Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROPÓSITO
Abordar adequadamente temas da andragogia por meio da identificação das metodologias ativas
aplicadas ao ensino e à aprendizagem de adultos, reconhecendo seus diferenciais de finalidade de
aprendizagem e contextos de aplicação.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) como metodologia ativa para adultos
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Isso também acontece com a nossa experiência de estudar e de aprender. Se for verdade que as
pessoas aprendem de forma diferente e em ritmos distintos, essa característica é ainda mais notável
no adulto. Por isso, quem está envolvido com ensino-aprendizagem de adultos deve conhecer
metodologias que trabalhem positivamente os diferenciais de aprendizagem desse público-alvo.
Neste tema, você será apresentado a algumas metodologias que contribuem para o protagonismo do
aluno adulto em seus estudos. Essas metodologias são denominadas metodologias ativas, isto é,
estão centradas nos alunos e favorecem a maior participação deles no processo de aprendizagem,
em vez de vivenciar uma experiência passiva de aprendizado.
Você pode ter um problema na sua vida: seu carro pode apresentar defeito no motor, sua experiência
em resolver problemas nas aulas de Matemática pode ter sido mal sucedida.
Em todas essas situações, a palavra problema aponta para algo que precisa ser superado, resolvido
ou trabalhado.
Embora, em alguns casos, a palavra possa estar carregada de um sentido negativo, queremos
destacar problema como uma função desafiadora, como uma meta a ser atingida, um obstáculo a ser
superado.
Assim, é a partir de um tema desafiador, de algo a ser transposto, que você deve entender o
problema como elemento importante de uma metodologia de aprendizagem. Isso mesmo, podemos
ensinar e aprender por meio de problemas.
METODOLOGIA
Metodologia vem do grego methodos (meta: finalidade + hodos: caminho) combinado com logia
(conhecimento), ou seja, corresponde à aplicação de um caminho para atingir determinada
meta, que pode ser a construção de algum conhecimento, respaldando-se de uma visão de
mundo, de um ou vários princípios teóricos.
A metodologia poderia também ser entendida como o estudo da base teórica dos métodos.
ATENÇÃO
A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) é uma das metodologias ativas que resgata a
importância de aprender construindo uma solução.
Já faz algum tempo que a ABP foi além dos cursos de Medicina e passou a atuar em diferentes
áreas de conhecimento.
Fonte: Shutterstock
A aprendizagem baseada em problemas pode favorecer essa situação ao ajudar o aluno adulto no
aprendizado do conteúdo teórico, ao desenvolver sua capacidade de resolver problemas e ao
envolver o aluno ativamente no aprendizado (PEREIRA, 1998, apud BOROCHOVICIUS; TORTELLA,
2014, p. 266).
A ABP é inspirada nos princípios das teorias de perspectiva construtivista e cognitiva. Ela deve
ser considerada uma forma de aprendizagem baseada na colaboração, construção e
contextualização do conhecimento.
Para responder a esse questionamento, em primeiro lugar, deve-se acreditar na capacidade positiva
do aluno em se desafiar a resolver problemas.
Esses desafios, em termos andragógicos, são valorizados pelo aluno adulto na medida em que ele
enxerga alguma finalidade na resolução de determinado problema, que poderá auxiliá-lo, de modo
prático, no seu mundo profissional. Seu esforço de resolução tem a ver com o reconhecimento de
sua aplicação na realidade.
Sob tal perspectiva, entende-se que a linha metodológica tem de usar elementos que já fazem parte
do universo desse aluno para que ele não encontre dificuldade de perceber o seu propósito. Por
exemplo, é importante mencionar estudos de casos de sucesso e de insucesso, bem como dar
exemplos claros e objetivos para que o aluno adulto possa acompanhar.
Fonte: Shutterstock
Essa metodologia pode ser descrita, então, por meio das seguintes características (BRIDGES, 1992,
p. 5-6 apud BOROCHOVICIUS; TORTELLA, 2014):
2. O problema deve preparar os alunos, como futuros profissionais, para os desafios do mercado.
5. O aprendizado ocorre preferencialmente dentro do contexto de pequenos grupos, e não por meio
de exposições orais para toda a turma.
Fonte: Shutterstock
Trabalhar bem em coautoria.
