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CAPITULO I...................................................................................................................................4
1.Introdução:....................................................................................................................................4
2.Objetivos:......................................................................................................................................5
2.1.Objetivos Gerais:....................................................................................................................5
2.2.Objetivos Específicos:............................................................................................................5
2.1.1.Metodologia:...................................................................................................................5
CAPITULO II..................................................................................................................................6
3.A Representação...........................................................................................................................6
3.1.Modalidades de Representação..............................................................................................7
CAPITULO III...............................................................................................................................11
4.Conclusão:..................................................................................................................................11
5.Bibliografia.................................................................................................................................12
CAPITULO I
1.Introdução:
Neste trabalho, abordaremos a representação nos negócios jurídicos, explorando seus
fundamentos, conceitos-chave e aspectos práticos. Discutiremos as bases legais que sustentam a
representação, bem como os diferentes tipos de representação existentes e suas implicações
legais. Além disso, examinaremos os direitos e deveres dos representantes, assim como as
responsabilidades dos representados.
No contexto empresarial, a representação é essencial para a condução dos negócios, uma vez que
permite que os empreendedores atuem em nome de suas empresas, celebrando contratos,
representando a empresa em processos judiciais e tomando decisões estratégicas. Analisaremos
as formas de representação empresarial, incluindo a representação por meio de sócios, diretores,
procuradores e agentes comerciais.
Por fim, abordaremos as questões éticas e os desafios que podem surgir no contexto da
representação nos negócios jurídicos, incluindo conflitos de interesse, responsabilidade civil e a
necessidade de agir com diligência e honestidade.
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2.Objetivos:
2.1.Objetivos Gerais:
Compreender os fundamentos e conceitos-chave da representação nos negócios jurídicos;
Analisar as implicações legais da representação nos negócios jurídicos;
Examinar a importância da procuração como instrumento de representação.
2.2.Objetivos Específicos:
Identificar as bases legais que sustentam a representação nos negócios jurídicos;
Avaliar as responsabilidades dos representantes e as consequências de sua atuação.
2.1.1.Metodologia:
Para alcançar os objetivos propostos, a metodologia do trabalho incluirá:
Pesquisa bibliográfica;
Análise de casos práticos;
Comparação de legislações;
Discussão teórica;
Síntese e conclusão:
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CAPITULO II
Na representação, uma pessoa atua, manifestando uma vontade que depois, se vai repercutir
direta e imediatamente na esfera jurídica de outrem.
O objetivo é tudo se passar como se fosse o titular a atuar – o representante atua no interesse do
representado. Não significa que não possa haver interesse próprio.
Distingue-se ainda, da figura da gestão de negócios (art. 471) - corresponde a uma interferência
na esfera jurídica alheia, não tendo os necessários poderes para isso. Presume-se que essa
intervenção é feita seguindo o interesse da outra pessoa.
Note-se que a representação se distingue do mandato. O mandato é um contrato pelo qual uma
das partes se obriga a praticar um ou mais atos jurídicos por conta de outra (art. 1157). A
representação, diversamente, traduz-se na realização de negócios jurídicos em nome de outrem,
em cuja esfera jurídica se produzem diretamente os respetivos efeitos.
Existem 3 requisitos que são indispensáveis para que a representação produza o seu efeito
típico, que é a inserção direta e imediata do ato na esfera jurídica do representado – dominus
negotti:
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3.1.Modalidades de Representação:
O termo “representação” conhece diversas modalidades:
Regime Jurídico:
O CC regula a matéria da representação nos art. 258 a 261. De acordo com o art. 258, o negócio
jurídico celebrado pelo representante em nome do representado, nos limites dos poderes que lhe
competem, produz os seus efeitos na esfera jurídica do representado.
O art. 259 combina a Teoria do dono do negócio (apenas a vontade do representado teria
relevância) com a Teoria da representação (contaria tão só a vontade do representante).
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A má fé do representado (art. 259/2) prejudica sempre, mesmo que o representante esteja de boa-
fé. De igual modo, a má fé deste último, prejudica sempre.
O termo má fé, está aqui aplicada em termos muito amplos, de modo a exprimir o conhecimento
ou desconhecimento culposo e, em geral, a prática de quaisquer atos ilícitos.
