Você está na página 1de 43

ORGANIZAÇÃO E

LEGISLAÇÃO DA Encontro Presencial


Professor: Geovanio Rodrigues
EDUCAÇÃO Polo: Beberibe

BRASILEIRA
MÓDULO 2

ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Módulo 2: Financiamento e Avaliação Escolar
• Neste módulo, procuramos trazer um debate em torno da Lei de
Diretrizes e Bases da educação nacional e das ações desempenhadas
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE através
de um conjunto de programas como: Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE), Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE), Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), Programa
Nacional do Livro Didático (PNLD), Programa Nacional de Transporte
Escolar (PNAT), Programa Brasil Profissionalizado (PBP), Programa
Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE,
Proinfância, Programa Nacional de Saúde do Escolar (PNSE) e Plano de
Ações Articuladas (PAR). Este módulo destina-se também a conhecer
melhor o sistema de organização e da gestão escolar através da
observação da cultura organizacional como Projeto Pedagógico
Curricular, Gestão, Currículo, Desenvolvimento Profissional e Avaliação.
Objetivos e Problematizações
• Identificar e analisar cada programa do FNDE.

• Compreender as concepções de gestão escolar: técnica


científica, autogestionária, interpretativa e democrática-
participativa.

• Analisar a cultura organizacional da escola.


ENCONTRO 2
PRESENCIAL
SEXTA-FEIRA

ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Quais são os princípios e diretrizes da LDB?
• A LDB é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que estabelece as diretrizes e
bases da educação brasileira.
• A LDB é inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana,
tendo por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
• A LDB define os princípios do ensino como: igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
respeito à liberdade e apreço à tolerância; coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
valorização do profissional da educação escolar; gestão democrática do ensino público,
na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; garantia de padrão de
qualidade; valorização da experiência extra-escolar; vinculação entre a educação escolar,
o trabalho e as práticas sociais.
Quais são os princípios e diretrizes da LDB?
• A LDB também define as garantias do direito à educação como: educação básica
obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, organizada em pré-escola, ensino
fundamental e ensino médio;
• educação infantil gratuita às crianças de até 5 anos de idade;
• atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal
a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino;
• acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os
concluíram na idade própria; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular,
adequado às condições do educando;
• oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades.
Qual é a importância da LDB para a gestão
escolar?
• A LDB é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que
orienta a educação brasileira.
• A LDB confere autonomia às instituições de ensino, permitindo
que escolas e universidades desenvolvam projetos pedagógicos
alinhados com suas realidades locais e características específicas.
• A LDB também define as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com os princípios
de participação, transparência, accountability e controle social.
• A LDB ainda estabelece as diretrizes para o financiamento da
educação, garantindo recursos suficientes e adequados para o
atendimento das necessidades educacionais dos estudantes.
Qual é a importância da LDB para a gestão
escolar?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) tem uma importância fundamental para a
gestão das escolas públicas no Brasil. Aqui estão alguns pontos-chave:
• Autonomia das Instituições de Ensino: A LDB confere autonomia às instituições de ensino,
permitindo que as escolas desenvolvam projetos pedagógicos alinhados com suas realidades locais
e características específicas1. Essa autonomia não apenas incentiva a inovação no ensino, mas
também fortalece a gestão escolar e a participação da comunidade educativa.
• Direito à Educação: A LDB foi criada para garantir o direito a toda população de ter acesso a
educação gratuita e de qualidade.
