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Empresarial

AULA FOGUINHO

Art. 966º CC

O que é uma empresa? Requisitos:

 Pessoa física ou jurídica; nem toda empresa é PJ (empresário individual e MEI). CNPJ
não é sinônimo de PJ – art. 44º CC tem o rol taxativo de PJ.
 Que exerce atividade com habitualidade;
 Atividade econômica com fins lucrativos. Atividade econômica é qualquer atividade
que tenha arrecadação econômica. Ex. igreja arrecada fundos, mas não tem fim
lucrativo.políticos não tem fins lucrativos).

Hospital, escola, podem ser PJ sem fins lucrativos, pois são atividades sociais. Universidade
pode escolher ser empresa ou pé sem fim lucrativo. Tudo que tem finalidade social.

O sócio ganha na empresa o salário (pro labore), se a empresa der lucro ele ganha distribuição
de lucros. A PJ sem fins lucrativos, o socio tem direito a remuneração, mas não a distribuição
de lucros, o lucro pertence a entidade. As PJSL são fiscalizadas pelo MP.

 Organizada. É o conjunto de bens para praticar a atividade comercial.


 Macro área econômica. Macro área de serviço.

Art. 967º CC diz que o registro é obrigação – qual a empresa regular e qual a empresa irregular.

Ex. o carrinho de pipoca da rua é PJ ou PF? Tem que olhar o registro, se ela está registrada
como MEI ou EI é PF se for sociedade é PJ, DEPENDE. Olhar os outros requisitos: habitualidade
sim, fins lucrativos sim, é organizada (seu carrinho de pipoca, todos os elementos para a
pratica do exercício) sim e com ou seu registro? Não sabemos.

Art. 966º tem um parágrafo que comporta exceções.

Exceções ao conceito de empresa (não praticam atividade empresarial, mas de natureza civil,
salvo se o e da profissão constituir elemento de empresa):

- Quem pratica atividade intelectual: de natureza cientifica (para poder exercer profissão
liberal). O profissional liberal pratica atividade civil, tudo que não é empresarial é civil.

- Quem pratica atividade de natureza artística (atores, atrizes, músicos – até. de natureza civil).

- Atividade literária (autores).

Se eles misturarem elementos empresariais a atividade volta a ser de empresa. Ex. antes no
dentista ia para tratar o dente, hoje vão para fazer preenchimento, Botox, isso não é atividade
de dentista. A partir do momento que o dentista acrescentar um exercício de empresa, vira
empresa.

Art. 967º - obrigatório registro antes da atividade exceto o produtor rural. Não confundir com
agronegócio. O produtor rural que não é obrigado a registrar, é aquele que tem um sitio,
chácara, pequena produção rural e faz economia de subsistência. Ele cria, vende, ganha
dinheiro, mas com objetivo de subsistência. Se ele não registrar a atividade é de natureza civil,
se ele registrar passa a ser de natureza empresarial.
FIM AULA FOGUINHO

Obrigações empresariais

As empresas precisam cumprir, mas não é o advogado que faz para a empresa, são os
contabilistas\contadores.

 Toda empresa é obrigada a se registrar na junta. E se não fizer? Quando um


ambulante faz as coisas na rua e não tem registro, uma das consequências é a
apreensão da mercadoria, se ele trabalhar em local fixo pode acontecer a lacração
daquele local. Ele vai ser denunciado criminalmente pela prática de e ilegal de
atividade econômica e vai ser oficiado secretaria federal e da fazenda, ele não está
emitindo nota e não está recolhendo tributos se não está registrado – SONEGAÇÃO
FISCAL – além de sofrer cobrança sobre os tributos que deveria ter pagado e não
pagou.
 Escrituração: contabilidade da empresa. A pessoa que abre empresa tem que
constituir contador. Exceções: MEI (atividade de forma simplificada por isso está
dispensado da escrituração contábil).
 Livros empresariais: livro para escrituração contábil, livro de registro de duplicatas,
livro de registro de ações das AS (quem são os acionistas de uma SA).
 Balanço: anual e indica a situação\resultado patrimonial da empresa e seu resultado
no período de 1 ano – se deu lucro ou prejuízo. Exceções: nem todas tem que entregar
balanço, as micro e pequenas empresas estão dispensadas, substituem o balanço por
uma declaração.

O que é um micro ou pequena empresa? É o enquadramento da empresa, é o faturamento


bruto anual, se for até 360.000 posso pedir enquadramento como micro empresa, se passou
disso até 4.000.000 pode ser empresa de pequeno porte. O enquadramento serve para obter
benefícios legais, aderência do regime tributário simples nacional que em tese é o mais
favorável.

Empresas podem mover ação no juizado especial cível? Só se forem enquadradas como MEI
(microempreendedor indiv..), ME (microempresa) ou EPP (empresa de pequeno porte). Se
não, não pode, é um benefício para as de menor porte.

Estabelecimento

Art. 1142 a 1149 CC.

Não se confunde com local onde se exerce atividade comercial. É o conjunto de bens que uma
empresa precisa para praticar a atividade. Ex. o pipoqueiro é uma empresa, seu
estabelecimento é o carrinho de pipoca. Ex. a manicure é uma empresa, atividade empresarial
(exceto se ela for empregada do salão), seu estabelecimento quando vai até a casa do cliente é
o material que ela usa, uma mala onde carrega os produtos.

Empresa não precisa mais ser física, pode praticar atividade apenas de forma virtual, mercado
livre, app da Uber.

Estabelecimento não precisa ser físico e nem fixo. A empresa não precisa ficar parada num
local, o carrinho de pipoca muda de lugar (food truco).
Quando falamos em bens da empresa, muitos deles serão físicos\corpóreos (imóvel, veículo,
máquinas, equipamentos, matéria prima, produtos da empresa) e quando atribuímos valor aos
bens da empresa estamos falando de quanto vale essa empresa.

Pegadinha: nem todo mundo que está na posse de um bem é proprietária desse bem, ex.
financiamento de um carro\casa. Art. 1196º CC – conceito de posse. A posse é o e de poderes
inerentes a proprietário, o possuidor pode chamar a casa de dele assim como o proprietário.
Se a empresa tem um imóvel financiado, ele pertence ao estabelecimento da empresa ou do
lugar onde foi financiado? Da instituição financeira que financiou. Se a empresa tiver um
veículo que pertence a uma locadora, ele pertence ao estabelecimento da locadora e não da
empresa. Somente bens próprios (propriedade e não posse) compõem o estabelecimento da
empresa.

