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Tudo para Dar Certo (Serie Os Canalhas Do - Brenda Paiva
Tudo para Dar Certo (Serie Os Canalhas Do - Brenda Paiva
objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem
como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É
educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer pessoa. Você pode encontrar
Esse livro tem não o intuito de ser uma história pesada, mas
pode conter alguns temas sensíveis, como abuso e maus
tratos infantis, relacionamento abusivo, depressão,
tentativa de suicídio, luto, crise de pânico, abuso de bebidas
alcóolicas e drogas ilícitas, cenas explicitas de sexo e
violência.
Dedicatória
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
EPÍLOGO
AGRADECIAMENTOS
AVALIE
JOHNNY JACKSON
alguém?
Era definitivo, a garota falava alto pra cacete, não sei como
a garganta aguentava.
— Qualquer coisa?
Deus, a garota falava alto pra caralho, o riso dela era dez
vezes pior.
Se foi.
— Não consigo acompanhar suas mudanças de humor,
garota.
— No momento? Você.
— Amber Foster.
— É Bethany.
AMBER FOSTER
Dias atuais
— Talvez.
— O que?
— Não se...
— Não, você sabe que ela não gosta dessas coisas, deve
estar lá em cima acendendo um incenso — respondi.
— Você não tem ideia, toda vez que fazemos qualquer coisa
aqui, Maddie enche a casa de incenso, para “tirar as más
energias”.
— riu Bethany.
problema era que Bethany não falava isso para ele, ela
descontava esse tipo de coisa em Scar.
Meu namorado?
para mim.
— Foi essa puta que me convidou pra vir aqui, eu não tive
culpa — Tim acusou enquanto vestia sua camiseta.
— Não sei o que aconteceu aqui, mas seja o que for, Scar
não é culpada. — Maddie se virou para Bethany, a
afrontando.
Ela vestia um macacão jeans, sujo de tinta, e segurava um
incenso, que estava soltando fumaça.
pontuou Maddie.
— Ela deu em cima dele ou foi isso que ele disse a você? —
continuou Maddie.
— O que ela fez comigo? Tim não é nada meu, mesmo que
eles tivessem transado, isso não é nada.
— Be, por favor, você não pode expulsar Scar. Ela também é
sua irmã.
Revirei os olhos.
— Amber, por favor, você não pode sair, esse lugar não vai
ser o mesmo sem você. — Emily apertou minha mão.
Gostava de todas elas e odiava estar fazendo essa
chantagem, mas era necessário. — Você está nos trocando
por ela? Ela não é sua amiga, estava com seu namorado.
choramingou Scar.
— Acho que não deu pra eles tirarem foto, foi muito rápido,
se conseguiram vai ficar borrada. — Tentou consolar Sienna,
pegando sua mão.
Dei de ombros.
Sienna ironizou.
Sienna bufou.
AMBER FOSTER
Não o lembrei que não foi a única vez que fiquei puta.
— Até agora não acredito que não viu o show, onde você
estava mesmo? — Scar perguntou observando as ruas do
nosso novo bairro.
Ao que tudo indica ontem teve uma festa das grandes ali.
— Quem te contou?
— Scarlett! Pois a minha melhor amiga não se dignou a me
contar, estou sentida.
brinquei.
— Levanta?
— Sim?
sugeri.
— Te amo.
Poderia ser meu pai, mas eu não passava pano para ele.
Sou uma feminista convicta, sem hipocrisia, sempre tento
ser amiga de todas as mulheres. Lógico, que isso nem
sempre era possível, não tinha como forçar uma intimidade
quando não dava, mas eu sempre me mostrava disponível e
aberta a ser amiga de toda mulher. Com Lindsay não foi
diferente, ela foi muito julgada por ter casado com meu pai,
ganhou o estereótipo de interesseira e superficial. Se ela é
isso? Eu não sei, simplesmente não me sinto no direito de
julgá-la, só sei que ela é uma das melhores pessoas que já
conheci, linda, divertida, uma ótima amiga e eu a amo.
— Eu sei disso.
— Vão falar de você, vão dizer que você está sendo ingênua
e trouxa por continuar me defendendo.
— Drake Cross.
— A própria — respondi.
JOHNNY JACKSON
Senti uma mão morna passar pelo meu peitoral e descer até
minha cueca, apertando meu pau já endurecido. Abri os
olhos e me deparei com um par de peitos enormes, os bicos
marrons durinhos para mim e um rio de cachos negros
descendo por entre eles.
Levantei da cama depois que ela saiu para dar uma olhada
no celular... Porra! Definitivamente já estávamos atrasados
para primeira aula.
— Sei...
— Ah — soltei debilmente.
— Não é bom. Ela não sabe e não sei o que fazer — Benny
suspirou e parecia derrotado. Devia ser difícil mesmo, Benny
era extremamente tímido. Mas o que ele queria que eu
fizesse?
— Não, você não ficou com ela. Mas você meio que não
gosta dela.
6. É escandalosa.
7. Tinha mudanças de humor descontroladas.
8. Gargalhada descompensada.
10.
Desentendimento bobo.
AMBER FOSTER
Tudo que queria era que o dia acabasse logo. Era pedir
muito? Pelo jeito era. Não tinha dado nem nove horas da
manhã e já estava exausta. Arrumar uma casa
relativamente grande cansava.
— Vamos torcer.
— Tá linda, Coca-Cola.
JOHNNY JACKSON
— Tem umas mil meninas aqui, tem que ser ela? — Apontei
para a criatura que ainda se contorcia em risadas.
