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SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS
NA INFÂNCIA

Tem como manifestação clínica cardial uma erupção cutânea

HISTÓRIA NATURAL
Contágio
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Período de incubação
Assintomático
Replicação
Dica: Virais→ 1-3 semanas
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Manifestações clínicas

1. Fase prodrômica

a. Febre (caracterizar)

2. Fase exantemática

a. Tipo?

b. Onde surge?

c. Para onde progride?

3. Fase de convalescência

EXANTEMA QUE CURSA COM FEBRE


Sarampo (parampo 36)
HISTÓRIA NATURAL

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 1


Paramixovírus

Contágio
Transmissão por aerossol

Transmite antes e depois do surgimento do exantema

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Período de incubação
Dica: Virais→ 1-3 semanas
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Manifestações clínicas

1. Fase prodrômica

a. Febre que atinge seu pico no dia do surgimento do exantema

b. Tosse (um dos últimos sintomas a desaparecer)

c. Coriza

d. Conjuntivite com fotofobia

e. Enantema →mancha de Koplik (mácula branca com halo de


hiperemia
na face interna das bochechas/lesões branco-azuladas/acinzentadas).
É PATOGNOMÔNIGO

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2. Fase exantemática

a. Tipo: Maculopapular→Morbiliforme (pele normal/sã de permeio)

b. Onde surge: região retroauricular, testa, nuca.

c. Para onde progride: craniocaudal lenta

3. Fase de convalescência

a. Descamação furfurácea

Complicações

Suspeita quando: febre por mais de 3 dia após o aparecimento do exantema.

1. Diarreia (mais comum)

2. OMA (principal complicação bacteriana mais comum)

3. Pneumonia (principal causa de morte e complicação em imunossuprimido)

a. Viral de células gigantes→ evoluiu com piora

b. Bacteriana → pode ter tido uma melhora e voltou a piorar

4. Encefalite (+grave)

5. PEEP (panencefalite esclerosante subaguda)

a. TARDIA

b. 10 anos depois

c. Doença neurológica degenerativa

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CONDUTAS

Tratamento 

Vitamina A (pacientes com hipovitaminose tem tendência a uma pior


progressão)

< 6m 50.000 ui em 02 doses

Notificação imediata

Exame sorologico (guia de vigilância-anticorpo Igm-até 4 sem pos exantema)

Profilaxia pré-contato

VACINA
Profilaxia pós-contato 

(SUSCETÍVEIS)

Não precisa de exame sorológico

Vacina até o 3º dia após o contato (induz proteção em um período mais


curto que o de incubação)

> 6 meses de vida

OBS: continua-se a vacinnação (6-11 m)

Imunoglobulina até o 6º dia após o contato

< de 6 meses

imunodeprimidos (MESMO VACINADOS)

grávidas
Rubéola (rubola)
Togavírus (RUBIVIRUS)

HISTÓRIA NATURAL

Contágio

Transmissão por gotícula


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Período de incubação

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Manifestações clínicas

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1. Fase prodrômica

a. Febre (não é alta)

b. Conjuntivite discreta

c. Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior

d. Sinal de Forschheimer (petéquias róseas no palato)


bacterianas ~ poucos dias

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2. Fase exantemática

a. Tipo: Robeoliforme (mais róseo e discreto) (maculopapular mais


separadas)

b. Onde surge: craniocaudal

c. Para onde progride: craniocaudal rápida

3. Fase de convalescência

a. Descamação ausente

4. Complicações

a. Síndrome da rubéola congênita (transmissão transplacentára)

i. GESTANTE→REZAR

ii. Não tem o que fazer!

b. Artrite (pequenas articulações e autolimitada)

c. Trombocitopenia

d. Encefalite pós-infecciosa

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e. Panencefalite progressiva

PREVENÇÃO

Pacientes infectados devem ser afastados dos suscetíveis até 7 dias após
o surgimento do exantema

Pré-exposição  vacina (não deve ser administrada em gestantes)

Pós-exposição  bloqueio vacinal em até 72 horas depois da exposição

EXANTEMA QUE SURGE COM MELHORA DA


FEBRE
Eritema infeccioso (eritema não infeccioso)(5ª moléstia)

Parvovírus B19

HISTÓRIA NATURAL

Contágio
Período assintomático  cessa viremia e não é mais transmissível

Doença febril inespecífica → crise aplásica→eritema infeccioso


Durante a viremia, não se produz reticulocito→ volta-se a produzir
Mas se já há uma predisposição, pode afetar e ter uma crise aplásic (anemia
falsciforme)
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Manifestações clínicas

1. Fase prodrômica

a. Sintomas inespecíficos ou inexistentes

b. Febre

c. Mal-estar

2. Fase exantemática

a. Exantema  não é mais transmissível

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b. Erupção trifásica:

i. Face esbofeteada;

ii. Exantema reticulado


(rendilhado);

iii. Recidiva por algumas semanas (sol, calor, exercício)

c. Onde surge: superfície extensora dos membros craniocaudal

3. Complicações (outras manifestações do parvovirus)

a. Crise aplásica

i. Anemia falciforme

ii. Doença hemolítica

iii. Ainda não há o exantema

b. Infecção fetal

i. Anemia

ii. Miocardite

Hidropsia fetal

HExantema súbito (roséola infantil)

Herpes vírus 6 (HHV-6)

HISTÓRIA NATURAL

Contágio
>6 meses

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Período de incubação
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Manifestações clínicas

1. Fase prodrômica

a. Febre alta (some em crise-do nada)

b. Associa-se a outros sintomas inespecíficos

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2. Fase exantemática

a. Tipo: Máculopapular

b. Onde surge: TRONCO

Obs: Exantema após amoxcilina

EXANTEMA VESICULAR
Varicela (54)

Vírus varicela zoster → infecção primária

Reativação→ Herpes zoster (anos latente na medula)

HISTÓRIA NATURAL
Contágio
Transmissão por aerossol.

