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REVISÕES – PROPOSTA DE CORREÇÃO

1. Leia com atenção o texto transcrito e responda, de forma clara e objetiva, ao questionário que
se segue:

Estabelece-se o presente Contrato entre o primeiro contraente, ____________________,


professor(a) de Português, e o segundo contraente, ______________________, aluno(a) n.º
____, da turma ____, do 6.º ano de escolaridade, acordando as seguintes cláusulas, que ambos
aceitam e reciprocamente se obrigam a cumprir:
1.ª
O primeiro contraente coordena as atividades desenvolvidas no âmbito deste contrato,
garantindo o fornecimento de instrumentos que possibilitem a organização da informação, o
acompanhamento do processo de leitura, o esclarecimento de dúvidas no preenchimento da ficha
de leitura e a preparação da apresentação oral.
2.ª
O segundo contraente compromete-se a ler, pelo menos, três livros durante o ano letivo,
apresentando oralmente, à turma, um por período. Compromete-se, ainda, a preencher uma ficha
de leitura, que será entregue aquando da apresentação oral.
3.ª
O primeiro contraente acompanha criticamente o trabalho do segundo, com o objetivo de o
apoiar na leitura e de avaliar quantitativamente a atividade.
4.ª
O incumprimento por parte do segundo contraente determina que lhe seja atribuída a
classificação de 0 (zero) valores no parâmetro relativo ao Contrato de Leitura.
5.ª
O incumprimento por parte do primeiro contraente determina que o segundo contraente
fique desvinculado do cumprimento do contrato;
6.ª
1 - Em tudo, não previsto neste contrato, vigorarão as disposições legais aplicáveis.
2 - O segundo outorgante aceita a(s) atividade(s) proposta(s) pelo primeiro outorgante, nos
termos e condições acima referidas.
7.ª
O presente contrato vai ser assinado pelos contraentes, por o acharem conforme. Tendo
sido feito em duplicado, cada outorgante ficará na posse de um exemplar.
_______________________, ____ de _____________ de 2020

O(A) Professor(a) O(A) Aluno(a)


_____________________________ ____________________________
1.1 Classifique o género textual apresentado.
Contrato (de leitura).

1.2 Considerando a estrutura deste tipo de texto, delimite as diferentes partes que a
constituem.
Abertura: “Estabelece-se o presente Contrato, […] que ambos aceitam e reciprocamente
se obrigam a cumprir:”;

Encadeamento: da cláusula 1ª à 6ª;

Fecho: da Cláusula 7ª até ao fim (assinaturas).

1.3 Selecione, para cada uma das palavras específicas deste género textual, o melhor
sinónimo, tendo em conta o contexto em que surge.
Celebrado: elogiado estabelecido publicitado
Contrato: acordo confirmação explicação
Outorgante: redactor especialista contraente
Exarados: associados registados propostos

1.4 As cláusulas são numeradas, por ordem, da 1.ª à 7.ª.

1.4.1 Diga o que entende por cláusulas.


São normas/condições/imposições que comprometem os contraentes na execução das
mesmas.

1.5 Como decidiram as duas partes dar solução a questões não acordadas no
documento?
As questões não acordadas no documento são remetidas para as disposições legais
aplicáveis.

2. Um senhor, distraído, entra num banco e pede:


– Um café, por favor.
2.1 Parece-lhe que este enunciado terá os efeitos esperados pelo locutor? Explique.
Evidentemente que não. O contexto em que é utilizada não é o adequado.
Provavelmente, o empregado bancário, por cortesia, dir-lhe-á: “Enganou-se, sabe? O café é a
porta ao lado!”

2.2 Estabeleça a correspondência entre as definições apresentadas e os respetivos


conceitos.
Coluna A Coluna B

(A) As partes de um texto anterior e posterior a um elemento dado


(1) Co-texto
do mesmo texto.
(2) Paratexto
(B) Os elementos exteriores ao texto, fundamentalmente de
(3) Contexto
carácter pragmático (situação, etc.) que influem de uma ou
(4) Hipertexto
outra forma nos processos de compreensão e produção textual.
A primeira definição tem a ver com o co-texto (contexto intratextual). A segunda, com o
contexto situacional.

