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Leishmaniose Leishmania chagasi 1. Promastigotas invade macrófagos e se tornam Resposta imunológica Aspirado de medula óssea ou baço = 1ª escolha
visceral amastigotas intracelulares (sem flagelo) Linfócitos Th1 (CD4+): contém infecção, gera forma cultura Antimoniais pentavalentes (glucantime)
Vetor: mosquito palha, 2. CALAZAR: Amastigotas se reproduzem, rompem assintomática ou oligoassintomática Esfregaço do sangue periférico:
(calazar) flebotomínios >> Lutzomyia macrófagos e alcançam órgãos do sistema IL-10: não estimula eliminação eficaz das formas identificação da amastigota dentro 2ª escolha
longipalpis e L. cruzi reticuloendotelial (fígado, baço, medula óssea, amastigotas >> resposta Th1 insuficiente e há de macrófagos e monócitos Anfotericina B desoxicolato (fungizone)
locais de encontro de novos macrófagos que serão multiplicação desenfreada do parasita no interior dos PCR
infectados) pelos vasos sanguíneos e linfáticos macrófagos do sistema reticuloendotelial = gera OU
MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO
Heva Fernandes – Turma V – FPME
3. TEGUMENTAR: resposta granulomatosa linfócitos e hiperplasia reativa dos tecidos infectados (hepato e ELISA: baixa especificidade, Anfotericina B lipossomal (ambisome)
necrose da pele, gerando ulceração = inflamação esplenomegalia + pancitopenia) necessário complementar com
crônica e aguda com alterações granulomatosas Febre: liberação de citocinas pelos macrófagos pesquisa direta do parasita. Podem
Supressão de APCs e células dendríticas parasitados positivar após cura Se abandono do TTM
Linfócitos B: excesso de anticorpos pode gerar Teste intradérmico de Montenegro: Considerar: nº doses, estado clínico,
plasmocitose medular (aumento do precursor dos injeção intradérmica de antígenos tempo após última dose
anticorpos) e hipergamaglobulinemia policlonal de leishmania, em busca de Se 7 dias após abandono: completar ttm
(vários tipos de anticorpos aumentados) memória imunológica. É NEGATIVO Após 7 dias fazer dessa forma:
DURANTE FASE ATIVA DO CALAZAR
Forma oligossintomática = não é feito para diagnóstico, e sim
Febrícula, tosse seca, adinamia, diarreia, sudorese e para vigilância epidemiológica
discreta hepatomegalia = sintomas inespecíficos (avaliar vasos assintomáticos ou
Resolução espontânea do quadro: 3-6 meses OU com história prévia)
progride para calazar clássico Na TEGUMENTAR, é positivo nas
Diagnóstico: exame sorológico ou intradermorreação formas cutâneas localizadas,
de Montenegro recidivas e formas mucosas. É
Não deve receber tratamento específico negativo na forma difusa
Não deve ser notificado
Na lesão cutânea: biópsia,
Forma aguda identificação dos amastigotas no
Hepatoesplenomegalia, febre alta (38-40°C), tecido ou do crescimento em
calafrios, diarreia, anorexia cultura dos promastigotas (indireto)
Laboratório: pancitopenia
Hg <10
Leucometria 2.000-4.000
Plaquetometria <200.000
Não há eosinofilia
Calazar e HIV
HIV suprime linfócitos Th1 (CD4+) e o calazar depende
dessa resposta para ser contido
Laboratório: CD4 <400
Sintomas: febre, emagrecimento,
hepatoesplenomegalia, doença + disseminada
(pulmão, pleura, TGI...)
