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Resumo do livro

A CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS VIVOS DO MAR1

O texto aborda a preocupação com a conservação dos recursos


vivos do mar, destacando a importância dos alimentos
provenientes do mar para a nutrição global. Apresenta dados sobre
a produção comercial de peixes e a preocupação com a diminuição
desses recursos. Destaca a pressão crescente devido ao aumento
populacional e a possível escassez alimentar, enfatizando a
necessidade de ações globais, regionais ou bilaterais para regular
a pesca. Menciona as Convenções sobre o Direito do Mar de 1982
e a de Genebra de 1958 como principais instrumentos
internacionais para abordar a conservação dos recursos marinhos.
Ressalta a importância da definição de conservação e a tentativa
de encontrar soluções para crises na pesca. Conclui destacando a
necessidade de medidas positivas e acordos internacionais para
reverter prognósticos pessimistas, incluindo a proteção dos
manguezais e o combate à poluição do mar.

A REGULAMENTAÇÃO INTERNACIONAL DA PESCA1

O texto aborda o contexto pós-Segunda Guerra Mundial,


destacando a constatação de que os recursos vivos do mar não
eram inesgotáveis devido ao aumento comercial da pesca,
especialmente pelas frotas pesqueiras da URSS e do Japão. O
presidente dos EUA, Harry Truman, em 1945, ao proclamar zonas
de conservação da pesca nas áreas de alto-mar contíguas às
costas dos EUA, abriu caminho para declarações unilaterais de
outros países, consolidando reivindicações sobre áreas marítimas.
Em 1958, a Conferência sobre o Direito do Mar aceitou a noção da
zona contígua, mas não em relação à pesca, resultando em
impasses.

Posteriormente, em 1973, uma conferência sobre o direito do mar


abordou questões como pesca e conservação dos recursos vivos
do alto-mar, preservação do meio marinho e pesquisa científica.
Houve um reconhecimento do erro cometido em 1958 ao não
admitir uma extensão da jurisdição estatal além do mar territorial.
Em 1974, os EUA aceitaram a criação da Zona Econômica
Exclusiva (ZEE) de 200 milhas, desde que fossem garantidos
direitos como passagem inocente e sobrevoo. A Convenção de
1982 reconheceu os direitos de soberania para exploração e
gestão dos recursos na ZEE, delineando também normas para
pesca em diferentes zonas do mar.

O texto destaca a evolução das regulamentações internacionais da


pesca, incluindo a adoção da ZEE como parte do antigo alto-mar e
a definição de direitos e deveres dos estados costeiros e demais
países em relação à pesca. A Convenção de 1982 detalha regras
específicas para a pesca de diferentes espécies, refletindo a
preocupação com a preservação dos recursos vivos do mar.

A REGULAMENTAÇÃO INTERNACIONAL DA PESCA


(SEGUNDA VERSÃO)1
1. A liberdade dos mares
O texto destaca a complexidade das negociações sobre a pesca
durante as discussões da Convenção sobre o Direito do Mar. John
H. Stevenson, da delegação dos Estados Unidos, expressou
preocupação com a complexidade do problema da pesca,
ressaltando que as alterações nas regras internacionais afetariam
todos os estados e que as questões relacionadas à pesca
transcenderiam soluções nacionais devido à natureza migratória
dos peixes.

A aceitação da criação da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) pelos


Estados Unidos e outros países, em troca de garantias
estratégicas, não resolveu completamente as questões
relacionadas à pesca. O texto menciona que os estoques de peixes
disponíveis têm diminuído ao longo dos anos.

O direito internacional, baseado no princípio da liberdade dos


mares, permitiu por muito tempo o acesso irrestrito das grandes
potências marítimas aos oceanos. A ideia de que os recursos vivos
do mar eram inesgotáveis foi fundamentada cientificamente, apesar
de não ser pacífica. No século XIX, tratados foram negociados
entre nações interessadas, mas o apego ao critério das 3 milhas e
a liberdade no restante dos oceanos obstaculizaram tentativas de
ampliar a zona de pesca. Mesmo quando a Grã-Bretanha
aumentou os limites do mar territorial em 1964, justificou a
mudança com a necessidade de neutralizar a competição
estrangeira e as perdas na indústria pesqueira. John Colombos
argumentou que a questão das três milhas sobre águas territoriais
deveria ser tratada de maneira diferente da extensão dessas águas
para fins de pesca, destacando a diferença entre os dois assuntos.

2. As medidas unilaterais de proteção à pesca

O período pós-Segunda Guerra Mundial trouxe mudanças


significativas, com o surgimento de novos países, o aumento de
potências pesqueiras como Japão e URSS, aumento populacional
e reivindicações sobre zonas de pesca. Em 1945, o presidente dos
EUA, Harry Truman, assinou a "Fisheries Proclamation", criando
zonas exclusivas de pesca. A Argentina, em 1946, reivindicou
soberania sobre o mar epicontinental. O Peru, Chile e Equador, em
1952, reivindicaram soberania exclusiva sobre o mar até 200
milhas. A tese das 200 milhas foi apresentada na Conferência de
1958 em Genebra, mas não foi aceita.

O Brasil adotou a extensão do mar territorial para 200 milhas em


1970, com o Decreto-Lei nº 1.098. A Convenção de 1982 enfrentou
dificuldades devido a essa decisão e à declaração de que o solo e
subsolo do leito do mar eram patrimônio comum da humanidade. O
governo brasileiro regulamentaria a pesca, reservando as primeiras
100 milhas para embarcações nacionais.

A Noruega, em 1935, definiu suas águas territoriais usando linhas


de base retas, restringindo a liberdade de pesca. A Corte
Internacional de Justiça, em 1935, decidiu que o método não era
contrário ao direito internacional, considerando a linha externa do
skjaergaard na delimitação das águas territoriais norueguesas.
3. A Conferência de Genebra de 1958

A Comissão de Direito Internacional incluiu as questões do direito


do mar em sua agenda devido às dúvidas sobre a proteção
adequada à fauna marinha. A Convenção sobre a Plataforma
Continental, adotada em 1958, buscou codificar regras aceitáveis,
reconhecendo a necessidade de proteção contra o desperdício ou
extermínio que ameaçava o fornecimento mundial de alimentos. A
Corte Internacional de Justiça, em 1960, decidiu que não havia um
método único obrigatório de delimitação da plataforma continental e
que a negociação era preferível.

No caso da "guerra da lagosta" com a França em 1962-1963, a


Convenção sobre a Plataforma Continental serviu como pano de
fundo. Pesqueiros franceses foram apreendidos além das 12
milhas, e a disputa girava em torno da interpretação do termo
"recursos naturais" no artigo da Convenção. O Brasil sustentou que
deveria incluir a lagosta, enquanto a França argumentava que se
referia apenas a recursos minerais.

É notável mencionar que, na época, o Brasil não ratificou nenhuma


das Convenções de 1958, apesar da aprovação pelo Congresso
Nacional em outubro de 1968.

4. A Convenção sobre Direito do Mar em 1982


Em 1967, o representante de Malta perante as Nações Unidas discutiu
os avanços na exploração dos mares, especialmente dos fundos
oceânicos, ricos em minérios como nódulos de manganês, cobre,
níquel, ferro, petróleo e gás natural. Esses conceitos levaram, em 1970,
à declaração do leito marinho e do subsolo como patrimônio comum da
humanidade. Em 1973, uma conferência sobre o direito do mar foi
convocada para abordar questões como pesca, conservação dos
recursos vivos no alto-mar, preservação ambiental e pesquisa científica.

O erro percebido em 1958 e 1960, que não permitiu uma extensão da


jurisdição estatal além do mar territorial, foi corrigido. Países em
desenvolvimento, incluindo africanos, passaram a defender uma zona
econômica de 200 milhas. A partir de 1970, o Brasil também pleiteou
uma extensão de 200 milhas para seu mar territorial, enfatizando a
soberania sobre a zona, leito e subsolo.
A revisão do direito do mar foi realizada na Conferência das Nações
Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS), que começou em 1973 e
terminou em dezembro de 1982. A Convenção resultante foi assinada
em Montego Bay em dezembro de 1982, consistindo em 320 artigos e
nove anexos. Entrou em vigor em 16 de novembro de 1994, mas alguns
países importantes, como Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha,
França, Japão e Rússia, não a assinaram ou ratificaram. Além disso,
dos 60 países que a ratificaram, apenas contribuem com 4,29% dos
gastos, sendo o Brasil o maior contribuinte.

5. Os limites das zonas de pesca

O texto aborda as mudanças na regulação das águas oceânicas pelo


direito internacional, especialmente após a Segunda Guerra Mundial e a
introdução da Convenção sobre o Direito do Mar. Atualmente, existem
seis zonas distintas com diferentes regimes: águas fluviais, águas
interiores, mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva e
alto-mar.

O tema da pesca em rios internacionais é discutido, destacando a falta


de atenção prévia da doutrina devido à questão de soberania,
resolvendo-se geralmente por meio de negociações entre as nações
envolvidas. O texto também menciona a Convenção de 1982, que
aborda o direito de pesca em rios nacionais, especialmente para
espécies que passam parte de sua vida em águas doces e parte no
mar.

