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ABORDAGEM DOS CRIMES NA VISÃO DO


CÓDIGO PENAL E CÓDIGO DE TRÂNSITO
PLANO DE ENSINO
6.1 Denunciação Caluniosa
6.2 Comunicação Falsa de Crime ou de Contravenção
6.3 Autoacusação Falsa
6.4 Falso Testemunho ou Falsa Pericia
6.5 Coação no Curso do Processo
6.6 Exercício Arbitrário das Próprias Razões
6.7 Fraude Processual
6.8 Exercício arbitrário ou Abuso de Poder
6.9 Arrebatamento de Preso
6.10 Motim de Preso
6.11 Patrocínio Infiel
6.12 Patrocínio Simultâneo ou Tergiversação
6.13 Violência ou Fraude em Arrematação Judicial
6.14 Desobediência a Decisão Judicial sobre Perda ou
Suspensão de Direito
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CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO


DA JUSTIÇA
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DENUNCIAÇÃO Aqui para –Editar
CALUNIOSA CÓDIGOo Título
PENAL, ART. 339
1. Conduta típica. Dar causa à instauração de inquérito policial, de
procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de
processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de
improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime,
infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente: a)
Investigação policial / b) Processo Judicial / c) Investigação
administrativa / d) Inquérito civil / e) Ação de improbidade
administrativa.
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DENUNCIAÇÃO Aqui para–Editar
CALUNIOSA CÓDIGO o Título
PENAL, ART. 339
• As alíneas "a" a "e" deste item "1", correspondem aos
procedimentos investigatórios constituintes do tipo penal
"denunciação caluniosa". Antes do ano 2002, apenas as condutas
"a" e "b" eram previstas no tipo penal, o que causava muitos
conflitos no campo doutrinário; com o advento da Lei nº
10.028/2002, foi feita a inserção das condutas "c" a
"e" extinguindo assim os problemas levantados anteriormente
pelos doutrinadores.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA –
CÓDIGO PENAL, ART. 339

2. Crime complexo. A doutrina é divergente quanto ao fato de


considerar ou não a denunciação caluniosa como crime complexo,
tendo em vista que este tem que ser pluriofensivo, ou seja, é aquele
que ofende mais de um bem juridicamente protegido. Denunciar é levar
algo ao conhecimento de alguém, o que, por si só, não é crime.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA –
CÓDIGO PENAL, ART. 339

A denunciação caluniosa é resultado da soma do ato de


denunciar mais a calúnia (tipo penal previsto no art. 138 do
CPB). A melhor doutrina entende que a denunciação
caluniosa não é crime complexo pelo simples fato de que a
denunciação por si só não caracteriza delito penal algum;
então, apenas a calúnia é que é crime.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA –
CÓDIGO PENAL, ART. 339

3. Análise do tipo. O tipo previsto no art. 339 do CP é


dar causa, ou fazer, causar a instauração de
investigação policial ou de processo judicial contra
alguém (pessoa determinada), imputando-lhe crime de
que o sabe inocente.
4. Sujeitos Clique Aqui para Editar o Título
a) Ativo: Qualquer pessoa.
b) Passivo: b1) Principal: O Estado. b2) Secundário: A pessoa prejudicada em
face da falsa imputação.
5. Autoridade que age de ofício. Se a autoridade age de ofício e instaura
investigação policial ou processo judicial contra alguém (pessoa determinada),
imputando-lhe crime de que o sabe inocente, responderá criminalmente pela
prática do delito capitulado no art. 339 do CP.
6. Necessidade do inquérito. Para as investigações do delito de denunciação
caluniosa é dispensável a abertura de inquérito, haja vista a existência de
inquérito ou procedimento semelhante investigando a autoria do delito,
falsamente denunciado.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA –
CÓDIGO PENAL, ART. 339