Há ainda bens incorpóreos, não físicos, como ponto comercial (atratividade que o local gera
para com o público consumidor); aviamento (capacidade lucrativa de uma empresa – lucro da
empresa); nome empresarial (razão social, é o nome do registro da empresa na junta, que
passa a ser bem); título do estabelecimento (o nome que a empresa usa para se relacionar com
o público não é o nome oficial que ela registrou – nome fantasia); marca (registro do nome
fantasia); domínio (kW., é o endereço eletrônico da empresa na rede mundial de
computadores).

O âmbito de proteção jurídica do nome empresarial é estadual, proteção apenas naquele


estado, se abrir filial em outro estado tem que registrar em outro estado. O âmbito de
proteção jurídica do nome fantasia – não tem proteção jurídica, pois não é registrado. Como
proteger juridicamente o nome fantasia? INPI – registra o nome como marca.

Registro

É uma obrigação empresarial, a lei prevê que deve ser feito, mas não é uma condição para
considerar como empresário, a não ser que se trate de associação futebolística ou aquele
que exerce atividade preponderantemente rural.

Há duas sociedades despersonificadas que não precisam de registro: sociedades em conta de


participação (registro só entre os sócios) e sociedade em comum (se leva a registro deixa de
ser comum).

Sociedades de natureza não empresarial precisam registrar o ato constitutivo (soc. simples,
associação, fundação, cooperativa), mas não ocorre na junta, mas no cartório de registro civil
de natureza jurídica, com exceção da cooperativa que é na junta comercial do estado.

Sociedades com natureza empresarial: EI, MEI, SNC, SCS, SL, SCA, S.A

Quanto for atividade de natureza civil, não empresarial, o registro ocorre no cartório civil de
pessoa jurídica (associação, fundação e sociedade simples).

Em regra, deve ser feito o registro antes do inicio da atividade, se não, até o registro não ser
efetivado será empresário irregular.

Soc. Simples: ato constitutivo tem que ser levado a registro em até 30 dias da sua constituição .
Uma sociedade simples não pode ser irregular antes de esgotado o prazo.

EI – é pessoa física, mas tem que se registrar na junta comercial do estado.
Microempreendedor individual – registro é pelo site do governo (portal do empreendedor),
cadastro. São pequenos empresários, a lei traz facilitações desde a constituição, registro até as
obrigações e encerramento. É tudo online.

Sociedades empresariais – registro na junta comercial (registro publico de empresas


mercantis = junta comercial).

Requisitos para registro – art. 972º CC:

 Pelo gozo da capacidade civil (+18 anos, -18+16 emancipado).

O incapaz não pode iniciar ato. empresarial, mas pode continuar atividade por ele antes
exercida se obtiver autorização judicial – alvará – devidamente representado/assistido. Se o
incapaz recebe a empresa em virtude de herança juiz vai decidir se é melhor continuar ou
fechar.

Incapaz pode ser sócio? Sim, desde que esteja devidamente representado e se se tratar de
sociedade não pode exercer adm. E o capital social deve ser totalmente integralizado.

 Livre de impedimentos

Cargo exercido pela PF. Vedações: ocupantes de cargo público (temos que olhar no estatuto
do cargo especifico se pode ou não); membros do poder executivo e do poder judiciário
(vedação total – sócio e empresário); membros do poder legislativo (não pode empresário,
mas pode sócio desde que não participe de licitação); membros do MP vedação total;
militares das forças armadas que estão ativos total; médicos (não pode ato. empresarial em
nome próprio, mas pode ser sócio desde que a soc. não esteja relacionada com a venda de
medicamento).

Uma vez impedidos não podem exercer atividade comercial em nome próprio e dependendo
da atividade também não podem ser sócios. Ainda que sejam impedidos e exerçam,
responderão pelas obrigações contraídas.

Exercício individual de atividade empresarial

1. Empresário individual – pessoa física


2. MEI – pessoa física
3. Sociedade Unipessoal – pessoa jurídica

Art. 966º CC – conceito de empresário: quem exerce profissionalmente ato. econômica


organizada para produção ou circulação de bens ou serviços (não precisa do registro).

1. Empresário individual

966º a 980º CC.

PF exercendo em nome próprio a atividade. O nome empresarial que constará na junta é o


nome da pessoa (firma). O CS é estipulado pelo próprio empresário (bem da pessoa se
confunde com o bem da empresa), a responsabilidade é ilimitada pelas obrigações contraídas.
A adm. é do próprio empresário.

A junta deve receber declarações antenupciais, título de doação, herança, legado, etc., pois
tudo isso será utilizado em caso de responsabilidade. Dever de informação, por ex. se ele casar
de novo, etc., por conta da sua responsabilidade ilimitada.
2. MEI – microempreendedor individual (Lei 123/2006): exerce de forma simplificada

Voltado para atv. menores. No EI não há limitação de valor que ele deve auferir com a sua
atividade, a não ser que se enquadre como MEI ou EPP. Já o MEI tem uma receita bruta anual
com valor máximo que deve observar – receita bruta anual de 81.000 reais, a não ser que seja
MEI caminhoneiro/transportador de cargas – $251.600.

MEI é empresário individual. Pagar um valor fixo mensal que cobre todos os tributos inerentes.
Só pode ter 1 empregado e ele deve receber o salário mínimo ou piso salarial da categoria.

MEI serve para regularizar pequenas atividades que não eram antes. Os impedimentos do EI
serve para cá.

Constituição: preenchimento declaração MEI; verificação da atv., a sede pode ser a sua
residência se for uma atv que não dependa de um lugar especifico para exercício.

Titular, sócio ou adm de outra empresa não pode ser MEI.

Desenquadramento: quando deixar de atender os requisitos. Se a receita bruta anual


ultrapassar o limite; abrir filial (só pode ter um local); opção de deixar de ser MEI; deixar de
pagar por 12 meses.

Regras gerais das sociedades

Regra: sociedade tem que ter 2 ou + sócios, exceto a sociedade limitada pode ser constituída
por um só sócio.

Objeto social: ramo da atividade. Pode ter mais de um objeto social, mais de um ramo, mas é
clausula obrigatória do contrato social, se a soc. praticar uma atividade que não está no CS é
uma atividade irregular, logo pode ser multada, mercadorias apreendidas, estabelecimento
lacrado.

