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OBJETIVOS:
Apresentar técnicas e métodos para aplicação das novas regras dos ativos imobilizados
baseando-se na contabilidade Internacional dos ativos intangíveis e ativo não circulante
destinado à venda de empresas nas atividades de comércio, indústria e prestadoras de
serviços.
PÚBLICO-ALVO:
METODOLOGIA DE ENSINO
Aula expositiva com apoio de slides em PowerPoint, onde haverá aplicação de exercícios
práticos e desenvolvimento de debate objetivando o aprendizado.
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1. Introdução
1.1 – Conceitos e objetivos
1.2 – Definição de ativo imobilizado Lei 6.404/76 e NBC TG 27 (R4) (CPC 27)
1.3 – A importância do controle e gestão patrimonial nas empresas
1.4 – Normas e procedimentos a serem adotados para controle e gestão do imobilizado
1.5 – Reconhecimento de ativo imobilizado
3 – Depreciação contábil
3.1 – Consideração iniciais
3.2 – Métodos de depreciação
3.3 – Método das quotas constantes
3.4 – Método da soma dos dígitos dos anos
3.5 – Método dos saldos declinantes
3.6 – Método das unidades produzidas
3.7 – Inicio e final da depreciação
4 – Depreciação Fiscal
4.1 – Consideração iniciais
4.2 – Depreciação fiscal de bens de pequeno valor
4.3 – Depreciação fiscal de bens adquiridos usados
4.4 – Depreciação acelerada
4.5 – Contabilização contábil e fiscal 6
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6 – Arrendamento
6.1 – Introdução
6.2 – Característica de contrato de arrendamento
6.3 – Mensuração do arrendamento
6.4 – Aspectos fiscais
7 – Ativo Intangível
7.1 – Considerações iniciais
7.2 – Reconhecimento e mensuração
7.3 – Amortização
7.4 – Goodwill
7.5 – Aspectos fiscais
8 – Impairment Test
8.1 – Considerações iniciais
8.2 – Identificação de ativos desvalorizados
8.3 – Mensuração do valor recuperável
8.4 – Reconhecimento das perdas e reversão de perdas
8.5 - Realização de Diversos Exercícios Práticos
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Possuir um bem durável não necessariamente significa que ele possa ser um ativo,
pois, para tanto existem condições impostas pelas normas brasileira de contabilidade,
como por exemplo: ter um potencial de gerar benefícios econômicos.
A NBC TG 00 (R4), estrutura conceitual para relatórios financeiros, define em seus itens
4.3 e 4.4 o conceito de ativo:
Como sendo um recurso econômico presente controlado pela entidade como
resultado de eventos passados.
Recursos econômicos é um direito que tem o potencial de produzir benefícios
econômicos.
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Portanto, como podemos perceber, sem o referido potencial de resultado futuro um bem não
pode ser caracterizar por se um ativo, ainda que possa ter outros atributos. Isso é valido
para qualquer ativo, inclusive o Ativo Imobilizado.
Ainda de acordo com a norma contábil brasileira NBC TG 27 (R4), (CPC 27 R4) e com a Lei
nº 6.4047/1976, no Ativo Imobilizado devem ser classificadas as contas que representam
aplicações de recursos em bens tangíveis usados pela entidade. Bens tangíveis são
bens corpóreos.
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O item 2 do CPC 27 (R4) define ativos imobilizados com sendo os itens tangíveis
utilizáveis por mais do que um ano e que sejam detidos para uso na produção ou
fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel ou para fins administrativos.
O artigo 178 da Lei 6.404/1976 determina que no balanço as contas serão classificadas
segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
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DEFINIÇÃO DE IMOBILIZADO
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A partir de 2008, através da Lei nº 11.638/2007 e Lei 11.941/2009, passou a ser obrigatório
para as grandes empresas seguir novos preceitos destas leis, separando os dados econômicos
de dados fiscais, para efeitos contábeis e de tributação do IR/CSLL.
A partir de 2010, todas as empresas, sem exceção, passaram a ser obrigadas a seguir a Lei
nº 11.638/2007 e Lei nº11.941/2009, e a partir de 2014, pelas regras da Lei nº 12.973/2014,
com a revogação do RTT e FCONT e com implementação de novas informações fiscais em
substituição as mesmas.
