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Índice

1.Introdução:....................................................................................................................................2

CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS SEGUNDO AUGUSTO COMTE......................................3

2.Breve contextualização:................................................................................................................3

2.1.Estado positivo:......................................................................................................................3

3.Classificação das ciências segundo Comte:..................................................................................3

3.1.A questão da verdade:............................................................................................................3

3.1.2.Ignorância:.......................................................................................................................4

3.1.3.Dúvida:............................................................................................................................4

3.1.4.Tipos de dúvidas:.............................................................................................................4

3.1.5.A opinião:........................................................................................................................4

3.1.6.Certeza:............................................................................................................................4

3.2.Critério da verdade:................................................................................................................5

3.3.O erro: causa e remédio:........................................................................................................6

4.Conclusão:....................................................................................................................................7

5.Bibliografia:..................................................................................................................................8
1.Introdução:
Este trabalho apresentará uma análise aprofundada da visão de Augusto Comte sobre a verdade,
o critério da verdade e o erro. Examinaremos sua defesa do método científico como base para a
determinação da verdade e como ele via o erro como uma parte inevitável do processo de
desenvolvimento do conhecimento humano. Além disso, discutiremos o remédio proposto por
Comte para superar os equívocos e alcançar um conhecimento mais confiável e objetivo.

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CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS SEGUNDO AUGUSTO
COMTE

2.Breve contextualização:
Augusto Comte nasceu em 1798 e morreu em 1857, filósofo Francês que veio a ser fundador da
sociologia. Ora, inspirado pelo ambiente do século XVIII, fundou a chamada lei dos três
estádios, comparando o desenvolvimento do psiquismo humano com o seu crescimento. Segundo
o qual, o psiquismo humano atravessa três estádios, nomeadamente: teológico, metafísico e
positivo, fazendo-os corresponder as fases da infância, juventude e maturidade.

2.1.Estado positivo:
Neste estado não se admite a justificação nem teológica, nem metafisica da realidade, mas sim
científica. No entanto, o científico está ligado ao empírico, ao prático, ao mensurável. Portanto,
pode-se concluir que, a fase positiva é da supremacia das proposições observáveis, seja eles
particulares ou universais. Ora, o positivismo não se preocupa com o problema da causalidade,
quer somente estabelecer os procedimentos metodológicos para a produção de proposições
validas, de acordo com o seu próprio sistema. Ele não se preocupa com as causalidades dos fatos,
mas sim, quer conhecer como acontece certo fenómeno sem interessar pelas suas causas, pois
esta última é característica típica da filosofia.

3.Classificação das ciências segundo Comte:


Comte classificou as ciências em sete categorias, das mais simples, as mais complexas,
nomeadamente: a matemática, astronomia, a Física, Química, Biologia, a Sociologia e a Moral.
Portanto, esta última (a Moral), pelo nível mais alto de complexidade levaria mais tempo a
passar a categoria positiva, pelo facto de ser fácil a identificação dos elementos a serem
considerados num acto moral.

3.1.A questão da verdade:


Comte define a verdade como a correspondência entre o conceito e realidade, seja empírica ou
meta-empírica. Portanto, dizer que algo é verdadeiro implica a correspondência daquilo que é
dito com a realidade. São quatro os principais estados do espirito perante a verdade: ignorância,
dúvida, opinião e certeza.

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3.1.2.Ignorância:

É ausência de todo o conhecimento relativamente a um enunciado. Para o espírito em estado de


ignorância, a verdade de um enunciado é como senão existisse, não há juízo. Ora, a ignorância
pode ser vencível ou invencível, dependendo da possibilidade ou impossibilidade de faze-la
desaparecer, culpável ou inculpável- conforme tivermos ou não o dever de dominar.

3.1.3.Dúvida:

É um estado de equilíbrio entre a afirmação e a negação. No estado de dúvida o espírito não


adere, ou porque os motivos para afirmar e negar se equilibram (dúvida positiva), ou ainda,
porque não se equilibram, mas suficientes para excluir o medo de erro (ainda dúvida positiva);
ou não tem razão alguma, nem a firmar, nem para negar (dúvida negativa) que equivale a
ignorância.

3.1.4.Tipos de dúvidas:

A dúvida poder ser (metódica ou cartesiano) - consiste na suspensão voluntária, fictícia ou real,
mas sempre provisória na aceitação de uma verdade tida como certa, com o fim de verificar o seu
valor. É também conhecida como dúvida cartesiana por ser Descartes a estabelece-la como
método.

3.1.5.A opinião:

É adesão receosa do espírito a afirmação ou negação de um enunciado. O espírito adere, porque


razões mais graves pesar para uma parte; no entanto, não exclui o temor de o oposto ser
verdadeiro; é um estado intermediário entre a dúvida e a certeza em que já é emitido o juízo mais
inseguro. O valor da opinião depende do grau da probabilidade do motivo em que se baseia.