Personalização: a PJ só nasce a partir do ato de registro.

Autonomia patrimonial e negocial: posso cobrar uma dívida da pessoa do sócio? Nunca. Existe
autonomia entre a sociedade e a pessoa do sócio, se tem uma dívida tem que promover a ação
contra a PJ. Ação de execução, penhora, são os bens da PJ e não dos sócios. Art. 49º-A CC.
Exceções: sociedade em comum e sociedade em conta de participação.

Marido e mulher: podem ser sócios? Sim, mas somente marido e mulher casados no regime de
comunhão parcial de bens, saiu desse regime não é permitido.

Sociedade autorizada: ex. quero montar um banco, não posso, pois os bancos tem como
agencia reguladora o banco central, quem vai dizer se eu posso ou não abrir um banco é a
agencia reguladora – banco central; posto de combustível. Alvará da agencia reguladora, saiu
das atividades reguladas é livre a constituição desde que tenha os requisitos.

Sociedade nacional vs. Sociedade estrangeira: critério da sede da administração. Se a empresa


tem sede de adm. no Brasil ela é nacional, se for fora é estrangeira.

Direitos de personalidade: são das pessoas naturais, as PJ podem ser sujeitas a dano moral –
quando ocorre a violação de um direito de personalidade? Art. 52º CC. Temos 5 direitos de
personalidade – nome, imagem, privacidade, intimidade e honra. A PJ não tem intimidade, que
é o que está dentro de nós, e nem honra – valores de caráter social, vêm de dentro pra fora.
Logo, a PJ tem o direito ao nome, imagem e privacidade – são apenas sobre esses direitos que
se sujeita os danos morais.

Sociedade despersonalizada (sociedade em conta de participação e sociedade em comum)

Se ela é personalizada é porque nasceu uma pessoa jurídica, nasce uma PJ quando registra na
junta. Uma sociedade despersonalizada é uma sociedade sem registro.

1. Por inércia dos sócios


2. Lei impõe que não precisa

Formas de empresa: PF (MEI e EI), PJ (SNC, SCS, SL, SCA, S.A) ou despersonalizada (SEC e SCP).

É obrigatório registro antes da atividade – é uma obrigação.

 Sociedade em comum

Enquanto não inscritos os atos constitutivos – art. 986º CC.

Ex. bar do zé pertence a José e Maria, eles decidiram que queria constituir SL, elaboraram o
contrato com nome Bar do Zé, Limitada, mas não levaram a registro. Qual tipo de sociedade
eles possuem? Sociedade em comum.

É despersonalizada por inércia dos sócios. Não tem sociedade, é despersonalizada, logo, quem
vai responder em caso de dívidas são os sócios, a sociedade não tem legitimidade processual.

Prova da sociedade – art. 987º CC: forma escrita da existência da sociedade se for entre os
sócios. Já para o 3º provar a existência da sociedade pode ter qualquer forma. Isso para
proteger interesse de terceiros e dificultar a vida entre os sócios.

Se a sociedade não está registrada os bens da sociedade estão no nome dos sócios. Se o bar
não pagar as dívidas os bens penhorados podem ser quaisquer bens, sejam eles do J ou M ou
da sociedade. Sócios podem pedir o benefício de ordem, ou seja, antes de penhorar os bens
dos sócios penhora-se primeiro os bens da sociedade.

Responsabilidade dos sócios é ilimitada, respondem integralmente pelo valor da dívida. A


dívida pode recair 100% sobre só um sócio, mas podem fazer entre eles um pacto limitativo,
ex. acordar que cada um responde por metade das dívidas, se M paga tudo, entra com ação de
regresso para J pagar a outra metade.

Administração: todos os sócios são adm.

Nome empresarial = razão social = nome de registro da empresa na junta comercial. Essa
sociedade não é registrada, o nome utilizado para a prática dos negócios é do José e da Maria.
Firma individual = nome civil. Se o nome da empresa é Jose da Silva, então essa é a firma
individual dele. Se for Santander é denominação.

 Sociedade em conta de participação – 991º CC

Sócio ostensivo: aquele que aparece (ostentar), mas seu sócio é fantasma, é oculto, ninguém
sabe quem é. Temos uma só pessoa, pois o outro sócio é oculto, é como se fosse um
empresário individual. Sócio ostensivo + socio oculto.

O contrato social produz efeito somente entre os sócios, a sociedade entre eles é um pedaço
de papel, tem natureza contratual, contrato de gaveta.
Ex. quem é impedido de praticar atividade comercial pode fazer esse contrato gaveta.

Se o sócio oculta for substituir o sócio ostensivo, faz um acordo com outra empresa, todos
agora sabem que existe outro sócio e sabem quem ele é, logo, vira sociedade em comum.

Sociedade não empresarial (civil)

 Sociedade simples

Pode ser pura (subordina-se às suas próprias normas) ou vai observar os regramentos de
outros sociedades – em nome coletivo, em comandita simples ou limitada.

Regramentos específicos da sociedade simples pura:

 Constituída por intermédio de um contrato escrito que pode ser registrado em até 30
dias.
 Cláusulas essenciais: constar qualificação dos sócios, nome empresarial, objeto
(natureza civil), sede, prazo, capital social, quota de cada sócio (sócio de serviços – não
participa das perdas, apenas dos lucros se houver), adm. e responsabilidade.
 Para alterar as clausulas essenciais acima, é preciso de unanimidade dos sócios. Caso
sejam outras cláusulas será necessário maioria absoluta.
 Direitos e obrigações dos sócios: não podem se fazer substituir; cessão de quotas a
responsabilidade é solidária do cedente; contribuição social; sócio de serviços devem
prestar serviço com exclusividade para a sociedade; nenhum dos sócios pode ser
privado de participação dos lucros e perdas (cláusula leonina – nula). O sócio de
serviço só participa das perdas.
 Todos os sócios podem praticar atos inerentes a gestão, cabe ao contrato trazer
limitações.
 Falecimento de um sócio: liquidação da sua quota. O contrato pode dispor
diferentemente, podendo os sócios optarem pela dissolução da sociedade ou acordo
com os herdeiros para substituir o sócio.
 Soc. por prazo determinado: vai ser dissolvida pós prazo, mas se não houver oposição
dos sócios e continuar a atividade, a sociedade vira pro prazo indeterminado.

