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FACULDA DE DINÂMICA

CURSO DE PSICOLOGIA
Disciplina: Prática Integrativa I
Professora: Larissa Escher Chagas
Acadêmica: Iracilda Silva de Araújo

De acordo com o texto sugerido, a Resolução nº 23/2022 e suas pesquisas,


responda as perguntas que seguem sobre as áreas de atuação da Psicologia:

1) Como essa área de atuação pode ser definida?


No âmbito geral é a área de atuação profissional da Psicologia referente à
análise de fenômenos psicológicos concernentes às organizações, ao
desenvolvimento organizacional, à gestão de pessoas, à prevenção e promoção
da saúde e à relação do ser humano com o trabalho.
Psicólogo Escolar centra-se na resolução de conflitos e na prevenção desses
conflitos.
O psicólogo do Trânsito trabalha na execução, acompanhamento, avaliação ou
a elaboração de políticas públicas de trânsito com base na Psicologia, a fim de
intervir com qualidade junto ao comportamento dos usuários do trânsito e do
transporte.
2) Descreva, brevemente, os principais marcos históricos desta área de
atuação.
Psicologia Escolar: A atuação da Psicologia Escolar no país ocorreu
concomitantemente ao desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência.
Inicialmente, observou-se uma grande preocupação com a quantificação dos
fenômenos psíquicos. Desta forma, no início do século passado o psicólogo
escolar encontrava- -se mensurando os fenômenos psíquicos junto aos
laboratórios das escolas de educação e de filosofia (Bock, 2003; Guzzo, 2002;
Marinho-Araújo & Almeida, 2005; Patto, 1997; Souza, 2007). Sua atuação era
predominantemente associada à prática da psicometria e ao desenvolvimento de
intervenções clínicas individuais em instituições de ensino. A causa dos
problemas educacionais estava centrada no aluno, ao passo que fatores
externos - sociais, econômicos, políticos, institucionais, históricos e
pedagógicos - eram ignorados (Cassins e cols., 2007; Teixeira, 2003). O
principal objetivo era resolver os problemas escolares (Meira & Antunes, 2003),
sobretudo, o temido “fracasso escolar”
Psicologia Organizacional: Suas mudanças começaram no final do século XX e
início do século XIX, marcada pela era dos empregos temporários, das
terceirizações, novos modelos de gestão e uma organização voltada para a
questão do social. O psicólogo teve uma maior ampliação das suas intervenções
para além dos interesses dos gestores como foco nos fatores da saúde do
trabalhador.
Psicologia do trânsito: Historicamente essa área da psicologia tem início em
1910, quando motoristas de bonde de Nova Iorque foram submetidos a testes de
inteligência. Porém, seu crescimento no mundo teve maior repercussão nas
décadas de 1950 e 1960, com a formação de diversos centros de pesquisas de
comportamento no trânsito (ROZESTRATEN, 1988). No Brasil, a psicologia do
trânsito ainda é um campo que avança com certa timidez (SILVA e DAGOSTIN,
2006), quando comparada a outros países.
Foi impulsionada pela aprovação do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503,
de 1997) e, por um período de maior sensibilização da sociedade e discussões
acerca de políticas públicas de saúde, segurança e educação relacionadas à
circulação humana. Mesmo sendo uma área da psicologia, demandante de
maiores conhecimentos, ainda não há uma grande quantidade de publicações
sobre a temática.

3) Resumidamente, o que cabe ao profissional desta área de atuação realizar?


PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL

É a área de atuação profissional da Psicologia referente à educação e ao


processo de ensino-aprendizagem em todas as modalidades do sistema
educacional e processos formativos em espaços de educação não formal. A(o)
psicóloga(o) especialista em Psicologia Escolar e Educacional:
a) analisa e propõe intervenções psicológicas em processos de ensino-
aprendizagem, de acordo com características de docentes, discentes,
normativas e materiais didáticos usados em instituições de ensino e
intervenções em processos formativos em outros espaços educacionais;
b) promove, por meio de atividades específicas, o desenvolvimento cognitivo e
afetivo de discentes, considerando as relações interpessoais no âmbito da
instituição de ensino, da família e da comunidade;
c) contribui com a promoção dos processos de aprendizagem, buscando,
juntamente com as equipes multiprofissionais, garantir o direito a inclusão de
todas as crianças e adolescentes; promovendo ações voltadas à escolarização
do público alvo da educação especial;
d) avalia os impactos das relações entre os segmentos do sistema de ensino no
processo de ensino-aprendizagem e elabora, ouvindo professores e equipe
técnica, procedimentos educacionais adequados à individualidade de discentes;
e) oferece programas de orientação e de escolha profissional;
f) trabalha de modo interdisciplinar com equipes de instituições de ensino, a fim
de desenvolver, implementar e reformular currículos, projetos pedagógicos,
políticas e procedimentos educacionais;
g) usa métodos, técnicas e instrumentos adequados para subsidiar a formulação
e o replanejamento de planos escolares, bem como para avaliar a eficiência de
programas educacionais;
h) propõe e implementa intervenções psicológicas junto às equipes das
instituições de ensino, a fim de realizar os objetivos educacionais;
i) orienta programas de apoio administrativo e educacional, bem como presta
serviços a agentes educacionais;
j) atua considerando e buscando promover a qualidade de vida da comunidade
escolar, a partir do conhecimento psicológico.
k) atua nas ações e projetos de enfrentamento dos preconceitos e da violência
na escola, orientando as equipes educacionais na promoção de ações que
auxiliem na integração família, educando, escola e nas ações necessárias à
superação de estigmas que comprometam o desempenho escolar dos educandos.