— Sim, para não ficar muito óbvio. Não quero que ela saiba
que estou a fim dela, seria constrangedor. Se você a
convidar, chamar mais pessoas, não vai parecer um
encontro.
— Tá — resmunguei irritado.
Parece que vou ter que convencer Amber a sair comigo. Que
maravilha.
AMBER FOSTER
Oi? Ele estava nos chamando para sair? O que era aquilo?
— Estou ocupa...
Sútil Nelly.
— Que hora você está livre? Algum momento você tem que
ficar livre. — Ele estava gostando de me ver enrolada para
arrumar desculpas, podia sentir.
— Eu não disse...
Ok. O que aconteceu aqui? Vou sair hoje com o cara que
briguei e depois nunca mais falou comigo? E o que ele quer
comigo?
AMBER FOSTER
Não vou ficar analisando o porquê disso, mas só sei que vou
ficar impecável.
“depois não diga que não avisei”, “você vai quebrar a cara”,
“ fique de olho aberto”, “ela não é confiável”.
Dói? Sim. Gosto delas, mas não vou abrir mão de defender
minha amiga. O melhor a se fazer é simplesmente não ler
os comentários.
JOHNNY JACKSON
Cara, isso vai arder pra caralho mais tarde. Mas como se
não fosse o bastante, Colin estava de quatro na borda da
piscina passando chantilly na bunda vermelha de Tyler,
enquanto Taylor filmava tudo.
Puta merda.
É, Benny, eu te entendo.
De repente, minhas mãos estavam coçando para tocar a
pele das suas costas, deveria ser macia... Parecendo sentir
meu olhar, ela
— Oi.
— Se você diz...
— Era só um drink.
— Ótimo.
— Claro que não, seu babaca! Deixo todo mundo pegar nas
minhas coisas — ela gritou e algumas pessoas que estavam
perto olharam para nós. Assim que ela se tocou do duplo
sentido da frase, começou a rir.
— Se estressa sim.
— Se estressa...
— O que?
— Deu de ombros.
Acho que me contar isso foi seu jeito de pedir desculpas. Ela
ia fechando a porta quando a chamei.
— Amber.
— Sim?
— Pra você saber, seu drink estava ótimo. — E esse foi meu
jeito.
Eu: Tá de brincadeira??
— Oi Abby — cumprimentei.
— Estive ocupado.
Ah, foda-se!
Deus, o que viria agora? Diria que a traí com a sua melhor
amiga? Que temos gêmeos?
AHH, Já chega!
— Ai... Ai... Você tinha que... ver sua cara. — Ela tentou
recuperar o fôlego.
— Qual é o seu problema? Realmente pensei por um
segundo que você fosse normal! — falei irritado.
Eu: APAREÇA.
JOHNNY JACKSON
— Sei.
Não deveria, sei disso, mas não resisti a espiar o seu decote
no vestido, a curva dos seus belos seios se formando.
Ela seguiu meu olhar e viu para onde estava olhando, uma
expressão divertida preencheu seu rosto, e ela falou ainda
segundo o taco na mesa.
deve ser por isso que não me saí bem na primeira tacada —
Ela contou alisando sugestivamente seu taco.
Garota provocadora.
— Você pode me dar o seu taco? Ele parece mais firme que
o meu — pediu minha pequena jogadora, que parecia não
desistir fácil.
Era uma delícia passar minha mão áspera por sua pele
macia e lisinha. Continuei fazendo círculos com o polegar,
vendo-a se contorcer levemente, sua respiração pesada era
o único som ali. Ela estava pronta para gemer para mim, e
eu queria ouvir bem baixinho no meu ouvido.
Que porra, hein. Estava muito duro, louco para bater uma,
estava com vontade de inclinar o quadril para frente, lhe
dar uma cutucada com meu pau em punição. Mas não faria
isso, ela veria como estou duro por ela.
senti-la.
— Sei...
Dei de ombros.
Não sei o que tinha de tão bom nisso, mas ela parecia tão
descontraída o tempo todo, que era gostoso vê-la se irritar
assim.
— Foi você que me chamou pra vim aqui! — Ela passou por
mim caminhando em direção à entrada.
— Seu babaca!
— Quem está sendo difícil aqui não sou eu. Não pode
chegar dizendo pra mim como vou embora pra casa. Tem
que pedir —
explicou.
Suspirei.
— Não.
Ele era alto, tinha a pele negra e cabeça raspada, acho que
ele jogava futebol, mas não tinha certeza. Ele alternou o
olhar entre mim e ela, estranhando nos ver juntos.
— Steven! — ela chamou feliz. — Graças a Deus, você já
está indo embora?
— Vou sim.
alfinetei.
— E eu preferiria...
AMBER FOSTER
— Ele é — suspirei.
— Se mudasse.
— O que?
AMBER FOSTER
Senti as mãos que tanto amava pentearem meu cabelo e
molharem o meu rosto, elas passeavam acariciando minhas
bochechas.
Pena que o amor não dura, pena que uma hora ele acaba,
pena que não existe o para sempre, apenas um breve e
momentâneo por enquanto.
JOHNNY JACKSON
De: johnny.jackson@gmail.com
Para: bruce.nolan18@gmail.com
Caro Bruce,
Enfim, não sei mais nada sobre você, não sei por onde você
anda ou como está, mas espero que esteja feliz. De
verdade.
Boa noite.
Eu: Vou.
Benny: Não sei, acho que elas foram expulsas. Teve uma
confusão.
Tyler: Posso.
