Você está na página 1de 1

DISTROFIA MUSCULAR

Ocorre como consequência da falta de atividade do tecido muscular, esse tipo de atrofia
é a mais comum e geralmente afeta cães sedentários, idosos ou ocorre de forma
secundária a alguma doença ortopédica, como citado anteriormente.

Distrofia muscular, também denominada distrofia muscular canina ligada ao


cromossomo X, ou distrofia muscular do Golden Retriever é uma doença primária da
musculatura esquelética caracterizada por degeneração progressiva e fibrose das
miofibras.

A origem da doença é genética, e a mutação do gene da proteína distrofina é a forma


mais comum de ocorrência da doença em humanos e cães. A distrofina tem papel
importante na manutenção estrutural e funcional das células musculares, e sua ausência
está diretamente relacionada à ocorrência da distrofia muscular. Nos estágios tardios da
doença, as fibras musculares perdem a capacidade de regeneração, gerando fibrose
progressiva, com substituição do tecido muscular por tecido fibroso e gordura.

Cães da raça Golden Retriever apresentam características genotípicas e fenotípicas


muito semelhantes à distrofia muscular humana (Distrofia Muscular de Duchenne),
sendo considerado o modelo animal mais apropriado para o estudo da Distrofia
Muscular Humana. Nesta raça, os sinais clínicos iniciam-se a partir do nascimento e
evoluem de forma rápida entre três e seis meses de idade.

Há relatos da ocorrência da doença em outras raças de cães, tais como Beagle, Cavalier
King Charles Spaniels, Labrador Retriever, Rottweiler, Schnauzer Miniatura e outras. A
doença pode ocorrer em gatos, mas é rara. Por ser uma doença genética associada ao
cromossomo X, as fêmeas podem ser portadoras e apresentar sintomatologia, mas os
machos são os mais acometidos.

Além da musculatura esquelética, a distrofia muscular pode afetar também a


musculatura estriada cardíaca e a musculatura lisa, alterando o funcionamento adequado
do trato digestório. Animais afetados por distrofia muscular podem desenvolver
megaesôfago adquirido secundário, além de apresentarem predisposição para hérnia
diafragmática, devido ao aumento da espessura do mesmo nas suas inserções e atrofia
da região central. Devido à distrofia muscular e sobrecarga de pressão, os animais
acometidos com distrofia muscular podem desenvolver cardiomiopatia dilatada,
hipertensão arterial e insuficiência cardíaca congestiva.

Em relação à mortalidade, é alta nas primeiras duas semanas de vida. Entretanto,


pacientes que chegam à idade de seis meses, frequentemente vão a óbito por falência
respiratória ou cardíaca. Geralmente os animais que sobrevivem a essa fase, têm
expectativa de vida de cinco anos.

Você também pode gostar