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO


É a área de atuação profissional da Psicologia referente à análise de
fenômenos psicológicos concernentes às organizações, ao desenvolvimento
organizacional, à gestão de pessoas, à prevenção e promoção da saúde e à relação do
ser humano com o trabalho. A(o) psicóloga(o) especialista em Psicologia
Organizacional e do Trabalho:
a) analisa o desenvolvimento de organizações, líderes, equipes e
trabalhadores no âmbito laboral;
b) participa da elaboração, implementação e avaliação de políticas para
desenvolvimento de recursos humanos multiprofissionalmente;
c) faz recrutamento, seleção, orientação, análise ocupacional e
profissiográfica, acompanhamento de avaliação de desempenho e de desenvolvimento
pessoal;
d) auxilia processos de desligamento, demissão, preparação para
aposentadoria de trabalhadores e novos projetos de vida;
e) avalia as condições de trabalho e oferece programas de melhoria da
saúde laboral, de acordo com os níveis de promoção, manutenção, prevenção,
reabilitação e atenuação;
f) usa métodos e técnicas de Psicologia aplicada ao trabalho e subsidia
decisões voltadas aos recursos humanos;
g) planeja ações para aprimorar as relações laborais, a produtividade e a
realização individual e grupal em organizações;
h) presta consultoria organizacional, interna e externa, sobre o
desenvolvimento de organizações sociais e facilita os processos grupais de intervenção
psicossocial em diferentes níveis hierárquicos organizacionais;
i) participa de serviços técnicos relacionados à ergonomia e contribui com
projetos de construção e adaptação de instrumentos e equipamentos de trabalho;
j) realiza pesquisas e ações relacionadas à saúde, às condições laborais e
ao clima organizacional;
k) auxilia programas relacionados à segurança de trabalho em aspectos
psicossociais a fim de proporcionar melhores condições laborais;
l) atua na relação entre gestores e trabalhadores, a fim de identificar e
propor soluções para conflitos organizacionais.
PSICOLOGIA DE TRÁFEGO
É a área de atuação profissional da Psicologia referente a processos
psicológicos, psicossociais e psicofísicos no contexto da mobilidade humana, do
tráfego e dos meios de transportes. A(o) psicóloga(o) especialista em Psicologia de
Tráfego:
a) avalia os processos psicológicos dos indivíduos e de grupos em seus
aspectos afetivos, cognitivos, comportamentais e sociais, no contexto sistêmico da
mobilidade humana, do tráfego e dos meios de transportes.
b) colabora na elaboração, no assessoramento e na implementação de
ações inclusivas e de acessibilidade relativas à mobilidade humana, urbana e nos
meios de transportes, atuando, para tanto, junto às ações de engenharia e de operação
de tráfego.
c) participa de equipes multiprofissionais para planejar e realizar políticas
públicas no contexto sistêmico da mobilidade humana, do tráfego e dos meios de
transportes.
d) presta consultoria em questões relacionadas à mobilidade humana, ao
tráfego e aos meios de transportes.
e) desenvolve ações e intervenções psicossocioeducativas com todos os
grupos envolvidos no contexto da mobilidade humana e do tráfego nos diferentes
modais.
f) atua preventivamente nos cuidados, na identificação, monitoramento e
mitigação dos fatores individuais, psicossociais, sociotécnicos e organizacionais que
podem afetar a saúde e o bem-estar mental dos diferentes profissionais e usuários
envolvidos no contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos meios de transporte.
g) trabalha com profissionais da área médica e da educação para o
tráfego nos diferentes modais, com foco na mobilidade humana segura, saudável,
inclusiva e cidadã;
h) identifica o desenvolvimento de transtornos de ordem mental,
psicológica e emocional relativos ao contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos
meios de transportes, sugerindo ações de prevenção e tratamento.
i) realiza perícias e autópsias psicológicas para casos decorrentes de
acidentes, incidentes e sinistros de tráfego;
j) realiza análises de acidentes, incidentes e sinistros relacionados ao
contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos meios de transportes nos diferentes
modais, tomando por base a legislação pertinente de cada sistema de transporte,
explorando a interrelação sistêmica dos condicionantes individuais, psicossociais,
organizacionais e sociotécnicos do desempenho humano presentes nas ocorrências,
sugerindo recomendações de prevenção.
k) avalia os efeitos psicológicos e riscos decorrentes do uso indevido de
substâncias psicoativas no contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos meios de
transporte, desenvolvendo programas de prevenção e cuidado.
l) avalia os processos do comportamento, da ação, da cognição e da
emoção dos seres humanos no ambiente de sistemas complexos, incluindo as diferenças
transculturais e as inter ou intraindividuais, com base na legislação pertinente, no
contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos meios de transportes.
m) desenvolve estudos e pesquisas que incluem aspectos referentes aos
fatores humanos, ao desenvolvimento de sistemas de treinamento, ao fomento e gestão
de políticas públicas, ao gerenciamento de programas, a ergonomia e ao
desenvolvimento das atividades dos profissionais nos sistemas de mobilidade humana,
visando a melhoria da saúde, segurança e qualidade vida de operadores, atores e
usuários dos meios de transportes.
n) Procede à avaliação psicológica, em perícias iniciais e periódicas, para
emissão de documentos necessários exigidos e regulados pelas legislações em vigor, no
contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos meios de transportes em todos os
modais.
o) pesquisa, elabora e aplica técnicas de avaliação psicológica para
usuários, atores e profissionais no contexto da mobilidade humana, do tráfego e dos
meios de transportes, tomando por base as legislações pertinentes.