PROTAGONISMO DO ALUNO:
AÇÃO-REFLEXÃO:
processo que transforma a experiência individual em conhecimento que se relaciona com uma
experiência prática.
No ambiente educacional, a valorização da criatividade deve estar relacionada à busca de algo novo
na construção do saber, já que se pretende transformar o potencial criativo dos alunos.
Por isso, é preciso um esforço para romper com o conformismo, a passividade e a estereotipia que,
muitas vezes, impedem no meio escolar as...
MARTINS, 2002, p. 75
ATENÇÃO
A criatividade, assim, será importante para que professores e alunos planejem, elaborem e apliquem
atividades a partir da metodologia ABP. A Aprendizagem Baseada em Problemas poderá, dessa
forma, ser um fator de motivação para os alunos adultos, levando-os a se sentirem participantes
ativos de seu próprio processo de aprendizagem.
No vídeo a seguir, a Professora Marilene Garcia aborda os assuntos até aqui trabalhados,
exemplificando-os.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
C) O aluno adulto aprende melhor quando não precisa compreender novos significados.
D) O aprendizado teórico não precisa ser realizado por meio da colaboração, construção e
contextualização do conhecimento.
B) A aplicação de um método que tem como pressuposto apresentar dificuldades para o raciocínio
de quem aprende.
C) A transformação da visão do problema em um desafio que pode ser vencido e a indicação de uma
solução.
GABARITO
A transformação da visão do problema em um desafio pode ocorrer por meio da busca de uma
solução pautada em diferentes capacidades e recursos.
DAVID KOLB
Fonte: Wikipédia
Fonte: Shutterstock
Esse ciclo deve ser percorrido em diferentes fases. Nesse caso, o aprendiz interage com um grupo
de participantes, que é estimulado por um professor ou facilitador.
Com a aplicação do CAV, há a expectativa da aquisição de um domínio, que pode ser uma
capacidade ou uma competência a ser expandida no contexto de vida e de trabalho real do aprendiz.
EXEMPLO
Pode-se levar o aprendiz a entender, por meio da vivência, os danos que o mau uso de ferramentas
de comunicação pode causar, provocando desinformação, descrença nos membros das equipes,
retrabalho, confusão etc.
Fonte: Shutterstock
A partir dessa vivência, com a reflexão e sensibilização do aprendiz adulto, verificando a sua
realidade, o aluno pode traçar um plano de comunicação ou de um treinamento mais adequado às
necessidades do ambiente de sua empresa ou de um ambiente de trabalho hipotético. Assim, é
possível estabelecer protocolos de interação na comunicação em grupos virtuais, como estabelecer
objetivos de comunicação e lidar com questões de ética.
O ciclo envolve a ideia de que algo é percorrido, com início, desenvolvimento e conclusão. Além
disso, em cada uma dessas fases, são oferecidos subsídios para avançar a outra fase. Esse ciclo,
então, parte da vivência ou de uma experiência, possibilitando qualificar o aprendiz para as próximas
fases. Isso pressupõe uma ordem necessária, que leva a um ponto de desfecho.
Assim, passando por essas fases, espera-se que o aprendiz esteja mais bem preparado em função
do que conseguiu aprender para poder aplicar o conhecimento à sua realidade.
Para que este ciclo entre em movimento, é importante pautar-se em alguns fundamentos que
estruturam a sua dinâmica. Assim, o CAV envolve fundamentalmente a aquisição de quatro
capacidades:
EXPERIÊNCIA CONCRETA
Este estilo de aprendizagem é próprio de pessoas que gostam de enfrentar situações reais a partir
de diferentes pontos de vista. Elas demonstram interesse genuíno pelas outras pessoas e são
também bastante emocionais.
OBSERVAÇÃO REFLEXIVA
Envolve observação e reflexão sobre a experiência concreta pela qual se passou na fase anterior e a
realização de um relato.
Fonte: Shutterstock
CONCEPÇÃO ABSTRATA
EXPERIMENTAÇÃO ATIVA
PROPOSTA DE APLICAÇÃO
Tal proposta pode vir em diferentes formatos, tais como: treinamentos, desenvolvimento de
diretrizes, planos de metas e de melhorias, implantação de novas formas de gestão, aquisição
de novos equipamentos para alterar o processo de produção, alteração de layout, entre outros
formatos.
