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Heva Fernandes – Turma V – FPME

Etiologia Fisiopatologia Quadro clínico Diagnóstico Tratamento


Febre Febre: O núcleo anterior pré-óptico e posterior do hipotálamo Temperatura normal: 36 a 36,5°C Anamnese Ác acetilsalicílico (AAS) >> EA: úlcera,
Doenças bacterianas ou recebem 2 tipos de sinais Febre: >37,8°C ou 38,3°C EF: cronologia dos eventos que gastrite, sangramento TGI)
virais 1. Os que vem dos nervos periféricos (frio/calor da Febre >> sinal, que associada a outros sintomas, se precedem a febre, aferição de Paracetamol>>EA hepatotoxicidade
Tumores cerebrais pele) torna uma síndrome. Se induzida por citocina não temperatura Dipirona>>alergia, aplasia medular
Condições ambientais 2. Os que vem das citocinas pirogênicas e ultrapassa os 41,1°C Ex lab: hemograma, proteína C Anticitocina (inibe IL-1)
temperatura do sangue >> interagem com o Hipertermia: >41,1°C, s/ alteração no ajuste reativa, VSH, procalcitonina, provas
Aumento da temp: órgão vascular da lâmina terminal (OVLT), que hipotalâmico e s/ citocinas pirogênicas, não usa de função renal e hepática Esponjas de álcool, bolsa de gelo, enema
Ovulação não possui BHE antipiréticos. Surge com exposição ao calor exógeno e de água gelada e banho de gelo
Gestação Bact >> fagocitose >> macrófago libera citocinas >> IL endógeno (atv física). Pode gerar desnaturação Classificação da febre: contínua,
Alterações endócrinas 1, IL6 e TNF são percebidas pelos receptores toll-likes proteica e lesão cerebral remitente, intermitente, recorrente
Ritmo circadiano do OVLT >> formação de PGE2 >> +AMPcíclico >>
tremor e vasoconstrição >> reajuste do termostato >>
febre >> diminuição da febre ocorre pela menor [ ] de
pirogênios ou antitérmicos >> vasodilatação e
sudorese
+Temperatura ativa: complemento, proliferação de
leucócitos, síntese de proteínas da fase aguda
Malária Plasmodium vivax e Ciclo hepático Febre: devido liberação de substâncias da hemácia Tríade da malária: convulsão, P. Vivax:
falciparum Esporozoíta entre no sangue >> hepatócito >> destruída cefaleia e mialgia Cloroquina e Primaquina
criptozoíta (no vivax, fica latente em forma de Hemozoína (pigmento malárico) estimula a produção
Falciparum ataca hemácia de hipnozoíta = resistente aos medicamentos e de citocinas pirogênicas (IL-1 e TNF) pelos macrófagos Gota espessa P. Facilparum não grave:
todas as idades, por isso há +: responsável pela recidiva da doença) >> esquizonte Esfregaço do sangue periférico Artemeter + lumefantrina + Primaquina
 Parasitemia (multinucleado) >> merozoíta (uninucleada) >> Anemia: devido hemólise intravascular e extravascular Teste rápido OU
 Consumo de glicose corrente sanguínea (baço, destrói hemácias pela alteração morfológicas de PCR Artesunato + mefloquina +
 Ác láctico quando são infectadas) Primaquina
 Sequestro de hemácias Ciclo eritrocitário Maior parasitemia: pode gerar hemoglobinúria,
Merozoíta >> hemácia >> trofozoíta anelar e ameboide gerando urina marrom-avermelhada 2ª escolha
Vetor: mosquito anopheles = >> esquizonte eritrocitário >> merozoítas >> ruptura Hemólise extravascular: mecanismo de anemia, Quinina + Clindamicina + Primaquina
A. darlingi de hemácias justifica o caráter crônico >> destruição das hemácias
pelos macrófagos do baço >> baço aumentado P. Facilparum grave:
Ruptura de hemácias CAUSA FEBRE (esplenomegalia) e hiperfuncionante Artesunato + Clindamicina
 Vivax: ruptura a cada 2d e 1d de febre = febre terçã hiperesplenismo) Artemeter + Clindamicina
benigna Na hemólise crônica, a carência de ácido fólico 2ª escolha
 Faciparum: ruptura a cada 2d e 1d de febre = febre exacerba a anemia, provocando crise megaloblástica Quinina + Clindamicina
terçã maligna Não há resposta da medula óssea à hemólise devido
 Malarie: ruptura a cada 3d e 1d de febre = febre excesso de citocinas, especialmente nas formas graves
quartã de malária (P. falciparum), como o TNF, e redução da PRIMAQUINA Ñ PODE SER USADO EM
liberação de eritropoietina pelos rins GRAVIDAS, CRIANÇA <6m E DEFICIÊNCIA
Sist. Imune: não esterilizante pq plasmodium tem DE G6PD
MUITAS formas evolutivas (ou seja, muitos antígenos) Falciparum:
Hipoglicemia e acidose lática: maior consumo de Cloroquina: esquizontes eritrocitários e
glicose gametócitos
Sequestro de hemácias no leito microvascular: Primaquina: hipnozoítas, esquizontes
protuberância na hemácia, gerando adesão delas nos teciduais e gametócitos
vasos (citoaderência) = obstrução microcirculatória e Artemisinina: esquizontes eritrocitários
disfunção orgânica >> +letalidade por falciparum

Crises febris: a cada 48h


Período do frio: início abrupto, dura 30-60mim. Calafrio
c/ tremores, náuseas, vômitos e mialgia
Período do calor: dura 4-8h. Sensação de calor, febre
(41°C), náuseas e vômitos

MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO


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Período de sudorese: temperatura cai, sudorese, some
sintomas agudos, sensação de alívio e fadiga
Falciparum: isso tudo + confusão e convulsão

Associados: esplenomegalia, hepatomegalia, icterícia,


diarreia, palidez cutaneomucosa, hipoglicemia,
hiperlactatemia, hiperparasitemia (>200mil)

Laboratório: anemia (normo-normo na vivax e grave na


facilparum), leucopenia c/ desvio para esquerda,
hiperbilirrubinemia indireta, aumento da LDH e
redução da hepatoglobina

Complicação vivax: rotura esplênica espontânea


Complicação facilparum: malária cerebral (cefaleia,
confusão, coma, edema cebral, isquemia), renal (IRA,
oligúria, +ureia e creatinina), hepática (necrose,
icterícia, +aminotransferases), intestinal (diarreia),
pulmonar (EAP não cardiogênico) + hipoglicemia +
acidose lática na
Doença de Trypanosoma cruzi Fases do ciclo evolutivo: tecido (amastigota – é Infecção aguda = parasitemia mt alta Parasitológico Benznidazol
Chagas intracelular) e hemácias (tripomastigota, é flagelado)  Febre (<39°C), mal estar, falta de apetite Esfregaço de sangue ou tecido OU
Vetor: barbeiro = Triatoma  Chagoma de inoculação: lesão de pele endurecida, (infecção aguda) Nifurtimox
infestans 1. Tripomastigota invade macrófagos e transforma-se eritematosa, pouco dolorosa, edema ao redor Sorologia (detecção de IgM): uso do
em amastigotas intracelular, que se multiplicam  Sinal de Romaña: se inoculação conjuntiva, há ELISA EA dos antiparasitários: dermatite, rash
Transmissão: fezes do 2. Amastigota se transforma em tripomastigots, e vao edema periocular unilateral palpebral com PCR cutâneo, parestesia, artralgia,
barbeiro, alimentos, para corrente sanguínea até encontrarem tecidos conjuntivite e linfadenopatia pré-auricular, indolor Hemocultura intolerância gastrointestinal (sobretudo
materno-fetal, transfusão, para invadir  Edema generalizado ou localizado em face e MMII, o Nifurtimox)
sexual, acidente laboratorial 3. Quando encontram um tecido, se transformam mole, não aderente, tamanho variável Complementares: ECG, Rx tórax,
novamente em amastigotas, gerando a infecção  Associados: hepatoesplenomegalia função hepática, prova de Tratar complicações associadas:
sintomática  Complicação: miocardite aguda com IC coagulação, EDA, eco  Megaesôfago: hábitos alimentares
 Megacólon: hábitos alimentares,
Infecção crônica indeterminada: evitar medicamentos constipantes
 Teste parasitológico e sorológico positivo, mas (opioides, diuréticos,
assintomático anticonvulsivantes), uso de laxativos,
enemas, cirurgia
Infecção crônica
 Doença cardíaca: anormalidade na condução,  Insuficiência cardíaca: anti-
dilatação flácida de todas as câmaras, IC, síncope, hipertensivos
morte súbita resultante de bloqueio cardíaco ou
arritmia ventricular e tromboembolismo. ECG pode
mostrar bloqueio completo ou do ramo direito do
coração
 Doença gastrointestinal: megaesôfago + disfagia +
megacólon (gera obstipação e vólvulo/torção
intestinal)