• Valorização dos Profissionais da Educação: A LDB busca valorizar os profissionais da
educação, estabelecendo o dever da União, do Estado e dos Municípios com a educação pública2.
• Padronização do Sistema Educacional: Para padronizar o sistema educacional do país, no
setor público ou privado, a LDB reafirma o direito à educação e estabelece os princípios e os
deveres do Estado nesse cenário.
• Financiamento da Educação: A LDB estabelece as diretrizes para o financiamento da
educação, garantindo recursos suficientes e adequados para o atendimento das necessidades
educacionais dos estudantes.
Como a LDB pode ser utilizada para melhorar
a qualidade da educação?
• A LDB é uma lei indicativa e não resolutiva das questões do dia a dia. Portanto, trata das questões da
educação de forma ampla sendo o detalhamento do funcionamento do sistema objeto de decretos,
pareceres, resoluções e portarias.
• A LDB estabelece os princípios e diretrizes que orientam a educação brasileira, garantindo igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola, liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber, pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, valorização dos
profissionais do ensino, gestão democrática do ensino público, garantia de padrão de qualidade, entre outros.
• A LDB possibilita novos olhares sobre os princípios de avaliar como parte do processo de ensino-
aprendizagem.
• A LDB aumentou o mínimo de dias letivos do ano de 180 para 200 dias, ampliou a duração do Ensino
Fundamental de 8 para 9 anos, adicionou modalidades de ensino, como no caso da educação especial e
indígena, com o objetivo de ampliar a inclusão educacional.
• A LDB determina a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
• Na LDB, destacam-se três grandes eixos diretamente relacionados à construção do projeto pedagógico para
a melhoria da qualidade de ensino; dentre eles podemos destacar: O eixo da Flexibilidade: vincula-se à
autonomia, possibilitando à escola organizar o seu próprio trabalho pedagógico.
Avaliação para Libâneo
• De acordo com José Carlos Libâneo, a avaliação educacional é uma tarefa
didática necessária e permanente do trabalho docente, que deve
acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através
dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do
professor e dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar
progressos e dificuldades e reorientar o trabalho para as correções necessárias.
• A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do
professor como dos alunos. Os dados coletados no decurso do processo de ensino,
quantitativos ou qualitativos, são interpretados em relação a um padrão de desempenho
e expressos em juízos de valor (muito bom, bom, satisfatório etc.) acerca do
aproveitamento escolar.
• A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e à
atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser
submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-
didáticas, de diagnóstico e controle em relação às quais se recorrem a instrumentos de
verificação do rendimento escolar.
Gestão escolar para Libâneo
• Segundo José Carlos Libâneo, a gestão escolar é um processo que inclui tanto a
previsão das atividades em termos de organização e coordenação em face
dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do
processo de ensino.
• A ideia chave é que as práticas de organização da escola são práticas educativas. Isso
significa que não educamos e ensinamos nossos alunos apenas na sala de aula, também as
formas de organização e gestão educam, o contexto institucional educa, o ambiente
educa.
• Ele sustenta que os modos de funcionamento da escola são práticas educativas, eles
educam e ensinam, propiciam aprendizagens, produzem mudanças no modo pensar e
agir das pessoas. Isso pode ser comprovado desde a concepção de gestão que vigora na
escola, a estrutura de gestão, o processo de tomada de decisões, as formas de
relacionamento entre as pessoas, até o modo como funcionam a entrada das crianças na
sala de aula, o relacionamento do pessoal administrativo com os alunos, o
relacionamento entre as professoras, a distribuição da merenda, a higiene dos banheiros,
a limpeza, etc.
Concepções de Gestão escolar
• Técnico-científica: Esta concepção acredita na hierarquização, na racionalidade do
trabalho, na divisão técnica do trabalho escolar e na forma de comunicação verticalizada.