Leishmaniose recidivante
Após cicatrização da lesão primária, microorganismos
persistentes podem causar novas pápulas ao redor da
cicatriz
Essas pápulas podem ulcerar, cicatrizar e reaparecer
MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO
Heva Fernandes – Turma V – FPME
Fase de Recuperação
Líquido extravasado para o espaço extravascular
começa a ser reabsorvido, com melhora gradual do
estado clínico
Atenção com complicações relacionadas à hiper-
hidratação, como a hipervolemia (ex.: HAS, edema
agudo de pulmão)
Aumento do débito urinário pode ficar aumentado
Chikun CHKIV, RNAvírus, do gênero 1. Vírus invade articulações >> infecta sinóvia e Fase aguda Laboratorial Fase aguda: medidas de suporte clínico
Alphavirus músculo >> citocinas, quimiocinas e recrutamento Febre alta (até 40°C): início abrupto, duração máx Exames inespecíficos: Antitérmicos/analgésicos para alívio
de leucócitos >> IL1, 10, 12, 15 (duração: 4 dias) 10dias Hemograma: leucopenia (raro da febre e poliartralgia >>
vetores: A. aegypti e 2. Redução da viremia e da dor articular após 5 dias Poliartralgia: aparece no 2º-5ºdia, predomina em trombopenia) PARACETAMOL ou DIPIRONA. Se
albopictus 3. Artrite crônica: mãos, punhos e tornozelos. Acometimento Aminotransferases podem estar caso refratário >> uso de CODEÍNA
Replicação viral persistente simétrico e distal >> DOR ARTICULAR elevadas Crioterapia: aplicação de
Transmissão: picada do RNA viral persistente que conduz resposta INCAPACITANTE Crioglobulinemia e níveis de VHS e compressas frias nas articulações
mosquito inflamatória persistente Edema periarticular pouco volumoso proteína C-reativa aumentados por dolorosas
Autoimunidade Rash eritematoso maculopapular: aparece no 3º dia várias semanas Evitar AINEs pelo risco de coinfecção com
e dura 3-7d Exames específicos: dengue e aumento no risco de
RT-PCR: genoma viral. Até o 8ºdia hemorragias
Fase subaguda após o início dos sintomas (melhor Dor neuropática: amitriptilina ou a
Persistência de queixas articulares: rigidez matinal, fazer no 5ºdia, pq tem maior gabapentina
dor e edema nas mesmas articulações viremia) Repouso e afastamento das atividades
anteriormente afetadas IgM (ELISA) 5ºdia laborativas
Quadro contínuo ou intermitente, pode ser IgG 1ªcoleta a partir do 6ºdia da
acompanhado por tenossinovite hipertrófica (ex.: doença + repete após 15 dias >> Fase subaguda:
síndrome do túnel do carpo) aumento 4x de IgG fecha o AINEs ou e glicocorticoides
Duração: até 3 meses diagnóstico Injeções intra-articulares de
glicocorticoide
Fase crônica
Poliartralgia/artrite por >3 meses Fase crônica: sintomas persistentes ou
Deformidades, mas recupera sem sequelas progressivos
Pode ser fenômeno de Raynaud: aparece no 2-3°m Hidroxicloroquina: 1ªlinha. Uso pode 6
após a fase aguda semanas
Outras: fadiga, cefaleia, prurido, alopecia, dor Metotrexate: 2ªlinha. É mais mais
neuropática, alterações cerebelares, distúrbios do tóxico,
Zika Agente etiológico: ZIKAV, ZIKAV pode ser encontrado no sêmen até 62 dias após Febre baixa e autolimitada baixa, duração 2 a 7 RT-PCR: uso de soro, urina, Tratamento sintomático: antitérmico,
gênero Flavivirus a infecção sintomática, num momento em que o dias sangue, fragmentos da placenta analgésicos, antiprurigiosos >>
mesmo já não está mais presente no sangue Exantema maculopapular pruriginoso Sorologia para identificação de paracetamol, dipirona e anti-
Transmitida por: vetores Na fase aguda da doença, a carga viral no sêmen chega Hiperemia conjuntival (conjuntivite não purulenta) IgM histamínicos
Aedes aegypti a ser até 100.000 vezes mais alta que no sangue, PRNT determina se o IgM anti-
mostrando a enorme infectividade deste fluido Zika encontrado é verdadeiro ou Não usar AINES, pela possibilidade de
Transmissão: picada da biológico falso-positivo infecção simultânea pelo vírus da dengue
fêmea do mosquito, (risco de hemorragia)
transmissão ocupacional, Vírus pode ser encontrado na saliva e leite materno, OBS gestantes: toda gestante que