O conflito entre Estados Unidos e Canadá relacionado à pesca do


salmão é detalhado, incluindo medidas recentes do Canadá para reduzir
a pesca pelos Estados Unidos. O texto destaca a necessidade de
consultas entre estados costeiros e interessados ao pescar além dos
limites da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) em alto-mar.

Além disso, a discussão sobre águas interiores e a regulamentação


relacionada à proteção dos oceanos são abordadas, com referência aos
estudos apresentados na Conferência do Rio de 1992 e à inclusão na
Agenda 21, especificamente no capítulo 17.

A POLUIÇÃO RADIOATIVA DO MAR1


O texto aborda a modificação da Convenção de Londres sobre o
alijamento de detritos no mar em novembro de 1994, proibindo o
depósito de resíduos radioativos no oceano. Desde as explosões em
Bikini, havia preocupação com os efeitos nocivos da poluição radioativa
no meio marinho. Inicialmente, a Convenção permitia o alijamento de
resíduos radioativos de baixo teor com autorização especial.

Em 1983, Kiribati e Naurú propuseram a proibição total do alijamento,


citando efeitos nocivos e dependência de recursos marinhos. As
potências nucleares contestaram, alegando falta de evidências
científicas. Após um impasse, foi adotada uma moratória contra o
alijamento e criado um grupo intergovernamental (IGPRAD) para
analisar argumentos científicos, políticos, legais, sociais e econômicos.

O IGPRAD, dividido em grupos de trabalho, apresentou conclusões


divergentes. Cientistas defendiam o alijamento sob regulamentos da
Agência Internacional de Energia Atômica, enquanto o segundo grupo
criticava o alijamento, especialmente do ponto de vista político e social.
O relatório final apresentou sete opções, com a maioria favorecendo a
proibição total, enquanto Grã-Bretanha e França apoiaram uma
suspensão de quinze anos, sujeita a reavaliação.

O Brasil, que nunca praticou o alijamento, enfrenta a questão do destino


dos resíduos acumulados no país, destacando a necessidade de
abordar essa questão sem mais delongas.

A POLUIÇÃO DO MAR POR ALIJAMENTO 1

O texto aborda o conceito de "alijamento" (depósito de resíduos no


mar) e sua importância no contexto internacional, destacando a
Convenção de Londres sobre o Aljamento de Detritos no Mar. A
definição de alijamento inclui qualquer lançamento deliberado de
detritos no mar a partir de várias fontes, como embarcações,
aeronaves e plataformas.

Historicamente, o alijamento foi considerado aceitável devido à crença


na capacidade autodepurativa do mar. No entanto, o aumento da
poluição industrial levou à necessidade de medidas preventivas
internacionais. A Convenção de Londres, de 1954, foi o primeiro
instrumento internacional de proteção ambiental, inicialmente focado
na poluição por óleo.
O texto destaca a evolução da regulamentação, mencionando a
Convenção para a Prevenção da Poluição por Navios (MARPOL) em
1973, que abordou novas formas de poluição, incluindo por plásticos.
Nas discussões sobre a Convenção sobre o Direito do Mar de 1982, o
Brasil expressou preocupação com a vinculação da legislação a
decisões de organizações internacionais.

Especial atenção é dada ao alijamento de materiais radioativos. Kiribati


e Nauru propuseram uma proibição total em 1983, levando à criação de
uma moratória e a formação do Painel Intergovernamental de Peritos
sobre Resíduos Radioativos (IGPRAD) para avaliar impactos. A
organização também abordou a questão da incineração de produtos
químicos em alto-mar.

O texto destaca a preocupação com a poluição da Antártida devido ao


alijamento. Apesar de alguns novos membros do Tratado da Antártida
não serem partes na Convenção de Londres, há expectativas de que
suas normas sejam aplicadas na região polar, dada a ênfase dos países
ligados ao tratado nas questões ambientais.

A POLUIÇÃO DO MAR POR ÓLEO: EXEMPLO


INTERNACIONAL1

O texto destaca a reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente


(Conama) em junho de 1990, presidida por José Lutzenberger, para
avaliar a poluição de zonas costeiras por óleo. O autor destaca a
preocupação internacional com derramamentos de óleo, mencionando o
acidente com o petroleiro norueguês "Mega Borg" e comparando-o ao
desastre do "Exxon Valdez" no Alasca em 1989.

O autor defende que o problema deve ser abordado internacionalmente


e destaca a importância das convenções internacionais sobre poluição
marinha, principalmente aquelas conduzidas pela Organização Marítima
Internacional desde 1954. Ele enfatiza as modificações feitas na
convenção de 1954 em 1962, com destaque para os artigos VII e VIII,
que obrigam as partes a evitar descargas de óleo no mar.
O texto também menciona o desastre do petroleiro "Torrey Canyon" em
1967, que resultou em uma conferência em Bruxelas para discutir
responsabilidade civil por danos causados por poluição do mar por óleo.
Duas convenções foram firmadas, uma sobre responsabilidade civil e
outra sobre intervenção em alto-mar em caso de poluição por óleo. O
autor destaca que o Brasil ratificou apenas a primeira.

Outro ponto abordado é a criação do Fundo Internacional de


Compensação por Dano causado por Óleo em 1971, que não foi
ratificado pelo Brasil. O texto ressalta ainda a preocupação com a
poluição do mar por substâncias além do óleo, levando à criação da
convenção MARPOL em 1973 e suas modificações em 1978.

O autor conclui destacando que a implementação dessas convenções


pelo Brasil, por meio de um pronunciamento formal do Conama e envio
ao Congresso Nacional pelo Itamaraty, poderia melhorar
significativamente a situação da poluição marinha no país

PROTEÇÃO DOS MARES E DOS OCEANOS1

O texto aborda diversos aspectos relacionados à proteção e preservação do meio


marinho, especialmente no contexto da Convenção sobre o Direito do Mar assinada
em 1982. Aqui estão alguns pontos-chave do texto:

Contextualização da Convenção sobre o Direito do Mar (CDM):


● Assinada em Montego Bay em 1982.
● Entrou em vigor em 1994.
● Parte XII (artigos 192-237) trata da proteção e preservação do meio
marinho.
Normas Ambientais e Limitações:
● Críticas à eficácia das normas adotadas na Convenção em relação ao
meio ambiente marinho.
● Destaque para a Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente de
1972.
● Agenda 21 (Capítulo 17) enfatiza a importância do meio marinho no
desenvolvimento sustentável.
Poluição Marinha:
● Ênfase na prevenção, redução e controle da poluição marinha.
● Definição de poluição marinha como a introdução de substâncias ou
energia no meio marinho causando efeitos nocivos.
● Três elementos constitutivos da poluição: ação humana, efeitos
nocivos e ocorrência em outro estado ou jurisdição nacional.
Convenções e Tratados Relacionados à Poluição Marinha:
● Convenções da Organização Marítima Internacional (OMI) sobre
poluição por óleo e rejeitos radioativos.
● Referência a convenções regionais para a proteção de áreas
específicas, como Oslo, Paris, Helsinque, Atenas e Bucareste.
● Programa Regional Seas do PNUMA desde 1947.
Poluição de Origem Terrestre:
● Responsável por pelo menos 80% da poluição marinha.
● Artigos 207 e 213 da CDM abordam a poluição de origem terrestre.
Poluição na "Área" (leito do mar, fundos marinhos e subsolo):
● Inovações na abordagem da poluição proveniente da exploração de
recursos minerais na Área.
● Obrigação de evitar prejuízo por poluição a outros estados e ao meio
ambiente.
Poluição por Alijamento:
● Definição de alijamento como o lançamento deliberado no mar de
detritos e outras matérias.
● Artigo 210 da CDM estabelece medidas para prevenir, reduzir ou
controlar a poluição por alijamento.
Poluição Proveniente de Embarcações:
● Referência à MARPOL e à OMI.
● Distinção entre descarga e alijamento.
● Competência da legislação do pavilhão em conflitos.
Poluição Proveniente da Atmosfera:
● Artigo 212 trata da poluição atmosférica.
● Ênfase em estabelecer regras e normas para prevenir, reduzir ou
controlar a poluição atmosférica.

O texto fornece uma visão abrangente das questões relacionadas à proteção dos
mares e dos oceanos, destacando a complexidade das regulamentações e desafios
associados.

O texto aborda a Convenção sobre o Direito do Mar (CDM), assinada em 1982,


enfocando sua Parte XII, que trata da proteção e preservação do meio marinho.
Critica as normas ambientais da CDM por estarem desatualizadas desde a década
de 70. Destaca a obrigação geral dos estados de proteger e preservar o meio
marinho. Menciona a Agenda 21 e outras convenções internacionais que lidam
com a poluição marinha, incluindo por óleo, rejeitos radioativos e atividades em
regiões específicas.

