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FUNÇÕES COGNITIVAS NO IDOSO

TÉCNICO/A DE GERIATRIA

Sessão 2

Formador: Ricardo Pinto


Funções Cognitivas no Idoso

Características das modificações na memória

É difícil imaginar uma vida sem registros, sem lembranças ou recordações, sem ao menos reconhecimento.
Assim, infere-se a importância da memória na vida do homem e compreende-se a relutância, às vezes
inevitável, contra o esquecimento.

O processo de fixação das informações, do ponto de vista psicológico (o que exclui nesta análise outras
variáveis como alimentação, estilo de vida, etc.), depende principalmente dos seguintes aspetos:

• Atenção global: estar atento é um pré-requisito fundamental para armazenar as informações


percebidas;

• Nível de consciência: assim como a atenção, o nível de consciência fundamenta o funcionamento


mental necessário para os registos anémicos;

• Interesse emocional: a memorização está ligada diretamente com o interesse e o vínculo afetivo do
sujeito com a informação;
Funções Cognitivas no Idoso

• Conhecimento anterior: a memorização de novas informações é facilitada quando já existem conteúdos


prévios relacionados às novas informações;

• Capacidade de compreensão: compreender a informação é um dos passos para o processo de fixação


anémica;

• Organização temporal das repetições: já se dizia que "aquilo que não se usa, se perde", assim a
memorização depende também da repetição e da frequência desta durante o tempo;

• Dos canais senso-percetivos utilizados: o ser humano possui sentidos dominantes, sendo que cada
atividade exige um uso específico da perceção. A memorização será diferentemente influenciada pelas
vias auditivas, olfativas, visuais, etc.
Funções Cognitivas no Idoso

A forma mais frequente de perda de memória é conhecida popularmente como "esclerose" ou demência.
A demência mais comum é a doença de Alzheimer, que se caracteriza por acentuada perda de memória
acompanhada de graves manifestações psicológicas como por exemplo a alienação.

Outros problemas que afetam a memória são:

• Estados psicológicos alterados como o stresse, a ansiedade e a depressão. A falta de vitamina B1


(tiamina) e o alcoolismo.
• Doenças da tiroide, como o hipotiroidismo.
• O uso de medicação como os calmantes, ou drogas por tempo prolongado.
• A vida sedentária com excesso de preocupações e insatisfações, bem como uma dieta deficiente,
favorece a perda de memória.
Funções Cognitivas no Idoso

Contrariamente ao esquecimento comum ocorrido normalmente no dia-a-dia das nossas vidas, existem
algumas doenças no cérebro que causam perda de memória e também interferem com a capacidade de
aprender. A esta inabilidade dá-se o nome de Amnésia e podem ocorrer por traumatismos, tumor,
encefalites e AVC. Existem diversas estratégias a adotar para melhorar a memória, sendo:

• Estimular a memória: Utilize ao máximo a sua capacidade mental. Desafie o novo. Aprenda novas habilidades.
• Prestar atenção: Não tente guardar todos os factos que acontecem, mas focalize a sua atenção e concentre-se
naquilo que achar mais importante.
• Relaxar: É impossível prestar atenção se estiver tenso ou nervoso.
• Associar fatos a imagens: Aprenda técnicas mnemónicas.
• Visualizar imagens: Veja as figuras com os "olhos da mente".
• Alimentos: Algumas vitaminas são essenciais para o funcionamento apropriado da memória: tiamina, ácido fólico e
vitamina B12. São encontradas no pão e cereais, vegetais e frutas.
• Água: Ajuda a manter funcional os sistemas da memória, especialmente em pessoas mais velhas.
• Sono: É fundamental proporcionar-se um sono suficiente e descanso do cérebro.

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