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VALOR CONTÁBIL == > É o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da
depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.
EXEMPLO:
Equipamento ................................. R$ 100.000,000
( - ) Depreciação Acumulada......... R$ (30.000,00)
( - ) Ajustes para perda................ R$ (40.000,00)
( = ) Valor contábil......................... R$ 30.000,00
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VALOR DEPRECIÁVEL == > É o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo,
menos o seu valor residual.
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VALOR RESIDUAL == > É o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo,
após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil.
VALOR EM USO == > É o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera obter
com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil.
VIDA ÚTIL É:
a) O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou
b) O número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera
obter pela utilização do ativo.
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EXERCÍCIOS
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a) ( ) Tangível, ter vida útil inferior a um ano e poder ou não gerar benefícios econômicos
futuros.
d) ( ) Destinado ao negócio da empresa, ter vida útil superior a um ano e não gerar
benefícios econômicos futuros.
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Resolução:
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b) ( ) Por todos os bens tangíveis e intangíveis além dos direitos de longo prazo da entidade.
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Resolução:
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Uma entidade adquiriu dez apartamentos, em um prédio ao lado de sua fábrica, por
R$ 500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para os funcionários da
entidade que são, originalmente, de fora do estado.
No Balanço Patrimonial dessa entidade, os apartamentos devem ser evidenciados no
subgrupo:
a) ( ) Ativo circulante.
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Resolução:
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ECD/ECF – Lucro Real Tópico 1.3 – A Importância do Controle e Gestão Patrimonial nas
Empresas
Possuir um bem durável não necessariamente significa que ele possa ser um
ativo, pois, para tanto existem condições impostas pelas normas contábeis, tal qual:
ter um potencial de gerar benefícios econômicos.
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ECD/ECF – Lucro Real Tópico 1.3 – A Importância do Controle e Gestão Patrimonial nas
Empresas
Não obstante a isso torna onerosa investir no controle, com a manutenção dos
recursos humanos, tecnologia da informação com utilização de software de micro ou
macro computadores que agilizam e facilitam os controles patrimoniais, porém, sempre
são cotejados com custos e benefícios de implantação de controles patrimoniais,
optando pela redução no investimento de controles patrimoniais.
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ECD/ECF – Lucro Real Tópico 1.4 – Normas e Procedimentos a Serem Adotados para
Controle e Gestão do Imobilizado
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Uma das maiores alterações refere-se que a partir de 2008 uma empresa passa a
manter os dados patrimoniais e de resultado econômico diferente dos dados
patrimoniais e de resultado fiscal. os demonstrativos econômicos atendem os
interesses societários e os demonstrativos fiscais atendem as bases legais de
tributação do IR, CSLL. PIS, COFINS, INSS, entre outros tributos. Assim quaisquer
lançamentos de ajustes para fins de atendimento a Lei 11.638/2007 não terá efeito
fiscal.
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CPC 43 (R1) Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 15 a 41. 03/12/10 16/12/10
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CPC 46 (R2) Mensuração a Valor Justo. 07/12/12 20/12/12
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Podemos verificar que a NBC TG 27(R4), que trata do Ativo Imobilizado em seu item 7
estabelece os seguintes critérios para que seja reconhecido um ativo:
O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:
a) For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e
Assim, para ser um ativo tem que ter a capacidade de realizar benefícios econômicos futuros
que, em última análise, é a geração de caixa, por uso ou por venda, direta ou indiretamente.
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II. Quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição
necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela
administração;
III. A estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de
restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos
representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é
adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período
para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.
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Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como um ativo
deve ser mensurado pelo seu custo.
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Compõe ainda o custo inicial o valor estimado dos gastos previstos para desmontagem,
remoção e restauração do local onde é instalado.
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Não fazem parte do custo gastos com realocação, ociosidade mesmo que no uso inicial,
gastos com abertura de nova instalação ou introdução de novo produto, gastos
administrativos e outros custos indiretos etc.
No caso de permuta, custo é o valor justo do ativo adquirido, a não ser que essa
mensuração seja impossível, quando prevalece o valor contábil do ativo cedido.