7. Término das investigações. Para que se verifique com mais


precisão a inocência da vítima de denunciação caluniosa é
necessário e importante o término das investigações
impulsionadas pela falsa denunciação.
8. Causa de aumento de pena. Art. 339, § 1º: A pena é
aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato
ou de nome suposto.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA – CÓDIGO PENAL,
Clique Aqui para Editar o Título ART. 339
9. Causa de diminuição de pena. Art. 339, § 2º ? A pena é diminuída
de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
10. A denunciação caluniosa na legislação esparsa. Em seu art. 19,
a Lei 8429/1992 (Lei das Improbidades Administrativas), prevê a
prática da denunciação caluniosa. Em toda a lei não há definição de
tipos penais e sim de atos de improbidade administrativa (arts. 9º
ao 11), exceto no art. 19, onde se tem a única previsão de tipo
penal nesta lei.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO – CÓDIGO PENAL, ART. 340

1. Conduta típica. "Provocar a ação de autoridade,


comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de
contravenção que sabe não se ter verificado: Pena -
detenção, de 1 a 6 meses, ou multa".
2. Objeto Jurídico. Administração da justiça.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO –
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CÓDIGO PENAL, ART. 340
Título
3. Distinção entre os arts. 339 e 340 do Código Penal.
Art. 339 - Denunciação caluniosa: "Dar causa a instauração de investigação
policial ou de processo judicial contra alguém (pessoa determinada),
imputando-lhe crime (contravenção penal não integra o presente tipo penal)
de que o sabe inocente".
Art. 340 - Comunicação falsa de crime ou de contravenção: "Provocar
(pessoa indeterminada - qualquer um pode provocar) a ação de autoridade,
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção (contravenção
penal também integra o presente tipo penal)que sabe não se ter verificado".
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4. Comunicação. A comunicação pode ser por escrito, verbal, por
telefone; o trote enquadra-se.
5. Autoridade. Tanto pode ser autoridade judicial, policial, ou MP.
Há uma corrente que entende ser apenas a autoridade judicial, isso
porque interpreta a expressão ação de autoridade de forma
restritiva, como sendo tão somente o direito de exigir a prestação
jurisdicional do Estado. A melhor doutrina interpreta de forma
correta a aludida expressão como sendo qualquer atitude tomada
por autoridade, a requisição de outrem.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO – CÓDIGO PENAL, ART. 340

6. Providências. Para que se configure o delito


tipificado no art. 340 do CP, é necessário que a
autoridade tome providências face a falsa
comunicação de crime ou contravenção.
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7. Diversidade jurídica e de fato. Significa que se, diante a falsa
comunicação de um delito - p. ex.: falsa comunicação de roubo - a
autoridade termina por apurar outro delito - p. ex.: furto - não restará
caracterizado o tipo penal do art. 340 do CP.
8. Consumação. A "comunicação falsa de crime ou de
contravenção" consuma-se com a providência tomada pela
autoridade.
9. Arrependimento. É admissível se ocorre antes de a autoridade
tomar a providência.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO – CÓDIGO PENAL, ART. 340
]
10. Crime impossível. Ocorrerá quando houver a falsa comunicação
de crime ou contravenção e ao chegar no local noticiado, ao invés de
perder tempo, a autoridade constatar a ocorrência real de um delito,
sendo proveitosa a diligência. Assim é crime impossível porque
apesar da tentativa de causar prejuízo à administração da justiça, tal
não ocorreu.
11. Classificação. É crime comum, de forma livre, instantâneo,
unissubjetivo e plurissubsistente.
AUTO-ACUSAÇÃO FALSA – CÓDIGO PENAL,
Clique Aqui para Editar o TítuloART. 341

1. Conduta típica. "Acusar-se, perante a autoridade, de crime


inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, ou multa".
2. Sujeito
a) Ativo: Qualquer pessoa, desde que não tenha sido autor, co-autor
ou partícipe; se estiver em qualquer dessas situações poderá ser
beneficiado com a atenuante genérica da "confissão".
b) Passivo: A administração da justiça.
AUTO-ACUSAÇÃO FALSA – CÓDIGO PENAL, ART.
341

3. Elemento subjetivo: Dolo.


4. Figura típica. A figura típica só comporta o crime,
não configura o delito do 341 do CP nos casos de
autoacusação falso de contravenção penal.
Clique Aqui para Editar o Título
1. Conduta típica. "Acusar-se, perante a autoridade, de crime
inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos, ou multa".
2. Sujeito
a) Ativo: Qualquer pessoa, desde que não tenha sido autor, coautor
ou partícipe; se estiver em qualquer dessas situações poderá ser
beneficiado com a atenuante genérica da "confissão".
b) Passivo: A administração da justiça.
AUTO-ACUSAÇÃO FALSA – CÓDIGO PENAL, ART.
341