Se todas as lesões estão em forma de crosta, não há mais transmissão.


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Período de incubação

Assintomático
Replicação

Dica: Virais→ 1-3 semanas


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Manifestações clínicas

1. Fase prodrômica

a. Febre: dura por, no máximo, 3 dias após o surgimento da erupção


cutânea.

b. Inespecíficos ou ausentes.

2. Fase exantemática

a. POLIMORFISMO REGIONAL

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i. Mácula→ pápula→vesícula→pústula→ crosta

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SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 12
Pruriginoso 

Há viremia até o momento da crosta (total)

Para onde progride: centrífuga e distribuição centrípeta

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 13


SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 14
3. Fase de convalescência

a. Descamação ausente

4. Complicações

a. Prurido→Infecção bacteriana secundária (Strepto do grupo


A→Piodermite)

i. ( febre prolongada
depois de 3 dias de rash cutâneo)

b. SNC

i. Ataxia cerebelar aguda: nistagma, alteração da fala e marcha.

c. Imunodepremido: quadros prolongados, alta letalidade.

TRATAMENTO

Sintomáticos

ACICLOVIR ORAL

Precocemente (reduzir a viremia)

>12 anos (não gestante)

Grávida com doença grávida

2º caso no domicílio

Doença cutânea ou pulmonar > 1 ano

Uso de corticoide (dose não imunossupressora)

Uso crónico de AAS

Varicela +aas = Sd. de Reye (degenaração hepática com


encefalopatia)

 Profilaxia pós-contato  para os suscetíveis


o Vacina de bloqueio (até o 5o dia após o contato). Pode ser feita a partir
dos 9 meses
o IGHAVZ (até o 4o dia após o contato). Indicada para os

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 15


imunodeprimidos, grávidas, RN pré-termo (< 28 semanas – sempre
receber; ≥ 28 semanas – dar imunoglobulina se mãe nunca teve
varicela), RN de mãe com varicela 5 dias antes até 2 dias após o parto,
controle de surto hospitalar em < 9 meses
 A imunoglobulina só é feita para os RN (até 28 dias de vida) prematuros,
levando-se em conta a idade gestacional e o histórico materno da doença.
Após
esse período, só haverá recomendação de imunoglobulina para controle de
surto
hospitalar

ACICLOVIR VENOSO

DOENÇA GRAVE OU PROGRESSIVA

Imunossupressão

Recém-nascido

PROFILAXIA PÓS-CONTATO

Vacina de bloqueio (virus vivo)(até o 5º dia após o contato-ideal até 3


dia).

> 9 meses

Vacina particular

IGHAVZ (até o 4º dia após o contato)

Imunodeprimidos

Grávidas

< 9 meses hospitalizados

RN pré-termo (< 28 semanas – sempre


receber; ≥ 28 semanas – dar imunoglobulina se mãe nunca teve
varicela)

RN de mãe com varicela (quadro 5 dias antes até 2 dias após o


parto)

Doença mão-pé-boca

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 16


Enterovírus – Coxsakie A16

Manifestações

 Vesículas em mão e pé

Pápulas em região glútea

 Vesículas em cavidade oral

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 17


SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 18
Onicomadese: descolamento das unhas

DD: escabiose (mãos interdigital e pés e não tem em mucosa e tem pruriso)
EXANTEMA COM ALTERAÇÕES DA CAVIDADE
ORAL
Escarlatina

Streptococcus pyoginis do Grupo A produtora de exotoxina pirogênica

Bacteriana

HISTÓRIA NATURAL
Contágio
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Período de incubação
Bacteriana = dias

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Manifestações clínicas

1. Fase prodrômica

a. Doença estreptocócica: faringite

b. Enantema (língua em morango – papilas hipertrofiadas)

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 19


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2. Fase exantemática

a. Tipo: micropapular  aspecto de lixa/aspero

b. Sinal de Pastia (piora nas pregas hiperemia que nçao desaparece


com a digitopressão)

c. Sinal de Filatov
(hiperemia em tudo e uma nítida palidez peribucal)

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1. Para onde progride: Progressão centrífuga

3. Fase de convalescência

a. Descamação lamelar

i. principalmente nas extremidades

TRATAMENTO

PENICILINA

Mononucleose

EBV

Ebstein Barr (família herpers)

HISTÓRIA NATURAL
Contágio

Saliva→”doença do beijo”
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Período de incubação
Prolongado → 30-50 dias
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Manifestações clínicas

1. Febre, fadiga e faringite

2. Linfadenopatia generalizada

3. Esplenomegalia/hepatomegalia (menor)

4. Edema palpebral (Sinal de Hoagland)

5. Exantema(15%) →90% após amoxicilina ou ampicilina

Doença de Kawasaki

Diagnóstico diferencial não infeccioso (escarlatina)

 É uma vasculite
 Crianças menores de 5 anos

Diagnóstico por critérios clínicos:

SÍNDROMES EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA 22


Febre há, pelo menos, 5 dias

4 ou +

Conjuntivite não exsudativa

Faringite não exsudativa

Alteração na cavidade oral/labios

Adenomegalia cervical única (> 1,5 cm)

Exantema polimorfo (sem vesícula!)

Alterações em extremidades (edema, eritema, descamação)

Exantema inguinal

Escarlatina x Kawasaki (não é regra)

< 5a x >5a

febre +curta x febre + longa

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faringite c/exsudato x conjuntivite

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