Tyler Hunt era o único da casa que não jogava hóquei, ele
era mais o gênio da informática, era nosso hacker
particular, sabia tudo de computação. E de maconha. Nunca
conheci uma pessoa para ter mais alucinógenos,
afrodisíacos e drogas em geral, do que ele.
Eu: Ah Drake, eu sei que você sabia que ela é nossa vizinha.
Eu: Foda-se.
“espetaculares”?
Eu: E mais uma coisa: Não vamos nos envolver com nossas
vizinhas.
Colin: E maconha?
Colin: Uma pergunta. Por que quer sair com essa garota?
AMBER FOSTER
Scar: Me distraia.
Scar: Fechou.
Deveria saber que iria dar nisso, tinha muita gente no bar
ontem a noite, muitos estudantes da Brown. Para falar a
verdade, Providence em si é um lugar cheio de
universitários.
— Quem?
— Tim Stone.
Sabia que ela não tinha nada a ver com isso, podia odiar
Scar como fosse, Bethany nunca faria isso com outra
pessoa, ela tinha um milhão de defeitos, mas não descia tão
baixo.
arrisquei.
— Eu sei.
O ignorei.
ESTÃO AQUI!
Por Deus, creio que toda a vizinhança sabia disso agora. Ela
já estava se preparando para gritar de novo, quando Colin
se apressou a interrompê-la.
— Ele está com a bunda assada — Drake riu e Tyler lhe deu
o dedo do meio.
Bufei.
Não, a última coisa que precisava era que Tyler desse seus
brownies para nossas vizinhas, podia ter tudo neles.
— Não é verda...
— Graças a Deus.
— Mas se tivesse eles seriam educados. Não fariam cocô na
porta dos vizinhos.
— Não, mas seria bom contratar um. Pra eles e pra você
também.
— Vá à merda, Johnny.
— Então peça.
resmungou.
Fodão.
— Passei trinta minutos tentando botar a camisinha —
revelou e comecei a rir. — Depois disso, quando entrei nela
não durei trinta segundos.
— Ela ficou. — Ele riu também. — Você tinha que ter visto a
cara dela quando gozei, acho que queria me bater.
— Profundo.
— Não. Nunca.
— Ah, sua...
JOHNNY JACKSON
— É só uma sugestão...
— Ainda não tem data definida, mas não deve demorar, eles
estão tão apaixonados...
Thomas Jackson era o meu maior fã, desde que coloquei uns
patins nos pés ele reconheceu meu talento e investiu tudo
nisso.
Tive que usar tudo de mim para não a beijar no dia que caiu
em cima de mim. Depois daquele dia tive que passar a
evitá-la, ou era isso ou cometeria uma besteira.
Cara, ela estava tão linda. Parecia um anjo. Seu vestido era
curto, meio solto, de mangas compridas, o tecido se soltava
quando chegava nas mãos, fazendo as mangas parecerem
asas. Ela usava uns brincos prata, e estava tão
malditamente perfeita que senti meu coração acelerar.
Quando seu olhar cruzou com o meu ela me deu aquele seu
sorriso bobo e acenou animadamente para mim. Sorri de
volta para ela, era impossível não sorrir de volta. Senti uma
súbita vontade de caminhar até ela e abraça-la, como se
estivesse com saudade... Que tolice.
brinquei.
— Benny! Não sabia que vinha! Até chamei Nelly, mas ela
disse que estava estudando hoje. — Ela deu um beijo no
rosto dele, o manchando de batom.
— Vamos virar?
— Na hora.
provocou Amber.
— Ouviu isso, Colin? — gritou Drake fingindo estar ofendido.
— Fechou.
AMBER FOSTER
— Cadê o Michael?
— É a cara dela.
— O copo azul.
JOHNNY JACKSON
Que diabo era isso? Não sabia o que tinha acontecido aqui,
mas só tinha uma certeza nessa vida. Tão certo como o sol
vai nascer amanhã. Isso, de alguma forma, era culpa do
Colin.
Qualquer coisa.
— TYLER!
Ele acordou na mesma hora assustado.
Sério?
— Ela vai ficar assim por uma meia hora no máximo, depois
vai voltar ao normal — Tyler contou bocejando, querendo
dormir de novo.
— E Drake?
— Scarlett?
JOHNNY JACKSON
Passei meu braço por Amber, a puxei para mim e ela veio
de bom grado. Deveria estar sonolenta, pois colocou a
cabeça no meu ombro e os braços à minha volta dentro do
carro.
— Não. Não sei. Mas sei afundar, sei cair fundo. Sei afogar
—
ela disse sem olhar para mim. — Sei sentir a água entrar e
ficar desesperada.
— Não.
— Entro.
Tirei minha calça e fiquei só de cueca boxer. Não me
preocupei em ligar as luzes, acho que gostei de ver os olhos
dela sob a luz da lua e da piscina.
— Muitas.
Você também.
Simplesmente maravilhoso.
— Sim?
— Maddie te adoraria.
Subi com ela comigo até meu quarto, e peguei uma toalha
para nos enxugarmos, só então Amber desenrolou as pernas
da minha cintura e virou de costas para mim. Sua bunda
deliciosa à vista pela calcinha e meu pau já endureceu,
mesmo com o frio da noite.
Assim que ela entrou tirei minha cueca molhada, vesti uma
calça moletom e desci na cozinha para pegar algo para ela
e trazer seu vestido e sapatos de volta.
— Como assim?
AMBER FOSTER
Me sentei na cama.
Vesti o meu vestido e fui até a minha casa, que por sinal
estava muito silenciosa. Sienna e Scar não dormiram ali e
Maddie estava pintando no seu quarto.
