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Tontura

Diagnóstico e
tratamento baseado
em algoritmos
Dr. Ricardo Schaffeln Dorigueto
CRM-SP 99.039
Tontura
Diagnóstico e tratamento
baseado em algoritmos
Dr. Ricardo Schaffeln Dorigueto – CRM-SP 99.039
Médico, Doutor e Mestre em Ciências pela Escola Paulista de Medicina
da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp). Especialista em
Otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e
Cirurgia Cervicofacial – Associação Médica Brasileira (AMB) – MEC.

Dra. Rafaela Maia Dr. Thiago Chequeto


CRM-SP 179.187 CRM-SP 155.871
Médica-residente em Otorrino- Médico-residente em Otorri-
laringologia – Hospital Paulista. nolaringologia – Hospital Paulista.

ƒƒ Introdução
A tontura é um dos sintomas mais desafiadores da
medicina, não somente pelo fato de ser uma queixa
de difícil definição para o paciente, mas também por
ocultar inúmeros diagnósticos diferenciais.1
O termo “tontura” possui significados distintos para
muitos pacientes e, por vezes, inadequados à nomen-
clatura médica. O doente pode, por exemplo, descrever
inadequadamente como tontura as sensações de quase
desmaio (pré-síncope), desequilíbrio, ataques de pânico
ou confusão mental, presentes nas síndromes cardiovas-
culares, neurológicas e psiquiátricas, com prejuízo para
seu diagnóstico e tratamento. Ao médico cabe reco-
nhecer qual sintoma o paciente descreve e confrontá-lo
com outros elementos da história clínica e do exame físi-
co para obtenção de um diagnóstico etiológico preciso,
que é o primeiro passo para um tratamento adequado.
O objetivo deste texto é apresentar algoritmos mé-
dicos diagnósticos baseados nos esforços da Bárány
Society e das principais diretrizes da otoneurologia a
fim de auxiliar clínicos gerais, geriatras, otorrinolarin-
gologistas e neurologistas na identificação e no tra-
tamento de doenças vestibulares e de seus principais
diagnósticos diferenciais.

2
ƒƒ Como iniciar a abordagem diagnóstica do
paciente com tontura ou vertigem?
O primeiro passo é definir exatamente o que o
paciente considera como tontura. Um desafio para
o médico é decidir quais, entre a miríade de pa-
cientes com queixas de vertigem, de fato, têm um
problema vestibular genuíno, seja periférico, seja
central.
De acordo com a classificação internacional de
sintomas vestibulares, descrita pela Bárány Society,
o termo vertigem deve ser utilizado quando o pa-
ciente descreve uma sensação ilusória de automo-
vimento ou uma sensação distorcida de automo-
vimento durante o movimento normal da cabeça.
Essa nomenclatura engloba a falsa sensação de
rotação, denominada vertigem rotatória, e também
quaisquer outras sensações errôneas de movimento,
como balanço, inclinação, oscilação ou deslizamen-
to, agora denominados vertigem não rotatória. Já o
termo tontura deve ser utilizado quando o paciente
descreve uma perturbação da orientação espacial
em que não há ilusão de movimento. 2 Ambos os
termos são atribuídos aos distúrbios vestibulares pe-
riféricos ou centrais e podem coexistir ou não no
mesmo paciente.
Para orientar o diagnóstico diferencial das principais
vestibulopatias, pede-se ao paciente que descreva li-
vremente sua experiência sem utilizar o termo “tontu-
ra”, o que deve ser seguido de um interrogatório mé-
dico dirigido aos sintomas auditivos e neurológicos
correlatos. Sintomas associados, como hipoacusia,
plenitude auricular e sintomas neurovegetativos, in-
dicam comprometimento do sistema vestibular pe-
riférico. Cefaleia, ataxia, diplopia, paresia, parestesia,
disfonia e disartria indicam comprometimento do
sistema nervoso central. Assim, além das principais
doenças vestibulares, é possível identificar síndromes
cardiovasculares, neurológicas, metabólicas e psi-
quiátricas (figura 1).

