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Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas - CCAAB


Profa. Maria Gardenny Ribeiro Pimenta
GCCA025 - Microbiologia Geral

Roteiro VII: Testes Bioquímicos e Atividade Enzimática

1. Objetivos

• Avaliar as habilidades metabólicas e enzimáticas dos micro-organismos testes.

2. Materiais

• Placa de Petri com meio de cultura;


• Tubo de ensaio com meio de cultura;
• Lamparina de álcool;
• Caneta para marcar vidraria;
• Ágar Padrão para Contagem (PCA) (HIMEDIA);
• Ágar Citrato de Simmons (HIMEDIA);
• Ágar Lisina Ferro (LIA) (HIMEDIA)
• Caldo Lactose (HIMEDIA);
• Caldo Verde Brilhante (HIMEDIA);
• Ágar Eosina Azul de Metileno (EMB)(HIMEDIA);
• Ágar Indol Motilidade (SIM) (HIMEDIA);
• Alça de platina;
• Estufa bacteriológica/BOD;
• Tubo estoque com micro-organismo teste: Serratia marcescens, Escherichia coli,
Staphylococcus aureus e Enterococcus faecalis.

3. Procedimento

3.1. Fermentação de Carboidrato

Avaliar a habilidade do micro-organismo teste em fermentar o carboidrato lactose


com produção de ácido e gás (CO2).

• Retirar assepticamente o inóculo da placa de Petri, com auxílio da alça de platina;


• Transferir o inóculo para os tubos contendo os caldos Lactose e Verde Brilhante;
• Homogeneizar o frasco;
• Incubar em estufa bacteriológica/BOD à 35 ± 0,5°C por 48 ± 2h;
• Observar a turvação do meio e a presença ou ausência de bolhas no interior do tubo
de Durham.
• Resultado: Positivo – presença de turvação e a produção de gás, sinalizada pela bolha
no turbo de Durham) / Negativo – não há a presença da bolha no tubo de Durham.
3.2. Descarboxilação/Desaminação de Aminoácido

Avaliar a habilidade do micro-organismo teste de descarboxilar/desaminar o


aminoácido lisina e produzir H2S.

• Retirar assepticamente o inóculo da placa de Petri, com auxílio da alça de platina;


• Transferir o inóculo para os tubos contendo os caldos Lisina Ferro, fazendo estrias em
“zigue-zague” no ágar com alça de platina;
• Incubar em estufa bacteriológica/BOD à 35 ± 0,5°C por 18-24 ± 2h;
• Resultado para a descarboxilação: Positivo - fundo roxo (alcalino), ápice roxo/
Negativo - fundo amarelo (ácido), ápice roxo;
• Resultado para desaminação: Positivo - ápice vermelho/ Negativo - ápice roxo;
• Resultado para H2S: Positivo – escurecimento no ápice do tubo/ Negativo – não há
escurecimento.

3.3. Teste do Citrato

Determinar a capacidade do micro-organismo teste de utilizar o citrato como única


fonte de carbono.

• Retirar assepticamente o inóculo da placa de Petri, com auxílio da alça de platina;


• Transferir o inóculo para superfície do ágar Citrato de Simmons inclinado, fazendo
estrias em “zigue-zague” no ágar com alça de platina;
• Incubar em estufa bacteriológica/BOD à 35 ± 0,5°C por 96 ±2 h;
• Resultado: Positivo - altera a cor do meio de verde para azul (alcalino) / Negativo - não
há alteração da cor verde do ágar.

3.4. Teste Indol Sulfeto Motilidade

Identificar as bactérias capazes de produzir indol a partir do aminoácido triptofano por


meio da ação da enzima triptofanase.
Observar a motilidade do micro-organismo teste.
Observar se ocorre a liberação de ácido sulfídrico (H2S) gasoso, devido a metabolização
de aminoácidos contendo enxofre.

• Retirar assepticamente o inóculo da placa de Petri, com auxílio da alça de platina;


• Transferir o inóculo para o ágar Indol Sulfeto Motilidade com agulha/alça,
verticalmente e sem tocar o fundo do tubo;
• Incubar em estufa bacteriológica/BOD à 35 ± 0,5°C por 24 ±2 h;
• Resultado do Indol: Positivo - aparecimento de anel vermelho / Negativo - anel
amarelo.
• Resulta para motilidade: Positivo - crescimento difuso ao redor da picada (turvação) /
Negativo - crescimento apenas no sentido da picada.
• Resultado para produção de H2S: Positivo - o meio fica escuro/ Negativo - não há
mudança na coloração do meio.
3.5. Enzima Catalase

Observar a reação da enzima catalase no micro-organismo teste.

• Retirar assepticamente o inóculo da placa de Petri, com auxílio da alça de platina;


• Transferir o inóculo para a lâmina de microscopia;
• Adicionar uma gota da solução de Peróxido de Hidrogênio a 3% sob o inóculo;
• Resultado: Positivo – efervescência imediata após a adição da solução
(borbulhamento) / Negativo – ausência da efervescência.

4. Referências Bibliográficas

VERMELHO, A. B.; PEREIRA, A. F.; COELHO, R. R. R.; SOUTO-PADRÓN, T. Práticas de Microbiologia. 2 ed.,
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 208p.

PROCOP, G. W.; CHURCH, D. L.; HALL, G. S.; JANDA, W. M.; KONEMAN, E. W.; SCHRECKENBERGER, P. C.;
WOODS, G. L. Diagnóstico Microbiológico: Textos e Atlas. 7 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2019. 1872p.

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