— Ok.
— E por que você não falou lá, seu idiota? — rosnou Johnny
para ele.
— Adotar um cachorro.
AMBER FOSTER
Eu: Tenho algo pra falar, mas vocês prometem que não vão
surtar. Ok?
Mila: Tá grávida?
Eu: Tem outro, mas ele não joga hóquei, irmão do Taylor.
Chloe: AI MEU DEUS.
Eu: A questão é que eles vão dar uma festa hoje e deixaram
convidar vocês.
Bethany: FEITO.
Pelo jeito, ela não queria falar disso, então decidi mudar de
assunto.
aconselhou Sienna.
— Dê uma chance pra esses caras que você sai, pelo menos
os conheça. Não pode esperar que a pessoa certa
simplesmente caia do céu — sugeri, mas assim que fechei
minha boca um homem caiu bem na nossa frente!
O que?
O cara caiu de cara para o chão, com a bunda vestida em
uma calça jeans virada para nós, ele caiu quase em cima da
Maddie.
JOHNNY JACKSON
Eu: O pé já melhorou?
Eu: Não.
Eu: Pra falar a verdade, queria conversar sobre isso.
Nem que fosse para me xingar, mas sabia que aquilo não
aconteceria.
Mas não deu certo, ele caiu. Bem no meio das meninas,
especificamente, quase em cima da ruiva.
Pelo olhar que a garota deu a Colin dizia que ela pensava
exatamente isso.
Muito.
— Colin...
— Não — ele me interrompeu. — O que essa vela que
amassou meu pau significa, hein? Vocês não podem estar
querendo achar isso tudo normal. — Ele andou até onde
estava a vela. — Tem alguma coisa de muito errado com
essa garota.
O que?
Olhamos mais uma vez para Maddie, que tinha o olhar mais
inocente que já vi na vida.
AMBER FOSTER
Era incrível como ele tinha presença, não sei explicar, mas
parecia que sentíamos quando Johnny chegava em algum
lugar. As pessoas olhavam para ele com admiração ou
desejo, e nem acho que se referia ao hóquei ou a sua altura,
mas era algo que exalava dele, o jeito que andava, a
confiança, o olhar duro. Tudo.
Ele olhou ao redor procurando algo até seu olhar cair em
mim, assim que ele me viu um sorriso involuntário nasceu
no seu rosto, e eu sorri de volta para ele.
— Meu Deus, Amber, por que está gritando desse jeito? Não
somos surdos — Tyler resmungou fumando sua maconha,
enquanto um monte de gente começou a me indicar onde
ficava o banheiro e a música começou a tocar de novo.
Aquilo era tão bom, não sei explicar o que tinha no ato de
entrelaçar nossos dedos, mas parecia algo especial para
nós. Ele passou o polegar pelo meu pulso e me perguntei se
ele o sentiu acelerar.
Montar em você.
— Sim, convicta.
— Você sabe que agora vou ter que te obrigar a assistir uma
partida de hóquei, né? — Ele se virou para mim falando
muito sério.
— Não sei por que acho que vou me arrepender disso — ele
reclamou.
debochei.
— Você pode ficar tentando fazer esse seu jogo sujo, mas
não vai colar. — Sorri tentando me concentrar enquanto ele
me empurrava de leve. — Ganhei!
— provoquei.
Preparada?
— Sim.
— Tenho certeza que quem está melado aqui, não sou eu.
— Johnny...
— Amber...
Eu não sei quem veio primeiro, mas nós dois nos atacamos
de uma vez e eu fui jogada na cama.
contato das mãos quentes dele nos meus bicos durinhos foi
insuportavelmente gostoso.
Ele segurou meu rosto com as mãos e seu beijo foi ficando
mais suave.
— Johnny.
— Oi, princesa.
— Johnny...
— O que é? — respondeu.
— Johnny...
Revirei os olhos.
— Qual o nome? — perguntei.
— Dark.
— Johnny...
AMBER FOSTER
— Ei, onde você foi parar ontem? — Tyler virou-se para mim
desconfiado. — Disse que ia ao banheiro e nunca mais
voltou.
— Meu Deus, quem foi que fez esse café? — Johnny elogiou
abismado.
Ele foi tão enfático que tive que acreditar nele. Podia fazer
isso. Suspirando olhei para os pedais confusa, sem me
lembrar da função de cada um.
Cretino.
JOHNNY JACKSON
Eu também estava.
Tyler disse.
— E por que você não cala a sua boca? — devolvi para ele.
Colin soltou.
— Não! Ninguém vai dizer mais nada aqui! — gritei, não iria
apartar outra briga.
— Bem, eu me...
Era definitivo, se ela não tinha amigos, agora tem. Por mais
que fossemos canalhas declarados e ela muito linda,
nenhum de nós demonstrou que tinha qualquer interesse
romântico nela. Acho que era a primeira vez que
experimentaria como era ter amizade masculina sem
segundas intenções.
— Você que tem que dizer para ela se cuidar. — Sorri para
ela
Ela quis dizer alguma coisa, mas não disse. Eu também não
falei. Só continuamos a nos olhar e tinha tudo ali, tudo.
Tinha alguma coisa no verde dos seus olhos que me atraia
para eles.
AMBER FOSTER
Então escrevi.
Era isso. O problema era... Não estava tudo bem. Achei que
tinha acontecido algo, não sei exatamente o que. Mas achei
que a gente tinha achado uma sintonia, uma conexão.
Que tolice, Amber. Mas ele foi tão carinhoso, tão amoroso...
Benny: Claro.