Aborda a poluição do meio marinho, definindo-a como a introdução de substâncias


ou energia com efeitos nocivos. Explora a poluição de origem terrestre,
responsável por 80% da poluição, com ênfase na necessidade de medidas
preventivas, leis e regulamentos. Aborda a poluição proveniente de atividades na
"Área" (leito do mar e subsolo além da jurisdição nacional) e destaca desafios na
definição do dano causado pela poluição.

Discute o alijamento deliberado no mar, a poluição proveniente de embarcações e a


importância da Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios
(MARPOL). Enfatiza a dificuldade na definição de dano importante e sério causado
pela poluição. Aborda a poluição atmosférica, incluindo a proveniente de
embarcações, e a busca por normas e regras para preveni-la.

Em resumo, o texto destaca a preocupação internacional em prevenir, reduzir e


controlar a poluição marinha, abordando diversas fontes e regulamentações
específicas, enquanto ressalta desafios na definição e medição do dano causado
pela poluição.

A DEFESA DO ALTO-MAR

O texto aborda o princípio da liberdade do alto-mar no Direito Internacional,


remontando a Grocius em 1625. Além do alto-mar, outros espaços internacionais
como fundos marinhos, espaço ultraterrestre e Antártida são destacados, sendo
regulamentados por tratados como a Convenção do Direito do Mar de 1982.

Inicialmente, a noção de recursos marinhos inesgotáveis e capacidade oceânica


ilimitada é discutida, especialmente no contexto da pesca predatória e poluição. A
história da liberdade do mar é associada ao apoio das potências marítimas, com
relutância em estabelecer regras precisas.

O texto menciona a Convenção de Genebra de 1958 sobre o Alto-Mar e a


Declaração de Estocolmo de 1972, ressaltando a preocupação com a poluição
marinha e a necessidade de medidas preventivas.

A Convenção do Direito do Mar de 1982 é destacada, abordando a proteção do


meio marinho e o direito de pesca em alto-mar. O documento ressalta que muitos
dispositivos são do tipo "soft law", exortando países a agir, mas sem impor normas
rígidas.

Questões sobre a pesca em alto-mar são abordadas, incluindo divergências na 4ª


PrepCom e a oposição do Canadá à pesca em sua zona econômica exclusiva. O
texto destaca a abordagem do ecossistema como critério, gerando divergências,
especialmente com os EUA.

A discussão sobre os fundos marinhos na Convenção de 1982 é mencionada,


enfatizando a necessidade de evitar a apropriação unilateral desses recursos. A
responsabilidade por danos ao meio ambiente do alto-mar é complexa, com
destaque para a falta de clareza sobre quem pode responsabilizar um estado
faltoso.

O texto conclui sugerindo que a Conferência do Rio pode não oferecer soluções
definitivas para esses problemas complexos do direito internacional.
A GUERRA DO GOLFO E A POLUIÇÃO DO MAR1

A Convenção sobre Preparação, Resposta e Cooperação em caso de Poluição por


Óleo foi assinada em 30 de novembro de 1990 na sede da Organização Marítima
Internacional (OMI). Em fevereiro de 1991, diante do desastre ecológico causado
pelo derramamento de óleo no Golfo Pérsico, o autor questiona se a OMI deveria
reavaliar a questão da poluição marítima. O texto destaca a história da
regulamentação sobre poluição por óleo, desde a Convenção Internacional de 1954
até os eventos mais recentes, incluindo o desastre do Exxon Valdez. Aborda a
responsabilidade civil, a criação de fundos internacionais e as medidas adotadas
para prevenir e remediar a poluição do mar por óleo. A possível revisão de tratados
internacionais e a questão da responsabilidade do poluente, exemplificada pela
situação no Golfo Pérsico, são discutidas, considerando o impacto nas iniciativas
da Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, da OMI e da Agência
Internacional de Energia Nuclear.

OS RIOS E OS POVOS1
O texto destaca a importância histórica dos rios na vida das civilizações,
desde as antigas até as mais recentes como Roma, Paris e Londres. O
uso inicialmente voltado para água potável evolui para incluir pesca,
navegação, irrigação, energia e lazer. Entretanto, o aumento
demográfico, industrialização e despejo de esgotos levam à poluição
dos rios, exigindo medidas de preservação. O autor menciona o
problema da poluição na Bacia do Prata e a necessidade de estudos
para lidar com essa questão. Aborda também a dificuldade na adoção
de dispositivos jurídicos para cursos d'água transfronteiriços, citando
iniciativas regionais e organizações internacionais. Destaca princípios
da Declaração do Rio de Janeiro de 1992, reconhecendo direitos
soberanos dos estados em questões ambientais e estabelecendo
responsabilidade internacional por violações. Por fim, menciona as
preocupações com a possível escassez de água na América Latina, que
poderia desencadear conflitos entre países

MERCÚRIO, OURO, DÍVIDA EXTERNA1

O texto destaca o problema da contaminação por mercúrio na região da


Amazônia, especialmente devido à prática do garimpo de ouro. O autor
menciona o caso de Minamata no Japão, onde o mercúrio causou uma
enfermidade grave. Ele enfatiza a urgência de proibir o uso de mercúrio
na extração de ouro, mencionando a oferta do governo japonês de
colaborar na descontaminação das áreas de garimpo na Amazônia. O
autor sugere que a solução não está apenas em estudos de laboratório,
mas em campanhas eficazes para proibir o uso de mercúrio. Além
disso, destaca a necessidade de combater o contrabando de ouro,
especialmente para bancos internacionais, e aborda questões sociais,
como a situação dos garimpeiros e a presença de índios em atividades
ilegais. O autor conclui apontando a importância econômica e ambiental
de abordar esses problemas para o benefício do Brasil.

SIMPÓSIO DE FOZ DE IGUAÇU SOBRE A BACIA DO PRATA


O texto aborda a importância da Bacia do Prata, destacando sua
extensão territorial abrangendo vários países sul-americanos, riqueza
em recursos naturais e relevância econômica, especialmente na
geração de energia. O autor ressalta que, apesar das preocupações
globais com a Amazônia, a degradação ambiental na Bacia do Prata
deve ser uma prioridade para os governos da região. O Simpósio de Foz
do Iguaçu sobre a Bacia do Prata é mencionado como uma
oportunidade para reavaliar questões ambientais e propor soluções. O
embaixador Rubens Ricúpero é citado por sua contribuição ao evento,
enfatizando a necessidade de adotar uma nova filosofia em relação ao
aproveitamento da Bacia e reconsiderar o conceito de hidrográfica. O
texto destaca a importância de encarar a Bacia do Prata como um todo
e menciona as conclusões da câmara jurídica do Simpósio, que busca
soluções no direito ambiental internacional para a região. As conclusões
do evento serão encaminhadas aos governos interessados e ao Centro
de Estudos Ambientais da Bacia do Prata

POLUIÇÃO
O DIREITO QUE NASCE DA POLUIÇÃO1 página 322

O trecho destaca a contribuição do embaixador Geraldo Eulalio do


Nascimento Silva e do procurador Raul Cid Loureiro para o debate sobre
questões relacionadas ao direito ambiental. O texto menciona o
envolvimento de Raul Cid Loureiro na organização de conferências
ambientais, enquanto o embaixador Nascimento Silva tem uma longa
trajetória tratando de questões ambientais em nível internacional.

Nascimento Silva aborda a consolidação do direito ambiental como um


ramo jurídico em desenvolvimento, destacando que, no contexto
internacional, ele ainda se enquadra no âmbito do direito internacional
puro, mas com um enfoque ambientalista. Ele ressalta a importância de
uma consciência ecológica por parte dos juristas e destaca casos
judiciais relacionados ao desmatamento e à questão ambiental.

O embaixador também discute a evolução do direito ambiental por meio


de tratados internacionais e a necessidade de ratificação desses
acordos pelos países. Ele menciona desafios específicos, como a
proteção das terras úmidas, citando o exemplo do Pantanal.
Nascimento Silva também aborda questões relacionadas à proteção da
camada de ozônio, mencionando acordos internacionais e a
complexidade dos desafios ambientais para as futuras gerações.

Além disso, o texto aborda a questão das soberanias nacionais e como


elas podem ser afetadas por diretrizes ambientais. Nascimento Silva
destaca a necessidade de encontrar um equilíbrio entre a proteção
ambiental e a soberania nacional, considerando casos como o da
Amazônia. Ele destaca a importância de debater não apenas as
questões ambientais internas, mas também os problemas causados
pelos países industrializados.

A entrevista encerra com considerações sobre a expectativa para a


Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento em
1992. O embaixador destaca a importância de discutir diversos
problemas ambientais, incluindo chuva ácida e destruição da camada
de ozônio, e expressa a disposição do Brasil para discutir e corrigir seus
erros. O texto também menciona a influência da imprensa dos países
desenvolvidos na percepção global das questões ambientais

POLUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO1
O trecho destaca a posição do Brasil em relação à proposta da Suécia
para a realização de uma Conferência Mundial sobre o meio ambiente
em 1968. Inicialmente, os países em desenvolvimento, incluindo o
Brasil, reagiram negativamente à proposta, considerando-a uma
distração dos problemas urgentes relacionados à pobreza, fome, falta
de moradia, educação e saúde. Na década de 1970, o Brasil
desempenhou um papel importante ao mostrar que as questões
ambientais não poderiam ser dissociadas do desenvolvimento.