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Com isso, aqueles componentes que ficarão em standby, para possível uso futuro, e que não
se caracterizam como meras peças a serem consumidas nas manutenções periódicas,
sendo, portanto, relevantes, já são classificados no próprio ativo imobilizado.
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A legislação empresarial brasileira muito tem contribuído para criar obstáculos nos controles
do ativo imobilizado com constantes modificações na legislação tributária e fiscal a que estão
sujeitas as empresas em geral.
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III. Depreciação com base nas vidas úteis determinados pelo Fisco, para cada tipo de bens
imobilizados.
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IMOBILIZADO MÁQS E
ICMS A RECUPERAR PIS A RECUPERAR COFINS A RECUPERAR FORNECEDORES ICMS A RECOLHER
EQUIPAMENTOS
DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO
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ECD/ECF – Lucro Real Tópico 2.4 – Itens que não Afetam o Custo
a) Ativos imobilizados classificados como mantidos para venda de acordo com a NBC TG
31 (R4) (objeto de estudo na matéria Ativo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada);
b) Ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola que não sejam plantas
portadoras (NBC TG 29 (R2) objeto de estudo na matéria Ativo Biológico e Produto
Agrícola); entretanto, ao presente estudo aplica-se às plantas portadoras, mas não
se aplica aos produtos dessas plantas portadoras;
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ECD/ECF – Lucro Real Tópico 2.4 – Itens que não Afetam o Custo
c) Direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como: petróleo, gás natural, carvão
mineral, dolomita e recursos não renováveis semelhantes.
c) Contudo, esta norma aplica-se aos ativos imobilizados usados para desenvolver ou
manter os ativos descritos nas alíneas (b) a (d).
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Nas compra em que há financiamento do Ativo, o custo do Ativo corresponde ao valor que
seria à vista. Vejamos o exemplo:
EXERCÍCIO Nº 04
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Em 31/07/2021, a empresa Belas Artes Ltda, adquiriu uma máquina por R$ 120 mil reais para
pagamento de 24 parcelas fixas de R$ 6.060,00.
Pede-se:
Contabilizar a operação.
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Resolução:
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Resolução:
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Quando a opção pelo método de reavaliação for permitida por lei, a entidade deve optar pelo
método de custo ou pelo método de reavaliação como sua política contábil e deve aplicar
essa política a uma classe inteira de ativos imobilizados.
Método do custo
Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao
custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas
(Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos).
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Método da Reavaliação
Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa ser
mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor
reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer
depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes.
A reavaliação deve ser realizada com suficiente regularidade para assegurar que o valor
contábil do ativo não apresente divergência relevante em relação ao seu valor justo na data
do balanço.
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EXERCÍCIO Nº 05
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RESOLUÇÃO EXERCÍCIO Nº 05
a) Cálculo do custo do bem
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5.2 - PEDE-SE
Após um ano:
a) Depreciação Acumulada
b) Valor Depreciável
c) Valor Residual
d) Valor Contábil
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Lançamento contábil R$
Débito Importação em Andamento 8.355,00
Crédito Banco Conta Movimento 8.355,00
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b) Recebimento da fatura
Lançamento contábil R$
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c) Liquidação do contrato
Liquidação do Contrato de Câmbio a U$ 1,88, pago em cheque nº 041
Lançamento contábil R$
Cálculo em Reais : Contrato de Câmbio U$ 7.526,88 x 1,88 = 14.150,33
( - ) Valor da Fatura Contabilizada (10.763,44)
( = ) VARIAÇÃO CAMBIAL PASSIVA 3.387,09
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ECD/ECF – Lucro Real Itens Que Não São Custos do Ativo Imobilizado
Exemplos:
c) Custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes (incluindo custos de treinamento); e
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ECD/ECF – Lucro Real Itens Que Não São Custos do Ativo Imobilizado
a) Custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições
operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a
uma capacidade inferior à sua capacidade total;
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A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para reparo e
manutenção de item do ativo imobilizado.
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Por exemplo, um forno pode requerer novo revestimento após um número específico de
horas de uso; ou o interior dos aviões, como bancos e equipamentos internos, pode exigir
substituição diversas vezes durante a vida da estrutura.