Nesse modelo, o mais importante são as tarefas e não as relações.
• Autogestionária: Esta concepção acredita na responsabilidade coletiva e igualitária,
onde todos participam da tomada de decisões tanto no que se refere ao processo de
aprendizagem como nas questões administrativas. Nesse modelo, o mais importante são
as relações humanas e não as tarefas.
• Interpretativa: Esta concepção acredita no processo de organização muito mais do
que o ato em si e acredita nas práticas compartilhadas.
• Democrática Participativa: Embora acredite na necessidade de uma coordenação,
busca uma gestão democrática de modo que as decisões são tomadas no coletivo sem
eximir a responsabilidade de cada um enquanto indivíduo participante do processo.
Tanto a Democrática Participativa como a Autogestionária e a Interpretativa têm em
comum uma gestão participativa com práticas e decisões compartilhadas.
Como esses programas podem contribuir
para a gestão escolar?
• A gestão escolar é um processo que envolve a definição de objetivos, a
alocação de recursos, a coordenação de atividades, o monitoramento de
resultados e a avaliação de desempenho.
• Os programas educacionais são conjuntos de ações planejadas e
executadas com base em princípios pedagógicos, políticas públicas e
demandas sociais para promover o desenvolvimento integral dos
estudantes.
• Os programas educacionais podem contribuir para a gestão escolar ao
oferecer orientações, metodologias, materiais e ferramentas que
auxiliem os gestores na tomada de decisões estratégicas, na
implementação de projetos inovadores, na melhoria da qualidade do
ensino e na participação da comunidade escolar.
As áreas de atuação da organização e da gestão
escolar para melhor aprendizagem dos alunos
• Libâneo argumenta que as práticas de organização da escola são práticas
educativas, ou seja, não educamos e ensinamos nossos alunos apenas na sala de
aula, também as formas de organização e gestão educam, o contexto institucional
educa, o ambiente educa.
• Libâneo sustenta que todas as práticas escolares, desde a concepção de gestão
que vigora na escola, a estrutura de gestão, o processo de tomada de decisões, as
formas de relacionamento entre as pessoas, até o modo como funcionam a
entrada das crianças na sala de aula, o relacionamento do pessoal administrativo
com os alunos, o relacionamento entre as professoras, a distribuição da merenda,
a higiene dos banheiros, a limpeza, etc. Todas essas práticas carregam um forte
sentido educativo e de aprendizagem.
• Ou seja, toda escola precisa ser bem organizada para que os alunos aprendam
melhor e formem convicções no seu modo de pensar e agir.
Operacionalização das políticas públicas em educação e
suas consequências: alterações no financiamento.
• De Ana Lara Casagrande e Jaqueline dos Santos Oliveira, apresentado na 37ª
Reunião Nacional da ANPEd em 2015.
• Este trabalho tem como objetivo analisar as políticas educacionais sob a ótica
do financiamento.
• As autoras realizam um levantamento bibliográfico e documental, centrando
as análises nos mecanismos de implantação das políticas públicas de
financiamento, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) e o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (FUNDEB).
• Eles também realizam considerações sobre o debate acerca da escola pública
no Brasil, sua função no desenvolvimento social e econômico do país e a
articulação entre Estado, Escola e Sociedade Civil.
Principais conceitos do texto
Políticas Educacionais
• O texto discute as políticas educacionais sob a ótica do financiamento. As políticas
públicas de educação são programas ou ações que são criadas pelos governos para
colocar em prática medidas que garantam o acesso à educação para todos os cidadãos.
Financiamento da Educação
• O financiamento é um aspecto crucial das políticas educacionais. O texto analisa os
mecanismos de implantação das políticas públicas de financiamento, como o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(FUNDEF) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
Estado, Escola e Sociedade Civil
• O texto também discute a relação entre o Estado, a Escola e a Sociedade Civil. Os
autores argumentam que é necessário entender como se tem dado a implantação das
políticas educacionais, como o FUNDEF e o FUNDEB, em que se faz necessário
correlacionar Estado, Escola e Sociedade Civil.
ENCONTRO 2
PRESENCIAL
SÁBADO

ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE

• O FNDE é uma autarquia vinculada ao Ministério Uma autarquia é uma entidade que
da Educação (MEC) que tem como propósito presta serviços públicos em nome do
transferir recursos financeiros e prestar assistência Estado e é ligada a ele, mas não faz parte
técnica aos estados, municípios e ao Distrito da Administração Pública. Seu objetivo é
Federal, para garantir uma educação de qualidade a
todos. ser um auxiliar do Estado na prestação
de serviços de caráter público. Essas
• O FNDE foi criado pela Lei nº 5.537, de 21 de entidades são ligadas à Administração
novembro de 1968, e alterado pelo Decreto–Lei nº Pública Indireta e funcionam de forma
872, de 15 de setembro de 1969.
descentralizada.
• O FNDE é responsável pela execução de políticas As autarquias são criadas por lei
educacionais do MEC, como o Programa Nacional específica e possuem personalidade
do Livro Didático (PNLD), o Programa Nacional do
Ensino Médio (Pronamed), o Programa Nacional de jurídica própria, autonomia
Alimentação Escolar (PNAE), entre outros. administrativa, patrimônio próprio,
imunidade tributária e capacidade de
autoadministração. Elas estão sujeitas ao
controle estatal e devem responder
pelos seus próprios atos.
PROGRAMAS
EDUCACIONAIS

ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA


Programa Brasil Alfabetizado (PBA)
• O PBA é um programa criado em 2003 com o objetivo de alfabetizar jovens e adultos de 15 anos
ou mais que não puderam estudar na idade apropriada.
• O programa é uma porta de acesso ao pleno exercício da cidadania e é mais do que uma
estratégia para perseguir a Meta 9 do Plano Nacional de Educação.
• Desenvolvimento
• O PBA é desenvolvido em todo o território nacional, em regime de colaboração com o Distrito
Federal e com cada um dos estados e dos municípios – com atendimento prioritário a municípios
que apresentam alta taxa de analfabetismo.
• Para a alfabetização dos jovens, adultos e idosos, o PBA conta com a ajuda de voluntários,
preferencialmente professores da rede pública, que atuam como alfabetizadores, coordenadores
de turmas ou tradutores-intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e recebem bolsas
mensais, como um estímulo à sua ação alfabetizadora.
• O PBA é destinado a jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos analfabetos, priorizando-se as
pessoas privadas de liberdade e as populações do campo e quilombolas.
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
• O PNAE foi criado pela Lei nº 11.947, de 16/6/2009, e regulamentado pela Resolução
CD/FNDE nº 06, de 8/5/2020.
• O PNAE consiste no repasse de recursos financeiros federais para o atendimento de
estudantes matriculados em todas as etapas e modalidades da educação básica nas redes
municipal, distrital, estadual e federal e nas entidades qualificadas como filantrópicas ou
por elas mantidas, nas escolas confessionais mantidas por entidade sem fins lucrativos e
nas escolas comunitárias conveniadas com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
• O PNAE também oferece ações de educação alimentar e nutricional nas escolas
públicas, como oficinas, palestras, campanhas, materiais didáticos e cartilhas.
• O PNAE tem como objetivos contribuir para o crescimento e o desenvolvimento
biopsicossocial dos alunos, promover a aprendizagem e o rendimento escolar, formar
hábitos alimentares saudáveis e combater a fome infantil.
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
• O PDDE é um programa que oferece assistência financeira para as escolas públicas de
educação básica, especial e universidade aberta.
• O PDDE é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e
visa à transferência, em caráter suplementar, de recursos financeiros aos estados, ao
Distrito Federal e aos municípios destinados a suprir, parcialmente, as necessidades
prioritárias dos estabelecimentos educacionais beneficiários.
• O PDDE foi criado em 1995 e regulamentado pela Resolução CD/FNDE nº 15, de 16 de
setembro de 2021.
O PDDE consiste no repasse de recursos financeiros federais para o atendimento de estudantes
matriculados nas escolas públicas de educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito
Federal; escolas públicas de educação especial das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal;
escolas privadas de educação especial qualificadas como beneficentes de assistência social ou de
atendimento direto e gratuito ao público; e polos presenciais do sistema Universidade Aberta do
Brasil (UAB) que ofertem programas de formação inicial ou continuada a profissionais da educação
básica35.
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
• O PDDE também oferece ações de apoio técnico e financeiro às entidades executoras
(EEx), que são responsáveis por administrar os recursos recebidos e por prestar contas
ao FNDE.
• O PDDE tem como objetivos contribuir para o provimento das necessidades prioritárias
dos estabelecimentos educacionais beneficiários que concorram para a garantia de seu
funcionamento; a promoção de melhorias em sua infraestrutura física e pedagógica; e o
incentivo da autogestão escolar e do exercício da cidadania, com a participação da
comunidade no controle social.
No entanto, existem algumas restrições sobre o que os recursos do PDDE não podem ser usados. Aqui estão
algumas delas:
• Despesas com remuneração de funcionários.
• Pagamento de contas de água, luz, telefone e quaisquer outras taxas.
• Compra de combustível e manutenção de veículos utilizados para fins administrativos.
• Despesas com festas e comemorações.
• Despesas de manutenção predial como aluguel, telefone, água, luz e esgoto.
• Despesa de caráter assistencialista.
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE)

