando que você pudesse ler cartas para mim."

"Certo. Vocês dois vão querer ou …”

"Apenas ela,” eu digo sucintamente. “Eu não acredito


nessa porcaria. Não há como prever o futuro.”
Julia franze a testa. "Sim você está certo.. Isso é
estupidez …”

"Minha avó costumava dizer que as cartas de tarô não


previam o futuro, elas simplesmente são como um espelho
para o seu subconsciente."

A boca de Julia se abre. "Sua avó também era uma


cartomante?” Eu olho para o teto. "Sra. Miller não é uma
cartomante, Julia. Ela é apenas uma professora.”

Ela também faz um boquete maravilhoso.

A Sra. Miller aponta para suas cartas. “Na verdade,


essas cartas eram da minha avó. Ela costumava fazer isso
para ganhar a vida.”

"Que profissão nobre."

A Sra. Miller se vira para Julia. "Não deixe que esse


descrente pense por você, pode ser muito esclarecedor."

Julia morde o lábio, e seu olhar passeia entre nós. "Eu


não sei."

“Vá em frente." Eu dou de ombros. “Eu acho que é


besteira, mas é óbvio que você quer. Portanto, faça o que
quiser.”

Seus olhos brilham. "OK. Eu tenho que fazer alguma


coisa?”

A Sra. Miller lhe entrega o baralho. "Embaralhe as


cartas e concentre-se no que você gostaria que o universo lhe
diga."
Com o canto do olho, vejo meu irmão conversando com
seus amigos. Ou melhor, vejo seus amigos beijando sua
bunda e o parabenizando pela milionésima vez por conseguir
uma bolsa de estudos em Harvard. O ciúme serpenteia pela
minha espinha. Entreguei meu pedido duas semanas antes
dele e ainda não recebi resposta.

Eu não estava preocupado até poucos dias atrás,


quando meus amigos da equipe de debate mencionaram que
todos receberam suas cartas resposta das faculdades que
querem ir.

Ao contrário deles, não tenho uma segunda escolha. É


Harvard, ou acabou. É onde meu pai e todos os seus amigos
estudaram.

Eu nunca serei capaz de viver se meu irmão for aceito,


e eu não.

"Oh meu Deus, isso é incrível,” Julia grita ao meu lado,


me tirando dos meus pensamentos. "Eu tirei três de paus
para o meu futuro e a Sra. Miller diz que é um sinal de
grandes coisas pela frente.”

Ela bate palmas. “Ela está certa, porque recebi minha


carta de aceitação de Dartmouth hoje. Foi a minha primeira
escolha.”

Minhas mãos se apertam ao meu lado. A garota que


injeta tinta de suas canetas várias vezes por semana foi
aceita em sua faculdade preferida e eu não.

Eu olho para o meu irmão novamente. Eu acho que ele


está prestes a me chamar, mas ele cutuca um de seus amigos
que olha para mim e faz uma careta. Logo antes de
começarem a rir. Idiotas.
"Eu quero uma leitura."

Se Julia, terá um futuro brilhante, então o meu deve ser


o maldito sol.

A Sra. Miller sorri. "OK, claro."

Assim como com Julia, ela me entrega as cartas e me


diz para me concentrar enquanto eu as embaralho.

Eu as entrego de volta, quando termino, e ela vira três


cartas. "Essas cartas representam seu passado, presente e
futuro." Ela gesticula para o primeiro cartão. “Seu passado é
o rei das espadas. Representa um homem muito forte e que
tem uma grande influência em sua vida. Ele é uma figura de
autoridade que fez você ser quem é hoje.” Suas sobrancelhas
se unem. "Você aprendeu a ser responsável em uma idade
muito precoce e toma seriamente as lições que ele te ensina."

Parece correto. "Ótimo. Qual é o meu futuro?” Como de


costume, é minha principal preocupação.

"Deixe-me ler o seu presente primeiro."

Quando ela vira a segunda carta, Julia grita, agarrando


meu braço. "Não. Cain não pode morrer.”

Várias cabeças se viram para nos olhar.

Eu não demonstro estar irritado, mas o sinistro cartão


de morte é um pouco irritante de se ver.

"Relaxe. A carta da morte não significa que Cain vai


morrer.” Ela olha para mim. “Mas isso significa que você está
passando por uma profunda transformação e atualmente
está em uma encruzilhada. Mas o interessante sobre a carta
da morte é que ela fala que é quase impossível lutar contra o
que está em seu presente. A única coisa que você pode fazer
é se deixar levar e permitir que as mudanças aconteçam.”

Eu levanto uma sobrancelha. “Que diferença isso faz?”

Ela aponta para o cartão final. "O futuro lhe dará mais
discernimento."

"Duvido,” murmuro. "Considerando que esta leitura não


foi tão perspicaz para começar."

"Oh,” diz Julia quando a Sra. Miller vira o cartão final.


"Está é…"

"O Diabo,” a Sra. Miller termina por ela.

Julia se inclina para olhar mais de perto e cora. "Hum…


eles estão-"

"Nus e amarrados?" Sra. Miller diz acenando. "Sim. O


diabo fala sobre escravidão.” Ela limpa a garganta.
"Metaforicamente falando, é claro." Sua expressão fica séria
e ela olha para mim. “É também um enorme aviso. Quando
esta carta aparece no seu futuro, está te avisando que algo
vai dar errado se você continuar no caminho atual em que
você está.” Ela começa a bater os dedos na mesa. "Obsessão,
controle, vício, manipulação, tentação ao mal... Você é um
escravo de todas essas emoções."

“Cartas bonitas,” interrompe Damien, saindo de trás da


cabine. "Posso ser o próximo?”

Desta vez é a Sra. Miller que cora.


"Falando do diabo,” murmuro, nenhum pouco surpreso
em vê-lo.

“Ei, Julia. Você está linda como de costume.” Ele


arqueia as sobrancelhas. “Bem, exeto por essa mancha de
tinta em seu vestido.” Ele diz se inclinando sobre ela.

Eu bato na mão dele que está indo para o peito dela.


"Deixe-a em paz, idiota."

Julia olha para seus sapatos. "Podemos ir dançar agora,


Cain?”

"Claro." Eu começo a me virar, mas algo bate no meu


ombro.

"Não esqueça sua máscara,” Damien diz. “É uma festa


de máscaras, afinal de contas.”

Olhando para ele, me inclino para pegar a máscara. "Por


quê você está aqui? Não me lembro de ter visto você
participar de um baile da escola antes.”

Lambendo os lábios, ele coloca sua própria máscara


preta. "O que posso dizer? Eu gosto de novas experiências.”
Ele empurra o queixo em direção à pista de dança. “Se
divirtam." Seus olhos azuis arrepiantes pousam em mim.
"Eu vou ficar aqui e observar vocês "

Meus ouvidos esquentam e tenho certeza de que estão


tão vermelhos quanto a mancha de tinta no vestido de Julia.

Eu deveria saber que Damien ainda não tinha


terminado comigo.
Agarrando a mão de Julia, eu a levo para a pista de
dança.

Eu sinto os olhos de Damien em mim o tempo todo.

"Oi, Caim."

Eu solto um gemido interiormente ao ouvir som da voz


de Katrina. Eu não posso nem mijar sem que ela me siga.

Se eu achava que Damien estava me perseguindo. Sobre


Katrina eu tenho certeza.

Segunda-feira, ela ligou para dizer que estava deixando


em minha casa uma caixa das minhas coisas.

Terça-feira, ela ligou para dizer que esqueceu de colocar


uma camiseta na caixa e que me encontraria no meu armário
depois da escola. Quando eu disse a ela para ficar com a
camiseta, ela disse que a deixaria na minha varanda.

Quarta-feira, ela ligou para me dizer que seu gato sentia


a minha falta. E ontem... Ela ligou para dizer que encontrou
um lápis meu.

Se ela continuar assim, da próxima vez que ligar, vou


dizer que pedi uma ordem de restrição contra ela.

"Oi e adeus." Eu tento passar por ela, mas ela pressiona


a mão no meu peito.

"Eu sinto muito."

“Você disse isso cerca de cem vezes desde que


terminamos."
Por que você está sendo tão mau para mim?" Seus olhos
se estreitam. "É porque você está namorando a Julia agora?"

"Eu nem sei como responder isso."

“Você não precisa. Apenas diga a ela que acabou e


podemos continuar de onde paramos.”

“Com você transando com outra pessoa pelas minhas


costas? Não, eu estou muito bem sem você.”

Eu tento sair de novo, mas ela para na minha frente.


"Eu nunca deveria ter traído você."

“E eu não deveria ter comido pizza de quatro dias na


semana passada. Merdas acontecem, siga em frente.” Eu
começo a andar em direção ao ginásio onde Julia está
esperando por mim. "Eu estou fazendo isso."

Julia é a única coisa na minha vida ultimamente que


meu pai aprova e eu não vou deixá-la ir. Não, até receber
minha carta de aceitação de Harvard e dizer ao meu irmão e
a todos que não acreditam em mim para irem se foder.

"Ai,” diz Damien quando eu passo por ele. "Isso foi


duro." Sua voz diminui "O que você acha de levá-la para o
barracão, curvá-la e ensinar-lhe uma lição?"

Eu ignoro o aperto na minha virilha. "Foda-se."

___

“Eu vou conversar com as meninas. Você pode me


pegar um pouco de suco?”
Eu levanto da mesa. “Tudo bem."

Neste momento queria ter algumas canetas aqui para


enfiar na boca dela, para que ela fique calada. Como uma
única pessoa pode ser tão irritante.

“Problemas no paraíso?”

Essa noite está tão ruim que não me importo de falar


com o Damien. Mas, não é como se eu tivesse muita escolha.
Ele é uma das poucas pessoas que ainda estão aqui.

Eu coloco dois copos na mesa. "Ela quer ficar até o fim


para ajudar a limpar... E depois ir tomar sorvete."

"Você sabe que tomar sorvete é um tipo de código para


dar uns amasso, né?"

"Eu espero que sim." Eu estremeço. "Pensando bem, não


sei se é uma boa idéia."

Damien sorri. “Aonde foi parar o homenzinho corajoso,


huh?”

"Ainda está aqui, só não estou desesperado."

"Deixe-me ajudá-lo." Ele abre a jaqueta e tira uma


garrafa. "É apenas vodka, mas vai servir."

Antes que eu possa falar que não quero, ele derrama


alguns dozes nos copos. "Estou dirigindo."

Ele encolhe os ombros, digitando uma mensagem em


seu telefone.

"Então, mande ela dirigir."


Não é uma má ideia. Talvez assim ela fique quieta.

Encostado na mesa, eu o estudo. “Não quero ser


inconveniente, mas por que você está aqui? Você não trouxe
ninguém para o baile. E as únicas pessoas com quem eu vi
você falar hoje a noite foram eu e a Sra. Miller.”

Ele toma um gole de sua vodka. "Esteve me


observando?"

"Não." Eu tomo um gole da minha bebida. "E mesmo que


estivesse não importa."

Seus lábios se contraem. "Bem, ao contrário de você eu


não sou um hipócrita que foge de algo que me intriga." Ele
coloca o celular no bolso de trás. “E de acordo com o que
Kristy viu nas cartas hoje à noite, posso ser muito
persistente quando quero alguma coisa.”

Eu reviro meus olhos. "Por favor, não me diga que você


acredita nessa porcaria."

"Eu não sei." Ele olha para o outro lado do salão "Ela
parece ser boa nisso"

Eu sigo seu olhar para a cabine da onde a Sra. Miller


está arrumando as coisas. "Então, o que... ela é sua
namorada ou algo assim?”

Os cantos dos olhos dele estreitam. Ele coloca o seu


copo na mesa. “Eu não tenho namoradas. Mas ela é minha
favorita.”

"Eu imagino o porquê."


Quando ele levanta uma sobrancelha eu murmuro: “As
mensagens.”

"O que eu posso dizer?" Seus lábios se curvam em um


sorriso. “Eu gosto de coisas que não deveria. Quanto mais
proibido melhor.”

"Você já ficou nervoso?” Eu tomo outro gole da minha


bebida. "Você sabe, sobre o marido descobrir."

"Não. Essa merda é problema dela, não meu.”

Faz sentido. Com o canto do olho, vejo Julia entrar no


ginásio. "Minha companheira está de volta."

Ele me saúda. "Só faltam trinta minutos."

"Graças a Deus."

Eu começo a sair, mas ele bate no meu ombro. "Você


não me perguntou quais são os meus planos depois que o
baile acabar."

Eu pisco. "Quais são seus planos após o baile?”

Ele curva um dedo. Quando me inclino, ele sussurra:


“Vou amarrar a Sra. Miller na cabeceira da cama e enfiar
meu pau na garganta dela.” Seus lábios tremem sobre a
minha orelha. "E então eu vou fodê-la com tanta força que
ela vai molhar os meus lençóis de dois mil dólares."

Minhas bolas formigam e eu o odeio por me dizer isso.


"Bom para você, cara."

"Você está convidado a se juntar a nós. Nós podemos


fazê-la tremer de prazer juntos. Eu fico com a bunda e você
com a parte da frente.” Ele empurra o queixo em direção a
Julia. "Ou você pode comer sorvete e ouvir conversas de
meninas." Seu olhar deriva para a Sra. Miller, que está quase
pronta para sair. "Eu estou saindo em dez minutos."

Minhas mãos ficam úmidas. Em penso em maneiras de


dispensar Julia. Mas, eu não posso. Já é ruim o bastante eu
me masturbar várias vezes ao dia enquanto revivo o que
aconteceu naquela sala de aula. Se eu cair neste buraco, não
há como voltar.

“Dispenso. Mas obrigado pela oferta.”

“Você é quem sabe.” Ele olha para a Sra. Miller e sorri.


“Só não se esqueça que a sorte, só favorece os corajosos.”

___

"Você acha que o novo corte de cabelo de Kim é


estranho?" Julia pergunta enquanto balançamos no ritmo da
música. Só restaram nós, e mais três casais na pista de
dança.

"Você acha que é estranho?”

Eu aprendi que a melhor maneira de responder suas


perguntas é direcioná-las de volta para ela.

"Um pouco. Sua franja é meio curta.” Ela franze os


lábios. “Cabelos crescem, então eu acho que isso realmente
não importa."

"Não." Nada sobre essa conversa importa.


Na minha visão periférica, vejo a Sra. Miller saindo do
ginásio. Damien se pendura atrás das arquibancadas,
olhando entre mim e seu relógio.

"O que você achou do vestido que Stacy Saxton usou na


terça-feira?"

Eu cerro meus dentes. "O que você achou do vestido?”

Eu examino as arquibancadas. Meu sangue acelera


quando percebo que ele não está mais lá, mas está se
movendo em direção à saída. Julia franze o rosto,
ponderando. "Não tenho certeza."

Damien me lança um último olhar...

E então ele desaparece.

"Eu acho que isso a fez parecer um pouco gordinha,


mas-“

"Merda,” eu grito antes de me dobrar.

"Oh meu Deus. Cain, o que há de errado?”

"Eu acho que estou morrendo." Não é mentira. Tenho


certeza de que vou morrer se ela me fizer mais uma pergunta
sobre Stacy ou Kim e seu estúpido guarda-roupa.

"O quê houve?" Julia grita. "Caramba, as cartas estavam


certas."

Agarrando meu estômago, eu manco em direção à saída.


"Eu acho que estou com intoxicação alimentar." Eu pego
minhas chaves do meu bolso e jogo para ela. “Eu não quero
que você vá embora sozinha. Você pode ficar com meu carro
e dirigir para casa.”
Ela olha para mim como se eu tivesse duas cabeças.
"Você quer que eu dirija seu carro?"

“Sim.” Dirija até uma ponte e se jogue dela. “Não tenho


certeza de quanto tempo ficarei no banheiro. Vou pegar uma
carona para casa com o meu irmão.”

Eu corro. Esperando que Damien não tenha saído


ainda.

"Espere,” ela grita. “Isso significa que estamos


namorando? Eu sou sua namorada?”

"Tanto faz."

No segundo que estou fora do ginásio, começo a correr


como um jogador de futebol prestes a marcar um gol.

“Espera’’

Os olhos de Damien se arregalam quando ele me vê.


"Olha quem decidiu deixar de ser uma bucetinha."

“É melhor que valha a pena. Acabei de dar a Julia às


chaves do meu carro para que ela me deixasse em paz.”

"Foda-se essa cadela." Ele bate o lado de sua


caminhonete. “Entre, filho da puta. Uma boa boceta nos
espera por ninguém.” Saltando para o assento do motorista,
ele liga o motor. "Kristy só tem duas horas antes de seu
marido chegar em casa da pescaria."

Eu abro a porta do lado do passageiro e subo em sua


caminhonete.

"Tenho certeza que estamos indo para o inferno."


“Eu tenho uma casa lá." Ele me lança um sorriso
maligno. "O tempo está lindo para esta época do ano não
acha?"
Capítulo 19

“Falei com o Independent Chronicle mais cedo e eles


disseram que a última vez que falaram com Jodie foi antes
de ela sair do escritório para ir a sua casa.”

Milton franze a testa. "Isso é verdade?"

Eu engulo em seco. “Sim, ela estava fazendo uma


entrevista com Eden.”

"Certo,” Katrina diz, com veneno em suas palavras. A


taça em mão está meio vazia, mas estou disposto a apostar
meu próximo salário que não é a primeira da noite. Nem a
segunda, nem a terceira. “Ela sumiu depois que esteve em
sua casa." Suas mãos tremem.

“Bem, não antes de você ficar furioso, e a chutar para


fora, e fazer ela ser demitida."

“Suas perguntas eram inapropriadas e perturbaram


minha enteada.”

"Oh, por favor. Não seja hipócrita.”

Eu posso sentir os olhos de todos na festa em nós agora.


"Olha, Katrina, eu conheço você e seu marido-" Eu olho para
o homem ao lado dela. Se minha memória estiver correta, ele
é um assistente do DA. Merda. "Eu imagino o quanto vocês
estão preocupados com..."
"Tão preocupados que estão participando de uma festa
enquanto a filha está desaparecida,” interpela Margaret.

A boca de Katrina se abre. "Como você se atreve."

“Como eu me atrevo? Eu só estou dizendo o que todos


aqui estão pensando. Eu posso não ter filhos, mas sei que se
eu sumisse, o último lugar onde meu pai, o governador,
estaria, seria em uma festa.”