Sociedade empresarias

Sociedade em nome coletivo, em comandita simples, limitadas, comandita por ações e


anônima.

Sociedades despersonificadas: em comum e em conta de participação (ambas sem registro).

1. Sociedade em nome coletivo

PF compõem a sociedade, somente! Sócios respondem solidária e ilimitadamente. Hoje em dia


quase não existem, não é mais interessante responder ilimitadamente.

Art. 1024º - benefício de ordem: 1º esgota-se os bens sociais e depois os da sociedade. A não
ser que haja clausula expressa a qual não se aplique.

Com relação a constituição: PF. O nome empresarial só pode ser firma e não denominação.
CNPJ pode ser nome empresarial.
A adm. incumbe a todos os sócios, não há diferenciação. A utilização da firma/nome
empresarial para realizar negócios – só quem tem os poderes. Se todos os adm. são sócios e
não há limitação, todos podem se utilizar do nome empresarial para realizar negócios.

O que não tiver resposta aqui, vamos usar a regência supletiva da sociedade simples – 1040º
CC.

2. Sociedade em comandita simples

Sócio comanditado e socio comanditário.

Pode ser composta por PF ou PJ. O comanditado deve ser PF, tem responsabilidade solidária e
responde ilimitadamente, o comanditário responde pelo valor da sua quota. PJ nunca
responde ilimitadamente.

O nome empresarial também é firma – nome dos sócios – somente pode compor o nome
empresarial o nome dos sócios que respondem ilimitadamente e solidariamente. CNPJ
também se aplica aqui.

Atos de gestão só para os sócios comanditados. Se o comanditário praticar atos de gestão ou


seu nome compor o nome empresarial ele passa a responder de forma ilimitada e solidária –
se transforma em comanditado.

Regência supletiva: sociedade em nome coletivo/sociedade simples.

3. Sociedade em comandita por ações

Capital dividido em ações – até agora vimos as que dividiam em quotas. Rege-se pelas normas
da sociedade anônima.

Nome empresarial: pode ser firma ou denominação. A Com. Simples só firma, por ações pode
ser firma ou denominação, se for firma só pode constar o nome do acionista diretor que
responder de forma ilimitada e solidaria, se for denominação posso acrescer ou não a
designação do objeto social, mas precisa da terminologia “comandita por ações”. CNPJ
também pode.

Responsabilidade: diretores e gerentes respondem de forma solidaria e ilimitadamente e os


outros proporcional as ações que adquiriram. Se um acionista pratica atos de festão sem
procuração ou seu nome colocado na firma, passa a responder de forma solidaria e ilimitada.

Adm.: apenas acionistas, não pode ter adm., por terceiros. Destituição de acionista diretor
precisa de 2/3 do capital social.

Assembleia geral: deliberações, detém o maior poder de uma sociedade. Não pode, sem o
consentimento dos gerentes ou diretores (são eles que responder ilim. e solid.), mudar o
objeto essencial da sociedade, aumentar ou diminuir capital social, etc.