ATENÇÃO
Essas capacidades permeiam o CAV de forma que o aprendiz, passando por cada uma dessas
fases, vai se preparando, subindo e conquistando uma nova condição, na qual também é testado. É
importante salientar o trajeto de melhoria da condição inicial para a final, bem como o fortalecimento
da autoestima.
Existem também quatro estilos de aprendizagem que podem ser levados em conta ao operar as
fases do CAV, conforme você pode conferir a seguir.
DIVERGENTES
Este estilo de aprendizagem é próprio de pessoas que gostam de enfrentar situações reais a partir
de diferentes pontos de vista. Elas demonstram interesse genuíno pelas outras pessoas e são
também bastante emocionais.
CONVERGENTES
Este estilo de aprendizagem é predominante em pessoas que têm inclinações por realizar tarefas
mais técnicas, gostam de aplicações práticas das ideias, ao mesmo tempo em que precisam ser
desafiadas a tomar decisões.
Fonte: Shutterstock
ASSIMILADORES
Este estilo de aprendizagem é próprio de pessoas que gostam de novos desafios, experiências
práticas, que não fogem de correr riscos e são inclinadas naturalmente a encarar mudanças de vida.
Elas não se importam muito com dados lógicos ou provenientes de uma análise técnica.
Estilos de aprendizagem operantes no CAV. Adaptado de Kolb (1984) e Filatro et al. (2019).
Quais capacidades os aprendizes deverão demonstrar ao final dessa fase?
Confira em seguida as quatro fases do CAV e, em cada uma delas, os quatro passos ou ações.
Realizar uma atividade que tem a aplicação de uma vivência em seu pressuposto, algo que se possa
experimentar. Ela poderá ser o resultado de uma cultura maker: fabricar alguma coisa, participar de
uma dinâmica, participar de um jogo, fazer uma dramatização.
Isso depende da atividade escolhida, que demandará um tipo de recurso (cartolinas e lápis coloridos
para escrever ideias ou resultados; um aplicativo específico; uso de mobile etc.).
Perguntar ao grupo os sentimentos, os achados, como se viu ao realizar a vivência, o que poderia
melhorar o desempenho de cada um e do grupo. Isso pode ser realizado em duplas, em trios ou em
grupos maiores.
Como resultado da observação reflexiva, sugere-se fazer um relato, que tem o objetivo de
compartilhar as impressões levantadas na vivência da fase anterior.
Para fazer os relatos, no decorrer da dinâmica, deve ser dado espaço para escrever ou falar
livremente sobre o que foi vivenciado anteriormente. O aluno pode utilizar dispositivos móveis, ou
mesmo papel e caneta. O importante é que ele se sinta em um ambiente favorável e acolhedor para
expressar o que sente e ter a audiência dos demais participantes, entendendo que uma atmosfera de
troca é importante para todos.
Solicitar que alguns membros do grupo, espontaneamente, exponham o que acharam dessa fase. É
importante a troca de informações.
Depois do relato, que traz dados concretos sobre a evolução da dinâmica, agora é necessário fazer
uma reflexão, entendendo como isso se torna conhecimento a partir da prática.
Os aprendizes poderão usar os recursos da fase anterior. No entanto, deverão aproveitar o tempo
para relacionar as informações, raciocinar, entender as lógicas, a fim de que produzam
conhecimentos.
Perguntar ao grupo sobre os sentimentos e as sensações experimentadas para produzir esse tipo de
conhecimento. Os alunos também podem expressar suas sugestões de melhoria, o que poderia ser
corrigido, por exemplo.
Os aprendizes serão orientados a fazer uma aplicação prática do que foi aprendido em todas essas
fases.
Dar elementos para os aprendizes fazerem planejamento, levantar o que foi trabalhado
anteriormente e estruturar um plano de aplicação à realidade.
Capacidade de fazer planejamentos, usar criatividade, ter clareza sobre os objetivos, a fim de
viabilizar a aplicação dos conceitos na sua própria realidade. Os alunos usarão a capacidade de
levantar dados, entender processos, tomar decisões para buscar solução de problemas. Devem ter
conhecimentos sobre como formatar uma proposta, fazer uma planilha, como comunicar o plano aos
envolvidos, como acompanhar, validar e avaliar os resultados.