3
Qual a sensação descrita pelo paciente?

Relata sintomas prévios


ou atuais de
enxaqueca, tais como Migrânea
aura, fotofobia, vestibular
Sensação ilusória de fonofobia e cefaleia,
movimento (vertigem) com ou sem sintomas
O paciente descreve auditivos
e/ou perturbação da Considerar síndrome vestibular
sintomas neurológicos
orientação espacial em
que não há ilusão de
movimento (tontura)
Crises espontâneas de
tontura, com duração Ataques
de minutos, isquêmicos
Considerar síndromes neurológicas acompanhadas de transitórios
O paciente descreve sintomas sintomas de circulação
(Parkinson, neuropatia ou AVE
periférica, esclerose múltipla), auditivos associados (hipoacusia, posterior (hipoestesia
hipofunção vestibular bilateral, zumbido ou plenitude aural)? facial, diplopia etc.)
Desequilíbrio corporal distúrbios musculoesqueléticos ou Sim Não
efeitos colaterais de medicamentos

Dor cervical, cefaleia,


Tontura recorrente Tontura recorrente dormência ou alteração
da sensibilidade nos
membros, desequilíbrio, Síndrome de
Considerar síndromes tontura, sintomas
Doença de Ménière
Arnold-Chiari
Sensação de perda de cardiovasculares (arritmias, auditivos, dificuldade
consciência com ou sem IAM, estenose carotídea, Paroxismia vestibular VPPB para engolir, diminuição
disautonomia Fístula perilinfática Paroxismia vestibular das habilidades motoras
escurecimento visual Doença autoimune ou Sim Sim finas
(pré-sincope) metabólica da orelha interna Vertigem recorrente
Schwannoma vestibular benigna
Deiscência do CSC anterior
Fadiga extrema,
taquicardia, tontura,
Sintomas mal definidos Considerar síndromes cefaleia, dormência,
associados a sintomas psiquiátricas comprometimento da
ou neurológicas função motora, visão
psíquicos, como pânico, Labirintite turva, boca seca, pouca
fobia e depressão Não Não Neurite vestibular tolerância a exercícios, Disautonomia
Infarto da artéria labiríntica
angina, distúrbios
gastrintestinais,
alterações da pressão
arterial, impotência,
Considerar problemas desmaios
metabólicos, hipotensão
Sensação de cabeça leve ortostática ou efeitos
colaterais de medicamentos

Figura 1 - Algoritmo para avaliação do paciente com suspeita de síndrome vestibular e seus principais diagnósticos diferenciais
cardiovasculares, neurológicos, metabólicos e psiquiátricos

Adaptado de: Post e Dickerson.1 ƒƒ Principais diagnósticos otoneurológicos


Legenda: AVE = acidente vascular encefálico; CSC = canal semi-
circular; IAM = infarto agudo do miocárdio; VPPB = vertigem posi-
cional paroxística benigna. Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)
A VPPB é um distúrbio mecânico do labirinto, em
que um ou mais canais semicirculares são estimulados
A duração dos episódios de tontura, bem como de forma inadequada, em determinadas posições da
seus fatores desencadeantes, também auxiliam no cabeça, resultando em episódios de vertigem de curta
diagnóstico etiológico das doenças vestibulares (figu- duração. A vertigem e as demais características clínicas
ras 2 e 3). da VPPB são provocadas por debris de estatocônios

4 5
Quanto tempo dura os episódios de tontura?