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3. Tendo em consideração as unidades sintáticas do(s) texto(s) – frase e parágrafo…

3.1 Classifique cada uma das frases seguintes como sendo simples ou complexa.
(A) O pai de Qassem e Ali era um modesto curtidor de peles.
(B) Os homens voltaram a aparecer e montaram todos a cavalo.
(C) Ali respondia sempre com uma palavra amável.
(D) Ali Babá equilibra as cargas sobre o lombo do burro e, para esconder o conteúdo,
coloca por cima uns feixes de lenha.
(A) simples; (B) complexa; (C) simples; (D) complexa

3.2 Identifique e classifique as orações que compõem o parágrafo.


Quando a Maria entrou, os irmãos, que estavam na sala, estudavam para conseguirem
passar no exame de Anatomia. A Maria pensou que, se saísse novamente, eles estariam muito
mais sossegados, dado que o barulho é inimigo da concentração.
Quando a Maria entrou – Oração subordinada adverbial temporal
os irmãos estudavam – Oração subordinante
que estavam na sala – Oração subordinada adjetiva relativa explicativa
para conseguirem passar no exame de Anatomia – Oração subordinada adverbial final
A Maria pensou – Oração subordinante
que eles estariam muito mais sossegados – Oração subordinada substantiva completiva
se saísse novamente – Oração subordinada adverbial condicional
dado que o barulho é inimigo da concentração – Oração subordinada adverbial causal

3.3 Identifique as orações adverbiais das frases, estabelecendo a correspondência entre o


número e a letra.
Coluna A Coluna B
(1) Eu sinto a grande importância deste
momento, como tu. (A) Subordinada adverbial temporal
(2) Estavas a cantar, quando entrei. (B) Subordinada adverbial consecutiva
(3) Já foi dormir, para que amanhã se possa (C) Subordinada adverbial final
levantar cedo. (D) Subordinada adverbial causal
(4) Estava a chover de tal maneira que não
(E) Subordinada adverbial comparativa
fomos ao cinema.
(5) Iremos ao cinema, mesmo que chova. (F) Subordinada adverbial concessiva
(6) Vou ao cinema contigo, se escolher o (G) Subordinada adverbial condicional
filme.
CHAVE: (1) – (E); (2) – (A); (3) – (C); (4) – (B); (5) – (F); (6) – (G).

4. Um texto para ser considerado texto deve apresentar um conjunto de propriedades, como
adequação, coerência, coesão, progressão temática, etc.
4.1 Observe, com atenção, os exemplos a seguir apresentados:
a. A campainha tocou. Os alunos dirigiram-se para as salas de aulas. Entraram nas salas
de aulas. Deram início a mais um dia de aulas.
b. Logo que a campainha tocou, os alunos dirigiram-se para as salas de aulas. Entraram e,
assim, deram início a mais um dia de aulas.
4.1.1 Identifique os mecanismos que fazem com que o fragmento b. seja um texto coeso.
A presença de conectores (enlaces), designadamente de conjunções (coordenativas e/ou
subordinativas) contribuem para a coesão textual (no caso presente, “logo que” e “e, assim”). Por
outro lado, “as salas de aulas” que, em a. aparece duas vezes, é, no segundo caso, suprimida,
por efeito da “elipse”.
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4.2 Que mecanismo de coesão lhe parece ter funcionado nas palavras sublinhadas na
frase Apesar de o mar estar tão bravo, os pescadores dirigiram-se para a faina. São
trabalhadores destemidos.
Neste caso, o mecanismo que funcionou foi o de substituição (“pescador” foi substituído
por “trabalhador”). Trata-se de um processo de hiperonímia (o inverso seria hiponímia).

4.3 Que propriedade textual não está respeitada nos seguintes enunciados. Justifique a
sua escolha, em cada um dos itens.

4.3.1 “Ele não gosta de pescar. Por isso, comprou uma cana.”
(A) Adequação;
(B) Coerência;
(C) Coesão;
(D) Progressão temática.
É a coerência que está em causa. De alguém que não gosta de pescar não se espera que
compre uma cana de pesca. A conexão feita “por isso”, revelando uma ligação causal, não é
coerente. Esperar-se-ia outro tipo de relação (concessiva, por exemplo): Se bem que não goste
de pescar, comprou uma cana. (E poderia tê-lo feito, por razões diversas: para treinar o gosto;
para ganhar a vida, vendendo o produto do seu trabalho; etc.).