3. Elemento subjetivo: Dolo.


4. Figura típica. A figura típica só comporta o crime,
não configura o delito do 341 do CP nos casos de
autoacusação falso de contravenção penal.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO PENAL,
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ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha,
perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo,
inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4
(quatro) anos, e multa.
§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado
mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a
produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte
entidade da administração pública direta ou indireta.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO
PENAL, ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a


verdade como testemunha, perito, contador, tradutor
ou intérprete em processo judicial, ou administrativo,
inquérito policial, ou em juízo arbitral: Pena - reclusão,
de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO
PENAL, ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346

§ 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço,


se o crime é praticado mediante suborno ou se
cometido com o fim de obter prova destinada a
produzir efeito em processo penal, ou em processo
civil em que for parte entidade da administração
pública direta ou indireta.
CÓDIGO PENAL, ART. 342 / CÓDIGO PENAL
MILITAR, ART. 346

§ 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo


em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra
vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para
fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento,
perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão,
Cliquede três
Aquia quatro
paraanos, e multa.
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Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço,
se o crime é cometido com o fim de obter prova destinada a
produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for
parte entidade da administração pública direta ou indireta.
1. Definição. Através do art. 346 do CPM, a legislação militar
contempla o tipo previsto no art. 342 do CP, contendo inclusive as
mesmas elementares daquele. Importa frisar que o dispositivo da
Legislação Castrense não foi alcançado pelas modificação impostas
através da lei nº 10268/01 ao art. 342 do CP.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO PENAL,
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ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346
2. Modificações introduzidas pela Lei nº 10.268/2001. A aludida lei
introduziu modificações no art. 342 doCP, no intuito de retificar
algumas falhas técnicas ali contidas. Primitivamente o artigo
continha 3 parágrafos, com o advento da lei, 2 parágrafos agora
integram o artigo. Ainda, a inclusão da pessoa do contador como
sujeito ativo do delito. Por fim, substituiu a expressão processo
policial por inquérito policial, tendo em vista a inexistência do
processo policial na legislação pátria.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO
PENAL, ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346

3. A figura da vítima. A vítima de qualquer ilícito penal


não é ouvida da qualidade de testemunha, tendo em
vista que possui interesse direto na causa, assim, se
prestar falsas declarações, não incorrerá no ilícito
capitulado pelo art. 342 do CP, pois não tem a
obrigação, por compromisso, de falar a verdade.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO
PENAL, ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346

4. As partes. No contexto do processo civil autor e réu


não estão sujeitos à prática do falso testemunho pois,
além do direto interesse na causa não têm a
obrigação, por compromisso, de falar a verdade.
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5. Pessoas que não prestam compromisso ao serem ouvidas em
Juízo. Os menores de 14 anos (CPP, arts. 203 e 206); os
ascendentes e descendentes; os irmãos; ou o cônjuge do réu ou da
vítima não prestam compromisso ao serem ouvidas em Juízo.
Quanto a essas pessoas a doutrina atual se divide quanto ao fato
de poderem ser sujeito ativo do delito de falso testemunho.
Para parte da doutrina os que não prestam compromisso incorrerão
no delito do art. 342 do CP, para outra parte eles incorrerão sim no
aludido delito.
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7. Participação. Assim como é inadmissível o concurso de pesoas,
também não existe a participação na figura típica do art. 342 do CP.
A figura do partícipe também é inexistente no art. 343 do CP.
8. Condutas típicas. Três são as condutas típicas integrantes do tipo
previsto no artigo 342 do Código Penal Brasileiro: afirmação falsa
(proferir mentira); negar a verdade (dizer que não é verdade
determinado fato quando se sabe que é); calar a verdade (deixar de
dizer a verdade, omiti-la, permanecer calado quando se sabe qual é
a verdade).
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – CÓDIGO
PENAL, ART. 342 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 346