• Divide-se em três ações:


• PNBE Literário, que avalia e distribui as obras literárias;
• PNBE Periódicos, que avalia e distribui periódicos de conteúdo didático e metodológico para as
escolas;
• PNBE do Professor, que tem por objetivo apoiar a prática pedagógica dos professores da educação
básica e também da Educação de Jovens e Adultos por meio da avaliação e distribuição de obras de
cunho teórico e metodológico.
• O investimento contínuo na avaliação e distribuição de obras de literatura tem
por objetivo fornecer aos estudantes e seus professores material de leitura
variado para promover tanto a leitura literária, como fonte de fruição e
reelaboração da realidade, quanto a leitura como instrumento de ampliação de
conhecimentos, em especial o aprimoramento das práticas educativas entre os
professores.
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)
• O PNLD é um programa do Ministério da Educação do Brasil que tem por objetivo
principal avaliar e distribuir livros didáticos, pedagógicos e literários, de forma universal e
gratuita, às escolas públicas das redes de ensino básico e também às instituições de
educação infantil sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público.
• O PNLD é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e
atende todas as escolas públicas de educação básica cadastradas no Censo Escolar.
• O PNLD foi instituído pelo Decreto nº 9.099, de 2017.
• O PNLD compreende um conjunto de ações voltadas para a distribuição de obras
didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa.
• O PNLD também contempla as instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas
sem fins lucrativos e conveniadas com o Poder Público.
• As escolas participantes do PNLD recebem materiais de forma sistemática, regular e
gratuita.
• O FNDE é responsável pela operacionalização do PNLD.
PNLD e as obras de História
• As obras de história no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) são
escolhidas por meio de um processo rigoroso que envolve várias etapas :
• Inscrição das editoras: As editoras interessadas em participar do PNLD
devem se inscrever e submeter suas obras para avaliação.
• Avaliação pedagógica: As obras submetidas passam por uma avaliação
pedagógica realizada por especialistas da área de educação. Eles avaliam a
qualidade do conteúdo, a adequação à faixa etária dos alunos, a abordagem
pedagógica, entre outros aspectos .
• Avaliação social: As obras também passam por uma avaliação social para
verificar se elas respeitam os valores éticos, sociais e culturais da sociedade
brasileira .
• Escolha das obras: Após a avaliação, as obras aprovadas são incluídas no
Guia do Livro Didático, que é distribuído para todas as escolas públicas do
país. Os professores dessas escolas escolhem as obras que serão utilizadas
pelos seus alunos .
• Aquisição e distribuição: Por fim, o FNDE adquire as obras escolhidas e
as distribui para as escolas .
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNAT)

• O PNATE é um programa que tem como objetivo apoiar o transporte


dos estudantes das redes públicas de educação básica, residentes em
áreas rurais, por meio de assistência técnica e financeira, em caráter
suplementar, a estados, municípios e Distrito Federal.
• O PNATE é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) e consiste na transferência automática de recursos
para custear despesas com manutenção, seguros, licenciamento,
impostos e taxas, pneus, câmaras, serviços de mecânica em freio,
suspensão, câmbio, motor, elétrica e funilaria, recuperação de assentos,
combustível e lubrificantes do veículo ou, no que couber, da embarcação
utilizada para o transporte de alunos da educação básica pública.
Programa Nacional de Transporte Escolar (PNAT)