Leishmaniose Leishmania chagasi 1. Promastigotas invade macrófagos e se tornam Resposta imunológica Aspirado de medula óssea ou baço = 1ª escolha
visceral amastigotas intracelulares (sem flagelo)  Linfócitos Th1 (CD4+): contém infecção, gera forma cultura Antimoniais pentavalentes (glucantime)
Vetor: mosquito palha, 2. CALAZAR: Amastigotas se reproduzem, rompem assintomática ou oligoassintomática Esfregaço do sangue periférico:
(calazar) flebotomínios >> Lutzomyia macrófagos e alcançam órgãos do sistema  IL-10: não estimula eliminação eficaz das formas identificação da amastigota dentro 2ª escolha
longipalpis e L. cruzi reticuloendotelial (fígado, baço, medula óssea, amastigotas >> resposta Th1 insuficiente e há de macrófagos e monócitos Anfotericina B desoxicolato (fungizone)
locais de encontro de novos macrófagos que serão multiplicação desenfreada do parasita no interior dos PCR
infectados) pelos vasos sanguíneos e linfáticos macrófagos do sistema reticuloendotelial = gera OU
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3. TEGUMENTAR: resposta granulomatosa linfócitos e hiperplasia reativa dos tecidos infectados (hepato e ELISA: baixa especificidade, Anfotericina B lipossomal (ambisome)
necrose da pele, gerando ulceração = inflamação esplenomegalia + pancitopenia) necessário complementar com
crônica e aguda com alterações granulomatosas  Febre: liberação de citocinas pelos macrófagos pesquisa direta do parasita. Podem
Supressão de APCs e células dendríticas parasitados positivar após cura Se abandono do TTM
 Linfócitos B: excesso de anticorpos pode gerar Teste intradérmico de Montenegro: Considerar: nº doses, estado clínico,
plasmocitose medular (aumento do precursor dos injeção intradérmica de antígenos tempo após última dose
anticorpos) e hipergamaglobulinemia policlonal de leishmania, em busca de Se 7 dias após abandono: completar ttm
(vários tipos de anticorpos aumentados) memória imunológica. É NEGATIVO Após 7 dias fazer dessa forma:
DURANTE FASE ATIVA DO CALAZAR
Forma oligossintomática = não é feito para diagnóstico, e sim
 Febrícula, tosse seca, adinamia, diarreia, sudorese e para vigilância epidemiológica
discreta hepatomegalia = sintomas inespecíficos (avaliar vasos assintomáticos ou
 Resolução espontânea do quadro: 3-6 meses OU com história prévia)
progride para calazar clássico Na TEGUMENTAR, é positivo nas
 Diagnóstico: exame sorológico ou intradermorreação formas cutâneas localizadas,
de Montenegro recidivas e formas mucosas. É
 Não deve receber tratamento específico negativo na forma difusa
 Não deve ser notificado
Na lesão cutânea: biópsia,
Forma aguda identificação dos amastigotas no
 Hepatoesplenomegalia, febre alta (38-40°C), tecido ou do crescimento em
calafrios, diarreia, anorexia cultura dos promastigotas (indireto)
 Laboratório: pancitopenia
 Hg <10
 Leucometria 2.000-4.000
 Plaquetometria <200.000
 Não há eosinofilia

Forma crônica (calazar clássico)


 Comum em crianças <10anos e imunodeprimidos
 Febre persistente com 2-3 picos/dia (38 a 38,5°C) OU
intermitente OU irregular, com períodos de apraxia
 Associados: tosse seca, mal-estar, astenia, sintomas
TGI (diarreia, constipação, anorexia, caquexia),
desnutrição grave, edema de MMII
 Exame físico: palidez cutaneomucosa, desnutrição,
cabelos quebradiços, pele escurecida, baço palpável
 Complicações: intensa astenia, dispneia, IC, anemia,
infecção bacteriana, sepse, epistaxe/gengivorragias
(plaquetopenia), morte
 Laboratório: pancitopenia
 Hg <9 (anemia normo-normo)
 Leucometria <3.000 = neutropenia e eosinopenia
 Trombocitopenia <100.000
 VHS elevado
 Hipoalbuminemia + hipergamaglobulinemia
policlonal
 Inversão do padrão -albumina/+globulina
 Discreta elevação das aminotransferases
 Proteína C reativa elevada
 Raro: bilirrubina

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Calazar e HIV
 HIV suprime linfócitos Th1 (CD4+) e o calazar depende
dessa resposta para ser contido
 Laboratório: CD4 <400
 Sintomas: febre, emagrecimento,
hepatoesplenomegalia, doença + disseminada
(pulmão, pleura, TGI...)

Leishmaniose L.(leishmania) amazonenses, Resposta imunológica Antimoniais pentavalentes


tegumentar guyanensie e braziliensis  +Interferongama (IFN) Anfotericina B
 Pctes apresentam hipersensibilidade do tipo tardio Pentamidina
Vetor: mosquito palha,  Linfócitos Th1 (CD4+) Permanganato de potássio
flebotomínios >> Lutzomyia
longipalpis e L. cruzi Características gerais das lesões:
 Afeta faces e membros
 Poupa couro cabeludo, região inguinal, axila, palmas
das mãos
 São eritematosas. Forma de pápulas, tubérculos,
nódulos e infiltrações difusas

Leishmaniose cutânea localizada


 Lesões únicas ou múltiplas e heterogêneas, em áreas
expostas da pele (alvos das picadas)
 Início: pápula eritematosa no local da inoculação dos
promastigotas, cresce lentamente, torna-se nodular e
úlcera
 Pode ser lesão úmida: coberta por exsudato, bordas
elevadas, associadas ou não a infecção bacteriana ou
fúngica
 Pode ser lesão seca: crosta central, pode haver lesões
satélites na vizinhança do sítio primário
(leishmaníades)
 Podem durar meses ou anos
 Cicatriz: atrófica, plana, hipopigmentada

Leishmaniose cutânea disseminada


 Lesões ulceradas e pequenas
 Disseminação hematogênica
 Tem aspecto acneiforme

Leishmaniose cutânea difusa


 Início: mácula, pápula ou nódulo no local da inoculação
 Não há ulceração

Leishmaniose recidivante
 Após cicatrização da lesão primária, microorganismos
persistentes podem causar novas pápulas ao redor da
cicatriz
 Essas pápulas podem ulcerar, cicatrizar e reaparecer
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Leishmaniose mucosa americana