perinatal, sexual, vertical e não está claro se o contato direto com este tipo de Fadiga apresente exantema por 5 dias,
transfusional secreção é capaz de transmitir a doença Cefaleia afastadas outras causas infecciosas
Dor retro-orbital ou não, precisa ter coleta de soro e
Artralgia urina imediatamente, para
Mialgia realização do RT-PCT
O desaparecimento dos sintomas ocorre entre 3-7dias
após seu início
Artralgia pode persistir por 1 mês
Complicações
Síndrome de Guillain-Barré
Polineuropatia e reação autoimune: células do
sistema imunológico atacam nervos periféricos
(bainha de mielina e axônio)
Ocorre pela neurotoxicidade direta do vírus no SNC,
responsável por gerar neuropatia axonal motora
aguda
Pode ocorrer após 6 dias da infecção pelo vírus
Sintomas comuns: fraqueza, sensação de
formigamento ou perda de sensibilidade, diminuição
dos reflexos >> duração de 3-4 semanas
Sintomas graves: enfraquecimento dos músculos da
respiração da face e da deglutição (risco de aspiração)
Microcefalia
Microcefalia: PC<32cm na 1ª semana de vida
ZIKAV cruza barreira placentária e destroi neurônios
primitivos do SNC em formação
Febre Agente etiológico: vírus 1. Vírus liberado nos ductos linfáticos e vasos Caso suspeito: Febre abrupta 39-40°C até 7d de Exames inespecíficos: Não há tratamento antiviral específico
Amarela amarílico, RNAvírus, do sanguíneos, produzindo viremia duração (aferida ou relatada) + 2 ou mais das seguintes Hemograma: leucopenia, Faz-se tratamento de suporte
gênero Flavivirus 2. Vírus infecta órgãos (coração, timo, rim e fígado) manifestações: neutropenia, plaquetopenia,
3. No fígado, as células de Kupffer produzem os sinais 1. Icterícia e/ou manifestações hemorrágicas anemia (devido sangramentos), Casos leves sem alterações laboratoriais
e sintomas da doença hepática 2. Cefaleia aumento de produtos de importantes: manejo no domicílio >>
MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO
Heva Fernandes – Turma V – FPME
Transmitida por: A. aegypti 4. Focos hemorrágicos subcapsulares e 3. Mialgia degradação da fibrina, VHS hidratação oral e sintomáticos (ex.:
(ciclo urbano) e Haemagogus parenquimatosos e necrose no fígado 4. Dor lombar próximo do ZERO (dado importante antitérmicos, anal-
(ciclo silvestre, adoecem 5. Mal-estar para pensar em FB) gésicos etc.) + orientações sobre
macacos e homens vão para 6. Calafrios Função hepática: surgimento de sinais de alarme
regiões de mata nas áreas 7. Náuseas Aminotransferases elevadas
endêmicas) 8. Que esteve em área com transmissão da doença nos (>1.000 UI/L), fosfatase alcalina Casos moderados a graves (e/ou com
15 dias anteriores, sem comprovante de vacinação pouco elevada ou normal, alterações laboratoriais importantes):
Transmissão: picada da ou recebimento da vacina há menos de 30 dias bilirrubinas elevadas à custa da manejo no hospital >> hidratação venosa
fêmea do mosquito Sinal de Faget: febre alta com pulso lento (bradicardia fração direta (2 a 10 mg/dl) e + vitamina K + hemoderivados
relativa) prolongamento do tempo de (hemácias, plasma fresco congelado
protrombina e/ou plaquetas)
EAS: Albuminúria
Febre amarela maligna: manejo na UTI
Exames específicos: >> medidas de suporte, como diálise,
Até 5º dia: PCR ventilação mecânica e uso de aminas
A partir do 6º dia: sorologia para vasoativas. Atenção com infecções
detecção de IgM (ELISA) e/ou IgG bacterianas secundárias (pneumonia,
(aumento nos títulos de anticorpos ITU)
Forma grave: ≥ 4x entre uma dosagem e outra,
Melhora da febre com posterior piora com intervalo de 2-3 semanas entre Paciente que tiveram febre amarela e se
Aparecimento de anticorpos as amostras). curaram NÃO precisam ser vacinados,
Febre associada a manifestações hemorrágicas Biópsia ou necropsia: isolamento pois adquiriram imunidade natural
(gengivorragia, epistaxe, hematêmese, viral, PCR em tempo real e pesquisa
metrorragia, petéquias e equimoses) >> ocorre de antígenos por imuno-
por disfunção plaquetária e endotelial, gerando histoquímica.
Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD) >>
febre amarela complicada por CIVD é chamada de
febre amarela maligna
Hepatite aguda + icterícia + elevação de
transaminases (TGO/AST >1000) >> ocorre pelo
efeito direto do vírus, que possui tropismo pelos
hepatócitos
Comprometimento renal pela albuminúria e
insuficiência renal aguda (IRA)
Miocardite: arritmia e baixo débito cardíaco
ÓBITO em 7-10 dias por: CHOQUE +
INSUFICIÊNCIA HEPATICA + CIVD
Tuberculose Mycobacterium tuberculosis Primoinfecção: IL-12 estimula macrófago a apresentar TB PULMONAR: tosse persistente + febre vespertina + TB PULMONAR: FASE INTENSIVA: 2 MESES
= Bacilo de Kock para linfócito T + liberação de citocina = limitação da sudorese noturna + emagrecimento 1. Baciloscopia direta do escarro FASE MANUTENÇÃO: 4 A 6 MESES
reprodução (BAAR), coletar 2 amostras
Latente (>3 semanas de replicação): formação de TB EXTRAPULMONAR: pleural (febre, tosse, dor 2. Cultura bacilo de Kock Intensiva: RIPE
granuloma pela diferenciação de macrófagos em torácica), ganglionar (aumento linfonodo 3. Teste rápido: PCR Rifampicina: RNA polimerase
células gigantes e epitelioides (bacilo resistente ao supraclavicular indolor e assimétrico), pericárdica (dor 4. Raio X Isoniazida: inibe ác micólico
fagossomo) >> formação de centro caseoso com torácica, tosse, dispneia, febre, astenia, edema MMII, 5. Prova tubertulínica PPD: leitura 72- Etambutol: -resistencia ao ATB. Ñ kid!
redução de O2 (ambiente anaeróbico) dor em hipocôndrio por congestão hepática, ascite) 96h Pirazinamida: inibe membrana plasmat.
Se cavidade, usar estreptomicina
TB EXTRAPULMONAR:
FOI (ou FOO) Critérios: A fisiopatologia é obscura Depende da etiologia História clínica: febre (contínua NÃO TOMAR: AINE e glicocorticoides pq
Febre >38,3°C em pelo ou recorrente e duração) mascaram febre
menos 2 ocasiões Infecções: quanto mais tempo dura a febre, menor epidemiologia, viagens,
Duração ≥ 3 semanas probabilidade da origem infecciosa, proteína C exposições, vacinação, leite cru, PPD+: usar terapia antituberculosa. Se
Sem imunossupressão reativa >100, teste com naproxeno negativo e picado por carrapato, febre manter após 6s, considerar outro
Diagnóstico incerto após 1 leucocitose com desvio a esquerda sugere infec imunossupressão diagnóstico
semana se investigação bact. Exame físico: lesões cutâneas e
hospitalar (anamnese Neoplasias: teste com naproxeno positivo sugere orofaringe, seios paranasais, Se instabilidade hemodinâmica ou
completa, EF e Ex complem) origem neoplásica, perda mais de1kgpor semana. fundoscopia, visceromegalias, neutropenia >> usar terapia antibiótica
Eosinofilia sugere doença de Hodgkin linfadenomegalias, massas empírica
Etiologias: Doenças reumatológicas sistêmicas: vasculite, abdominais ou pélvicas, sopros
Infecções: +comum artrite reumatoide cardíacos, exame retal e anal, Anakinra: bloqueia a atividade da IL-1,
Neoplasias Miscelânea (fármacos): alopurinol, furosemida, cicatriz de cirurgias sendo muito efetiva
Doenças reumatológicas Carbamazepina, Lamotrigina, Fenitoína, Buscar por apresentações
sistêmicas (vasculite, Sulfassalazina, Furosemida , Antimicrobianos incomuns de doenças comuns
artrite reumatoide) (sulfonamidas, minociclina, vancomicina,
Miscelânea (fármacos): antibióticos β-lactâmicos e isoniazida) Exames complementares depende
alopurinol, dos dados clínicos e
carbamazepina, fenitoína, epidemiológicos + devem ser feitos
furosemida, b-lactâmicos mediante suspensão da medicação,
exceto aquelas que são
indispensáveis
VHS, Proteína C-reativa (PCR)
Plaquetas, Leucócitos
Hemoglobina, Eletrólitos
Creatinina, Proteínas totais
Fosfatase alcalina: aumenta em
acometimento hepático ou óssea
Alanina aminotransferase (ALT)
Aspartato aminotransferase (AST)
Lactato desidrogenase
Creatina-quinase
Ferritina
Fatores antinucleares
Fator reumatoide
Eletroforese de proteínas
Exame comum de urina
Hemoculturas (n = 3)
Urocultura
Cintilografia
Radiografia de tórax
MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO
Heva Fernandes – Turma V – FPME
USG abd
PPD
LES Autoimune multissistêmica 1. Desequilíbrio do sistema imunológico e produção de Sintomas específicos Anemia normo-normo
crônica autoanticorpos PELE VSH: aumentado
Produção de 2. Receptores de reconhecimento de padrões Específicas do lúpus cutâneo Proteína C reativa: normal ou