3.1.6.Certeza:

É uma adesão firme e inabalável do espírito a uma verdade conhecida, sem receio de errar. A
certeza supõe a manifestação completa da verdade, isto é da conformidade do enunciado com a

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realidade, emitindo um juízo seguro. Esta manifestação faz-se mediante evidências que é o
motivo e fundamento da certeza como a probabilidade e motivo da opinião.

3.2.Critério da verdade:
Auguste Comte propôs um critério de verdade baseado no princípio da verificabilidade empírica.
Segundo ele, uma afirmação ou proposição só pode ser considerada verdadeira se puder ser
comprovada por meio da observação dos fatos e fenômenos do mundo físico e social. Comte
enfatizava a importância da experiência sensorial e da evidência empírica na determinação da
verdade.

Esse critério está alinhado com a abordagem positivista de Comte, que enfatiza a primazia da
ciência e da observação sistemática na busca pelo conhecimento. Para Comte, o conhecimento
científico é o único tipo de conhecimento válido e confiável, uma vez que se baseia em fatos
concretos e verificáveis.

De acordo com o critério da verdade proposto por Comte, as afirmações ou proposições que não
podem ser verificadas empiricamente não podem ser consideradas verdadeiras. Isso inclui
questões metafísicas, especulações filosóficas e crenças religiosas, que, segundo Comte, não
podem ser testadas ou demonstradas empiricamente e, portanto, não têm validade científica.

No positivismo de Comte, a verdade é entendida como uma correspondência entre uma


proposição e os fatos observáveis. Assim, a verdade é determinada pela adequação ou
correspondência da afirmação com a realidade empírica.

É importante ressaltar que o critério de verdade de Comte tem sido criticado por sua limitação
em lidar com questões que estão além do alcance da verificabilidade empírica, como questões
éticas, estéticas e filosóficas. Além disso, muitos argumentam que a própria verificabilidade
empírica é dependente de pressuposições teóricas e conceituais, o que torna a noção de verdade
mais complexa do que a visão positivista de Comte.

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3.3.O erro: causa e remédio:
Segundo Auguste Comte, o erro é uma parte inevitável do processo de desenvolvimento do
conhecimento humano. Comte acreditava que os seres humanos têm uma tendência natural para
o erro, que é causada por suas limitações cognitivas e por influências subjetivas.

Comte argumentava que o erro surge principalmente devido a duas causas principais: a tendência
humana de generalizar precipitadamente a partir de casos individuais e a influência de
predisposições subjetivas, como crenças pré-existentes e emoções. Ele acreditava que os seres
humanos têm uma propensão a tirar conclusões precipitadas e a generalizar com base em poucas
evidências, o que leva a erros de julgamento.

Além disso, Comte argumentava que a influência de predisposições subjetivas, como crenças
religiosas, preconceitos e emoções, também contribui para o surgimento do erro. Essas
predisposições podem distorcer o julgamento e interferir na busca por um conhecimento objetivo
e imparcial.

Para remediar o erro, Comte defendia a aplicação do método científico e da razão. Ele acreditava
que a ciência e a observação sistemática dos fatos são os melhores antídotos para os erros do
pensamento humano. O método científico, com sua ênfase na coleta de evidências empíricas e na
verificação objetiva, permite corrigir os erros decorrentes da generalização precipitada e das
influências subjetivas.

Comte via o desenvolvimento da ciência como o remédio para o erro, pois acreditava que a
aplicação rigorosa do método científico ajudaria a superar as limitações cognitivas e a neutralizar
as influências subjetivas. Através da observação sistemática, do teste empírico e da busca por leis
gerais, Comte acreditava que os seres humanos poderiam gradualmente avançar em direção a um
conhecimento mais objetivo e confiável.

No entanto, é importante observar que a visão de Comte sobre o erro e seu remédio tem sido
objeto de críticas. Muitos argumentam que a ciência também está sujeita a erros e que o próprio
método científico está em constante evolução. Além disso, algumas áreas do conhecimento
humano, como a ética e a filosofia, podem não ser completamente resolvidas pela aplicação do
método científico.

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4.Conclusão:
O trabalho destacou a visão de Comte sobre a verdade, o critério da verdade e o erro, ressaltando
a importância do método científico como um guia confiável para a busca do conhecimento. Ao
considerar as contribuições e as críticas de Comte, somos incentivados a refletir sobre a
complexidade da questão da verdade e a explorar diferentes perspectivas na busca por um
entendimento mais abrangente e aberto do mundo que nos cerca.

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5.Bibliografia:
CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª Edição.
Texto Editores, Maputo, 2017.

Geque, E, E. E., (2010). Filosofia 11ᵃ classe. Moçambique. Logmen.

Álvaro, S. (2000). Filosofia 11º ano. Porto.

Brito, V. (1997). Como ensinar a Filosofia. Porto.

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