Itens do ativo imobilizado também podem ser adquiridos para efetuar substituição recorrente
menos frequente, tal como a substituição das paredes interiores de edifício, ou para efetuar
substituição não recorrente.
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O CPC 27 em seu item 7 determina que o custo de um item de ativo imobilizado deve
ser reconhecido como ativo se, e apenas se:
a) For provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a
entidade; e
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ASPÉCTO CONTÁBIL
Se a apuração desse valor contábil não for praticável para a entidade, esta pode
utilizar o custo de substituição como indicador do custo da parcela substituída na
época em que foi adquirida ou construída (item 70 CPC 27(R4)).
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EXEMPLO
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Continuação do Exemplo
Utilizando-se de uma calculadora financeira, temos como valor de custo do motor há cinco
anos a quantia de R$ 44.835,49. Como a depreciação foi feita com uma taxa de 10% ao
ano, teríamos que baixar do ativo imobilizado o montante de R$ 44.835,49 e da
Depreciação Acumulada o valor de R$ 22.417,74.
CÁLCULO NA HP:
$ 60.000,00 FV
6 i
5 n PV $ 44.835,49
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O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada
exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser
contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico
CPC 23(R2) – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.
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A depreciação é reconhecida mesmo que o Valor Justo do ativo exceda o seu valor
contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A
reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.
Valor residual é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após
deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição
esperadas para o fim de sua vida útil.
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A depreciação do ativo se inicia quando este está disponível para uso, ou seja, quando
está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
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Portanto, a depreciação não cessa quando o ativo se torna ocioso ou é retirado do uso normal, a
não ser que o ativo esteja totalmente depreciado. No entanto, de acordo com os métodos de
depreciação pelo uso, a despesa de depreciação pode ser zero enquanto não houver produção.
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A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante durante a vida útil
do ativo, caso o seu valor residual não se altere.
O método dos saldos decrescentes resulta em despesa decrescente durante a vida útil.
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A depreciação pelo método linear: == > Resulta em despesa constante durante a vida útil.
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ECD/ECF – Lucro Real 3.4 – Métodos da Soma dos Dígitos dos Anos
EXEMPLO:
Considerando o mesmo veículo do exemplo anterior, teremos:
Como a vida útil é de 4 anos, somamos de 1 a 4:
1 + 2 + 3 + 4 = 10. A soma é o denominador da fração que representará a quota.
Cálculo das quotas anuais decrescentes : 4/10; 3/10; 2/10; 1/10:
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NO PRIMEIRO ANO:
2 milhões produzidas / 20 milhões a serem produzidas = 0,10 x 100 = 10% .
Assim, a máquina será depreciada em 10%
NO SEGUNDO ANO:
5 milhões produzidas / 20 milhões = 0,25 x 100 = 25%.
Assim, a máquina será depreciada em 25%.
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O método de depreciação que se baseia na receita que é gerada pela atividade que
inclui a utilização de ativo não é apropriado.
A receita gerada pela atividade que inclui o uso de ativo reflete, geralmente, outros fatores
além do consumo dos benefícios econômicos do ativo.
Por exemplo, a receita é afetada por outros insumos e processos, atividades de venda e
mudanças nos volumes e preços de vendas. O componente de preço da receita pode ser
afetado pela inflação, o que não tem qualquer influência sobre a maneira como o ativo é
consumido (item 62A - CPC 27(R4)).
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O ativo imobilizado começa a ser depreciado quando ele está no local, instalado e em
condição de uso de acordo com o planejado pela empresa. Termina quando o ativo é
classificado como mantido para venda ou quando ele é baixado.
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A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa
esperar a utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção dos seus
rendimentos.
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Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por
causas naturais ou obsolescência normal, inclusive:
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c) Bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte ou
antiguidades;
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Nas aquisições de bens, cujo valor unitário esteja dentro desse limite, a exceção contida
no mesmo não contempla a hipótese onde a atividade exercida exija utilização de um
conjunto desses bens.
II. O restante da vida útil, considerada esta em relação à primeira instalação para
utilização do bem.
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EXEMPLO 1:
Metade da vida útil admissível para o bem adquirido novo.
Prazo de vida útil restante para fins de depreciação do bem: 2 anos e meio.
