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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOBRE

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

AÍSSA REBECA ALENCAR


BEATRIZ SOUZA LEITE
BIANCA NOGUEIRA
ELIZE ATAYDE
IGOR SILVA DOS SANTOS
KASSIANE ASSIS
TAÍNY ALMEIDA
TAMIRES MAGALHÃES

PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS


CONSCIÊNCIA
Feira de Santana/BA
2023.1
AÍSSA REBECA ALENCAR
BEATRIZ SOUZA LEITE
BIANCA NOGUEIRA
ELIZE ATAYDE
IGOR SILVA DOS SANTOS
KASSIANE ASSIS
TAMIRES MAGALHÃES

PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS


CONSCIÊNCIA

Trabalho realizado seguindo as


exigências da disciplina de Processos
Psicológicos Básicos, turma do 1º
semestre de psicologia.
Orientador(a): Márcio Silva

Feira de Santana/BA
2023.1
1. DEFINIÇÃO GERAL

A consciência é um dos processos psicológicos básicos mais intrigantes e


complexos na psicologia. Visto que seu funcionamento perpassa e depende de
vários outros processos psicológicos, como também o funcionamento do nosso
sistema nervoso. Segundo Campos, Santos e Xavier apud Moreno et. al (1997,
documento on-line):

“A consciência não é uma propriedade exclusiva de uma única porção indivisível


do sistema nervoso, mas fruto do funcionamento integrado de diferentes módulos”.
A existência da consciência depende do cérebro, mas não de uma área específica,
pois há várias áreas envolvidas.’’ (CAMPOS et. al, 1997 apud MORENO et. al,
2022, p. 182)

1.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS


O Processo Psicológico Básico (PPB) da consciência é composto por uma
série de processos que nos permitem estar cientes de nós mesmos e do
mundo ao nosso redor. A consciência é uma experiência subjetiva que envolve
a percepção, atenção, memória, pensamento e tomada de decisão. É um
processo complexo que envolve a integração de informações sensoriais,
emocionais e cognitivas.

2. TEORIA PSICANALITICA SOBRE CONSCIÊNCIA

Para Freud, na perspectiva da psicanálise, a consciência é uma


compreensão do mundo exterior. É resultado da atividade de um sistema
específico (o sistema percepção-consciência). Todas as representações e
etapas inconscientes tratadas na psicanálise só podem ser deduzidas do que o
paciente tem consciência.

2.1 A IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA PARA A PSICANÁLISE

São poucos os estudos psicanalíticos sobre consciência. Apesar de o


inconsciente ocupar um lugar importante dentro da psicanalise, é preciso
lembrar que a definição do inconsciente e diretamente interligada com a
consciência. Não se deve observar de maneira exclusiva o inconsciente.
Durante a prática, o analista deve explorar aquilo que o paciente tem de
consciência para alcançar o seu inconsciente. Freud marcou a diferença entre
uma tomada de consciência puramente intelectual e aquilo que visa a
psicanálise:

Quando comunicamos a um paciente uma representação que a seu


tempo ele recalcou e que identificamos, isto a princípio em nada
altera seu estado psíquico. Isto de forma alguma suspende o
recalque, nem anula seus efeitos, como se poderia talvez esperar, já
que a representação anteriormente inconsciente tornou-se agora
consciente... Efetivamente, não se produz qualquer suspensão do
recalque antes que a representação consciente, após a superação
das resistências, tenha se ligado ao traço de lembrança inconsciente.
Só ao fazer consciente este próprio traço é que se alcança o
sucesso. (Freud, 1915/1982, II, p. 134)