Sabia que uma hora teríamos que nos cruzar e estava com
medo disso. Não queria que ele percebesse que eu estava
magoada, queria parecer indiferente, como se não tivesse
notado o seu sumiço.
brinquei.
— Eu te levo — informou.
— Na minivan?
caminhei até ele, que abriu a porta do carro para mim como
um cavalheiro, mas antes de fechar a porta roubei o seu
boné e o coloquei na cabeça. Ele se limitou a passar as
mãos no cabelo, bagunçando-os.
— O que?
— Quero. Sei que são bons — disse com tanta certeza, como
se fosse óbvio, que meu coração se aqueceu.
— Amber?
— Não interessa...
— Sei, mas não quero perder meu tempo com isso — falei
puxando Johnny para longe do Tim.
Mas fiz o que ele queria, pois Tim ficou feliz por eu ter dado
alguma atenção a ele.
— Olha aqui, seu bostinha, ela não quer falar com você. —
E eu comecei a rir.
Senti meus olhos marejarem por ver como a pessoa que era
para me amar me tratava. Limpei uma lágrima com as
costas da mão. Ela nunca falou comigo, nem mesmo para
pedir desculpas e agora me mandava um ultimato? Pedindo
dinheiro?
JOHNNY JACKSON
Ver que cheguei a magoá-la me deu uma dor física que não
saberia descrever, acho que preferiria que cravassem uma
faca em mim do que ver aquela expressão no seu rosto de
novo, tentando
Não sei exatamente o que diria, que queria furar o seu olho
ou que o traí, mas tinha que me tirar disso, não podia mais
ficar longe dela.
Acho que tentaria convencê-lo a desistir de novo, conhecer
outras garotas, ou se ele se recusasse, iria dizer que não
poderia mais ajudá-lo. Iria cair fora daquela missão e pegá-
la para mim.
— É isso que você faz quando vem pro seu quarto? Espia
nossa vizinha carregando caixas? — Coloquei as mãos no
quadril abismado.
O que?
AMBER FOSTER
Estava lotado.
Entregar o que?
— Não, mas não quero mais ele perto da Sienna — ela falou
me puxando para longe.
controlar a provocação.
— Tá, vou resumir. Seu pai não dormiu em casa ontem, não
sei onde ele se meteu, simplesmente chegou hoje de
manhã com perfume de outra mulher! — Senti meu coração
doer por ela. — Ele jura que não aconteceu nada, mas não
vou ficar nisso. Enfim, estou te comunicando que vou
desaparecer.
— Já fiz minhas malas e vou dar uma volta por aí sem avisar
a ele. Como forma de troco, sabe? — Lindsay falou animada
e sorri da sua ideia de vingança.
— Sim, querida?
— Ah, não se preocupe com isso — ela riu. — Colin vai dar
um jeito de passar o disco pra ele, e aí você vai ver o show
acontecer.
JOHNNY JACKSON
Não que isso tenha sido discutido, mas assim que falasse
com Benny, seria.
Talvez seja só uma ilusão, não sei. Você pode estar confuso.
— Por quê? — Foi tudo que ele perguntou. — Por que está
fazendo isso comigo? O que ganha com isso?
— Não sou melhor do que você. Nunca fui, Benny. Não sei
explicar o que aconteceu comigo — tentei explicar, e senti
minhas mãos suarem de nervosismo e agonia. — Eu só
penso nela. — Abri os braços perdido. — Durante todo o
tempo. E é algo tão forte que
me assusta. Não consigo controlar, todo dia me pego
precisando mais dela, às vezes tenho medo de onde isso vai
parar, mas não consigo mais. Não é uma brincadeira. Isso é
sério, acho que nunca falei tão sério na vida. — Olhei para
ele, abrindo o meu peito. —
Justo ela?
Mas não conseguia mais. Não dava para mentir para ele,
não dava para mentir para mim.
AMBER FOSTER
— Por que o que sinto por ela é tão forte que parece quase
impossível que ela sinta o mesmo. — Ele ergueu o olhar
para mim.
Acho que ele sentiu a mesma necessidade que eu, pois sua
pegada ficou mais forte e seu pau me cutucou com vontade,
dando uma roçada. Ele caminhou comigo, já sem paciência
e me colocou na cama.
— Johnny...
— Amber...
— Oi.
Ele ficou tenso quando percebeu que entrei, mas não disse
nada. Sua respiração ficou mais pesada e suas mãos
pararam de passar o shampoo no cabelo.
O abracei por trás, deixando a água que caía nele me
molhasse também, minhas mãos desceram pelo seu
abdômen definido até chegar ao pau duro e erguido. Passei
os dedos no seu cacete gostoso, o segurando firme e Johnny
apertou meus braços, não sabia se era para me impedir ou
pedir para continuar.
JOHNNY JACKSON
Colin ironizou.
— Sim, meus chifres estão tão altos que nem sei como
passei pela porta. Mas não vamos falar sobre isso. — A
mulher dispensou o assunto com um aceno e pareceu
observar eu e o meninos pela primeira vez, olhou com
interesse de cima a baixo cada um. — Por favor, me digam
que são os seus namorados! — Colocou a mão no peito
dramaticamente.
Ok. O pai da Amber era rico ou sua madrasta era. E não sei
por que, isso me desconsertou por um momento.
— Eu não sei como, mas você tem alguma coisa a ver com
isso! — gritou o homem no telefone.
— Não sei, ela não me disse nada... Aliás, soube que vou
ganhar um carro — revelou Amber sorrindo.
Olhei para Amber como quem diz “agora entendi onde você
aprendeu a fazer teatro” e ela sorriu convencida para mim.
