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Nº 181, quinta-feira, 18 de setembro de 2003 1 ISSN 1677-7042 19

CAPÍTULO IX Quando o limite de aceitação for <1,0/100mL, usar séries de O caldo verde brilhante bile lactose 2% apresenta, em sua
NÚMERO MAIS PROVÁVEL DE COLIFORMES TOTAIS 10 tubos. composição, bile bovina e um corante derivado do trifenilmetano
E COLIFORMES TERMOTOLERANTES EM ÁGUA E GELO 5.3.2 Incubação (verde brilhante), responsáveis pela inibição dos microrganismos
1. OBJETIVOS E ALCANCE Incubar os tubos a 36 ± 1°C por 24 a 48 horas. Gram positivos.
Estabelecer procedimento para determinação do Número 5.3.3 Leitura 2.3 Prova confirmativa para coliformes termotolerantes
Mais Provável de coliformes totais e coliformes termotolerantes em A suspeita de coliformes totais é indicada pela formação de A confirmação da presença de coliformes termotolerantes é
amostras de água e gelo. gás nos tubos de Durhan (mínimo 1/10 do volume total) ou efer- feita por meio da inoculação em caldo EC, com incubação em tem-
Aplica-se a amostras de água e de gelo usados em esta- vescência quando agitado gentilmente. peratura seletiva de 45 ± 0,2ºC a partir dos tubos positivos obtidos na
belecimentos produtores de alimentos. Anotar o número de tubos positivos em cada série de di- prova presuntiva. A presença de gás nos tubos de Durhan evidencia a
2. FUNDAMENTOS luição. fermentação da lactose presente no meio.
2.1 Prova presuntiva Observação: A leitura pode ser feita após 24 horas de in- O caldo EC apresenta em sua composição uma mistura de
Baseia-se na inoculação da amostra em caldo lauril sulfato cubação, porém, só serão válidos os resultados positivos. Os tubos fosfatos que lhe confere um poder tamponante, impedindo a sua
de sódio, em que a presença de coliformes é evidenciada pela for- que apresentarem resultado negativo deverão ser reincubados por acidificação. A seletividade do meio se deve à presença de sais
mação de gás nos tubos de Durhan, produzido pela fermentação da mais 24 horas. biliares, responsáveis pela inibição dos microrganismos Gram po-
lactose contida no meio. 5.4 Prova confirmativa sitivos.
O caldo lauril sulfato de sódio apresenta, em sua compo- 5.4.1 Coliformes Totais 3. REAGENTES E MATERIAIS
sição, uma mistura de fosfatos que lhe confere um poder tamponante, 5.4.1.1 Inoculação Vidraria e demais insumos básicos obrigatórios em labo-
impedindo a sua acidificação. A seletividade do meio se deve à Repicar cada tubo positivo de caldo lauril sulfato de sódio ratórios de microbiologia de alimentos;
presença do lauril sulfato de sódio, um agente surfactante aniônico obtido na prova presuntiva, para tubo contendo caldo verde brilhante Caldo lauril sulfato de sódio concentração simples;
que atua na membrana citoplasmática de microrganismos Gram po- bile 2% lactose. Caldo lauril sulfato de sódio concentração dupla;
sitivos, inibindo o seu crescimento. 5.4.1.2 Incubação Caldo verde brilhante bile lactose 2%;
2.2 Prova confirmativa para coliformes totais Incubar os tubos a 36 ± 1°C por 24 a 48 horas. Caldo EC;
A confirmação da presença de coliformes totais é feita por 5.4.1.3 Leitura Solução salina peptonada 0,1%.
A presença de coliformes totais é confirmada pela formação 4. EQUIPAMENTOS
meio da inoculação dos tubos positivos para a fermentação de lactose, Equipamentos básicos obrigatórios em laboratórios de mi-
na prova presuntiva, em caldo verde brilhante bile 2% lactose, e de gás (mínimo 1/10 do volume total do tubo de Durhan) ou efer-
vescência quando agitado gentilmente. crobiologia de alimentos.
posterior incubação a 36 ± 1ºC. A presença de gás nos tubos de Banho-maria com movimentação de água (agitação ou cir-
Durhan do caldo verde brilhante evidencia a fermentação da lactose Anotar o número de tubos positivos em cada série de di-
luição. culação)
presente no meio. 5. PROCEDIMENTOS
O caldo verde brilhante bile 2% lactose apresenta em sua Observação: A leitura pode ser feita após 24 horas de in-
cubação, porém, só serão válidos os resultados positivos. Os tubos 5.1 Pesagem e preparo da amostra
composição bile bovina e um corante derivado do trifenilmetano 5.1.1 Produtos sólidos e pastosos
(verde brilhante), responsáveis pela inibição dos microrganismos que apresentarem resultado negativo deverão ser reincubados por
mais 24 horas. Pesar 25 ± 0,2 g ou pipetar 25 ± 0,2 mL da amostra de
Gram positivos. acordo com as instruções contidas no Anexo V, "Procedimentos para
2.3 Prova confirmativa para coliformes termotolerantes 5.4.2 Coliformes termotolerantes
5.4.2.1 Inoculação o preparo, pesagem e descarte de amostras", deste Manual.
A confirmação da presença de coliformes termotolerantes é Adicionar 225 mL de solução salina peptonada 0,1%.