Entre 20 minutos e
Alguns segundos Persistente
várias horas

VPPB Doença de Ménière Vestibulotoxicidade por


Paroxismia vestibular Migrânea vestibular fármacos
Arritmias cardíacas Epilepsia Deficiência neurológica fixa
Fístula perilinfática Vertigem psicogênica
Schwannoma vestibular ou outros
tumores de crescimento lento

Alguns minutos Dias a semanas

AIT Neurite vestibular


Crises de pânico Labirintite
Enxaqueca Migrânea vestibular
Fístula perilinfática AVC ou desmielinização do
tronco encefálico ou cerebelo

Figura 2 - Principais diagnósticos otoneurológicos, de acordo


com o tempo da tontura relatado pelo paciente

Legenda: AIT = ataque isquêmico transitório; AVC = acidente vas-


cular cerebral; VPPB = vertigem posicional paroxística benigna.

provenientes da mácula utricular, os quais, anormal-


mente, deslocam-se e excitam os receptores dos duc-
tos semicirculares.3
Há duas teorias sobre o provável substrato fisio-
patológico da VPPB: ductolitíase, que corresponde
ao acúmulo de frações de estatocônios oriundas do
utrículo e que se encontram livres na corrente endo-
linfática de um dos ductos semicirculares, e cupulo-
litíase, relacionada ao acúmulo de frações de esta-
tocônios provenientes do utrículo aderidas à cúpula
da crista ampolar de um dos ductos semicirculares.4
Seu diagnóstico é baseado nas características do nis-
tagmo de posicionamento, cujo principal diagnóstico
diferencial é a vertigem posicional não benigna, atribuída
a doenças do tronco encefálico ou cerebelo (figura 4).

6
Quais fatores desencadeantes são
descritos pelo paciente?

Crises espontâneas Doença de Ménière, migrânea vestibular,


(sem fator desencadeante) AIT, paroxismia vestibular

Posicionais: induzidas por mudança de


posição da cabeça no espaço em relação VPPB, paroxismia vestibular,
à gravidade síndrome cervical

Valsalva: sintomas disparados por situações Fístulas perilinfáticas, deiscência do canal


que levam a aumento da pressão na orelha semicircular superior, aqueduto vestibular
média ou intracraniana alargado, doença de Ménière

Fístulas perilinfáticas, deiscência do canal


Estímulo sonoro ou pela compressão do
semicircular superior, aqueduto vestibular
tragus sobre o conduto auditivo externo
alargado, doença de Ménière

Ortostático: quando os sintomas surgem Disautonomia e outras síndromes


após mudança de posição deitada para cardiovasculares, síndrome
sentada ou sentada para em pé de Parkinson

Síndrome de Parkinson, hipofunção


Deambulação vestibular bilateral, comprometimento
cerebelar e do tronco encefálico

Movimentação cefálica: ocorre apenas Deficiência vestibular uni ou bilateral


durante o movimento da cabeça não compensada

Estímulos visuais Cinetose, migrânea vestibular

Espaço fechado ou aberto, multidão, Síndrome do pânico,


altura, sair de casa vertigem psicogênica

Privação de sono, período do ciclo menstrual,


Migrânea vestibular e doença de Ménière
estresse, álcool, estimulantes (cafeína)

Figura 3 - Principais diagnósticos otoneurológicos, de acordo


com os fatores desencadeantes relatados pelo paciente

Legenda: AIT = ataque isquêmico transitório; VPPB = vertigem po-


sicional paroxística benigna.

7
História sugestiva de VPPB: crises recorrentes de vertigem
ou tontura posicional provocada por deitar-se ou
virar-se na posição supina

Manobras diagnósticas (Dix-Hallpike, deitar de lado, decúbito dorsal com


extensão cervical, de rotação supina)

Nistagmo
Com componente Ductolitíase de
posicional Torcional < 1 minuto
vertical inferior CSC posterior
presente

> 1 minuto Cupulolitíase de


CSC posterior

Com componente Ductolitíase de


< 1 minuto
vertical superior CSC anterior

> 1 minuto Cupulolitíase de


CSC anterior

Horizontal Geotrópico bilateral < 1 minuto Ductolitíase de


CSC lateral

Ageotrópico bilateral > 1 minuto Cupulolitíase de


CSC lateral

VPPB
Múltiplo
multicanal

Crises de vertigem posicional faltando Possível


um dos critérios descritos acima VPPB

Provável VPPB
História típica de VPPB
espontaneamente
Nistagmo e vertigem não observados
resolvida

Nistagmo atípíco: sem latência, duração prolongada, em VPPB atípica


sentido não esperado, não acompanhado de vertigem, Vertigem
não fatigável com repetição da manobra diagnóstica posicional central

NÃO ATRIBUÍDO A OUTRO TRANSTORNO VESTIBULAR.

