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JUSTIÇA MULTIPORTAS
ATUALIDADES E TENDÊNCIAS.
Dr. Humberto Dalla começa a palestra com noções básicas, porém importantes para
compreensão do tema, cita o art 5 Inc 35 da Constituição, o dispositivo que diz que
nenhuma lesão ou ameaça do direito será subtraída da apreciação do poder judiciário
– Princípio do acesso à justiça onde traz a ideia de que nenhuma pessoa pode ser
impedida tendo uma pretensão independente dela ser justa ou não, uma vez que tal
exame será feito por um juíz posteriormente.
Pontuou que durante muito tempo no poder brasileiro essa garantia era interpretada
de forma absoluta onde os autores entendiam que o poder judiciário era o único
caminho possível para que as pessoas pudessem ver suas pretensões examinadas
como se houvesse apenas uma porta de entrada e uma porta de saída, onde qualquer
pessoa que por ventura sofresse uma lesão só tinha o poder judiciário como saída.
Porém com o passar do tempo os doutrinadores foi adotando a ideia da justiça
multiportas, várias portas, expressão que vem do direito americano na década de
1970.
Pontuou sobre os vários tipos de conflitos que chegam diariamente ao poder judiciário,
onde foi criado a ideia que nem todas as demandas terão a mesma solução ou até
mesmo a impossibilidade de aplicar a mesma ferramenta para todas elas. A justiça
multiportas vem dessa ideia onde terá uma porta de entrada e várias portas de saídas,,
cada qual ajustadas para as peculiaridades de cada conflito .
Ponderou que no direito brasileiro existe o método genérico, que são aqueles foram
criados inicialmente e servem para grande maioria dos casos onde é incluída a
negociação, conciliação, mediação e arbitragem;Existem também a segunda categoria
que são os métodos específicos que serão utilizados em situações de leis específicas ,
citou o exemplo do direito penal , anulação da delação de acordo premiado, acordos
de não persecução penal, citou inclusive que o processo penal brasileiro prevê soluções
adversas como a transação penal, suspensão condicional do processo e ANPP, e acordo
de colaboração premiada, esse último da lei específica 13.150/2013., demonstrou que
o direito possui mais de uma centena de opções de acordos consensuais.
Passou a falar sobre a negociação caracterizada entre um contato direto entre as partes
envolvidas, comum no dia a dia, no direito comercial, empresarial e civil caracterizada
pelo contato direto entre as partes sem a necessidade de uma terceira pessoa, porem
quando as partes já não conseguem resolver os problemas seja por mágoa ou algum
problema que impede de gerir os problemas, nesse caso será necessário uma terceira
pessoa que funcionará como catalizador do problema ajudando as partes a
reencontrarem o caminho da solução consensual podendo ser um conciliador ou
mediador; onde no código de processo civil se faz a distinção entre ambos art 115 CPC.
Onde ambos tem o instrumento de conciliação consensual orientadas no princípio da
voluntariedade sendo esse os pontos de convergência.