feita por meio da inoculação em caldo EC, com incubação em tem- Repicar cada tubo positivo de caldo lauril sulfato de sódio
obtido na prova presuntiva, para tubo contendo caldo EC. Homogeneizar por aproximadamente 60 segundos em “sto-
peratura seletiva de 45 ± 0,2ºC a partir dos tubos positivos obtidos na macher”. Esta é a diluição 10-1.
prova presuntiva. A presença de gás nos tubos de Durhan evidencia a 5.4.2.2 Incubação <!ID720419-3>

fermentação da lactose presente no meio. Incubar os tubos a 45 ± 0,2ºC, por 24 a 48 horas em banho- 5.1.2 Produtos líquidos
O caldo EC apresenta em sua composição uma mistura de maria com agitação ou circulação de água. Preparar as amostras de acordo com as instruções contidas
fosfatos que lhe confere um poder tamponante, impedindo a sua 5.4.2.3 Leitura no Anexo V, "Procedimentos para o preparo, pesagem e descarte de
acidificação. A seletividade do meio se deve à presença de sais A presença de coliformes termotolerantes é confirmada pela amostras", deste Manual.
biliares, responsáveis pela inibição dos microrganismos Gram po- formação de gás (mínimo 1/10 do volume total do tubo de Durhan) 5.2 Procedimentos de controle
sitivos. ou efervescência quando agitado gentilmente. Aplicar os procedimentos de controle específicos estabele-
3. REAGENTES E MATERIAIS Anotar o resultado obtido para cada tubo, bem como a di- cidos pelo laboratório.
Vidraria e demais insumos básicos obrigatórios em labo- luição utilizada. 5.3 Prova presuntiva
ratórios de microbiologia de alimentos; Observação: A leitura pode ser feita após 24 horas de in-
cubação, porém, só serão válidos os resultados positivos. Os tubos 5.3.1 Inoculação
Caldo lauril sulfato de sódio concentração simples; 5.3.1.1 Produtos sólidos, pastosos e creme de leite pasteu-
Caldo lauril sulfato de sódio concentração dupla; que apresentarem resultado negativo deverão ser reincubados por
mais 24 horas. rizado
Caldo verde brilhante bile 2% lactose; A partir da diluição inicial (10-1), inocular volumes de 10 mL
6. RESULTADOS
Caldo EC; A partir da combinação de números correspondentes aos em série de 3 tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio em con-
Solução salina peptonada 0,1%. tubos que apresentaram resultado positivo em cada um dos testes centração dupla (corresponde à diluição 100).
4. EQUIPAMENTOS confirmativos (coliformes totais e coliformes termotolerantes), ve-
Equipamentos básicos obrigatórios em laboratórios de mi- A seguir, inocular volumes de 1 mL da diluição inicial (10-
rificar o Número Mais Provável de acordo com o Anexo III, "Pro- 1) em uma série de 3 tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio em
crobiologia de alimentos. cedimentos básicos de contagem”, deste Manual.
Banho-maria com movimentação de água (agitação ou cir- concentração simples.
Certificar-se que a tabela de NMP usada é a indicada para o A partir da diluição 10-1, preparar a diluição 10-2 em solução
culação). caso específico.
5. PROCEDIMENTOS salina peptonada 0,1% de acordo com as instruções contidas no Ane-
Expressar o valor obtido em NMP/100 mL.
5.1 Preparo da amostra 7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA xo II, “Diluições e soluções”, deste Manual.
Preparar a amostra de água de acordo com as instruções APHA Standard Methods for the Examination of Water and Inocular 1 mL da diluição 10-2 na terceira série de 3 tubos.
contidas no Anexo V, “Procedimentos para o preparo, pesagem e Wastewater. 20 ed. Washington DC. Clesceri, L.S.; Greenberg, A.E.; Havendo necessidade, outras diluições decimais podem ser
descarte de amostras", deste Manual. Eaton, A.D.; Franson, M.A.H. (Ed.), 1998. p. 9.47-9.55. inoculadas em séries de 3 tubos.
No caso de amostras de gelo, quando encaminhadas em HITCHINS, A.D.; FENG, P.; WATKINS W.D.; RIPPEY 5.3.1.2 Produtos líquidos
frascos de boca larga, deixar descongelar no próprio frasco, sob S.R.; CHANDLER L.A. Escherichia coli and the Coliform bacteria. Diretamente da amostra (100), inocular volumes de 1 mL em
refrigeração, pelo período necessário para seu completo desconge- In: Bacteriological Analytical Manual Online. 2001. Disponível em: uma série de 3 tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio em
lamento. Antes do início da análise, homogeneizar bem. http:// www.cfsan.fda.gov.
