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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PSICOPEDAGOGIA
DISCIPLINA CONSTRUÇÃO DE LEITURA E ESCRITA.

ALUNO: JOSÉ ADAILTON BATISTA ROMÃO.

. Conceitos básicos de leitura e escrita


A leitura e escrita são habilidades fundamentais para a comunicação e o desenvolvimento
cognitivo. Alguns conceitos básicos incluem: o alfabeto, os fonemas, as sílabas, entre
outros conceitos.
O alfabeto corresponde ao conjunto de letras que representam os sons da língua em um
sistema de escrita. Enquanto os fonemas são os sons individuais da fala que são
representados pelas letras no alfabeto.
Já as sílabas são unidades de som que formam as palavras. Uma palavra pode ser dividida
em sílabas. E as palavras são combinações de letras e sílabas que representam conceitos
e objetos.
Além disso, também podemos falar da compreensão leitora, que é a capacidade de
entender o significado do que é lido e é essencial para o processo de aprendizagem. Outra
habilidade indispensável é a fluência, que corresponde à habilidade de ler ou escrever de
forma rápida e precisa.
Ademais, o entendimento da ortografia e da gramática também são importantes no
processo de construção da escrita e leitura. A ortografia é a maneira correta de escrever as
palavras de acordo com as regras do idioma. E a gramática são as regras que governam a
estrutura e a formação das frases e textos.
Esses são alguns dos conceitos básicos que ajudam a construir as habilidades de leitura e
escrita. A prática constante e a familiaridade com a língua são essenciais para aprimorar
essas habilidades.

. História da leitura e escrita


Da linguagem falada à escrita, muitas questões ocorreram ao longo da história até
chegarmos na linguagem escrita que conhecemos hoje. Antes da escrita, na pré história, os
seres humanos usavam símbolos e pinturas nas cavernas para se comunicar e registrar
informações. A escrita nasce da necessidade de se registrar e guardar informações, como
contas e números (como no caso dos quipus que são os cordéis com nós para fazer
contas).
Depois vieram as escritas cuneiformes, uma das primeiras formas de escrita
conhecidas foi desenvolvida na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C. Usava sinais em forma
de cunha em tabuletas de argila. Logo depois os hieróglifos, que no Egito antigo, por volta
de 3000 a.C. eram usados para registrar informações em papiros e monumentos.
Já a escrita alfabética, onde símbolos representam sons específicos, surgiu em
torno de 2000 a.C. Outra forma que também podemos dividir e diferenciar a escrita, são os
modos de invenção simbólica: pictografia, ideografia (chinesa e hieroglífica) e a fonográfica
( silábica- japonesa e alfabética- grega)

. Neurobiologia da leitura e escrita

O estudo da neurobiologia se trata do estudo do sistema nervoso e das funções cerebrais.


Durante o século XIX, com os avanços na medicina, surgiu um grande interesse em saber
a localização das funções da linguagem, A neurobiologia da leitura e escrita envolve
processos complexos no cérebro. Quando uma pessoa lê ou escreve, várias áreas do
cérebro desempenham papéis essenciais como a área de Broca e a área de Wernick.
A área de Wernicke está localizada no hemisfério esquerdo, esta área é responsável pela
compreensão da linguagem escrita .Enquanto a área de Broca também no hemisfério
esquerdo, no entanto controla a produção da linguagem escrita, incluindo a formação de
palavras e frases.
Além disso, o cérebro possui uma divisão por lobos nos quais são ativados dependentes
da sua respectiva função. O lobo occipital é responsável por processar as informações
visuais das palavras que vemos durante a leitura. O lobo frontal desempenha um papel
crucial no planejamento e na organização das atividades de escrita, reprodução da fala,
semântica e fonológica. O parietal está envolvido na integração das informações visuais e
motoras necessárias para escrever e compreensão da fala, E por fim, o temporal, no qual
se processa a audição e a fala.
Outra estrutura importante é o corpo caloso, que conecta os hemisférios direito e
esquerdo, permitindo a comunicação entre áreas especializadas.Essas áreas trabalham em
conjunto para a leitura e escrita fluente. A neuroplasticidade é fundamental, pois o cérebro
se adapta e se reorganiza à medida que as habilidades de leitura e escrita são adquiridas e
aprimoradas. Dificuldades de leitura e escrita, como a dislexia, também têm uma base
neurobiológica e podem envolver diferenças na ativação ou conectividade dessas áreas
cerebrais.

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