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FISIOTERAPIA NA CIRURGIA

TORÁCICA
CATETERISMO CARDÍACO

 Cineangiocoronariografia

 Punção de artéria para condução de um cateter


até o coração. Faz-se injeção de contraste
(solução liquida) e com ajuda de Raios X pode-
se identificar a dificuldade de passagem de
sangue pelas artérias coronárias
CATETERISMO CARDÍACO

 Método de Sones ou acesso braquial

 Método de Judkins ou acesso femoral


percutâneo

 Método de Campeau ou acesso radial

 Na presença ou suspeita de doença arterial


coronária pode ser feita em pacientes
assintomáticos, para avaliação de dor precordial
CATETERISMO CARDÍACO

 Anestesia local + sedação

 Durante o cateterismo é possível observar a


presença de placas de ateromas nas artérias,
em geral, os ateromas são considerados
críticos quando causam um estreitamento da
artéria maior que 70%
CATETERISMO CARDÍACO

 As complicações vasculares (sangramento e


formação de hematomas, espasmo da artéria,
oclusão arterial e formação de um pseudo-
aneurisma) são as complicações mais comuns
CATETERISMO CARDÍACO

 Artéria descendente anterior: septo, parede


lateral e anterior do ventrículo esquerdo

 Artéria circunflexa: parede lateral, posterior e as


vezes a inferior do ventrículo esquerdo

 Artéria coronária direita: ventrículo direito,


parede inferior do ventrículo esquerdo, posterior
do ventrículo esquerdo
CATETERISMO CARDÍACO
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

 “Intervenção Coronária Percutânea”

 Tratamento não cirúrgico das obstruções das


artérias coronárias por meio de cateter balão,
com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue
para o coração
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

 Após a desobstrução da artéria coronária, por


meio da angioplastia com balão, procede-se ao
implante de uma prótese endovascular,
conhecida como ‘stent’-pequeno tubo de metal,
usado para manter a artéria aberta
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

 Os stents convencionais podem acarretar um


processo cicatricial exacerbado que leva a
restenose (reobstrução) do vaso em 10 a 20%
dos casos
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

 Os stents farmacológicos surgiram para evitar


esse processo cicatricial, que são constituídos
do mesmo material metálico acrescido de um
medicamento de liberação lenta no local de
implante, reduzindo-se o processo de
cicatrização e evitando-se a restenose
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

 Há necessidade do uso prolongado de aspirina


e clopidogrel nos pacientes que recebem stents
farmacológicos pelo pequeno risco de trombose
(formação de coágulos no interior do stent)
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA

 Identificado o local da obstrução é inserido um


fio guia na artéria coronária que é locado
distalmente (posteriormente) à obstrução. Um
pequeno balão é guiado até o local da
obstrução, progressivamente insuflado,
comprimindo a placa contra a parede do vaso e
aliviando a obstrução
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

 1968 Buenos Aires- Dr Rene Favaloro realiza a


revascularização direta do miocárdio, utilizando
ponte de veia safena magna, saindo da aorta
até a porção distal da coronária
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

 1968 New York- Dr Green realiza o mesmo


procedimento com a artéria torácica interna
(mamária)
• Mais duradoura

• Maior sobrevida segundo alguns estudos/ maior


permeabilidade a longo prazo

• Dificuldade técnica para anastomose com a coronária

• Revascularização de uma única coronária


EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

“As pontes de safena, além da facilidade de manuseio e


do grande fluxo sanguíneo proporcionado, possibilita a
revascularização de várias artérias coronárias”

 Alguns autores preconizam revascularização do


miocárdio realizada somente com enxertos arteriais
(artéria radial, torácica interna direita, epigástrica...)
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

COM CEC x SEM CEC


Introdução do
conceito de
cirurgia
minimamente
invasiva

Anastomoses com
o coração batendo

Intuito de
minimizar danos e
otimizar
recuperação
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

COM CEC x SEM CEC


Introdução do
conceito de
cirurgia
minimamente
invasiva

Anastomoses com
o coração batendo

Intuito de
minimizar danos e
otimizar
recuperação
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

COM CEC x SEM CEC


Introdução do
conceito de
cirurgia
minimamente
invasiva

Anastomoses com
o coração batendo

Intuito de
minimizar danos e
otimizar
recuperação
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

SEM CEC

Menor Incisão
Menor Cicatriz
Redução do risco de infecção
Menos dor pós operatória
Menor sangramento
Menor necessidade de transfusão sanguínea
Redução do tempo de internação hospitalar
Redução do tempo para retorno as atividades habituais
Menor risco de insuficiência renal e de acidente vascular
cerebral
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO
EVASCULARIZAÇÃO CIRÚRGICA DO MIOCÁRDIO

 Aliviar sintomas

 Proteger o miocárdio isquêmico

 Melhorar a função ventricular

 Prevenir o IAM
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 Maior causa de morbidade no pós operatório

 Maior custo, maior tempo de internação


hospitalar, maior mortalidade

 Fisioterapia pré e pós operatória


COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 A esternotomia produz piora da função


pulmonar

• Divisão do esterno- instabilidade com pior


complacência da parede torácica

 Utilização da mamária interna

• Dissecada com abertura da pleura parietal


COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 CEC

• Ativação inflamatória (contato do sangue com


diferentes materiais do circuito)- aumento do
líquido intrapulmonar extravascular
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 Dor no pós- operatório

• Limitação dos movimentos

• Restrição de tosse efetiva, respiração profunda


e mudanças de posição

Predisposição à atelectasias, infecções e IR!


COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 Dreno torácico

• A pleura é bastante sensível e a fricção


produzida durante o movimento respiratório

• Irritação ao nervo intercostal decorrente da


interposição do dreno entre as costelas

• Dreno subxifóide- menos dor


Dor e desconforto!
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 A extubação precoce reduz risco de


pneumonias nosocomiais e ventilação
prolongada

 Novas técnicas para utilização da mamária sem


abertura pleural, atenuam a piora da função
pulmonar
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 A atelectasia é uma das principais causas de


complicações respiratórias

• FiO2 adequada

• Posicionamento e decúbito adequados

• Manobras de higienização brônquica

• Drenagem postural/ RPPI/ CPAP/EPAP


COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 A paralisia do nervo frênico é uma


complicação clássica!

• Durante o afastamento do esterno ou por baixas


temperaturas (desmielinização do nervo frênico)

• Tempo prolongado na VM

• Traqueostomia, plicatura, marcapasso


diafragmático
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

“O rebaixamento e fixação da hemicúpula


diafragmática acometida, é uma das opções
aplicadas. A intervenção cirúrgica não visa
primordialmente a recuperação da mobilidade do
músculo, mas sim o aumento volumétrico dos
pulmões e a reversão de atelectasias, com
potencial melhora das trocas gasosas”
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 A paralisia do nervo frênico é uma


complicação clássica!

• Ventilação não invasiva- conforto!

• Estimulação proprioceptiva manual

• Exercícios respiratórios
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 As pneumonias nosocomiais são quase


sempre relatadas!

• Antibióticos utilizados profilaticamente

• Cuidados ventilatórios

• Fisioterapia respiratória
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 Fatores de risco
• Idade superior a 60 anos
• Cirurgias torácicas ou abdominais
• Duração da cirurgia (superior a 210 minutos)
• Cirurgias de emergência
• Obesidade
• Controle de sintomas respiratórios prévios
• Tabagismo
COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PÓS-
OPERATÓRIO

 Indicação de espirometria no pré-operatório

• Idade >60 anos

• Obesidade mórbida (IMC>45kg/m²)

• História de tabagismo importante

• Sintomas de doença respiratória

• Achados anormais no exame físico pulmonar ou


raio x de tórax
FISIOTERAPIA NO PERÍODO PRÉ- OPERATÓRIO

 Educação/promoção em saúde

 Despertar na uti – rotinas e aparelhos

 Aprendizado de técnicas expansivas

 Exercícios respiratórios para prevenção de


atelectasias

 Respiração diafragmática

 Manobras de remoção de secreções


FISIOTERAPIA NA UTI

 Admissão do paciente na UTI

 Ajuste dos parâmetros ventilatórios (VM)

 Ausculta Pulmonar

 Saturação Periférica de O2

 Interação com Equipe cirúrgica


FISIOTERAPIA NA UTI
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Continuidade aos cuidados da fisioterapia,


iniciado na UTI

 Avaliar estado geral do paciente, quadro


respiratório e exames
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Promover higiene pulmonar

 Proporcionar educação respiratória do paciente

 Atenuar a dor

 Melhorar a função pulmonar

 Restaurar a amplitude articular e força muscular

 Diminuir a ansiedade
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Promover higiene pulmonar

 MOBILIZAÇÃO
Proporcionar educação respiratória do paciente

 Atenuar a dorPRECOCE!

 Melhorar a função pulmonar

 Restaurar a amplitude articular e força muscular

 Diminuir a ansiedade
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Manobras de higiene brônquica

• Drenagem postural

• Vibrocompressão

• Tosse com apoio na incisão

• Huffing

• Inalação
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Padrão ventilatório

• Inspiração fracionada em tempos

• Soluços inspiratórios

• Inspiração com apnéia pós inspiratória

• Expiração abreviada

“Podem ser associados a exercício de membro


superior”
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Manobras de expansão pulmonar

• Estimulação proprioceptiva

• Manobras de compressão-descompressão

• Bloqueio inspiratório
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Equipamentos acessórios

• CPAP

• EPAP

• Respiração com pressão positiva intermitente


(RPPI)

• Flutter

• Inspirômetros de incentivo (fluxo ou volume)


ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Atividade física

• Orientação postural- evitar postura antálgica,


conscientização postural

• Incentivo a movimentos de extremidades (evitar


abdução abrupta de MMSS- desconforto na
incisão)

• Deambulação 2x/dia
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

 Atividade física

• Orientação postural- evitar postura antálgica,


conscientização postural

• Incentivo a movimentos de extremidades (evitar


abdução abrupta de MMSS- desconforto na
incisão)

• Deambulação 2x/dia
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

Orientações para alta hospitalar

• Avaliação individual

• Fisioterapeuta deve enfatizar a importância da


atividade física
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

Orientações para alta hospitalar

• O paciente que é capaz de andar sem ajuda


durante 20 minutos e subir escadas- caminhar
2x/dia em ritmo tranquilo por 20 minutos com
FC de repouso + 20bpm
ABORDAGEM DO PACIENTE PÓS ALTA DA UTI

Orientações para alta hospitalar

• Duas a três semanas depois- caminhada em


passos mais rápidos

• Interromper em caso de tonturas, náuseas,


palpitações, cansaço prolongado por mais de 6
minutos após exercício, edema em MMII e
aumento exagerado da FC

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