Milton acena com a cabeça. “Minha filha está


absolutamente correta. Sinto muito pelo que você está
passando, mas isso não lhe dá o direito de apontar o dedo e
atacar um homem inocente. Eu conheço Cain desde que ele
nasceu e ele nunca machucaria ninguém. Eu sugiro que você
vá para casa, fique sóbria e se concentre em encontrar sua
filha.”

A sensação esmagadora no meu peito se dissipa um


pouco. Quando o governador Bexley fala, as pessoas ouvem.

O marido de Katrina segura seu cotovelo. “Vamos,


Katrina. Eu acho que terminamos aqui. Vamos para casa.”

Evidentemente, Katrina não concorda porque ela se


aproxima do meu rosto. "Seu teatrinho de prefeito não vai
funcionar comigo."

Endireitando minha espinha, eu a olho diretamente nos


olhos. "Katrina você é emocional e..."

“Ainda corre atrás de você,” Margaret me interrompe


erguendo a mão. “Todo mundo na cidade sabe que você traiu
Cain e o seguiu por aí como um filhote de cachorro
desesperado por anos, quando ele não queria mais nada com
você.” Ela pega minha mão. “Desculpe, Katrina, mas isso soa
como mágoa adolescente. Agora eu sugiro que você siga o
conselho de seu marido e vá para casa antes de se
envergonhar ainda mais.”

Talvez casar com Margaret não seja uma ideia tão ruim
assim.

"Vamos,” o marido late.

Katrina sacode a cabeça. "Deus sabe, que se você tiver


alguma coisa a ver com o desaparecimento de minha
enteada, eu vou acabar com você."

Mantendo minha expressão impassível, olho para o


guarda de segurança parado no canto da sala.

Margaret aperta minha mão.“Você não tem que ficar


aqui. Vamos dançar."

"Espere,” grita Katrina enquanto o guarda de segurança


a acompanha. "Depois que ele acabar de usar você, ele vai
dar um chute em seu traseiro."
Capítulo 20

Passado...
A Sra. Miller se contorce amarrada na cama "Eu não
tenho certeza." Seu peito arfa, levantando os seios para o
alto. "Eu não posso ver nenhum de vocês com essa venda."

Damien contorna o mamilo dela com a ponta do dedo.


"Você não pode?" Ele olha para mim e empurra seu pau em
sua boceta. "Que vergonha."

Damien sussurra. "Eu pensei que você fosse uma


cartomante, Sra. Miller?” Ele morde a ponta do seio dela, e o
balança contra a boca. "O que você acha se tentarmos mais
uma vez?” Empurrando os quadris para frente, ele afunda
dentro dela. "De quem é esse pau?”

Você pode até pensar que é estranho compartilhar uma


mulher com outro cara, mas não é. Isso só aumenta a
emoção do ato ilícito. Eu estou começando a ver porque
Damien prefere transar com mulheres que ele não deveria.

“Vamos, Kristy. Sou eu ou Cain? "

“Eu não sei."

Ele se funda nela e ela geme. "Oh"


Eu belisco o mamilo dela. “Acho que você não está nem
tentando, Sra. Miller."

Ela começa a responder, mas Damien se retira e nós


trocamos de lugar. Nós temos feito este pequeno jogo com ela
pela última hora. Toda vez que ela tenta responder, nós
mudamos de posição.

E então nós a provocamos de novo e de novo.

Lentamente, continuo a bombeá-la com meu pau. "Boas


garotas são recompensadas."

Abaixando a cabeça, Damien sopra em sua boceta.


"Você quer ser recompensada, não é?"

O ar frio envia um formigamento pelas minhas bolas e


eu me movo desconfortavelmente. Eu sei que ele está apenas
brincando com ela, mas sua boca está perigosamente perto
do meu pau. E enquanto Damien e eu podemos ter interesses
sexuais semelhantes, e eu não me importo de compartilhar
uma mulher com ele, mas eu não gosto de garotos. Tenho
certeza que ele também não, considerando que ele fode tudo
que usa uma saia.

"Sim,” lamenta a Sra. Miller. "Eu quero que vocês me


façam gozar."

Ele franze os lábios. "Então diga quem está dentro de


você."

Calafrios percorrem minha pele quando ele faz isso de


novo. É difícil não ter uma reação física quando seu pênis
está enterrado até o cabo dentro de uma boceta e a boca de
outra pessoa está pairando sobre ela...
Soprando ar.

A boca dele está mais perto de sua vagina. "Responda a


pergunta, Sra. Miller."

Sinto um calafrio na espinha. Minha respiração fica


agitada. Um movimento errado e ele estará me tocando.

Ele lambe o osso púbico dela e ela assobia. "Eu não sei.
Vocês dois têm paus grandes.”

Isso nos faz sorrir.

Dividindo a boceta dela em dois, ele passa a ponta da


língua em seu clitóris. "Nós apreciamos o elogio, mas ainda
não deixaremos você gozar, até que você nos diga de quem é
o grande pau que está dentro de você."

Quando ela não responde, ele repete o movimento, só


que desta vez ele morde suavemente seu clitóris fazendo com
que seus lábios se projetem sobre o meu eixo.

Eu congelo. No entanto, meu pau fica ainda mais duro,


claramente não se opondo à ação.

"Por favor." Seus quadris se dobram e eu gemo. "Eu


quero gozar" Ele libera seu clitóris. "Isso é o Cain."

Eu engulo em seco.

Sorrindo, Damien planta um beijo acima de sua vagina.


"Olhe para esta boceta quente, apenas implorando para ser
comida corretamente." Ele continua beijando seu corpo.
"Você não acha que ela merece isso, Cain?"

"Por favor,” implora a Sra. Miller enquanto a língua de


Damien circunda seu clitóris.
Eu recuo levemente, dando a Damien mais espaço para
trabalhar. "Oh, foda-se."

O que quer que ele esteja fazendo com ela deve ser
ótimo, porque ela se contorce e treme.

A boca de Damien se aproxima do meu pau, os cantos


de seus lábios fazem cócegas na minha pele. Um baixo
grunhido sai da minha garganta e nós olhamos um para o
outro, ambos ofegantes. Seu olhar cai para o meu pau
brilhante, metade do qual ainda está enterrado dentro da
nossa professora.

Seus olhos escurecem.

Eu não posso dizer se é um desafio, ou se ele está me


oferecendo uma saída.

Eu respiro fundo. Por que estou tão assustado com isso?

Uma boca é uma boca. E essa boca não é minha, então


não importa para onde ela vai. Se Damien quiser continuar
fazendo isso, não vou ficar em seu caminho. Além disso,
todos aqui sabem que eu só estou aqui de penetra.

Ele olha para mim enquanto continua lambendo o


clitóris inchado da Sra. Miller. O sangue corre em meus
ouvidos, com a antecipação do que ele está prestes a fazer,
ou não, meu pau está latejando tão forte que eu sinto que
vou enlouquecer.

O que é estranho como o inferno, porque eu gosto de ter


todo o controle. No entanto, aqui estou eu, imaginando se a
boca de Damien vai se mover meio centímetro.
Sinto um pouco de vergonha, porque é algo que deveria
me fazer sentir repulsa... Mas invés disso, sinto ainda mais
prazer, quando sua língua desliza ao longo do meu
comprimento por um breve momento antes de voltar a
lamber a boceta da Sra. Miller.

O calor se espalha sobre minha pele e eu paro de


respirar.

Os lábios de Damien se curvam em um sorriso. "Você


gosta disso?” Eu engasgo pensando como responder, mas
para minha sorte, percebo que ele está falando com a Sra.
Miller.

“Sim, estou tão perto. Não pare.”

Solto um suspiro aliviado, quando começo a bombeá-la,


eu preciso liberar toda essa tensão reprimida, sua língua
desliza para cima e para baixo no meu eixo novamente...
Mais devagar dessa vez.

Meu corpo inteiro vibra em resposta.

"Foda-se,” eu gemo. De repente, sou grato por ele ter


tido o bom senso de vendar a Sra. Miller porque eu reviro
meus olhos e gozo tão intensamente, que a cama treme.

E Damien, o filho da puta continua lambendo sua


buceta com meu esperma, fazendo minha cabeça girar.

Alguns momentos depois, a Sra. Miller tem um orgasmo


avassalador e Damien goza por todo o rosto dela antes de a
desamarrar.

Eu, deito na cama, me perguntando o que diabos


aconteceu e como cheguei aqui. Se alguém me dissesse há
três semanas que Damien King participaria da melhor
experiência sexual que já tive, eu o mandaria ir se ferrar e
diria a essa pessoa ir fazer uma avaliação psiquiátrica.

"Merda,” diz a Sra. Miller depois que ela enxuga o rosto.


"Estou atrasada. Chad já deve estar em casa.”

Damien atravessa a mesa de cabeceira para pegar seus


cigarros. "Diga a ele que você se atrasou porque ajudou a
limpar o ginásio "

"Boa ideia." Ela recolhe suas coisas e nos sopra um


beijo. “Tomem cuidado, meninos. Até."

“Você também,” diz Damien depois que a porta se fecha


atrás dela. "É por isso que ela é minha favorita." Ele dá uma
longa tragada no cigarro. "Ela não excede as boas-vindas."

Eu começo a sair da cama, mas ele balança a cabeça.


“Relaxe.” Tomando o cigarro da mão dele, eu o levo aos lábios
e inalo. Surpreendentemente, Damien não ri ou tira sarro de
mim quando eu começo a tossir. Ele apenas tira outro da
embalagem e acende.

E é assim que ficamos por um tempo. Sentados no


escuro, fumando enquanto olhamos o gigantesco aquário
iluminado por luzes neon em seu quarto.

"Que tipo de peixe é esse?"

O tanque tem que ter pelo menos duzentos galões, é


estranho ter apenas um único peixe nele. Embora o peixe
tenha uma aparência legal.

"Piranha-de-barriga-vermelha"
Eu procuro sinais de que ele está brincando, mas não
há nenhum. “Eu não sei se isso faz de você um idiota ou um
psicopata. Esses peixes comem humanos!”

Ele sopra uma linha grossa de fumaça para cima. “Não.


A maioria das espécies de piranhas é inofensiva. Existem
apenas dois tipos que atacam os humanos.”

“Quais são?"

"Piranhas negras." Ele me dá um sorriso ameaçador, e


seus olhos endurecem. "E piranhas de barriga vermelha."

Recuo, imaginando se devo atacar primeiro e fazer


perguntas depois. Seus lábios se curvam. “Não se preocupe,
ele foi alimentado recentemente.” Quando faço uma careta,
ele ri e diz: “Peixes. Não humanos.”

"O que fez você escolher uma piranha como animal de


estimação?”

Sua expressão fica menos tensa e eu sinto um calafrio


na espinha. "Minha mãe. Eu vivia com ela antes, de vir morar
com meu pai.” A mandíbula dele fica tensa. “É uma longa
história. A curta, é que ela era uma drogada. E péssima mãe.
Na maior parte do tempo, ela nem percebia que eu existia.”

Ele pega uma garrafa de Jack Daniels na mesa de


cabeceira e toma um gole. “Eu literalmente passava fome.
Mas minha mãe… ”Ele ri, mas não há uma gota de humor
em sua voz. “Ela estava obcecada com seus malditos peixes.
A única vez que ela prestou atenção em mim, foi para me
lembrar de alimentá-los antes que ela saísse para comprar
mais drogas.” Ele arrasta a mão sobre o couro cabeludo. “As
únicas coisas que ela me falava era, alimente meus peixes
para mim, Damien e Damien, não se esqueça de alimentar
meus peixes. A cadela estava obcecada com eles.” Ele
encolhe os ombros. “Mas eu cuidava deles. Não importa
quantos dias ela ficasse fora. Não importa o quão faminto ou
solitário eu me sentisse... Eu sempre me certificava de
alimentar seus malditos peixes. Porque era importante para
ela... A única coisa que ela dava a mínima além, das suas
drogas.” Sua expressão fica solene. “No meu décimo terceiro
aniversário, meu pai me enviou cinquenta pratas, como ele
fazia todos os anos. E como de costume, ela pegou antes que
eu pudesse. Ela gastou quarenta e cinco dólares com drogas
e cinco em comida de peixe.”

Seus olhos se tornam vítreos e ele limpa a garganta. "A


droga que ela comprou com aquele dinheiro deve ter sido
poderosa, porque quando cheguei em casa da escola, eu a
encontrei morta no chão da cozinha." Ele respira
profundamente. “Depois que chamei uma ambulância, fui
até a loja perto de casa que vendia peixes, para comprar mais
comida, mas algo lá chamou minha atenção. O dono da loja
era bem legal, geralmente me dava muitas coisas de graça, e
quando eu disse a ele que queria o peixe com a barriga
vermelha, ele me deu.”

Os cabelos do meu pescoço se levantam enquanto ele


continua. “Eu corri de volta para casa antes da ambulância
chegar e beijei a minha mãe. Então, fui até os lindos peixes
dela e dei-lhes um pouco de comida.” Seus olhos se enrugam
nos cantos. "Enquanto eles estavam comendo, eu joguei
minha piranha vermelha no tanque." Seus dentes brilham de
tão brancos. "Afinal, eu precisava alimentar meu peixe."
Capítulo 21

“Aquela mulher é insuportável,” diz Margaret enquanto


seguimos para a pista de dança. "Graças a Deus, o
segurança a expulsou."

"Sua histeria com certeza não me rendeu nenhum novo


eleitor." Eu coloco minhas mãos em sua cintura enquanto a
aproximo de mim. Eu não tinha percebido até agora, mas
Margaret não é ruim de se olhar. Seus cabelos negros e sua
pele de porcelana são uma combinação interessante na luz
certa. “Obrigado por me defender."

Começamos a dançar, mas graças aos meus dois pés


esquerdos, esbarro em alguém. Eu não tenho certeza de
quem é, porque tudo que vejo é um flash preto e vermelho.

"Papai gosta muito de você." A expressão de Margaret


fica séria. "Ele está em êxtase por saber que você será seu
genro."

"O sentimento é mútuo." Eu nos giro e uma mulher que


está perto de nós, chama minha atenção. Ela está usando
um impressionante vestido preto e vermelho. "Seu pai é um
bom homem."

Margaret aperta as mãos em volta do meu pescoço, me


puxando para mais perto. "E você?”
"Perdão?” Eu estou tentando prestar atenção, mas não
consigo tirar os olhos da outra mulher.

“Katrina é uma vadia, mas ela estava certa sobre uma


coisa. Quando se trata em relação ao amor, seu histórico não
é o melhor. Não quero me casar com você pelas razões
erradas. Eu sou o tipo de mulher que gosta de certezas.”

"Eu entendo.”

"Eu não vou ser feita de boba, como todas as suas exs."

Eu não posso ver seu rosto porque ela está usando uma
máscara como o resto de nós. Não que isso importe... Ela é
totalmente cativante. Ela tem o tipo de corpo que os homens
adoram e o vestido que ela está usando abraça suas curvas
em todos os lugares certos.

Meu coração dispara enquanto continuo minha


avaliação. Seus lábios vermelhos são cheios e em forma de
coração, e suas longas pernas parecem ainda mais longas,
graças a este vestido sexy, às suas meias pretas e os saltos
altos. Seu longo cabelo loiro cai em suas costas. Ela tem o
tipo de cabelo que um homem quer passar as mãos enquanto
a beija.

O tipo de cabelo que você quer puxar enquanto você a


fode com força.

Dadas todas as cabeças que estão se voltando em sua


direção, outras pessoas estão começando a perceber ela
também. Provavelmente estão imaginando quem ela é, assim
como eu.

Margaret, parece frustrada com minha incapacidade de


manter a conversa, e dançar ao mesmo tempo. “Eu sei que
você gosta do meu pai, mas você é um cara legal como ele?
Ou você está planejando usar sua influência, e me machucar
depois que você conseguir o que quer?”

Foda-se. A última coisa que eu preciso depois do


episódio de Katrina é que Margaret tenha dúvidas sobre
mim. Se a filha do governador terminar comigo antes da
eleição, isso fará com que os eleitores se perguntem por quê.
Isso os fará duvidar de mim.

"Não." Minha garganta seca. "Eu sou um cara bom." Eu


lhe dou um sorriso brincalhão. "Só tenho um pouco de azar,
quando se trata de amor." Eu deslizo um dedo pelo seu
braço. "Eu espero ter encontrado a mulher certa.”

Ela cora. "Bem, se esse é o caso, por que não


descobrimos?”

Estou prestes a perguntar o que ela quer dizer, mas ela


fecha a distância entre nós e me beija. Um beijo público não
fazia parte do plano para hoje à noite, mas não vou desistir
de seus avanços já que vamos anunciar nosso noivado em
breve.

Portanto, faço o que sempre fiz. Coloco minha outra


máscara... E desempenho o papel que devo.

Segurando sua bochecha, eu a beijo como se estivesse


falando sério. Como se ela fosse o fio restante de vida que me
resta. Evidentemente, sou convincente, porque recebemos
assobios e palmas. Margaret, fazendo seu próprio papel,
finge com perfeição estar envergonhada enquanto descansa
a cabeça no meu ombro.

"O que você acha de irmos a algum lugar mais privado?”


Estou prestes a recusar porque estamos em um evento
público, mas ela sussurra: "Eu quero cuidar do meu futuro
marido do jeito que uma esposa deveria....”

Eu olho em volta antes de dar a ela a minha resposta:


"Me encontre lá em cima em cinco minutos."

Com isso, eu me viro e começo a andar...

Eu acabo esbarrando na mulher de vestido preto e


vermelho pela segunda vez essa noite. Ela parece diferente
de antes. Mais triste.

"Desculpe,” eu digo caminhando em direção as escadas.


E só depois de chegar ao topo da escada, percebo que além
de triste, ela estava chorando.
Capítulo 22

Passado...
"Estou tão perto." Seus seios saltam. Suas costas
arqueiam. Sua boceta aperta. "Por favor."

"Você só vai gozar, quando estivermos prontos,” diz


Damien, lambendo seu corpo. Suas mãos e pernas estão
amarradas, nos dando acesso fácil para fazer o que
quisermos.

Quando ele se afasta, eu me inclino. "Tão impaciente."

A Sra. Miller geme. "Por favor, farei qualquer coisa que


vocês quiserem."

