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ESPECTRO DA ANSIEDADE

ESPECTRO OBSESSIVO-COMPULSIVO
ESPECTRO DA HIPOCONDRIA
ISOLÂNIA

Contexto clínico: Paciente de 37 anos, cirurgiã, faz tratamento com você há mais de 1 ano e está “estável”.
Gastava horas se olhando no espelho e checando o cabelo das outras pessoas, e apresentava ataques de
pânico noturnos. Costuma faltar em consultas.

Pontos de atenção para a vinheta:

• Qual o sintoma ansioso mais incapacitante apresentado pela paciente?


• Quais os dois diagnósticos de Isolânia?
• Quais dados do exame psíquico lhe ajudam a suportar as hipóteses diagnósticas?
• Descreva fenomenologicamente seus comportamentos relacionados ao cabelo
Vinheta Isolânia
ISOLÂNIA

Contexto clínico: Paciente de 37 anos, cirurgiã, faz tratamento com você há mais de 1 ano e está “estável”.
Gastava horas se olhando no espelho e checando o cabelo das outras pessoas, e apresentava ataques de
pânico noturnos. Costuma faltar em consultas.

Pontos de atenção para a vinheta:

• Qual o sintoma ansioso mais incapacitante apresentado pela paciente?


• Quais os dois diagnósticos de Isolânia?
• Quais dados do exame psíquico lhe ajudam a suportar as hipóteses diagnósticas?
• Descreva fenomenologicamente seus comportamentos relacionados ao cabelo
TT ANSIOSOS

TT. HUMOR COM SINTOMAS ANSIOSOS

DDX. ANSIEDADE
TT. ESPECTRO DO TOC
PATOLÓGICA

TT. RELACIONADOS AO ESTRESSE

TT. SINTOMAS SOMÁTICOS E


RELACIONADOS
TRANSTORNOS ANSIOSOS

TR. ANSIOSO NÃO TR. ANSIOSO DEVIDO A CONDIÇÃO


ESPECIFICADO MÉDICA
SINTOMAS ANSIOSOS

TR. ANSIOSO INDUZIDO POR


PREJUÍZO FUNCIONAL SUBSTÂNCIA TR. DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
E / OU
SOFRIMENTO CLINICAMENTE
FOBIA SOCIAL (TR. ANSIEDADE
SIGNIFICATIVO
SOCIAL)

MUTISMO SELETIVO
PREOCUPAÇÃO
SINTOMAS SOMÁTICOS
MEDO E CRISES DE PÂNICO FOBIA ESPECÍFICA
EVITAÇÃO

ATAQUE DE PÂNICO TR. ANSIEDADE GENERALIZADA


é especificador, não
diagnóstico
TR. PÂNICO

AGORAFOBIA
Adaptado de DSM-5
OUTRO TR. ANSIEDADE
ESPECIFICADO
PSICOPATOLOGIA DA ANSIEDADE

“Ansiedade” é um termo vago e inespecífico. Vamos dissecar?

PREOCUPAÇÃO SINTOMAS SOMÁTICOS MEDO EVITAÇÃO

Perigo iminente

Sintoma mais
Expectativa apreensiva incapacitante dos
/ Catastrofização transtornos ansiosos e
Ataques de pânico consequência final da
ansiedade patológica
TRANSTORNOS ANSIOSOS

MAIS RELACIONADOS A ATAQUES DE


MAIS RELACIONADOS A PREOCUPAÇÃO
PÂNICO E EVITAÇÃO

TR. ANSIEDADE GENERALIZADA FOBIA ESPECÍFICA

TR. DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO MUTISMO SELETIVO

FOBIA SOCIAL

TR. PÂNICO
Adaptado de DSM-5

AGORAFOBIA
TR. ANSIEDADE
GENERALIZADA =[TR. DA PREOCUPAÇÃO PATOLÓGICA]