Figura 4 - Algoritmo para avaliação do paciente com sus-


peita de vertigem posicional paroxística benigna, de acordo
com as características do nistagmo e a duração da tontura
às manobras diagnósticas

Adaptado de Von Brevern.5


Legenda: VPPB: vertigem posicional paroxística benigna; CSC:
canal semicircular.

8
Neurite vestibular
A neurite vestibular é causada por uma reativação do
vírus herpes simples tipo 1. É caracterizada por: verti-
gem de início agudo e duração prolongada, náusea,
vômito, desequilíbrio intenso, ausência de déficits neu-
rológicos e presença de audição normal. Seus principais
diagnósticos diferenciais são: 1. infarto ou hemorragia lo-
calizada no cerebelo ou no tronco encefálico; 2. nistag-
mo pseudoespontâneo de uma VPPB atípica. Um exame
físico baseado na pesquisa do nistagmo espontâneo e
no teste do impulso cefálico é essencial para o diagnós-
tico etiológico da síndrome vestibular aguda e para seus
diagnósticos diferencias neurológicos (figura 5).6,7

Crise de vertigem aguda sem sintomas


auditivos ou neurológicos associados

Nistagmo

Espontâneo Ausente Posicional

Nistagmo atípico: sentido


não esperado, não
Horizontal Pluridirecional acompanhado de
Torcional Torcional puro intensificação da tontura,
Unidirecional Vertical puro não fatigável à repetição
Horizontal puro da manobra
provocadora, duração
prolongada

Impossível
ficar
Teste do em pé
impulso
cefálico
Manobra diagnóstica de Manobra diagnóstica de
Alterado Normal Dix-Hallpike Pagnini-McClure

Nistagmo típico: vertical Nistagmo típico:


e torcional, com latência, horizontal, com latência,
Suspeito de síndrome duração limitada, com duração limitada, com
Neurite vestibular
vestibular central intensidade crescente e intensidade crescente
decrescente, fatigável à e decrescente,
repetição da manobra fatigável à repetição da
Adaptado de: von Brevern et al.8 provocadora manobra provocadora
Legenda: VPPB = vertigem
posicional paroxística benigna.
VPPB

Figura 5 - Algoritmo para avaliação do paciente com vertigem


aguda e seus principais diagnósticos diferenciais

9
Doença de Ménière
A doença de Ménière é uma síndrome clínica idio-
pática, caracterizada por episódios de vertigem es-
pontânea e recorrente, zumbido, plenitude aural e
hipoacusia flutuante. A hidropisia endolinfática, alte-
ração fisiopatológica que a caracteriza, não é exclusi-
va da doença de Ménière; portanto, seu diagnóstico
em vida deve ser baseado em critérios clínicos e na
documentação da perda auditiva (figura 6).

História de vertigem com sintomas auditivos


(plenitude aural, zumbido e perda auditiva)

A. Sintomas auditivos flutuantes (audição, A. Sintomas auditivos flutuantes (audição,


zumbido ou plenitude aural) na orelha zumbido ou plenitude aural) na orelha
comprometida. comprometida.
B. Perda auditiva neurossensorial nas baixas
e médias frequências, na orelha afetada,
durante ou após os episódios de vertigem.