 L braziliensis ou viannia pode gera lesão em nariz,
boca, faringe e laringe, meses ou anos após a
cicatrização cutânea
 Sintomas: inflamação, congestão nasal, ulceração
Dengue RNA vírus, gênero Flavivirus 1. Fagocitose do vírus por células dendríticas e Fase febril Até 5ºd: identificação do VÍRUS Alívio sintomático: analgésicos,
transporte aos linfonodos, onde realizam replicação  Febre alta 39° a 40°C Dosagem do antígeno NS1 no antitérmicos, antieméticos,
4 sorotipos: DENV 1, 2, 3, 4 2. Replicação do vírus nos linfonodos locais ou células  Início súbito sangue: primeiros 3d é melhor antipruriginosos + hidratação (VO ou IV)
musculares esqueléticas = gera viremia Associados: adinamia, cefaleia, dor retrorbitária,  Isolamento viral (cultura)
Transmitida por: vetores 3. No sangue, vírus penetra nos monócitos, onde sofre a artralgia e mialgia ( “febre quebra ossos”)  RT-PCR AAS e AINEs são contraindicados na
Aedes aegypti 2ª onda de replicação  Exantema maculopapular: pode ter ou não prurido. suspeita de dengue, pelo risco de
4. Tropismo celular predomina sobre o macrófago e Atinge face, tronco e extremidades, NÃO poupa Até 6ºd: identificação do sangramento (inibição plaquetária)
Transmissão: picada da células musculares esqueléticas (justifica intensa palma das mãos/pés. Surge durante defervescência ANTICORPO
fêmea do mosquito, mialgia e dor retro-orbitária) e dura até 36-48h  IgM pela técnica ELISA Grupo A: não há sinal de alarme,
transmissão transplacentária 5. Replicação viral estimula produção de citocinas (TNF-  IgG, se positivos, indicam contato sangramento e comorbidades. Sorologia
α, IL-6, IFN-γ) pelos macrófagos e linfócitos T helper Caso suspeito: Febre (2-7 dias) + 2 ou mais das prévio com o vírus, não sendo úteis e cultura se não houver epidemia
específicos que interagem com o MHC classe II dessas seguintes manifestações: para o diagnóstico do quadro de
células >> justifica a febre e o mal-estar 1. Náusea e vômitos dengue aguda atual Grupo B: não há sinal de alarme, HÁ
6. Síndrome febril da dengue depende da liberação de 2. Exantema sangramento espontâneos ou induzidos
TNF-alfa e IL-6 3. Mialgias Laboratorial (petéquias, equimose, prova do laço) e
7. Linfócitos T CD8+ citotóxicos destroem células 4. Artralgia Exames inespecíficos: comorbidades. Hemograma (se
infectadas pelo vírus, por intermédio da ação de 5. Cefaléia  Hemograma: leucopenia 2- hemoconcentração, conduzir para grupo
anticorpos específicos (citotoxicidade anticorpo- 6. Dor retro-orbital 4mil C), sorologia e cultura
dependente) 7. Petéquias: aparece no 3-4º dia  Outros: níveis de proteínas,
8. Anticorpos antidengue neutralizam vírus 8. Prova do laço positiva albuminas, TS, gasometria, Grupo C: há sinal de alarme.
 IgM: surge a partir do 6º dia de doença, atinge o 9. Leucopenia eletrólitos, transaminases, Hemograma, sorologia e cultura
pico no final da 1ª semana e persiste no soro por ureia, creatinina, RX de tórax,
alguns meses Fase crítica USG) Grupo D: há sinais de choque,
 IgG: surge na 1ª semana e atingem o pico no final  Principal sinal: extravasamento plasmático Exames específicos: sangramento grave ou disfunção de
da 2ª semana, mantem-se positivos por vários anos
 Aparece do 3-7º dia, durante deferverscência  Sorologia e cultura: IgM, NS1, órgãos. Hemograma, sorologia e cultura
e confere imunidade sorotipo-específica por toda a isolamento viral, PCR, imuno-
vida  Acompanha os sinais de alerta: são um aviso do risco
histoquímica
de choque circulatório. Apresenta 1 ou mais dos
Marcadores imunológicos e auxilio
seguintes sinais
diagnóstico: Linf T CD8
 Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a
palpação do abdome
 Vômitos persistentes
 Acumulação de líquidos (ascites, derrame
pleural, derrame pericárdico)
 Sangramento de mucosa ou outras hemorragias
importantes
 Letargia ou irritabilidade
 Desconforto respiratório
 Diminuição da diurese
 Hipotensão postural e/ou lipotimia
 Hepatomegalia >2 cm
 Aumento progressivo do hematócrito
 Queda abrupta das plaquetas
 Hipotermia

Casos suspeito de dengue grave


Choque: extravasamento de plasma + taquicardia,
extremidades frias e TEC ≥2segundos, pulso fraco,
pressão diferencial convergente ≤20mmHg;
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hipotensão arterial em fase tardia, acúmulo de líquidos
com insuficiência respiratória >> redução do volume
circulante efetivo e má perfusão tecidual generalizada
Sangramento grave: hematêmese, melena,
metrorragia volumosa, hemorragia intracraniana
Comprometimento grave de órgãos: dano hepático
importante (AST/ALT>1.000), SNC (alteração da
consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos

Outras complicações comuns: hemorragias vultuosas


e/ou lesões de órgãos específicos
 Hemorragia digestiva: doença ulcerosa péptica, uso de
AAS, AINEs ou anticoagulantes são fatores de risco
 Miocardite: alterações do ritmo cardíaco, alteração da
repolarização ventricular e disfunção contrátil
 Aumento das aminotransferases hepáticas: indicam
hepatite grave

Fase de Recuperação
Líquido extravasado para o espaço extravascular
começa a ser reabsorvido, com melhora gradual do
estado clínico
Atenção com complicações relacionadas à hiper-
hidratação, como a hipervolemia (ex.: HAS, edema
agudo de pulmão)
Aumento do débito urinário pode ficar aumentado

Chikun CHKIV, RNAvírus, do gênero 1. Vírus invade articulações >> infecta sinóvia e Fase aguda Laboratorial Fase aguda: medidas de suporte clínico
Alphavirus músculo >> citocinas, quimiocinas e recrutamento  Febre alta (até 40°C): início abrupto, duração máx Exames inespecíficos:  Antitérmicos/analgésicos para alívio
de leucócitos >> IL1, 10, 12, 15 (duração: 4 dias) 10dias  Hemograma: leucopenia (raro da febre e poliartralgia >>
vetores: A. aegypti e 2. Redução da viremia e da dor articular após 5 dias  Poliartralgia: aparece no 2º-5ºdia, predomina em trombopenia) PARACETAMOL ou DIPIRONA. Se
albopictus 3. Artrite crônica: mãos, punhos e tornozelos. Acometimento  Aminotransferases podem estar caso refratário >> uso de CODEÍNA
 Replicação viral persistente simétrico e distal >> DOR ARTICULAR elevadas  Crioterapia: aplicação de
Transmissão: picada do  RNA viral persistente que conduz resposta INCAPACITANTE  Crioglobulinemia e níveis de VHS e compressas frias nas articulações
mosquito inflamatória persistente  Edema periarticular pouco volumoso proteína C-reativa aumentados por dolorosas
 Autoimunidade  Rash eritematoso maculopapular: aparece no 3º dia várias semanas Evitar AINEs pelo risco de coinfecção com
e dura 3-7d Exames específicos: dengue e aumento no risco de
 RT-PCR: genoma viral. Até o 8ºdia hemorragias
Fase subaguda após o início dos sintomas (melhor Dor neuropática: amitriptilina ou a
 Persistência de queixas articulares: rigidez matinal, fazer no 5ºdia, pq tem maior gabapentina
dor e edema nas mesmas articulações viremia) Repouso e afastamento das atividades
anteriormente afetadas  IgM (ELISA) 5ºdia laborativas
 Quadro contínuo ou intermitente, pode ser  IgG 1ªcoleta a partir do 6ºdia da
acompanhado por tenossinovite hipertrófica (ex.: doença + repete após 15 dias >> Fase subaguda:
síndrome do túnel do carpo) aumento 4x de IgG fecha o  AINEs ou e glicocorticoides
 Duração: até 3 meses diagnóstico  Injeções intra-articulares de
glicocorticoide
Fase crônica
 Poliartralgia/artrite por >3 meses Fase crônica: sintomas persistentes ou
 Deformidades, mas recupera sem sequelas progressivos
 Pode ser fenômeno de Raynaud: aparece no 2-3°m  Hidroxicloroquina: 1ªlinha. Uso pode 6
após a fase aguda semanas
 Outras: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, dor  Metotrexate: 2ªlinha. É mais mais
neuropática, alterações cerebelares, distúrbios do tóxico,