O delegado brasileiro, Carlos Calero Rodrigues, afirmou que, nos países


em desenvolvimento, nenhum esforço poderia ser desviado do objetivo
principal, que era o desenvolvimento. O Brasil argumentou que a
responsabilidade pela criação e solução dos problemas ambientais
recaía principalmente sobre os países desenvolvidos, uma vez que 90%
da poluição mundial era atribuível a esses países.

Essas posições do Brasil tiveram impacto, e as Nações Unidas


realizaram reuniões preparatórias em 1971, resultando na adoção de um
Relatório sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente. Esse relatório
influenciou o projeto final aceito na Conferência de Estocolmo em 1972.
A Declaração de Estocolmo reconheceu que os problemas ambientais
dos países em desenvolvimento eram distintos dos problemas dos
países industrializados, destacando que a maioria dos problemas
ambientais nesses países era causada pelo subdesenvolvimento.

O texto também aborda a necessidade de colaboração desinteressada


dos países industrializados, fornecendo assistência técnica e adotando
leis severas para proibir a exportação de produtos nocivos ao meio
ambiente. Além disso, destaca a questão do impacto das dívidas de
alguns países em desenvolvimento em sua capacidade de combater a
poluição e defender o meio ambiente, bem como a problemática da
destruição das florestas em busca de exportações.

Em resumo, o trecho discute a evolução da posição do Brasil e de outros


países em desenvolvimento em relação às questões ambientais, desde
a resistência inicial até o reconhecimento da importância de abordar
essas questões dentro do contexto do desenvolvimento.

POLUIÇÃO TRANSFRONTEIRIÇA DA ATMOSFERA1

O texto aborda a evolução e a gravidade da poluição atmosférica ao


longo do tempo, destacando os impactos negativos desse fenômeno.
Aqui estão algumas conclusões e observações sobre o texto:

Histórico da Poluição Atmosférica: O texto destaca que a poluição


atmosférica não é um fenômeno recente, remontando a práticas
antigas, como o uso de carvão na Inglaterra medieval. A adoção
de regulamentos para mitigar a poluição começou a ganhar força
após a Revolução Industrial.
Eventos Marcantes: O texto menciona eventos significativos que
aumentaram a conscientização sobre a poluição atmosférica,
como o fog em Londres em 1952, que resultou em milhares de
mortes, e a Conferência de Estocolmo em 1972, que marcou um
ponto de virada na preocupação global com o meio ambiente.
Chuvas Ácidas: O autor discute as chuvas ácidas como uma forma
grave de poluição atmosférica e destaca os esforços
internacionais para lidar com o problema, exemplificando com a
Convenção sobre Poluição Atmosférica Transfronteiriça a Longa
Distância.
Camada de Ozônio: O texto aborda a ameaça à camada de ozônio
devido à emissão de clorofluorcarbonetos (CFCs). Destaca a
Convenção de Montreal de 1987 como um marco importante na
tentativa de controlar e eliminar a produção de substâncias
prejudiciais à camada de ozônio.
Poluição Radioativa: O autor explora os riscos associados à poluição
radioativa, especialmente em casos de acidentes nucleares. O
desastre de Chernobyl é citado como um exemplo significativo
que influenciou a percepção global sobre a segurança nuclear.
Desafios e Responsabilidade: O texto destaca os desafios na
abordagem da poluição atmosférica, incluindo a resistência de
alguns países em adotar medidas efetivas. A questão da
responsabilidade dos estados na poluição transfronteiriça é
discutida, referenciando decisões judiciais e princípios de direito
internacional.
Perspectivas Futuras: O autor expressa a preocupação com a
possibilidade de os governos não adotarem medidas adequadas
contra a poluição atmosférica, enfatizando a importância de ações
preventivas diante das previsões do "efeito estufa".
Exemplos Positivos: O texto destaca exemplos de locais que
conseguiram reduzir significativamente a poluição, como Cubatão
no Brasil e Londres, sugerindo que ações conscientes podem
resultar em melhorias substanciais na qualidade do ar.
Conferência de 1992: O autor antecipa a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente em 1992, indicando que questões
como as mudanças climáticas, a destruição da camada de ozônio
e a poluição atmosférica transfronteiriça serão abordadas durante
o evento.
Em suma, o texto destaca a urgência de ações coordenadas em nível
internacional para lidar com a poluição atmosférica e suas diversas
formas, reconhecendo a importância da conscientização e da
responsabilidade dos estados na busca por soluções.

O BURACO DE OZÔNIO1

O texto aborda a questão da proteção da camada de ozônio e as


medidas tomadas para combater a destruição causada pelos
clorofluorcarbonos (CFCs). Aqui estão alguns pontos-chave do texto:

Origem dos CFCs: Os clorofluorcarbonos (CFCs) foram


desenvolvidos na década de 30 pela General Motors como
substitutos da amônia para refrigeração. Eles eram valorizados
por suas propriedades não inflamáveis, inodoras, incolores, não
tóxicas e facilidade de liquificação.
Descoberta dos Problemas: Em 1974, experiências de laboratório
indicaram que os CFCs poderiam ter efeitos prejudiciais na
camada de ozônio. No entanto, na época, faltava comprovação da
periculosidade dos CFCs.
Proibição do Uso em Aerossóis: Devido às preocupações crescentes,
os Estados Unidos proibiram em 1978 o uso de CFCs em
aerossóis, seguidos pelo Canadá e países escandinavos.
Conferência de Viena (1985): A Convenção de Viena para a Proteção
da Camada de Ozônio foi assinada em 1985. No entanto, o texto
destaca que a elaboração dessa convenção não foi fácil, com
obstáculos, especialmente de natureza econômica e comercial.
Protocolo de Montreal (1987): O Protocolo de Montreal, assinado em
1987, foi um passo adicional, visando não apenas os CFCs, mas
também substâncias como os halônios, mais destrutivas para a
camada de ozônio.
Cronograma de Redução: O Protocolo estabeleceu um cronograma
para reduzir a produção e o consumo de substâncias prejudiciais
à camada de ozônio. O texto menciona que metas mais rigorosas
foram estabelecidas em 1989.
Desafios Futuros: Apesar das medidas adotadas, o texto aponta para
desafios persistentes, como a longa vida ativa dos CFCs
(aproximadamente 100 anos) e a ameaça contínua à camada de
ozônio mesmo com a interrupção da produção.
O autor destaca a necessidade de abordar não apenas a produção
futura, mas também o impacto contínuo dos CFCs já liberados na
atmosfera, alertando para os possíveis riscos para as gerações futuras.

A CHUVA ÁCIDA E A POLUIÇÃO DA ATMOSFERA1


O texto aborda a problemática da chuva ácida e a poluição atmosférica,
destacando que, embora muitos problemas ambientais estejam em
foco, a chuva ácida é considerada um dos problemas mais sérios a
curto prazo no Hemisfério Norte. Aqui estão alguns pontos-chave do
texto:

Destaque para a Chuva Ácida: O autor expressa preocupação com a


falta de atenção dada à chuva ácida, considerando-a um dos
problemas mais sérios a afligir o Hemisfério Norte. Ele observa
que o problema está mais presente nos Estados Unidos e na Grã-
Bretanha.
Causas e Impactos: O texto menciona que as principais potências
industriais emitem toneladas de dióxido de carbono e monóxido
de carbono na atmosfera, resultando na chuva ácida. Isso tem
impactos negativos, como a morte de florestas, a extinção de vida
em rios e lagos, a diminuição da produção agrícola e danos à
saúde humana.
Evolução Histórica: O problema da chuva ácida não é recente,
remontando a 1872 quando um cientista escocês cunhou o termo.
Em 1950, a European Atmospheric Chemistry Network foi criada
para lidar com a acidificação na Europa.
Ação na Europa: Destaca-se que, na Europa, a questão da chuva
ácida recebeu atenção especial, resultando na assinatura da
Convenção sobre Poluição Transfronteiriça a Longa Distância em
1979.
Impacto Global: O texto menciona que a chuva ácida não respeita
fronteiras e afeta não apenas a Europa, mas também países em
desenvolvimento como a Índia e, possivelmente, o Brasil, onde
cidades como São Paulo e Rio de Janeiro enfrentam níveis
alarmantes de poluição atmosférica.
Situações Específicas: O autor destaca exemplos específicos, como
o caso de Cubatão, no Brasil, que conseguiu reverter uma situação
de extrema poluição através de um programa de saneamento.
Desafios nas Negociações Internacionais: O texto discute os desafios
nas negociações internacionais, especialmente em relação às
mudanças climáticas e ao efeito estufa, com os Estados Unidos e
a URSS relutantes em reconhecer sua responsabilidade e
comprometer-se com reduções significativas de emissões.
Possível Convenção Global: O autor prevê a assinatura de uma
convenção global durante a Conferência do Rio de Janeiro,
destacando a pressão da opinião pública mundial por ações
positivas. No entanto, ele pondera que a convenção pode evitar
compromissos rígidos em termos de responsabilidade.