Doença de Ménière definida Doença de Ménière provável

Figura 6 - Algoritmo para o diagnóstico da doença de Mé-


nière, de acordo com os critérios da Bárány Society

Migrânea vestibular
A migrânea vestibular é um subgrupo da enxa-
queca caracterizada por crises vertiginosas em pa-
cientes com sintomas atuais ou prévios de cefaleia
migranosa, que preenchem os critérios diagnósticos
da Bárány Society e da Classificação Internacional
de Cefaleias (figura 7).9,10 Essa forma de enxaqueca
pode mimetizar outras doenças vestibulares, tais
como: os ataques isquêmicos transitórios no territó-
rio vertebrobasilar e a doença de Ménière.11

10
Vertigem com sintomas prévios ou atuais de migrânea

A. Cinco ou mais episódios de vertigem, de A. Cinco ou mais episódios de vertigem, de


moderada a forte intensidade, com duração de moderada a forte intensidade, com
cinco minutos a 72 horas. duração de cinco minutos a 72 horas.
B. Diagnóstico atual ou prévio de migrânea, B. Prenche apenas um dos critérios B ou C
com ou sem aura, de acordo com os critérios (diagnóstico atual / prévio de migrânea
da ICHD. durante as crises de vertigem).
C. Uma ou mais características de migrânea C. Não foi mais bem explicado por outro
em 50% dos episódios vestibulares: diagnóstico vestibular ou pelos critérios
1. Cefaleia com pelo menos duas das seguintes da ICHD.
características: unilateral, pulsátil, de moderada
a forte intensidade, agravada por atividade física;
2. Fotofobia e fonofobia;
3. Aura visual.
Provável migrânea vestibular
D. Não foi mais bem explicado por outro
diagnóstico vestibular ou pelos critérios da ICHD.

Migrânea vestibular

Figura 7 - Algoritmo para o diagnóstico da migrânea ves-


tibular, de acordo com os critérios da Bárány Society e da
Classificação Internacional de Cefaleias

Adaptado de: Lempert et al.9

Legenda: ICHD = International Classification of Headache Disorders.

Paroxismia vestibular
Na paroxismia vestibular, os episódios de vertigem
são desencadeados por uma compressão vascular
sobre os nervos vestibulares, em analogia à neural-
gia do trigêmeo. O paciente descreve crises recor-
rentes de vertigem de curta duração, espontâneas
ou desencadeadas com a movimentação cefálica,
com ou sem sintomas auditivos ou relacionados a
outros pares cranianos ipsilaterais.12

11
Crises paroxísticas de tontura
de curta duração

A. Pelo menos dez episódios de vertigem. A. Pelo menos dez episódios de vertigem.
B. Duração menor que um minuto. B. Duração menor que um minuto.
C. A maioria dos episódios é espontânea. C. A maioria dos episódios é espontânea.
Alguns são desencadeados quando o Alguns são desencadeados quando o
paciente move ou, roda a cabeça para a paciente move ou, roda a cabeça para a
direita ou para a esquerda. direita ou para a esquerda.
D. As crises imitam padrões em determinados D. As crises imitam padrões em determinados
pacientes: alguns pacientes relatam zumbido pacientes: alguns pacientes relatam zumbido
ou hiperacusia unilateral; outros apresentam ou hiperacusia unilateral; outros apresentam
comprometimento craniano. Nistagmo comprometimento craniano. Nistagmo
acompanha as crises de vertigem. acompanha as crises de vertigem.
E. Responsiva ao tratamento com E. Não melhor explicado por outro
carbamazepina ou oxicarbamazepina. diagnóstico.
F. Não melhor explicado por outro
diagnóstico.

Paroxismia vestibular definida Paroxismia vestibular provável

Figura 8 - Algoritmo para o diagnóstico da paroxismia vesti-


bular, de acordo com os critérios da Bárány Society

Adaptado de: Strupp et al.13

ƒƒPrincipais exames complementares


Antes de indicar exames complementares para a
confirmação etiológica, é necessária uma avaliação
médica com a formulação de hipóteses diagnós-
ticas fundamentadas. Entre os exames mais solici-
tados, estão: audiometria, audiometria de tronco
encefálico (BERA, do inglês brainstem evoked res-
ponse audiometry), eletrococleografia, prova caló-
rica, videoteste do impulso cefálico (VHIT, do inglês
video head impulse test) e potencial evocado mio-
gênico vestibular (VEMP, do inglês vestibular evoked
myogenic potential) (figura 9).

