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Introdução

O presente trabalho irão abordar a formação de grupos e sue contexto no entanto se


pararmos para pensar sobre os grupos aos quais nos encontramos vinculados hoje, de
imediato, vêm-nos à mente ao menos dois: família e trabalho (ou escola). São dois
grupos bastante distintos em relação a suas regras internas, funcionamento, papéis
atribuídos, força dos vínculos. Mas o que os caracteriza. Um grupo não é uma soma de
indivíduos reunidos num espaço físico, um aglomerado de pessoas que se encontra por
um determinado tempo num lugar circunscrito. Por exemplo: pessoas em um ônibus não
configuram um grupo.

Objectivos

Geral

 Trazer abordagem mais clara a respeito da formação de grupo.

Especifico

 Dar a entender uma definição mais clara de grupo;


 Identificar dinâmica de grupo a formação de grupo;

Metodologia

Para a realização do presente trabalho recorreu-se a Pesquisa Descritiva - que visa


descrever as características de determinado fenómeno ou o estabelecimento de relações
entre variáveis. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (GIL, 1991), iremos nos
basear nas obras e artigos citados nas referências bibliográficas.
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Grupos

O termo “grupo” designa dois ou mais indivíduos que compartilham um conjunto de


normas, valores e crenças com relações definidas a tal ponto em que o comportamento
de cada um traz efeito para os demais, de forma implícita ou explícita. Essas
propriedades do grupo e a definição dos vínculos entre seus membros emergem da
interacção entre eles, algo que também traz efeitos para estes membros, que estão
comprometidos com, pelo menos, um objectivo comum.
Os grupos sociais são formados a partir de relações estáveis entre indivíduos que
possuem interesses e objetivos em comum.

Em termos de dinâmica de grupo, os grupos classificam-se em primários,


Secundários e intermediários:

 Grupos Primários: formado por grupos pequenos, os grupos primários se


estabelecem por meio de relações mais íntimas e duradouras, ou seja, que
possuam contato direto ou indireto, por exemplo, família, vizinhos e amigos.

 Grupos Secundários: possuem grandes dimensões e são mais organizados, os


quais envolvem relacionamentos de menor contato, mais formais e
institucionais, porém que possuem os mesmos interesses e objetivos, por
exemplo, os grupos formados nas igrejas, nos partidos políticos, dentre outros.
 Grupos Intermediários: Nesse tipo de configuração há existência de contatos
maiores e menores que incluem os grupos primários e secundários, por exemplo,
no ambiente escolar, onde desenvolvemos relações mais íntimas e
relacionamentos de menor contato, por exemplo, com o diretor da escola.

Formação de grupos

As pessoas têm a tendência natural de se organizar em grupos e boa parte da rotina do


trabalho consiste em actuar em grupos. Por sua vez, as organizações são conjuntos de
grupos em interacção. Nas organizações, cada pessoa participa de pelo menos um grupo
normalmente de vários destes. O desempenho de uma pessoa dependerá não só de sua
própria motivação e competência, mas também dos processos sociais, dos movimentos
que ocorrem nos grupos e intergrupos. No contexto de uma organização, os grupos se
constituem em formais e informais.
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Os grupos formais são criados pela administração no intuito de desempenhar funções


específicas no âmbito da organização. Podem ser:

 Grupos funcionais – equipes de departamentos estáveis e que, por sua vez, se


subdividem em grupos menores. Podem operar como sistemas hierárquicos
(chefias) ou ser autogeridos.
 Grupos de administração – formados por pessoas com cargos de chefia.
 Grupos temporários – formados para cumprir tarefas específicas (projetos) e se
extinguem depois disso.
 Comissões e comités – são grupos permanentes, porém de constituição
variável; os membros mudam, mas o grupo permanece.
Os grupos informais se constituem espontaneamente pela vontade dos seus membros.
Geralmente, os grupos informais surgem nos grupos formais influenciam seu
funcionamento. Podem se formar por interesse, simpatia ou por amizade (com
frequência, ambos os elementos estão presentes). Por vezes, os grupos informais
acabam se formalizando em associações de funcionários, grêmios, etc.