Eu deslizo minha língua dentro da sua boceta. "O que


você quer dizer com qualquer coisa ?”

“Qualquer coisa safada que vocês quiserem.” Apesar de


estar vendada, ela olha para baixo. "Diga."

Eu puxo minha boca enquanto Damien vem para frente


novamente, dando um beijo em seu clitóris. "Você vai dar a
boceta para mim, e a bunda para Cain?”

Eu pisco. Isso é... Intenso. E definitivamente não é algo


que eu tenha experimentado antes. Embora eu tenha visto
Damien fazer isso com a Sra. Miller algumas vezes.
"Eu vou dar a minha bunda para quem me fizer gozar
primeiro."

Sem pensar, eu inclino minha cabeça e lambo sua


boceta ao mesmo tempo que Damien. Nossas línguas quase
se tocam.

Ele faz uma pausa e constrangimento percorre meu


corpo. Minha única escolha é incitá-lo a aceitar um tipo de
desafio. "Qual é o problema? Com medo de um pouco de
competição?”

Ele ri sombriamente. "Nós dois sabemos que eu não sou


uma merda de um galinha." Ele segura seu pau e olha para
o meu. "Ao contrário de você, eu não tenho limites sexuais."

Com isso, ele volta a devorá-la.

Meu sangue esquenta. Damien conseguiu soltar a fera


trancada em mim. Se há uma coisa que eu odeio mais do que
ser provocado e ridicularizado … É perder.

Me inclinando para a frente, procuro por espaço,


lambendo a sua boceta com minha língua. Sem recuar,
Damien massageia o clitóris dela freneticamente.

Eu igualo a velocidade dele, mas ele está em bom lugar,


e isso me deixa em desvantagem.

Como se estivesse provando meu ponto de vista, a Sra.


Miller enlouquece. Gritando tão alto que sinto vontade de
estrangulá-la.

Raiva vibra abaixo da superfície, me iluminando. Mas


tudo muda quando a língua de Damien escova a minha.
Eu fico tenso, e Damien solta um zumbido baixo.

Eu entendo o recado e subo a aposta. Quando sua


língua toca a minha novamente, eu faço a mesma coisa com
ele.

Ele congela.

Sorrindo, eu aproveito a oportunidade para atacar o


clitóris da Sra. Miller como se eu fosse um homem no
corredor da morte e esta é a última boceta que eu vou provar.

Ela choraminga e mexe seus quadris. "Oh Deus. É isso


aí. Estou tão perto. Por favor, não pare.”

Me sentindo satisfeito, por saber que vou ganhar, eu


acelero, sacudo minha língua tão rápido que sinto que a
maldita coisa vai cair.

Isso até que a língua de Damien desliza através da


minha, fazendo com que nós dois atinjamos o mesmo ponto.
E desta vez, não é rápido, ele desliza a língua dentro da
minha boca, intencionalmente me provocando.

Eu começo perder a vantagem que estava tendo e para


meu terror, meu pau se contorce.

Me recuso a aceitar a derrota.

Ele resmunga. A Sra. Miller enlouquece.

E me sinto mais feliz que um porco na merda, porque


sei que vou ganhar essa rodada.

Até que a mão de Damien se move para cima da minha


coxa, rastejando em direção ao meu pau.
Minhas bolas sacodem.

Damien, o filho da puta, continua; nos lambendo


enquanto o polegar dele brinca com a cabeça latejante que
espreita para fora da minha boxer.

"Isso é tão bom,” a Sra. Miller grita enquanto


continuamos dar prazer a ela.

Calor percorre minha espinha, quando ele puxa o cós


da minha boxer e minha ereção sai, batendo no meu
estômago.

Parte de mim odeia o que ele está fazendo, mas a outra


metade não quer que ele pare o que começou.

A Sra. Miller parece estar se aproximando de seu clímax


cada vez mais. Eu passo minha língua entre sua boca aberta
e depois em seu clitóris, desesperado para não perder.

Sua mão envolve meu pau e eu paro de respirar. Eu não


me importo com o que está acontecendo agora, tudo o que
sei é que essa é a melhor experiência da minha vida.

Ele me acaricia da raiz à ponta. "É isso que você quer?”

"Sim,” a Sra. Miller grita, incapaz de ver a situação se


desenvolvendo aos pés dela. "Eu estou quase gozando."

Mesmo se eu perder a batalha de fazer a Sra. Miller


gozar, eu vencerei a guerra se eu gozar e Damien não.

Ele pega seu ritmo, me acariciando tão rápido que quase


queima. Eu gemo em sua boca, cavando minhas unhas no
tapete em que nós dois estamos ajoelhados enquanto
Damien continua trabalhando em nós dois.
“Eu vou gozar,” a Sra. Miller anúncia um minuto antes
de começar a convulsionar. Um som estrangulado escapa da
minha boca, quando Damien agarra a parte de trás do meu
pescoço e enfia a língua na minha boca, logo antes que ele
me empurre no chão e fique em cima de mim.

Jesus Cristo. Ele está me beijando? Não sei se quero


vomitar ou gozar.

Eu não posso nem me mexer, nem mesmo se eu


quisesse, porque ele coloca meus braços acima da minha
cabeça, esfregando seu pau contra o meu. Eu odeio seu pai
estúpido por construir aquela porra de academia.

Eu gemo quando sua boca desce pelo meu torso. Juro


por Deus se ele está me provocando intencionalmente, vou
enfiar uma maldita estaca em seu coração, empurrar meu
pau em sua boca e vê-lo sangrar como o demônio filho da
puta que ele é.

Ele morde meu abdômen, evitando intencionalmente


meu pau. Raiva corre através de mim novamente e eu trinco
meus dentes.

Minhas mãos que estão livres agora e vão para a cabeça


dele, mas ele é mais rápido do que eu porque sai do caminho
no último momento.

Ele fica cara a cara comigo e percebo que a calcinha da


Sra. Miller está em sua mão. Estou prestes a perguntar o que
ele está fazendo, mas mais rápido do que posso piscar, ele
amarra meus pulsos com ela.

Eu empurro meus quadris, tentando sair de baixo dele,


mas ele coloca todo o seu peso em cima de mim, seus lábios
pairam sobre o meu ouvido. "Se você quiser gozar na minha
boca, é melhor você me implorar como um bom menino."

"Eu não nunca vou te implorar nada" Ele envolve a mão


em torno de mim novamente e ele gira o pré-gozo em volta da
minha ponta com o polegar. "Porra."

Eu recuo quando percebo que a Sra. Miller ainda está


amarrada na cama. Ela não pode ver o que está acontecendo,
mas ela provavelmente está começando a se perguntar o que
estamos fazendo. Damien deve estar louco se ele acha que
eu vou implorar por um boquete, muito menos na frente de
uma mulher. Especialmente quando estou sendo contido por
uma calcinha.

Grunhindo, eu seguro na mão dele. Se ele continuar me


provocando, eu poderia muito bem me divertir um pouco
com isso. Inferno, talvez eu até mesmo goze em cima dele.

Vou ensinar uma lição a esse viado que ele nunca


esquecerá.

Ele morde meu pescoço, enviando pequenos vislumbres


de prazer diretamente para o meu pau. Meu peito sobe e
desce, lutando para obter ar suficiente enquanto ele trabalha
a mão para cima e para baixo do meu eixo. Eu estou
fervendo, e sinto a ira que tento controlar diariamente
escapando de meu corpo. Eu cavo meus dentes em seu lábio
inferior até que sinto o gosto de sangue, mas isso só o faz
sorrir. "Agora sim está começando a ficar interessante."

Eu abro minha boca para dizer a ele para se foder, mas


ele coloca a língua dentro da minha boca. Quando eu resisto,
a mão no meu pau aperta minhas bolas, me forçando a abrir
mais a minha boca. Nossos dentes colidem e eu enfio minha
língua em sua garganta, esperando que ele engasgue.
No entanto, ele começa a chupa-lá , me provocando.

"Chupe meu pau" eu rosno em sua boca. "Você é a porra


de um viadinho."

Eu deveria ter aprendido minha lição sobre provocar


Damien, para me castigar seu dedo roça o ponto quente entre
minhas bolas e minha bunda, me fazendo estremecer.

"Eu quero ouvir você implorar."

Juro por tudo que é sagrado, eu odeio Damien King com


o fogo de dez mil sóis.

Engolindo meu orgulho, murmuro: "Por favor, chupe


meu pau." Eu sussurro em sua orelha ‘’Se você não fizer
isso... Eu vou ir até a sua preciosa Sra. Miller e vou enfiar
meu pau em sua garganta até ela sufocar.’’

Eu sinto pânico no segundo em que as palavras deixam


minha boca, eu nunca deixei ninguém ver como sou um
vulcão prestes a explodir. O pânico rapidamente se
transforma em dor, quando ele me dá uma cotovelada no
estômago... E então sua mão aperta minha garganta e ele
abaixa a boca para o meu pau.

Meu coração bate no meu peito enquanto ele me chupa


forte e rápido, a dor dá lugar ao prazer.

Meus quadris e bolas se contraem enquanto ele puxa


cada grama de esperma do meu pau e engole.

Eu o observo com olhos cautelosos enquanto ele fica


acima de mim, e sua mão bombeia seu próprio pênis
descontroladamente.
Meu estômago se contorce quando um sorriso lento e
malicioso se espalha pelo seu rosto, e eu sinto algo molhado
bater nas minhas coxas.

Horrorizado, eu olho para baixo e vejo meu pau agora


flácido. Seu sorriso perverso aumenta quando ele esfrega seu
dedos cheios de sêmen nos meus pêlos pubianos.

___

“Tchau, garotos. Se cuidem,” a Sra. Miller diz antes de


soprar um beijo e fechar a porta atrás dela.

Um silêncio constrangedor enche a sala. Agarrando


minhas roupas, começo a me vestir.

"Como ela pode não ter percebido que deixou a calcinha


para trás?” Damien diz, acendendo um cigarro.

Eu rio, um pouco nervoso. "Espero que o marido não


perceba."

Ele acende outro cigarro e me entrega. "Vou mandar


uma mensagem para ela."

Eu posso sentir seus olhos em mim enquanto dou uma


longa tragada. "Olha, eu não quis dizer o que eu disse antes,
ok?"

Não posso fingir que não há um elefante no quarto.


Talvez possamos deixar isso no passado e seguir em frente.

Ele não diz uma palavra.


Mortificado, eu pego minhas chaves e a carteira. "Foda-
se, Damien." Estou a meio caminho da porta quando ele
finalmente fala. "Por quê? Você gostou?’’

Minhas mãos se fecham em punhos ao meu lado. "Se


essa merda acontecer de novo, nossa amizade estará
acabada."

___

Já se passaram três dias desde o incidente. Damien


segue sua vida, agindo como se nunca tivesse acontecido
nada.

Quanto a mim? Não consigo parar de pensar no que


houve.

Por que eu deixei ele fazer aquilo? Por que eu não o


impedi?

A Sra. Miller sabe o que aconteceu? Claro, ela estava


amarrada e vendada, mas ela não é surda.

Se alguém descobrir… Minha vida estará arruinada


para sempre. Meu pai e meu irmão me rejeitariam... Meus
sonhos estariam acabados.

E, no entanto, parece que não consigo parar de falar


com Damien.

Ele me entende de um jeito que outras pessoas jamais


entederiam. Quase como se ele tivesse a mesma doença que
eu. Ele mostra a todos quem ele é. Ele não tem vergonha das
coisas que ele gosta... das coisas que ele faz.
Ele é livre. Porque ele não dá a mínima para nada.

Mas é fácil não se importar quando você não tem nada


a perder. Damien não quer nada da vida. Mas eu? Eu tenho
planos.

___

"Mais forte,” a Sra. Miller grita.

"Cale a porra da boca, Kristy." Eu puxo seu cabelo com


tanta força que fico surpreso por não ter arrancado alguns
fios de sua cabeça. Estou ficando cansado das exigências
dela. Cansado de não ter recebido notícias sobre Harvard.
Cansado dos socos do meu pai e das risadas do meu irmão
quando vê ele meu pai me batendo. Estou muito cansado.

A cada dia que passa, estou mais perto de quebrar.

A Sra. Miller recua e sinto uma mordida afiada na


minha coxa.

A maior parte do rosto de Damien está coberto porque a


Sra. Miller está sentada em sua cara, enquanto ela me faz
um boquete, mas seus olhos estão visíveis.

Ele me lança um olhar como um sinal de aviso.

Ele é um maldito hipócrita. Eu não posso puxar o cabelo


dela e a mandar calar a boca. Só que quando ele faz isso, ela
obedece como um cão adestrado.
Existe um certo nível de confiança entre eles que eu não
tenho. O que não faz diferença para mim, porque não dou a
mínima para ela.

Isso só me irrita quando ele a defende e me manda ir se


foder por fazer as mesmas coisas que ele também faz.

Estou ficando cansado de ter uma pequena participação


neste show.

Estou ficando muito cansado.

E se ela vai continuar chorando como uma putinha,


talvez eu deva ajudar, dando um motivo real para fazer isso.

Eu puxo o cabelo dela novamente, mas ela grita: "Meu


telefone está tocando." Ela congela. "Esse é o toque do meu
marido."

"Não é problema meu.” Se ela ficar quieta, eu vou


terminar isso em cinco minutos. “Não acabei com você
ainda.”

“Ele deveria estar no treino. Algo deve ter acontecido. Eu


tenho que descobrir o que está acontecendo.’’

“Não. É. Problema. Meu!."

“Cain isso é sério. Eu tenho que atender.” Ignorando-a,


eu empurro mais forte.

"Por favor."

"Diga por favor mais uma vez-”

Um soco forte na minha coxa me faz cambalear para


trás. "Que porra é essa?”
Damien se levanta da cama. "Deixe ela atender o
telefone."

"Eu não terminei ainda."

"Nenhum de nós terminou."

Raiva corre pelas minhas veias. Eu me lembro dele se


enroscando na minha namorada. Como de costume, Damien
é um hipócrita do caralho.

"Ela é a prostituta que trai o marido, não eu." Eu aponto


para o meu peito. "Por que eu deveria ser punido?” Eu
estreito meus olhos. "E você é um hipócrita por falar.”

O som da porta fechando me faz parar no meio da frase.

"Aquela puta foi embora?” Eu corro para a porta, mas


Damien me puxa de volta.

“Fique aqui."

"Não." Quando eu tento dar um soco nele, ele me puxa


para o chão. "Eu vou arrastá-la de volta pelo cabelo e obrigá-
la a terminar o que estávamos fazendo."

Fervendo, eu me levanto, mas ele me puxa de volta e


senta nas minhas pernas. "Ela já foi embora."

O som de um carro ligando me faz cerrar os dentes. Eu


o odeio, mas eu me odeio ainda mais não ter para onde ir.
Eu preciso de uma saída. Eu preciso de um lugar para
canalizar toda essa indignação borbulhando dentro do meu
peito.

Eu olho para baixo. A mão de Damien está pairando


acima da minha garganta, pronta para atacar a qualquer
momento. Como se ele soubesse que estou a um segundo de
perder minha cabeça completamente.

Eu odeio o jeito que Damien tenta me controlar. Ele está


começando a me lembrar do meu pai.

Eu me contorço tentando sair debaixo dele. Eu quero


arrancar seus olhos assustadores e os dar como alimento a
sua maldita piranha.

Como de costume, eu subestimei a força de Damien,


porque ele mudou seu peso e colocou meus braços no chão.

"Cale a porra da boca. E fique calmo".

"Me obrigue."

Meu estômago revira quando o vejo me olhando com os


olhos brilhantes, confundindo minha exasperação como um
convite, meu pau fica ainda mais duro quando seus quadris
se esfregam contra os meus.

Soltando um dos meus braços, ele olha para minha


ereção. "Você está duro por minha causa? Isso é algum tipo
de permissão?”

“Não achei que você fosse do tipo que pedisse permissão.


O que você vai fazer? Pintar minhas unhas?”

Grunhindo, ele lambe meu pomo de adão. "Eu vou


perguntar mais uma vez, babaca." A mão dele aperta meu
pau. "Isso é por minha causa?”

Há apenas uma maneira de sair disso. "Só se você puder


me fazer gozar."
Ele sorri. "Nós dois sabemos que posso fazer você fazer
tudo o que eu quiser.” Ele lambe meus lábios. "Abra."

Quando eu me recuso, ele ri.

O som de sua risada faz meu pulso acelerar.

Eu luto contra o seu aperto. "Não.”

No momento em que minha boca se abre, sua língua me


invade. Nossas bocas lutam, pelo controle enquanto ele
amarra meus dois pulsos juntos.

"Bom menino."

Minha respiração acelera quando ele abaixa a cabeça,


chupando e mordendo o meu abdômen.

"Eu te odeio."

Ele faz uma pausa, e sua boca paira sobre meu pau.
"Não, você não odeia." Ele dá um beijo na ponta e eu
estremeço. "Você se odeia por gostar disso."

Ele está errado. Uma boca é uma boca. Eu não dou a


mínima para quem está do outro lado. A única coisa que me
interessa é sentir prazer.

"Eu acho que você vai se odiar ainda mais quando te


foder por trás."

"Será?” Eu gemo quando ele passa a ponta da língua em


meu pau. "Porque parece que o seu pau também está duro
por minha causa."
"Sim, ele está." Eu empurro meus quadris em seu rosto.
"Mas nós dois sabemos que você gosta muito mais do que
eu... Porque você está obcecado por mim."

Eu quase choramingo quando ele puxa a ponta em sua


boca. "E você ama isso."

"Me chupe. Agora."

“Você não faz as regras aqui. Eu não vou fazer merda


nenhuma, até você admitir o quanto você gosta da minha
atenção. ”

"Eu gosto dá atenção que você dá para o meu pau."

A ponta de sua língua gira em torno da cabeça do meu


pau e eu gemo.

"Foda-se." Eu olho para baixo. "Me faça gozar."

"Não até você me dizer a verdade."

Minhas narinas se abrem. O preço que eu sou forçado a


pagar é grande, mas eu preciso de uma recompensa. "Bem.
Eu não me importo de você me chupar. Você faz um ótimo
boquete. Você é bem-vindo para fazer isso sempre que
quiser.’’

Ele me lambe como se meu pau fosse um picolé em um


dia quente e ele estivesse tentando evitar que respingos
caiam em cima dele.