(TAG) F FADIGA

3 OU +
I INQUIETAÇÃO

PREOCUPAÇÃO/ANSIEDADE EXCESSIVA
R
1 OU + (I/A)
“RAIVA” à IRRITABILIDADE

DE DIFÍCIL CONTROLE 6 MESES S “SONO” à INÔNIA

T TENSÃO MUSCULAR

P reocupação
D ifícil
C ontrole “BRANCOS” OU
B DIFICULDADE DE
CONCENTRAÇÃO

Adaptado de DSM-5
DDX

TDM COM SINTOMAS ANSIOSOS

INQUIETAÇÃO / AGITAÇÃO
I PSICOMOTORA Diferenciar com evolução temporal

R SENTIR-SE NERVOSO / TENSO Diferenciar com evolução temporal

PREOCUPAÇÃO DE PERDER O
CONTROLA (DESESPERO PARTE 1)

PREOCUPAÇÃO DE ALGO TERRÍVEL


ACONTECER (DESESPERO PARTE 2)

B “BRANCOS” OU DIFICULDADE DE
CONCENTRAÇÃO POR PREOCUPAÇÃO
Diferenciar com evolução temporal
Epidemiologia

2-6% ao longo da vida (maior Mais frequente em países ricos


em países desenvolvidos) HF 1º grau dobra a prevalência.

Semelhante ao
Proporção 1:2
Transtorno Depressivo Maior...

Início: adulto jovem Personalidade ansiosa Vulnerabilidade.


(~20-30a) (atenção seletiva, cognição
ruminatória) ou neuroticismo
COVID: medo de
Maior mortalidade por +
infecção, tédio e
causas cardiovasculares Gatilhos
isolamento social,
(estresse crônico) +
Fatores perpetuadores prejuízo financeiro,
Elevada incapacidade e luto, sequelas
prejuízos (atrás apenas do = TAG pulmonares...
TDM)

DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao


Comorbidades

Mais associado à Tr. Humor Mais associado a outros tr.

Avaliação do dependente (depressão maior)


até 54%
ansiosos
~ 30% fobias, 20% pânico

Uso de SPA (exacerba TAG,


TAG aumenta recaída)

Curso e prognóstico

Crônico e com baixa remissão

Com risco de recidiva em


fases estressantes

Outros T. Ansiedade (No TAG preocupações constantes e generalizadas).


Induzido substâncias (comum: cafeína, corticoide, acatisia sec. neurolépticos)
Por condição médica (hipertireoidismo)
Principal Ddx
TOC: No TAG checagens não são egodistônicas, em geral consomem menos
tempo e, se relacionam à preocupações da vida cotidiana – trabalho, segurança
dos filhos, prazos.
CPF: córtex pré frontal. COF: córtex órbito frontal.
CCA: córtex cingulado anterior. CETC: cortico
NEUROBIOLOGIA DA ANSIEDADE estriado tálamo cortical

DEVO TEMER ESSA


SITUAÇÃO OU
LABIRINTO DE PREOCUPAÇÕES E OBSESSÕES:
COISA?

AMÍGDALA
CETC*
GABA, 5HT, NA,
hipersensível QUANTO?
menos autorregulação

CPF
COF e CCA GABA (densidade de receptores diminuída) GABA-A: benzodiazepínico,
Pânico | Fobia álcool, sedativos, barbitúricos)
Glutamato
5HT (menor concentração do metabólito 5HIAA no líquor em alguns
CPF estudos)
Dopamina
Canais iônicos por voltagem.