4.3.2 “Gramei escutar V.ª Ex.ª! Foi um discurso baril!”


(A) Adequação;
(B) Coerência;
(C) Coesão;
(D) Progressão temática.
A confusão de “registos” não se revela adequada a este contexto. Por um lado, trata-se a
pessoa por “V.ª Ex.ª” (assumindo-se, pois, um registo cuidado), mas, por outro, usam-se termos
como “gramei” e “baril”, que são de um outro registo (mais próximo da gíria estudantil).

4.3.3 “O meu nome é Inês. Tenho dezoito anos. Sou uma pessoa recatada diante de
estranhos. Porém, quando estou na companhia de amigos, sinto-me à vontade para expor as
minhas ideias. Admiro a justiça e fico chocada ao ver alguém a ser desprezado.”
(A) Adequação;
(B) Coerência;
(C) Coesão;
(D) Progressão temática.
Estamos perante um exemplo de texto sem unidade temática. Todo texto deve apresentar
apenas uma ideia predominante. Não importa o quanto complexo ou simples o texto possa ser, a
partir do momento em que as ideias começam a misturar-se, o leitor sofre um lapso de
entendimento imediato.

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5. Leia com atenção o texto que se segue:
Verdades
quase
verdadeiras

José Luís Peixoto

Pacheco
Voltei.
Na semana passada estava a confraternizar com meia dúzia de groupies de uma banda
rock quando, com a barulheira, elas entenderam que o meu nome era Pacheco. Eu não as corrigi
logo. Deixei que me dirigissem diversas frases a terminar em Pacheco, pedidos, observações.
Passou talvez meia hora, o barulho diminuiu bastante, e eu, com falta de assunto, lembrei-me de
explicar-lhes que não me chamo Pacheco. Demasiado tarde. Já não fui a tempo de as convencer.
Nos e-mails que trocámos desde então, trataram-me sempre por Pacheco.
Em 1997/1998, quando José Saramago fez um livro com Sebastião Salgado, fui assistir a
uma apresentação dos dois em Coimbra, na biblioteca municipal, no cimo do Jardim da Sereia.
Levava o Memorial do Convento e, quando se proporcionou, pessoas de um lado e de outro,
estendi-o ao autor. Naquele momento, nem eu, nem ele, nem ninguém imaginava que, anos mais
tarde, eu iria receber um prémio com o seu nome, iríamos tirar fotografias juntos. Não sei se
alguém imaginaria que, pouco depois, também iria ele receber um prémio, passearia de samarra
em Estocolmo. Eu não imaginava nenhum desses futuros, apenas tentava que se interessasse
pelo livro que eu tinha trazido de casa, já a pensar. Foi por um impulso difícil de explicar, por um
instinto, que lhe disse o meu nome completo. Durante alguns segundos esteve a escrever só para
mim. Deu-me o livro fechado. Afastei-me, outras pessoas queriam falar com ele. Ainda nessa
sala, quando abri o livro na folha autografada, dizia: «A José Luís Pacheco, com a estima de José
Saramago». Ainda tenho esse livro.
In Jornal de Letras, dezembro de 2009 (texto com cortes, sublinhado nosso)

5.1 Interpretar um texto passa, entre outros aspetos, pela pressuposição, ou seja, pelas
deduções que fazemos de elementos não explicitados no enunciado, desde os mais óbvios aos
mais subtis. Das opções apresentadas, assinale a que indica o que pode inferir-se sobre o autor
da cónica, a partir de cada uma das citações.
5.1.1 Voltei.
(A) O autor escreve regularmente para este jornal;
(B) O autor fez uma viagem;
(C) O autor esteve de férias.
5.1.2 “… estava a confraternizar com meia dúzia de groupies de uma banda rock.”
(A) José Luís Peixoto é músico;
(B) José Luís Peixoto é jovem;
(C) José Luís Peixoto é apreciador de rock.
5.1.3 Levava o Memorial do Convento e, quando se proporcionou, (…) estendi-o ao
autor.
(A) O cronista tinha acabado de ler o Memorial do Convento;
(B) O cronista admirava José Saramago;
(C) O cronista é colecionador de autógrafos.
5.2 Estão implícitos no texto alguns conhecimentos do leitor, que permitem a sua inteira
compreensão.
Explique a que conhecimentos apela o fragmento sublinhado no texto - (“passearia de
samarra em Estocolmo”).
Saramago recebeu o prémio Nobel em Estocolmo.
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6. A “Canção do Exílio” foi escrita pelo poeta brasileiro Gonçalves Dias em 1843 em Coimbra,
quando aí frequentava a Universidade (curso de Direito). Veja como a temática é retomada
posteriormente por Mário Quintana.