9. Sujeitos.
a) Ativo. Testemunha; perito; contador; tradutor e
intérprete judiciais.
b) Passivo. A administração da justiça.
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Código Penal, art. 343
1. Tipo penal. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra
vantagem a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete,
para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em
depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação.
2. Sujeitos
a) ativo: qualquer pessoa.
b) passivo: Estado, primordialmente. Em segundo plano, pode ser a
pessoa prejudicada pelo depoimento ou pela falsa perícia.
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3. Elemento subjetivo do tipo. Dolo, exige-se elemento subjetivo
específico consistente na vontade de conspurcar a administração
pública. Não há forma culposa.
4. Objetos material e jurídico. O objeto material é a testemunha,
perito, contador, tradutor ou intérprete e o objeto jurídico é a
administração da justiça.
5. Classificação. Crime comum, formal, de forma livre, comissivo ou
omissivo impróprio, instantâneo, unissubjetivo, unissubsistente ou
plurissubsistente, forma em que admite a tentativa.
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO –CÓDIGO PENAL, ART. 344
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1. Conduta típica. "Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de
favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer
outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
policial ou administrativo, ou em juízo arbitral". Pena - reclusão, de 1 a 4
anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
2. Objetividade jurídica. A administração da justiça.
3. Sujeitos
a) Ativo: Qualquer pessoa.
b) Passivo: O Estado.
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO – CÓDIGO PENAL, ART.
Clique Aqui para
344
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4. Elementos normativos do tipo:
a) Violência: A violência tem que ser contra a pessoa
b) Grave ameaça: A ameaça tem ser capaz de intimidar o homem médio
5. Contra autoridade. A vítima da ameaça ou da violência tem que ser
Delegado de Polícia; Promotor de Justiça; Juiz; Partes (autor ou réu).
6. Elemento subjetivo do tipo. Dolo genérico mais a finalidade a alcançar
favorecimento próprio ou alheio.
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO
– CÓDIGO PENAL, ART. 344

7. Consumação. Evidenciada pela prática da violência ou da


grave ameaça.
8. Reiteração de ameaças. Se várias forem as ameaças, o crime
será único.
9. Classificação. Crime comum, formal, comissivo,
plurissubsistente, unissubjetivo, instantâneo.
10. Ação penal. Pública incondicionada.
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES – CÓDIGO
Clique Aqui para Editar
PENAL, ART. 345
o Título
1. Conduta típica. "Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer
pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite". Pena - detenção, de
15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa, além da pena correspondente à
violência.
Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa.
2. Objetividade jurídica. A administração da justiça
3. Elementos objetivos do tipo
a) Conduta: Satisfazer uma pretensão
b) Pretensão: Suposto direito do agente
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS
RAZÕES – CÓDIGO PENAL, ART. 345

4. Elementos subjetivos do tipo. Dolo genérico (intenção de


querer praticar a conduta típica) somado ao dolo específico
(satisfação de uma conduta, ainda que legítima).
5. Cobrança da dívida. Prevista nos arts. 42 e 71 do CDC (lei nº
8078/1990)
6. Elemento normativo do tipo. Evidencia-se na expressão "salvo
quando a lei". Ex. direito de retenção e penhor legal.
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES – CÓDIGO
Clique Aqui para Editar
PENAL, ART. 345
o Título
7. Consumação.
a) 1ª Corrente.
O crime já está perfeito somente com a violência, independente da
satisfação. É crime formal pois se consuma com a realização da
conduta tendente à satisfação da pretensão. (Luiz Régis Prado; Cezar
Roberto Bittencourt; Noronha; Damásio e Nucci). b) 2ª Corrente : Por
ser crime material, se perfaz com a satisfação da pretensão do agente.
(Nelson Hungria; Claudio Heleno Fragoso; Delmanto)
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS
RAZÕES – CÓDIGO PENAL, ART. 345