AMBER FOSTER
Não sei como ela estava fazendo para não deixar rastros do
seu paradeiro com tantas compras, mas ele até agora a
procurava.
rindo, mas sei que não ia demorar muito até que meu pai
aparecesse na minha porta para buscar sua esposa.
Estava cada vez mais envolvida por ele, assim que o via
pela manhã ficava tão feliz que me sentia uma criança
recebendo presente de natal. Era tão carinhoso, não perdia
a oportunidade de andar de mãos dadas ou me abraçar em
público. Ele até mudou o meu nome de contato no celular
para “minha princesa”!
Era até patético o tanto que ansiava por vê-lo durante o dia.
ofereci.
Sentei.
O que achou?
— Sim?
JOHNNY JACKSON
— Madison...
— Juro que não é isso que você está pensando. — Foi tudo o
que Colin disse, fazendo o policial pensar justamente o pior.
— Mas o que é esse pó? — o policial mais velho foi até Colin
desconfiado e passou o dedo no seu rosto.
JOHNNY JACKSON
— O que?
Ela ficou ao lado do homem que agora soube ser seu pai. É,
não era um bom jeito de começar as coisas ali.
Lindsay acusou.
Não acreditei. Ela não estava bem hoje, mas iria ficar por
perto para caso precisasse de mim. Bastava ela me chamar
que iria ao seu socorro.
AMBER FOSTER
Não fiquei procurando por ar, não senti a água entrar nos
meus pulmões, simplesmente deixei a água me levar mais
para baixo.
Só que não estendi a mão para ele, eu não podia mais ser
salva, atingi o fundo, não tinha mais como sair dali.
Não sei como, mas alcancei a superfície. Não sei como, mas
cheguei à borda. Não sei como, mas consegui cuspir a água
dos meus pulmões. Não sei como, mas o sol ainda brilhava
sobre mim. Não sei como, mas o meu anjo sumiu.
E não sei como, mas nunca esqueci dos seus olhos e sentia
que ainda mergulharia neles de novo.
explicou.
Não sabia explicar, mas precisava dele. Não sei o que era
isso que tínhamos, mas sentia que se eu despedaçasse, ele
seria a pessoa que juntaria os meus pedaços depois.
Ela fazia de tudo pra minha saúde ficar ruim, piorava minha
alimentação e me deixava magra, sem dormir, me forçava a
tomar remédios que faziam meu cabelo cair. — Passei a
alisar o seu cabelo
— Ela não merece que você chore por ela, meu amor — ele
frisou me beijando. — Você fez terapia depois disso?
Sentia-me forte.
JOHNNY JACKSON
— Você tem uma rotina pesada de treino, não vai ter tempo
pra gastar com isso...
Não sabia como, mas faria. Faria qualquer coisa por ela, o
que me pedisse era seu.
—Tenho que ir pra aula já, não vou poder passear com os
cachorros hoje — resmunguei no seu pescoço e apertei mais
meus braços na sua cintura, sem querer soltá-la.
— Não a vi, mas sabia que ela estava com aquele sorriso
travesso que amava.
Não era fácil sair dali sabendo que ela continuaria dormindo
nua na cama.
Ah, foda-se. Fui até ela de novo e a beijei mais uma vez,
sentindo meu pau endurecer.
— Até imagino o que você teve que dar pra ele em troca —
alfinetou o babaca.
Quando virei confuso para trás, vi Scarlett indo até Tim. Ela
baixou sua cueca e o empurrou no chão em um só
movimento.
Ele se atrapalhou para se levantar e puxar a peça, mas o
processo demorou, e era tarde. Todo mundo já tinha visto
seu pinto murcho.
disposto a esperar o tempo que fosse, até fazer com que ela
sentisse o mesmo por mim.
AMBER FOSTER
opinei suavemente.
avisei.
— Ele fez. — Sua voz saiu firme. — Pedi pra Tyler investigar
quem tinha espalhado quando descobri sobre os nudes e ele
me disse que foi o Tim.
— Não sei, acho que estava com raiva por ela não ter
confirmado a história que contou — Johnny deu seu palpite.
— A questão é que contei pra Scarlett quando saí daqui de
manhã e fomos na fraternidade dele. Resumindo tudo, ele
foi expulso.
Revirei os olhos.
Ele chegou olhando para mim animado, mas assim que viu
Drake seu rosto murchou. Acho que queria contar a fofoca
primeiro.
Nenhuma novidade.
Não sei por que, mas me deram a caixa para segurar, então
eu estava no centro, com todos olhando para mim e
esperando que dissesse alguma coisa. Virei exasperado
para Colin em busca de auxílio, pois foi ele que inventou
aquilo.
— sugeriu Drake.
Toda vez era a mesma coisa. Tinha que sair escondido para
fazer as compras, porque as crianças da casa queriam levar
doce.
AMBER FOSTER
AMBER FOSTER
Ela estava acabada. Pensei que aquilo fosse me trazer
algum tipo de satisfação, mas não trouxe.
— Já estou nele.
Dei um tapa nela. Não foi forte, mas dei. Acho que nunca na
minha vida bati em alguém. Mas não me arrependi, ela não
ia falar da Lindsay na minha frente.
Não reagi. Não iria protagonizar uma briga, não queria bater
em ninguém, queria apenas ir embora. Queria fugir, não
sabia fazer aquilo.
Sabia que ela tinha ficado para trás e que não tinha mais
ninguém me perseguindo. Mas não parei, continuei a
caminhar.
Johnny: Princesa?