A – Canção do Exílio B – Uma Canção


Minha terra1 tem palmeiras, Minha terra2 não tem palmeiras…
Onde canta o Sabiá; E em vez de um mero sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam, Cantam aves invisíveis
Não gorjeiam como lá. Nas palmeiras que não há.

Nosso céu tem mais estrelas, Minha terra tem relógios,


Nossas várzeas têm mais flores, Cada qual com sua hora
Nossos bosques têm mais vida, Nos mais diversos instantes…
Nossa vida mais amores. Mas onde o instante de agora?
[…]
Não permita Deus que eu morra, Mas onde a palavra “onde”?
Sem que eu volte para lá; Terra ingrata, ingrato filho,
Sem que eu desfrute os primores Sob os céus da minha terra
Que não encontro por cá; Eu canto a Canção do Exílio!
Sem qu'inda aviste as palmeiras, Mário Quintana, Anotações Poéticas, Globo,
1996
Onde canta o Sabiá. 2
Brasil
Gonçalves Dias, Primeiros Cantos, Ediouro, 1846
1
Caxias, Maranhão, Brasil

6.1 Identifique a relação de sentido que se estabelece entre o texto B e o texto A e


justifique.

Estabelece-se uma relação de oposição, porque a perspetiva do sujeito poético em relação


à sua terra no texto A. é positiva, enquanto no texto B. é negativa.

6.2 Indique a forma de intertextualidade presente no texto B em relação ao texto A.

O texto B. pode ser considerado uma imitação criativa, por haver alguma semelhança de
ideias em relação ao hipotexto, mas é sobretudo uma paródia, por apresentar as ideias em
contraste com o texto A.

7. Dados os seguintes fragmentos identifique o protótipo textual (tipo de texto) de que se trata.
a. Luís Bernardo sentara-se, depois de ter feito de pé as suas alegações. Ficou a olhar para o
Dr. Anselmo de Sousa Teixeira. A sala inteira ficou também a olhar para o juiz. O escrivão
esperava de pena em riste, pronto a anotar a sentença: sabia que o Dr. Anselmo era rápido,
quase instantâneo, a ditar a sentença, mal terminavam as alegações. Mas, nessa manhã, nada
se estava a passar como habitualmente.
Miguel Sousa Tavares, Equador, 15.ª edição, Lisboa, Oficina do Livro, 2004 (adaptado).
Protótipo narrativo (Sequência textual narrativa)