8. Ação penal
Se inexistir violência contra a pessoa a ação é de
iniciativa privada. Em havendo violência física contra a
pessoa é crime de ação pública incondicionada.
Clique Aqui para Editar o Título
Código Penal, art. 346
1. Conduta típica. É uma outra forma de exercício arbitrário das
próprias razões, realizada nas condutas de "Tirar, suprimir, destruir
ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por
determinação judicial ou convenção." Pena - detenção, de 6 (seis)
meses a 2 (dois) anos, e multa.
2. Componentes da conduta típica. Tirar, suprimir, destruir ou
danificar coisa própria, que se acha em poder de outrem.
3. Sujeitos Clique Aqui para Editar o Título
a) Ativo. Proprietário da coisa que se tirou, suprimiu, destruiu ou
danificou, quando se achava em poder de outrem.
b) Passivo. O Estado e a pessoa que se achava na posse do objeto
material do tipo (coisa móvel ou imóvel sob responsabilidade de outrem).
4. Tipo subjetivo: Dolo
5. Classificação. Crime próprio, material, de forma livre, comissivo, unis
subjetivo, plurissubsistente, instantâneo de conteúdo variável ou misto
alternativo.
6. Ação penal. Pública incondicionada.
FRAUDE Clique
PROCESSUAL – CÓDIGO PENAL, ART.
Aqui para Editar o Título 347
Conduta típica. "Inovar artificiosamente, na pendência de processo
civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa,
com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito". Pena - detenção, de 3
(três) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em
processo penal, ainda que não iniciado, as penas aplicam-se em
dobro.
A elementar do tipo acha-se presente no verbo inovar, que significa
modificar, alterar ou substituir.
FRAUDE Clique
PROCESSUAL – CÓDIGO PENAL, ART.
Aqui para Editar o Título 347
2. Objeto jurídico. A administração da justiça.
3.Sujeitos
a) Ativo: Qualquer pessoa.
b) Passivo: O Estado.
4. Inovação artificiosa
A inovação artificiosa consiste em modificar, alterar substituir
determinada situação referente ao estado de lugar de coisa ou de
pessoa.
5. Finalidade teleológica do tipo. Induzir a erro juiz ou perito.
ARREBATAMENTO DE PRESO – CÓDIGO PENAL, ART. 353
Clique Aqui para Editar o Título
1. Conduta típica. "Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do poder
de quem o tenha sob custódia ou guarda". Pena - reclusão, de 1 a 4
anos, além da pena correspondente à violência.
2. Objeto jurídico. Administração Pública.
3. Sujeito
a) Ativo. Qualquer pessoa, crime comum, podendo ser praticado
inclusive por funcionário público.
b) Passivo. Principal o Estado e, secundariamente, o preso
arrebatado.
ARREBATAMENTO DE PRESO – CÓDIGO PENAL,
ART. 353

4. Lugar do fato. Pouco importa: intramuros (dentro do


estabelecimento prisional) ou extra muros
5. Guarda ou custódia. Pode ser exercida por carcereiro, escolta
policial.
6. Momento consumativo. Trata-se de crime formal. Consuma-se
com o arrebatamento, não sendo necessário que o preso venha
a ser seviciado.
MOTIM DE
Clique Aqui –para
PRESOS CÓDIGO
EditarPENAL,
o TítuloART. 354
Conduta típica. "Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou
disciplina da prisão" Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, além da pena correspondente à violência.
2. Objetivo. O objetivo é a Administração Pública.
3. Sujeito ativo. Trata-se de crime coletivo ou de concurso necessário,
próprio, que só pode ser realizado pelos "presos".
4. Número de concorrentes necessários
5. Interpretação sistêmica. Mínimo de três pessoas.
6. Medida de segurança. A lei fala em presos e prisão, por isso
entende-se inexistir em relação à medidas.
MOTIM DE PRESOS – CÓDIGO PENAL, ART. 354

7. Conduta. Comportamento de rebeldia de pessoas presas,


agindo com reivindicações justas ou injustas, vingança.
8. Local do fato. Não há necessidade de ser no presídio, por
ser em ocasião de transferência.
9. Momento consumativo. É crime material. Consuma-se com
a efetiva perturbação da ordem e disciplina.
10. Violência contra a coisa.
MOTIM DE PRESOS – CÓDIGO PENAL, ART. 354