Ele digitou mais uma vez, mas não enviou mais mensagens.
Nem eu.
Continuei no chão, sentindo meu corpo se acalmar da
adrenalina. Eu só queria correr para ele, só queria deitar
minha cabeça no seu peito e ouvir que tudo ia ficar bem.
Deixá-lo expulsar todo o mal de mim, mas eu não podia.
Acho que foi aí que decidi finalmente lidar com aquilo. Acho
que foi ali que surgiu uma coragem em mim. Ela atrapalhou
minha
infância, parte da minha adolescência foi perturbada e
minha vida adulta era cheia de pesadelos. Mas alguém
estava me ensinando a nadar, eu iria ser forte por mim e
por ele.
JOHNNY JACKSON
Eu: De verdade.
— Alô?
Eu a amava.
Quase caí para trás com a força com que ela se jogou em
mim, mas a peguei. Sempre a pegaria. Sempre, porra.
Nunca me deixe.
Decidi confrontá-la.
— O que aconteceu?
Fui covarde.
faz fraca, você pode chorar, pode decidir andar sem rumo
pela cidade, é o seu jeito de reagir, mas isso não quer dizer
que não sabe se defender. Você sabe. É uma mulher forte,
mas do seu jeito.
— Johnny...
— Minha princesa.
E sempre será.
AMBER FOSTER
Fechei os olhos para sentir o sol no meu rosto. Meu cabelo
estava por todo lado, dançando com o vento.
Essa última semana fora agitada para nós. Fomos falar com
um advogado para ver a possibilidade da Margo ser julgada,
mas nada foi como queríamos. O primeiro problema era que
tinha passado muito tempo do crime, então eu teria que
provar em júri os abusos. O segundo problema era que
aquelas provas, além do meu depoimento, dependiam de
todos os relatórios de terapia que fiz ao longo dos anos.
mas que não garantiam nada, já que fazia mais de três anos
que não funcionavam.
Que para mim, era algo que não servia para muita coisa na
prática. Se alguém quisesse me fazer mal, faria, não seria
um pedaço de papel que impediria isso. Só se ele viesse
com um segurança particular de brinde.
— Amber... — repreendeu.
— Johnny...
Abri o zíper e soltei seu pau duro pra caralho no meu rosto.
Tirei o seu pau da boca e olhei para ele por cima do ombro,
quase não dando para vê-lo por conta da minha bunda que
tampava boa parte do seu rosto.
Monta em mim.
Era perfeito.
— Faz sentindo.
Eu te amo.
JOHNNY JACKSON
Toda a música que tocava ela dizia que era sua favorita e
começava a dançar daquele jeito totalmente desengonçado.
Minha responsabilidade no momento era apenas tentar
manter o seu vestido no lugar e evitar que alguém visse a
sua preciosa boceta.
— Estou.
Quando terminou ela se levantou do vaso e seguiu para o
box do banheiro, meio zonza. Me apressei e peguei-a pela
cintura, com medo dela cair.
AMBER FOSTER
Decidi erguer o meu olhar para ela. Era linda, jovem, loira,
tinha os olhos castanhos tristes e cansados.
aparecesse ali. — Tudo bem, ela tá lá fora com seu pai. Você
pode me contar. — A moça se inclinou ansiosa, querendo
que eu falasse.
Algo me acordou.
Duas da manhã.
AMBER FOSTER
— Eu...
— Ah, mas vocês dois vão fazer filhos tão lindos — concluiu
Tia Ana.
— O meu?
Convites?
Tia Ana olhou para mim apenada, como se eu fosse tola por
me intrometer na sua conversa.
— Crianças?
perguntei confusa.
— Do que?
Graças a Deus.
— Você sumiu!
— Como assim?
JOHNNY JACKSON
Me tratar mal era uma coisa, mas ele não tinha o direito de
atirar seu ódio nela.
— Não é algo meu. Não é que não confie em você, mas essa
coisa com o Benny é um assunto pessoal dele.
Beijei o ombro de Amber e enterrei o rosto no seu pescoço,
inspirando o seu cheiro e dançando com ela o mais colado
possível.
— Em outro momento.
gozar.
Fornicando?
Meu Deus, será que eu não podia sair por um maldito fim de
semana em paz?
— Qual deles?
— O idiota master.
— Colin...
Agora.
— Você não ouviu o que Colin disse? Ele tem tudo sob
controle. — Ela ergueu os ombros, como se fosse óbvio.
— Agora.
resmungou emburrada.
De novo.
— Você tá de brincadeira?
Que descaramento.
Materiais escolares.
— Eiiii, casal!
— Acho que vocês vão precisar fazer uma fila pra matá-lo.
—
— Uma reuniãozinha?
— Madison.
Colin riu.
— Essa festa vai acabar agora, Colin! Você ficou louco? Tem
crianças vendendo bebida no gramado!
— Eu briguei com eles, mas você sabe como eles são, não
obedecem a ninguém — continuou Colin. — E também, só
querem tirar um trocado. Por isso aconselhei a fazerem uma
promoção.
Ele bufou.
— Não seja dramático. Não vai ser como das outras festas,
dessa vez tenho tudo sob controle.
— Confie em mim.
— Obrigada.
Ele estava.
Com isso, todo mundo se apressou a sair dali e Colin fez seu
papel de bom anfitrião ao leva-los até a porta e oferecer os
seus cumprimentos e lamentos pela falta de luz e o atirador
à solta, que ele procuraria como um herói.
— Tyler? — Taylor chamou-o.
— Boa noite.
Fui até ela e a abracei por trás, deitando meu rosto no seu
ombro.