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b. Quando falamos de “tipos de texto”, tentamos sistematizar, arrumar, organizar nuns poucos
“gavetões” semânticos produtos discursivos que, apesar de um número infinito, apresentam
características comuns que aproximam alguns deles entre si.
Protótipo explicativo / expositivo (Sequência textual explicativa / expositiva)
c. – Mas que tem o rapaz, senhor doutor?
– Tifo. Febre tifóide. Parece, é claro. Mas não garanto. Só depois da análise.
Era tifo. Havia mais dois casos.
– Mas ele cura-se, senhor doutor?
– Vamos a ver. E outra coisa: donde bebem vocês aqui a água?
– Pois do poço, senhor doutor. Donde houvera de ser? Não há outra fonte.
Era uma fonte de mergulho, descoberta. As febres do calor vinham dali - o clínico
pensou.
E em vistas disso, só havia um remédio para o futuro:
– Têm a serra aqui a dois passos. É furar, que a água logo aparece. Põem uma fonte e
acabam-se as febres.
FERREIRA, Vergílio, 2005. A fonte in Contos. Lisboa: Bertrand (11.ª. ed.)
Protótipo dialogal / conversacional (Sequência textual dialogal / conversacional)
d. Crianças: devem tomar um comprimido, três vezes por dia, antes das refeições principais.
Adultos: dois comprimidos, três vezes ao dia, antes das refeições principais.
Protótipo injuntivo-instrucional (Sequência textual injuntivo-instrucional)
e. Se a é igual a 1 e b é igual a 1, então a é igual a b.
Protótipo argumentativo (Sequência textual argumentativa)
f. Previsão para 5.ª feira, 23 de janeiro de 2020
Períodos de céu muito nublado.
Aguaceiros, por vezes fortes, de granizo e acompanhados de trovoada.
Queda de neve acima dos 800/900 metros, baixando a cota para os 600 metros ao longo
do dia.
Vento fraco a moderado (10 a 30 Km/h) do quadrante oeste.
Pequena descida da temperatura máxima.
Protótipo preditivo (Sequência textual preditiva)
g. A casa era grande, branca e antiga. Em frente havia um pátio quadrado. À direita havia
um laranjal onde noite e dia corria uma fonte. À esquerda era o jardim de buxo, húmido e
sombrio, com suas camélias e seus bancos de azulejo.
A meio da fachada que dava para o pátio havia uma escada de granito coberta de
musgo. Em frente dessa escada, do outro lado do pátio, ficava o grande portão que dava para
a estrada.
Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos exemplares, Lisboa, Assírio & Alvim, 2015 (com supressões).
Protótipo descritivo (Sequência textual descritiva)
8. Selecione a opção que completa corretamente a frase.
O resumo consiste na capacidade de …
(A) … considerar a informação acessória ou irrelevante do texto-fonte, sem qualquer
análise.
(B) … condensar um determinado texto ou ideia, omitindo toda a informação acessória ou
irrelevante para o esclarecimento dos argumentos principais.
(C) … reescrever um texto, mantendo o seu tamanho e alterando a ordem das suas ideias-
chave.

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9. Estabeleça a correspondência correta entre os diferentes géneros textuais (coluna A) e a
respetiva definição concetual (coluna B). Cada letra deve corresponder a cada número.
Coluna A Coluna B
(1) É uma apreciação / juízo crítico sobre um trabalho, normalmente escrito. Implica
um exame crítico, fiel e imparcial, sobre o valor interno e interesse desse trabalho,
(A) Relatório como sejam artigos, filmes ou obras literárias.
(2) Sistema de transmissão de mensagens escritas de um computador para outro,
(B) Requerimento via Internet ou através de outras redes de computadores.
(3) Petição, geralmente escrita, dirigida a uma entidade oficial, da justiça ou da
(C) Recensão administração, solicitando a satisfação de um seu interesse, que poderá ser
deferido ou indeferido.
(D) Curriculum Vitae (4) Trabalho escrito de considerável extensão sobre um tema pré-definido, que
permite alcançar o grau de mestre.
(E) Email (5) Exposição circunstanciada e pormenorizada daquilo que se viu, ouviu, observou
ou analisou. Tem como objetivo orientar o destinatário para determinada ação.
(F) Dissertação (6) Correspondência estabelecida entre o remetente e o destinatário.
(7) Documento que reúne, de forma objetiva e resumida, a trajetória educacional
e/ou académica e as experiências profissionais de uma pessoa.

CHAVE: (A) – (5); (B) – (3); (C) – (1); (D) – (7); (E) – (2); (F) – (4);

10. Considere os excertos textuais seguintes:


A B C
mo
É com imenso gosto que declaro Ex. Sr. Secretário de Estado, é uma Olá pessoal! Aqui estamos mais
aberto o novo tribunal do concelho, honra recebê-lo no nosso concelho, por uma vez para o nosso programa
que resulta de um investimento onde passaram tantos e tão ilustres semanal "Como vai a politiquice?",
conjunto do Governo, ao qual V.ª nomes da justiça da nossa cidade. Em desta vez com um convidado es-
Ex.ª pertence, e da autarquia, a qual nome de toda a comunidade, muito pecial: um membro do governo li-
eu me orgulho de presidir. obrigado pela presença de V. Ex.ª. gado à justiça!!!! Yeah!!!!!!