1ª corrente ? a expressão violência abrange a cometida contra


a pessoa e coisa, havendo concurso material.
2ª corrente ? a expressão violência abrange somente a
empregada contra a pessoa.
Damásio filia-se à primeira. Havendo lesão e morte, responde
por esses crimes, além do motim; haverá concurso material.
Da mesma forma ocorrendo crime de dano.
CORRUPÇÃO PASSIVA
Clique – CÓDIGO
Aqui para PENAL,
Editar o Título ART. 317
1. Crime comum ou militar. A corrupção passiva está tipificada tanto no
direito penal ordinário (art. 317 do CPB) quanto no direito penal militar (art.
308 do CPM)
2. Corrupção eleitoral. No Código Eleitoral (Lei nº 4737/65) está previsto
também a corrupção passiva como crime eleitoral.
A referida lei sofreu modificações introduzidas pela lei nº 9504/97 entretanto,
os tipos penais continuam sendo disciplinados pela lei nº 4737/65.
O tipo penal aqui descrito é de conteúdo alternativo porque traz vários
verbos contemplando tanto a corrupção passiva quanto a ativa.
DO PATROCÍNIO INFIEL – CÓDIGO PENAL, ART.
Clique Aqui para Editar o Título 355
1. Conduta típica. "Trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever
profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é
confiado". Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.
2. Sujeitos
2.a) Ativo: Advogado ou procurador judicial (defensor público, procuradores
estaduais, municipais, federais, distritais, estagiários).
2.b) Passivo: O Estado.
3. Verbo nuclear. O verbo nuclear é o verbo trair, que significa ser infiel,
desleal, enganar os deveres profissionais.
DO PATROCÍNIO INFIEL – CÓDIGO PENAL, ART.
Clique Aqui para Editar o Título 355
4. Deveres profissionais
5. Prejuízos. São considerados como prejuízos os danos materiais e morais.
A expressão "prejudicando interesse" significa a modificação do mundo
exterior.
6. Patrocínio. Ocorre tanto nas causas cíveis quanto nas criminais. O
patrocínio infiel em inquéritos policiais configura conduta atípica, e em
procedimentos extrajudiciais também desconfigura a conduta típica do art.
355 do CPB.O artigo é taxativo em mencionar o termo processo, portanto, o
patrocínio infiel só pode acontecer na esfera dos processos judiciais.
Clique Aqui para Editar o Título
7. Patrocínio simultâneo ou tergiversação (Parágrafo único).
"Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador judicial que
defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, partes
contrárias".7.a) Patrocínio simultâneo. Ocorre quando o advogado
faz jogo com as duas partes, orientando ao mesmo tempo autor e
réu.7.b) Tergiversação ou patrocínio sucessivo. Ocorre quando o
advogado desiste do patrocínio da causa de seu cliente para
patrocinar a causa ex adversa.
Clique Aqui para Editar o Título
8. Consumação e tentativa. No patrocínio infiel, caput do art. 355, a
consumação será quando do prejuízo em face da traição (crime
material); no caso do parágrafo único, tergiversação ou patrocínio
sucessivo, ocorre com o ato processual tendente a beneficiar a
parte contrária (crime formal, porque não exige o efetivo prejuízo).
9. Classificação. Crime próprio (só praticado por advogado ou
procurador judicial), material (caput), formal (parágrafo único),
plurissubsistente, unis subjetivo, instantâneo, comissivo e omissivo.
10. Ação penal. Pública incondicionada.
VIOLAÇÃO OU FRAUDE EM ARREMATAÇÃO JUDICIAL – CÓDIGO
Clique Aqui para Editar
PENAL, ART. 358
o Título
1. Tipo penal. Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial,
afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de
violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem.
2. Sujeitos
a) ativo: qualquer pessoa.
b) passivo: Estado, podendo em segundo plano, figurar o terceiro
prejudicado (participante da arrematação ou licitante).
3. Elemento subjetivo do tipo. Dolo, não se exige o elemento
subjetivo específico. Não há forma culposa.
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4. Objetos material e jurídico. O objeto material pode ser a
arrematação judicial ou a pessoa que participa desta e o objeto
jurídico é a administração da justiça.
5. Classificação. Crime comum, formal, comissivo ou omissivo
impróprio, instantâneo, unis subjetivo, plurissubsistente, admite a
tentativa.
6. Concurso de crimes. Exige o tipo penal que, havendo violência, a
pena correspondente ao seu emprego seja aplicada em concurso
com a do delito previsto no art. 358.
DESOBEDIENCIA A DECISAO JUDICIAL SOBRE PERDA OU
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SUSPENSÃO DE DIREITO – CÓDIGO PENAL, ART. 359
1. Tipo penal. Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a
pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da
justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha.
2. Sujeitos
a) ativo: somente a pessoa suspensa ou privada de direito por decisão
judicial.
b) passivo: Estado.
3. Elemento subjetivo do tipo. Dolo, não se exige o elemento subjetivo
específico. Não há forma culposa.
DESOBEDIENCIA A DECISAO JUDICIAL SOBRE PERDA OU
SUSPENSÃO DE DIREITO – CÓDIGO PENAL, ART. 359