4) Quais os pontos de desafios/limitações da atuação nesta área de atuação?


Na área escolar o psicólogo não deve ser aquele que traz um saber ou uma
resposta pronta; ele vai interagir com os demais atores para construir uma
solução viável dentro do contexto da Educação, tanto na escola quanto na
universidade ou em uma organização não governamental. Nesse processo, é
importante que o psicólogo construa uma postura crítica e criativa e esteja
aberto aos múltiplos desafios e possibilidades presentes nos contextos
educacionais. Para isso, é necessário que haja investimento na formação desses
profissionais, desde a graduação, de forma a capacitá-los a exercer uma
psicologia que promova as qualidades apontadas.
Na área da psicologia do trânsito é justamente aprimorar a atuação
profissional incorporando esses ou outros modelos, embasando cientificamente
a execução, o acompanhamento, a avaliação ou a elaboração de políticas
públicas de trânsito com base na Psicologia, a fim de intervirmos com
qualidade junto ao comportamento dos usuários do trânsito e do transporte.
Já na Psicologia Organizacional e do Trabalho, são vários os desafios, uma
vez que ele tem um compromisso social ao fazer essa escolha frente ao mundo
das organizações do trabalho, forma vínculos com os interesses das
organizações e com os funcionários, sabendo que as organizações estão cada
vez mais mecanicistas. E sabendo disso, eles tiveram de se reinventar diante das
mudanças deixando de lidar com o trabalho mecanicista para pensar nas
relações no trabalho, no ambiente, as equipes e saúde psíquicas dos
funcionários e etc.
5) Quais os campos/potencialidades para atuação nesta área?
O campos de atuação /potencialidades para o Psicólogo Organizacional e do
Trabalho vem crescendo junto com a globalização e trazendo novos conceitos de
outros campos da psicologia, como questões da psicologia dos interesses das
organizações são: qualidade de vida, bem-estar, a questão do social, a gestão dos
recursos humanos, este por sua vez também pode trabalhar como Coaching, ou seja,
prestar serviços de consultoria autônoma para os executivos no desenvolvimento das
habilidades e competências dos funcionários qualificando-os dentro do mercado de
trabalho.
No campo de atuação/potencialidades do psicólogo escolar, no que diz respeito a
descrição das atividades, podem ser observados alguns aspectos que descrevem e
qualificam a atuação do psicólogo escolar, propondo um trabalho interdisciplinar e
integrado aos contextos educacionais, que pode ser desenvolvido tanto individualmente
como em grupo, em diferentes níveis, como promoção, prevenção e tratamento.
Por outro lado, o Psicólogo do trânsito pode atuar embasando seus conhecimentos
científicos a execução, o acompanhamento, a avaliação ou a elaboração de políticas
públicas de trânsito com base na Psicologia, a fim de intervir com qualidade junto ao
comportamento dos usuários do trânsito e do transporte.

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