"Jesus." Minhas panturrilhas apertam. "Isso é bom pra


caralho."

"Você não se sente melhor admitindo isso?" Envolvendo


a mão em torno da minha base, ele corre a língua ao longo
da parte inferior do meu eixo. "Então seja um bom menino e
me diga o quanto você gosta disso."

"Eu gosto muito disso."

"Sim, eu sei que você gosta,” ele reflete. "Você está


praticamente gozando na minha boca e eu mal comecei.”
Minhas bolas pulsam quando ele abaixa a cabeça enfiando
meu pau inteiro na boca, e depois me liberando com um
estalo molhado. "Você está quase gozando."

Eu rosno quando ele circula meu ânus com o polegar,


fazendo com que um milhão de terminações nervosas
disparem de uma vez.

“Bons rapazes são recompensados, Cain.”

Eu sei o que ele quer ouvir. É o que começou toda essa


amizade fodida em primeiro lugar. A coisa que eu tentei não
pensar... Mas não posso ignorar.

"Eu gosto da sua obsessão por mim, Damien."

Eu convulsiono quando ele coloca meu pau inteiro em


sua boca, com puxões longos e profundos que me fazem
gemer e espasmar até que não aguento mais e gozo em sua
garganta.

Subindo pelo meu corpo, ele faz sinal para eu abrir


minha boca. Quando eu recuso, ele aperta meu nariz,
forçando meus lábios a se separarem. Eu quase engasgo
quando o líquido salgado e quente enche minha boca e não
tenho escolha a não ser engolir meu próprio esperma. A
vergonha corre pela minha espinha quando ele enfia a língua
dentro da minha boca.
"Eu sei que você gosta,” ele diz antes de gemer, e um
jorro de umidade atingir meu abdômen.

Estou prestes a perguntar o que ele quer dizer, mas


então ele diz: "Porque é muito atraente ser o objeto da
fascinação de alguém." Ele esfrega o líquido na minha pele e
empurra o dedo na minha boca, fazendo-me sentir o gosto
dele também. "Independentemente de qualquer coisa, nós
dois sabemos que você está apreciando a vista do seu
pedestal." Seus olhos perfuraram os meus. "Caso contrário,
você já teria ido embora."

Ele me beija mais uma vez. Eu retribuo seu beijo.

Não porque sou atraído por ele, e não porque tenho pena
dele. Mas porque ele está certo.

É bom estar no pedestal de alguém pelo menos uma vez.


Capítulo 23

Eu vejo como uma única lágrima corre pela sua


bochecha. Nem mesmo a máscara dela pode esconder a dor
de ver o homem que ela ama, a engana.

Meus músculos se apertam. Eu praticamente posso ver


as rodas em sua cabeça girando, imaginando se talvez o
homem passando por ela não seja Cain.

Afinal, ele também está usando uma máscara.

Mas enquanto a máscara de Eden esconde sua tristeza.


A máscara de Cain esconde suas mentiras.

Colocando uma mão fechada em seu coração, ela se


vira, olhando na direção em que ele saiu. Esperando que
tenha havido um grave erro.

Meu anjo caído ainda não percebeu que, enquanto sua


mente tenta justificar a traição de seu amante... Seu coração
já sabe a verdade.

É por isso que essa lágrima solitária está descendo pelo


seu queixo.

O coração é o maior cartomante de todos os tempos. Ele


sempre sabe a verdade.
Infelizmente para mim, a dor de Eden é algo com que
tenho empatia.

Porque eu mesmo experimentei essa dor.


Capítulo 24

Passado...
O som de um galho estalando do lado de fora me faz
abrir os olhos. Virando minha cabeça em direção ao som, eu
vejo quando Cain rasteja pela janela do meu quarto. Eu já
sabia que era ele. Ao contrário de suas camisas polo e calça
cáqui, ele está usando um moletom com capuz e uma calça
de moletom grandes demais para ele.

Além das luzes de néon do meu tanque, meu quarto está


escuro. Mas pelo que vejo da silhueta de Cain, seu capuz
está escondendo o seu rosto que está apontado para o chão.

"A porta da frente ainda funciona, cara." Ele não diz


nada.

Eu olho para o relógio na mesa de cabeceira. Já passou


da meia noite. Cain passou a noite aqui algumas vezes, mas
ele nunca chegou aqui tão tarde.

E ele certamente nunca se arrastou pela minha janela


também.

Não que eu esteja chateado. Com meu pai trabalhando


três semanas por mês, Cain sabe que é bem-vindo para ficar
aqui quando quiser. Ele é o único para quem eu quebro
minhas regras auto-impostas de não dormir com ninguém.
Sentando, eu me inclino contra a cabeceira da cama. "Está
tudo bem?”

Eu não estou alheio ao fato de Cain ser uma pessoa mal-


humorada, mas também sei que ele é mais propenso a falar
se eu agir como se isso fosse normal.

"Acha que pode ligar e pedir para a Sra. Miller vir até
aqui?” Sua voz está tão baixa que quase não o ouço.

Considerando que seu marido lhe deu um olho roxo por


não atender o telefone dela a alguns dias atrás, dúvido.

Eu não tenho sentimentos românticos pela Sra. Miller,


mas eu tenho um carinho por ela. Eu acho que eu a
considero um pouco como uma figura materna. O que
provavelmente é besteira, considerando que eu a fodi mais
vezes do que posso contar.

Eu sempre disse a ela que manteria em segredo o fato


de seu marido ser um louco que gosta de espancar a mulher.
E, ao contrário da maioria das pessoas, eu não a julgo por
trair o marido ou por transar com estudantes do ensino
médio.

Ela tem seus próprios demônios, assim como todos nós.

Alcançando meus cigarros, eu trago um para meus


lábios e o acendo. "Provavelmente não. Está tarde."

De costas para mim, ele segura o peitoril da janela.


"Simples assim?”

Poucas coisa me irritam. Mas as mudanças de humor


recentes de Cain me deixam louco. Eu sabia que ele era uma
bomba-relógio, mas ele deveria estar se sentindo melhor
agora que eu dei a ele uma saída para seus problemas.

Em vez disso, ele está piorando um pouco mais a cada


dia. Os únicos momentos que o vejo relaxar é quando
estamos sozinho, e o faço gozar em minha boca.

Ele fica estável depois disso. Normalmente disso depois,


ele fica na minha cama comigo e observa os peixes...
Enquanto fala sobre qualquer coisa que vier à sua mente.

Até ele ir para casa, ou para a escola... E o ciclo começa


tudo de novo. "É quase uma da manhã."

"Oh.” Ele solta um suspiro. “Há mais alguém para quem


possamos ligar? Uma garota de programa?”

Eu não me importo que ele queira foder uma garota.


Inferno, eu só não queria estar com mais ninguém além dele
essa noite. Mas a vibe que ele está irradiando atualmente
não combina comigo.

“Eu conheço muitas garotas, cara. Mas antes de


agendarmos a orgia... Por que você não me diz o que está
acontecendo?”

Ele para de andar. "Nada. Eu só… Eu preciso…” Sua voz


se interrompe e ele inclina a cabeça.

Meu peito aperta enquanto continuo olhando para ele.


Eu sempre fui perceptivo quando se trata de emoções de
outras pessoas. Eu só tento não me abalar com o sofrimento
alheio. Eu não dou a mínima para a maioria das pessoas até
que elas me dêem uma razão para isso. No entanto, sou
sensível à menor mudança de comportamento
Provavelmente tem a ver com o fato de ter tido uma minha
mãe que vivia ignorando minha existência. Isso me forçou a
gastar muito tempo observando ela e seus amigos drogados,
com o tempo fiquei realmente muito bom em ler as pessoas.

Cain é o único que já me fascinou de verdade. A primeira


vez que o vi ou melhor, tive interesse por ele, ele estava em
uma sala de aula colocando cédulas em uma caixa trancada
para que ele pudesse ganhar a corrida para o presidente do
corpo estudantil.

Mas não foi isso que desencadeou o incêndio... Foi o que


ele fez depois. Escondido atrás de uma estante onde eu fodi
a Sra. Miller momentos antes, eu assisti com diversão como
Cain abriu o zíper de suas calças, tirou seu pau para fora e
começou a se masturbar.

Antes desse incidente, eu nunca conheci ninguém além


de mim que tivesse tesão em fazer coisas proibidas. Mas
naquele dia ví o próprio capitão da equipe debate, se
masturbando violentamente enquanto amaldiçoava Gerald
Douglas, um estudante com necessidades especiais por se
atrever a concorrer contra ele na corrida para o presidente
do corpo estudantil.

A cereja no topo do bolo foi quando ele foi até a geladeira


e gozou dentro de um sanduíche de geleia da Sra. Douglas,
a professora de música da escola e mãe do seu oponente.

Podemos ser diferentes, mas no fundo, Cain é como eu,


ele só luta contra isso.

Felizmente, eu sabia exatamente como ajudá-lo a


encontrar uma saída para esses sentimentos... Uma que não
resultaria no homicídio em massa para o qual ele estava
claramente se dirigindo. O cara tem sonhos e aspirações
afinal.
Infelizmente se nada fosse feito, ele sucumbiria ao
desastre.

E infelizmente para mim... Eu pareço ter desenvolvido


sentimentos sérios por esse bastardo. Para ser sincero,
outros sentimentos além de imaginar o que o deixa tonto...
E querer foder sua bunda para ver se ela é tão apertada
quanto eu imagino.

Dando um longo trago do meu cigarro, eu o estudo.


"Olha, você está obviamente passando por algum problema."

Silêncio.

Eu não sou do tipo que alimenta os dramas das pessoas,


mas, como sempre, Cain é uma exceção à regra. Por razões
que eu não entendo, ele ficou debaixo da minha pele.

Levantando da cama, eu ando até ele, sabendo que isso


terminará de duas maneiras. Com meu punho em sua boca
ou meu pau em seu rabo. Vou ficar feliz com qualquer uma
destas opções. Graças ao fato de eu estar bem descansado.

Eu agarro seu ombro. "Ca"

Ele recua e um som abafado sai de sua garganta quando


ele se vira. "Não."

Ele está ferido, isso é evidente. O que eu não entendo é


por que ele está usando essas roupas. "Por que você está
usando a máscara do baile da escola?”

Quando ele não responde, eu a tiro.

Meu estômago revira quando vejo seu olho roxo inchado


e o lábio partido.
Minha raiva se torna visceral. Começando baixo no meu
intestino e se espalhando para fora. "Eu vou matar quem fez
isso."

Eu não digo coisas assim levianamente. Vou torturar


seu pai assim como ele fez com Cain todos esses anos.

Eu começo a me preparar para pular a janela porque é


a saída mais rápida, mas Cain agarra meu braço. "Não."

"Sim.” Não é mais uma questão de e se... É apenas uma


questão de quão rápido eu posso chegar lá.

Ele começa a abrir a boca... E então, para o meu horror


absoluto, seus olhos ficam vidrados e ele começa a tremer.

"Eu fiquei na lista de espera." Ele olha para mim como


uma criança que acabou de ver o Papai Noel matando um
filhote de cachorro. "Eu fiquei na lista de espera." Ele aponta
para o peito. "Eu."

Cristo. Eu sei o quanto ele deve estar arrasado. Se fosse


outra pessoa me falando isso, eu estaria me fodendo para
ela. Mas Cain é diferente. Porque eu me importo. Mais do que
realmente deveria... Eu só não entendo se isso é um tipo de
neurose? Fixação? Obsessão? Talvez sejam todos esses
sentimentos.

Tudo o que sei é que ele ocupa noventa e nove por cento
dos meus pensamentos ultimamente.

"Sinto muito, cara." Não é mentira. Eu sei que entrar em


Harvard era importante para ele. “Mas estar na lista de
espera não é o fim do mundo, certo? Não é como se eles te
rejeitassem.”
“Estar na lista de espera é o fim do mundo. Você sabe
quantos candidatos tentam se candidatar a cada semestre?
Toneladas. Esse é o jeito deles de me deixar de pau duro com
a expectativa e não me deixar gozar.”

“Analogia interessante.”

"Isso não é uma piada, filho da puta." Ele começa a


andar. "Esta é a minha maldita vida."

"Eu sinto muito." Eu não sei mais o que dizer. Não tenho
certeza se há mais alguma coisa a dizer. "Isso é uma merda."

Assentindo, ele se vira para a janela novamente. "Eu


poderia muito bem explodir meu cérebro e acabar com a
minha vida agora."

Minha reação é automática. Eu aperto seu ombro, muito


mais forte do que antes. "Não diga uma merda..."

"Foda-se." Ele segura o peitoril da janela, seu corpo se


contorce por causa dos tremores. "Não me toque."

Harvard é a menor das minhas preocupações.


Ignorando seu pedido, eu alcanço a bainha de seu moletom.

Erguendo a parte de trás de seu moletom, vejo que suas


costas estão ensanguentadas.

Se eu achava que minha reação era visceral, agora há


uma tempestade dentro de mim quando vejo as marcas do
cinto em suas costas.

A julgar pelas escoriações, filho da puta do seu pai não


usou o laço.

Apenas a fivela.
Correndo para o banheiro, eu molho algumas toalhas.
Então, lentamente, eu tiro o resto de sua blusa. Cada
centímetro que eu descubro é como levar um soco no rosto.

“Eu acho que no fundo mereci,” diz Cain, com a voz


embargada. "O que eu vou fazer, Damien?”

Antes que eu possa responder, ele agarra minha camisa,


suas lágrimas encharcam o tecido. E é assim ficamos por
quase cinco minutos. Até que ele coloca minha mão em seu
pau semiduro. "Eu preciso de você-"

As palavras saem da minha boca antes que ele possa


terminar sua frase. “Vá para a cama. Rosto virado para
baixo.”

Eu sei que um boquete pode deixar as pessoas felizes...


Mas isso? Assumir o controle sobre alguém que se sente
vulnerável e caminhar entre as linhas entre dor e prazer?
Isso é algo que posso fazer.

"Ele estava tão chateado,” diz Cain quando fico atrás


dele tirando sua calça e sua boxer. "Eu nunca tinha visto ele
tão irritado em toda a minha vida." Ele fecha os olhos. "E
meu irmão... Ele apenas riu e me chamou de perdedor." Ele
franze o rosto. “Ele não está errado. Que tipo de homem deixa
seu pai o bater enquanto o irmão ri?”

Eu pressiono meus lábios em uma ferida no cóccix. “Um


homem que acha que merece isso, porque está condicionado
a pensar que eles têm o direito de fazer essas coisas.”

Ele desloca a bochecha do travesseiro para olhar para


mim. "Você está apaixonado por mim?”
Essa é uma pergunta estranha. "Eu não tenho certeza."
Agarrando a toalha que eu coloquei na mesa de cabeceira,
eu a coloco sobre uma ferida que ainda está sangrando.
“Para ser honesto, não tenho certeza já me apaixonei antes.
Eu não acho que sou capaz disso’’ Ele concorda.

"Nesse sentido somos completamente iguais." Ele


suspira. "Prometa que você vai foder a Sra. Miller por mim
uma última vez antes de eu ir embora."

"Você não vai a lugar nenhum, idiota."

"Não adianta viver sabendo que sou a vergonha do meu


pai." Como ele realmente pode acreditar que não há outra
saída além da morte.

Jogando a toalha no chão, eu seguro meus braços em


ambos os lados dele e me inclino para baixo, deixando meu
rosto ao lado do seu. “Você acha que há apenas um roteiro
para sua vida? Uma maneira de chegar onde você quer ir?”

"Para mim há."

"Então você não é tão inteligente quanto eu pensei que


você fosse, Sr. Presidente."

Suas feições endurecem. "Caramba, valeu. Você e


Harvard têm isso em comum, eu acho.”

Eu cerro meus dentes. “O que quero dizer é que existem


centenas de caminhos diferentes para chegar a Harvard. O
mesmo vale para se tornar um político, se é realmente isso
que você quer. Escolha um e comece a andar.’’

"Não é tão fácil. Meu pai tinha tudo planejado para mim.
E agora que eu ferrei com…’’
"Foda-se ele,” eu grito. "Foda-se seu irmão e Harvard
também." Eu agarro sua mandíbula. “Existem dois tipos de
pessoas neste mundo, Cain. Aqueles que são capazes de
grandeza, mas não se incomodam em tentar. E aqueles que
ainda tentam, embora não sejam capazes da grandeza.”

"Mas eu ten..."

"Você não é nenhuma dessas pessoas,” eu o interrompo.


"Você é o tipo de pessoa que pode fazer qualquer coisa que
quiser e ainda assim ter sucesso."

"Você realmente acha isso?”

"Você sabe que eu não diria isso se não tivesse." Eu


inclino minha testa contra a dele. “Tudo o que você quer já é
seu. Tudo o que você precisa fazer é pegar.’’

Ele inspira. “Eu gostaria de poder acreditar nisso, mas


não vejo como. Minha vida acabou."

"Sua vida não acabou." Eu corro um dedo pela sua coxa.


"Está apenas começando." Eu planto uma linha de beijos em
suas costas. "Há uma razão para todas as coisas ruins que
passamos, cara... Essas coisas eventualmente nos farão
perceber que tudo valeu a pena no final."

Ele bufa. "Você leu isso em algum livro de auto ajuda?”

“Não, idiota. É como o destino funciona. Um evento leva


a outro... E esses eventos levam ao próximo evento e assim
por diante. Então, um dia, você olha para trás e conecta os
pontos. Então tudo começa a fazer sentido.”

“Eu acho que aquela porcaria de acreditar em destino


da Sra. Miller está começando passar para você.”
Eu mordo a bunda dele. "Sim. Ou talvez, apenas talvez...
Eu seja muito mais esperto do que você acredita.”

Suas feições se contorcem. “Harvard era tudo para mim,


Damien. As conexões do meu pai são tudo. Não há como
fazer isso sem ele.”

Eu continuo beijando seu traseiro. "Quem disse? Porque


o Cain Carter que conheço não pensa assim. Ele pega o que
ele quer. Mostre ao seu pai que você pode fazer isso sem ele.
Porque você pode."

Seus quadris se movem. "Eu nunca conheci alguém que


acredita..." Ele fecha os olhos "Você…" Ele geme quando eu
deslizo minha língua no meio de sua bunda. "Você quis dizer
o que você disse antes?”

Eu paro. "Sim, você pode fazer qualquer coisa que você


quiser.”