12
ƒƒTratamento
O planejamento terapêutico é baseado principal-
mente no diagnóstico etiológico. Na VPPB, por exem-
plo, são utilizadas manobras de reposicionamento de
estatocônios; na doença de Ménière, diuréticos e be-
taistina; na migrânea, podem ser usados antidepres-
sivos, betabloqueadores e anticonvulsivantes (figura
10). O paciente deve ser encorajado a praticar ativi-
dade física e reduzir o consumo de açúcar, cafeína e
outros estimulantes do sistema nervoso central.

ƒƒConsiderações finais
A otoneurologia é um segmento da otorrinolarin-
gologia que estuda o labirinto e suas relações com
o sistema nervoso central. A anamnese e o exame
físico detalhados são suas principais ferramentas. A
utilização de algoritmos médicos pode auxiliar clínico
geral, geriatra, otorrinolaringologista e neurologista
na identificação das principais doenças vestibulares
e contribuir para o planejamento terapêutico do pa-
ciente com vertigem.

13
Exames complementares
Principais doenças
vestibulares
Audiometria BERA ECOCHG Prova calórica VHIT VEMP cervical VEMP ocular

Aumento do índice de Aumento do índice de


VPPB Normal Normal Normal Normal Normal assimetria ou redução assimetria or redução
da amplitude do reflexo da amplitude do reflexo

Hidropisia
Perda auditiva Redução ou aumento Redução da amplitude Redução da amplitude
Doença de Menière Normal endolifática Hiporreflexia
neurissensorial do ganho de RVO do reflexo do reflexo
eletrofisiológica

Redução ou aumento
Neurite vestibular Redução da amplitude
Normal Normal Normal Hiporreflexia do ganho de RVO no Normal
superior ou ausência do reflexo
CSC anterior e lateral

Neurite vestibular Redução do ganho do Redução da amplitude


Normal Normal Normal Normal Normal
inferior RVO no CSC ou ausência do reflexo

Normal ou perda Normal ou atraso na Redução do ganho do Redução da amplitude Redução da amplitude
Paroxismia vestibular Normal Hiporreflexia
auditiva neurossensorial condução neural RVO ou ausência do reflexo ou ausência do reflexo

Normal ou perda Redução da amplitude Redução da amplitude


Migrânea vestibular Normal Normal Normal Normal
auditiva neurossensorial ou ausência do reflexo ou ausência do reflexo

Normal ou perda Atraso na condução Redução do ganho do


Schwanoma vestibular Normal Hiporreflexia Alterado ou normal Alterado ou normal
auditiva neurossensorial neural RVO

Perda auditiva
Deiscência do CSC condutiva ou Aumento da amplitude Aumento da amplitude
Normal Normal Normal Normal
superior neurossensorial ou do reflexo do reflexo
normal

Figura 9 - Principais exames complementares utilizados na investigação diagnóstica dos pacientes com vertigem e seus resultados
mais frequentes

Legenda: BERA = audiometria de tronco encefálico; CSC = canal


semicircular; ECOCHG = eletrococleografia; RVO = reflexo ves-
tíbulo-ocular; VEMP = potencial evocado miogênico vestibular;
VHIT = videoteste do impulso cefálico; VPPB = vertigem posicional
paroxística benigna.

14 15
Diagnóstico Tratamento

Canal anterior Manobra de Yacovino

VPPB Canal lateral Manobra de Lempert

Canal posterior Manobra de Epley ou Semont

Dicloridrato de betaistina ou
Doença de Ménière hidroclorotiazida (profilaxia)
Meclizina (crise de vertigem)

Prednisolona, meclizina, (crise de vertigem)


Neurite vestibular
Reabilitação vestibular precoce

Antidepressivos (amitriptilina, nortriptilina,


venlafaxina)
Betabloqueadores (propranolol, metoprolol)
Migrânea vestibular
Anticonvulsivantes (topiramato)
Betabloqueadores de canais de cálcio
(flunarazina)

Paroxismia vestibular Carbamazepina ou oxicarbamazepina

Figura 10 - Planejamento terapêutico das principais síndro-


mes vestibulares

Legenda: VPPB = vertigem posicional paroxística benigna.