autoanticorpos, que se moleculares anômalos (receptores toll-like) >> base da Agudas: erupção malar e fotossensibilidade pouco elevado
depositam nos tecidos e imunidade inata, presentes em macrófagos, células Subagudas: Hipocomplementemia: consumo
levam à ativação da cascata cendriticas, linfócitos B imaturos >> reconhecem Lesões cutâneas eritematodescamativas difusas, não de fatores do complemento,
inflamatória a nível padrões moleculares em microorganismos para ulcerativas, predominando em membros superiores e reduzindo o complemento
sistêmico, gerando focos desencadear a ativação de mecanismos de defesa parte superior do tronco. Face geralmente é poupada hemolítico funcional total (CH50) e
inflamatórios em vários inespecíficos, imediatos (ex.: fagocitose) e espefíficos, Erupção papuloescamosa os níveis de C3 e C4 séricos
tecidos e órgãos tadios (ex.: estímulo às células produtoras de Lesões eritematoanulares: policíclicas, que simulam o
É uma doença que ocorre de antígeno, que estimula, linfócitos T eB a produzirem eritema anular centrífugo Critérios do SLICC: 4 dos 17 critérios
forma aguda (fulminantes) resposta adaptativa) Crônicas: Lúpus Cutâneo AGUDO: rash
ou insidiosa) crônica, 3. A ativação desses toll-likes pelos autoantígenos libera Lúpus discoide: ocorre na ausência de qualquer malar, rash maculopapular,
remitente e recidivante uma resposta inata e inespecífica e depois resposta manifestação sistêmicas ou aparece como parte do fotossensibilidade
adaptativa, com produção de linfócitos B quadro de LES clássico Lúpus Cutâneo CRÔNICO: lúpus
Fator de risco: raios autorreativos que se transformariam em plasmócitos
discoide
ultravioleta, hormônios produtores de autoanticorpos extremamente Inespecíficas do lúpus cutâneo Alopécia
sexuais, medicamentos, específicos Alopécia não discoide: +apoptose nos folículos pilosos
tabagismo 4. Autoanticorpos se ligam a seus autoantígenos, Úlceras Orais ou Nasais
Vasculite cutânea: lesões purpúricas/petequiais ou
gerando imunocomplexos que ativam o sistema Doença Articular: sinovite, rigidez
lesões urticariformes. A vasculopatia pode estar
complemento matilnal
associada aos anticorpos antiosfolipídios, com
5. Início do processo de quimiotaxia e inflamação formação de trombos
Serosite: dor pleurítica ou
tecidual Livedo reticular e telangiectasias: vasoespasmo das pericardite
6. Imunocomplexos podem se formar em nível local, por arteríolas ascendentes da derme intercalado com Nefrite: proteinúria >500
ligação direta dos autoanticorpos aos tecidos, ou no regiões onde essas arteríolas encontram-se dilatadas Manifestações neurológicas
soro (imunocomplexos circulantes), com posterior Fenômeno de Raynaud: vasoespasmo episódico das Anemia hemolítica
deposição tecidual (ex.: nos glomérulos, pele, pequenas artérias digitais. Palidez-cianose-rubor nos Leucopenia ou linfopenia
sinóvia)... dígitos (fluxo de sangue interrompido >> baixo Plaquetopenia
7. Há também a produção de autoanticorpos que se oxigênio >> retorno do sangue)
ligam a antígenos da membrana plasmática Úlceras mucosas: indolores. Palato, lábios, septo FAN
8. Os maiores exemplos são os autoanticorpos que nasal, vagina. Parecem úlceras aftosas Anti-DNAsa
“atacam” a superfície das hemácias, leucócitos e
Anti-Sm
plaquetas, promovendo sua destruição no sistema Artralgia: rigidez matinal, deformidade sem lesão Anticorpo antifosfolipídios
reticuloendotelial. articular (artropatia de Jaccoud)
9. Há ainda autoanticorpos que agem contra antígenos Hipocomplementemia
Renal: proteinúria >> DEPOSIÇÃO DE Coombs direto+, sem anemia
neuronais do sistema nervoso central (anti-P), IMUNOCOMPLEXO NOS RINS
provocando alterações psiquiátricas (por necrose de hemolítica
Pulmão: dor pleurítica, derrame pleural
neurônios no hipocampo). Anticorpos que bloqueiam Cardíaca: pericardite, miocardite, coronariopatia
o complexo fosfolipídio-beta--2-glicoproteína I inibem Hemato: anemia (hemolítica, crônica, ferropriva e
a função anticoagulante fisiológica desta megaloblástica), queda do ht, coombs direto positivo,
glicoproteína, aumentando a trombogenicidade trombocitopetina <50mil (IgG ataca plaquetas, relação
plasmática (síndrome do anticorpo antifosfolipídio). com o anticorpo antifosfolipídio). Leucopenia <4mil
SEM neutropenia!