O objectivo do grupo pode estar mais ou menos alinhado aos objectivos pessoais dos
membros. O grupo evolui em função da evolução das pessoas em relação às tarefas e
dos relacionamentos entre os membros e das alterações da constituição do grupo
(acréscimos, substituições, etc.). Nesse sentido, a liderança contribui com as suas
habilidades técnicas e interpessoais.
Surgem da interacção dos componentes do grupo, identificações oriundas do
conhecimento mútuo que vai se estabelecendo, em que alguns pontos comuns
convergem para a elaboração das normas, explícitas ou não, do funcionamento do
grupo. A cultura de grupo resultante desta interacção dos membros, reúne uma série de
produtos, tais como experiências de vida, conhecimentos, vocabulário próprio, valores,
preconceitos e normas de conduta.

Segundo MOSCOVICI ( 2003, p. 99). O clima do grupo, por sua vez, tem uma relação
circular com os componentes do funcionamento e da cultura grupal, influenciando-os e
sendo por eles influenciado constantemente. [...] O clima do grupo pode variar desde
sentimentos de bem-estar e satisfação até mal-estar e insatisfação, passando por
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gradações de tensão, estresse, entusiasmo, prazer, frustração e depressão. Cultura e


clima de grupo passam a caracterizar, então, o próprio ambiente total e imagem do
grupo.

Desse entrecruzamento de forças, atravessadas pela cultura grupal com seus insumos
individuais, resulta uma energia que pode se estender desde o extremo da divisão destas
forças, representada pela individualização dos esforços e resultados, até o outro
extremo, da sinergia grupal, onde o todo dinâmico é maior que a soma das parcelas. A
formação de um grupo não se garante na estagnação deste, mas é garantida na sua
dinâmica característica, em seus movimentos, na modificação de sua estrutura gradual,
com maior ou menor velocidade, ou fragmentando-se em diversos grupos.

O desenvolvimento de um grupo de treinamento deve se dar através do movimento que


parte da dependência para a interdependência, onde a maior dificuldade se encontra na
dependência do coordenador como figura de autoridade e na força que essa figura
exerce sobre os demais componentes do grupo. Essas forças são manifestadas muitas
vezes sob a forma de coerção, intimidação e suas respostas típicas, a rebeldia, a
submissão.

As demais forças existentes entre os componentes do grupo que se expressam na


competição destrutiva, exploração emocional ou evasão, impedem que se alcance a
validação consensual da experiência vivida em conjunto. Segundo Moscovici (2003),
em geral, esse desenvolvimento pode ser descrito pelas seguintes etapas:

O encontro inicial:
 Situação não estruturada.
 Papel não directivo do coordenador.
 Expressão de confusão, perplexidade, tensão dos membros, resistência.
 Discussão de objectivos, procedimentos, assuntos de tarefa.
Confrontação do coordenador:
 Aumento de expressões abertas de frustração, antagonismo ao coordenador.
 Aumento de laços positivos entre membros (através de oposição comum ao
coordenador).
 Enfoque directo de problemas de autoridade.
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 Com a resolução de problemas de autoridade, influencia no controle


 Dentro do grupo.

Solidariedade grupal:
 Forte sentimento de unidade, identificação com o grupo.
 Manutenção de atmosfera positiva; evitação de conflitos de assuntos polémicos
ou problemáticos.
Intercâmbio de feedback interpessoal:
 Sessões orientadas param a tarefa. Abordagem directa de conflitos interpessoais
não resolvidos entre os membros.
 Abertura para o feedback e auto-exposição.
Terminação:
 Feedback positivo, compensação de mágoas e ressentimentos, expressões de
solidariedade.
 Preocupação com a dissolução do grupo.
 Preocupação com a volta ao ambiente original e com a transferência de
aprendizagens.
Os grupos formais e informais formam-se por várias razões. Algumas dessas razões
seriam as necessidades, o desejo de proximidade, a atuação e as metas.

A principal razão para se formar um grupo é a interacção física baseada numa


necessidade ou num problema comum. Quanto mais os indivíduos compartilham suas
actividades, mais eles se interagem entre si e mais alta será a probabilidade de virarem a
formar um grupo.

A interacção permite as pessoas descobrirem interesses, gostos e desgostos, atitudes ou


sentimentos comuns.