4. Objetos material e jurídico. O objeto material é a


função, atividade, direito, autoridade ou múnus e o
objeto jurídico é a administração da justiça.
5. Classificação. Crime próprio, formal, de forma livre,
comissivo, habitual, unis subjetivo, plurissubsistente,
não admite a tentativa.
DA PREVARICAÇÃO – CÓDIGO PENAL , ART. 319 / CÓDIGO
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PENAL MILITAR, ART. 319
Título
Do latim praevaricare que significa faltar com os deveres do cargo
1. Objeto jurídico. Proteger o prestígio da Administração Pública
2. Sujeito
a) Ativo. Funcionário público no exercício da função
b) Passivo. O Estado
3. Análise do núcleo do tipo. "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente,
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal". O tipo penal tem seu núcleo composto
por 3 verbos: retardar, deixar de praticar, praticar.
DA PREVARICAÇÃO – CÓDIGO PENAL , ART. 319
/ CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 319

4. Classificação. Crime próprio - somente pode ser praticado por


funcionário público, se retirada a qualidade o fato torna-se atípico -
formal - comissivo - instantâneo - unis subjetivo - plurissubsistente -
de ação múltipla - de conteúdo variado ou alternativo.
5. Elemento subjetivo do tipo. É o dolo, ou seja a vontade
específica de prevaricar. O interesse pessoal está ligado ao
sentimental.
DA PREVARICAÇÃO – CÓDIGO PENAL , ART. 319
/ CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 319

6. Diferença entre a prevaricação comum e a militar. A


prevaricação comum está prevista no art. 319 do CP e
é punida com pena de detenção de 3 meses a 1 ano
mais multa, sendo aplicada a normatização prevista na
lei nº 9099/95.
DA PREVARICAÇÃO – CÓDIGO PENAL , ART. 319
/ CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 319

A prevaricação militar está prevista no art. 319 do Código


Penal Militar e é punida com pena de 6 meses a 2 anos.
Verifica-se então que a diferença principal entre as duas
tipificações do delito está na pena aplicada.
7. Ação penal. Pública incondicionada
8. Legislação especial
PREVARICAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL:

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou


agente público, de cumprir seu dever de vedar ao
preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou
similar, que permita a comunicação com outros presos
ou com o ambiente externo:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
DA CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA – CÓDIGO PENAL, ART. 320 /
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CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 322
1. Definição jurídica. A condescendência criminosa consiste em "deixar o
funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o
fato ao conhecimento da autoridade competente, punível com pena de
detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa".
A terminologia é imprópria porque não se trata apenas do fato de um
funcionário público ser condescendente com outro que tenha tido conduta
criminosa mas também, se aquele tiver cometido qualquer falta disciplinar.
DA CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA – CÓDIGO PENAL,
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ART. 320 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 322
A condescendência criminosa é praticada pelo funcionário público
que, por indulgência, benevolência ou tolerância, deixa de
responsabilizar subalterno hierárquico que tenha cometido crime,
contravenção penal ou qualquer falta disciplinar. Também comete o
delito em estudo o funcionário público que, embora não seja
superior hierárquico daquele que tenha cometido crime,
contravenção penal ou qualquer falta disciplinar, deixa de levar o
fato ao conhecimento da autoridade competente para puni-lo.
DA CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA – CÓDIGO PENAL,
ART. 320 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 322