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EXEMPLO 1:
Como a metade da vida útil do bem (2,5 anos) é maior que o tempo restante de vida útil
(2 anos), o prazo a ser considerado é de dois anos e meio.
Lançamento Contábil:
Débito : Depreciação (Conta de Resultado)...................................................... R$ 2.333,33
Crédito : Depreciação Acumulada (Conta Redutora do Ativo Imobilizado)......... R$ 2.333,33
Essa contabilização deve ser feita mensalmente pelo prazo de vida útil considerado, ou
seja, 2 anos e meio.
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EXEMPLO 2:
Restante devida útil do bem, considerada em relação à primeira instalação para utilização
Bem comprado novo: R$100.000,00
Tempo de vida útil: 10 anos
Compra pela outra empresa feita após 2 anos de uso do bem pelo valor de R$ 70.000,00
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EXEMPLO 2:
Como o tempo restante de vida útil (8 anos) é maior que a metade da vida útil do bem
(5 anos), o prazo a ser considerado é de oito anos.
Lançamento Contábil:
Débito : Depreciação (Conta de Resultado)..................................................... R$ 729,17
Crédito : Depreciação Acumulada (Conta Redutora do Ativo Imobilizado)......... R$ 729,17
Essa contabilização deve ser feita mensalmente pelo prazo de vida útil considerado, ou
seja, 8 anos
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Por outro lado, isto é, se já houver passado prazo igual ou maior do que
a metade da vida útil normal, prevalece, para fins de depreciação, o
prazo correspondente à metade da vida útil admissível para o bem novo
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Enquanto a depreciação acelerada permite uma despesa maior no IRPJ, por causa do
efetivo desgaste adicional do ativo, a depreciação incentivada é um adiamento do
imposto que, no futuro, será exigido da empresa.
Portanto, se para uma determinada máquina foi permitida uma depreciação incentivada de
20% em vez dos tradicionais 10% anuais, a empresa que a adquirir poderá, em cinco anos,
contabilizar 100% de desgaste.
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Passado esse período, porém, a empresa precisará reconhecer, a cada ano, a parcela do
desgaste incentivado. Isso quer dizer que ela deverá somar ao lucro tributável a diferença
entre a depreciação incentivada e a depreciação normal. No mesmo exemplo, 10% (20%
menos 10%). Ou seja, a empresa paga, no futuro, o IRPJ que deixou de pagar no
período anterior.
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Atualmente com o advento da lei 12.973/2014 o RTT foi instinto a partir de janeiro 2015
para os não optantes, sendo que as diferenças deverão ser demonstradas através da
ECF- Escrituração Contábil Fiscal e o Sped Contábil.
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Obs: Para fins fiscais devemos utilizar a taxa de depreciação de acordo com RIR/18, artigo 320.
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Para depreciação contábil, devemos através de laudo estimar a vida útil do bem e
o valor residual esperado na alienação do mesmo.
Vida útil: == > período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo.
Valor residual: == > valor estimado que a entidade obteria com venda do ativo
após deduzir as despesas estimadas de venda.
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Lançamento contábil:
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A diferença entre a depreciação Fiscal e Contábil deverá ser adicionado no e-Lalur e no e-Lacs.
Assim, vimos que para fins fiscais devemos utilizar a depreciação fiscal sendo que o valor
será despesa/custo dedutível para IRPJ e CSLL.
Para fins contábeis devemos utilizar a depreciação contábil, que representa a realidade do
bem para empresa no que se refere a vida útil e valor residual, ambos deverão
ser respeitados e seguidos de acordo com as leis que os regem.
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Esse quadro acima deverá ser feito por rubrica, ou seja, por conta, analiticamente, conforme a IN 1700/2017.
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Lançamento contábil
Débito Despesas com Depreciação R$ 3.219
Crédito Depreciação Acumulada R$ 3.219
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Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas
naturais ou obsolescência normal, inclusive:
O prazo de vida útil admissível é aquele estabelecido nos Anexos III da IN SRF nº 1700/2017,
ficando assegurado ao contribuinte o direito de computar a quota efetivamente
adequada às condições de depreciação dos seus bens, desde que faça a prova dessa
adequação, quando adotar taxa diferente.