Coagulopatia adquirida devido autoanticorpo antifator
VIII (fator anti hemolítico)
Ocular: ceratoconjuntivite seca (sd Sjogren)
AR Doença inflamatória crônica 1. Linfócitos T CD4 hiperestimulados migram para Manifestações inespecíficas: dor e rigidez articular Critério ACR-EULAR
Envolvimento das membrana sinovial, atraindo e ativando macrófagos pela manhã (melhora com o movimento), fadiga, mal Envolvimento articular
articulações num processo e linfócitos B. OBS: na imunodepressão avançada estar, anorexia e mialgia Sorolog: FR e anti CCP: elevados
insidioso que gera pelo HIV, a doença regrede VHS e ptn C reativa: elevados
MÓDULO FEBRE, INFECÇÃO E INFLAMAÇÃO
Heva Fernandes – Turma V – FPME
deformidades, decorrente 2. Ocorre produção desordenada de citocinas Manifestações específicas: artrite simétrica de Duração dos sintomas: >6s
da lesão na membrana (sobretudo TNF-alfa) pequenas articulações das mãos e punho, poupando as
sinovial e cartilagem e 3. Citocinas geram autoperpetuação do processo interfalangianas distais Exames laboratoriais: FR, anti-CCP,
erosão óssea inflamatório sinovial e estimulam a proliferação das Condições associadas: aterosclerose, IAM, IC devido VHS, ptn C reativa
células sinoviais, levando a expansão progressiva do maior estresse oxidativo dos lípidos circulantes, Artrocentese: líquido sinovial
pannus tornando-os propensos à deposição nos vasos. Além da (turvo, +proteína, concentração
4. Linfócitos B se transformam em plasmócitos (cell osteoporose, decorrente da imobilização prolongadas normal de glicose, leucometria
capazes de secretar anticorpos) >> ativação (limitação funcional) e pelos estímulos das citocinas IL 5mil-50mil)
policlonal das células B, podendo produzir 1 e 6 e TNFalfa sobre a atividade dos osteoclastos Raio X: +vol de partes moles e
autoanticorpos, como o Fator Reumatoide Manifestações articulares: derrame articular, perda da
(autoanticorpo, do tipo IgM (mas que pode ser IgG Dor articular: fibras nociceptivas que percebem cartilagem articular (diminuição do
ou IgA), que reconhece a porção Fc de anticorpos do estresse mecânico na cápsula articular origina a espaço sinovial), cistos subcondrais
tipo IgG, formando imunocomplexos com estes) dor e erosões ósseas marginais) >>
5. Autoanticorpos contra peptídeos citrulinados (ex.: Aumento do volume articular: devido acúmulo de extensão da doença, monitora
anti-CCP, que se liga a peptídeos citrulinados líquido sinovial + hipertrofia da membrana sinovial tratamento e avalia necessidade de
cíclicos) tbm são característicos da AR + espessamento da cápsula cirurgia
6. Quimiocinas (ou fatores quimiotáxicos), como o Acometimento começa em mãos
leucotrieno B4 e componentes do sistema (metacarpofalangianas e interfalangianas
complemento (C3a, C5a), atraem neutrófilos para o proximais) e pés (metatarsofalangianas),
“campo de batalha” progredindo em seguida para punhos, joelhos,
7. Esses leucócitos polimorfonucleares se concentram cotovelos, tornozelos, quadril e ombros
no líquido sinovial >> análise do líquido sinovial Mãos: tumefação das interfalangianas proximais,
revela aumento de neutrófilos e baixos níveis de simétrica, desvio ulnar dos dedos
complemento Punhos: deformidade (“punhos em dorso de camelo”)
8. A inflamação gera sinovite crônica, levando a e compressão do nervo mediano contra o ligamento
erosões e deformidade articular transverso do carpo (“síndrome do túnel do carpo”)
Joelho: derrame articular (sinal a tecla de piano =
percepção de flutuação patelar) e cisto de Baker (bolsa