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sono, déficit de atenção e memória, depressão e  Analgesia com morfina
turvação visual
 Duração: até 3 anos FISIOTERAPIA nas fases subaguda e
 Principais fatores de risco para evolução crônica: crônica >> preserva função
1. Idade > 45 anos musculoesquelética, evitando a atrofia
2. Doença articular prévia por desuso e deformidades
3. Maior intensidade dos sintomas na fase aguda

Zika Agente etiológico: ZIKAV, ZIKAV pode ser encontrado no sêmen até 62 dias após  Febre baixa e autolimitada baixa, duração 2 a 7  RT-PCR: uso de soro, urina, Tratamento sintomático: antitérmico,
gênero Flavivirus a infecção sintomática, num momento em que o dias sangue, fragmentos da placenta analgésicos, antiprurigiosos >>
mesmo já não está mais presente no sangue  Exantema maculopapular pruriginoso  Sorologia para identificação de paracetamol, dipirona e anti-
Transmitida por: vetores Na fase aguda da doença, a carga viral no sêmen chega  Hiperemia conjuntival (conjuntivite não purulenta) IgM histamínicos
Aedes aegypti a ser até 100.000 vezes mais alta que no sangue,  PRNT determina se o IgM anti-
mostrando a enorme infectividade deste fluido Zika encontrado é verdadeiro ou Não usar AINES, pela possibilidade de
Transmissão: picada da biológico falso-positivo infecção simultânea pelo vírus da dengue
fêmea do mosquito, (risco de hemorragia)
transmissão ocupacional, Vírus pode ser encontrado na saliva e leite materno, OBS gestantes: toda gestante que
perinatal, sexual, vertical e não está claro se o contato direto com este tipo de  Fadiga apresente exantema por 5 dias,
transfusional secreção é capaz de transmitir a doença  Cefaleia afastadas outras causas infecciosas
 Dor retro-orbital ou não, precisa ter coleta de soro e
 Artralgia urina imediatamente, para
 Mialgia realização do RT-PCT
 O desaparecimento dos sintomas ocorre entre 3-7dias
após seu início
 Artralgia pode persistir por 1 mês

Vírus possui NEUROTROPISMO >> isso explica as lesões


neurológicas, como microcefalia congênita, síndrome
de Guillain-Barré e meningoencefalite

Complicações
Síndrome de Guillain-Barré
 Polineuropatia e reação autoimune: células do
sistema imunológico atacam nervos periféricos
(bainha de mielina e axônio)
 Ocorre pela neurotoxicidade direta do vírus no SNC,
responsável por gerar neuropatia axonal motora
aguda
 Pode ocorrer após 6 dias da infecção pelo vírus
 Sintomas comuns: fraqueza, sensação de
formigamento ou perda de sensibilidade, diminuição
dos reflexos >> duração de 3-4 semanas
 Sintomas graves: enfraquecimento dos músculos da
respiração da face e da deglutição (risco de aspiração)

Microcefalia
 Microcefalia: PC<32cm na 1ª semana de vida
 ZIKAV cruza barreira placentária e destroi neurônios
primitivos do SNC em formação
Febre Agente etiológico: vírus 1. Vírus liberado nos ductos linfáticos e vasos Caso suspeito: Febre abrupta 39-40°C até 7d de Exames inespecíficos: Não há tratamento antiviral específico
Amarela amarílico, RNAvírus, do sanguíneos, produzindo viremia duração (aferida ou relatada) + 2 ou mais das seguintes  Hemograma: leucopenia, Faz-se tratamento de suporte
gênero Flavivirus 2. Vírus infecta órgãos (coração, timo, rim e fígado) manifestações: neutropenia, plaquetopenia,
3. No fígado, as células de Kupffer produzem os sinais 1. Icterícia e/ou manifestações hemorrágicas anemia (devido sangramentos), Casos leves sem alterações laboratoriais
e sintomas da doença hepática 2. Cefaleia aumento de produtos de importantes: manejo no domicílio >>
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Transmitida por: A. aegypti 4. Focos hemorrágicos subcapsulares e 3. Mialgia degradação da fibrina, VHS hidratação oral e sintomáticos (ex.:
(ciclo urbano) e Haemagogus parenquimatosos e necrose no fígado 4. Dor lombar próximo do ZERO (dado importante antitérmicos, anal-
(ciclo silvestre, adoecem 5. Mal-estar para pensar em FB) gésicos etc.) + orientações sobre
macacos e homens vão para 6. Calafrios  Função hepática: surgimento de sinais de alarme
regiões de mata nas áreas 7. Náuseas Aminotransferases elevadas
endêmicas) 8. Que esteve em área com transmissão da doença nos (>1.000 UI/L), fosfatase alcalina Casos moderados a graves (e/ou com
15 dias anteriores, sem comprovante de vacinação pouco elevada ou normal, alterações laboratoriais importantes):
Transmissão: picada da ou recebimento da vacina há menos de 30 dias bilirrubinas elevadas à custa da manejo no hospital >> hidratação venosa
fêmea do mosquito Sinal de Faget: febre alta com pulso lento (bradicardia fração direta (2 a 10 mg/dl) e + vitamina K + hemoderivados
relativa) prolongamento do tempo de (hemácias, plasma fresco congelado
protrombina e/ou plaquetas)
 EAS: Albuminúria
Febre amarela maligna: manejo na UTI
Exames específicos: >> medidas de suporte, como diálise,
 Até 5º dia: PCR ventilação mecânica e uso de aminas
 A partir do 6º dia: sorologia para vasoativas. Atenção com infecções
detecção de IgM (ELISA) e/ou IgG bacterianas secundárias (pneumonia,
(aumento nos títulos de anticorpos ITU)
Forma grave: ≥ 4x entre uma dosagem e outra,
 Melhora da febre com posterior piora com intervalo de 2-3 semanas entre Paciente que tiveram febre amarela e se
 Aparecimento de anticorpos as amostras). curaram NÃO precisam ser vacinados,
 Febre associada a manifestações hemorrágicas  Biópsia ou necropsia: isolamento pois adquiriram imunidade natural
(gengivorragia, epistaxe, hematêmese, viral, PCR em tempo real e pesquisa
metrorragia, petéquias e equimoses) >> ocorre de antígenos por imuno-
por disfunção plaquetária e endotelial, gerando histoquímica.
Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD) >>
febre amarela complicada por CIVD é chamada de
febre amarela maligna
 Hepatite aguda + icterícia + elevação de
transaminases (TGO/AST >1000) >> ocorre pelo
efeito direto do vírus, que possui tropismo pelos
hepatócitos
 Comprometimento renal pela albuminúria e
insuficiência renal aguda (IRA)
 Miocardite: arritmia e baixo débito cardíaco
 ÓBITO em 7-10 dias por: CHOQUE +
INSUFICIÊNCIA HEPATICA + CIVD

Tuberculose Mycobacterium tuberculosis Primoinfecção: IL-12 estimula macrófago a apresentar TB PULMONAR: tosse persistente + febre vespertina + TB PULMONAR: FASE INTENSIVA: 2 MESES
= Bacilo de Kock para linfócito T + liberação de citocina = limitação da sudorese noturna + emagrecimento 1. Baciloscopia direta do escarro FASE MANUTENÇÃO: 4 A 6 MESES
reprodução (BAAR), coletar 2 amostras
Latente (>3 semanas de replicação): formação de TB EXTRAPULMONAR: pleural (febre, tosse, dor 2. Cultura bacilo de Kock Intensiva: RIPE
granuloma pela diferenciação de macrófagos em torácica), ganglionar (aumento linfonodo 3. Teste rápido: PCR Rifampicina: RNA polimerase
células gigantes e epitelioides (bacilo resistente ao supraclavicular indolor e assimétrico), pericárdica (dor 4. Raio X Isoniazida: inibe ác micólico
fagossomo) >> formação de centro caseoso com torácica, tosse, dispneia, febre, astenia, edema MMII, 5. Prova tubertulínica PPD: leitura 72- Etambutol: -resistencia ao ATB. Ñ kid!
redução de O2 (ambiente anaeróbico) dor em hipocôndrio por congestão hepática, ascite) 96h Pirazinamida: inibe membrana plasmat.
Se cavidade, usar estreptomicina
TB EXTRAPULMONAR:

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Ativação por reinfecção ou reativação POR 6. Biópsia Manutenção: RI
DESNUTRIÇÃO, ALCOOLISMO, CORTICOIDE, CA, 7. Cultura Rifampicina
IMUNOSSUPRESSÃO, HIV Isoniazida
SEMPRE TESTAR HIV NO PCTE!
IMUNIDADE PROTETORA, MAS NÃO ESTERILIZADORA
Pneumonia Streptococcus pneumoniae = Pneumonia pode ser:  Febre alta (39-40°C) com calafrios com tremores Clínico + hemograma + radiografia CURB-65: usado p determinar
adquirida na pneumococo gram-positivo  Típica: pneumonia pneumocócica ou por bactérias  Dor torácica pleurítica (dor na inspiração) do tórax PA e perfil prognóstico
identificáveis no gram ou cultura  Tosse produtiva com expectoração purulenta Confusão mental, >50, ureia
comunidade PAC:  Atípica: pneumonia causada por microorganismos (esverdeada) Exame laboratorial: (hipoperfusão renal por citocinas, lesão
 Infecção FORA do ambiente atípico (- comuns que os da pneumonia típica), como  Dispneia  Leucocitose neutrofilíca: 15-35mil arteríolas, pouca troca gasosa no
hospitalar o Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae.  Desvio a esquerda pulmão. Creatina sobe depois) FR >30,
 Sem história de internação Ocorre por surtos epidêmicos, acomete adultos Exame físico:  Hematoscopia: neutrófilos com hipotensão <90x60, idade >65
>48h nos últimos 90 dias jovens, progressão lenta, predominância de sintomas  Taquipneia FR >24ipm granulações grosseiras no 0-1: ttm ambulatorial
 Sem história de uso de ATB sistêmicos em vez dos respiratórios, temperatura não  Taquicardia >100bpm citoplasma ou corpúsculo de Dohle 2-3: hospitalar
intravenoso, quimioterapia é tão alta, tosse pouco produtiva e com expectoração  Estertores inspiratórios e crepitação  Gasometria: hipoxemia e alcalose 4-5: UTI
ou tratamento para úlcera mucoide, pouca dor pleurítica  Esforço respiratório respiratória
de pressão nos últimos 30  Colonização da oro e nasofaringe, microaspirações de  Níveis normais: série vermelha e Antibioticoterapia EMPÍRICA
dias secreções OU macroaspirações devido falha no plaquetas Via oral
 NÃO oriundos de unidades fechamento da glote e no reflexo de tosse (conteúdo  Síndrome de consolidação: som bronquial (sopro TTM AMBULATÓRIO
especiais de internação gastroesofágico aspirado para dentro do pulmão) tubário) + aumento do frêmito toracovocal +  Radiografia de tórax (SEMPRE Sem comorbidade, sem ATB, sem risco
prolongada (ex.: asilos,  Acometimento de parênquima pulmonar submacicez + broncofonia + pectorilóquia fônica (pcte FAZER): infiltrado pulmonar do de resistência
home care)  Disbiose (desequilíbrio da microbiota): surfactante sussurra “33” e o som é auscultado nitidamente. tipo broncopneumônico (múltiplas  Amoxicilina c/ clavulanato
 Não se encontram sob alveolar é rico em substâncias de efeito antibacteriano, Normal: voz sussurrada não audível na ausculta condensações, alvéolos  Se comorbidade: amoxi c clavu +
tratamento em clínicas de como IgG, IgM, complemento, dibronectina, lisozimas respiratória preenchidos de exsudato) OU azitro
diálise e proteínas ligadoras de ferro, MAS NÃO É SUFICIENTE pneumonia lobar (grande área de
para combater  Síndrome do derrame pleural: abolição do murmúrio consolidação alveolar) >> LOBO TTM AMBULATÓRIO
 Os anticorpos antibacterianos específicos agem de 2 vesicular e do frêmito toracovocal, submacicez e INFERIOR Com fator de risco, uso de ATB
formas: O IgM ativa o sistema complemento capaz de egofonia (pcte fala normal “33” e o som é auscultado No RX: necrose parenquimatosa, c/  B-lactâmico + macrolídeo
destruir a bactéria pelo seu poder lítico; o IgG reveste de forma “anasalada” Este som é auscultado na borda formação de cavitações
superfície bacteriana, permitindo o seu superior do derrame pleural)  Pneumonia necrosante: lesão TTM ENFERMARIA
reconhecimento pelos fagócitos alveolares cavitária pequena (<2cm) Com fator de risco, uso de ATB, 2pts no
 Multiplicação nos espaços alveolares que se Estágios do processo pneumônico  Abscesso pulmonar: lesão cavitária CURB
comunicam entre si (chamados de poros de Kohn) 1. Congestão: congestão vascular com neutrófilos grande (> 2 cm)  Ceftriaxona + azitromicina
 Macrófagos, endotélio e álveolo liberam TNF-alfa, IL-1, disseminados e bactérias em alvéolos = MULTIP BACT
IL-8, C5a, leucotrieno B4 2. Hepatização vermelha: lobos com consistência  Exame de escarro: pesquisa agente
 Neutrófilos recrutados no local, desencadeiam e hepática e preenchido por neutrófilos e fibrina = etiológico. A espera de um
perpetuam o processo inflamatório agudo HEMACIA NO ALVEOLO resultado poderia retardar o início
 Ocupação do espaço alveolar pelo exsudato 3. Hepatização cinza: pulmão seco e cinzas com da antibioticoterapia.
neutrofílico pode ocorrer numa grande área do exsudatos fibrinossupurativo no interior dos alvéolos =
parênquima = consolidação (ou condensação) alveolar -HEMACIA NO ALVEOLO +RESTO CELULAR Biomarcadores
4. Resolução: exsudato digeridos e reabsorvidos por  Procalcitonina: produzida pelas
Fatores de risco: idade avançada, tabagismo, DPOC, ação fagocitária = FIBROSE células parenquimatosas em
etilismo, DM resposta a toxinas bacterianas e
citocinas pró-inflamatórias. Pouco
produzida em infecções virais
 Proteína C reativa: aumenta devido
IL 1, 6 e TNFalfa. Se eleva em
qualquer processo inflamatório