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Podem ser objeto de depreciação todos os bens sujeitos a desgaste pelo uso ou por causas
naturais ou obsolescência normal, inclusive:
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EXEMPLO
TAXA DEPRECIAÇÃO CONTÁBIL MAIOR QUE A FISCAL
Não há necessidade de ajuste no e-Lalur, desde que faça prova.
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EXEMPLO
TAXA DEPRECIAÇÃO CONTÁBIL MENOR QUE A FISCAL
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Quando um Ativo Não Circulante, como o imobilizado ou intangível, passa a ter seu valor
contábil líquido a ser recuperado pela sua venda, e não mais pelo seu uso, está pronto, ou
virtualmente pronto, para essa venda e teve iniciado o processo dessa alienação (em
princípio em um ano), de maneira que seja improvável a mudança dessa decisão deve ser
transferido para o Ativo Circulante, pelo menor valor, entre seu Valor Líquido Contábil e
seu Valor Justo, líquido das despesas com vendas.
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Nota: Enquanto classificado no Ativo Circulante, destinado para venda, o bem não
sofre depreciação (ou amortização).
O CPC 31 – Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação Descontinuada, não se
aplica quando os Ativo Não Circulante transferidos para os Estoques fazem parte do objeto
social. Nesse caso, aplicam-se as regras do CPC 16-Estoque.
PME == > Não se aplica a Reclassificação. Isto significa que não será reclassificado para o
Ativo Circulante (para venda).
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Se o recebimento for a prazo, a diferença entre o valor nominal e seu valor presente (à
vista) deve ser reconhecida como receita de juros, de acordo com CPC 30 (item72 CPC
27(R4)).
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III. Discrimine, na Reserva de Lucros, os bens objeto da aplicação de que trata o inciso II,
em condições que permitam a determinação do valor realizado em cada período.
Essa reserva será computada na determinação do Lucro Real (tributada) nos termos do
§ 1ºdo art. 35 do DL nº 1.598/1977, ou utilizados para distribuição de dividendos.
Reserva for utilizada para aumento de Capital Social; Alienação e/ou Depreciação do
bem.
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I. Uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física
esperadas do ativo;
IV. Reduções futuras esperadas no preço de venda de item que foi produzido usando
um ativo podem indicar expectativa de obsolescência técnica ou comercial do bem, que,
por sua vez, pode refletir uma redução dos benefícios econômicos futuros incorporados
no ativo; (Alterada pela Revisão CPC 08)
V. Limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término dos
contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.
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EXEMPLO
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O disposto no slide anterior aplica-se inclusive no caso do bem ter sido reclassificado
para o Ativo Circulante com intenção de venda, por força das normas contábeis e da
legislação comercial.
Lei 6.404/76
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CONCEITO
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Ou, propriedade para investimento opcionalmente pode ser avaliada pelo custo de
aquisição, sujeitando à depreciação.
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EXEMPLO:
AQUISIÇÃO DO IMÓVEL EM 01/12/2020
Débito: Imóveis (investimentos / AÑC)
Crédito: Bancos(AC)...........................................................................1.000.000,00
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O ganho (registrado na DRE como Receita) decorrente de avaliação de Ativo com base no Valor
Justo não será computado na determinação do Lucro Real e da CSLL, desde que o respectivo
aumento no valor do ativo seja evidenciado contabilmente em subconta vinculada ao ativo.
Parte B- Controle
$______________________
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ADIÇÃO
O ganho evidenciado por meio da subconta acima será computado na determinação do
Lucro Real e da CSLL à medida que o ativo for realizado.
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EXERCÍCIO Nº 06
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Para deixar a máquina em condição de funcionamento, foi necessária instalação, que foi
feita pelo vendedor, sem custo adicional, em 31.12.2020.
A vida útil da máquina foi estimada em 150 meses; e o valor residual é de R$ 6.000,00.
Para o cálculo da depreciação, foi adotado o método das quotas constantes.