Perguntar ao grupo as estratégias utilizadas para fazer a aplicação dos conhecimentos conquistados
ao longo do CAV. Aqui, a opinião dos participantes deverá focar na troca de informações sobre o
plano de aplicação na realidade. O pensamento crítico deve ser incentivado.
Confira a tabela a seguir para que esses verbos fiquem bastante reforçados:
Fase I – Experiência
Sentir – a partir da imersão nas vivências propostas.
Concreta
Fase II – Observação
Observar – a partir de diferentes perspectivas de observação.
Reflexiva
Fase III – Conceituação Pensar – encontrar uma forma de como integrar a vivência
Abstrata com a realidade.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) O CAV é uma metodologia de ensino centrada nos diferentes ciclos de vida do aluno e, como em
cada ciclo, o professor deve escolher abordar os conteúdos.
B) Os aprendizes com o perfil de acomodadores gostam de discutir, sob diferentes pontos de vista,
uma solução e são bastante assertivos.
D) Os aprendizes com o perfil de acomodadores gostam de tarefas que tenham algum diferencial
mais técnico.
GABARITO
O Ciclo de Aprendizagem Vivencial (CAV) implica em um trabalho de sentir, pensar, observar e atuar
a partir da realidade, levando o aluno a compreender e transformar a realidade. Assim, para que o
ciclo de aprendizagem aconteça, é preciso a aquisição ou o desenvolvimento de fases como a da
experiência concreta, da observação reflexiva, da concepção abstrata e da experimentação ativa.
Os aprendizes com o perfil de acomodadores têm a inclinação para enfrentar desafios, gostam de
correr riscos e, ao mesmo tempo, não temem imprevistos nem mudanças. As demais estão erradas.
A letra B apresenta o estilo dos divergentes. A opção C descreve os assimiladores. Já a alternativa D
traz o estilo dos convergentes.
METODOLOGIA AUCOPRE
A metodologia AuCoPre é formada por três elementos principais:
AU
(autoria)
CO
(colaboração)
PRE
(presença)
O aluno, nesse contexto de aprendizagem online, apresenta-se como um sujeito que transita num
ambiente virtual com ferramentas, como os fóruns para a exposição de opiniões, a realização de
debate, o uso de argumentações, caracterizando uma aprendizagem ativa.
Por isso, são necessárias metodologias que respondam a esse desafio. Nesse sentido, a AuCoPre
pode ser uma das propostas, pois reconhece dois elementos que contribuem para a formação a
partir de uma aprendizagem mais ativa:
Preparar profissionais ativos, mas, ao mesmo tempo, reflexivos, criativos e críticos.
Explorar as experiências desses aprendizes adultos em suas novas demandas de estudos e
de atualização profissional.
O mundo do trabalho deve ser considerado. É necessário refletir sobre as mudanças no ambiente de
trabalho, levando em conta a realidade do passado, integrando esse conhecimento ao presente e
projetando o futuro.
No quadro a seguir, você confere uma síntese dessas mudanças no ambiente do trabalho.
PASSADO PRESENTE/FUTURO
Qualidades relevantes:
Qualidades relevantes: criatividade, criticidade; tomada de
disciplina; obediência;
decisão
diligência
Processos educacionais
Processos educacionais ao longo da vida, absorvendo as
concluídos, com conteúdos
mudanças e novas demandas
estáveis
Esses movimentos ou essas tendências no mundo do trabalho ao longo do tempo devem ser
considerados no desenvolvimento e na utilização de metodologias de ensino e aprendizagem a fim
de garantir uma experiência educacional relevante para os alunos adultos.
Um caminho para essa formação pertinente aos desafios do mundo do trabalho é o desenvolvimento
e uso de metodologias que tenham como inspiração teórica a integração entre reflexão e ação, teoria
e prática.
METODOLOGIA AUCOPRE
Ao destacar a autoria do aluno, a colaboração entre seus colegas e a presença ativa num ambiente
de aprendizado, essa metodologia
torna-se relevante para a formação de profissionais que vão atuar num contexto profissional que
exige habilidades como comunicação, trabalho em equipe, iniciativa, espírito crítico e criatividade.