sinovial que alcança a panturrilha, pode simular
trombose)
Pés: metatarsofalangianas, dor ao caminhar e
dificuldade para calçar sapatos devido deformidades
Coluna cervical: compressão medular, tetraplegia,
tetraparesia e morte
Sepse Disfunção orgânica com risco Má distribuição do sangue = choque distributivo Febre Critérios SIRS
de vida, causada por uma (hiperdinamismo cardiocirculatório e inabilidade dos Hiperventilação: aumento na FR e na amplitude dos Lactato sérico: indicador da
resposta desregulada do tecidos em extrair oxigênio de forma satisfatória) movimentos respiratórios perfusão tecidual, estando elevado
hospedeiro à infecção Lesão endotelial com extravasamento de líquidos Alteração do nível de consciência quando há isquemia e hipóxia
(bacteriana, viral, fúngica ou Vasodilatação com queda da RVS Icterícia: ocorre por hemólise, colestase intra-hepática decorrentes de choque ou
parasitária) Microtromboses por ativação da coagulação e ou falência hepática hipovolemia. Níveis acima de 2
Meta de PAM (Pressão Arterial Média): ≥
fenômenos de adesão de leucócitos ao endotélio Insuficiência respiratória aguda: taquipneia, dispneia, mmol/L associados a hipotensão 65 mmHg
Disfunção orgânica + foco Excesso de citocinas pró-inflamatórias, seguido de estertores crepitantes, hipoxemia grave (PaO2 < 60 são indicativos de quadros graves; Meta de perfusão tecidual: débito
infeccioso (comprovado ou aumento das citocinas anti-inflamatórias mmHg) quanto mais alto o lactato sérico,
urinário >0,5 ml/kg/h
não) Insuficiência renal aguda (IRA): pode ocorrer por pior o prognóstico Meta de lactato sérico: normalização.
1. PAMPS reconhecidos por receptores tipo Toll mecanismos pré-renais (hipoperfusão, isquemia ou Hemocultura: ausência de
Dosagem seriada a cada 6h
Choque: sepse + hipotensão 2. Peptidoglicano das bactérias Gram-positivas e os vasoconstrição por mediadores hormonais), ou renais crescimento bacteriano não exclui Meta ressuscitação volêmica:
que não pode ser corrigida receptores Toll-likes OU a endotoxina (substâncias tóxicas bacterianas ou humorais que diagnóstico normalização nas primeiras 3h do
com líquidos + vasopressores (lipopolissacarídeos-LPS) das bactérias Gram- geram necrose tubular aguda) Hemograma: leucocitose com
atendimento
PAM >65 + lactato >2mmol negativas e os receptores CD14 da superfície dos neutrofilia e desvio à esquerda,
ou >18mg monócitos, macrófagos e neutrófilos induzem Órgãos: anaeosinofilia e linfopenia na série
secreção de citocinas pró-inflamatórias (TNF-alfa, IL- Pulmões: edema e congestão, focos de hemorragia, branca. Na série vermelha: anemia
Disfunção orgânica: hipóxia 1, IL-6) e anti-inflamatórias (modulam a resposta infiltrados inflamatórios, formando exsudato com de e plaquetopenia associada a
celular, efeito citopático, inflamatória) >> vasodilatação + permeabilidade fibrose e proliferação coagulopatia
disfunção das mitocôndrias, vascular (+recrutamento de leucócitos)+ ativação
Lesão endotelial:
TNF-α induz células endoteliais a produzir e liberar
citocinas, moléculas pró-coagulantes, fator ativador
de plaquetas, NO e outros mediadores
A liberação de moléculas de aderência celular
promove adesão dos neutrófilos às células endoteliais
>> quimiotaxia, +permeabilidade vascular, trombose
microvascular, CIDV e hipotensão
-Oxigenação: capilares obstruídos pela tumefação das
células endoteliais, menos deformabilidade das
hemácias, trombos de plaquetas-leucócitos-fibrina ou
compressão por líquido de edema