Há outros factores importantes que encorajam a formação de grupos:

 Proximidade física: pessoas que vivem na mesma aldeia têm maior


probabilidade de formar um grupo que pessoas que vivem em aldeias diferentes.
 Atracão física: indivíduos que se atraem fisicamente podem formar um grupo,
Ex: rapazes e raparigas jovens e energéticos.
 Recompensas: satisfação de suas necessidades económicas e sociais.
 Apoio social: talvez dado por participantes em um grupo em tempos de crise.
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Proximidade e atração

A ação interpessoal pode resultar na formação de um grupo. Duas facetas importantes


da interação pessoal são a proximidade e a atração. Por proximidade queremos dizer a
distância física entre os empregados que executam uma tarefa. O termo atração designa
a atração das pessoas uma pelas outras em razão das semelhanças de percepção,
atitudes, desempenho ou motivação.

As pessoas que trabalham muito próximas têm numerosas oportunidades de trocarem


idéias, pensamentos e atitudes sobre várias atividades dentro e fora do emprego. Estas
trocas resultam freqüentemente em algum tipo de formação grupal. A proximidade faz
que os indivíduos conheçam as características uns dos outros. Frequentemente, surge
um grupo para manter a interacção e o interesse.

Actividades grupais

Os empregados podem ser atraídos pelo grupo porque gostam das actividades do grupo.
Esse grupo pode estar interessado em actividades profissionais ou de recreação,
actividades estas que os outros apreciam. Aceitando as actividades grupais, o membro
do grupo estará satisfazendo suas necessidades sociais, de segurança, de estima e de
auto-realização. Assim, embora a pessoa seja atraído pelo grupo por causa das
actividades do mesmo, há também um subproduto importante dessa filiação grupal que
é a satisfação de várias necessidades.

As metas do grupo

As metas do grupo, quando claramente entendidas, podem ser a razão pela qual os
indivíduos são atraídos pelo grupo. Por exemplo, uma pessoa pode entrar num grupo
que se reúne depois do trabalho para se familiarizar com o sistema métrico. Suponha
que este sistema deva ser implantado na organização, dentro dos próximos dois anos. A
pessoa que entra num grupo que se reúne após o trabalho acredita que a aprendizagem
do novo sistema é uma meta importante e necessária para os empregados.
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Conclusão

Apos uma imensa leitura do trabalho concluimos Grupo se designa dois ou mais
indivíduos que compartilham um conjunto de normas, valores e crenças com relações
definidas a tal ponto em que o comportamento de cada um traz efeito para os demais, de
forma implícita ou explícita. Essas propriedades do grupo e a definição dos vínculos
entre seus membros emergem da interacção entre eles, algo que também traz efeitos
para estes membros, que estão comprometidos com, pelo menos, um objetivo comum.
No entanto grupos sociais são formados a partir de relações estáveis entre indivíduos
que possuem interesses e objetivos em comum.

Os grupos informais se constituem espontaneamente pela vontade dos seus membros.


Geralmente, os grupos informais surgem nos grupos formais influenciam seu
funcionamento. Podem se formar por interesse, simpatia ou por amizade (com
frequência, ambos os elementos estão presentes). Por vezes, os grupos informais
acabam se formalizando em associações de funcionários, grêmios, etc.
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Referências Bibliográficas

BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo:


Saraiva, 1999.

AGUIAR, Maria Aparecida F. Psicologia aplicada à administração: uma abordagem


interdisciplinar. São Paulo: Ed. Saraiva, 2006.

MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de


Janeiro: José Olympio, 2003.

BION, W.R. (1962) Experiencias en grupos. Buenos Aires: Ed. Paidós, 1963.

CIES – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E ESTUDOS DE SOCIOLOGIA


Departamento de Direito, Disciplina: Sociologia Geral e Jurídica, Autoria: Clayton
Chriatiano A. M. Campos

Barbosa, L. (1995). Trabalho e dinâmica dos pequenos grupos. Porto: Edições


Afrontamento.

ZIMERMAN, D.E. Fundamentos Básicos das Grupoterapias. Porto Alegre: Artes


Médicas, 2ª edição, 2000.

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