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ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
PROFA. ELITA MORAIS DORVILLÉ
CRIMES CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Comunicação falsa de crime ou de contravenção (art. 340)
Crime doloso;
Crime comum;
Crime monossubjetivo.
CRIMES CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PONDERAÇÃO SOBRE O TIPO PENAL:
A primeira observação importante a se fazer é não confundir com os crimes de denunciação
caluniosa (art.339) e a auto-acusação falsa (art.341).
A exigência nesse tipo penal em específico é a penas a provocação, não se exige,
necessariamente, a instauração de inquérito, processo, etc.
Aqui também não há a imputação desse crime ou contravenção diretamente para alguém em
específico, se assim fosse se estaria diante do crime de denunciação caluniosa.
A consumação ocorre no momento em que a autoridade realiza a ação em decorrência da
provocação/comunicação.
É possível a tentativa.
E para aquele que comunica a ocorrência de crime ou contravenção diferente daquela que de
fato ocorreu? Ou que que noticia crime ou contravenção que não ocorreu com o propósito de
cometer outro crime?
CRIMES CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Auto-acusação falsa (art. 341)
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
O tipo aqui descrito não engloba a contravenção penal.
Outra observação importante aqui é com relação a expressão autoridade, não é exclusivamente
a autoridade policial.
Crime doloso;
Crime comum;
Crime de consumação instantânea;
Admite a tentativa;
CRIMES CONTRA A
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Falso testemunho ou falsa perícia (art. 342)
Art. 342 Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador,
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Estamos diante de 3 condutas criminosas: fazer afirmação falsa, negar a verdade ou calar a
verdade.
Crime de mão-própria, afasta a possibilidade co-autoria.
Crime doloso.
Admite tentativa.
Essa afirmação falsa, ou negação da verdade ou calar a verdade precisa ser algo relevante e
importante no processo judicial, ou administrativo, ou inquérito policial, pu em juízo arbitral, como
descrito no tipo penal.
CRIMES CONTRA A
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CORRUPÇÃO ATIVA DE TESTEMUNHA (ART.343)
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade em
depoimento, perícia, cálculos, tradução ou interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o
fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que
for parte entidade da administração pública direta ou indireta.
Crime comum;
Crime doloso;
Crime monossubjetivo;
Crime formal.
CRIMES CONTRA A
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Coação no curso do processo (art.344)
Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo,
ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Se exige neste tipo penal a violência ou a grave ameaça.
Importante perceber que há uma finalidade no tipo penal descrito, ou seja, que é de favorecer interesse próprio ou
alheio.
Importante também verificar que o tipo penal, ao descrever a pena, estabelece a possibilidade de concurso de
crimes, porque, se há violência, além da pena exposta no art. 344 responderá também pela pena correspondente à
violência.
Crime formal;
Se admite a tentativa.
Crime formal;
É possível a tentativa.