• Os recursos do PNATE são destinados aos alunos da educação básica


pública residentes em áreas rurais que utilizam transporte escolar.
• Os valores transferidos diretamente aos estados, ao Distrito Federal e
aos municípios são feitos em dez parcelas anuais, de fevereiro a
novembro.
• O cálculo do montante de recursos financeiros destinados anualmente
aos entes federados é baseado no censo escolar do ano anterior X per
capita definido e disponibilizado na página do FNDE para consulta.
• Os estados podem autorizar o FNDE a efetuar o repasse do valor
correspondente aos alunos da rede estadual diretamente aos respectivos
municípios.
Programa Brasil Profissionalizado (PBP)
• O PBP é um programa que tem como objetivo conceder apoio financeiro às redes públicas de ensino
dos estados e do Distrito Federal, com vistas a contribuir para o fortalecimento e expansão da
educação profissional e tecnológica.
• O PBP é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e atende todas as
escolas públicas de educação básica cadastradas no Censo Escolar.
• O PBP foi criado em 2007, por meio do Decreto nº 6.302 de 12 de dezembro.
• O PBP consiste na distribuição de recursos financeiros federais para o atendimento de estudantes
matriculados nas escolas públicas de educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito
Federal.
• O PBP também oferece ações de apoio técnico e financeiro às entidades executoras (EEx), que são
responsáveis por administrar os recursos recebidos e por prestar contas ao FNDE.
• O PBP tem como objetivos contribuir para o provimento das necessidades prioritárias dos
estabelecimentos educacionais beneficiários que concorram para a garantia de seu funcionamento; a
promoção de melhorias em sua infraestrutura física e pedagógica; e o incentivo da autogestão escolar e
do exercício da cidadania, com a participação da comunidade no controle social.
Programa Nacional de Formação Continuada a
Distância nas Ações do FNDE
• O Programa Nacional de Formação Continuada a Distância
nas Ações do FNDE, também conhecido como Formação
pela Escola (FPE), é um programa de formação continuada,
na modalidade a distância.
• O FPE tem por objetivo contribuir para o fortalecimento da
atuação dos agentes e parceiros envolvidos com a execução,
o monitoramento, a avaliação, a prestação de contas e o
controle social dos programas e ações educacionais
financiados pelo FNDE.
Programa Nacional de
Formação Continuada a O FPE oferece duas modalidades de cursos:
• Cursos sem tutoria: São cursos
Distância nas Ações do autoinstrucionais, ou
orientação e acompanhamento de
seja, sem

FNDE tutores. Os estudantes acessam o


material didático, realizam as atividades
de estudo (não avaliativas), submetem a
atividade final (avaliativa) e podem obter
o certificado.
• Cursos com tutoria: São cursos que
têm como característica principal a
disponibilização de um tutor para
orientar e acompanhar pedagógica e
tecnicamente os estudantes, além de
auxiliá-los em sua motivação.
Programa Nacional de Saúde do Escolar (PNSE)

