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Emergências Hipertensivas

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Emergências Hipertensivas

Crise hipertensiva:

episódio agudo de elevação da pressão arterial


(como valor referência, segundo JNC, PA diastólica
maior que 120mmHg), em que existe presença ou
risco iminente de atingimento agudo de órgãos
alvo (cérebro, olho, coração, rim, integridade de
grandes vasos).
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Emergência hipertensiva:

elevação aguda e acentuada da pressão associada a


sinais e sintomas de lesão/disfunção de órgãos alvo.
Como principal característica verifica-se a
existência de lesão vascular em evolução.
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Urgência hipertensiva:
elevação aguda e acentuada de pressão arterial na
ausência de sinais e sintomas de lesão/disfunção
grave de órgãos alvo.
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Não é o nível de PA sistólica, diastólica ou média


que distingue as duas entidades, é sim a presença
ou ausência de lesão aguda de órgão(s) alvo(s)
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Na Emergência hipertensiva:

 tratamento imediato
 via parentérica
 observação em ambiente de Cuidados Intensivos
 registo contínuo da PA.
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Na Urgência hipertensiva:

 em geral não é necessário tratamento imediato


 via oral ou sublingual
 vigilância em Cuidados Intermédios/OBS
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 identificar as verdadeiras emergências hipertensivas


 tratar de forma individual cada situação
 reconhecer e tratar as complicações da doença
hipertensiva crónica
 providenciar o mais apropriado follow-up nos casos
não emergentes.
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Avaliação inicial na Sala de Emergência

 Monitorização contínua da PA:


Directa com cateterização arterial e Indirecta (cuff)
 Breve avaliação clínica inicial:
História clínica e E.O. Perfusão e função orgânica: uso de
debitómetro urinário
 Análises - hemograma e bioquímica de sangue (electrólitos,
ureia e creatinina); urina tipo II com sedimento;
 ECG e Rx de tórax
 Iniciar terapêutica de imediato
 Após estabilização do doente: avaliação mais exaustiva e
esclarecimento da etiologia.
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Tipos de Emergência hipertensiva:

Encefalopatia hipertensiva
Edema Agudo do Pulmão
Aneurisma Dissecante da Aorta
Eclampsia
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Fármacos indicados:

 ajuste fácil e rápido da posologia


 controlo rigoroso da pressão arterial
 vantagens e desvantagens em situações específicas.
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Encefalopatia hipertensiva:

 acima de PAM 150-200, perda da autorregulação cerebral

 cefaleia severa, náuseas, vómitos. Retinopatia.

 sintomas neurológicos, desde síndrome confusional até


convulsões ou coma.

 A presença de sinais focais são pouco frequentes e se


presentes sugerem enfarte cerebral, hemorragia IC, tumor.

 Evitar excessiva redução da TA, para prevenir hipoperfusão


e mais isquemia cerebral.
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Encefalopatia hipertensiva:

Nitroprussiato de sódio
0,5 ug/Kg EV

Labetalol
20mg EV bólus EV (10min) – máx 300 mg - perfusão 1-2
mg/h

DNI
3-5mg/h EV
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Edema Agudo do Pulmão

 Elevação da TA relacionada com aumento da RVP


secundário à elevação de catecolaminas

 Aparece por vezes secundariamente a um aumento


abrupto das TAs com falência aguda do VE

 Ter em conta os factores desencadeantes – doença


isquémica, valvulopatia, disrritmia
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Edema Agudo do Pulmão

Nitroprussiato de sódio
0,5 ug/Kg EV

DNI
3-5mg/h EV
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Aneurisma dissecante da Aorta:

 Associado a HTA em 90% dos casos

 Objectivo da terapêutica anti-hipertensora  limitar a extensão


da dissecção

 Início abrupto de dor torácica retrosternal, com irradiação


interescapular e abdominal;

 Pesquisa do pulso e TAs nas diferentes extremidades

 Ajuda da imagiologia para confirmar diagnóstico (Rx de tórax,


ecografia transesofágica,TAC torácico, RMN, Aortografia)
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Aneurisma dissecante da Aorta:

Nitroprussiato de sódio + Esmolol


0,5 ug/Kg 0,05-0,3mg/Kg/min.

Labetalol
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Pré-eclampsia e Eclampsia:

 Hipertensão + edema + proteinúria


 convulsões generalizadas  Eclampsia
 complicações: hemorragia hepática e esplénica, falência de órgão alvo,
hemorragia IC, placenta prévia e morte fetal ou materna
 uso de fármacos inócuos para o feto. IECAs contra-indicados
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Pré-eclampsia e Eclampsia:

Hidralazina
2,5mg EV + 5-10 mg EV (20 min) + 5-10 mg/h

Labetalol
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O controlo agudo da pressão
arterial para valores “normais”
é vivamente desaconselhado
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Labetalol – Antagonista alfa 1 e Beta não selectivo
Vasodilatação por bloqueio dos receptores alfa no músculo
liso
Ausência de taquicardia reflexa pelo bloqueio beta

20-80mg EV (10min) + 1-2 mg/m in (máx 300 mg)


Início de acção – 5 minutos
Semi-vida – 4-8 horas
CI: Asma; DPOC; BAV 2º/3º grau
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Esmolol – Bloqueador Beta 1

Bólus de 0,5 mg/Kg


0,05-0,3mg/Kg/min.
Início de acção – 5-30 min
Semi-vida – 30 min
CI – Asma; DPOC
EL - Bronconconstricção
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Atenolol – Bloqueador beta 1selectivo

Início de acção – 5 min


Semi-vida – 6/7 horas
Dose – 1 mg/min

Metoprolol – Bloqueador beta 1 selectivo


Início de acção – 10 min
Semi-vida – 3/4 horas
Dose – 5mg (cada 5 min) máx 15 mg
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Propanolol – bloqueador beta não selectivo

Efeito crono e inotrópico negativo; vasodilatador


Início de acção – 1 min
Semi-vida – 2-3horas

EL – bloq beta não selectivo


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Nitroprussiato de sódio - vasodilatador
arteriolar e venodilatador

0,3 a 0,5 ug/Kg/min EV


Início de acção – apenas alguns segundos
Semi-vida – 3 a 5 min
CI – Disfunção hepática
EL – Uso prolongado – intoxicação pelo tiocianato (IH; IR)

MONITORIZAÇÃO INVASIVA DA PRESSÃO


ARTERIAL
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