ƒƒReferências BIBLIOGRÁFICAS
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Vestibular paroxysmia: diagnostic criteria. J Vestib
Res. 2017 Jan;26(5-6):409-15.

17
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conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipien-
tes; feocromocitoma. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES Pacientes
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benefícios do tratamento com betaistina em mulheres amamentando e os
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ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÕES Comprimidos de 24 mg. Caixas
com 30 e 60 comprimidos. USO ORAL USO ADULTO INDICAÇÕES -
Tratamento da Síndrome de Ménière, caracterizada pela tríade de sintomas:
vertigem (com náuseas e vômito), perda de audição e zumbido. - Tratamento
sintomático da tontura de origem vestibular. CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um

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dos excipientes; feocromocitoma. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Pacientes com asma e com antecedentes de úlcera péptica devem ser mo-
nitorados durante o tratamento. Gravidez e Amamentação Não é reco-
mendado o uso de betaistina durante a gestação. Não está estabelecido se
a betaistina é excretada no leite humano; recomenda-se avaliar os possíveis
benefícios do tratamento com betaistina em mulheres amamentando e os
possíveis riscos à criança. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Pode haver inibição do metabolismo da betaistina por drogas
que inibem a monoamina oxidase (MAO). Como a betaistina é
um análogo da histamina, a interação da betaistina com an-
ti-histamínicos pode, em teoria, afetar a eficácia de um dos
medicamentos. REAÇÕES ADVERSAS As seguintes reações adversas
foram relatadas (frequência desconhecida): reações de hipersensibilidade
(por exemplo, anafilaxia), vômito, dor gastrintestinal, distensão abdominal,
reações de hipersensibilidade cutânea e subcutânea (angioedema, urticária,
rash e prurido) náusea, dispepsia e cefaleia. POSOLOGIA Adultos: doses
variam de 24-48 mg por dia, divididos em 2 ou 3 tomadas: LABIRIN™ 24 mg:
1 comprimido 2 vezes ao dia; A dosagem deve ser adaptada de acordo com
a resposta terapêutica. A melhora pode ocorrer após semanas ou meses de
tratamento. Idosos: não é necessário ajuste de dose. Crianças: LABIRIN™
não é recomendado para menores de 18 anos. Insuficiência renal e hepática:
não é necessário ajuste de dose. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Reg.
MS Nº 1.0118.0596 APSEN FARMACÊUTICA S/A Labirin 24mg_V02
CONTRAINDICAÇÕES: Labirin™ é contraindicado em casos de hipersensi-
bilidade ao dicloridrato de betaistina ou a quaisquer outros componentes da
fórmula; feocromocitoma. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Pode haver
inibição do metabolismo da betaistina por drogas que inibem a monoamina
oxidase (MAO). A interação da betaistina com anti-histamínicos pode, em
teoria, afetar a eficácia de um dos medicamentos.

