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Nesse sentido, para se ter uma resposta biologicamente ativa, precisa haver
a interação entre fármaco-receptor no sítio de ligação . Os receptores são
moléculas transmembrana com domínio externo (capacidade de interagir com o
fármaco de ligação) e um domínio interno (efetor).
Ao se ligar ao domínio externo, o fármaco promove uma alteração na
conformação da molécula receptora, que ativa o domínio interno, o qual
desencadeia vias e ativa moléculas (como segundos mensageiros e
proteínas efetoras), as quais fazem a transdução do sinal e causam o efeito
farmacológico em si.
OBS: o fármaco não causa um efeito novo, mas sim uma alteração de uma via celular
já existente na célula para promover um efeito farmacológico
ENZIMAS INTRACELULARES
RECEPTORES CITOSÓLICOS.
ENZIMAS EXTRACELULARES
Muitos receptores importantes de fármacos são enzimas cujos sítios ativos estão localizados fora da membrana plasmática.
Inibidores da ECA são fármacos que inibem essa conversão enzimática ↓ P.A
2) ACETILCOLINESTERASE
Degrada a Acetilcolina após a liberação desse neurotransmissor dos neurônios colinérgicos.
Inibidores da acetilcolinesterase aumentam significativamente a neurotransmissão nas sinapses colinérgicas ao impedir
a degradação do neurotransmissor nesses locais.
OBS: Canais iônicos podem tornar-se refratários ou inativados. Nesse estado, a permeabilidade do canal não pode ser alterada
durante um certo período, conhecido como período refratário do canal. Durante o período de inativação (refratário), o canal
não pode ser reativado durante alguns milissegundos, mesmo se o potencial de membrana retornar para uma voltagem que
normalmente estimula a abertura do canal.
RECEPTORES NUCLEARES
Uma das principais funções das proteínas G consiste em ativar a produção de segundos
mensageiros, isto é, moléculas de sinalização que transmitem o sinal fornecido pelo primeiro
mensageiro — habitualmente um ligante endógeno ou um fármaco exógeno — a efetores
citoplasmáticos. A via mais comum associada às proteínas G consiste na ativação de ciclases,
como a adenilil ciclase, que catalisa a produção do segundo mensageiro, o 3ʼ,5ʼ-monofosfato
de adenosina cíclico (cAMP), e a guanilil ciclase, que catalisa a produção do 3ʼ,5ʼ-monofosfato
de guanosina cíclico (cGMP). As proteínas G podem ativar a enzima fosfolipase C (PLC), que,
entre outras funções, desempenha um papel essencial no processo de regulação de cálcio
intracelular.
Interações Farmacodinâmicas
Fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima;
Aumento da receptividade de receptor;
Sinergia na mesma rota metabólica;
Inibir enzimas;
Competição por sítios de ação;
ANTAGONISMO:
Ocorre quando há redução do efeito de um fármaco pela ação do outro.
EFICÁCIA x POTÊNCIA
EFICÁCIA POTÊNCIA
Capacidade de o fármaco se ligar a um Depende necessariamente da
receptor alvo e gerar uma resposta concentração
biologicamente ativa. ↓dose atingindo a mesma eficácia
↓ Kd maior será a eficácia
INTERAÇÕES FÁRMACO-
RECEPTOR
FÁRMACOS AGONISTAS
Atua no receptor e o ativa, fazendo com que ele conduza um sinal para o
interior da célula, sendo ele responsável pelo efeito farmacológico.
Esse efeito pode ser direto, como um fármaco que atua direto em um canal iônico e o
abre.
Pode ser indireto, como por vias de transdução de sinal que ocorrem pelos segundos
mensageiros, como nos fármacos que se ligam a receptores acoplados a proteína G e
quinases. Eles podem ativar ou inibir ação enzimática, modular canais iônicos, ativar
transcrição de DNA, entre outros.
FISIOLÓGICO
Ocorre quando a ação de 2 agonistas, atuando em 2 receptores diferentes possuem
ações opostas (exemplo: histamina H1 causa broncoconstrição e adrenalina em
receptores β 2 causa broncodilatação)
FÁRMACOS ANTAGONISTAS
Fármacos que se ligam ao receptor sem causar ativação, mas produzem efeito
por inibirem a ação dos agonistas
1) Isso quer dizer que o antagonista não exerce qualquer tipo de efeito no receptor, ou seja,
não envia sinais celulares para dentro da célula
2) Receptores possuem atividade constitutiva, o que significa que esse receptor,
principalmente seu domínio interno, participa continuamente de reações e vias dentro da
célula, independentemente de estar ou não ligado a um fármaco/molécula. O receptor é
essencial para manter algumas atividades intracelulares
3) O fármaco antagonista não modifica a atividade constitutiva, pois ele apenas bloqueia o
sítio de ligação do domínio externo do receptor
TIPOS DE ANTAGONISTAS
1) Antagonista competitivo reversível ou superável
Liga-se no mesmo sítio de ligação do agonista
Inibição pode ser superada pelo aumento na concentração do agonista (reversível)
Não se reduz a resposta máxima
Ex: Pranosin nos receptores adrenérgicos
2) Antagonista competitivo irreversível
3) Antagonista não-competitivo/alostérico
Não se liga no mesmo sítio de ligação do agonista