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Resolução:
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Regime de Caixa
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b) o prazo efetivo do arrendamento mercantil seja inferior a 75% do prazo de vida útil
econômica do bem arrendado;
c) o prazo efetivo do arrendamento mercantil seja inferior a 75% do prazo de vida útil
econômica do bem arrendado;
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a) o preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado;
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É um contrato pelo qual uma pessoa jurídica ou física, pretendendo utilizar determinado
equipamento, comercial ou industrial, ou certo imóvel, consegue que uma instituição
financeira o adquira, arrendando-o ao interessado por tempo determinado, possibilitando-se
ao arrendatário, findo tal prazo, optar entre a devolução do bem arrendado mediante um
preço conforme o valor (VR) residual, previamente fixado no contrato, isto é, o que fica após
a dedução das prestações até então pagas.
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A entidade deve aplicar a norma de forma consistente com contratos que tenham
características similares e em circunstâncias similares.
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O arrendatário deve reconhecer os custos descritos na letra "d" do parágrafo anterior como
parte do custo do ativo de direito de uso quando incorrer em obrigação por esses custos.
Também deve aplicar a NBC TG 16 - Estoques a custos que são incorridos durante um
período específico como consequência de ter usado o ativo de direito de uso para produzir
estoques durante esse período.
As obrigações por esses custos contabilizados, aplicando NBC TG 16, serão reconhecidas e
mensuradas de acordo com a NBC TG 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes.
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c) valores que se espera que sejam pagos pelo arrendatário, de acordo com as garantias de
valor residual;
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A pessoa jurídica deverá proceder, caso seja necessário, aos ajustes ao lucro líquido para fins
de apuração do lucro real, no LALUR (art. 46 da Lei nº 12.973/14).
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a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão
gerados em favor da entidade; e
b) o custo do ativo possa ser mensurado com confiabilidade.
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O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de
forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.
A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível
para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições necessários para que
possa funcionar da maneira pretendida pela administração.
A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido para
venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, de
acordo com a NBC TG 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada, ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.
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A norma requer que um ativo intangível, com vida útil indefinida, ou ainda não disponível
para uso, e o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) sejam testados
com relação à redução ao valor recuperável, pelo menos uma vez ao ano.
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Poderão ser excluídos, para fins de apuração do Lucro Real e da base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, os gastos com desenvolvimento de inovação
tecnológica referidos no inciso I e no § 2º do art. 17 da Lei nº 11.196/2005, quando
registrados no ativo não circulante intangível, no período de apuração em que forem
incorridos e observado o disposto nos arts. 22 a 24 da Lei nº 12.973/2014.
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TESTE DE IMPAIRMENT
Impairment é uma palavra em inglês que significa, em sua tradução literal, deterioração. É uma
regra segunda a qual a companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação
dos valores registrados no Imobilizado e no Intangível (§ 3 do art. 183 da Lei 6.404/1976).
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1. Cada vez que se verificar que um ativo esteja avaliado por valor não recuperável no
futuro, ou seja, toda vez que houver uma projeção de geração de caixa em valor inferior
ao montante pelo qual o ativo está registrado, a companhia terá que fazer a baixa
contábil da diferença.
3. Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no Balanço depois da
dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste
para perdas.
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4. Dentre outras situações, por exemplo, o ativo precisa ser avaliado em decorrência
da obsolescência ou de dano físico, o que o retorno esperado do ativo (fluxo de caixa
futuro descontado) é menor que o valor contábil.
5. Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento
no período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período.
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Desta forma, se um ativo está registrado contabilmente por R$ 10.000,00 e seu valor
recuperável é de R$ 8.000,00, teremos que ajustar a diferença (perda de R$ 10.000,00 menos
R$ 8.000,00 = R$ 2.000,00) da seguinte forma:
Nota: não se ajusta eventual ganho (valor recuperável superior ao valor contábil).
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O teste de recuperabilidade pode ser realizado pelo valor líquido de venda ou pelo seu
valor em uso, indicado pelo valor presente de fluxos de caixa futuro estimados.
O VALOR LÍQUIDO DE VENDA === > é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de
uma unidade de geradora de caixa em transações normais menos as despesas de venda.
JÁ O VALOR EM USO == > é valor presente de fluxos de caixa estimados, que devem
resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa.
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Fiscalmente, por determinação da Lei 11.941/2009 (art. 15) essa despesa não terá
reflexo fiscal para fins de determinação do Lucro Real e da base de cálculo da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, isto é, a despesa por perda de
desvalorização (impairment) de um Ativo Imobilizado não será dedutível para
IRPJ E CSLL, pelas empresas submetidas à tributação do lucro real.