"Não." Sua voz cai algumas oitavas. "Você realmente


mataria meu pai por mim?”

“Sim.”

"Eu nunca deixaria você fazer isso"

Eu abro as bochechas da sua bunda e círculo seu ânus


com a minha língua.

"Isso é bom." Ele se estica, colocando as mãos debaixo


do travesseiro. "Mas se você fosse fazer isso... Como você
faria?”

"Como eu mataria seu pai?”


Ele balança a cabeça, arqueando sua bunda no meu
rosto.

Penso por um momento antes de lhe dar minha


resposta. "Fácil.” Eu passo meu dedo por seu buraco
enrugado. “Eu faria parecer um acidente. Algo que nunca
poderia ser rastreado.”

Ele estremece quando repito o movimento. "Jesus.”


Levantando sua bunda mais alto, ele olha para mim por cima
do ombro. "Como?”

Sorrindo, eu o provoco novamente, desta vez,


mergulhando minha língua dentro. "Eu daria a ele algumas
pílulas para dormir."

Seus olhos ficam nebulosos. "O que faz você pensar que
ele aceitaria tomar um remédio?”

“Todo mundo come, certo? Eu encontraria uma maneira


de colocar algumas pílulas amassadas em sua comida.”

Gemendo, eu chupo suas bolas o fazendo tremer.


“Então o que você faria depois?”

Lambendo meu dedo, eu empurro a ponta dele em seu


buraco. "Eu esperaria que ele adormecesse."

Ele se afunda em meu dedo e meu coração acelera. “E


depois?” Sua voz é profunda e rouca. "Então qual seria o
próximo passo?”

Eu ajusto minha posição na cama, alinhando sua


bunda com meu pau enquanto eu continuo preparando-o.
“Bem, antes das pílulas, eu teria religado um item doméstico
todos os dias... Algo simples... Talvez uma cafeteira ou uma
torradeira. Dessa forma, eles culpariam a fiação defeituosa.”

"Culpa que na fiação defeituosa?”

Deslizando meu dedo para fora, eu pego um pouco de


lubrificante na mesa de cabeceira e passo sobre meu pau. "O
fogo iria matá-lo." A respiração de Cain engata quando eu
continuo passando meu pau dentro de sua bunda. "Por que
um incêndio?”

Eu gemo quando uma gota perolada cai diretamente em


seu buraco enrugado. “Porque ele não deixa muitas
evidências para trás… Especialmente se você fizer isso no
meio da noite. As pessoas estão dormindo, então os vizinhos
são menos propensos a chamar o corpo de bombeiros,
portanto, haveria mais danos. Mais danos geralmente
equivalem a menos provas. E já que ele estaria cheio de
pílulas para dormir... Ele nunca conseguiria sair vivo. Não
a menos que alguém tentasse resgatá-lo.” Eu enfio em seu
buraco a cabeça do meu pau.

Cain aperta o lençol, ofegante "Oh, foda-se."

"Relaxe cara. Só vai doer por um tempo.” Com um


grunhido, eu empurro meus quadris para frente, observando
a cabeça do meu pau desaparecer dentro dele. A sensação é
tão boa.

"Não se preocupe, eu vou cuidar de você."

Seu corpo fica frouxo e, quando olho para baixo, percebo


que o lençol de embaixo dele está molhado.

Ele gozou.
___

Cain não está mais ao meu lado quando eu acordo na


manhã seguinte. Quando eu ligo para o celular dele para
saber onde ele foi, ele me diz que vai me ver na escola mais
tarde.

Eu fico feliz por vê-lo no vestiário após o sétimo período,


procurando por algo em seu armário. Ele está de costas para
mim, mas percebo que ele está vestindo uma camisa polo e
calça cáqui.

Eu corro um dedo pelo braço dele. "Como você está se


sentindo?”

Ele fica tenso. "Bem."

Por um lado, estou feliz que ele voltou ao normal. Por


outro, estou preocupado que ele esteja de volta ao normal.
Isso apenas capacitará seu pai a machucá-lo de novo.

"De volta aos negócios, como de costume, hein?”

“Uh, sim. Certo."

Olhando em volta para ter certeza de que estamos


sozinhos, dou um passo para perto dele. “Eu disse a Kristy
para não vir hoje à noite. Imaginei que você deveria tirar a
noite de folga.” Eu fecho a distância entre nós e passo minha
mão lentamente na frente de suas calças. "Você ainda pode
vir e..."

Ele dá uma cotovelada no meu estômago fazendo minha


cabeça girar. "Que porra é essa?”
Eu posso sentir a tensão preenchendo meu corpo.
Nenhum olho roxo ou lábio partido. Ele não é o Cain.

"Cara, eu ouvi que você era uma aberração, mas..." Ele


para no meio da frase, e seu rosto se ilumina. "Puta merda."
Ele começa a rir enquanto olha entre mim e o armário. “Você
pensou que eu era meu irmão, não é? Isso é... Uau. Eu sabia
que ele estava passando muito tempo com um amigo
ultimamente, mas eu não achei que fosse esse tipo de
amigo.” Ele ri com mais força. "Espere até meu pai ouvir
sobre"

Minha mão se fecha ao redor de sua garganta antes que


ele possa terminar a frase. “Ouça, seu babaca. O que quer
que esteja passando por essa cabeça pervertida está errado.”

"Mesmo? Porque parece que você e meu irmão estão …”

“Saindo com as meninas e festejando? Cristo, eu sei que


você é um nerd, mas nem por isso achei que seria virgem.”

"Espera, ele está saindo com garotas e com você


ultimamente?”

Removendo minha mão de sua garganta, eu puxo um


saco de maconha para fora do meu bolso. “Sim, às vezes
ficamos muito loucos e fumamos a alface do diabo. O que eu
estava tentando discretamente tentando passar para você ou
melhor, seu irmão. Meu pai acabou de pagar uma tonelada
de dinheiro para camuflar meu último incidente, eu não
posso entrar em problemas agora. Sabe o que eu quero
dizer?”

Ele concorda. "Sim. Quero dizer não, mas sim. Faz


sentido.” Ele esfrega o pescoço. “Não quis insinuar que você
era um viadinho. Desculpa."
Eu ainda não acabei. Ele não vai deixar este vestiário
sem eu foder sua vida perfeita. Eu considero isso como uma
preliminar para o chute no traseiro que eu vou dar nele.
Quando ele menos esperar.

Eu sorrio quando me lembro quem é sua namorada. "A


propósito, diga a Kim que eu disse oi." Eu me inclino como
se estivesse prestes a lhe contar um segredo. "Entre eu e
você, a halitose dela combinada com aquela verruga
cabeluda em seu rosto, é desanimadora, mas se você der a
ela uma bala de hortelã e fechar os olhos … Não fica tão ruim
assim." Eu arrumo o colarinho dele. “Não sei , por que estou
lhe dizendo isso? Tenho certeza que você já sabe.”

"Kimmy nunca vai me trair com você,” ele bufa. "Ela é


fiel."

Ele vai fazer feliz um grande político. Ele é tão


convincente que quase acredito nas palavras que saem de
sua boca.

Infelizmente para ele, Kimmy não é tão fiel como ela


finge ser.

E, infelizmente, para Kimmy, ela fodeu alguém com uma


memória fotográfica excelente.

“Ela tem uma marca de nascença em forma de Alaska


na bunda dela. Seus mamilos são rosa escuro. Eles tem o
tamanho de uma moeda cinquenta centavos, provavelmente
isso é coisa mais atraente sobre ela.” Eu esfrego minha testa.
“Há outra coisa… oh, isso mesmo…” Eu estalo meus dedos.
"Fevereiro. Na Biblioteca. Seção de ficção. Ela é uma grande
fã de Jane Austen.” Reviro os olhos.
Seu queixo cai. Ele honestamente parece tão magoado e
quase ao ponto de ficar histérico.

Eu estremeço “Ela provavelmente lhe disse que estava


com dificuldade para sentar porque menstruou ou caiu de
bicicleta, hein?” Eu solto um suspiro. "Droga. Eu sinto muito
cara.”

"Essa puta do caralho."

"Sim, cara,” eu digo quando ele passa correndo por mim.


“Não se esqueça de entregar para ela o meu oi."

Tirando meu celular do meu bolso, eu envio uma


mensagem de texto para Cain.

Damien: Cain aconteceu um incidente com seu irmão no


vestiário hoje. Resumindo, achei que ele fosse você. Não se
preocupe, eu já resolvi as coisas. Mas se ele te falar alguma
coisa quando você o vir, siga o fluxo. Eu disse que fumamos
maconha e fodemos garotas.
Capítulo 25

Passado..
"Eu sabia que aquele idiota estava mentindo,” meu
irmão zomba, segurando o telefone que Damien me deu.
"Kim vai se sentir como uma idiota na escola amanhã
quando eu disser a todos que ela me traiu com um viadinho.”

Eu rio, não porque ele está certo. Mas porque ele não
vai estar na escola amanhã. "Por que diabos você está rindo?”
Um sorriso maligno se espalha em seu rosto. "Não vai ser tão
engraçado quando eu disser ao papai que o filho dele é um
viado." Ele bufa. "Cristo, eu deveria ter comido você no
útero."

Eu coloco um par de luvas enquanto ele caminha em


direção à porta. "Papai está dormindo." Andando por trás
dele, eu puxo o saco de plástico do meu bolso e levanto-o
sobre a minha cabeça. Ele não queria o milk-shake que eu
fiz para ele, então preciso realizar meu plano B. “Ele disse
que teve um longo dia e queria ficar para descansar”

Quando ele começa a se virar, eu entro em ação,


deslizando o saco sobre sua cabeça e, em seguida, o
derrubando no chão.

Ele se contorce e se debate, tentando ao máximo tirar o


saco de sua cabeça. O coitado consegue até mesmo fazer um
pequeno rasgo no primeiro. No entanto, eu estava um passo
à frente e me certifiquei de triplicar os sacos. Ele poderia ter
ganho vantagem sobre mim. Ou pior, correr e pedir ajuda
para os vizinhos.

Eu passo minhas pernas em torno de sua cintura


quando seu agito piora. "Será mais pacífico para nós dois se
você parar de lutar."

Depois do que parece uma eternidade, seus


movimentos param por completo.

Tirando o saco de sua cabeça, o coloco no bolso do meu


casaco, fazendo uma anotação mental para me livrar dele a
caminho da casa de Damien mais tarde.

Então eu o coloco em sua cama, já que é onde preciso


que ele esteja.

Um arrepio sobe na minha espinha. É assustador ver


seu irmão gêmeo morto. É como um vislumbre perturbador
do futuro.

Acho que as cartas de tarô da Sra. Miller estavam certas,


afinal. Sorrindo, eu dou um beijo em seu cadáver. “Descanse
em paz, irmão. Parece que acabou de abrir uma vaga em
Harvard. Vou me certificar de aproveitar ao máximo meu
tempo lá.”
Capítulo 26

Passado..
Uma mão escorregando pela minha coxa me faz tremer.

"Cain?"

Ele está pairando sobre mim, vestindo o mesmo capuz


preto e a calça de moletom da noite passada. Tremendo como
uma maldita folha.

"O que-"

Eu não consigo nem terminar minha frase por que ele


me beija e aperta meu pau através da minha boxer.

Dizer que estou surpreso seria um eufemismo. Cain


pode ser o instigador, mas eu sou o iniciador quando se trata
de nossas conexões.

Ele geme na minha boca. Seus beijos normalmente são


desleixados e frenéticos... Mas esse é diferente. Não parece
certo.

Eu me afasto."O que esta acontecendo com você?"

"Nada." Ele puxa minha boxer e meu pau fica livre.

"Você está bêbado?"


Ele assobia. "Você é ainda maior do que eu. Não é de
admirar que todos estejam sempre loucos por seu pau.”

Eu arquejo uma sobrancelha. "Drogado?"

Envolvendo a mão em todo o meu comprimento, ele me


dá um golpe firme. "Cristo, eu não posso acreditar que eu
deixei você colocar isso na minha bunda na noite passada."

"Eu não coloquei." Eu lhe dou um sorriso. "Foi apenas


a ponta."

Seus olhos escurecem. "Eu gostei." Outro golpe. "Estou


ficando louco por isso também."

Eu olho para ele com desconfiança. "Isso é engraçado.


Pelo que me lembro, a única parte que você gostava era gozar
na minha boca.”

Seus lábios se contraem. "Bem, uma boca é uma boca,


certo?" Ele sobe na cama e se ajoelha entre as minhas
pernas. "E eu sei exatamente onde eu quero a minha agora."

Mais rápido do que eu posso piscar, ele abaixa a cabeça


e passa a língua sobre a cabeça do meu pau. É tão rápido
que, por um momento, acho que estou sonhando.

Ele olha para cima. "Você gosta disso?"

Eu pressiono meu polegar em seu lábio inferior. Eu


estive com centenas de garotas, mas ele tem os melhores
lábios que já encontrei. Eles são cheios, como duas
almofadas macias. “Eu fiquei me perguntando como seriam
esses lábios ao redor do meu pau. Por que você não me
mostra?’’
Ele hesita antes de lamber o líquido vazando da minha
ponta.

“Eu não gosto de passar vontade. Se você for entrar no


meu quarto com a intenção de me chupar, é melhor você
fazer o certo.’’

Inclinando-se, ele leva minha coroa inteira em sua boca.


Eu sorrio. "Está ficando melhor."

Ele lambe minhas bolas. "Muito melhor.”

Um gemido rasga minha garganta quando ele começa a


me chupar forte e rápido. "Jesus.” Seus movimentos se
aceleram e eu agarro a mesa de cabeceira. "É isso, me chupe
assim."

Sua cabeça continua subindo e descendo e sons de


engasgos enchem o quarto. Se eu tinha alguma dúvida, sobre
Cain gostar do meu pau antes, agora não tenho mais.

Minha mão encontra a parte de trás de sua cabeça,


mantendo-a lá. "Faça mais devagar, para que eu possa durar
mais tempo."

Ele continua, e eu empurro meus quadris, batendo na


parte de trás de sua garganta. "Você gosta do meu pau na
sua boca?” Ele balança a cabeça, e eu empurro mais forte,
fazendo-o engasgar.

Até que eu não aguento mais.

Eu puxo o cabelo dele até ele me soltar. "Eu quero sua


bunda." Esse é o único aviso que ele recebe antes de eu
colocá-lo de barriga para baixo no colchão e tirar as suas
calças, revelando seu traseiro branco.
Pego um pouco de lubrificante da mesa de cabeceira,
coloco um pouco em dois dos meus dedos antes de
mergulhá-los entre suas bochechas, preparando-o.

Ele segura os lençóis quando eu começo passar a cabeça


do meu pau próximo a sua entrada. "Isso pode doer."

Ele mal tem tempo para me dar um aceno antes de eu


empurrar meus quadris para frente, colocando meu pau
inteiro dentro dele.

"Porra,” ele engasga quando eu recuo para entrar


completamente nele novamente.

Minhas bolas doem quando preencho cada centímetro


dele. Eu quase enlouqueço quando o ouço gemer meu nome.

"Você gosta do jeito que eu estou fodendo seu rabo


apertado?"

"Sim.” Ele assobia quando eu giro minha pélvis, me


esfregando nele.

"Mais rápido."

Fixando seus braços na cabeceira da cama, eu cubro


seu corpo com o meu e aumento o ritmo, o fodendo com tanta
força, que o colchão treme.

"Estou perto."

Eu o puxo para cima, e faço-o sentar em mim.


Sussurrando uma maldição, ele segura minha mão,
enquanto o masturbo.
"Jesus Cristo." Meu clímax é poderoso, e chicoteia meu
corpo como um tornado enquanto eu esvazio cada gota
dentro dele.

Um momento depois, ele convulsiona e goza na minha


mão.

Nós dois ficamos sem fôlego. Eu sinto meu sémen


escorrer de sua bunda e se misturar ao seu.

Levando minha mão à minha boca, eu lambo seu


esperma, em seguida, pego meus cigarros.

Eu acendo um cigarro para mim e um para ele antes de


me acomodar contra a cabeceira da cama.

Eu sinto meu corpo relaxado, Cain no entanto; começa


a tremer.

Foda-se. Eu exalo profundamente, me preparando para


perguntar a frase clichê que todos falam depois de transarem
‘’Foi bom para você-”

"Você me ama?”

Começo me falar a mesma resposta que dei a ele ontem


à noite, mas paro e considero seriamente sua pergunta.

Sempre ouvi falar que há algumas pessoas que nos


tornamos inexplicavelmente atraídos... E há pessoas que são
destinadas a mudar nossa vida para sempre.

No entanto, eu nunca conheci alguém que se sentisse


que fosse parte do meu destino antes. Eu era um lobo
solitário.
Até Cain. E só porque não sou capaz de sentir
borboletas em meu estômago, não significa que o que sinto
por ele não é amor. Talvez a minha fixação sobre Cain seja a
minha versão do amor.

"Sim." Eu dou uma longa tragada no meu cigarro. "Isso


assusta você?”

"Não." Ele se desloca na cama, e fica em cima de mim.


"Eu tenho outras coisas para ter medo agora."

"Como o quê?"

Seu rosto fica vazio, desprovido de qualquer emoção.

"Acho que me meti em sérios problemas."

"Se é sobre Harvard-”

"Não." Ele olha para mim. "É muito maior que isso.”

Eu passo a mão em meu rosto. “Eu te conheço tão bem


que as vezes você não precisa me dizer o que está pensando,
mas agora eu vou precisar que explique o que houve, cara.
O que está havendo-”

Ele começa tremer. Merda. "Cain-"

"Eu fiz uma coisa, Damien,” ele sussurra. “Algo muito


ruim. Algo que poderia arruinar minha vida inteira, se
alguém descobrir.’’

Meu estômago afunda como uma pedra. "Eu te dou


cobertura. Seja o que for, você pode me dizer, e eu vou
descobrir uma maneira de consertar isso.’’

"Você não pode consertar o que eu fiz."


Sinto meu estômago afundar junto com uma sensação
sinistra subindo pela minha espinha. "Cain-"

O som de um telefone tocando me interrompe.

"É o meu."

Eu vejo quando ele sai da cama, frio como um pepino.

"Olá,” ele responde com uma voz sonolenta.

Eu olho para o relógio na mesa de cabeceira. São três


da manhã.