Quando o gelo for encaminhado em sacos plásticos, colocar concentração simples.
KORNACKI, J.L.; JOHNSON, J.L. Enterobacteriaceae, Co- Transferir também 1 mL da amostra para tubo contendo
a amostra dentro de outro saco plástico resistente (sem perfurações) e liforms and Escherichia coli as Quality and Safety Indicators. In:
deixar descongelar, sob refrigeração, pelo período necessário para seu solução salina peptonada 0,1% de forma a obter a diluição 10-1.
Compendium of Methods for the Microbiological Examination of
completo descongelamento. A partir da diluição 10-1, efetuar as demais diluições de-
Foods, 4. ed. Washington DC. American Public Health Association.
Após descongelamento total, verificar a presença de água no Frances Pouch Downes & Keith Ito (Eds.), 2001. p. 69-82. sejadas em solução salina peptonada 0,1% de acordo com as ins-
saco plástico de proteção da amostra, o que indica a presença de truções contidas no Anexo II, “Diluições e soluções”, deste Ma-
perfurações na embalagem do gelo. Nesse caso, não analisar a amos- CAPÍTULO X nual.
tra. NÚMERO MAIS PROVÁVEL DE COLIFORMES TOTAIS A seguir, inocular volumes de 1 mL da diluição 10-1 na
Da mesma forma, as amostras de gelo que chegarem des- E COLIFORMES TERMOTOLERANTES EM ALIMENTOS segunda série de 3 tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio em
congeladas ou em descongelamento deverão ser descartadas. 1. OBJETIVOS E ALCANCE concentração simples.
Quando a embalagem da amostra de gelo mostrar evidências Estabelecer procedimento para a determinação do Número Inocular 1 mL da diluição 10-2 na terceira série de 3 tubos.
de que não continha perfurações, após o descongelamento total, ho- Mais Provável de coliformes totais e termotolerantes em alimentos. Havendo necessidade, outras diluições decimais poderão ser
mogeneizar bem e proceder à análise, seguindo o procedimento es- Aplica-se a amostras de matérias-primas e alimentos, de-
tabelecido para amostras de água. inoculadas em séries de 3 tubos.
vendo ser utilizada quando o limite máximo tolerado for inferior a 5.3.2 Incubação
5.2 Procedimentos de controle 100 UFC/g ou mL.
Aplicar os procedimentos de controle específicos estabele- 2. FUNDAMENTOS Incubar os tubos a 36 ± 1ºC por 24 a 48 horas.
cidos pelo laboratório. 2.1 Prova presuntiva 5.3.3 Leitura
5.3 Prova presuntiva Baseia-se na inoculação da amostra em caldo lauril sulfato A suspeita de coliformes totais é indicada pela formação de
5.3.1 Inoculação de sódio, em que a presença de coliformes é evidenciada pela for- gás nos tubos de Durhan (mínimo 1/10 do volume total) ou efer-
Inocular volumes de 10 mL da amostra a ser analisada em mação de gás nos tubos de Durhan, produzido pela fermentação da vescência quando agitado gentilmente.
uma série de 3 tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio em lactose contida no meio. Anotar o número de tubos positivos em cada série de di-
concentração dupla. O caldo lauril sulfato de sódio apresenta, em sua compo- luição.
Inocular volumes de 1 mL da amostra na segunda série de 3 sição, uma mistura de fosfatos que lhe confere um poder tamponante, Observação: A leitura pode ser feita após 24 horas de in-
tubos contendo caldo lauril sulfato de sódio em concentração simples impedindo a sua acidificação. A seletividade do meio se deve à cubação, porém, só serão válidos os resultados positivos. Os tubos
e volumes de 1 mL da diluição 10-1 na terceira série de 3 tubos presença do lauril sulfato de sódio, um agente surfactante aniônico que apresentarem resultado negativo deverão ser reincubados por
contendo o mesmo meio. que atua na membrana citoplasmática de microrganismos Gram po-
Observação: caso seja necessário um maior número de di- mais 24 horas.
sitivos, inibindo o seu crescimento.
luições, proceder de acordo com as instruções contidas no Anexo II, 2.2 Prova confirmativa para coliformes totais 5.4 Prova confirmativa
"Diluições e soluções", deste Manual. Neste caso, inocular volumes A confirmação da presença de coliformes totais é feita por 5.4.1 Coliformes Totais
de 1 mL de cada uma das diluições efetuadas em séries de 3 tubos meio da inoculação dos tubos positivos para a fermentação de lactose 5.4.1.1 Inoculação
contendo caldo lauril sulfato de sódio em concentração simples. em caldo verde brilhante bile lactose 2% e posterior incubação a 36 Repicar cada tubo positivo de caldo lauril sulfato de sódio
Quando o limite de aceitação for <2,0/100mL, usar séries de ± 1ºC. A presença de gás nos tubos de Durhan do caldo verde obtido na prova presuntiva, para tubo contendo caldo verde brilhante
5 tubos. brilhante evidencia a fermentação da lactose presente no meio. bile 2% lactose.

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