Em resumo, o texto aborda a gravidade da chuva ácida como um


problema ambiental global, destacando a necessidade de ações
coordenadas e compromissos internacionais para enfrentar essa
ameaça.

MUDANÇAS CLIMATOLÓGICAS1

O texto aborda as discussões e preocupações relacionadas à


elaboração de decisões para a Conferência sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento (UNCED-1992), a ser realizada no Rio de Janeiro em
1992. Aqui estão alguns pontos-chave do texto:

Objetivo do Comitê Preparatório: O principal objetivo do Comitê


Preparatório é elaborar esboços de decisões a serem estudados e,
eventualmente, aprovados durante a Conferência no Rio de
Janeiro em 1992. Há uma expectativa de que o foco seja a
preparação de uma Declaração, seguindo o modelo assinado em
Estocolmo em 1972.
Convenção de Mudanças Climatológicas: O texto destaca a
preocupação do Brasil com as mudanças climáticas e menciona a
possibilidade de assinatura de uma Convenção de impacto sobre
Mudanças Climatológicas. Isso sugere uma atenção especial às
questões climáticas e suas implicações globais.
Histórico sobre Chuvas Ácidas e Ozônio: O texto faz referência aos
problemas causados pelas chuvas ácidas, identificadas desde
1950 na Europa, e destaca a abordagem tardia desse problema.
Também menciona a degradação da camada de ozônio e os
esforços internacionais para lidar com essas questões.
Conferências e Convenções Anteriores: São citadas as Conferências
de Genebra e Montreal, onde foram discutidas medidas para lidar
com emissões prejudiciais à camada de ozônio. No entanto, há
menção ao fracasso relativo à adoção de medidas mais rigorosas
em Genebra, especialmente em relação às emissões de gases de
efeito estufa.
Problema do Efeito Estufa: O texto aborda o problema do efeito
estufa, mencionando gases como dióxido de carbono, metano,
ozônio troposférico e óxido nitroso como contribuintes. Também
destaca a resistência de alguns países, como Estados Unidos e
Rússia, em adotar controles de emissão.
Posição dos Estados Unidos: O texto critica a posição dos Estados
Unidos, que, mesmo concordando em assinar a Convenção, não
se comprometeram com reduções significativas de emissões,
argumentando a necessidade de mais pesquisas antes de assumir
compromissos.
Assistência Técnica e Financeira: Menciona a oferta dos Estados
Unidos de assistência técnica e financeira a países em
desenvolvimento para reduzir as emissões de dióxido de carbono,
mas questiona sua eficácia diante da mínima contribuição desses
países para a poluição ambiental.
Necessidade de Ação: O texto conclui destacando a importância de
agir diante das recomendações dos cientistas para combater o
efeito estufa, argumentando que seria melhor agir
preventivamente, dado o potencial impacto catastrófico das
mudanças climáticas.

TERRA ENVENENADA1

O texto apresenta uma análise crítica do estado atual do meio ambiente


e das ações internacionais em relação à poluição e à gestão de
resíduos. Aqui estão alguns pontos-chave:

Crescimento do Movimento Ecológico: Destaca o aumento do


movimento ecológico global e a crescente preocupação pública
com a poluição do ar, água e mares, resultando na pressão sobre
os governos para tomar medidas.
Limitações das Manifestações e ONGs: Aponta a insuficiência das
manifestações, incluindo as das organizações não
governamentais, em enfrentar as ameaças ambientais crescentes,
especialmente em relação ao esgotamento de materiais não
renováveis e aos rejeitos industriais, químicos e nucleares.
Práticas Antigas e Problemas Atuais: Destaca que as práticas
antigas, como enterrar rejeitos ou despejá-los no mar, não são
mais viáveis. As consequências dessas práticas continuam a
afetar o ambiente, com terras envenenadas, rios contaminados e
mares incapazes de se purificar.
Responsabilidade das Potências Industriais: Menciona a
responsabilidade das potências industriais pelos problemas
ambientais e critica tratados e leis nos países industrializados
que, muitas vezes, contêm cláusulas permitindo práticas
poluentes.
Obstáculos às Leis Ambientais: Aborda a resistência dos poderosos
lobbies industriais, destacando o exemplo da tentativa do
Congresso dos Estados Unidos de aprovar o Clean Air Act e como
essa lei foi enfraquecida devido a essa influência.
Comércio Internacional de Resíduos: Discute o comércio de rejeitos
industriais e químicos entre países, com destaque para a reação
enérgica dos países africanos diante de tentativas de despejo
desses resíduos e as denúncias da Greenpeace Internacional.
Convenção de Basileia: Analisa a Convenção de Basileia, que, ao
invés de proibir o comércio de resíduos tóxicos, permite-o sob
certas condições, ressaltando a influência dos países
industrializados nas negociações.
Paralelo com o Tratado de Não Proliferação Nuclear: Compara a
filosofia por trás da Convenção de Basileia com o Tratado de Não
Proliferação Nuclear, sugerindo que, apesar de proibitivas em
teoria, ambas podem facilitar práticas controversas na prática.

A CONVENÇÃO SOBRE RESÍDUOS TÓXICOS1


O texto aborda a preocupação do Terceiro Mundo na Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED-92)
em relação ao gerenciamento ambiental de resíduos, especialmente os
perigosos, e produtos químicos tóxicos, bem como a prevenção do
tráfego internacional desses materiais. Aqui estão alguns pontos
destacados:

Contexto da Conferência: O texto destaca a importância da gestão de


resíduos perigosos como uma das principais preocupações do
Terceiro Mundo na conferência da ONU em 1992. Uma Convenção
sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e sua Eliminação foi assinada em Basileia em 1989.
Preocupações Financeiras dos Países em Desenvolvimento: Observa
que a eliminação ou destruição de resíduos industriais nos países
em desenvolvimento pode custar consideravelmente menos do
que nos países desenvolvidos. Esse diferencial financeiro leva a
tentativas de exportação de resíduos perigosos para países em
desenvolvimento.
Participação do Brasil na Conferência de Basileia: Destaca que o
Brasil, juntamente com a maioria dos países em desenvolvimento,
buscou um texto mais rigoroso na Conferência de Basileia e não
assinou o documento aprovado na época.
Conteúdo da Convenção de Basileia: Descreve alguns aspectos da
Convenção, como a definição de resíduos, exclusões específicas
(por exemplo, resíduos radioativos), e a inclusão de resíduos
explosivos, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis, venenos
agudos e ecotóxicos.
Objetivos da Convenção: Enfatiza os objetivos da Convenção,
incluindo o desenvolvimento de tecnologias para redução,
reciclagem e tratamento de resíduos, desencorajando a
incineração, o enterro e o alijamento como último recurso.
Tráfico Ilícito e Cláusulas de Escape: Aborda o tráfico ilícito de
resíduos e as cláusulas de escape que permitem alguma
flexibilidade aos estados exportadores.
Relevância para a Comunidade Econômica Europeia: Destaca que a
Comunidade Econômica Europeia conseguiu incluir uma cláusula
na Convenção, permitindo sua participação como uma única
entidade.
Desafios e Necessidades dos Países do Terceiro Mundo: Conclui
mencionando que os países do Terceiro Mundo precisam unir
forças para formar pessoal qualificado capaz de lidar com o
problema dos resíduos, indicando ser uma questão urgente para
os ambientalistas

POLUIÇÃO E REJEITOS RADIOATIVOS1

O texto aborda a questão da energia nuclear e os desafios associados,


principalmente enfocando as preocupações ambientais e os dilemas
enfrentados pelos ambientalistas. Aqui estão alguns pontos-chave
destacados:

Histórico da Rejeição à Energia Nuclear: O texto começa


mencionando que a energia nuclear foi inicialmente condenada
pela maioria dos ambientalistas, principalmente devido aos
bombardeios de Hiroshima e Nagasaki e aos desastres
subsequentes, como os ocorridos na Ilha de Bikini.
Resistência Continuada: Apesar da constatação de que o átomo
poderia ser uma nova fonte de energia, as campanhas contra a
energia nuclear, inicialmente focadas na condenação da bomba
nuclear, persistiram. Isso é exemplificado por casos na França,
Áustria, Suécia e Itália.
Desastres de Chernobyl e Kyshtyn: O texto destaca que o desastre
nuclear em Chernobyl, ocorrido em 1986, e o acidente em Kyshtyn,
na URSS, em 1957, modificaram drasticamente a percepção sobre
a segurança das usinas nucleares.
Segurança e Categorização de Resíduos: Menciona que, mesmo com
bons resultados em termos de segurança nas usinas nucleares, o
dilema persiste em relação ao destino dos rejeitos nucleares.
Discute a categorização dos resíduos de acordo com a
intensidade da radiação.
Desafios Ambientais de Outras Fontes de Energia: Aborda as
preocupações ambientais relacionadas a outras fontes de energia,
como usinas a carvão (poluição atmosférica), petróleo (custo e
poluição) e energia hidroelétrica (impactos ambientais).
Desconfiança Pública: Destaca a desconfiança pública em relação à
energia nuclear em vários países, citando ações da Greenpeace e
a necessidade de campanhas de esclarecimento.
Destino dos Rejeitos Nucleares: Enfatiza o desafio do destino dos
rejeitos nucleares, com menção ao projeto de lei no Congresso
Nacional brasileiro e a aversão da população e políticos em
assumir compromissos nessa questão.
Regulamentação Internacional e Alijamento: Explora a
regulamentação internacional sobre o alijamento de rejeitos
nucleares, destacando a proibição do alijamento de rejeitos de alto
nível e a suspensão temporária do alijamento em 1986.
Perspectivas para o Brasil: Conclui mencionando que, dadas as
necessidades energéticas do Brasil, a energia nuclear não pode
ser descartada, mas sempre considerando padrões rigorosos de
segurança e aponta para a possível solução do alijamento, desde
que regulamentado pela Agência Internacional de Energia
Atômica.