2. Bem jurídico. A Administração Pública.


3. Sujeitos.
a) ativo. Funcionário público
b) passivo. O Estado
4. Tipo subjetivo. Indulgência, benevolência ou tolerância; no
Direito Penal Militar além disso, a negligência.
DA CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA – CÓDIGO PENAL, ART. 320 /
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CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 322
5. Condutas típicas
Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que
cometeu infração no exercício do cargo;
Deixar o funcionário, por indulgência, de levar ao conhecimento de
autoridade competente para punir, o fato de que outro funcionário público
tenha cometido infração no exercício do cargo, evitando assim que o infrator
seja responsabilizado.
6. Consumação. Com a omissão
7. Tentativa. Inadmissível porque o delito é omissivo próprio.
8. Classificação.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA – CÓDIGO PENAL, ART. 321 /
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CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 324
1. Definição jurídica. O termo advocacia é impróprio e indevido pois nada tem a
ver com a função do advogado. O delito consiste em "patrocinar, direta ou
indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se
da qualidade de funcionário; punível com pena de detenção, de 1 (um) a 3
(três) meses, ou multa. Se o interesse é ilegítimo a pena é de detenção, de 3
(três) meses a 1 (um) ano, além da multa".
No Direito Penal Militar a incorreção no nomem iuris é desfeita, naquele
diploma legal a nomenclatura usada é "patrocínio indébito". Importa salientar
que no projeto de reforma do CPB o presente tipo adota a nomenclatura do
CPM.
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA – CÓDIGO PENAL,
ART. 321 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 324

2. Análise do núcleo do tipo. O verbo núcleo do tipo é patrocinar,


significa proteger ou beneficiar. É a figura do funcionário público
relapso que relega seu serviço a um segundo plano e passa a
defender interesses privados, legítimos ou ilegítimos, ante a
Administração Pública.
3. Sujeitos
a) ativo. Funcionário público
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA – CÓDIGO PENAL,
ART. 321 / CÓDIGO PENAL MILITAR, ART. 324

b) passivo. A Administração Pública


4. Desnecessidade de ser advogado. Tendo em vista
que o funcionário público é impedido de exercer a
advocacia, é desnecessária a qualidade de advogado
ao autor para que o delito se configure.
EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO
OU PROLONGADO – CÓDIGO PENAL, ART. 324

1. Análise do núcleo do tipo. Entrar no exercício


significa iniciar o desempenho de determinada
atividade; continuar a exercê-la quer dizer prosseguir
no desempenho de determinada atividade. O objeto é
a função pública.
EXERCÍCIO FUNCIONAL ILEGALMENTE ANTECIPADO OU PROLONGADO –
CliqueCÓDIGO
Aqui PENAL,
para ART.
Editar
324 o Título
2. Sujeitos.
a) ativo: somente funcionário público nomeado, porém sem ter tomado
posse; na segunda hipótese, há de estar afastado ou exonerado.
b) passivo: Estado.
. Elemento subjetivo do tipo. É o dolo. Não se exige elemento subjetivo
específico, nem se pune a forma culposa. Na segunda figura, há apenas o
dolo direto. Inexiste forma culposa.
. Elemento normativo do tipo. A expressão “sem autorização” indica a
ilicitude da conduta, ao passo que a continuidade do exercício, devidamente
permitida pela administração pública, não configura o tipo penal.
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL – CÓDIGO PENAL, ART. 325
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1. Análise do núcleo do tipo. Revelar significa fazer conhecer ou
divulgar; facilitar a revelação quer dizer tornar sem custo ou esforço
a descoberta. O objeto é o fato que deva permanecer em segredo.
2. Sujeitos
a) ativo: o funcionário público, abrangendo o aposentado ou em
disponibilidade.
b) passivo: o Estado, secundariamente, a pessoa prejudicada com
a revelação.
VIOLAÇÃO DE SIGILO FUNCIONAL – CÓDIGO PENAL, ART. 325
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3. Elemento subjetivo do tipo. O dolo, não existe a forma culposa,
nem se exige elemento subjetivo do tipo específico.
4. Objetos material e jurídico. O objeto material é a informação
sigilosa. O objeto jurídico é a administração pública, nos interesses
material e moral.
5. Classificação. Crime próprio, formal, de forma livre, comissivo e,
excepcionalmente, omissivo impróprio, instantâneo, unis subjetivo,
unis subsistente ou plurisusistente, forma em que se admite a
tentativa.
REFERÊNCIA

Cunha, Rogério Sanches. Manual de direito penal:


parte especial (arts. 121 ao 361). Salvador, JusPOIVM,
2020.

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