• O PNSE é uma pesquisa realizada com escolares adolescentes, desde 2009, em parceria
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com o apoio do Ministério
da Educação (MEC).
• O objetivo da pesquisa é subsidiar o monitoramento de fatores de risco e proteção à
saúde de escolares do Brasil.
• A pesquisa é realizada por amostragem, utilizando como referência para seleção o
cadastro das escolas públicas e privadas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira - INEP.
• A PeNSE faz parte das ações do Ministério da Saúde na investigação da frequência e da
distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis
entre adolescentes escolares brasileiros.
• Além disso, identifica as questões prioritárias para o desenvolvimento de políticas
públicas voltadas para a promoção da saúde em escolares, em especial o Programa Saúde
na Escola (PSE).
Proinfância
• O Proinfância é um programa que visa garantir o acesso de crianças a creches e escolas, bem
como a melhoria da infraestrutura física da rede de Educação Infantil.
• O programa foi instituído pela Resolução nº 6, de 24 de abril de 2007, e é uma das ações do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da Educação.
• O Proinfância é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
• O Proinfância atua sobre dois eixos principais:
• Construção de creches e pré-escolas: por meio de assistência técnica e financeira do
FNDE, com projetos padronizados que são fornecidos pelo FNDE ou projetos próprios
elaborados pelos proponentes.
• Aquisição de mobiliário e equipamentos: adequados ao funcionamento da rede física
escolar da educação infantil, tais como mesas, cadeiras, berços, geladeiras, fogões e
bebedouros.
• O Proinfância se destina a Municípios e ao Distrito Federal.
• O município interessado em ser atendido pelo Proinfância deve elaborar o Plano de Ações
Articuladas – PAR a partir do diagnóstico da sua situação educacional.
Plano de Ações Articuladas (PAR)
• O PAR é uma estratégia para o planejamento plurianual das políticas de
educação, em que os entes subnacionais elaboram plano de trabalho a
fim de desenvolver ações que contribuam para a ampliação da oferta,
permanência e melhoria das condições escolares.
• O PAR apresenta indicadores definidos a partir do diagnóstico e
planejamento local, consolidados anualmente, para quatro dimensões:
gestão educacional; formação de professores, dos profissionais de
serviço e apoio escolar; práticas pedagógicas e de avaliação, e
infraestrutura física e recursos pedagógicos.
• Com essas informações, o governo federal prioriza e apoia as ações
educacionais propostas pelos órgãos estaduais e municipais, com
assistência técnica e investimentos vinculados para Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino (MDE).
Plano de Ações Articuladas (PAR)
A elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR) é realizada em três etapas principais
• Etapa Preparatória e Diagnóstico da situação educacional: Nesta etapa, é feito
um diagnóstico da situação educacional local, que vai apontar as necessidades de cada
localidade para aprimorar a educação básica pública.
• Etapa de Planejamento: Com base no diagnóstico, os entes subnacionais elaboram
um plano de trabalho a fim de desenvolver ações que contribuam para a ampliação da
oferta, permanência e melhoria das condições escolares e, consequentemente, para o
aprimoramento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de suas redes
públicas de ensino.
• Análise técnica e financeira: Após a elaboração do plano de trabalho, o Ministério
da Educação e o FNDE realizam uma análise técnica e financeira dos planejamentos
apresentados pelos entes federados.
Concluída a etapa do diagnóstico da situação educacional, o ente, por meio do SIMEC,
elabora o seu Plano de Ações Articuladas e o apresenta ao FNDE e ao MEC.
Qual é a importância do PPC para a gestão
escolar?
• O Projeto Político Pedagógico (PPC) é um instrumento fundamental para a gestão escolar.
Segundo Libâneo, a organização e a gestão escolar são práticas educativas que vão além do ensino
em sala de aula. Ele argumenta que todas as práticas escolares, incluindo a concepção de gestão
que vigora na escola, carregam um forte sentido educativo e de aprendizagem.
• No contexto do PPC, Casagrande e Oliveira destacam que o financiamento é um aspecto crucial
das políticas educacionais. Eles analisam os mecanismos de implantação das políticas públicas de
financiamento, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (FUNDEF) e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), que são fundamentais para a
implementação do PPC.
• Portanto, o PPC é essencial para a gestão escolar, pois ele sistematiza a organização do