A AMÉRICA LATINA E OS REJEITOS TÓXICOS1


O texto destaca a importância das opiniões de Laurence Summers, do
Banco Mundial, em relação à exportação de resíduos tóxicos,
considerando suas declarações como um alerta para os países do
Terceiro Mundo durante a Conferência do Rio de Janeiro. Aqui estão
alguns pontos-chave:
Alerta para a Exportação de Resíduos Tóxicos: Laurence Summers,
do Banco Mundial, é elogiado por chamar a atenção para a prática
dos países industrializados de exportar resíduos tóxicos para
países em desenvolvimento. O autor considera isso um serviço
inestimável para os países do Terceiro Mundo.
Desafios dos Resíduos Químicos: O texto destaca que o destino dos
resíduos químicos, que podem ser mais perigosos do que os
rejeitos nucleares, representa um grande desafio ambiental, e as
indústrias poluidoras estão sendo pressionadas a encontrar
soluções alternativas ao simples enterro, armazenamento ou
alijamento no mar.
Convenções Internacionais: Menciona duas convenções importantes:
a Convenção de Londres de 1972, que proíbe o despejo de
resíduos tóxicos nos mares, e a Convenção de Basileia de 1989,
sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos
Perigosos e sua Eliminação. A última é criticada por algumas
razões.
Postura do Banco Mundial: O presidente do Banco Mundial, Barber
Constable, é citado como sendo contrário ao comércio de
resíduos, enfatizando que os Estados Industriais têm a
capacidade tecnológica para lidar com seus próprios resíduos
tóxicos.
Situação na África e América Latina: Descreve a situação na África,
onde países africanos assinaram a Convenção de Bamako para
proibir o transporte e alijamento de resíduos tóxicos. O texto
também menciona casos na América Latina, como o Haiti,
Venezuela e Brasil, que foram alvos de tentativas de despejo de
resíduos tóxicos.
Legislações Severas e Reciclagem: Destaca que países
industrializados estão adotando legislações mais severas para
forçar indústrias a investir em técnicas ecológicas limpas. No
entanto, a reciclagem é mencionada como uma solução que
algumas vezes é usada como justificativa para exportar resíduos
para países em desenvolvimento.
Plataforma de Tlatelolco: Refere-se à "Plataforma de Tlatelolco",
adotada durante a conferência regional na Cidade do México,
como um compromisso dos países do Continente para se opor à
exportação de substâncias daninhas ou perigosas.
Conclusão e Desafios Futuros: O texto conclui enfatizando o
interesse do Brasil em se unir a outros países contrários à
exportação de resíduos tóxicos, considerando as opiniões de
Summers como um catalisador para a conscientização coletiva
dos países em desenvolvimento. O futuro do vice-presidente do
Banco Mundial, Laurence Summers, é mencionado como uma
decisão a ser tomada pela instituição

FAUNA E FLORA
O FIM DAS FLORESTAS1

O texto aborda a relação entre a preocupação dos países com os


problemas ambientais e as agressões ambientais que eles sofrem,
destacando a preocupação com a poluição como um catalisador para a
atenção pública e científica. Aqui estão alguns pontos-chave:

Relação entre Preocupação Ambiental e Poluição: O texto sugere que


a intensidade da preocupação ambiental de um país está
diretamente ligada ao grau de poluição que sua população
enfrenta. Países industrializados, responsáveis por uma grande
parte da poluição global, são destacados como particularmente
preocupados com questões ambientais.
Preocupação com Chuvas Ácidas nos Países Industrializados: Nos
países industrializados, a opinião pública costumava se
concentrar em problemas ambientais que os afetavam
diretamente, como as chuvas ácidas. O texto menciona os países
escandinavos como exemplos de nações que, vítimas dessas
chuvas ácidas vindas de outros países industrializados,
assumiram posições pioneiras em fóruns internacionais.
Desvio de Atenção para a Amazônia: O texto critica o desvio de
atenção dos problemas ambientais internos dos países
industrializados para questões como a Amazônia. Argumenta que
erros cometidos pelos governos brasileiros, muitas vezes com a
aprovação de instituições internacionais, foram utilizados para
desviar a atenção da opinião pública desses países de seus
próprios problemas ambientais.
Postura de Países Industrializados na Defesa das Florestas
Tropicais: Países como Grã-Bretanha, Estados Unidos e República
Federal Alemã são mencionados por assumirem posições
vigorosas em defesa das florestas tropicais, especialmente da
Amazônia. O texto sugere que isso pode ser uma estratégia para
desviar a atenção de suas próprias questões ecológicas.
Problemas Ambientais nos Estados Unidos: O texto destaca
problemas ambientais nos Estados Unidos, como a destruição de
florestas na Costa do Pacífico, causada pela exploração
madeireira e a falta de medidas rigorosas de proteção ambiental,
apesar das promessas feitas por políticos.
Preocupações Seletivas e Desafios Futuros: O texto aponta para a
preocupação seletiva dos países industrializados, destacando que,
se a preocupação real é o efeito estufa, deveriam focar em
questões como chuvas ácidas e clorofluorcarbonos, que
representam ameaças mais significativas à estabilidade
climatológica global

A DESERTIFICAÇÃO1
O texto destaca a preocupação global com a desertificação e a inclusão
desse tema na Conferência sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento
de 1992. A desertificação é descrita como um processo pelo qual o solo
se torna estéril, resultando em grandes extensões de áreas desertas. O
autor ressalta a correlação entre desertificação e pobreza, destacando a
prioridade dada a esse problema nas discussões internacionais. O texto
aborda casos específicos de desertificação, como no Nordeste do Brasil
e na região do Mar do Aral, além de mencionar a desertificação causada
por ações humanas, como desmatamento e irrigação inadequada. O
autor destaca a necessidade de programas abrangentes para o
desenvolvimento rural sustentável como forma de combater a
desertificação. A iniciativa do governo do Ceará em sediar uma
conferência sobre o impacto das variações climáticas em regiões
semiáridas é mencionada como uma contribuição para a Agenda 21.

A SALVAÇÃO DAS FLORESTAS1

O texto aborda a preocupação internacional com a preservação das


florestas, destacando a possível assinatura de uma convenção
específica durante a Conferência do Rio de Janeiro sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento. O autor ressalta a complexidade do
assunto, mencionando a influência das florestas em convenções sobre
biodiversidade e mudanças climáticas. Ele classifica os tratados sobre
florestas em três tipos, relacionados à exclusividade do tema, à
proteção dos recursos naturais e à poluição, como no caso da chuva
ácida. O texto também aborda a diversidade de florestas e as ações
humanas que as impactam, como reflorestamento, exploração industrial
e incêndios.

A possibilidade de uma convenção específica sobre florestas na


Conferência do Rio é considerada problemática devido à escassez de
tempo e à influência das potências industrializadas. O autor destaca a
pressão internacional sobre o Brasil devido aos programas agrícolas na
Amazônia, mas menciona uma mudança de foco para incluir todas as
florestas, reduzindo a pressão sobre o país.

São abordadas críticas à atribuição de responsabilidade das queimadas


na Amazônia ao efeito estufa, com o autor sugerindo que a poluição
gerada por usinas e automóveis dos países industrializados é uma
causa mais relevante. O texto destaca casos de destruição de florestas,
como o Parque Nacional Tongass nos Estados Unidos, e enfatiza a
importância da preservação das florestas para a civilização.

O autor discute a necessidade de medidas urgentes em níveis global e


regional para a defesa das florestas. Apesar de reconhecer a
devastação em florestas tropicais, aponta uma redução nas taxas de
desmatamento na Amazônia nos anos recentes. Ele sugere a
possibilidade de tratados mais detalhados sobre problemas específicos
relacionados às florestas e a realização de reuniões regionais, como no
âmbito do Tratado de Cooperação Amazônica, para discutir a defesa da
flora e fauna. Conclui-se ressaltando a melhoria do ambiente para um
tratado global sobre florestas, agora que a ênfase não se limita às
tropicais

A ECOLOGIA VISTA DA AMAZÔNIA1

O texto destaca a importância da questão amazônica nas discussões da


Conferência sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, mesmo que
não esteja formalmente na agenda. O autor menciona a presença da
Amazônia no subconsciente das discussões, influenciada por
campanhas de desinformação, e destaca a necessidade de
esclarecimento sobre o real papel da região.