— Arrasou!
— Ele que arrasou comigo — disse e caímos na risada. —
Que babado.
Corri para entrar no quarto do meu namorado e me joguei
em cima dele quando saiu do banho segurando a toalha.
minutos.
— Ei — chamei.
— Oi — respondeu sorrindo.
devolvi.
— Amber Foster? — chamou o aluno de psicologia que me
atendia, acenei para ele avisando que logo entraria. Ele
sorriu para nós e entrou de novo no consultório.
Sempre teve.
O que era ótimo, porque não queria falar com ele. Dei a
volta no seu corpo, mas ele segurou o meu braço com
cuidado.
— Ele não conta isso pra todo mundo, é uma ferida aberta
—
Eu não sabia.
Queria ter tido coragem pra falar antes, queria ter dito que
te amava no dia em que botei os olhos em você. Não foi
suficiente, eu não disse o suficiente.
— Eu o matei.
JOHNNY JACKSON
Passado
— O que?
Magnífico.
— O que? As estrelas?
AMBER FOSTER
Não podia ser verdade.
Não podia.
amizade, fui legal com ele, me aproximei, mas não foi com
essa intenção. Não pensei que Benny me via assim.
Então me calei.
— Por nada.
Quando Johnny adormeceu, eu saí da cama com medo de
acordá-lo, fui até a cozinha para preparar algo. Querendo
cuida-lo e
— Nunca.
“Amber”.
Amber,
Revolta.
tudo bem, ele não podia ter mais coisas na cabeça, estava
tão quebrado quanto eu.
JOHNNY JACKSON
perguntei preocupado.
AMBER FOSTER
— Sim?
— Não.
Não sabia se podia tocá-la, ela era alguém que eu não tinha
a mínima intimidade. Mas me considerava péssima em
consolar pessoas, então fiz a primeira coisa que me veio à
cabeça: segurei a sua mão na minha.
— Como assim?
— Não precisa se preocupar, é só algo que pode ajudá-lo
com Johnny — afirmei e a mulher ficou confusa, mas acenou
a cabeça em concordância para mim.
— Como assim?
JOHNNY JACKSON
Eu: Você me disse que faria tudo por mim, mas eu também
faria qualquer coisa por você. Somos pra sempre, lembra?
Eu faria tudo por você.
Estava tudo vazio e sem vida, morto. Sem ela parecia que
tudo era assim. Me deitei na sua cama e abracei o
travesseiro, sentindo resquícios do cheiro de morango do
seu cabelo. Fechei os olhos apenas para fantasiar que ela
estava ali comigo e que eu podia ouvir o som da sua
respiração. Mas não era real.
— Eu preciso ir à polícia.
— Johnny...
— Vocês brigaram?
— Para o aeroporto.
Benny e Nelly.
— Johnny...
Relaxei um pouco.
— Você não atrapalhou nada, Benny, eu que fui um péssimo
amigo. Eu peço desculpas por ter feito você sofrer, por
termos brigado, mas não por ter lutado por ela. — Fui o
mais sincero possível. — Amber sempre foi minha e eu teria
brigado com qualquer amigo pra tê-la.
Sabia que era uma situação difícil. O Sr. Nolan não deixava
de transmitir o seu ódio por mim sempre que encontrava
alguém da minha família e não deveria ser diferente com
Benny, até imagino as coisas que dizia para o caçula.
— O todo poderoso.
JOHNNY JACKSON
expliquei.
Sabia que ele não iria nos fazer um favor assim de graça, foi
perda de tempo. Lancei um olhar para Colin, em um aviso
silencioso para irmos embora.
Não podia mais ficar parado. Tinha perdido muito tempo
sofrendo, achando que ela não me queria, enquanto ela
podia estar passando por algo sério.
— Eu não vou pra casa sem ela. Se é tão fácil pra você
descobrir, pode fazer o favor de me dizer onde ela está? —
perguntei sem paciência.
— Ela não gosta de falar sobre isso, então não comenta com
ninguém — pedi.
AMBER FOSTER
Sozinha, caramba.
— Como ousa...
— Pare com isso! — Ela veio para cima de mim, mas parou
no lugar ao me olhar, eu não estava brincando quando disse
que revidaria. — Eu vou atrás do jogador de hóquei.
AMBER FOSTER
— Já estava na hora.
— Eu também!
Uma vida.
JOHNNY JACKSON
Ela me deixou.
PORRA!
A minha maluca.
Mas o estranho foi que ela ouviu, então notei que todos
estavam em silêncio. Os jogadores tinham parado no lugar e
estavam assistindo a nossa interação.
E com isso ela correu para longe, para onde estava sentada
e os torcedores começaram a reclamar para mim.
E ele veio.
Assim que o juiz apitou para o fim, saí apressado para fora
do rinque. Acho que ninguém jamais viu um jogador mais
apressado do que eu no vestiário, estava ansioso para
abraça-la de novo.
De: bruce.nolan18@gmail.com
Para: johnny.jackson@gmail.com
Caro Johnny,
Sr. Nolan.
JOHNNY JACKSON
1 ano e 9 meses depois
— Pode deixar.
nossos pais.
— Estou com você, então claro que sim. — Beijei sua mão.
— Johnny...
— Sim?
Não fui eu que escrevi esse livro, foi ele que me escreveu. A
cada palavra escrita ele foi ditando a minha própria vida e
eu espero que também tenha tocado a sua. Eu agradeço
demais a você por ter chegado até aqui, por ter me dado a
chance de contar a história do Johnny e da Amber, ela
precisava ser compartilhada.
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