Sociedade de advogados
Art. 15 a 17 EA e art. 37 a 43 RG
Objeto geral: PJ que tem como atividade social o exercício da advocacia. Não pode contar no
objeto social qualquer outra atividade (estranha a advocacia).
Tipo de sociedade: civil de prestação de serviços (não é sociedade mercantil, advocacia não é
mercantil).
1. Pluripessoal: 2 ou + sócios.
2. Unipessoal: 1 único sócio.
27,5% de imposto de renda se for PF. PJ paga em torno de 10% - 11%. PJ faz sentindo para
diminuição da tributação, por isso é interessante a sociedade.
Só pode ser sócio quem é advogado!!
Nome/razão social da soc. pluri: nome de 1 sócio + sociedade de advogados. Ainda assim vai
ser pluripessoal, pois tem soc. de adv. no fim. Pode ser sociedade de advogadAS? Hoje pode,
antes não era permitido.
Nome/razão social da soc. unip.: nome inteiro ou parte do nome + sociedade individual de
advocacia. Não pode ser sociedade unipessoal de advocacia, vai estar escrito individual.
Importante saber o que não pode ter no nome: nome fantasia em qualquer idioma, nome do
sócio falecido (pode ser mantido desde que o contrato social permita, autorização antes da
morte, não vale autorização pela família pós morte; se não estava previsto no contrato então
não pode).
Personalidade jurídica
Registro dos estatutos ou atos constitutivos = contrato social. Contato tem que ser registrado
no conselho seccional da OAB onde ela tem a sede.
Sociedade de adv. NUNCA se registra na junta comercial ou cartório, é sempre na OAB no
conselho seccional onde ela tiver sede. Ex. Tísio, adv., especialista em marketing digital e
advogado, fundou uma empresa que tinha como objeto atividade de advocacia e consultoria
de marketing digital. Onde essa empresa vai ser registrada? Na junta, cartório civil, OAB, ou
nenhum lugar? R. O Tísio pode exercer as duas atividades, mas ele nao pode juntar as duas
atividades numa mesma empresa.
PJ “A” – L, M N sócios – CS OAB/SP. Onde tiver inscrita a sociedade todos os sócios devem ter
inscrição.
Para abertura de filial de sociedade de advogados será necessário averbação do contrato social
na sede e arquivamento de cópia desse contrato no conselho seccional onde se pretende abrir
a filial.
PJ “W” – O e P sócios – CS OAB/PE querem convidar M para ser sócio da sua empresa. O
advogado M pode ser advogado sócio de duas sociedades diferentes? Depende. Se o conselho
seccional for igual nao pode, ser for diferente pode.
N quer fazer uma sociedade unipessoal, mas ele ja faz parte da A. Ele pode? Se for em
conselho seccional igual nao, se for diferente pode.
Efeitos da inscrição do sócio na sociedade
Cancelamento da inscrição do sócio: ele deixou de ser advogado e deixa de ser sócio – gera a
averbação do contrato social, averbação para retirar o sócio.
Licenciamento da inscrição: licenciamento é interrupção temporária, ele deixa de ser adv.
naquele período. Não precisa tirar da sociedade, vamos averbar o contrato social para
alterar/impedir atuação do sócio licenciado.
A responsabilidade dos sócios para com a sociedade é subsidiaria. 1º busco da sociedade e
depois subsidiariamente dos sócios, ilimitadamente.
Espaço compartilhado/coworking: possível ter sede ou filial de uma sociedade de advogados
em espaço compartilhado com outra sociedade de advogados ou com qualquer outra
empresa, desde que garantido o sigilio profissional do cliente.
Honorários sucumbência sócios: A e B eram sócios, B saiu, mas eles participaram do
processo juntos. O sócio que saiu tem direito aos honorários de sucumbência proporcional ao
serviço prestado, ou seja, no período em que ele trabalhou no processo ele tem direito. E se
tiver uma cláusula no contrato que exclui a sucumbência do sócio que se retirar? Só será válida
após a saída do sócio, ele continua com o direito proporcional aos honorários.
Fiscalização, acompanhamento e diretrizes para a sociedade de adv. – art. 15º EA:
competência é do conselho federal da OAB, comp. privativa, mas ele pode designar os
conselhos seccionais para cuidarem disso.
Advogado associado
Se une à sociedade para participar dos lucros nas ações em que atuar. Associado nao tem
exclusividade, pode trabalhar em outro escritorio. Associado nao tem vinculo de emprego.
Contrato de associação deve ser registrado ou averbado no contrato social da sociedade.
Requisitos: qualificação das partes, especificacao e delimitacao do serviço, reparticao dos
lucros, despesas e riscos, responsabilidade pelo fornecimento de material e prazo de duração.
Tem que ter esses datelhes para afastar o vinculo de emprego!!!
Advogado empregado
Art. 18 a 21 EA e art. 11º a 14º RG
Tem vinculo de emprego – SHOP. Tem subordinação juridica, mas nao tem subordinação
técnica, ou seja, tecnicamente ele nao precisa cumprir as regras do empregador.
- Jornada de trabalho (mudou em 2022): 8h continuas e 40h semanais – antes eram 4h
continuas e 20h semanais. Se trabalhar além das 40h é hora extra, e hora extra é a partir de
100%. Na justiça do trabalho é a partir de 50%.
- Jornada noturna: se trabalhar das 20h às 05h do outro ele trabalha em jornada noturna, logo,
tem direito ao adicional noturno. Na CLT a jornada noturna é 22h as 05h. Adicional é de 25%.
- Regimes de trabalho: (i) presencial, (si) não presencial/à distância/teletrabalho, (III)
misto/híbrido. Para alterar o regime as partes precisam concordar, empregado e empregador.
Quem define de início é o empregador.
Sociedade limitada
Só uma espécie – pode ser pluripessoal ou unipessoal.
A união de duas ou mais pessoas com o mesmo objetivo é uma sociedade.
EIRELI foi extinta – o que aconteceu com EIRELI inscritas na junta? Foram convertidas em
sociedades limitadas unipessoal.
Quando o sócio morre o que acontece? As quotas serão liquidadas, vamos indenizar os
herdeiros com o valor correspondente as quotas do socio – não vamos usar as regras da
sucessão.
1. Capital social
Bens ou dinheiro – todo sócio tem que integralizar o CS com bens ou dinheiro, não pode entrar
apenas oferecendo o seu serviço. Na sociedade de natureza civil o sócio pode entrar só com a
sua força de trabalho, mas nas empresariais tem que entrar com bens ou dinheiro.
Com o fim da EIRELI não há mais limite de CS. Vai ser subdividido em quotas, iguais ou não, aos
sócios. Se um sócio sozinho tiver mais da metade do CS ele tem maioria, um único sócio tiver
mais de 50% do CS – aí ele será socio majoritário.
CS pode ser integralizado ou não, ou seja, pode ser depositado/disponibilizado logo na
abertura da sociedade ou só será incorporado posteriormente – sócio remisso é aquele que
não cumpriu a obrigação pecuniária da sociedade, você é devedor, mas é chamado de sócio
(art. 1004). Ele pode ser excluído da sociedade, isso configura falta grave. Se ele for o sócio
majoritário, o que ocorre? Pode ser excluído também, qualquer um pode ser excluído desde
que tenha cometido falta grave.
Quando entra com bens na sociedade, eles não são mais do sócio, são da sociedade.
Condomínio de quotas = embora só o marido esteja no contrato social, a sua esposa também
tem direito a metade desses bens (se for comunhão total de bens).
2. Responsabilidade dos sócios
É restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do
capital social. Ex. eu coloquei 60 mil do CS, mas de início só mandei 30, quem é responsável
pelos outros 30? Todos. Exceção: desconsideração da PJ – art. 50º CC.
3. Nome empresarial = razão social
Razão social, é o nome de registro da empresa na junta comercial. Diferente de nome fantasia
(título de estabelecimento) que é o nome conhecido socialmente – não confundir!!!! Como
proteger o nome fantasia? Vamos ao INPI e registrar o nome fantasia como marca.
Nome empresarial é registrado na junta, logo, o âmbito de proteção é apenas no estado em
que ele está registrado. Se for INPI é âmbito nacional, pois é registro federal.
O nome empresarial pode ser firma (nome pessoal, ex. Manoel Nunes ltda.) ou denominação
(nome inventado – mundo da lua restaurantes ltda.).
4. Administração
Pode ser sócio ou 3º não sócio. O adm. que não é sócio também responde com patrimônio
social em caso de desconsideração da PJ.
Conselho fiscal é facultativo – fiscalizar os adm. da sociedade.
Art. 1064º: quem pode usar o nome empresarial, quem pode praticar atos formais em nome
da sociedade? Os administradores!!!! Podem ser sócios ou 3º não sócio. Os sócios podem
deliberar em reunião ou assembleia.
Reunião e assembleia: assembleia é um ato formal, necessário convocação e a presença de
sócios que representem no mínimo 50% do CS, não pode começar sem eles. Já a reunião é um
ato informal, pode ser feita num restaurante. Se a sociedade tiver +10 sócios têm que ser
obrigatoriamente assembleia, se tiver menos os sócios podem escolher se querem reunião ou
assembleia.
Sociedade anônima
Estatuto social = contrato social. Não é assinado pelos acionistas, apenas pelos fundadores da
sociedade. Como eu sei que os acionistas aceitaram? Assembleia onde é discutido e votado o
estatuto, se for aprovado por mais de metade dos votos presentes na assembleia ele está
aprovado.

AÇÕES: para o sócio entrar ele compra ações e para sair ele vende.