3. DEFINIÇÃO DE CONSCIÊNCIA NA PERSPECTIVA DE VYGOTSKY

L. V. Vygotsky (1896 -1934) foi um pesquisador russo que contribuiu para os


estudos da psicologia. Tivera escrito as suas teorias em meio ao contexto da
revolução russa em 1917, por isso o próprio pesquisador parte do pressuposto
de uma teoria mais abrangente e geral que explicasse de forma geral o
funcionamento dos processos psíquicos básicos. Para isso Vygotsky considera
as ciências naturais e as ciências culturais para estudar os processos psíquicos
do ser humano como por exemplo a consciência. O mesmo advertindo que
ambas são necessárias para superar as deficiências nas definições dos
processos referentes à psicologia. Segundo Vygotsky (2004)
O comportamento do homem cultural adulto é resultado de
processos distintos do desenvolvimento psíquico, uma vez que é um
processo biológico e evolutivo, mas também histórico, devendo o
homem a este desenvolvimento histórico o seu salto qualitativo que
permitiu que o que antes era primitivo (puramente biológico) se
transformasse em cultural (sócio-histórico). (Ricci et al Tuleski, 2012).

Neste sentido a fisiologia e os conhecimentos das ciências naturais podem


explicar o funcionamento da consciência, porém somente os aspectos
biológicos, não eram suficientes para expliccar os processos pisiquícos e a
complexidade humana. Ele também considerava os fatores sócios históricos
para explicar o funcionamento da consciência.
Entendemos que consciência seja considerada como o conjunto
das funções psíquicas superiores sendo que, como categoria mais
geral, deve ser explicada a partir do caminho histórico de seu
desenvolvimento, sempre referenciado à própria história de
desenvolvimento do homem. Aqui já é possível extrair a ideia de que
consciência é entendida para Vygotski como produto do
desenvolvimento histórico, sendo entendido como, o desenvolvimento
da sociedade humana e não o desenvolvimento exclusivo do espírito
humano. (Ricci et al Tuleski, 2012).

4. CONCEITO DE CONSCIÊNCIA PARA WUNDT

A psicologia de Wundt definida como ciência da experiência imediata, adota a


consciência como um destaque temporal dos processos psíquicos
correlacionados. Partindo do estudo inicial sobre o aspecto que representa a
consciência e posteriormente acrescenta-lo aos aspectos afetivos e
intencionais, ou seja, em situações em que há volição, Wundt afirma que a
assimilação dos processos psíquicos se dá em uma gradação, em função dos
níveis de clareza. Conforme afirma Wundt (1896):

(...) devemos pensar o escopo da consciência como denotando


simplesmente a soma dos processos mentais existindo em um dado
momento. (...) Ela não tem nenhum sentido além desta referência à
interconexão de processos mentais simultâneos e sucessivos. O
problema da consciência consiste na determinação de como os
fenômenos particulares são inter-relacionados e como suas relações
e conexões são novamente combinadas na totalidade da vida mental.
(p. 238)

4.1 CIÊNCIA EMPIRICA DA EXPERIÊNCIA IMEDIATA:

Essa tendência da psicologia de Wudnt consiste na experiência plenamente


consciente que uma pessoa tem da realidade, de maneira direta e de domínio
intuitivo, sem auxilio de recursos. O objetivo dessa experiência é pautada na
observação e experimentação

REFERÊNCIAS

CESAROTTO, Marta Nora. A consciência em Freud. 2006. Tese (Mestre em


Psicologia Clínica), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo,
2006.

GOMES, Gilberto. A teoria freudiana da consciência, 2003, p. 117-125.


(Psicologia: Teoria e pesquisa)
MARCELLOS, C. F.; ARAUJO, S. F. A questão da consciência na psicologia
de Wilhelm Wundt. Minas Gerais: Juiz de Fora, 2011, p. 311-332. (Estudos e
pesquisas em Psicologia).

MORENO, Bruno S.; VIEIRA, Cintya de A.; HORITA, Julianne H G.; et al.
Processos Psicológicos II. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2022. E-book.
ISBN 9786556903323. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786556903323/. Acesso em:
22 mar. 2023.

RICCI, P. S.; TULESKI, S. C. A concepção de Pavlov e Vygotsky acerca da


consciência. Revista eletrônica arma da crítica, p. 151-170, dezembro de
2012.

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