conhecimento no currículo e concretiza o ensino através da seleção dos conteúdos considerados
como imprescindíveis à formação e emancipação dos estudantes3. Além disso, o PPC expressa a
forma de como as concepções assumidas coletivamente serão efetivadas na prática pedagógica.
Isso significa que o PPC não é um elemento fragmentado do projeto político pedagógico, mas
expressa a forma de como as concepções assumidas coletivamente serão efetivadas na prática
pedagógica, por meio de seleção, ordenação e avaliação dos conteúdos de cada disciplina.
Quais são os elementos da cultura
organizacional?
• A cultura organizacional escolar é um aspecto crucial da
gestão escolar e é composta por vários elementos. Segundo
Libâneo, a organização e a gestão escolar são práticas
educativas que vão além do ensino em sala de aula. Ele
argumenta que todas as práticas escolares, incluindo a
concepção de gestão que vigora na escola, carregam um
forte sentido educativo e de aprendizagem.
Quais são os elementos da cultura
organizacional?
No entanto, a literatura geral sobre cultura organizacional identifica vários elementos que compõem
a cultura organizacional:
• Valores: São elementos da cultura organizacional que se relacionam com o comportamento e
padrões julgados como importantes pela organização.
• Comunicação: É um processo de trocas de informações que pode ser mais formal ou mais
informal.
• Normas: As empresas apresentam regras que, se não forem cumpridas, podem levar ao
desligamento de colaboradores ou a outras punições.
• Crenças e pressupostos: São definidos a partir da convivência das pessoas em grupo.
• Costumes a serem exercidos: Considerando que eles são a materialização dos valores e crenças.
• Linguagem: Palavras, gestos, expressões e gírias internas.
• Figuras ou objetos com significados particulares: Elementos de diferenciação, como uniforme e
crachás.
• Valorização de carreiras e cargos: Histórias transmitidas aos funcionários mais novos na
organização.
Como a cultura organizacional pode
influenciar a gestão escolar?
• A cultura organizacional é um aspecto crucial da gestão escolar.
• Segundo Libâneo, a organização e a gestão escolar são práticas educativas que vão além do ensino
em sala de aula.
Influência da Cultura Organizacional
• Todas as práticas escolares, incluindo a concepção de gestão que vigora na escola, carregam um
forte sentido educativo e de aprendizagem.
• A cultura organizacional da escola, que inclui seus valores, normas, crenças e pressupostos,
desempenha um papel crucial na criação de um ambiente de aprendizado eficaz.
Financiamento e Cultura Organizacional
• Casagrande e Oliveira destacam a importância do financiamento nas políticas educacionais.
• Eles analisam os mecanismos de implantação das políticas públicas de financiamento, como o
FUNDEF e o FUNDEB, que são fundamentais para a implementação de uma cultura
organizacional eficaz.
Financiamento da Educação Básica
• O financiamento é um aspecto crucial das políticas educacionais.
• Segundo Libâneo, a organização e a gestão escolar são práticas
educativas que vão além do ensino em sala de aula.
• Casagrande e Oliveira destacam a importância do financiamento
nas políticas educacionais.
• Eles analisam os mecanismos de implantação das políticas
públicas de financiamento, como o FUNDEF e o FUNDEB.
• Esses mecanismos são fundamentais para a implementação de
uma cultura organizacional eficaz e para a realização dos
objetivos educacionais da escola.
Financiamento da Educação Básica
• Importância do Financiamento: Eles enfatizam a importância do financiamento adequado
para a educação básica. Sem recursos suficientes, é difícil garantir a qualidade da educação e
atender às necessidades de todos os alunos.
• Fontes de Financiamento: Eles discutem várias fontes de financiamento para a educação
básica, incluindo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (FUNDEF), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), e os programas do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
• Gestão dos Recursos: Eles destacam a importância da gestão eficaz dos recursos. Isso inclui a
alocação adequada dos fundos, a garantia de que os recursos sejam usados de maneira eficiente e
a prestação de contas.
• Desafios: Eles também discutem os desafios no financiamento da educação básica, como a
necessidade de aumentar o financiamento, a desigualdade na distribuição dos recursos e a
necessidade de melhorar a eficiência no uso dos recursos.
• Políticas Públicas: Eles analisam as políticas públicas em educação e suas consequências,
especialmente as alterações no financiamento. Eles argumentam que as políticas públicas devem
ser projetadas para garantir um financiamento adequado e equitativo para a educação básica.
BONS
ESTUDOS!

Você também pode gostar