RESPOSTA:
Hipocampo: eixo HPA (resposta endócrina, p.ex. cortisol) e memórias do TEPT
Locus coeruleus (“central noradrenérgica”): resposta autonômica.
Curso e Prognóstico Naturais

Personalidade ansiosa
Infância/Adolescência Adulto Jovem Meia Idade Idoso

Raro antes da Pico de início: Adultos jovens tem Declínio da intensidade Raramente remissão
adolescência 20-30 anos sintomas mais fortes dos sintomas total

Quanto mais cedo manifesta, maior Transtorno recorrente (50%)


tendência a comorbidades.
Episódios duram em média 6-18 meses

Fatores de Risco

Dimensionais Ambientais Genéticos


• Temperamento: Inibição de • Adversidades na Infância
comportamento • 1/3 do risco é
• Vivência de apego genético
• Neuroticismo (menos resiliência, inseguro: superproteção
mais reatividade ao estresse) • Maior carga é
parental / negligência ambiental
• Temperamento esquivo / emocional
persistente
DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao

DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao


Tratamento Fase Aguda 8-12 semanas. Manutenção mínima 6m.

ISRS: Sertralina, Escitalopram,


Leve – mudanças de estilo de vida Fluoxetina, Paroxetina
(atividade física, higiene do sono) e Duloxetina, Venlafaxina
TCC Reavaliar Pregabalina (add-on para sintomas
Moderado – TCC E/OU Medicação* 4-6 semanas somáticos) ou MONOTERAPIA
(150mg-600mg)
Grave – TCC E Medicação* Buspirona (add-on para crises de
ansiedade)

Efeito máximo e cumulativo de medicações PROVAS E CONCURSOS!!!*


12 semanas (e com atividade física)
Algumas bancas consideram SERTRALINA como a
única 1ª linha de medicação.
Resistência:
TCC + medicação Outras consideram todos os ISRS

Refratariedade: Outras consideram SERTRALINA, ESCITALOPRAM


E PREGABALINA
Uso cauteloso: Quetiapina XR (50-150mg),
buspirona, benzodiazepínicos até 4 semanas, Outras consideram ISRS, duais e Pregabalina
hidroxizine, agomelatina, TCA (imipramina)
Poucos resultados: Mirtazapina, trazodona.
TR. ANSIEDADE DE [DAS FIGURAS DE APEGO = FA]
SEPARAÇÃO (TAS)

3 OU +

SOFR. NA SEPARAÇÃO OU PREVISÃO


MEDO DE FICAR LONGE DAS FA
MEDO DE SE DE SEPARAÇÃO DAS FA
SEPARAR DA FA
SOMATIZAÇÃO NA SEPARAÇÃO OU RECUSA FICAR LONGE DAS FA
PREVISÃO DE SEPARAÇÃO DAS FA
1 MÊS NA I/A
MEDO DE EVENTOS QUE LEVEM A
Ex - sequestro RECUSA DORMIR LONGE DAS FA
SEPARAÇÃO DO SUJEITO COM AS FA
6 MESES
PESADELO COM SEPARAÇÃO DO
MEDO DE PERDER AS FA Ex - morte
SUJEITO COM AS FA

EXCLUIR QUE MELHOR EXPLICADO


EXCLUIR MELHOR EXPLICADO POR EXCLUIR QUE MELHOR EXPLICADO
POR TAG (CATASTROFIZAÇÃO
TOC, AGORAFOBIA, PSICOSE PELA RIGIDEZ DO TEA GENERALIZADA)
TR. ANSIEDADE DE [DAS FIGURAS DE APEGO = FA]
SEPARAÇÃO (TAS)

3 OU +

SOFR. NA SEPARAÇÃO OU PREVISÃO


MEDO DE FICAR LONGE DAS FA
MEDO DE SE DE SEPARAÇÃO DAS FA
SEPARAR DA FA
SOMATIZAÇÃO NA SEPARAÇÃO OU RECUSA FICAR LONGE DAS FA
PREVISÃO DE SEPARAÇÃO DAS FA
1 MÊS NA I/A
MEDO DE EVENTOS QUE LEVEM A
Ex - sequestro RECUSA DORMIR LONGE DAS FA
SEPARAÇÃO DO SUJEITO COM AS FA
6 MESES
PESADELO COM SEPARAÇÃO DO
MEDO DE PERDER AS FA Ex - morte
SUJEITO COM AS FA