Eu suponho que seja o pai dele, até que ele diga: “Quem
é?"

O cigarro que eu estava prestes a acender para a meio


caminho dos meus lábios enquanto meus ouvidos
sintonizam a conversa.

"O que,” grita Cain. "Como? Não. Você está mentindo.


Oh Deus."

Eu pulo da cama, pronto para bater em quem está do


outro lado do telefone. "Isso não pode estar acontecendo."
Parece que ele vai vomitar. "Por favor, me diga que isso é um
erro horrível.” Sua voz falha. "Não. Estou dormindo na casa
de um amigo." Ele começa a soluçar e meu peito dá um nó.
"Eu fiz dezoito anos no mês passado, mas vou ligar para
minha avó.” Ele pressiona a palma da mão na testa. "Ela vive
em outro estado." Outra lágrima cai em sua bochecha. "Vou
perguntar ao meu amigo. Eu estarei ai em breve.”

"O que aconteceu?”


Ele enxuga os olhos. "Eu vou precisar de uma carona
para o hospital."

"Não tem problema." Eu olho para ele quando ele


começa a se vestir. "Você vai me dizer o que aconteceu?”

Ele gira o corpo e me encara. "Oh, certo." Sua expressão


se transforma em pedra. "Meu pai e meu irmão morreram."
Seus olhos escuros observam os meus. "A casa pegou fogo.”
Capítulo 27

Passado..
"Sinto muito, acho que não entendi?” Eu limpo minhas
palmas suadas na minha calça. "O que isso significa?”

Já se passaram quarenta e oito horas desde o incêndio


e, nesta manhã, recebi um telefonema pedindo que fosse até
a delegacia. Eu não estava nervoso... Até agora.

O detetive Trejo segura minha mão. Ele foi para o colégio


com meu pai e eles ficaram amigos ao longo dos anos, então
eu sei que a perda está o atingindo com força. Infelizmente
para mim, isso significa que ele vai investigar pessoalmente
o caso.

"Filho,” diz ele lentamente, como se eu fosse um


retardado mental. “Quando as pessoas morrem em um
incêndio, há certas coisas que esperamos encontrar em
relação aos corpos. Seu pai, por exemplo, tinha fuligem na
garganta e nos pulmões. Ele também foi encontrado
agachado no chão do seu quarto de frente para a porta, o que
indica que ele estava tentando escapar.”

Minha expressão muda para uma angústia. "Por que ele


não pulou pela janela?” Eu esfrego minha testa, forçando-me
a respirar. "Eu sinto muito. Eu não… é só…”
Ele levanta a mão. "Está tudo bem. A raiva faz parte do
luto. E para responder à sua pergunta, é muito provável que
a casa já estivesse envolvida em chamas no momento em que
ele acordou, tornando impossível ver alguma saída.” Ele
franze a testa. “O relatório da autópsia mostrou traços de
uma pílula para dormir em seu corpo. Não é suficiente para
causar danos, mas é mais do que a dose padrão
recomendada. Isso combinado com o fogo o deixou
desorientado.”

Soltando uma respiração, eu olho para o teto. “Ele


mencionou que estava estressado com o trabalho e tendo
problemas para dormir durante o jantar naquela noite. Eu
não pensei em nada disso na época, se eu fosse mais
cuidadoso ele ainda estaria aqui.”

Ele levanta a mão. “Seu pai não quer que você se culpe.
Não tinha como você saber o que ia acontecer.”

Agarrando a parte de trás do meu pescoço, eu olho para


a mesa. "Certo." Minhas sobrancelhas se juntam “Desculpe,
você estava tentando me dizer algo importante sobre o meu
irmão antes. O que é?"

"Ah, sim." Ele coloca as mãos na mesa. “A autópsia


determinou que seu pai foi morto durante o incêndio. A
morte de Caleb, no entanto, é uma história diferente.”

Eu pisco. "Como assim?”

“Não havia vestígios de fuligem em sua garganta ou


pulmões, e seus níveis de dióxido de carbono eram
inconsistentes. Além disso, a posição em que ele foi
encontrado era... Anormal, dada a natureza da situação.”
Minhas mãos começam a suar novamente. "Anormal
como?”

“Ele foi encontrado deitado em sua cama. O quarto do


seu irmão estava mais longe de onde o fogo começou na
cozinha, mas ele ainda sofreu algumas queimaduras
exteriores.” Ele me lança um olhar solene. "Cain, o que estou
prestes a dizer é sério."

Meu coração está batendo tão rápido que estou surpreso


que ele não possa ouvir de onde ele está sentado. "Estou
ouvindo."

Ele abaixa a caneta em sua mão. “Dadas às descobertas


incomuns, o médico legista está confiante de que seu irmão
não morreu no incêndio... mas antes disso. Havia sinais, por
exemplo, seus olhos estava com manchas de sangue que lhe
dão motivos para acreditar que Caleb foi, intencionalmente,
sufocado e o fogo foi encenado como um encobrimento.”

"Espere, você está dizendo que alguém matou meu


irmão?”

“É exatamente o que estou dizendo. E a única maneira


de chegarmos ao fundo disso é se você for completamente
honesto comigo. Compreende?"

Eu concordo.

Ele coloca seu bloco de notas na frente dele. “Caleb


tinha algum inimigo? Alguém com quem ele não se dava
bem?”

Minha boca fica seca. “Não, nada que eu possa pensar.


Todos o amavam. Ele era incrível.”
"Cain."

"Sim?"

"Eu sei que é difícil, mas eu realmente preciso que você


pense."

“Estou dizendo a verdade, detetive. Caleb não tinha


inimigos.” Ele passa o dedo nos lábios. "E quanto a você?”

"E quanto a mim?”

“Vocês eram gêmeos idênticos. Talvez alguém que tenha


rancor contra você tenha pensado que ele era você.”

“Eu pensei que você disse que ele estava no quarto dele?
Nós temos quartos separados. Por que alguém pensaria que
ele era eu?”

Ele encolhe os ombros. "Talvez alguém tenha invadido


sem conhecer a casa."

"Isso não seria arriscado?” Eu respiro superficialmente.


“Não quero ser desrespeitoso, mas se alguém for cometer um
ato tão hediondo, você diria que eles tomariam as medidas
adequadas para garantir que não seriam pegos.”

Seus olhos se estreitam. “Eu tenho trabalhado com


homicídio por mais de quinze anos, Cain. Confie em mim
quando eu te disser... Todo assassino deixa uma pista para
trás. E cabe a pessoas como eu encontrar isso.” Ele se
endireita. "Você pode pensar em alguém que possa querer
prejudicá-lo?”

"Não. Eu não tenho nenhum inimigo também. Quer


dizer, minha ex-namorada não gosta muito de mim agora,
mas ela nunca me machucaria. Além disso, ela sabe
exatamente onde fica meu quarto, então nunca iria se
enganar…” Meus olhos se arregalam. "Merda."

O detetive praticamente pula sobre a mesa. "O que?”

"Nada." Eu fecho meus olhos. "Não é nada."

"Cain, se você sabe alguma coisa..."

"Eu fiz uma promessa ao meu irmão que pretendo não


quebrar."

"Seu silêncio não pode me ajudar a resolver o


assassinato dele."

"Mas eu prometi a ele que não contaria a ninguém." Eu


traço um círculo invisível na mesa com o meu dedo. "Se as
pessoas souberem disso, vidas podem ser arruinadas.”

“As vidas das pessoas já estão arruinadas. Seu silêncio


só garante que as coisas piorem.”

Eu olho ao redor da sala. "Posso beber um pouco de


água?”

Andando até a pequena mesa no canto, ele pega um


jarro e um copo, depois os coloca na minha frente.

Eu demoro para responder. Eu quero que ele esteja na


beira de um abismo puxando uma bomba amarrada a uma
corda prestes a arrebentar.

“Antes de lhe dizer, você pode me assegurar que ficará


entre nós? É só que... Caleb tinha uma boa reputação na
comunidade. Eu não quero destruir isso.”
"Compreendo. Eu garanto que tudo o que você me disser
não será de conhecimento público. A menos que acarrete a
uma prisão, nesse caso não posso garantir que certos
detalhes não saiam daqui.”

“Eu não acho que esse será o caso. Mas você disse que
se eu soubesse de alguma coisa era para te dizer, certo?”

"Certo."

"Caleb estava envolvido com uma professora da nossa


escola."

"Envolvido de que maneira?”

Eu dou a ele uma olhada. “Dê uma forma inadequada."

Ele pressiona a caneta no bloco. "Qual é o nome dela?”

"Sra. Muller. Eu não sei o primeiro nome dela, mas ela


ensina….”

"Ciências no ensino médio."

"Sim, e o marido dela é um treinador de futebol


assistente."

"Eu sei. Ele também trabalha como eletricista…” Ele


limpa a garganta e eu praticamente posso ver as rodas em
sua cabeça girando. "Desculpe, vá em frente."

"Sra. Miller e Caleb estavam envolvidos há algum um


tempo. As coisas entre eles estavam ficando... Intensas. Para
ser franco, ele estava obcecado por ela. E ela...” Eu paro de
falar e olho para longe.

"Ela o que?”
“Ela por ele. Eles terminavam uma semana... Passavam
uns dias afastados e depois voltavam. Ele estava ficando um
pouco neurótico, para ser honesto. Especialmente quando
Caleb descobriu que ele não era o único aluno que ela estava
transando.”

O detetive Trejo quase cospe seu café. “Mesmo?”

Eu concordo. "Sim. Meu pai nos avisou sobre nós


relacionarmos com mulheres assim, mas Caleb não deu
ouvidos.” Dou de ombros. "Não posso culpá-lo, ela é linda."

“Beleza não é tudo nesta vida. Por favor continue."

“O outro aluno com quem ela estava transando... Ele é


meu amigo. Foi assim que descobri sobre eles.”

"Qual é o nome do seu amigo?"

"Damien King."

Ele faz um barulho no fundo da garganta enquanto


escreve o nome no bloco. "Como seu irmão reagiu quando ele
descobriu?”

Eu estremeço “Ele estava chateado. Não por causa de


Damien, porque eles também eram amigos, mas por causa
da Sra. Miller. Ele me disse que o fato dela estar transando
com outro aluno era como uma traição.”

Ele levanta uma sobrancelha. "Mas ela é casada."

Eu bato na mesa. "Eu sei. Foi exatamente o que eu


disse.” Suspiro pesadamente. "Esta é a parte que eu tenho
medo de contar a você…"
“Não importa o que seu irmão fez, ele ainda é a vítima
nessa situação. No entanto, não posso ajudá-lo se você não
me contar tudo.”

"Você está certo." Eu tamborilo minhas unhas na mesa.


“Ele não recebeu bem as notícias. Ele ameaçou contar ao seu
marido sobre eles se ela não se divorciasse dele no momento
em que Caleb terminasse o colegial.” Reviro os olhos. “Tentei
falar com ele, mas estava convencido de que tudo seria
perfeito se ela deixasse o marido. Ele estava tão obcecado por
ela, que não percebeu que ela estava apenas usando-o.” Meu
estômago aperta. "Eu acho que ela gostava de toda a atenção
que ele dava a ela, provavelmente começou a se sentir
especial."

"Entendo.” Ele coloca a caneta na mesa. "Você sabe


quando seu irmão se envolveu com ela?”

Eu sacudo minha cabeça. “Não, não exatamente. Eu só


descobri sobre eles no mês passado durante o seu
aniversário de dezoito anos. Ela entrou escondido em minha
casa no meio da noite e eu acabei entrando no quarto do meu
irmão enquanto eles estavam... Você sabe... No quarto dele.”
Eu esfrego meu rosto, fingindo pensar. “Se eu tivesse que
adivinhar, diria que foi cerca de três meses mais ou menos.
Foi quando ele começou a agir um pouco estranho. Como se
ele estivesse escondendo alguma coisa.”

"Então seu irmão era menor de idade?"

“Olha, detetive. Eu sei o que você está pensando, mas


eu não quero estragar a vida de ninguém. Eu não gostava do
que meu irmão estava fazendo, mas ainda assim eram
escolhas dele.” Eu levanto um ombro para cima. “Ela é legal.
Ela se fantasiou de cartomante no baile de primavera há
algumas semanas e fez uma leitura sobre mim e minha
acompanhante no baile, Julia. Julia adorou e…”

Uma batida na porta me interrompe no meio da frase.


"Desculpe interromper,” diz uma voz atrás de mim. "Isso é
importante."

O detetive Trejo se levanta de seu assento. “Com licença,


Cain. Eu estarei de volta em breve." Então, ele sai.

Colocando minha cabeça em minhas mãos, eu exalo


pesadamente, piscando para conter as lágrimas. Não sou
idiota, isso pode não ser um interrogatório oficial, mas sei
que cada movimento que faço é observado e examinado
independente se o detetive está aqui comigo ou não. E neste
momento? Eu deveria estar sofrendo minhas perdas.

Cerca de quinze minutos depois, o detetive Trejo entra


de novo. Não sei o que fazer com o olhar em seu rosto.

“Eu vou precisar que você fique aqui um pouco mais.”


Ele se senta na cadeira a minha frente. “Há um furo no caso.”

Minha pressão sanguínea aumenta, mas eu me forço a


ficar calmo.

“O que aconteceu?”

Eu posso vê-lo triturando algo em sua cabeça antes dele


falar. “Você mencionou antes que a Sra Miller era uma
cartomante no baile da sua escola, certo?”

“Sim, como eu disse, ela leu eu e minha namorada.” Eu


levanto uma sobrancelha. “Por que?”

Ele esfrega o queixo. “Ela usa muito as cartas de tarot?”


“Na verdade, sim. Ela disse que elas pertenceram a sua
bisavó que fazia isso para viver.” Eu faço uma careta. “Mas
eu não entendo o que isso tem a ver com o fogo e a morte de
Caleb.”

“Os investigadores descobriram uma coisa incomum, ou


melhor, duas coisas incomuns embaixo do travesseiro de
Caleb.”

“Como o que?”

“Pelo o que eles podem dizer é uma calcinha... e o que


parece ser uma carta de tarot.”
Capítulo 28

Passado..
Uma mão segurando minhas bolas me faz acordar com
um solavanco. Quando abro os olhos, Cain está olhando
para mim, sorrindo. "Ei amigo. Há quanto tempo."

Empurrando sua mão para longe, eu balanço as pernas


sobre a cama e me sento. "Onde você esteve?”

Já faz quarenta e oito horas desde a última vez que o vi


ou ouvi falar dele... E hoje, a Sra. Miller foi presa na escola.

No começo, eu pensei que era por causa de sua


predileção por transar com estudantes, mas começaram a
circular rumores de que ela foi acusada do assassinato de
Caleb.

O que não faz nenhum sentido.

Cain começa a andar pelo quarto, tocando


preguiçosamente minhas coisas. "Desculpe, eu tenho estado
um pouco ocupado conversando com os investigadores e
planejando um funeral duplo." Ele me dá um sorriso torto.
"Parece que suas habilidades de stalker estão ficando
enferrujadas." Ele caminha em direção à cama. "Eu acho que
você gostava mais de mim, quando você não podia me ter."
Eu alcanço meus cigarros e acendo um. "Eu gostava
mais de você quando você era honesto comigo."

Ele pega o cigarro dos meus lábios e dá uma tragada. "O


que faz você pensar que eu não estou sendo honesto com
você?”

Eu pego de volta o cigarro. “A Sra. Miller foi presa hoje.”


Ele tenta pegar a corda na minha calça de moletom, mas eu
afasto a mão dele. "Você ouviu o que eu disse?”

Ele fica de joelhos diante de mim. "Isso te incomoda?”

“As pessoas estão dizendo que ela foi presa pelo


assassinato de seu irmão.”

Ele me dá beijos molhados por todo meu abdômen. "Eu


sei." Meu pau se agita quando ele se aventura mais baixo.
"Que vergonha." Há um brilho em seus olhos quando ele olha
para mim. “Eu não tinha ideia de que ela estava transando
com meu irmão também. Isso seria muito bizarro. ”

Eu mordo meu lábio quando ele morde minha coxa


através da minha calça de moletom. “Nós dois sabemos que
ela não estava transando com ele. E ela definitivamente não
o matou.”

Meu pau se contrai quando sua boca desliza ao longo


do contorno do meu pau endurecido. "Você tem certeza?
Porque, de acordo com o detetive Trejo, o DNA da calcinha
encontrada debaixo do travesseiro do meu irmão combinava
com o dela... E a carta de tarô que estavam lá também era
dela.” Ele desamarra a corda da calça de moletom. "Eles
acham que ela se arrastou para a cama dele, o seduziu, e
então quando ele menos esperou... Ela o sufocou com um
travesseiro."
Eu levanto uma sobrancelha. "E então misteriosamente
causou um curto-circuito que levou a um incêndio?”

Ele puxa minha boxer e meu pau salta, alheio à


gravidade da conversa.

“Quero dizer, ela é professora de ciências. Para não


mencionar, que o marido dela é eletricista. Tenho certeza de
que ele lhe ensinou algumas coisas.” Ele beija a ponta do
meu pau e se inclina ligeiramente para trás. Minhas bolas se
contorcem quando vejo ele lamber meu pré-sêmen. “É tão
estranho que a morte do meu irmão e de meu pai seja tão
parecida com o que você descreveu outro dia.”

"Cain." Espero que ele olhe para mim. “Minta para todo
mundo, mas não minta para mim.”

Ele fecha os olhos e suspira. “Olha, eu entrei em pânico,


ok? A única maneira de salvar você foi contar tudo sobre ela
no interrogatório.”

"Me salvar? Eles pensaram que eu fiz isso?”

Cain me lambe da raiz a ponta. "Eu não sei, mas quando


eu mencionei que fiquei em sua casa na noite do incêndio e
que você era meu álibi, o detetive continuou me perguntando
coisas sobre você." Ele planta uma linha de beijos para cima
e para baixo do meu eixo. “Eu sei que você não tem uma
grande história com o departamento de polícia local, e eu
queria protegê-lo... E me proteger. No entanto, a única
maneira de fazer isso era desviar a atenção para outra
pessoa.”

"Por que a senhora Miller?”


Ele encolhe os ombros. “A polícia é mais propensa a
pensar que alguém é culpado se tiver um histórico obscuro.
Por isso eles estavam olhando para você. No entanto, uma
professora traindo seu marido com vários alunos é mais
sombrio do que um adolescente pego algumas vezes com
drogas. Você não acha?”