10.1 Assinale, como verdadeira (V) ou falsa (F), cada uma das afirmações que se seguem,
de acordo com os excertos anteriores.
(A) No excerto A e utilizado um registo formal.
(B) No excerto B é utilizado um registo informal.
(C) No excerto C os interlocutores são íntimos, o registo é formal.
(D) No excerto B os interlocutores mal se conhecem, o registo é formal.
(E) No excerto B os interlocutores são desconhecidos, o registo é informal.
(A) – V; (B) – F; (C) – F; (D) – V; (E) – F.
11. Considere o texto seguinte:
19-VIII-1915
Meu caro Cortes-Rodrigues
Felizmente para mim tenho tido bastante que fazer.
Sobra-me tempo apenas, portanto, para estas linhas.
Escrevo-lhe para lhe dizer que lhe não posso escrever. É mais
um paradoxo do
muito e sempre seu
Fernando Pessoa
(In Cruz Malpique, 1953:143)
11.1. Classifique o género textual a que pertence o documento apresentado, fundamentando
a sua resposta com o registo de língua utilizado.
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Estamos perante uma carta informal, por utilizar linguagem familiar. A fórmula de abertura e
o fecho de uma carta dependem do grau de familiaridade que se tem com o destinatário – “Meu
caro”, “muito e sempre seu”.
11.2. Indique as diferentes partes que a compõem.
Local – Não apresenta
Data - 19-VIII-1915
• Saudação inicial - Meu caro Cortes-Rodrigues
• Corpo da carta
- Introdução - Felizmente para mim tenho tido bastante que fazer.
- Desenvolvimento Sobra-me tempo apenas, portanto, para estas linhas. Escrevo-lhe para lhe dizer
que lhe não posso escrever.
- Conclusão - É mais um paradoxo do
• Fórmula de despedida - muito e sempre seu
• Assinatura - Fernando Pessoa
• P.S. (Post Scriptum) - Não apresenta.
12. Considerando os textos jornalísticos, classifique as seguintes afirmações em verdadeiras (V) ou
falsas (F).
(A) Numa notícia, tudo se escreve sempre do menos importante para o mais importante.
(B) Uma das características da notícia é a sua efemeridade.
(C) A reportagem é um texto jornalístico mais longo e pormenorizado, cujo objetivo é informar os
leitores sobre um tema de interesse geral.
(D) Na reportagem, tal como na notícia, não há lugar para marcas de subjetividade.
(E) A crónica debruça-se sobre temas do quotidiano, interpretando-os numa visão subjetiva.
(F) A entrevista constitui uma das técnicas de recolha de dados, que serve para operacionalizar as
investigações.
(G) O editorial reflete o ponto de vista do jornal, da empresa jornalística ou do redator-chefe.

(A) – F; (B) – V; (C) – V; (D) – F; (E) – V; (F) – V; (G) – V.

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13. Atente na notícia a seguir apresentada.

Morreu o gestor de conta


de Isabel dos Santos no EuroBic
Nuno Ribeiro da Cunha tinha sido constituído
arguido, na quarta-feira, em Angola.

O gestor de conta de Isabel dos Santos no EuroBic, Nuno Ribeiro da Cunha, apareceu morto,
na quarta-feira à noite, na zona do Restelo, no mesmo dia em que foi constituído arguido em Angola.
"O EuroBic tem conhecimento de que Nuno Ribeiro da Cunha foi encontrado morto, no
entanto não há nenhuma outra informação disponível, já que se trata de uma questão do
âmbito familiar", disse fonte do EuroBic, ao Notícias ao Minuto.
Contactada pelo Notícias ao Minuto, também a PSP de Lisboa confirma que foi chamada para
um alerta de suicídio na zona do Restelo, na quarta-feira à noite, por volta das 22h00. No local
estiveram ainda operacionais dos bombeiros, bem como elementos da Polícia Judiciária.
Entretanto, em comunicado enviado às redações, a PSP detalha que Nuno Ribeiro da Cunha
"terá cometido suicídio na garagem, pelo método de enforcamento, confirmando-se o óbito após
manobras de reanimação por parte dos meios de socorro", pode ler-se.
De recordar que Nuno Ribeiro da Cunha tinha sido já encontrado com ferimentos graves num
cenário de aparente tentativa de suicídio no dia 7 de janeiro.
De referir que foi este gestor quem validou as transferências da conta da Sonangol no EuroBic
para o Dubai, já depois de a empresária angolana ter sido exonerada do cargo que exercia na
petrolífera, de acordo com os documentos revelados pelo Luanda Leaks.
Além de Nuno Ribeiro da Cunha, Isabel dos Santos e outras personalidades foram também
constituídos arguidos no âmbito do mesmo processo.
https://www.noticiasaominuto.com/pais/1399374/morreu-o-gestor-de-conta-de-isabel-dos-santos-no-eurobic
[consultado a 23-01-2020 – texto adaptado]