EXCLUIR QUE MELHOR EXPLICADO EXCLUIR QUE MELHOR EXPLICADO


EXCLUIR MELHOR EXPLICADO POR POR TAG (CATASTROFIZAÇÃO
PELA RIGIDEZ DO TEA
TOC, AGORAFOBIA, PSICOSE GENERALIZADA)
TR. ANSIEDADE DE Epidemiologia

Avaliação do dependente
SEPARAÇÃO (TAS)
Na infância 2-4% . Estressores comuns: doença ou luto
Em adultos americanos 1-2%. em familiar, luto de pet.
M > H (início adulto ou persistindo)

Ansiedade na infância (50% é TAS)

CURSO
• John Bowlby e a “Teoria do
Apego”.
Menor tendência a cronificar • Estudos retrospectivos
sugerem que pacientes
No adulto: 1/3 teve na infância com TPB tiveram + TAS e +
(internalização mães ansiosas) grave.
Pais cônjuge ou amigo • Associação entre TAS e baixa-
autoestima, insegurança e
necessidade de
Pior desempenho acadêmico, papéis reasseguramento de terceiros
sociais, +2x cefaleia e asma (hipótese para o desenvolv.
de personalidade
dependente)
TR. ANSIEDADE DE Comorbidades
SEPARAÇÃO (TAS)
Outros tr. de ansiedade, tr. Humor e
luto complicado.

Tratamento

CBT (Terapia comportamental na


interação).

Cuidador reforça comportamento


desejado e extingue indesejados

Dinâmica individual e de grupo:


vínculo e apego seguro, focada na
transferência, relações interpessoais.
Tratar comorbidades.
ISRS 1ª escolha. BZD curto
período.
Em investigação: desregulação de
ocitocina em adultos
2/2
FÓRMULA GERAL DAS FOBIAS Ataques de pânico esperados

“X” PROVOCA MEDO/ANSIEDADE

MEDO / ANSIEDADE
DESPROPORCIONAL + DE X +
SEMPRE/
QUASE SEMPRE
+
“X” É EVITADO/SUPORTADO COM
INTENSO SOFRIMENTO
6 MESES PREJ/SOFR

FOBIA SOCIAL AGORAFOBIA FOBIA ESPECÍFICA

HIERARQUIA
“FOBIAS” MELHOR EXPLICADAS POR TT. ALIMENTARES, TT. PSICÓTICOS, TEPT, TT. SINTOMAS SOMÁTICO > FOBIA ESPECÍFICA

HIERARQUIA
FOBIA ESPECÍFICA, FOBIA SOCIAL E AGORAFOBIA PODEM SER COMÓRBIDAS AOS TT. ACIMA
FOBIA ESPECÍFICA

ESTÍMULO FÓBICO FOBIAS ESPECÍFICAS


(EF), exceto SS e SA

6 MESES • Maior prevalência 6-12%.


• Mais comum múltiplas.
“EF” SEMPRE OU QUASE SEMPRE PROVOCA
MEDO/ANSIEDADE
• Meninas > meninos (6-13 anos: pequenos animais (insetos),
EF SEMPRE OU QUASE SEMPRE É EVITADO/
sangue/injeção e em adultos: situacionais como altura)
SUPORTADO COM INTENSO SOFRIMENTO • Medo irracional egodistônico, em geral, com consciência da
irracionalidade.
AMBIENTE NATURAL • Tratamento
SANGUE/ INJEÇÃO • 1º - é necessário?
SITUACIONAL
ANIMAL • TCC (exposição gradual – presencial e realidade virtual),
OUTROS mindfullness para diminuir aversão.
• BZD se necessário, em curto prazo (ex – viagem de avião) –
EXCLUIR QUE MELHOR EXPLICADO cuidado com reação paradoxal
POR OUTRO TR. MENTAL
COMORBIDADES
Avaliação do dependente
Transtorno por uso de álcool (atenuar estresse do
estímulo) e depressão.

CURSO

Gravidade relativamente constante sem o curso


oscilante. As que persistem até vida adulta
provavelmente não remitem.