"Há muitas pessoas corruptas nesta cidade. Eu não vejo


por que você teve que fazer uma mulher inocente que é
espancada pelo marido ser presa."

Cain franze a testa. “Sinto muito, eu não percebi que


você estava apaixonado por ela e que preferia que ela ficasse
fora da prisão ao invés de mim”

Ele começa a se levantar, mas eu o puxo de volta para


baixo. “Você sabe que eu estou do seu lado, não importa o
aconteça. Estou apenas tentando entender o que está
acontecendo.”

Sorrindo, seus olhos caem para o meu pau. "Eu


também." Ele gira sua língua ao redor do meu eixo. "Sinto
muito sobre a Sra. Miller, mas era o único caminho." Ele me
empurra, me fazendo deitar na cama. "Deixe me fazer as
pazes com você."

Eu agarro seus cabelos, enquanto ele chupa meu pau,


me fazendo tremer de prazer.

Cain pode ter feito escolhas erradas, mas eu o entendo.


Somos dois lados da mesma moeda. Ninguém no mundo vai
me entender como ele e vice-versa.

Cain jogou a Sra. Miller para os lobos para poder se


salvar. Ele precisava de um culpado, e infelizmente, ela foi a
escolhida. Se ele tivesse me dito que iria matar seu pai e
irmão, eu o teria o direcionado a um alvo diferente, mas não
foi assim que aconteceu.

A única coisa que posso fazer agora é proteger nós dois.

"Eles provavelmente vão querer falar comigo em algum


momento,” eu digo enquanto vejo sua cabeça balançar para
cima e para baixo. "Você se importaria em me contar o que
você disse para que nossas histórias combinem?”

Ele me libera com um estalo molhado. "Eu disse ao


detetive Trejo, que a Sra. Miller estava dormindo com Caleb
e ele ficou obcecado por ela." Ele fala olhando para meu pau.
"E quando ele descobriu que ela estava dormindo com outro
aluno, ele perdeu cabeça e ameaçou contar ao marido dela."
Ele pisca.

Eu olho para ele. "Você mencionou o nome do aluno?”

"Não." Sua boca cai para minhas bolas e eu suprimo um


gemido. "Mas eles provavelmente estão buscando seus
registros telefônico enquanto falamos, então prepare-se para
ser chamado." Seus dentes roçam o meu comprimento e eu
assobio. “Não se preocupe. Eu disse ao detetive que você e
Caleb eram amigos e ele não estava bravo com você. Ele
estava bravo com ela por ser uma puta estúpida.”

“Ela não é uma puta estúpida. Ela é apenas uma pessoa


que nem sempre faz as escolhas certas. Ela é só humana.”

Assim como Cain.

No fundo, não importa quão bons pensemos que


somos… Todos somos um pouco maus por dentro.

O diabo já foi um anjo. Não o contrário.


“Olha, eu sei que você gosta dela, mas a Sra. Miller não
é a única mulher no mundo. Há muitas outras Sras. Miller
que podemos foder,’’ diz ele entre longas chupadas. “Mas
mesmo que não houvesse, você sempre terá a mim. Eu vou
cuidar de você, Damien.” Eu ergo meus quadris quando a
ponta da sua língua encontra o ponto sensível entre o meu
saco e minha bunda. “Eu ficarei empoleirado no meu
pedestal olhando para você. Eu nunca vou te ignorar como
ela fazia.”

Eu gemo seu nome enquanto ele continua me


chupando, o órgão no meu peito martela como um tambor.

Meus sentimentos por Cain não estão errados. Nós dois


podemos fazer coisas ruins e não sermos boas pessoas... Mas
estamos juntos independente do que houver.

Cain é mais do que alguém que eu fodo. Ele é mais do


que meu melhor amigo.

Ele é mais que minha fixação.

Ele é a pessoa que estava destinado a mudar a minha


vida... Porque ele já mudou.
Capítulo 29

Passado..
Eu cerro meus dentes. “Eu tinha dezoito anos na
primeira vez que fizemos sexo. Mas mesmo se eu não tivesse,
não importaria. A idade de consentimento neste estado é
dezessete. E acredite em mim, eu consenti. Portanto, este
pequeno interrogatório é inútil.”

O detetive Trejo suspira. “Não é inútil. Sua professora


está sendo acusada do assassinato de um aluno com quem
teve relações sexuais. Você também é um aluno com quem
ela teve relações sexuais e, mais importante, você era amigo
da vítima. Você pode ter as informações que precisamos para
nos ajudar a entender o que aconteceu com seu amigo,
Damien.”

Minhas mãos se apertam ao meu lado. Eu preciso


proteger Cain, mas isso não significa que eu goste da ideia
de prejudicar a Sra. Miller. Ela não merecia ser presa dentro
da escola há dois dias e com certeza não merece estar
sentada em uma cela agora.

Mas é ela ou Cain.

E sem nem pensar eu escolho Cain. Eu faria qualquer


coisa no mundo por ele. Incluindo ajudar a dar veracidade a
essa história ridícula que condena uma mulher inocente por
um assassinato que não cometeu, mas ele sim.
No entanto, eu não vou culpar a Sra. Miller
completamente. Vou me reportar à história de Cain... Mas
vou plantar algumas migalhas de pão e guiá-los em outra
direção.

E se tudo der certo no final, vou fazer outra pessoa


pagar pelo assassinato de Caleb.

Alguém que merece sofrer por seus pecados.

Eu olho para ele. “Desculpe, detetive, mas eu não


mantenho um livro de registro das mulheres que eu fodo. Eu
mal me lembro dos nomes delas.”

Ele me dá um sorriso de satisfação. “Sorte sua, tenho


essa informação à mão. Agora, você consegue se lembrar de
quantas vezes teve relações sexuais com sua professora, a
Sra. Kristy Miller?”

"Eu não sei." Eu sorrio, o avaliando. "Se eu tivesse que


dar uma olhada, diria... Que foi muito mais do que você e
sua esposa."

Ele bate a mão na mesa. “Ouça seu, punk desgraçado.


Você acha que sua merda não fede, mas eu vou jogar sua
bunda em uma cela na próxima vez que você falar assim
comigo.”

Eu me inclino para frente. "E meu pai vai me socorrer


antes do final do dia." Eu olho em volta. "Na verdade, talvez
eu deva ligar para ele e dizer que preciso de um advogado..."

"Não." Ele se endireita em seu assento. Policiais odeiam


quando advogados se envolvem em seus interrogatórios.
Especialmente o tipo de advogados que meu pai tem acesso.
Eles comem policiais como ele no café da manhã. "Isso não é
necessário. Pela primeira vez, você não está em apuros. Só
preciso que responda a algumas perguntas.” Ele toma um
gole do café. "Eu acho que nós começamos com o pé errado,
então vamos tentar de novo, tudo bem?”

Antes que eu possa responder, ele clica na caneta. "Você


pode se lembrar de quanto tempo você tem tido relações
sexuais com sua professora?”

Desde o primeiro dia de aula. "Eu não sei, há algumas


semanas."

"Você já fez sexo na propriedade da escola?”

"O que isso tem a ver com o assassinato de Caleb?”

"Responda à pergunta."

"Não, nunca fizemos sexo na propriedade da escola."

Seus olhos se estreitam. "Dami..."

"Uma ou duas vezes em um depósito, ok?”

Ele anota algo no bloco de anotações. “Você já trocou


telefonemas, mensagens ou e-mails com ela?”

"Não."

Há fumaça praticamente saindo de suas orelhas. "Eu


posso pedir um mandato para obter seus registros
telefônicos.”

“Por que você se incomodaria em fazer isso? A última


vez que verifiquei, os telefones funcionam nos dois sentidos.
Portanto, você já tem um registro de cada texto e telefonema
que trocamos. Você diz que quer que eu te ajude a chegar ao
fundo do assassinato de Caleb, mas você está perdendo
nosso tempo me fazendo perguntas que já sabe as
respostas.”

"Por que você está sendo tão difícil?” Ele aponta um


dedo para a mesa. "Na minha experiência, as pessoas são
hostis quando são culpadas de alguma coisa. É isso? A culpa
finalmente está se estabelecendo e fazendo você atacar,
Damien?”

"Não, porque não tenho nada para me sentir culpado."

"Você tem certeza? Porque, de acordo com os registros


telefônicos da Sra. Miller, vocês dois estão sexualmente
envolvidos há algum tempo. Muito mais do que algumas
semanas e muito mais tempo do que ela e Caleb.” Ele começa
andar em volta de mim. "O irmão de Caleb afirma que vocês
eram amigos, mas sabe o que eu acho?”

"Eu realmente não me importo."

Ele fica tão perto do meu rosto que eu posso sentir o


cheiro do café em sua respiração. “Bem, você deveria se
importar porque eu acho que você estava com ciúmes do fato
de seu amigo fazer sexo com a professora que você está
apaixonado. Você estava com ciúme suficiente para matá-lo.
E foi estúpido o suficiente para tentar fazer com que
parecesse um acidente. E amargo o suficiente para fazer a
mulher que te machucou pagar por isso.”

“Uau, detetive. Há apenas um problema com sua


teoria.”

“Então me diga qual é?”


“Cain estava dormindo em minha casa na noite do
incêndio. Ficamos acordados a noite inteira bebendo e
jogando videogame. Tenho certeza de que ele iria se lembrar
de mim deixando a minha casa para invadir a sua.”

Sua mandíbula fica tensa. "Bem. Se não foi isso o que


realmente aconteceu, me diga o que ouve.”

"Como eu vou saber?”

Com um grunhido, ele começa a caminhar pela sala


novamente. “De acordo com a Sra. Miller, ela nunca dormiu
com Caleb. Ela disse que dormiu com você e Cain. Ela
também disse que vocês gostavam de amarrá-la e que vocês
praticavam atos sexuais juntos. Vocês três. Então, Damien
King, algo me diz que você sabe muito mais do que você está
dizendo.”

Merda.

Ele para atrás de mim. “Sabe, eu não queria acreditar


nela. Eu realmente tentei. Mas então você vem aqui com sua
atitude convencida, recusando-se a responder perguntas que
poderiam esclarecer algumas coisas. E de repente? Ela
começa a parecer inocente. E você e Cain começam a parecer
realmente culpados.” Ele se inclina. “Especialmente desde
que não há nenhum registro dela conversando com Caleb em
seu telefone. No entanto, você e Cain continuam insistindo
que ela estava sexualmente envolvida com ele. Por que?”

"Porque ela estava."

Eu respiro fundo. Eu estava pronto para isso. Eu sou


conhecido por dar à polícia local um pouco de trabalho, e se
eu entrasse aqui muito amigável, ele saberia que algo estava
errado.
Mas se eu o deixei pensar que me forçou a ser sincero
e que finalmente estou começando a cooperar porque não
tenho outra escolha, assim ele vai sentir que ganhou.

"Eu acho que preciso de um advogado."

"Você não precisa de um advogado se você me disser a


verdade."

“Se eu te disser a verdade, a reputação de Caleb será


destruída, e não acho que isso seja justo com ele, já que não
está mais aqui para defendê-la.”

"Você não me parece o tipo de cara que se preocupa


com a reputação de outra pessoa."

"Você está certo. Eu não me importo.” Eu pego meu


telefone antigo, o que eu dei para Cain e o que eu uso
atualmente. “Mas Caleb sim. Ele nunca usou o próprio
telefone para falar com ela. Ele usava o meu.”

"Há dois telefones na mesa."

"Eu sei. Caleb não queria que nada fosse rastreado até
ele.” A melhor mentira é a mais próxima da verdade. “Ele foi
aceito em Harvard e estava subindo na hierarquia política da
cidade, mas também tinha uma namorada. Ele não queria
que ela soubesse que ele estava a traindo. Então, por
amizade, eu dei a ele meu telefone antigo e disse a ele para
usá-lo para falar com a Sra. Miller e quem mais ele quisesse.
Porque eu tinha comprado um novo.”

“Então, a Sra. Miller estava certa. Vocês três estavam


sexualmente envolvidos.”
"Nós transávamos..." Eu sorrio. "Vou deixar os detalhes
explícitos para a sua imaginação."

Ele se senta na cadeira a minha frente. "Não te


incomodava vê-lo transar com a mesma mulher com quem
você estava transando?"

"Claro que não." Eu lambo meus lábios. "Eu gosto de ver


pessoas transando…" Eu dou um largo sorriso. “No entanto,
é aí que toda a emoção acaba para mim. Eu não me apeguei
emocionalmente a ela como Caleb fez. Relacionamentos não
são realmente minha coisa. Nunca foi.”

Sua testa enruga. “De acordo com Cain, Caleb ficou com
ciúmes quando descobriu que vocês dois estavam
envolvidos. No entanto, você está dizendo que ele estava
confortável vendo você dormir com ela.”

“Eu não sei por que Cain diria isso quando o ciúme de
Caleb era por causa do marido da Sra. Miller.” Eu engulo em
seco. "Mas você ficaria surpreso com o que algumas pessoas
fariam... Que regras elas quebrariam pelas pessoas por quem
estão apaixonados." Eu limpo minha garganta. “De qualquer
forma, Caleb provavelmente nunca contou a Cain sobre isso
porque ele não queria que seu irmão soubesse que ele estava
transando com uma mulher e outro homem. Nem todo
mundo tem um espírito livre quando se trata de sexo, e a
maioria das pessoas não se sente à vontade para falar sobre
sua vida sexual com seus familiares.”

Ele leva a caneta aos lábios. “Obrigado por sua


percepção. No entanto, ainda há mais uma coisa que não se
encaixa.”

“Qual é?”
"Por que a Sra. Miller está insistindo que estava
dormindo com Cain... E não com Caleb?”

Eu sorrio. “Por favor, detetive. Você é um homem


inteligente. Caleb e Cain são gêmeos idênticos. Por que ela
admitiria que estava dormindo com Caleb quando ela pode
alegar que dormiu com Cain? Em outras palavras, o gêmeo
que ela não está sendo acusada de assassinar.”

Ele pisca rapidamente como se o pensamento nunca


lhe ocorresse antes de ele furiosamente anotar algo em seu
bloco de anotações. "E mais cedo quando você disse que
Caleb ficou apaixonado, você quis dizer-”

"Obcecado. A Sra. Miller era tudo de que ele queria. Ele


queria que ela deixasse o marido e isso consumiu todos os
seus pensamentos.”

"Caleb já ameaçou machucar a Sra. Miller?”

"Não, a menos que ela pedisse isso." Eu estremeço, me


preparando para dirigir este barco em outra direção. "Seu
marido, o eletricista de meio período, por outro lado..."

Ele para de escrever. “O que tem o marido dela?"

“Vamos apenas dizer que a Sra. Miller gostava de sexo


violento, porque ela gostava de transformar toda a dor que
seu marido bastardo a fazia passar em prazer.”

"O marido da Sra. Miller batia nela?"

“Chutes. Socos. Apertava sua garganta até ela quase


engasgar.”

"Você já pediu a ela para denunciá-lo às autoridades?”


“Ela é uma mulher de vinte e nove anos com um
diploma, detetive. Ela sabe que pode denunciá-lo se quiser.
Ela, como a maioria das pessoas que passam por esse tipo
de situação, teme as repercussões.”

Seu olhar se revira. “E ainda assim ela encontrou


tempo para trair seu marido regularmente. A maioria das
mulheres em situações abusivas tem muito medo de fazer
algo assim.” O julgamento em seu tom é aparente. “Sem
mencionar que o seu marido fez uma segunda hipoteca para
pagar a fiança dela hoje pela manhã. Não soa como alguém
que gostaria de…” O som do telefone tocando o interrompe
no meio da frase. "Com licença, eu tenho que atender.”

Eu começo a me levantar, mas ele aponta para a


cadeira. "Sente-se.”

Relutantemente, eu volto a sentar.

"O quê?” Ele exclama, largando a caneta. "Quando?”


Ele fica pálido.

"Entendo. Eu estarei aí em breve.”

Uma sensação estranha arranha minha espinha


enquanto ele desliga o telefone e fica em pé.

"Você está livre para ir."

Eu fico parado no meu lugar. "Por quê? O que


aconteceu?”

Sua expressão pomposa de antes é agora de tristeza.


"Parece que você estava certo."

Meu estômago revira.


Eu já sei as próximas palavras de sua boca antes que
ele as diga.

“Pouco depois de saírem do tribunal, o marido da Sra.


Miller espancou-a, até a morte e depois atirou em si mesmo.”

"Parabéns, detetive,” eu digo enquanto ando em direção


à porta. "Você estava tão ocupado a culpando por um
assassinato que ela não cometeu, e me questionando sobre
a minha vida sexual, que deixou o verdadeiro assassino
escapar.”
Capítulo 30

Passado..
“Você falou com o detetive Trejo?”

"Jesus Cristo.” Meu ritmo cardíaco acelera ao som da


voz de Cain no quarto escuro como breu. "Me dê um aviso na
próxima vez."

Meus olhos se ajustam, e eu vejo a cadeira de


escrivaninha que Cain está sentado se mexer, mas ele não
se vira. Ele mantém seu foco no aquário, o que é estranho
pra caralho, porque as luzes de neon estão desligadas.

Mas Cain não é exatamente uma pessoa normal.


Nenhum de nós é.

Somos duas frutas podres em uma caixa com frutas


boas.

É por isso que não posso culpá-lo pelo que aconteceu


com a Sra. Miller. Se os papéis fossem invertidos, eu poderia
ter sacrificado alguém com quem Cain se importava para me
salvar. Nos salvar.

Como meu pai sempre diz. Você tem duas escolhas na


vida: “você pode ser o cordeiro... ou o lobo.”

Cain finalmente se cansou de ser o cordeiro.


Meu peito se contrai e eu pego a caixa de cigarros. Eu
não culpo Cain por se defender, mas é uma droga que a Sra.
Miller tenha sido pega no fogo cruzado.

Cain não quis fazer isso, eu tenho certeza. Ele não tinha
outra escolha. Era ela ou nós... E ele nos escolheu.

Assim como eu faria.

"Sim, eu falei com ele." Pegando meu isqueiro, eu


observo a chama antes de acender o meu cigarro e depois
dou longa tragada. "Ouça, eu não sei se você ouviu, mas-"

"Sra. Miller está morta.” Sua voz é fria. Desprovida de


qualquer emoção... Nem mesmo choque. "O marido dela a
espancou até a morte."