Mínimo 2 acionistas (não é como na limitada que permite apenas 1 sócio). Aqui o objetivo é
capitar dinheiro dos investidores, quanto mais melhor.

No ato de registro precisa provar que tem 10% do CS, através de deposito bancário junto ao
banco do brasil. É esse comprovante que vamos levar na junta comercial para registrar a
sociedade.

Vende ações através da bolsa (mercado de valores) ou a própria empresa vender as ações.
Tem que ter autorização da CVM – comissão de valores mobiliários.

1. Capital social

Capital aberto = vendido pelo mercado de valores, subscrição pública, qualquer um pode
comprar.

Capital fechado = vendido pela própria empresa, subscrição privada, vende as ações para
quem ela quiser.

2. Ações

As ações podem ser ordinárias (pessoas que tem poder, que vão mandar na sociedade, são as
ações que tem direito a voto) e preferenciais (ações próprias para investimento, não tem
direito a voto). O estatuto de uma S.A é o coração da sociedade, tudo tem que estar previsto
no estatuto. Direito a voto para acionista preferencial depende do estatuto, se o mesmo
prever então pode. Acionista ordinário não precisa estar no estatuto, está na lei.

As ações preferenciais nunca podem ultrapassar a 50%.

3. Responsabilidade

A responsabilidade dos sócios eles respondem de acordo com o número de ações que
possuem.

4. Nome empresarial

Nome empresarial (que é a razão social), pode ser ainda denominação (nome fantasma), o
nome do fundador ou usar extensão S/A ou companhia. Ex. Banco Bradesco s/a, Porto Seguro
Companhia de seguros gerais. Companhia só pode ser usada no inicio ou no meio do nome, ao
final não pode.

5. Administração

Órgãos da adm.: assembleia geral, conselho de administração, diretoria e conselho fiscal.

Assembleia geral: reunião dos acionistas. Qualquer acionista pode participar, mas nem todos
podem votar, só os ordinários, os preferenciais apenas se o estatuto liberar. Serve para
deliberar!!! Delibera tudo aquilo que for estrutural da empresa. Tem que ocorrer 1x por ano –
são as assembleias ordinárias. As extraordinárias podem ocorrer fora do tempo. Quem pode
convocar a extraordinária? Qualquer órgão de adm.

Conselho de adm.: poder de deliberar. Tudo que não for de deliberação exclusiva da
assembleia pode ser objeto de deliberação do conselho. Delibera tudo aquilo que for do dia a
dia, cotidiano da empresa. Mínimo 5 membros, acionistas ordinários e quem elege é a
assembleia para mandato de 3 anos.

Diretoria: papel executivo, executa as deliberações tomadas pela assembleia e conselho de


adm. Atualmente a lei prevê no mínimo 1 diretor, antes precisava mais de 1. Mandato de 3
anos, quem escolhe é a AG. Qualquer pessoa, não precisa ser acionista.

Conselho fiscal: fiscaliza diretoria e conselho de adm. Possui 3 membros (qualquer pessoa)
com mandato de 1 ano. AG todo ano vota as contas de adm. e elege os conselheiros fiscais
(nos outros o mandato é de 3 anos).

Transformação social

 Independe de dissolução (113 CC): não precisa encerrar a empresa para que depois o
patrimônio incorpore em outra, primeiro incorpora e depois se quiser pode fechar ou
só incorporar também.
 Vontade dos sócios (114 CC): tem que estar previsto quórum para transformação no
estatuto, se não prever, é unanimidade.
 Os credores não podem ser prejudicados (115 CC): quando forem cobrar as dívidas da
sociedade vão cobrar as dívidas integralmente e se a empresa não pagar eles podem
penhorar os bens pessoas, os direitos dos credores não podem ser usurpados.

Sub-rogação – Bradesco vai ser responsável pelas dívidas para com os credores do HSBC.

Companhia = sociedade anônima!! Sempre.

Operações de atos de concentração econômica: precisa de aprovação do CADE. Ex. Brahma e


Antártica se juntam – AMBEV. CADE disse que elas deviam em 3 fabricas vender a concorrente,
porque juntas iriam ter 12 fabricas no Brasil. Algo assim. Garoto e Nestle se juntaram, CADE
negou totalmente.

Desconsideração da personalidade jurídica

A PJ não se confunde com os seus sócios, a desconsideração é uma exceção. É o incidente da


personalidade jurídica – incidente = vai acontecer no curso de uma ação. É uma ação movida
contra a PJ.

 É um ato judicial isolado, juiz autoriza, pega o patrimônio dos sócios e depois o portal
se fecha e a PJ volta. Em alguns casos admite-se a prova emprestada;
 Só há desconsideração se houver incidência;
 Ausência patrimonial;

Cabimentos (teorias menores):

 Art. 855 A CLT: desconsideração tem que ser requerida pelo MP ou pelo credor –
empregado/reclamante;
 Art. 28 CDC: ações em que estiver sendo julgada relação de consumo, basta
insolvência da PJ;
 Art. 4º Lei 9605/98: dano ambiental, basta insolvência da PJ;
 Art. 82ª Lei 11101/05: falência – se a empresa for sociedade limitada ou anônima os
bens dos sócios não são arrecadados, os efeitos da falência não vão pros sócios; se o
empresário individual tem a falência decretada todos os seus bens são arrecadados;
 Art. 34º Lei 12529/11: atos ilícitos anti concorrenciais: uma empresa não pode vender
um produto abaixo do preço de custo. O sr. Joao entre c uma ação contra o Carrefour
pedindo a desconsideração. Mas tem que ser um ato ilícito doloso.
 Art. 14º Lei 12846/13

Teoria maior: genérica – art. 50 CC. As situações que não se encaixam nas menores. Todo sócio
vai ser atingido, sempre, 100% se for desconsideração. Mas adm. nem sempre é sócio, os adm.
podem ser terceiros e nesse caso o adm. também vai responder, seu patrimônio.

 Desvio de finalidade a PJ que é usada para desvios de finalidade;


 Confusão patrimonial: conta pessoal dos sócios e conta da PJ. Tem que usar a dos
sócios para fins pessoais e da PJ para fins da sociedade.

Desconsideração comum (essa que estamos falando) e desconsideração inversa, ou seja, o


sócio que tem dívidas pessoais e não tem dinheiro/patrimônio, a sociedade vai pagar.

Em que fases do processo vai acontecer a desconsideração? Processo do trabalho, processo


civil, independente da fase – conhecimento, cumprimento de sentença ou execução.