Há uma crítica às tentativas de atribuir à Amazônia a principal


responsabilidade pelo efeito estufa, sendo que, segundo o autor, o grupo
de peritos da ONU demonstrou que a responsabilidade era dos países
do primeiro e do segundo mundo. Ele aborda também a questão da
degradação da camada de ozônio, mencionando os CFCs e sua pouca
utilização no Brasil em comparação com o resto do mundo.

A discussão sobre a preservação da Amazônia envolve


questionamentos sobre o que os principais beneficiários do
desenvolvimento biotecnológico estão dispostos a oferecer para a sua
preservação, seja em termos de recursos financeiros ou transferência
de tecnologias ambientais voltadas para a biodiversidade.

O autor destaca a importância da Amazônia no contexto global, citando


a frase "a Amazônia é o centro do mundo quando se trata de ecologia".
Ele relata um seminário realizado em Belém para discutir a questão
ambiental amazônica e o desenvolvimento sustentável. No seminário,
empresários, políticos e especialistas discutiram as questões
ecológicas da região, com ênfase na defesa da soberania do país.

Ao final, o texto menciona que o seminário foi mais bem-sucedido do


que o esperado, com a aceitação de argumentos apresentados por
expositores amazônidas. Também destaca a necessidade de consultar
os governos locais na tomada de decisões em relação à Amazônia e
menciona a importância da classe empresarial brasileira adotar uma
política positiva para solucionar os problemas ambientais

A AMAZÔNIA E A POLUIÇÃO DO MUNDO1

O texto aborda a questão da poluição mundial e suas origens,


destacando a responsabilidade majoritária das nações industrializadas.
O autor menciona a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas
de 1989, que reconheceu que a maior parte das emissões poluidoras
tinha origem nos países desenvolvidos, atribuindo-lhes a maior
responsabilidade no combate à poluição.

O autor ressalta que nos países industrializados, a opinião pública é


mais atuante em questões ambientais, enquanto nos países em
desenvolvimento, as preocupações são mais urgentes e voltadas para
questões como alimentação, vestuário, habitação, educação e saúde.

A poluição da atmosfera e dos mares é mencionada como um problema


crescente, com efeitos como chuvas ácidas e danos à camada de
ozônio, que podem levar ao chamado "efeito estufa". O texto destaca a
pressão de grupos ecológicos sobre os governos e as ações tomadas
por alguns países, como os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, para lidar
com esses problemas.

O autor critica a tática de alguns países de ignorar seus problemas


domésticos e concentrar-se nas questões ambientais de outros países.
Ele menciona a campanha contra o desmatamento da Amazônia, que,
segundo ele, é usada como cortina de fumaça para desviar a atenção de
problemas em outros lugares.

A oferta das sete grandes potências financeiras de colaborar com o


governo brasileiro na defesa da Amazônia é discutida, com o autor
sugerindo que deve ser estudada com cuidado e que o governo
brasileiro deve buscar contrapartidas, exigindo compromissos
semelhantes dos países envolvidos na proteção do meio ambiente. Ele
destaca a necessidade de proteção internacional para todas as florestas
e expressa a esperança de que essa oferta represente uma verdadeira
contribuição para os desafios enfrentados pelo Brasil na preservação da
Amazônia.

AMAZÔNIA, ANTES NOSSA1

O texto aborda a longa história de cobiça estrangeira sobre a região


amazônica, remontando aos tempos anteriores à independência do
Brasil. Destaca-se a atuação de diversas potências, como Portugal,
Inglaterra, França e Estados Unidos, que buscavam ocupar e
transformar a Amazônia em colônia.

O autor menciona os motivos invocados para justificar a exploração da


Amazônia, incluindo a ideia contemporânea de que a região seria o
"pulmão do mundo", ressaltando, no entanto, que essa noção carece de
fundamento.

Ao longo dos anos, o Brasil resistiu a pressões estrangeiras e manteve a


Amazônia como a maior floresta tropical do mundo. O texto aponta que
a atual defesa da Amazônia, em muitos casos, pode ter como objetivo
desviar a atenção de problemas ambientais nos países mais
industrializados, responsáveis por grande parte da poluição global.

O autor destaca incidentes históricos, como a tentativa de colonização


por parte da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos, ressaltando a
importância das ações dos sucessivos governos brasileiros na
preservação da região. Também menciona eventos como a abertura do
Amazonas à navegação, que diminuiu as pressões estrangeiras naquele
momento.

A crise entre Brasil e Bolívia em relação ao Acre no início do século XX é


abordada, destacando-se os contratos assinados entre a Bolívia e
capitalistas estrangeiros, como o Bolivian Syndicate. O autor ressalta a
atuação do Barão do Rio Branco na negociação do Tratado de
Petrópolis, que resolveu a questão, beneficiando tanto o Brasil quanto a
Bolívia.

O texto conclui mencionando tentativas mais recentes de


internacionalização da Amazônia, questionando se as iniciativas em
defesa da região podem ter objetivos não declarados.

AMAZÔNIA E SOBERANIA1

O texto aborda a decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas de


realizar a Conferência sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento no
Rio de Janeiro, destacando o impacto dessa decisão na sociedade,
principalmente entre os jovens, que demonstram um interesse
crescente pelos problemas ecológicos.

O autor observa que muitos jovens buscam na defesa do meio ambiente


uma bandeira política, talvez devido à falta de identificação com as
questões políticas tradicionais. O texto destaca que o enfoque em
questões ecológicas é um fenômeno positivo.

No contexto da Conferência, o autor menciona que a Amazônia é um


dos temas mais destacados. Ele aponta que, embora questões como
chuva ácida e degradação da camada de ozônio sejam as principais
agressões ao meio ambiente, a opinião pública internacional tem focado
na Amazônia como o grande problema ambiental a exigir uma solução
urgente.

O texto ressalta que, no Brasil, a questão amazônica é encarada sob


diferentes perspectivas, incluindo a preocupação de setores,
principalmente das forças armadas, de que a defesa da Amazônia
possa ser utilizada como pretexto para uma intervenção militar
internacional. O autor também destaca preocupações com a soberania
do Brasil no contexto das negociações internacionais sobre
biodiversidade e mudanças climáticas.

O autor argumenta que, se as condições defendidas pelo Brasil forem


acolhidas nas convenções em negociação, as vantagens serão
superiores aos inconvenientes. Ele destaca a importância de proteger e
utilizar o patrimônio genético brasileiro, argumentando que o país só
tem a ganhar com medidas concretas de defesa das espécies e genes
presentes em seu território

SALVAÇÃO DO PANTANAL1

O texto destaca a preocupação dos ambientalistas com a preservação


das áreas úmidas, conhecidas como wetlands, incluindo pântanos,
mangues e brejos. O autor observa uma mudança de perspectiva ao
longo do tempo, onde ambientalistas superaram engenheiros que, no
passado, defendiam a erradicação dessas áreas em nome do
progresso.

O autor ressalta a importância econômica, ambiental, biológica e


hidrológica das áreas úmidas, que fornecem alimentos, fibras,
combustíveis, mantêm valores culturais, garantem água pura, controle
de irrigação e estabilidade climática. Ele menciona o exemplo dos
Everglades na Flórida, onde programas de desenvolvimento causaram
danos significativos, mas esforços de recuperação estão em
andamento.

O texto destaca a necessidade de o Brasil reconhecer a importância de


seus alagados, como o Pantanal, e adotar medidas para protegê-los. O
autor sugere a adesão à Convenção Ramsar, que visa à proteção das
áreas úmidas de importância internacional. Ele argumenta que, ao aderir
a essa convenção, o Brasil poderia escolher áreas úmidas para inclusão
na "Lista de áreas úmidas de importância internacional" e assumir
obrigações específicas.

O autor ressalta que o Brasil é rico em alagados, e a adesão à


Convenção Ramsar poderia ser bem recebida pelas organizações não
governamentais dedicadas ao meio ambiente, especialmente em vista
da Conferência sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 1992 no
Rio de Janeiro

BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA1

O texto destaca a complexidade dos estudos ambientais, especialmente


aqueles relacionados à biodiversidade e biotecnologia. O autor ressalta
como essas questões ambientais estão interconectadas e não podem
mais ser examinadas isoladamente. Ele destaca o aumento da
relevância da biodiversidade na agenda global, evidenciado pelo
crescimento da relação entre os tópicos discutidos em Estocolmo em
1972 e os objetivos da Resolução da ONU de 1989, que convocou a
conferência de 1992.

A biodiversidade é definida como a soma de formações genéticas de


plantas, animais e micro-organismos, tanto selvagens como
domésticos, e dos ecossistemas a que pertencem. O autor enfatiza a
importância de preservar a biodiversidade, pois a extinção de espécies e
a degradação dos habitats podem resultar na perda irreparável de
fontes genéticas que poderiam ser utilizadas no futuro, por exemplo,
para desenvolver medicamentos.