13.1. A redação de uma notícia obedece a algumas regras: geralmente, o jornalista


escreve logo à cabeça (no primeiro parágrafo) o mais importante, respondendo às perguntas
quem?, o quê?, quando? e onde?. No corpo da notícia desenvolve-se mais ou menos
detalhadamente a informação apresentada logo no início.
Indique se a notícia apresentada respeita a regra atrás enunciada, justificando a sua
resposta com exemplos textuais.
A notícia apresentada respeita, na totalidade, a regra atrás enunciada.
Uma notícia escreve-se sempre na 3.ª pessoa (do singular ou do plural) – “morreu”; “tinha
sido”.
Título - Morreu o gestor de conta de Isabel dos Santos no EuroBic
Subtítulo - Nuno Ribeiro da Cunha tinha sido constituído arguido, na quarta-feira, em Angola.
Lead (1º Parágrafo) Tenta responder a:
- Quem? O gestor de conta de Isabel dos Santos no EuroBic, Nuno Ribeiro da Cunha.
- O quê? Apareceu morto.
- Onde? Na zona do Restelo.
- Quando? Na quarta-feira à noite, (…)no mesmo dia em que foi constituído arguido em
Angola..
Corpo da notícia (resto do texto) Tenta responder a:
- Como? Nuno Ribeiro da Cunha terá cometido suicídio na garagem, pelo método de
enforcamento, confirmando-se o óbito após manobras de reanimação por parte dos meios de
socorro

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- Porquê? Foi este gestor quem validou as transferências da conta da Sonangol no EuroBic
para o Dubai, já depois de a empresária angolana ter sido exonerada do cargo que exercia na
petrolífera, de acordo com os documentos revelados pelo Luanda Leaks.

14. Leia o excerto seguinte.


“Os modernos meios de comunicação reúnem os homens do nosso tempo como que em
mesa-redonda, para o convívio fraterno e a ação comum. Na verdade, estes meios suscitam e
difundem por toda a parte relações entre os homens e promovem diálogo público e universal. A
torrente de informação e opinião, assim movimentada, faz de cada homem um participante do
drama, nos problemas e dificuldades do género humano, participação que cria, por sua vez, as
condições necessárias para a compreensão mútua, que conduz ao progresso de todos.”
Adriano Duarte Rodrigues, Eduarda Dionísio, Helena Neves, Comunicação Social e Jornalismo, A Regra do Jogo

Num texto bem estruturado, apresente uma reflexão sobre as ideias expressas no excerto
transcrito, relativas à importância da informação no mundo contemporâneo. Para
fundamentar o seu ponto de vista, recorra, no mínimo, a dois argumentos, ilustrando cada um
deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

Questão Cotações

1.1 3 valores
1.2 6 valores
1.3 4 valores
1.4.1 2 valores
1.5 5 valores
2.1 4 valores
2.2 4 valores
3.1 4 valores
3.2 8 valores
3.3 6 valores
4.1.1 4 valores
4. 2 4 valores
4.3.1 4 valores
4.3.2 4 valores
4.3.3 4 valores
5.1.1 3 valores
5.1.2 3 valores
5.1.3 3 valores
5.2 3 valores
6.1 4 valores
6.2 4 valores
7. 14 valores
8. 2 valores
9. 6 valores
10.1 10 valores
11.1 8 valores
11.2 16 valores
12. 8 valores
13.1 20 valores
14. 30 valores

FIM
O Docente: Ilídio Arribada Cadime

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