HIV Retrovírus >> vírus de RNA 1. Cito anal é a forma com maior probabilidade de Aguda: duração 14-21 dias. Após a fase inicial de Teste molecular (PCR): detectam 2 ITRN/ITRNt + inibidor de integrase
que, para infectar o humano, adquirir infecção, há grande quantidade de células viremia e disseminação para tecidos linfoides do anticorpos (IgM, IgG, IgA e IgE) e de Tenofovir (TDF) e Lamivudina (3TC) +
precisa que seu material dendríticas e linfócitos organismo, há queda da carga viral que coincide com a antígenos circulantes produzidos Dolutegravir (DTG) OU Raltegravir
genético transcrito de forma 2. Interação entre os receptores de manose (C-Lectina) resposta celular contra o vírus. O momento de pico de pelo vírus (p24 do capsídeo viral (RAL) (RAL em gestantes)
“reversa” em DNA (ele se das células dendríticas e o gp120 do vírus, iniciando o viremia com início da resposta celular está associado a Sorologia: IgG após 6-8semanas de
integra ao genoma e dita a processo de entrada viral sintomas em 60 a 90% dos pacientes infecção Esquema antigo:
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síntese das proteínas virais 3. Interação com o CD4 gera mudança conformacional Crônica assintomática: após fase aguda, não há ) 2 ITRN/ITRNt + ITRNN
utilizando a maquinaria na gp120 que expõe o sítio de ligação de um sintomas ITRNN = efavirenz (EFV)
enzimática do hospedeiro) correceptor Crônica sintomática: a progressão imunológica e viral É o esquema de 2ª escolha, se
Enzima transcriptase 4. Há 2 correceptores presentes nas células hospedeiras: gera sintomas. Esse período dura de 3-7 anos em pctes contraindicação ou intolerância ao
reversa traduz o RNA viral CCR5 e CXCR4 não tratados inibidor de integrasse
em DNA dupla-fita 5. A ligação do correceptor gera outra mudança
Na superfície há espículas conformacional que leva à exposição da gp41 (que Controladores de elite: categoria de pacientes Início do tratamento deve ser o mais
formadas por glicoproteínas estava “escondida” embaixo da gp120) assintomáticos, que mantêm carga viral indetectável precoce, mesmo se o pcte for
(gp120 e gp41). Quando o 6. gp41 faz FUSÃO entre o envelope externo do vírus e a na ausência de terapia antirretroviral por 1 ano com 3 assintomático, e não deve ser
vírus brota da célula membrana da célula dosagens diferentes ao longo desse tempo interrompido nunca mais durante a vida
infectada ele carreia consigo 7. Há inoculação do capsídeo (envelope interno  A resposta celular específica para o HIV é +robusta, O uso de TARV diminui a
um envoltório lipoproteico contendo o genoma e enzimas virais) no citoplasma transmissibilidade do vírus e aumenta a
comparada com os pacientes que não controlam a
roubado de sua membrana 8. Após 2h do contato do vírus a mucosa, o HIV atravessa quantidade de CD4
viremia.
e, nesse “envelope externo”, a barreira mucoepitelial protetora e pode entrar em
além das glicoproteínas contato com macrófagos teciduais, linfócitos e células  Biomarcadores: níveis altos de lipopolissacarídeos PrEp: pré-exposição = uso contínuo
virais encontram-se dendríticas (APCs, leva o vírus até o grupamento circulantes e nível mais alto de ativação imune Tenofovir (TDF) + Entricitabina (FTC)
moléculas oriundas do linfoide + próximo, como linfonodo mesentérico) >> PEP: pós-exposição
hospedeiro, como o (MHC) + até 24h após o contato, e como não houve integração A carga viral, que se inicia muito alta e declina na fase Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) +
capsídeo (envelope interno) do genoma viral com o DNA de uma célula hospedeira, de latência clínica, volta a subir na fase de doença Dolutegravir (DTG)
composto pelo antígeno p24 ainda há chance de evitar a infecção sintomática (aids).
(que abriga RNA + 9. No linfonodo regional, vírus é apresentado ao linfócito O CD4 plasmático não reflete de forma fidedigna a
transcriptase reversa) T CD4+ virgem contagem total de CD4 do indivíduo, uma vez que a
10. Começa a replicação viral no linfonodo, maioria dessas células reside no tecido linfoide.
atingindo toda subpopulação de linfócitos CD4+
presente. Essa é a chamada “fase eclipse”, com
duração de 7-21 dias >> RNA viral não é detectado no
plasma do paciente
11. Quando a transcrição do RNA genômico em
DNA dupla-fita termina o capsídeo se abre liberando o
DNA pró-viral e é “costurado” ao DNA humano por
ação da enzima viral integrase
12. DNAviral, integrado ao DNAhumano, é
“lido” e o RNA mensageiro é sintetizado para ser
traduzido em proteínas
13. As proteínas se organizam próximo à
membrana plasmática, onde são clivadas pela enzima
viral protease tornando-se ativas
14. O capsídeo é montado e brota da superfície
celular “roubando” parte de sua membrana >> são
liberados e infectam novas células!
15. Linfócitos levam o vírus p/ organismo,
principalmente MALT, pelas próximas 2 a 3 semanas
16. Replicação intensa no MALT intestinal >>
depleção na subpopulação de linfócitos, e permite a
translocação bacteriana do intestino para a corrente
sanguínea >> ou seja, esse tecido linfoide é um dos
primeiros a ser destruído pelo HIV, facilitando a
invasão por germes da microbiota intestinal
17. Os lipopolissacarídeos das bactérias gram-
negativas intestinais (enterobacteriaceas), uma vez na
corrente sanguínea, são iniciadores da resposta
imune, aumentado a ativação de linfócitos circulantes
e facilitando infecção pelo HIV