Forma: pode ser na PI (ex. prova emprestada, se não tiver pagamento ou bens a penhora, para
desconsiderar a personalidade jurídica) ou incidentalmente.

Recuperação de empresas

Acordo entre o devedor e seus credores.

Recuperação Extrajudicial: acordo fora do juízo, mas depois tenho que homologar
judicialmente.

Recuperação Judicial: em juízo, juiz vai ouvir as partes, designar assembleia de credores
onde será feito o acordo.

Devedor: empresas, art. 2º - excluem-se as empresas estatais, empresas vinculadas a ANS,


seguradoras, e instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.

Competência para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação


judicial ou decretar falência: juízo do local do principal estabelecimento do devedor (não é
necessariamente a sede, é onde o poder econômico é maior) ou da filial de empresa que tenha
sede fora do Brasil.

Administrador judicial: principal auxiliar do juízo. Pode ser PF ou PJ. Art. 21º, o adm. é
preferencialmente advogado, contabilista, é meramente exemplificativo e não taxativo. Quem
nomeia o adm. judicial? O juiz, é de confiança do juízo. Só tem adm. na recuperação judicial e
falência – tem processo com juiz e alguém acompanha a empresa do lado de fora. A
extrajudicial já teve acordo, o juiz só vai homologar, não tem adm. aqui!

Comitê de credores: órgão de autofiscalização – fiscalizar o adm. e a empresa em recuperação.


1 credor trabalhista, 1 credor com garantia real, 1 credor quirografário e 1 credor ME/EPP –
não tem remuneração, é voluntario. É um órgão facultativo, é criado no interesse dos
credores, se não tiver nomeação do comitê de credores quem vai fiscalizar é o juiz. Só vai ter
comitê de credores na recuperação judicial e na falência, só vai ter comitê se tiver
administrador – na extrajudicial não há.

Plano de recuperação: acordo entre o devedor e seus credores. A empresa tem 60 dias para
juntar o plano no processo. O que tem dentro do plano? Renegociação da dívida. Prazo para
pagar a dívida? NÃO TEM PRAZO. Depende da negociação dela com os credores, se ela
negociar 7 anos ela vai pagar em 7 anos, é fruto do acordo, exceto dívida de natureza
trabalhista – aqui o prazo é de 1 ano dado o seu caráter alimentar. Além disso, dentro do plano
vão constar os mecanismos legais que permitam a superação da crise, ex. fechar as lojas que
eram deficitárias, etc. No plano pode ainda ter uma clausula que propõe a redução do salário
dos empregados em 10%. Mas e o pp da irredutibilidade? É relativo, pode desde que haja
acordo coletivo de trabalho!!!! Aqui pode também desde que tenha acordo coletivo de
trabalho.

A decretação da falência e recuperação judicial implica a suspensão das ações – 180 dias
prorrogáveis por +180. E ação de execução fiscal? Não, porque o crédito tributário não pode
ser cobrado dentro da recuperação, é o único que pode ser cobrado ainda, mas no juízo de
execução (cível).

Recuperação extrajudicial

Requisitos (igual na judicial):

 Empresa regulada na junta por +2 anos de registro;


 Intervalo de 2 anos entre um benefício e outro (na judicial o prazo é de 5 anos);
 Seu quadro de sócios não pode ter um sócio que em outro quadro empresarial tenha
decretado falência;
 Não pode ter um sócio que já tenha sofrido por crime falimentar.

Duas formas de fazer o acordo:

a) Parcial – 162 LFR: vai negociar apenas com um pequeno grupo de credores;
b) Total – 163 LFR: todos os credores e precisa de concordância dos credores que
representem +50% do valor dos créditos.

Depois vou pedir ao juiz que homologue meu acordo. Credor trabalhista: entra na recuperação
desde haja anuência do sindicato para o acordo. Como o credor que está fora da recuperação
entra? Entra na justiça.

Suspensão de ações 180d + 180d. Se o processo está demorando por culpa do devedor ele não
precisa prorrogar, se for culpa do credor ele vai.

Se o juiz julgar improcedente? Não acontece nada, ainda tem a judicial. Na extra não tem
decretação da falência!!!

Recuperação judicial (requisitos iguais)

Produtor rural tem que preencher os mesmos requisitos, mas não tem registro na junta, ele vai
apresentar documentação contábil e comprovar que pratica atividade rural por +2 anos.

Efeitos da recuperação judicial: suspensão das ações. É possível tutela de urgência na


recuperação judicial para depois entrar com a ação! A 1ª coisa que o juiz faz ao entrar com a
recuperação judicial é determinar a suspensão de ações (só as ações em fase de execução e
exceto as de execução fiscal). Vou ter de um lado a recuperação e no juízo cível em execução
fiscal, os dois vão tramitar simultaneamente, mas o juiz cível não pode decretar os bens a
penhora, o juiz da recuperação vai ter que indicar – COLABORAÇÃO (É BLINDAGEM JUDICIAL).

Quem elabora o plano de recuperação é o devedor, ele vai juntar o plano no processo para ser
aprovado em assembleia. Se o plano for rejeitado os credores tem 30 dias para elaborar plano
alternativo, vai ter assembleia de novo, se rejeitar de novo tem falência decretada.

Procedência = recuperação judicial

Improcedência (depois dos 30 dias) = falência – decisão interlocutória – cabe recurso de


agravo.

Recuperação judicial – ME/EPP

Requisitos iguais, mas não tem assembleia aqui, a manifestação dos credores se dá por
escrito!!! O plano é especial, parcelar 36x, proposta de abatimento de dívidas, 180 dias para
pagar a 1ª parcela, etc. Os credores podem reclamar do plano, mas não podem reclamar do
pagamento em 36x por ex., não podem reclamar de nada do plano especial.

Falência

Legitimidade ativa: quem pode pedir falência? Devedor; cônjuge sobrevivente, herdeiro ou
inventariante (morte), sócio ou acionista; credor.

Legitimidade passiva: devedor e sócios de responsabilidade ilimitada. Se uma sociedade


limitada ou anônima tem a falência decretados, que bens são arrecadados? Só os bens da
empresa serão arrecadados, o patrimônio dos sócios só vai ser arrecadado em caso de
desconsideração de PJ.