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Para determinar se um item do ativo imobilizado está com parte de seu valor irrecuperável,
a entidade aplica o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos. Esse Pronunciamento determina como a entidade deve revisar o valor contábil de
seus ativos, como determinar o seu valor recuperável e quando reconhecer ou reverter
perda por redução ao valor recuperável.
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A entidade deve reconhecer as perdas por desvalorização em conta redutora do bem, tendo
em contrapartida o resultado de exercício.
Máquina R$ 2.000.000
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Nesse caso, valor recuperável é menor que o valor contábil, a empresa deverá
efetuar o ajuste perda pela desvalorização de ativo, por meio do seguinte
lançamento contábil:
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$______________
$______________
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Parte B-Controle
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EXERCÍCIO Nº 07
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Informações:
Valor líquido de venda R$ 2.040.000,00
Valor em uso R$ 2.000.000,00
Saldos contábeis
Valor contábil bruto – custo de aquisição R$ 3.200.000,00
Depreciações acumuladas R$ 800.000,00
Perda estimada em valor não recuperável R$ 240.000,00
Determinar de acordo com a (NBC TG 27 - Ativo Imobilizado) a perda por redução ao valor
recuperável complementar a ser reconhecida no resultado, ao final do período de 2021.
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Resolução:
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O ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu valor recuperável.
A entidade deve avaliar ao fim de cada período de reporte, se há alguma indicação de que um
ativo possa ter sofrido desvalorização. Se houver alguma indicação, a entidade deve estimar o
valor recuperável do ativo.
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Esse teste de redução ao valor recuperável pode ser executado a qualquer momento no
período de um ano, desde que seja executado, todo ano, no mesmo período.
Ativos intangíveis diferentes podem ter o valor recuperável testado em períodos diferentes.
Entretanto, se tais ativos intangíveis foram inicialmente reconhecidos durante o ano
corrente, devem ter a redução ao valor recuperável testada antes do fim do ano corrente; e
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Nem sempre é necessário determinar o valor justo líquido de despesas de venda de um ativo
e seu valor em uso. Se qualquer um desses montantes exceder o valor contábil do ativo, este
não tem desvalorização e, portanto, não é necessário estimar o outro valor.
Se não há razão para acreditar que o valor em uso de um ativo exceda materialmente seu
valor justo líquido de despesas de venda, o valor justo líquido de despesas de venda do ativo
pode ser considerado como seu valor recuperável.
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VALOR EM USO
A estimativa do valor em uso de um ativo envolve os seguintes passos:
a) estimar futuras entradas e saídas de caixa derivadas do uso contínuo do ativo e de sua
baixa final; e
b) aplicar a taxa de desconto apropriada a esses fluxos de caixa futuros.
A estimativa de fluxos de caixa líquidos a serem recebidos (ou pagos) pela baixa de um ativo
ao término de sua vida útil deve ser o montante que a entidade espera obter da baixa do ativo
em transação com isenção de interesses entre partes conhecedoras e interessadas, após
deduzir as despesas estimadas com a baixa.
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Se, e somente se, o valor recuperável de um ativo for inferior ao seu valor contábil, o
valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução
representa uma perda por desvalorização do ativo.
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o valor em uso do ativo não puder ser estimado como sendo próximo de seu valor
justo líquido de despesas de venda (por exemplo, quando os fluxos de caixa futuros
advindos do uso contínuo do ativo não puderem ser estimados como sendo
insignificantes); e
o ativo não gerar entradas de caixa que são em grande parte independentes
daquelas provenientes de outros ativos.
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EXEMPLO
Uma entidade de mineração tem uma estrada de ferro particular para dar suporte às suas
atividades de mineração. Essa estrada pode ser vendida somente pelo valor de sucata e
ela não gera entradas de caixa que são, em grande parte, independentes das entradas
de caixa provenientes de outros ativos da mina.
Não é possível estimar o valor recuperável da estrada de ferro privada porque seu valor
em uso não pode ser determinado e é provavelmente diferente do valor de sucata.
Portanto, a entidade deve estimar o valor recuperável da unidade geradora de caixa à
qual a estrada de ferro particular pertence, isto é, a mina como um todo.
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