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18. A disseminação do vírus pelo sangue é
responsável pela queda abrupta de linfócitos, viremia
alta da infecção aguda e progressiva queda na
contagem de linfócitos circulantes durante a infecção
crônica
19. Quando há grande viremia, surgem os
sintomas da infecção aguda: manifestações
inespecíficas >> febre, linfadenomegalia generalizada,
anorexia, mal-estar ou até mesmo esplenomegalia,
hepatomegalia, icterícia, rash cutâneo, plaquetopenia
e diarreia
20. Alta viremia = +risco de transmissão

FOI (ou FOO) Critérios: A fisiopatologia é obscura Depende da etiologia  História clínica: febre (contínua NÃO TOMAR: AINE e glicocorticoides pq
 Febre >38,3°C em pelo ou recorrente e duração) mascaram febre
menos 2 ocasiões  Infecções: quanto mais tempo dura a febre, menor epidemiologia, viagens,
 Duração ≥ 3 semanas probabilidade da origem infecciosa, proteína C exposições, vacinação, leite cru, PPD+: usar terapia antituberculosa. Se
 Sem imunossupressão reativa >100, teste com naproxeno negativo e picado por carrapato, febre manter após 6s, considerar outro
 Diagnóstico incerto após 1 leucocitose com desvio a esquerda sugere infec imunossupressão diagnóstico
semana se investigação bact.  Exame físico: lesões cutâneas e
hospitalar (anamnese  Neoplasias: teste com naproxeno positivo sugere orofaringe, seios paranasais, Se instabilidade hemodinâmica ou
completa, EF e Ex complem) origem neoplásica, perda mais de1kgpor semana. fundoscopia, visceromegalias, neutropenia >> usar terapia antibiótica
Eosinofilia sugere doença de Hodgkin linfadenomegalias, massas empírica
Etiologias:  Doenças reumatológicas sistêmicas: vasculite, abdominais ou pélvicas, sopros
 Infecções: +comum artrite reumatoide cardíacos, exame retal e anal, Anakinra: bloqueia a atividade da IL-1,
 Neoplasias  Miscelânea (fármacos): alopurinol, furosemida, cicatriz de cirurgias sendo muito efetiva
 Doenças reumatológicas Carbamazepina, Lamotrigina, Fenitoína,  Buscar por apresentações
sistêmicas (vasculite, Sulfassalazina, Furosemida , Antimicrobianos incomuns de doenças comuns
artrite reumatoide) (sulfonamidas, minociclina, vancomicina,
 Miscelânea (fármacos): antibióticos β-lactâmicos e isoniazida) Exames complementares depende
alopurinol, dos dados clínicos e
carbamazepina, fenitoína, epidemiológicos + devem ser feitos
furosemida, b-lactâmicos mediante suspensão da medicação,
exceto aquelas que são
indispensáveis
 VHS, Proteína C-reativa (PCR)
 Plaquetas, Leucócitos
 Hemoglobina, Eletrólitos
 Creatinina, Proteínas totais
 Fosfatase alcalina: aumenta em
acometimento hepático ou óssea
 Alanina aminotransferase (ALT)
 Aspartato aminotransferase (AST)
 Lactato desidrogenase
 Creatina-quinase
 Ferritina
 Fatores antinucleares
 Fator reumatoide
 Eletroforese de proteínas
 Exame comum de urina
 Hemoculturas (n = 3)
 Urocultura
 Cintilografia
 Radiografia de tórax
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 USG abd
 PPD
LES Autoimune multissistêmica 1. Desequilíbrio do sistema imunológico e produção de Sintomas específicos  Anemia normo-normo
crônica autoanticorpos PELE  VSH: aumentado
Produção de 2. Receptores de reconhecimento de padrões Específicas do lúpus cutâneo  Proteína C reativa: normal ou
autoanticorpos, que se moleculares anômalos (receptores toll-like) >> base da Agudas: erupção malar e fotossensibilidade pouco elevado
depositam nos tecidos e imunidade inata, presentes em macrófagos, células Subagudas:  Hipocomplementemia: consumo
levam à ativação da cascata cendriticas, linfócitos B imaturos >> reconhecem  Lesões cutâneas eritematodescamativas difusas, não de fatores do complemento,
inflamatória a nível padrões moleculares em microorganismos para ulcerativas, predominando em membros superiores e reduzindo o complemento
sistêmico, gerando focos desencadear a ativação de mecanismos de defesa parte superior do tronco. Face geralmente é poupada hemolítico funcional total (CH50) e
inflamatórios em vários inespecíficos, imediatos (ex.: fagocitose) e espefíficos,  Erupção papuloescamosa os níveis de C3 e C4 séricos
tecidos e órgãos tadios (ex.: estímulo às células produtoras de  Lesões eritematoanulares: policíclicas, que simulam o
É uma doença que ocorre de antígeno, que estimula, linfócitos T eB a produzirem eritema anular centrífugo Critérios do SLICC: 4 dos 17 critérios
forma aguda (fulminantes) resposta adaptativa) Crônicas: Lúpus Cutâneo AGUDO: rash
ou insidiosa) crônica, 3. A ativação desses toll-likes pelos autoantígenos libera  Lúpus discoide: ocorre na ausência de qualquer malar, rash maculopapular,
remitente e recidivante uma resposta inata e inespecífica e depois resposta manifestação sistêmicas ou aparece como parte do fotossensibilidade
adaptativa, com produção de linfócitos B quadro de LES clássico Lúpus Cutâneo CRÔNICO: lúpus
Fator de risco: raios autorreativos que se transformariam em plasmócitos
discoide
ultravioleta, hormônios produtores de autoanticorpos extremamente Inespecíficas do lúpus cutâneo Alopécia
sexuais, medicamentos, específicos  Alopécia não discoide: +apoptose nos folículos pilosos
tabagismo 4. Autoanticorpos se ligam a seus autoantígenos, Úlceras Orais ou Nasais
 Vasculite cutânea: lesões purpúricas/petequiais ou
gerando imunocomplexos que ativam o sistema Doença Articular: sinovite, rigidez
lesões urticariformes. A vasculopatia pode estar
complemento matilnal
associada aos anticorpos antiosfolipídios, com
5. Início do processo de quimiotaxia e inflamação formação de trombos
Serosite: dor pleurítica ou
tecidual  Livedo reticular e telangiectasias: vasoespasmo das pericardite
6. Imunocomplexos podem se formar em nível local, por arteríolas ascendentes da derme intercalado com Nefrite: proteinúria >500
ligação direta dos autoanticorpos aos tecidos, ou no regiões onde essas arteríolas encontram-se dilatadas Manifestações neurológicas
soro (imunocomplexos circulantes), com posterior  Fenômeno de Raynaud: vasoespasmo episódico das Anemia hemolítica
deposição tecidual (ex.: nos glomérulos, pele, pequenas artérias digitais. Palidez-cianose-rubor nos Leucopenia ou linfopenia
sinóvia)... dígitos (fluxo de sangue interrompido >> baixo Plaquetopenia
7. Há também a produção de autoanticorpos que se oxigênio >> retorno do sangue)
ligam a antígenos da membrana plasmática  Úlceras mucosas: indolores. Palato, lábios, septo FAN
8. Os maiores exemplos são os autoanticorpos que nasal, vagina. Parecem úlceras aftosas Anti-DNAsa
“atacam” a superfície das hemácias, leucócitos e
Anti-Sm
plaquetas, promovendo sua destruição no sistema Artralgia: rigidez matinal, deformidade sem lesão Anticorpo antifosfolipídios
reticuloendotelial. articular (artropatia de Jaccoud)
9. Há ainda autoanticorpos que agem contra antígenos Hipocomplementemia
Renal: proteinúria >> DEPOSIÇÃO DE Coombs direto+, sem anemia
neuronais do sistema nervoso central (anti-P), IMUNOCOMPLEXO NOS RINS
provocando alterações psiquiátricas (por necrose de hemolítica
Pulmão: dor pleurítica, derrame pleural
neurônios no hipocampo). Anticorpos que bloqueiam Cardíaca: pericardite, miocardite, coronariopatia
o complexo fosfolipídio-beta--2-glicoproteína I inibem Hemato: anemia (hemolítica, crônica, ferropriva e
a função anticoagulante fisiológica desta megaloblástica), queda do ht, coombs direto positivo,
glicoproteína, aumentando a trombogenicidade trombocitopetina <50mil (IgG ataca plaquetas, relação
plasmática (síndrome do anticorpo antifosfolipídio). com o anticorpo antifosfolipídio). Leucopenia <4mil
SEM neutropenia!
Coagulopatia adquirida devido autoanticorpo antifator
VIII (fator anti hemolítico)
Ocular: ceratoconjuntivite seca (sd Sjogren)