"Sim,” eu digo, sentindo a gravidade de tudo isso se


instalando no meu intestino como um tijolo. “Isso foi-”

"Como foi na delegacia ?”

Sua mudança imediata de assunto envia um pico de


irritação através de mim. “Você quer dizer além de descobrir
que a Sra. Miller morreu? Bem eu acho."

Seu suspiro pesado me diz que ele está tão irritado


quanto eu. “Você manteve a história? Ou você jogou uma
bola curva como costuma fazer?”

Eu cruzo meus braços. “Eu não joguei nenhuma bola


curva. Eu te disse, o que ia falar desde de o começo.”

“Por que?”

Meus olhos se estreitam. Não gosto que ele esteja


questionando meus motivos quando ele já sabe que tem
minha lealdade incondicional. Ou como ele parece não se
importar com a morte da Sra. Miller, considerando que ele é
parcialmente responsável por isso. E estou com medo de
perder meu auto-controle.

Passando a mão no meu couro cabeludo, eu murmuro


uma maldição.

“Você já sabe porque, Cain.”

"Porque você é um filho da puta que está apaixonado


por mim."

Não há um tom brincadeira em sua voz. Ele parece


estar fazendo uma acusação.

“Sim, bem. Mas da última vez que verifiquei, seus


sentimentos eram mútuos.”

Pelo jeito que Cain chupou no meu pau ultimamente,


eu pensei que ele já tinha superado seus problemas sobre a
nossa situação.

Eu pensei que ele percebeu, assim como eu, semanas


atrás, que o que temos essa atração estranha entre nós, não
está errada.

"Cristo.” Sua risada é antagônica. "Você é muito


estúpido, ou muito obcecado por mim para perceber."

A energia na sala se transforma em algo sinistro


fazendo meus músculos ficam tensos. “Perceber o que?”

“Pessoas podem sentir a mesma emoção por duas


razões muito diferentes,” diz ele lentamente, como se eu fosse
uma criança pequena incapaz de compreender algo tão
extenso.

Eu estou começando a me sentir como uma. Cain não


está sendo direto comigo. Ele está falando em enigmas e
depois me cortando com comentários desagradáveis... Como
um político tendo um debate com seu oponente.

Mas eu não sou oponente de Cain. Eu nunca fui seu


oponente. Somos uma equipe.

Antes que eu possa perguntar qual é o problema, as


luzes néon do meu aquário se acendem. Normalmente, eu
tenho um divisor entre os peixes comuns e minha piranha
até que ela esteja pronta para comê-los. Mas não há nenhum
peixinho no aquário. Há apenas a minha piranha na parte
principal do tanque... E o que parece ser uma nova piranha
do outro lado do divisor.

“Olhe essas duas piranhas, como exemplo,” afirma


Cain. “Sua piranha foi alimentada hoje. Ela está calma.
Relaxada. No controle. Mas a outra? Ela está com fome,
Damien. Faz muito tempo desde que ela foi alimentada, ela
está absolutamente desesperada. Nem importa o tipo de
comida que dêem a ela ou de onde vem... Ela fará qualquer
coisa para matar sua fome.”

Mais enigmas. Mais sinais de fumaça.

Algo não faz sentido nas palavras que saem da sua boca
atualmente. “Há um detalhe.”

Ele clica em um botão no controle remoto ao lado dele.


“Veja o que acontece quando as duas piranhas se
encontram.”
"Cain-" É tarde demais. A piranha faminta já está
devorando a outra. Cain gira a cadeira para me encarar.

“Duas piranhas famintas nunca podem coexistir em


um tanque, Damien. Mais cedo ou mais tarde, uma perderá.”

Sua expressão fica rígida. Há tanta animosidade


irradiando dele que eu quase me sinto tonto. “Você é
parecido com a piranha que você mantinha do outro lado do
divisor… Você me espreitava e salivava por mim por
semanas, esperando pela oportunidade certa de se
banquetear.” Ele se levanta da cadeira. "Mas você viu que
não seria uma presa fácil, então decidiu criar um momento
propício para chamar minha atenção, fodendo minha
namorada e então, quando eu fiquei vulnerável, você usou
isso para me atrair para o seu mundinho fodido. Quando eu
resisti, você me seduziu com a tentação e luxúria… Usando
a Sra. Miller como isca até que eu finalmente cedi." Ele
caminha em minha direção lentamente, me avaliando. “No
entanto, o fato de eu só participar de suas orgias não foi o
suficiente... Porque não era o que você realmente queria.
Nossa amizade simulada era apenas uma armadilha. Um
divisor que permitiu que você olhasse mais de perto sua
refeição... Porque você não ia parar de me perseguir até que
fodesse comigo.”

Cain não está errado. Eu precisava descobrir como me


aproximar dele... ver se nós éramos realmente parecidos.

Mas, para descobrir tudo isso, eu tive que convencê-lo


a entrar no meu mundo e ficar sob sua pele como ele tinha
ficado sob a minha.

Eu tinha que descobrir porque meu interesse por ele


estava me consumindo. Como uma coceira insuportável que
me mataria se não arranhasse minhas feridas.
E quando eu percebi o porquê... Ele não tinha a menor
chance de escapar de mim. Decidi que era a hora de atacar.

Eu nunca me importei com outras pessoas. Mas …


Cain é especial.

No entanto, se Cain não quisesse fazer parte do meu


jogo sujo, ele poderia ter parado antes de sair do controle.
Em vez disso, ele continuava voltando para mais.

Continuava brincando comigo.

Porque ele gosta da minha atenção. E ele anseia pelas


coisas que faço ao seu corpo.

Ele é viciado por atenção. Do mesmo jeito que eu sou


viciado nele.

“Você pode ficar aí e apontar o dedo para mim. Você


pode até mesmo acreditar que foi manipulado se é isso que
ajuda você a dormir à noite.” Dando um passo à frente, eu
fecho a distância entre nós. Eu sorrio quando sinto a
protuberância crescente ao longo de sua coxa. Eu nem toquei
nele e ele já está duro. “Mas nós dois sabemos que meu
interesse não era unilateral. Você gosta de ser minha presa.”
Inclinando-me, lambo a concha de sua orelha. “A única coisa
que você não gostou foi a ideia de compartilhar seu pedestal
com outra pessoa. É por isso que você se livrou da Sra.
Miller.”

"Você está certo." O som do seu zíper abaixando faz o


meu próprio pau endurecer. “Não é segredo que sempre tive
um problema em compartilhar meus brinquedos com outras
pessoas.”
A amargura em seu tom é inconfundível. Eu quero
lembrá-lo que isso não é mais uma competição porque a Sra.
Miller já está morta e é só ele, sempre foi ele, mas ele
pressiona meu ombro, como se quisesse que eu ficasse de
joelhos. "Agora, por que você não faz algo para me acalmar
enquanto termino o resto dessa conversa?”

Eu sacudo minha cabeça. "A conversa já acabou."


Agarrando seu pescoço, eu inclino minha testa contra a dele.
"E eu não estou com vontade de chupar seu pau." Eu afundo
meus dentes em seu lábio inferior e deslizo minha outra mão
na parte de traz de sua calça. "Eu quero te amarrar e te foder
com tanta força que você não será capaz de andar por
semanas."

Suas narinas se abrem quando começo a prepará-lo


com o dedo, e posso ver a guerra interna que ele está
travando consigo mesmo. É quase fofo, considerando que
nós dois sabemos que estarei fodendo sua bunda daqui a
pouco. Ele não pode resistir a mim mais do que eu posso
resistir a ele.

“Damien.” Sua voz é baixa, quase um sussurro


implorado. "Por favor." E então… Fico de joelhos na frente
dele.

Cain precisa de mim. Estou disposto a deixar minhas


necessidades egoístas de lado momentaneamente e dar a ele
o que ele quer. Sua mão vai para minha cabeça quando eu
puxo seu pau para fora. "Eu sabia que você faria isso." Ele
geme enquanto eu começo provocá-lo. "Você é tão obcecado
que faria qualquer coisa por mim, não é?”

Eu nunca fui submisso antes, mas o que está


acontecendo neste momento está além disso. É sobre ser
parceiro, é sobre um cuidar do outro quando for preciso.
Se Cain precisar que eu renuncie ao controle para que
ele possa se sentir melhor, eu farei isso.

Ele geme meu nome quando eu coloco seu pau na


minha boca. "Eu aposto que você me deixaria te foder se eu
quisesse."

Eu congelo. A ideia de Cain me foder nunca me deixou


excitado antes, e com certeza não deixa agora.

Ele acaricia minha bochecha. "Você deixaria eu fazer


isso, Damien?”

Eu aceno de acordo.

É o que acontece quando você encontra sua outra


metade. Você sacrifica as coisas que você quer… Ou neste
caso, não quer… Pelas coisas que fazem bem para a pessoa
que você ama.

Um sorriso puxa os cantos dos lábios dele. "Eu me


pergunto o que mais você me deixaria fazer?”

"Tudo o que você quiser."

Quero dizer isso. Cain precisa saber que não somos


rivais. Nós nunca fomos. Somos iguais. Não… Mais que isso.
Somos uma equipe.

Ele é meu e eu sou dele.

Levando-o mais fundo, começo a provocá-lo com as


mãos. Fazendo que ele dê pequenos grunhidos de prazer, que
vão direto para o meu próprio pau.
"Eu aposto que você me deixaria amarrá-lo,” ele diz.
“Deixe-me fazer de você meu escravo, cumprindo tudo o que
eu mandar, porque você é desesperado por mim.”

Eu o chupo mais forte e ele treme, empurrando seus


quadris no meu rosto. "Você faria isso, Damien?”

Liberando seu pau da minha boca, eu olho para cima.


"Se é isso que você quer.”

Ele puxa minha camisa por cima da minha cabeça e a


sacode antes que ele a jogue do outro lado do quarto. “O que
eu quero agora é te foder. Tire suas calças."

"Espere,” diz ele quando eu começo a desfazer o meu


cinto. "O que?” Seus olhos escurecem. "Eu tenho que fazer
xixi." Um sorriso maligno se espalha em seu rosto e ele
segura seu pau olhando para mim "Abra a boca.”

O órgão no meu peito bate tão forte que dói. Tudo isso
não é nada além de um jogo de poder. Um teste para Cain
ver quão leal eu realmente sou... Até onde estou disposto a
ir por ele.

Não quebrando o contato visual, eu separo meus lábios


e seguro minha respiração. Me preparando para o que está
por vir.

Sua risada insensível me confunde. “Deus, você é


patético. Não é de admirar que sua mãe fosse a merda de
uma drogada. Ela precisava de uma rota de fuga de seu filho
idiota.” Ele empurra minha cabeça para longe. “Você é tão
obcecado por mim. Tão desesperado pelo meu pau... Que não
percebeu o que realmente estava acontecendo entre nós.”
Estou tentando entender o que ele está dizendo e o que
isso significa, mas Cain está a cinquenta passos à minha
frente nesse momento. “O que exatamente eu falhei em
perceber?”

"Esse tempo todo você pensou que eu era sua presa...


Mas você era meu." Ele puxa algo do bolso. Uma pequena fita
cassete preta. “Foi bom ser bajulado, ter meu pau chupado
sempre que eu queria, e é claro, ter um álibi quando eu
precisasse de um. Mas nosso tempo juntos acabou, Damien.
Só há espaço para um de nós nesse tanque.” Eu abro minha
boca para falar, mas ele aperta um botão no gravador e
minha voz preenche a sala.

“Bem, antes das pílulas, eu teria religado um item


doméstico todos os dias... Algo simples... Talvez uma cafeteira
ou torradeira. Dessa forma, eles culpariam a fiação
defeituosa.”

“Culpar o que pela fiação defeituosa?”

“O fogo que iria matá-lo.”

Seu sorriso é tão cruel quanto ele. "Nossos caminhos


podem ter se cruzado, mas meus planos futuros não incluem
você."

Eu me levanto, o que é uma má ideia porque a sala está


girando. Estou tentando conectar os pontos... Não, isso está
errado. Já liguei os pontos, não foi difícil, mas meu cérebro
está tentando inventar desculpas para explicar por que ele
fez isso.

Mesmo que meu coração já saiba a verdade.


Isso não é um erro ou um lapso de julgamento. Ele
gravou essa conversa por uma razão, uma única razão.

Para me culpar.

E isso só pode significar uma coisa. Cain nunca sentiu


o mesmo por mim do que eu senti por ele. Ele só queria que
eu acreditasse nisso. Meu parceiro. O objeto do meu
fascínio... A pessoa que pensei ser minha recompensa por
todas as coisas ruins pelas quais passei... É um traidor.

E eu não era nada mais que um peão em seu jogo


doentio.

Esse tempo todo eu achei que Cain me fez ser uma


pessoa melhor... Mas eu o transformei em uma pessoa pior.

Assim como a minha piranha que acabou se


transformando em refeição apenas alguns momentos antes.
Eu não sabia que estava em perigo até que fosse tarde
demais.

O som de um disparo quebra o silencio do meu quarto.


Cain não está nem tremendo quando aponta uma arma para
mim. Sempre mantendo a postura calma e metódica.

Sempre no controle total. Me matar agora não o afetaria


em nada. E por que deveria? Ele foi responsável por quatro
mortes. O que é mais uma para um psicopata?

"Você tem três opções." Seus olhos brilham. “Opção


um, posso matá-lo e fazer parecer que você tirou a própria
vida por culpa, por ser um assassino.” Ele encolhe os
ombros. “Não é uma escolha ruim. As pessoas ainda vão te
odiar, mas pelo menos eles saberão que você sentiu remorso
por seus pecados no final.”
Uma onda de raiva corre através de mim e eu pressiono
minha testa na arma que ele está segurando. "O que você
está esperando? Puxe a porra do gatilho.”

Ele já acabou com tudo que eu me importei na vida,


nos últimos cinco minutos... incluindo meu poder e controle.
Ele poderia muito bem acabar comigo agora.

Ele estala sua língua. “Opção dois, eu poderia ligar para


o detetive Trejo e dizer a ele que me deparei com uma certa
gravação que encontrei no carro do meu irmão... E você pode
ir para a cadeia pelo resto da sua vida.” Ele pisca. “Pensando
bem, você pode até gostar de lá. Não é tão diferente da sua
vida agora. Você só não teria um aquário é claro. Mas você
ainda terá muito tempo para malhar e transar com
presidiários.”

Eu fico em silêncio, sentindo a raiva dentro de mim


entrar em guerra com a dor aguda da traição de Cain.

"Qual é a opção três?”

Não faz sentido ele me dar outra opção quando está


claro que há apenas duas.

Sua expressão não muda. “Eu vou deixar você viver...


Se você escolher a opção três, sairá pela porta da frente no
próximo minuto e nunca mais pisará nessa cidade, nem
sequer pensará em entrar em contato comigo pelo resto de
sua vida miserável. Porque se você fizer isso. Eu escolherei
por você a opção um ou dois.”

A terceira opção é a pior de todas.

Minha garganta queima. "Cain-”


O som da arma disparando faz meus ouvidos doerem e
por um momento, eu me sinto grato por ele ter atirado em
mim.

Só que ele não atirou. Ele mirou na parede atrás de


mim. "Saia da porra da minha vida, Damien."

Eu não movo um músculo. Se ele vai quebrar meu


coração e estragar minha vida, o mínimo que ele pode fazer
é ter coragem de acabar com isso do meu jeito.

Porque eu não quero viver em uma cela de prisão sem


a minha liberdade como um dos peixes que minha mãe
tinha.

E eu com certeza não quero viver em um mundo onde


não posso ficar com ele.

"Opção um."

Por um segundo, vejo algo passar em seu olhar, mas


depois desaparece quando ele enfia a mão livre no bolso pega
o celular.

Eu o observo com indignação quando ele coloca o


telefone no ouvido. “Ei, detetive Trejo. É Cain. Ouça"

"Eu irei embora."

Como sempre. Estou à sua mercê. Ele está fazendo a


escolha por mim.

Ele desliga o telefone. "Você tem vinte segundos."

Inclinando-me, eu pego minha camisa, esperando que


ele me diga que isso não é nada mais do que uma piada
estúpida e ele só queria ver até onde eu iria por ele.
"Cain." Apesar da arma que ele está segurando, eu
avanço para frente. O mais perto que eu posso chegar dele.
Talvez ele precise ouvir alguém dizer isso.

"Eu amo-”

Uma corrente de líquido quente satura minhas roupas


antes que um leve cheiro de amônia encha minhas narinas.
Eu olho para baixo em choque.

Cain está fazendo xixi em mim... Como se ele fosse um


cachorro e eu sou um maldito hidrante.

"Você tem dois segundos para ir embora, ou eu vou


ligar para o detetive Trejo de volta." A arma em sua mão
treme enquanto ele continua urinando, apontando para
minhas calças e meus sapatos. “Eu nunca te quis, e com
certeza nunca te amei, seu viadinho maldito.”

O coração que eu não tinha certeza que tinha até que


me envolvi com Cain se quebrou quando saio do meu quarto.
Deixando nada além de um buraco no meu peito.

Um buraco aberto em meu coração agora está tão cheio


de veneno. Se Cain pensou que eu estava obcecado antes, ele
não tem ideia do tipo de veneno que sua mágoa e traição
desencadearam dentro de mim.

Às vezes a única diferença entre amor e obsessão é um


coração partido.

E infelizmente para Cain... Não há mais amor.

Há apenas escuridão. E a necessidade de vingança.


Mas ameaçá-lo não é será o suficiente. Muito menos
estourar sua cabeça com uma bala.

Não… Vou esperar o tempo passar e deixar que Cain


conquiste sua vida perfeita. Eu vou deixar que ele esqueça
de mim.

E então... Quando ele estiver feliz. Quando ele estiver


perto de conseguir tudo o que sempre quis.

Quando ele finalmente se apaixonar... Ou, no mínimo,


quando tiver alguém muito importante em sua vida.

Eu vou voltar.

Porque a melhor maneira de machucar alguém, a única


maneira de fazê-lo realmente pagar e sofrer por seus
pecados... É atacar quando menos esperarem.

E depois destruir tudo o que ele sempre quis... Tudo


com o que se importou. Até que ele não tenha mais nada.

Continua…

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