Tratamento

Padrão ouro: comportamental (exposição ao vivo ou


virtual). Medicamentoso: ganhos modestos em
estudos controlados.
FOBIA SOCIAL = TR.
ANSIEDADE SOCIAL
FOBIA SOCIAL
• 2 tipos:
SITUAÇÕES SOCIAIS • Ansiedade social generalizada:
(SS) comportamento inibitório desde a
infância.
6 MESES • Ansiedade social somente de
desempenho (dar aula, apresentar) –
“SS” SEMPRE OU QUASE SEMPRE
PROVOCA MEDO/ANSIEDADE menor impacto funcional, boa
SEMPRE OU QUASE SEMPRE É EVITADO/ resposta aos beta bloqueadores,
SUPORTADO COM INTENSO SOFRIMENTO
início mais tardio.
MEDO DE PERCEBEREM SUA ANSIEDADE
EM SS
• Diagnóstico diferencial:
• Esquizoide: falta interesse em
ESPECIFICAR SE APENAS DE
DESEMPENHO socializar e não medo.
• Agorafobia: não ocorre desconforto
na presença de outra pessoa.
• TEA: sociabilidade limitada por falta
de habilidades sociais.
• “timidez”
FOBIA SOCIAL = TR. Epidemiologia e curso
ANSIEDADE SOCIAL

Avaliação do dependente Prevalência segue a fobia específica (8-10%)

Idade média de 13 a(+ exigências sociais).

Se persistirem até vida adulta, chance de remissão menor sem tratamento.

Comorbidades:

Tr. Depressivos, TUS (na adolescência esta comorbidade se institui), outros


transtornos ansiosos (agorafobia), suicídio (bullying/isolamento) e Transtorno
de Personalidade Esquiva (maior comprometimento funcional e interpessoal
na intimidade)

Neurobiologia

Alterações em amígdala, ínsula, hipocampo, região


frontal orbital.
FOBIA SOCIAL = TR.
ANSIEDADE SOCIAL Tratamento

TCC: resposta mais consistente. Outras: TIP e Psicodinâmica em grupo.


(Reestruturação cognitiva, treino de habilidades sociais e assertividade)

ISRS (resposta em 55%): escitalopram, paroxetina, sertralina, fluvoxamina


IRSN: venlafaxina
Pregabalina 600mg/dia, gabapentina (resposta de 35%) – estratégia add-
on. Limitante para monoterapia: tolerabilidade, comorbidade depressiva
BZD inicial ou adjuvante para resposta rápida (sedação)
Desempenho: beta bloqueador 1h antes (sem eficácia em ECRCP)

3ª linha: fluoxetina e mirtazapina – resultados contraditórios


PICO 2-4 anos

MUTISMO SELETIVO Quase 100% tem Fobia Social


MUTISMO SELETIVO
• Quase 100% tem FS comórbida.
(diagnóstico diferencial: participação
FRACASSO EM EXCLUIR QUE MELHOR EXPLICADO
POR DESCONFORTO COM IDIOMA
social e em grupos em atividades que
FALAR EM SS não precisa falar)
• Alta comorbidade com TASep
EXCLUIR 1º MÊS DE AULA • Pico 2-4 anos
MAS CONSEGUE FALAR EM • 0,7% população
SITUAÇÕES DE CONFORTO
(EX FAMILIARES) EXCLUIR MELHOR EXPLICADO POR • RARO TDAH
GAGUEIRA • Quadro não é por oposição “disruptiva”
• Tratamento
1 MÊS EXCLUIR MELHOR EXPLICADO POR • TCC
TEA, PSICOSE, OUTRO TR. MENTAL
• Psicoeducação
• ISRS* apenas se falha de TCC ou
crianças mais velhas
TR. DO PÂNICO Ataques de pânico inesperados

MEDO DE NOVOS ATAQUES / CONSEQUÊNCIAS


ATAQUES DE PÂNICO INESPERADOS (ex:
dormindo)
+ RECORRENTES
+1 ou +
COMPORTAMENTOS EVITATIVOS

≥1 MÊS EXCLUIR DELIRIUM / ORG /


INDUZIDO / MELHOR EXPLCADO
POR OUTRO TR MENTAL

PREJ/SOFR
TR. DO PÂNICO Epidemiologia

1-5% aos longo da vida

Proporção 1:2 Semelhante ao


Transtorno Depressivo Maior...