A proteção da biodiversidade tornou-se uma preocupação não apenas


para a comunidade científica, mas também para a opinião pública,
influenciada pela mídia. O autor destaca a importância do Brasil, como
maior depositário das espécies genéticas do mundo, na necessidade de
firmar uma convenção global sobre a biodiversidade.

A preocupação central dos especialistas está nas florestas tropicais,


especialmente na região da Amazônia, que abriga uma enorme
diversidade biológica. O autor aborda a pressão exercida por
multinacionais para explorar comercialmente essas áreas, destacando a
necessidade de um tratado global que concilie os interesses dos países
em desenvolvimento, que abrigam a maior parte das espécies, e os
países industrializados, que possuem tecnologias para protegê-las.

O texto sugere que a Conferência de 1992 pode resultar na assinatura


de uma convenção genérica sobre biodiversidade, deixando questões
mais específicas, como financiamento e transferência de tecnologia,
para desenvolvimentos futuros. A intenção é estabelecer diretrizes que
responsabilizem as nações industrializadas pela preservação da
biodiversidade
EM DEFESA DAS ESPÉCIES EM EXTINÇÃO1
O texto destaca a emergência de uma consciência ambiental no Brasil,
impulsionada pela escolha do Rio de Janeiro para sediar a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, bem
como pela exposição televisiva das belezas naturais do país,
especialmente do Pantanal. O autor ressalta a perda de diversas
espécies da fauna brasileira ao longo do tempo, mencionando a
extinção de aves como o papagaio e o mico. Destaca a importância de
tratados internacionais, como a Convenção CITES, na proteção das
espécies ameaçadas e aborda desafios, como o tráfico de animais e a
necessidade de conscientização das populações locais. O apelo final é
para a preservação dessas espécies, visando a garantir que futuras
gerações possam apreciar a riqueza da fauna brasileira.

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE ANIMAIS E AVES AMEAÇADOS DE


EXTINÇÃO

O texto aborda os antecedentes do problema de espécies ameaçadas


de extinção, destacando o comércio histórico de peles de onça e
papagaios no Brasil. Menciona o pavilhão brasileiro na Exposição de
Viena em 1873, onde aves foram exibidas, incluindo a confecção do
manto do imperador D. Pedro II com penas de aves brasileiras. Aponta
que, historicamente, a preocupação com a extinção de espécies estava
mais ligada a interesses comerciais.

No século XIX, reações surgiram na área da pesca, notadamente para


proteger as baleias devido à crueldade na caça. Destaca também a
proteção dos elefantes por causa do comércio de marfim. Aborda a
campanha da WWF em defesa do panda como um marco na
conscientização para a preservação de animais.

O texto passa para a discussão sobre o comércio internacional de


animais e aves, mencionando valores expressivos movimentados por
esse comércio. Fala sobre o comércio ilegal e legal dessas espécies,
citando exemplos de preços elevados, como o falcão de caça.
Destaca a importância da Convenção CITES (Comércio Internacional
das Espécies da Flora e da Fauna Selvagem em Perigo de Extinção),
assinada em 1973, que busca proteger a fauna e flora silvestres,
reconhecendo sua importância estética, científica, cultural, recreativa e
econômica. A convenção contém quatro apêndices, sendo o apêndice I
voltado para as espécies mais ameaçadas, onde a comercialização é
permitida apenas em condições excepcionais.

O texto aborda preocupações com o comércio ilegal, a biopirataria e


destaca a necessidade de regulamentação que evite proibições
extremas, favorecendo o comércio legal, mas respeitando critérios
éticos e fitossanitários. Conclui enfatizando a importância da
conservação para as futuras gerações.

BRASIL, MEIO AMBIENTE E DIREITO

O texto aborda a responsabilidade do Congresso Nacional do Brasil em questões


ambientais, especialmente após a promulgação da Constituição de 1988. Destaca
que a Constituição reflete as preocupações ambientais da época, incluindo as
agressões à Amazônia, mas critica a forma como os dispositivos foram redigidos.

O autor menciona que a Constituição de 1988 tem cerca de 12 artigos, 12 incisos e 6


parágrafos relacionados ao meio ambiente, mas considera que esses dispositivos
são prolixos e contraditórios. Ele critica a não adoção de um projeto elaborado pela
Comissão presidida pelo senador Afonso Arinos, que poderia ter servido como base
para os trabalhos constituintes.

O artigo 225 da Constituição, segundo o autor, é prolixo e utiliza a expressão "na


forma da lei" repetidas vezes, o que, na sua visão, enfraquece os preceitos
constitucionais. Ele argumenta que a interpretação dessas expressões pode levar a
situações distintas, questionando se o legislador estadual tem poder de legislar em
certos casos.

O texto também discute a fórmula "na forma da lei" como um artifício usado pelos
constituintes para contornar dificuldades na formulação de preceitos mais precisos.
Critica a falta de comprometimento do Congresso em adotar leis necessárias para
dar substância aos preceitos constitucionais relacionados ao meio ambiente.

O autor destaca a importância da responsabilidade do Legislativo na elaboração de


leis de defesa ambiental, mencionando áreas específicas, como a proibição de
certos pesticidas e herbicidas. Também aborda a importância da aprovação rápida
de tratados sobre questões ambientais.

Em suma, o texto enfoca a necessidade de comprometimento do Congresso


Nacional na elaboração de leis ambientais e critica a forma como a Constituição de
1988 abordou essas questões.
BRASIL E ECOLOGIA1

O texto discute a oferta feita ao Brasil para sediar a Conferência das


Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida
como a Conferência Rio-92, realizada em junho de 1992. O autor
destaca a surpresa causada pela oferta, dada a campanha internacional
contra a destruição da Amazônia, especialmente as queimadas.

O convite para sediar a conferência, segundo o autor, tinha razões tanto


internas quanto internacionais. Internamente, visava criar uma
consciência ecológica, enquanto internacionalmente buscava
demonstrar que muitas críticas feitas ao Brasil não tinham fundamento.
O texto também menciona que a Amazônia, embora não seja
explicitamente citada nos objetivos da conferência, estava no
subconsciente da maioria dos participantes, especialmente em relação
à mudança climática, biodiversidade e proteção das florestas.

O autor aborda a história da defesa da Amazônia desde a independência


do Brasil, destacando a política de não permitir a penetração de países
estranhos na região como crucial para sua preservação. Ele ressalta
erros cometidos pelos governos brasileiros, alguns dos quais foram
advogados no exterior, e menciona programas e planos que, se
implementados, teriam consequências trágicas.

O texto também aborda as acusações contra o governo brasileiro,


especialmente aquelas relacionadas às queimadas e ao efeito estufa. O
autor critica a campanha internacional, argumentando que as
queimadas não eram a principal causa do efeito estufa, que, segundo
ele, era causado principalmente pela chuva ácida proveniente dos
Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros países europeus.

Além disso, o autor menciona a questão das reservas indígenas,


enfatizando que o Brasil está tomando medidas para solucionar a
questão e que as reservas representarão entre 10 e 12% do território
nacional, conforme previsto na Constituição de 1988.

Em conclusão, o autor afirma que o Brasil está tomando todas as


medidas necessárias para proteger a Amazônia e destaca o desejo do
país de ser reconhecido como defensor do meio ambiente na
conferência de 1992.
IMAGEM DO BRASIL NO EXTERIOR1

O texto aborda o papel das Organizações Não Governamentais (ONGs)


na Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento e discute a
responsabilidade adquirida por essas organizações devido ao novo
status atribuído a elas nesse contexto. O autor destaca a importância
das ONGs na implementação das decisões tomadas durante a
conferência.

Entretanto, o autor expressa preocupação em relação a campanhas


financeiras de algumas ONGs, citando exemplos no Reino Unido. Ele
menciona a declaração de Lord Whitelaw na Câmara dos Lordes,
expressando preocupação com possíveis deslizes financeiros e
defendendo uma legislação mais rigorosa no controle das finanças das
organizações de caridade. O texto também destaca a campanha
liderada pelo cantor de rock Sting, que arrecadou fundos para a
proteção dos índios brasileiros, mas levanta dúvidas sobre como esses
fundos foram utilizados.

O autor destaca que algumas ONGs têm se beneficiado de campanhas


alarmistas, especialmente aquelas direcionadas ao Brasil. Ele menciona
a tática alarmista como uma forma de aumentar as doações para
pesquisa e ressalta que o Brasil tem sido um alvo frequente dessas
campanhas, especialmente em relação à proteção dos índios e das
florestas tropicais.

Além disso, o texto aborda a questão dos meninos de rua no Brasil,


criticando a representação parcial e dramatizada apresentada pela
mídia, especialmente em filmes estrangeiros. O autor destaca a
necessidade de o Brasil encontrar soluções para a situação dos
meninos de rua e sugere que as ONGs e instituições de caridade devem
ter um procedimento financeiro acima de qualquer crítica.

Em resumo, o texto destaca a importância das ONGs na implementação


de decisões ambientais, mas também expressa preocupações sobre
suas práticas financeiras, particularmente em campanhas relacionadas
ao Brasil.

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