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DIÁRIO DE PERCURSO
2022
Este diário segue uma sequência cronológica. Construí ao longo do período e não se
trata de uma escrita homogênea, mas de um compilado de anotações, fichamentos,
associações com outras disciplinas e comentários particulares. Visando uma organização
mental dos conceitos e dos diferentes autores trabalhados, optei por arranjar a escrita dentro
de “blocos”. A primeira parte possui um aspecto fragmentado, e até tumultuado em alguns
momentos. Optei por deixar esses “ruídos” presentes na escrita pois o início do processo de
aprendizagem foi, de fato, marcado por um esforço mental para a organização dos
conceitos. Foi com o passar dos meses e com o avanço no conteúdo que as ideias
assumiram um certo contorno.
Temos que a ideia é signo de seu objeto. Assim, podemos indagar: a ideia de algo
existe por eu pensar, ou existe mesmo que eu não pense nela? O ponto central,
porém, não diz respeito à existência, ou não, da ideia. O ponto central é o fato do
signo só poder apontar para algo quando enfim aparecer. Por essa razão, é
fundamental que o signo seja diferente da ideia que representa, mesmo que exista
necessariamente um vínculo entre essas duas coisas. Nesse momento, começamos
a estruturar o ato mental.
O acesso que temos ao nosso pensamento é quando penso que penso naquilo
que penso. O pensamento ganha um estatuto quando aponto para o ato de
representar esse pensamento, e aqui chegamos a um campo de estudo da
psicologia. Diferentes campos de conhecimento dentro da psicologia vão dar
distintos sentidos para essa sentença.