O fórum é capaz de criar laços sociais, tornando-se importante ferramenta para as interações e a
construção de um conjunto de recursos compartilhados por um grupo virtual a partir da reciprocidade
dos membros desse grupo, o que configura um capital social (RECUERO, 2009, apud MONTES,
2017).
RELACIONAIS
Referem-se aos laços sociais que se pode criar no ambiente virtual.
NORMATIVOS
Sustentam-se pelas normas e regras estabelecidas para o ambiente, a partir de valores morais a
serem trabalhados no grupo.
COGNITIVOS
Relacionam-se aos conhecimentos produzidos e compartilhados socialmente.
DE CONFIANÇA
Refere-se à confiança no comportamento dos membros do grupo, permitindo que o aluno perceba o
ambiente como confiável e possa se expressar ou se expor.
INSTITUCIONAIS
Correspondem às instituições ou à estrutura formal ou mesmo informal de veiculação de um curso ou
atividades de aprendizagem.
Pensar;
Se expor;
Registrar as ideias;
Julgar;
Integrar assuntos;
Filtrar informações;
Decidir sintetizar;
Ser coautor;
Fonte: Shutterstock
Colaborar e
O fórum, sendo uma ferramenta assíncrona, em que a interação se dá em tempos diferentes, e não
simultaneamente, apresenta características apropriadas para o uso da metodologia AuCoPre:
CARACTERÍSTICAS 1
Apresenta uma orientação do professor ou tutor para a participação do aluno nas discussões e
interações.
CARACTERÍSTICAS 2
Procura motivar os participantes por meio de temas ou tarefas que despertem o interesse e
produzam engajamento.
CARACTERÍSTICAS 3
Oferece espaço para a expressão de resultados de pesquisas autônomas e colaborativas entre os
demais participantes.
CARACTERÍSTICAS 4
Permite a aprendizagem responsiva, ou seja, aquela que depende de engajamentos para que haja o
retorno participativo dos alunos.
CARACTERÍSTICAS 5
Parte de uma abordagem de aprendizagem intersubjetiva, em que os sujeitos da aprendizagem
interagem por meio da colaboração na reflexão sobre questões comuns.
CARACTERÍSTICAS 6
Demanda dos aprendizes capacidades para expor opiniões, pesquisar e se expressar de forma
assertiva.
AUTORIA
COLABORAÇÃO
Impulsiona a autoria, ou as coautorias, podendo ter sua origem em uma estrutura de atividades
produzida em pares, em trios ou em grupos maiores. Ela é a contrapartida do aluno a uma questão
desencadeada pelo professor/tutor do curso.
Se o aluno não identificar um elemento motivador que impulsione a colaboração, que gere
engajamento, ele pode ficar desestimulado e se recusar a colaborar com a proposta no fórum,
tornando esse recurso irrelevante para sua aprendizagem (MONTES, 2017). Por isso, é importante
reconhecer que a participação no fórum é uma forma de expressão que indica o grau de
envolvimento do aluno no curso e em suas atividades.
PRESENÇA
Em um curso EaD, ocorre de modo virtual, por meio da interação em atividades, como o fórum. No
planejamento de um curso online, o cuidado com a forma de organizar e apresentar as atividades,
por meio de um eficaz e criativo trabalho de design instrucional, deve favorecer a participação dos
alunos. A presença ativa do aluno, que se dá pelas diferentes formas de interação, deve ser
caracterizada pela autoconfiança do aprendiz e pela orientação encorajadora do professor ou tutor.
O tutor deve atuar como agente das colaborações, reforçando o senso de comunidade de
aprendizagem e evitando a omissão ou a evasão do aluno.
No contexto da aprendizagem em ambientes virtuais, podemos identificar, pelo menos, duas formas
de interação:
MÚTUA
A interação mútua é aquela que dá mais liberdade para o aluno interagir de forma criativa e
colaborativa com todos os participantes, afetando o grupo de forma mais desafiadora. Nesse caso,
temos o que se pode denominar de modelo interacional “de todos para todos”, no qual os
participantes, a relação e o contexto são valorizados.
REATIVA
A interação reativa é, na verdade, uma relação limitadora da própria interação, pois é baseada em
atividades e roteiros fechados que valorizam apenas o contexto, sem incluir os participantes e a
relação (PRIMO, 2003, apud MONTES, 2017).