14 anos > Prevalência < 64 anos

> Descendência Europeia

No pânico: intenso, agudo, autolimitado. No tr. somatoforme: sintomas físicos


Principal Ddx
persistentes.

DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao


TR. DO PÂNICO Curso

Avaliação do dependente Crônico

Comorbidades:

TUS, outros transtornos


ansiosos (TAG e
agorafobia).

Prognóstico

Bom com tratamento precoce,


adequado e de comorbidades
ATAQUE DE PÂNICO “Pele”

Calafrio/Calor
SURTO ABRUPTO DE MEDO COM PICO EM MINUTOS
4 ou +
Sudorese
Psíquicos
“Cardio”
Medo de morrer
Palpitação

Medo de enlouquecer
Dor/desconforto torácico

Despersonalização / Desrealização “Pneumo”

“Neuro” Sensação de asfixia

Tontura/Desmaio
Sufocamento/falta de ar

Parestesias
“Gastro”

Tremores/Abalos Náusea/desconforto abdominal


ATAQUE DE PÂNICO NEUROBIOLOGIA

Ausência de motivo específico


ou AMÍGDALA
Fatores psíquicos (antecipação, memória) e
químicos (cafeína altas doses, ioimbina)

HIPOTÁLAMO
CRH

HIPÓFISE
ACTH

SUPRARRENAL
glicocorticoide

HIPOCAMPO
ATAQUE DE PÂNICO CRISE DE ANSIEDADE

“Explosão” de sintomas somáticos em Duração de minutos a horas, com poucos


minutos / máximo 1 hora sintomas somáticos

Frequentemente leva à busca por Raramente leva à busca por


emergência clínica e exames emergência clínica ou medo de morte

Relacionado a dificuldade de
Gera mais rapidamente a evitação de
controle de preocupação, maior
gatilhos de crises
latência para gerar evitação
TÉCNICAS DE TCC:

• Psicoeducação (pânico/catastrofização)
• Exposição: questionamento socrático e interpretação correta da
experiência, exposição repetida para extinção do medo, pareamento com
estímulos positivos.
• Inibição de resposta: Restringir os comportamentos aprendidos (evitativo,
necessidade de reasseguramento).
• Cognitivas: reestruturação cognitiva, registro de pensamentos
disfuncionais, testagem de crenças desadaptativas, experimentos com
avaliação correta da ameaça.
• Técnicas de relaxamento e de respiração.
• Abandono de medidas de segurança prévias: saber rota ao banheiro, rotas
alternativas, levar conhecidos.
Curso e Prognóstico Naturais

Infância/Adolescência Adulto Jovem Meia Idade Idoso

Raro antes da Pico de início: Adultos jovens tem Declínio da intensidade Raro em idosos
adolescência 20-30 anos sintomas mais fortes dos sintomas > 64 anos

91% dos pacientes tem comorbidades Sintomas podem ir e voltar

Fatores de Risco / Etiológicos

Genéticos
Biológicos Ambientais
• 4-8X em parentes de
• Disfunção • Perda materna primeiro grau
Noradrenérgica, locus Infância • Gêmeos
ceruleos • Abusos sexuais e Monozig > Dizig
• Alt. Rafe Mediana físicos prévios • Filhos TDM, T.
• Passado Asma • Tagabismo Ansiedade, TB
DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao
Tratamento - Princípios gerais
• Psicoeducação é fundamental
• ISRS são sempre primeira escolha farmacológica
• TCC - sempre primeira escolha psicoterapêutica
• Evitação deve ser abordada em avaliações
• Escalas:
• PDSS-SR (Panic Disorder Severity Scale-Self Reported)
• Corte ≥ 9
• Máximo 28
• www.outcometracker.org
• PAS (Panic and Agoraphobia Scale)
• https://psychology-tools.com

DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao

DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao


Tratamento
BENZODIAZEPÍNICOS DE MEIA VIDA LONGA
Alprazolam, Clonazepam, Diazepam e Lorazepam
– Tamanho de efeito 0,4 IC95% [4-7], NNT = 5
Alprazolam é o mais estudado (CNCPS), mas
menos recomendado atualmente por risco de
dependência e maior dificuldade de suspender
posteriormente
Não são tratamento de primeira linha – risco de
dependência, sedação e efeitos cognitivos
4-6 semanas iniciais de tratamento – resposta
mais rápida se combinação de 1ª linha com
benzodiazepínicos
Cautela ao usar se pacientes portador de t. de uso
de substâncias

DSM-5 / Kaplan & Sadock, Compêndio de Psiuiatria, 11ª ediçao


https://www.gpwebsolutions-host.co.uk/5121b/files/2017/05/UMC-Panic-Disorder-Severity-Scale-PDSS.pdf
AGORAFOBIA

SITUAÇÕES AGORAFÓBICAS (SA)


6 MESES PREJ/SOFR
2 ou +

“SA” SEMPRE OU QUASE SEMPRE PROVOCA


TRANSPORTE MEDO/ANSIEDADE

LOCAIS ABERTOS
SEMPRE OU QUASE SEMPRE É EVITADO/ SUPORTADO
MULTIDÕES COM INTENSO SOFRIMENTO

LOCAIS FECHADOS
MEDO DE NÃO CONSEGUIR ESCAPAR E / OU
SAIR DE CASA SOZINHO SER SOCORRIDO!!!!

NÃO É MELHOR
EXCLUIR DOENÇA
EXPLICADO POR OUTRO
ORGÂNICA, INDUZIDO POR
TR MENTAL OU
SUBSTÂNCIA
CLÍNICO

Adaptado de DSM-5
AGORAFOBIA Epidemiologia

Avaliação do dependente
Prevalência de 2%. 1 H: 2M

Início ~ 21 anos.

Curso

TP s/ agorafobia remissão (~60%) e


recorrência semelhante à TP c/ agorafobia.

Prognóstico

Evolução satisfatória quanto menos comorbidade.

PQIA: “medo de me perder” -> separação da figura de cuidado e não vê-lo


Principal Ddx mais surgindo no início da infância: TAS. De não ter ajuda ou ser socorrido
surgindo na adolescência tardia e início idade adulta? Agorafobia
Idade de início dos transtornos ansiosos

9-13 meses Infância 12 anos Adolescência Transição adolescência/ Vida adulta

Sintomas de TR. DE ANSIEDADE DE


AGORAFOBIA ATAQUES DE PÂNICO
ansiedade de SEPARAÇÃO FOBIA SOCIAL (TR. inesperados
separação 4%, pico 7 anos ANSIEDADE SOCIAL) TR. ANSIEDADE
TR. PÂNICO
15% GENERALIZADA
FOBIA ESPECÍFICA 4%
15%

ATAQUES DE PÂNICO esperados


ÁFONA

Contexto clínico: Paciente de 18 anos, recém formada no ensino médio (fazia com auxílio de
assistente terapêutico integral), não trabalha e não estuda. Há alguns meses começou a
performar rituais em resposta a pensamentos de sexo. Não tem amigos. Não tem planos
futuros. Descartadas causas orgânicas e uso de substâncias psicoativas.

Pontos de atenção para a vinheta:

• Qual o nome do comportamento adotado por familiares perante sintomas como os


apresentados por Áfona? Qual o efeito comportamental destes comportamento em relação
aos sintomas?
• Quais são os dois diagnósticos de Áfona?
Vinheta Áfona

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