Trata-se de um esquema destinado, por um lado, a dar credibilidade à representação e, por outro,
a evitar situações de incerteza quanto ao futuro do negócio.
Ex: A tem procuração de B para vender um certo objeto. Não pode, como procurador de B,
vender o objeto a si próprio.
O beneficiário que não queira ser procurado terá de se limitar a renunciar a ela, assim a
extinguindo (art. 265/1). A renúncia pode ser tácita.
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Em princípio, a procuração pode ter por objeto a prática de quaisquer atos, salvo disposição legal
em contrário. Devemos ainda ter em conta que a procuração, enquanto negócio jurídico, deve
submeter-se aos preceitos gerais, com relevo para os art. 280 e segs.
O art. 262/2 contém a regra básica de que a procuração deve revestir a forma exigida para o
negócio que o procurador possa realizar. À luz desta regra, a procuração poderá ser verbal
quando vise negócios consensuais, devendo ser passada a escrito sempre que seja essa a forma
requerida para o negócio a celebrar.
Segundo o art. 263, o procurador não necessita de ter mais do que a capacidade de entender e
querer exigida pela natureza do negócio que haja de efetuar.
Se o representado o permitir;
Se a faculdade de substituição resultar do conteúdo da procuração;
Se essa mesma faculdade resultar da relação jurídica que a determina.
Com reserva: o procurador não é excluído – ele mantém os poderes que lhe foram
conferidos;
Sem reserva: verifica-se a exclusão.
O art. 264/3, afastando-se do regime geral da responsabilidade do comitente (art. 500/1 e 800/1),
fixa uma regra de mera responsabilidade por culpa in elegendo ou in instruendo: o procurador só
responde se tiver agido com culpa na escolha do substituto ou nas instruções que lhe deu.
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Em relação à cessação da procuração, o art. 265/ 1 e 2 prevê três formas para a extinção da
procuração:
A renúncia do procurador;
A cessação do negócio base;
A revogação do representado.
De acordo com o art. 265/2 a revogação é livre. Trata-se, aliás, dos mesmos termos usados pelo
artigo 1170, em relação à livre revogabilidade do mandato. Nessa ocasião, haverá que observar,
quanto a eventuais indemnizações, o regime aplicável ao negócio base.
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CAPITULO III
4.Conclusão:
Ao longo deste trabalho, exploramos a representação nos negócios jurídicos, um tema essencial
para a compreensão do funcionamento do Direito Empresarial. A representação desempenha um
papel fundamental ao permitir que pessoas e entidades ajam em nome de outras, conferindo
poderes e autoridade para a realização de atos jurídicos.
Foi possível compreender que a representação nos negócios jurídicos se baseia em fundamentos
legais sólidos, que conferem legitimidade aos atos praticados em nome de terceiros. Discutimos
os diferentes tipos de representação, como a representação empresarial, que envolve a atuação de
sócios, diretores e agentes comerciais, assim como a representação por meio de procuradores.
No entanto, também abordamos as questões éticas e os desafios que podem surgir no contexto da
representação nos negócios jurídicos. Conflitos de interesse, a possibilidade de abuso de poder e
a responsabilidade civil dos representantes foram tópicos discutidos, destacando a importância de
agir com integridade e em conformidade com as normas éticas e legais.
Em suma, a representação nos negócios jurídicos é um tema de grande relevância para o Direito
Empresarial. Compreender suas bases legais, conceitos-chave e aspectos práticos é essencial para
garantir uma atuação empresarial eficiente e em conformidade com a legislação. Através deste
trabalho, buscamos fornecer uma visão abrangente sobre o tema, contribuindo para o
desenvolvimento de uma compreensão sólida sobre a representação no âmbito jurídico.
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5.Bibliografia:
Código Civil – Moçambique
Regente: prof. Maria Rosário Palma Ramalho Assistente: prof. Diogo Tapada dos Santos
Mafalda Luísa Condelipes Boavida. 2019/2020
Almeida, Carlos Ferreira de. Contratos de representação comercial. 2ª ed. Coimbra: Almedina,
2019.
Menezes Cordeiro, António Manuel da Rocha e. Tratado de direito civil: Parte geral e negócio
jurídico. Vol. II. 2ª ed. Coimbra: Almedina, 2018.
Pereira, André Gonçalo Dias. A procuração e a representação. 2ª ed. Coimbra: Almedina, 2017.
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