AR Doença inflamatória crônica 1. Linfócitos T CD4 hiperestimulados migram para Manifestações inespecíficas: dor e rigidez articular Critério ACR-EULAR
Envolvimento das membrana sinovial, atraindo e ativando macrófagos pela manhã (melhora com o movimento), fadiga, mal  Envolvimento articular
articulações num processo e linfócitos B. OBS: na imunodepressão avançada estar, anorexia e mialgia  Sorolog: FR e anti CCP: elevados
insidioso que gera pelo HIV, a doença regrede  VHS e ptn C reativa: elevados
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deformidades, decorrente 2. Ocorre produção desordenada de citocinas Manifestações específicas: artrite simétrica de  Duração dos sintomas: >6s
da lesão na membrana (sobretudo TNF-alfa) pequenas articulações das mãos e punho, poupando as
sinovial e cartilagem e 3. Citocinas geram autoperpetuação do processo interfalangianas distais Exames laboratoriais: FR, anti-CCP,
erosão óssea inflamatório sinovial e estimulam a proliferação das Condições associadas: aterosclerose, IAM, IC devido VHS, ptn C reativa
células sinoviais, levando a expansão progressiva do maior estresse oxidativo dos lípidos circulantes, Artrocentese: líquido sinovial
pannus tornando-os propensos à deposição nos vasos. Além da (turvo, +proteína, concentração
4. Linfócitos B se transformam em plasmócitos (cell osteoporose, decorrente da imobilização prolongadas normal de glicose, leucometria
capazes de secretar anticorpos) >> ativação (limitação funcional) e pelos estímulos das citocinas IL 5mil-50mil)
policlonal das células B, podendo produzir 1 e 6 e TNFalfa sobre a atividade dos osteoclastos Raio X: +vol de partes moles e
autoanticorpos, como o Fator Reumatoide Manifestações articulares: derrame articular, perda da
(autoanticorpo, do tipo IgM (mas que pode ser IgG  Dor articular: fibras nociceptivas que percebem cartilagem articular (diminuição do
ou IgA), que reconhece a porção Fc de anticorpos do estresse mecânico na cápsula articular origina a espaço sinovial), cistos subcondrais
tipo IgG, formando imunocomplexos com estes) dor e erosões ósseas marginais) >>
5. Autoanticorpos contra peptídeos citrulinados (ex.:  Aumento do volume articular: devido acúmulo de extensão da doença, monitora
anti-CCP, que se liga a peptídeos citrulinados líquido sinovial + hipertrofia da membrana sinovial tratamento e avalia necessidade de
cíclicos) tbm são característicos da AR + espessamento da cápsula cirurgia
6. Quimiocinas (ou fatores quimiotáxicos), como o  Acometimento começa em mãos
leucotrieno B4 e componentes do sistema (metacarpofalangianas e interfalangianas
complemento (C3a, C5a), atraem neutrófilos para o proximais) e pés (metatarsofalangianas),
“campo de batalha” progredindo em seguida para punhos, joelhos,
7. Esses leucócitos polimorfonucleares se concentram cotovelos, tornozelos, quadril e ombros
no líquido sinovial >> análise do líquido sinovial Mãos: tumefação das interfalangianas proximais,
revela aumento de neutrófilos e baixos níveis de simétrica, desvio ulnar dos dedos
complemento Punhos: deformidade (“punhos em dorso de camelo”)
8. A inflamação gera sinovite crônica, levando a e compressão do nervo mediano contra o ligamento
erosões e deformidade articular transverso do carpo (“síndrome do túnel do carpo”)
Joelho: derrame articular (sinal a tecla de piano =
percepção de flutuação patelar) e cisto de Baker (bolsa
sinovial que alcança a panturrilha, pode simular
trombose)
Pés: metatarsofalangianas, dor ao caminhar e
dificuldade para calçar sapatos devido deformidades
Coluna cervical: compressão medular, tetraplegia,
tetraparesia e morte
Sepse Disfunção orgânica com risco Má distribuição do sangue = choque distributivo  Febre Critérios SIRS
de vida, causada por uma (hiperdinamismo cardiocirculatório e inabilidade dos  Hiperventilação: aumento na FR e na amplitude dos Lactato sérico: indicador da
resposta desregulada do tecidos em extrair oxigênio de forma satisfatória) movimentos respiratórios perfusão tecidual, estando elevado
hospedeiro à infecção  Lesão endotelial com extravasamento de líquidos  Alteração do nível de consciência quando há isquemia e hipóxia
(bacteriana, viral, fúngica ou  Vasodilatação com queda da RVS  Icterícia: ocorre por hemólise, colestase intra-hepática decorrentes de choque ou
parasitária)  Microtromboses por ativação da coagulação e ou falência hepática hipovolemia. Níveis acima de 2
Meta de PAM (Pressão Arterial Média): ≥
fenômenos de adesão de leucócitos ao endotélio  Insuficiência respiratória aguda: taquipneia, dispneia, mmol/L associados a hipotensão 65 mmHg
Disfunção orgânica + foco  Excesso de citocinas pró-inflamatórias, seguido de estertores crepitantes, hipoxemia grave (PaO2 < 60 são indicativos de quadros graves; Meta de perfusão tecidual: débito
infeccioso (comprovado ou aumento das citocinas anti-inflamatórias mmHg) quanto mais alto o lactato sérico,
urinário >0,5 ml/kg/h
não)  Insuficiência renal aguda (IRA): pode ocorrer por pior o prognóstico Meta de lactato sérico: normalização.
1. PAMPS reconhecidos por receptores tipo Toll mecanismos pré-renais (hipoperfusão, isquemia ou Hemocultura: ausência de
Dosagem seriada a cada 6h
Choque: sepse + hipotensão 2. Peptidoglicano das bactérias Gram-positivas e os vasoconstrição por mediadores hormonais), ou renais crescimento bacteriano não exclui Meta ressuscitação volêmica:
que não pode ser corrigida receptores Toll-likes OU a endotoxina (substâncias tóxicas bacterianas ou humorais que diagnóstico normalização nas primeiras 3h do
com líquidos + vasopressores (lipopolissacarídeos-LPS) das bactérias Gram- geram necrose tubular aguda) Hemograma: leucocitose com
atendimento
PAM >65 + lactato >2mmol negativas e os receptores CD14 da superfície dos neutrofilia e desvio à esquerda,
ou >18mg monócitos, macrófagos e neutrófilos induzem Órgãos: anaeosinofilia e linfopenia na série
secreção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-alfa, IL-  Pulmões: edema e congestão, focos de hemorragia, branca. Na série vermelha: anemia
Disfunção orgânica: hipóxia 1, IL-6) e anti-inflamatórias (modulam a resposta infiltrados inflamatórios, formando exsudato com de e plaquetopenia associada a
celular, efeito citopático, inflamatória) >> vasodilatação + permeabilidade fibrose e proliferação coagulopatia
disfunção das mitocôndrias, vascular (+recrutamento de leucócitos)+ ativação

MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO


Heva Fernandes – Turma V – FPME
aumento apoptose >> cascata de coagulação + exposição das moléculas de de células alveolares, vasos sanguíneos com Função renal: ureia, creatinina, fração
avaliado pelo SOFA adesão (selectinas e integrinas) + liberação de PGE2 microtromboses, êmbolos gordurosos de excreção de sódio
e leucotrienos + sistema complemento  Rins: edema e congestão, microtromboses, Função hepática: bilirrubina,
-Transporte O2: hipotensão, 3. Esses eventos AMPLIFICAM a resposta inflamatória, hemorragias glomerulares, exsudato inflamatório e transaminases, fosfatase alcalina
alteração hemácia, gerando coagulação intravascular (microtrombos necrose tubular, e raramente ocorre necrose Função respiratória: gasometrias
trombose microvascular são formados) adesão de leucócitos ao endotélio e a glomerular arterial e venosa, espirometria
migração para locais inflamados  Fígado: congestão, necrose zonal ou centrolobular,
4. Citocinas pró-inflamatórias geram catabolismo estase biliar
muscular, degradação da matriz extracelular e induz  Cérebro: congestão e hemorragias petequiais, trombos SIRS: Síndrome da Resposta
a morte celular + liberação de outras citocinas, de fibrina, alterações degenerativas de neurônios Inflamatória Sistêmica
incluindo as citocinas anti-inflamatórias! podendo chegar até 2 ou mais dos seguintes critérios:
5. Resposta compensatória de anti-inflamatória, a necrose  Temperatura: <36°C ou >38°C
(CARS) mediada por citocinas >> suprime a função  Outros órgãos: congestão, edema e hemorragias,  FC: >90bpm
de monócitos, macrófagos, inibindo secreção de evolução para necrose dependendo da gravidade das  FR: >20irpm ou pCO2 <32mmHg
citocinas e expressão de MHC-II = lesões  Leucócitos: <4mil ou >12mil ou
hiporresponsividade dos leucócitos mononucleares >10%bastões
aos estímulos pró-inflamatórios, logo após a fase Alterações metabólicas
+aguda da sepse = estado de relativa  Aumento das necessidades metabólicas celulares, SOFA: Sequential organ failure
imunodepressão = imunoparalisia desencadeado por estímulo neuroendócrino >> assessment
6. Imunoparalisia pode ser constatada pela aumento de catecolaminas, glucagon e cortisol  Respiração PaO2/FiO2
hiporresponsividade de monócitos a um 2º estímulo  Pouco aumento da insulina e resistência periférica à  Coagulação: plaquetas
com LPS, principalmente em relação à secreção de sua ação  Fígado: bilirrubina
TNF-α. Esse fenômeno é conhecido como tolerância  Catabolismo muscular  Cardiovascular: PAM + drogas
ou adaptação ao LPS  Aumento da lipólise e diminuição da lipogênese  SNC: glasgow
 Hipertrigliceridemia por diminuição da depuração  Renal: creatinina e déb urinário
Toxinas bacterianas: periférica de
Endotoxina (lipopolissacarídeo): responsável pela triglicérides, por bloqueio da enzima lipoproteína- qSOFA >> baixa sensibilidade
exacerbação da resposta inflamatória sistêmica >> lipase, mediado pelo TNF-α, e pelo o aumento da  Glasgow: <15
lipídio A é responsável pelos efeitos pirogênicos e produção hepática  FR: >22
hemodinâmicos da endotoxina, sendo sua estrutura
 Aumento do consumo de oxigênio  PAS: <100
comum a todas as enterobacteriaceas

Lesão endotelial:
 TNF-α induz células endoteliais a produzir e liberar
citocinas, moléculas pró-coagulantes, fator ativador
de plaquetas, NO e outros mediadores
 A liberação de moléculas de aderência celular
promove adesão dos neutrófilos às células endoteliais
>> quimiotaxia, +permeabilidade vascular, trombose
microvascular, CIDV e hipotensão
 -Oxigenação: capilares obstruídos pela tumefação das
células endoteliais, menos deformabilidade das
hemácias, trombos de plaquetas-leucócitos-fibrina ou
compressão por líquido de edema

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