Para que a presença social do aluno seja de qualidade e contribua para a construção coletiva do
conhecimento, é necessário que o fórum e as demais atividades desenvolvidas nos ambientes
virtuais de aprendizagem não se limitem a temáticas pouco provocativas e com propostas que não
facilitem a interação entre os participantes.
EXEMPLO
O fórum, por exemplo, não é uma ferramenta para simples exibição de uma pergunta que os
participantes, de forma individual e isolada, respondem com textos copiados de uma fonte qualquer,
muitas vezes configurando plágio, ou por meio de respostas que não demandam reflexão e debate.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Possibilita a participação individual e coletiva dos alunos, que atuam com coautoria, por meio da
colaboração na construção dos textos em torno da discussão de um tema e da presença ativa nessa
discussão em fóruns, por exemplo.
C) Estabelece vínculos entre o tutor e o aluno para que este possa resolver problemas de listas de
exercícios e responder a questionários presentes no material didático, por exemplo.
D) Favorece a atuação do aluno a partir do envio de dúvidas e perguntas ao tutor, usando serviço ou
canal de mensagens virtuais, por exemplo.
A) AuCoPre é uma metodologia centrada na relação entre teoria e reflexão, pois o ambiente de
trabalho exige cada vez mais profissionais com sólida formação teórica.
B) A metodologia AuCoPre é adequada à formação para o ambiente profissional, pois é inspirada na
integração entre escola e trabalho por meio da realização de estágios e atividades práticas em
simuladores virtuais.
GABARITO
A metodologia AuCoPre pode ser exemplificada na educação de adultos por meio do uso do fórum
online, pois essa ferramenta permite que o aluno tenha uma atuação individual e coletiva na qual
manifesta sua autoria, participa colaborativamente da construção de textos e do próprio
conhecimento, além de experimentar uma convivência social no grupo de discussão.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, você aprendeu que as metodologias ativas são a abordagem de ensino mais adequada
para alunos adultos, pois valorizam a autonomia, a experiência e o conhecimento prévio dos alunos,
além de atenderem à necessidade de preparação para o ambiente de trabalho.
Essas metodologias são inspiradas em pressupostos teóricos que destacam a integração entre
reflexão e ação, a teoria e a prática, além de estarem baseadas em atitudes responsáveis,
adequadas e orientadas por professores/tutores, a fim de que a relação com os alunos e a interação
entre os próprios estudantes promovam novas e desafiadoras condições de aprendizagem.
Tudo isso demanda do professor, facilitador ou tutor um esforço criativo e crítico para se reinventar
no tratamento dos recursos didáticos e das ferramentas digitais em ambientes presenciais e virtuais,
atentando para a promoção de diferentes estilos de aprendizagem e enfatizando a criação de
comunidades de engajamento e de colaboração.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BOROCHOVICIUS, E.; TORTELLA, J. C. B. Aprendizagem baseada em problemas: um método de
ensino-aprendizagem e suas práticas educativas. In: Ensaio: avaliação, políticas públicas
educacionais. Rio de Janeiro, v.22, n. 83, p. 263-294, abr./jun. 2014.
DELISLE, R. How to use problem-based learning in the classroom. Virginia: Association for
Supervision & Curriculum Deve, 1997.
FILATRO, A. et al. DI 4.0: inovação na educação corporativa. São Paulo: Saraiva, 2019.
KOLB, D. A. Experimental learning: experience as the source of learning and development.
Englewood Cliffs: Prentice-Hall, 1984.
MONTES, M. T. A. AuCoPre: uma metodologia para o trabalho didático nos fóruns de discussão.
Curitiba: Appris, 2017.
EXPLORE+
Leia sobre a metodologia ABP e conheça orientações para sua aplicação no artigo
Aprendizado baseado em problemas, dos professores Marcos Borges, Silvana Chachá,
Silvana Quintana, Luiz Carlos C. Freitas e Maria Rodrigues.
Você pode aprender mais sobre metodologias ativas no contexto da andragogia com a leitura
do artigo Metodologia ativa de aprendizagem para o ensino em administração: relatos da
experiência como o peer instruction em uma instituição de Ensino Superior, de Alexandre
Godói e Jeferson Ferreira.
CONTEUDISTA
CURRÍCULO LATTES