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ponsável: José Antonio Mariano (MTb: 22.273-SP). Tiragem: 8.000 exemplares. Endereço:
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16 mg. Caixa com 30 comprimidos. USO ORAL. USO ADULTO. INDICAÇÕES: - Tratamento da Síndrome de Ménière, caracterizada pela tríade de sintomas: vertigem (com náuseas e
vômito), perda de audição e zumbido. - Tratamento sintomático da tontura de origem vestibular. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer
um dos excipientes; feocromocitoma. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pacientes com asma e com antecedentes de úlcera péptica devem ser monitorados durante o tratamento.
Gravidez e Amamentação: Não é recomendado o uso de betaistina durante a gestação. Não está estabelecido se a betaistina é excretada no leite humano; recomenda-se avaliar os
possíveis benefícios do tratamento com betaistina em mulheres amamentando e os possíveis riscos à criança. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Pode haver inibição do metabolismo
da betaistina por drogas que inibem a monoamina oxidase (MAO). Como a betaistina é um análogo da histamina, a interação da betaistina com anti-histamínicos pode, em teoria, afetar
a eficácia de um dos medicamentos. REAÇÕES ADVERSAS: As seguintes reações adversas foram relatadas (frequência desconhecida): reações de hipersensibilidade (por exemplo,
anafilaxia), vômito, dor gastrintestinal, distensão abdominal, reações de hipersensibilidade cutânea e subcutânea (angioedema, urticária, rash e prurido) náusea, dispepsia e cefaleia.
POSOLOGIA: Adultos: doses variam de 24-48 mg por dia, divididos em 2 ou 3 tomadas: LABIRIN™ 8 mg: 1 comprimido 3 vezes ao dia; LABIRIN™ 16 mg: meio ou 1 comprimido 3 vezes
ao dia. A dosagem deve ser adaptada de acordo com a resposta terapêutica. A melhora pode ocorrer após semanas ou meses de tratamento. Idosos: não é necessário ajuste de dose.
Crianças: LABIRIN™ não é recomendado para menores de 18 anos. Insuficiência renal e hepática: não é necessário ajuste de dose. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS Nº
1.0118.0157. APSEN FARMACÊUTICA S/A. Labirin 8 e 16 mg_V02.

LABIRIN™ (dicloridrato de betaistina). FORMA FARMACÊUTICA, VIA DE ADMINISTRAÇÃO E APRESENTAÇÕES: Comprimidos de 24 mg. Caixas com 30 e 60 comprimidos. USO
ORAL. USO ADULTO. INDICAÇÕES: - Tratamento da Síndrome de Ménière, caracterizada pela tríade de sintomas: vertigem (com náuseas e vômito), perda de audição e zumbido. -
Tratamento sintomático da tontura de origem vestibular. CONTRAINDICAÇÕES: Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes; feocromocitoma.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Pacientes com asma e com antecedentes de úlcera péptica devem ser monitorados durante o tratamento. Gravidez e Amamentação: Não é
recomendado o uso de betaistina durante a gestação. Não está estabelecido se a betaistina é excretada no leite humano; recomenda-se avaliar os possíveis benefícios do tratamento
com betaistina em mulheres amamentando e os possíveis riscos à criança. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Pode haver inibição do metabolismo da betaistina por drogas que
inibem a monoamina oxidase (MAO). Como a betaistina é um análogo da histamina, a interação da betaistina com anti-histamínicos pode, em teoria, afetar a eficácia de um dos
medicamentos. REAÇÕES ADVERSAS: As seguintes reações adversas foram relatadas (frequência desconhecida): reações de hipersensibilidade (por exemplo, anafilaxia), vômito, dor
gastrintestinal, distensão abdominal, reações de hipersensibilidade cutânea e subcutânea (angioedema, urticária, rash e prurido) náusea, dispepsia e cefaleia. POSOLOGIA: Adultos:
doses variam de 24-48 mg por dia, divididos em 2 ou 3 tomadas: LABIRIN™ 24 mg: 1 comprimido 2 vezes ao dia; A dosagem deve ser adaptada de acordo com a resposta terapêutica. A
melhora pode ocorrer após semanas ou meses de tratamento. Idosos: não é necessário ajuste de dose. Crianças: LABIRIN™ não é recomendado para menores de 18 anos. Insuficiência
renal e hepática: não é necessário ajuste de dose. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Reg. MS Nº 1.0118.0596. APSEN FARMACÊUTICA S/A. Labirin 24mg_V02.

CONTRAINDICAÇÕES: Labirin™ é contraindicado em casos de hipersensibilidade ao dicloridrato de betaistina ou a quaisquer outros componentes da
fórmula; feocromocitoma. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Pode haver inibição do metabolismo da betaistina por drogas que inibem a monoamina
oxidase (MAO). A interação da betaistina com anti-histamínicos pode, em teoria, afetar a eficácia de um dos medicamentos.

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