Empresas estatais podem falir? NÃO. A empresa estatal dá lucro e esse lucro vai pro caixa do
governo federal. Sociedade de economia mista também não, operadores de plano de saúde,
seguradora, instituições financeiras.

1. Fase pré-falimentar: vai pedir a falência. Se o juiz não aceitar acaba aqui, se ele aceita
vamos para 2ª fase.

2. Fase falimentar: execução do processo, pagamento aos credores, etc.

Pedido de extinção das obrigações: caso de prescrição (3 anos), pagamento e encerramento.


Se o processo terminar antes dos 3 anos, também vai extinguir. Quem recebeu, recebeu, quem
não recebeu um abraço.

Quando cabe ação rescisória? Quando a decisão de extinção das obrigações já transitou em
julgado, se eu sei que ele sonegou bens, eu quero ação rescisória – prazo 2 anos. Se não
transitou em julgado e eu sei que ele sonegou bens, vamos para apelação.
Uma vez transitada em julgada a sentença de extinção, se souber que houve sonegação de
bens, podemos entrar com ação rescisória para voltar pro processo de falência, arrecadar
aqueles bens, vender e voltar a fila do pagamento de credores.

3. Fase pós-falimentar: sócios vão pedir a extinção das obrigações, se conceder os


credores não recebem mais nada.

Todo credor vai entrar na falência, é a última chance de ganhar dinheiro, todos os credores
vão entrar no processo de falência. Concurso universal, se faliu, a única chance de receber
nosso crédito é aqui. Vai nascer a massa falida, todos os patrimônios.

Teve a falência decretada, trabalhador quer entrar com ação para pagamento das horas extras
que trabalhou, contra quem ele vai propor a ação? A empresa faliu, não existe mais. Contra a
massa falida!!! O sujeito de direito/processual a partir da decretação da falência é a massa
falida.

 O juiz pode retroagir o termo inicial da falência em até 90 dias, ou seja, tudo que a
empresa fez nos 3 meses antes, se desviou patrimônio, quando houver fraude contra
credores, etc., o juiz vai decretar nulo de pleno direito.
 Suspensão das ações;
 Adm. judicial;
 Continuidade da atividade para gerar dinheiro, o dinheiro vai para os credores;
 Intimação MP e Fazenda, porque o MP entra na falência? A falência é concurso
universal, todos os credores vêm para dentro do processo, logo, é um processo
coletivo – o MP vem em todos os processos de natureza coletiva.
 Comitê de credores

Efeitos da falência

a) Impedimento empresarial (mas normalmente eles praticam atividade em nome de


laranjas) – se a pessoa é sócia de várias empresas a falência de uma não afeta as
outras, mas os sócios das outras empresas podem excluir esse sócio que teve sua
outra empresa falida – é falta grave. Ele não pode registrar novas empresas, mas pode
continuar com as que já estão. Agora se uma outra empresa dele quer pedir a falência,
não vai poder se ele continuar como sócio – maça podre.
b) Desconsideração da PJ;
c) Arrecadação de bens, avaliação e alienação.

Prioridade dos credores

Prioritários:

(i) Antecipação de créditos (trabalhadores);


(ii) Restituição em dinheiro (banco);
(iii) Extraconcursais (todos os credores do processo).

Concursais

(i) Alimentares;
(ii) Garantia real
(iii) Tributários – fisco, ele tem 5 anos, não vamos dar prioridade;
(iv) Etc.
Títulos de crédito

1. Letra de Câmbio: emitido contra um 3º para que o 3º pague um beneficiário indicado por
quem emitiu o título. Temos o sacador – emite o titulo de crédito, o sacado – devedor, contra
quem é emitido, e o tomador – beneficiário. O aceite aqui é facultativo. Ex. eu devo pra A, B
deve pra mim, eu emito uma letra de cambio para B dizendo para ele pagar A. B não é
obrigado legalmente a pagar A, é facultativo para ele aceitar a letra de cambio. Se houver a
recusa do aceite da letra de cambio seu vencimento é antecipado, e o sacador passa a ser o
devedor, ex. se B não aceita eu que estarei devendo para A. Tem 24h para aceitar ou não.
PRECISA DE ACEITE.

2. Nota promissória: sacador (quem emite – ele emite a promessa) e tomador (beneficiário).
Aqui não há aceite, o sacador já reconhece aqui que ele deve um valor e que tem que pagar o
tomador. É uma promessa de pagamento. NÃO HÁ ACEITE, JÁ É SUBENTENDIDO.

As duas independem da causa que deu origem, tem que indicar o beneficiário do título. Pode
inserir cláusula de juros em qualquer uma, desde que especificando a taxa.

Prazo prescricional: devedor principal 3 anos, co-obrigados 1 ano (precisa de protesto, desde
que haja cláusula exonerando), regresso – 6 meses da data do pagamento.

3. Cheque: o sacado é um banco, instituição financeira, é o responsável pelo pagamento do


título para o tomador (beneficiário). É sempre a vista, uma vez emitido ele será pago,
independente da data que esteja escrita, mas uma vez apresentado antecipadamente com
data pré datada, ele pode sofrer danos morais. Cheque até 100 reais pode circular sem
portador. NÃO ADMITE ACEITE.

a) para resgate ou recebimento no caixa

b) cheque cruzado: apenas debitado em conta corrente

c) visa: certifica que tem suficiência de fundo

d) cheque adm.

Não admite clausula de juros!! Prazo de pagamento: se é emitido na mesma praça 30 dias
(mesmo local de pagamento, a instituição financeira é no mesmo lugar onde emiti o cheque),
praça diversa 60 dias. Prazo prescricional do cheque é de 6 meses contados no dia posterior ao
fim do prazo de pagamento.

4. Duplicata mercantil (é causal – o único até agora, só pode ser emitido nas hipóteses da lei):
compra e venda mercantil ou compra e venda de serviços – tem que vir precedida de uma nota
fiscal ou fatura (duplica a informação da NF ou fatura). Quero assegurar a executividade
daquilo que estou vendendo. Aceite é obrigatório, desde que a recusa seja justificada.
Comprador se obriga a pagar dentro do prazo a importância indicada na fatura. PRECISA DE
ACEITE.

5. Endosso: ato cambiário que transfere o direito de um título de crédito a um terceiro. Isto é,
é um ato que permite que um credor, ou seja, dono de título de crédito, aqui chamado
endossante, transfira os direitos deste título a outrem, chamado endossatário.

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